Gerenciamento de Riscos
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- Sérgio Palhares Camelo
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1 Técnico em Segurança do Trabalho Gerenciamento de Riscos Professor: Marcio Ruiz Maia
2 AULA 02 Conceitos na Gerencia de Riscos 2.1) Revisão de conceitos de Segurança 2.2) Conceitos Básicos de SST 2.3) As Leis de Murphy 2.4) Função Empresarial de Segurança 2.5) Gerência de Riscos 2.6) Resumindo: 2.9) Exercícios
3 2.1) Revisão de conceitos de Segurança Segurança: é a garantia de um estado de bem-estar físico e mental, traduzindo por saúde, paz e harmonia; Segurança do Trabalho: é a garantia de um estado de bem-estar físico e mental do empregado, no trabalho para a empresa e se possível, fora do ambiente dela (viagem de trabalho, lar, lazer, etc.). A Segurança do Trabalho é a parte do planejamento, organização, controle e execução do trabalho, que objetiva reduzir permanentemente as probabilidades de ocorrência de acidentes (parte de administração com objetivo de reduzir permanentemente os riscos).
4 2.1) Revisão de conceitos de Segurança Linha de atuação para atingir a segurança: Administração correta Com pessoas capazes Com planejamento, organização e métodos eficazes Com supervisão atuante Que acredita em segurança Que apóie a segurança Conscientizar empregados e empregadores quanto à segurança
5 2.1) Revisão de conceitos de Segurança Atuação em áreas de riscos Identificação Eliminação Controle Proteção do trabalhador Atendimento aos acidentados Primeiros socorros Médico-hospitalar Psicológico Social
6 "Acidentes ocorrem desde os tempos imemoriais, e as pessoas têm se preocupado igualmente com sua prevenção há tanto tempo. Lamentavelmente, apesar do assunto ser discutido com freqüência, a terminologia relacionada ainda carece de clareza e precisão. Do ponto de vista técnico, isto é particularmente frustrante, pois gera desvios e vícios de comunicação e compreensão, que podem aumentar as dificuldades para a resolução de problemas. Qualquer discussão sobre riscos deve ser precedida de uma explicação da terminologia, seu sentido preciso e interrelacionamento. Willie Hammer
7 2.2.1) Conceito de Acidente Acidente é toda ocorrência não programada que pode produzir danos. É um acontecimento que não prevemos, e se prevemos, não sabemos precisar quando acontecer. Um acidente pode acontecer: Em milésimos de segundo, e Em milímetros de espaço.
8 2.2.2) Tipos de Acidente Acidente Pessoal: ocorrências com pessoas Ex.: Queda de pessoa Acidente Material: ocorrências com materiais 14 Ex.: Queda de um aparelho de medição Acidente Administrativo: ocorrência com a empresa (PJ) Ex.: Falência não programada de uma empresa
9 2.2.3) Conceito de Acidente de Trabalho Temos vários conceitos de trabalho: Conceito Legal Conceito Prevencionista Outros conceitos Conceito Legal Acidente é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade laboral para o trabalho. Lei 8213,
10 Conceito Prevencionista Acidente é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil, lesões nos trabalhadores ou danos materiais. Outros Conceitos de Acidente do Trabalho É a ocorrência, uma perturbação no sistema de trabalho que, ocasionando danos pessoais ou materiais, impede o alcance do objetivo do trabalho. Qualquer evento não programado que interfere negativamente na atividade produtiva e que tem cobertura da seguradora.
11 2.2.4) Conceito de Dano É a conseqüência negativa do acidentes, ou seja, é o produto ou resultado negativo do acidente (prejuízo). Dano é a gravidade da perda, seja ela humana, material, ambiental ou financeira, que pode ocorrer caso não se tenha controle sobre um risco. A probabilidade e a exposição podem manter-se inalterados, e mesmo assim, existir diferença na gravidade do dano. Os danos podem ser: Pessoais: lesões, ferimentos, perturbação mental Materiais: danos em aparelhos, equipamentos Administrativo; prejuízo monetário, desemprego em massa
12 2.2.5) Conceito de Perda Perda é o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento através de seguros ou outros meios ) Conceito de Sinistro Sinistro é o prejuízo sofrido por uma organização, com garantia de ressarcimento através de seguros ou outros meios.
