OS RECURSOS ELETRÔNICOS E O NOVO RDA
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- Mirela Alcântara Coradelli
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1 XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO 2007 ÁREA: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO SUB-ÁREA: ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO DIGITAL OS RECURSOS ELETRÔNICOS E O NOVO RDA REGINA BEATRIZ ASSUNÇÃO DE CASTRO Bibliotecária formada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO. Av. Pasteur, 458 Urca Rio de Janeiro rbeatriz@msn.com ELISA CAMPOS MACHADO Docente na Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO. Av. Pasteur, 458 Urca Rio de Janeiro emachado2005@gmail.com Rio de Janeiro, 2007
2 RESUMO O presente trabalho trata da construção do novo código de catalogação, o RDA: Resource Description and Access com foco nos recursos eletrônicos. Estuda o modo como vem sendo elaborado o futuro código e como serão tratados os recursos eletrônicos a partir da sua publicação. Analisa esboços do RDA e as controvérsias que envolvem o projeto do novo código, concluindo que o Resource Description and Access tende a ser um grande avanço no âmbito da catalogação, especialmente no que toca o tratamento dos recursos eletrônicos. Palavras-chave: Catalogação. Recursos eletrônicos. 1 INTRODUÇÃO Escrever sobre um projeto que ainda está em construção, como o RDA: Resource Description and Access, é ao mesmo tempo instigante e inquietante. Quanto mais estudamos a seu respeito, mais percebemos sua constante mutação, o que nos estimula e gera grande curiosidade por um lado, mas, ao mesmo tempo, diminui a percepção de que será atingido o objetivo de situar, de forma clara, ainda que não extensa, como será o futuro código de catalogação em relação ao tratamento dos recursos eletrônicos. Quando as bibliotecas começaram a ser informatizadas, os computadores serviam basicamente para agilizar e facilitar a confecção de fichas para os catálogos, mas, atualmente, as novas Tecnologias da Informação 1 (TIs) influem diretamente na própria forma como os documentos existem (ROWLEY, 1994). As bibliotecas vêm absorvendo o enorme impacto causado pelas mudanças dessa nova era digital e enfrentando o desafio de atender as expectativas e necessidades de seus usuários nesse novo contexto. Vamos discutir neste trabalho como estão se configurando as regras para os recursos eletrônicos no novo código de catalogação, o RDA. 1 A TI pode ser conceituada como todo recurso tecnológico destinado na coleta, manipulação, armazenamento e no processamento de dados e/ou informações. É o uso de recursos computacionais para o desenvolvimento de sistemas de informação (PINTO, 2006, p. 2).
3 2 RECURSOS ELETRÔNICOS Muitas das mudanças ocorridas, nos últimos anos, no âmbito da biblioteconomia e, especialmente, da catalogação, estão associadas à informatização dos registros e processos catalográficos. As mudanças trazidas pela informática afetaram, não só os procedimentos, como, também, a terminologia utilizada na área. O que era, inicialmente, denominado como arquivo de dados legíveis por computador, após a explosão da informática e da Internet, passou a ser conhecido por recurso eletrônico, termo julgado mais adequado. O uso desta terminologia não é consenso, já que alguns alegam que o termo eletrônico não define suficientemente o material, visto que uma televisão ou um forno de microondas também são considerados eletrônicos. O Anglo-American Cataloguing Rules (AACR2) utiliza o termo recurso eletrônico e o define, em seu glossário, como sendo: Material codificado (dados e/ou programa(s)) para ser manipulado por um dispositivo computadorizado. Este material pode exigir a utilização de periféricos ligados diretamente a um dispositivo computadorizado (p.ex., um drive de CD-ROM) ou a conexão a uma rede de computadores (p.ex. a Internet).(AACR2, 2005, D12) Já o glossário do futuro código de catalogação, o RDA, apesar de não alterar o texto da definição, dá preferência ao termo digital, pelo menos até a última revisão, publicada em setembro de Mesmo o termo digital causa polêmica, já que também é comumente utilizado para definir outros tipos de recursos que não exijam a utilização de um computador, como um CD de música. Na revisão do glossário do RDA, a American Library Association (ALA) comenta essas alternativas, questionando a escolha do termo digital para o novo código: A transição da terminologia de arquivo legível por computador para recurso eletrônico para recurso digital foi um avanço positivo em cada caso, mas ambos eletrônico e digital incluem outras mídias que não requerem uso de computador. Este termo pode ser interpretado em um sentido mais amplo, no uso comum, do que a
4 definição determina. Discos compactos de música e vídeos em DVD são tão recursos digitais quanto os recursos que requerem o uso de um computador, de acesso direto ou remoto. O termo recurso de computador ou recurso baseado em computador podem ser menos ambíguos para os catalogadores ou usuários quanto ao tipo exato de recurso (ambos mídia e, em alguns casos, conteúdo) que está sendo descrito. Apesar da ALA concordar que digital é um termo apropriado para mídia digital, não estamos convencidos de que digital é um termo apropriado para dados e programas, também conhecidos como recursos eletrônicos conforme é definido atualmente. Estes parecem ser dois conceitos distintos (apesar de um tanto confuso no rascunho das regras do capítulo C7). Digital pode não ser o termo mais apropriado nos dois casos. (KIORGAARD, 2006, tabela 1-16, tradução nossa). Toutain (2005, p. 17) define o documento digital como um registro de informação codificado por meio de dígitos binários. Estes podem ser documentos born-digital, ou seja, documentos que já nasceram no formato digital, ou terem passado por um processo de digitalização, que é definido por Toutain (2005, p. 16) como um processo de conversão de um documento analógico 2 para um formato digital, convertendo-o em sinais binários, por meio de dispositivo apropriado, como um scanner ou câmera fotográfica digital. Apesar da definição de livro da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ser ainda muito presa ao meio físico, impresso, já que define livro como uma publicação não periódica que contém acima de 49 páginas, excluídas as capas, e que é objeto de Número Internacional Normalizado para Livro (ISBN) (NBR6029, 2006, p. 3), vivemos em um mundo em que os livros também existem em formatos digitais, e vêm sendo denominados como e-books (livro eletrônico). Essa mudança de suportes tradicionais, como o livro impresso, para outros tipos de suporte, como os eletrônicos, já era apontada, desde 1982, por Lancaster. Também para Levacov (2005) a transição entre a revolução da imprensa, iniciada 2 O termo analógico é utilizado neste trabalho como uma oposição a digital.