13 2.2.7) Conceito de Risco abordagem tradicional Risco é tudo o que pode causar acidentes, ou seja, tudo com potencialidade ou probabilidade de causar acidentes. De um modo geral, os riscos são visíveis nas tarefas, podendo ser eliminados ou controlados. Por vezes, o risco está oculto no processo que envolve a realização das tarefas. Como podemos descobrir um risco? Preventivamente: conhecimento, estudos, pesquisas, testes; Corretivamente: após algum acidente.
14 Tipos de risco: Pessoal: o homem em si; Material: condição insegura risco no ambiente, máquinas, equipamentos, ferramentas, etc.; Administrativa: gerência, supervisão ou outros representantes; é o risco mais crítico da empresa. Mais adiante, discutiremos novamente o conceito de risco ) Conceito de Causa (de acidente) Causa é aquilo que provocou o acidente, sendo responsável por sua ocorrência, permitindo que o risco se transformasse em danos.
15 A causa só passa a existir após a ocorrência do acidente. Antes do acidente: Depois do acidente: Risco Causas Tipos de Causas de Acidentes Baseado na definição proposta por Heinrich (1931), temos 3 tipos de causas:
16 Ato Inseguro Comportamento conscientes ou não, emitidos pelo trabalhador ou empresa que podem levar ao acidente. Os atos inseguros são praticados por trabalhadores que desrespeitam regras de segurança, ou não as conhece devidamente, ou ainda que têm um comportamento contrário à prevenção. Podem ser cometidos tanto por pessoa física quanto jurídica. Os atos inseguros são cometidos por imprudência, imperícia ou negligência;
17 Condição Insegura Deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas no ambiente de trabalho que constituem ou favorecem o aparecimento de riscos para o trabalhador e para os bens materiais da empresa. Exemplos: Ambiente mal iluminado; Escritório com fios espalhados pelo chão; Compressor ruidoso sem isolamento acústico; Manuseio de reagentes químicos que desprendem gases, sem exaustão; Recolhimento de lixo hospitalar; Arranjo físico inadequado.
18 Fator Pessoal de Insegurança Problema pessoal do indivíduo que pode vir a provocar acidentes Problemas de saúde Problemas familiares Dívidas Alcoolismo Uso de Substâncias Tóxicas
19 2.2.9) Perigo e Risco Nesta definição, usaremos os conceitos de Perigo (Hazard)eRisco (Risk)comoestãodefinidosnaBSI OHSAS e na BS 8800, normas internacionais que tratam de Saúde e Segurança do trabalho Estes conceitos serão doravante utilizados neste curso de Gerência de Riscos.
20 2.2.10) Conceito de Perigo (Hazard) Uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos tais como: lesões pessoais, danos a instalações e equipamentos, meio ambiente, perda de material em processos ou redução da capacidade produtiva ) Conceito de Risco (Risk) Probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico de tempo, podendo ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo impacto deste em valores monetários.
21 2.2.12) Perigo x Risco Perigo e Risco costumam ser aplicados como sinônimos em diversos casos até mesmo em leis e normas. Uma terminologia é algo para ser seguido, e as pessoas devem ser rigorosas no seu uso. Isso é particularmente requerido dos especialista isto é, NÓS! Desta forma, observemos que: Identificamos PERIGOS; Avaliamos RISCOS. Se falamos em PERIGOS, denotamos que apenas identificamos condições com potencial para causar danos. Se alguém se manifesta em termos de RISCO, indica que, de alguma forma, já foram avaliadas conseqüências e probabilidade de ocorrência do evento gerador de danos.
22 2.2.13) Perigo x Risco Teoria dos Portadores de Perigo Sob um enfoque mais filosófico, perigo é uma energia danificadora que quando ativada pode provocar danos corporais e/ou materiais, podendo estar associada tanto a pessoas quanto a objetos; Pessoas e objetos podem ser portadoras de perigos em determinadas circunstâncias; se tais perigos forem ativados repetidamente, tal perturbação caracteriza o acidente, que impede o alcance do objetivo; Quando não interseção entre as áreas, não há riscos
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24 2.2.14) Nível de exposição (Danger) Relativa exposição a um risco que favorece a materialização do risco como causa de um acidente e dos danos resultantes deste. O nível de severidade varia de acordo com as medidas de controle adotadas, ou seja:
25 2.2.15) Conceito de Desvio Desvio é qualquer ação ou condição que tem potencial para conduzir, direta ou indiretamente, a danos a pessoas, ao patrimônio ou causar impacto ambiental, que se encontre desconforme com as normas de trabalho, procedimentos, requisitos legais ou normativos, requisitos do sistema de gestão, ou boas práticas.
26 O conceito de desvio é similar ao de perigo, mas com uma diferença sutil: um desvio está associado a uma não conformidade com requisitos pré-definidos, ou seja, é algo desconforme com o adequado. O conceito de desvio é muito importante, pois inclui qualquer nãoconformidade física ou comportamental. Todo desvio é um perigo, mas alguns perigos, no entanto, não são desvios: perigos naturais, ou aqueles oriundos de mudanças e processos inovadores, que (ainda) não estejam desconformes a normas e/ourequisitos.
27 2.2.16) Perigo x Desvio Desvios são usualmente evidenciados por inspeções in loco, sendo um importante conceito nas chamadas auditorias comportamentais. Perigos podem ser identificados tanto in loco quanto por análise a priori (técnicas de análises de risco), que será vista nos próximos capítulos. Quando ocorre um acidente, perigos ou desvios se tornam as causas do mesmo, que se encadeiam desde a origem das seqüências até o acidente em si e seus efeitos (danos ou perdas).
28 2.2.17) Conceito de Incidente Incidente é qualquer evento ou fato negativo com potencialidade para provocar dano, mas por algum fator não satisfeito, não ocorre o esperado acidente. O incidente não manifesta danos significativos (também chamados visíveis ou macroscópicos). O conceito de incidente surgiu nos anos 60, na aviação, e foi transportado na mesma época, para a indústria.
29 2.3) Leis de Murphy Se algo tem a menor possibilidade de dar errado dará. Não importa o quanto é difícil danificar um equipamento, alguém sempre vai achar uma maneira de fazê-lo. Se algo pode falhar, essa falha deve ser esperada para ocorrer no momento mais inoportuno e com o máximo dano. Mesmo na execução da mais perigosa e complicada operação, as instruções poderão ser ignoradas. (Murphy era um otimista...) A possibilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para o tapete é diretamente proporcional ao tamanho da sua fome.
30 2.4) Função empresarial da Segurança 2.4.1) Conceituação Evitar acidente Para: Manter continuidade operacional Preservar a integridade física e mental do trabalhador Garantir a salubridade e segurança do público Levando a: Maior racionalização do trabalho Aumento da produtividade Diminuição dos custos
31 2.4) Função empresarial da Segurança 2.4.2) Distribuição de responsabilidades
32 2.4) Função empresarial da Segurança 2.4.3) Pirâmide de Maslow
33 2.5) Gerencia de Riscos Conjunto de procedimentos que visa proteger a empresa das conseqüências de eventos aleatórios que possam reduzir sua rentabilidade, sob forma de danos físicos, financeiros ou responsabilidades para com terceiros. A finalidade da Gerência de Riscos é prevenir todos os fatos negativos que distorcem um processo de trabalho, impedindo que se cumpra o programado, podendo provocar danos e/ou perdas às pessoas, materiais, instalações, equipamentos e meio ambiente. A Gerência de Riscos consiste em: Identificação de Perigos; Análise de Riscos; Avaliação de Riscos; Tratamento de Riscos.
34 2.5) Gerencia de Riscos
35 2.5) Gerencia de Riscos Processo de Decisão Determinação da grandeza do risco; Avaliação do risco; Desenvolvimento de alternativas para tratamento do risco; Seleção da melhor alternativa; Aplicação de medida de controle. Responsabilidades da Gerencia de Riscos Identificação dos riscos; Classificação dos riscos; Avaliação dos riscos; Geração, atualização e registro estatístico e relatórios; Estabelecimento de uma política de riscos; Busca da cooperação de todos os departamentos da empresa.
36 2.6) Resumindo
37 2.6) Resumindo
38 2.6) Resumindo
39 2.6) Resumindo
40 2.6) Resumindo
41 2.6) Exercício 1) Explique com suas palavras cada uma das fases da Atuação em áreas de riscos. Identificação, Eliminação, Controle e Proteção do trabalhador. 2) Diferencie dano, perda e sinistro. 3) Diferencie risco e perigo 4) O que é fator pessoal de insegurança, cite exemplos 5) Qual a finalidade da gerencia de riscos 6) No seu entendimento ao considerar as Leis de Murphy quando da atividade de Gerenciamento de Riscos, a qual propósito pretendemos atingir.
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