5 por Gutenberg, ainda não acabou e a digital está apenas iniciando. A autora apresenta o conceito de biblioteca híbrida, aquela que contém não apenas material impresso e magnético como também informação digital e lembra que apesar da biblioteca ainda ser vista como um local onde reside um objeto analógico (o livro, o documento, etc.), é necessário que busquem uma atualização que permita tratar de maneira adequada os novos recursos eletrônicos. Mantemos o registro da informação em papel, mas há também diversos outros tipos de suporte, como o microfilme e os suportes eletrônicos fita magnética (cassete e VHS), disco magnético (disquete), disco ótico (CD e DVD) e aparentemente, a tendência é que os últimos dominem cada vez mais como suportes de informação. Sayão aborda o tema dos documentos digitais sob a perspectiva da preservação, afirmando que a tecnologia digital é mais frágil do que a impressão tradicional, já que há um tempo cada vez mais curto entre a inovação e a obsolescência tecnológica nas áreas de TI. O autor sugere como uma solução de preservação o caminho inverso: a transformação dos materiais digitais para meios mais estáveis e analógicos. Até porque a maioria desses sistemas manipula a informação digital segundo paradigmas do mundo analógico, gerando recursivamente enormes contradições e situações de risco para os objetos digitais sob suas custódias (SAYÃO, 2005, p. 118). Estas duas visões, a de que há documentos criados em suportes convencionais e que estão sendo convertidos para formas digitais, e aqueles que já nascem com formato digital, mas podem também ser transformados para um formato analógico visando a sua preservação, reforçam o conceito de biblioteca híbrida. Levacov (2005, p. 208) ressalta que o fato de a maioria das bibliotecas possuírem ainda informação primordialmente em átomos não as isenta de terem de lidar com os problemas referentes ao formato digital. Neste contexto de constantes mudanças as bibliotecas precisam estar aparelhadas para administrar os dois tipos de acervos, analógico e digital e, também, estar preparadas para as evoluções que podem ocorrer dentro do próprio formato digital. Há uma mudança de paradigma:
6 Há pouco mais de uma década, fonte de informação era sinônimo de formato impresso. Hoje a definição gira em torno do suporte eletrônico. As fontes básicas de referência estão disponíveis online ou em CD-ROM. Alguns títulos são publicados em formatos diferenciados: papel, CD-ROM e online. (KATZ, 1997 apud SILVA; TOMAEL, 2004, p. 9). Os materiais digitais têm características próprias que requerem práticas de catalogação específicas como destaca Levacov (2005, p. 212): Por séculos os catálogos representaram uma ferramenta de identificação e descrição que atendia adequadamente às coleções relativamente estáveis ou moderadamente dinâmicas contidas em determinada instituição. Tais catálogos permitiam encontrar um livro por seu título, autor ou gênero, porque apontavam para a localização física desta informação na prateleira da biblioteca. Para o profissional da ciência da informação, a convergência de mídia, oportunizada pelo formato digital (bem como sua localização volátil), apresenta novos desafios também ao exigir que sejam desenvolvidas novas formas de descrever e indexar estes documentos dinâmicos, em múltiplos formatos e em localizações remotas sobre as quais, muitas vezes, tem-se muito pouco controle. É, também, para enfrentar todas essas modificações, apresentando soluções que atendam tanto aos antigos quanto aos novos formatos existentes, estabelecendo critérios que possibilitem a descrição e o acesso a qualquer tipo de documento, que está sendo preparado o novo código de catalogação. 3 O RDA E O TRATAMENTO DE RECURSOS ELETRÔNICOS Com o AACR2, a descrição de um recurso se baseia, sobretudo, no tipo de material descrito. A primeira parte do código, que se refere à descrição do item, além de uma introdução geral divide-se entre: regras gerais de descrição; livros, folhetos e folhas impressas; materiais cartográficos; manuscritos; música; gravação de som; filmes cinematográficos e gravações de vídeo; materiais gráficos; recursos eletrônicos; artefatos tridimensionais e realia; microformas; e recursos contínuos. Mas, para catalogar um recurso eletrônico, por exemplo, um catalogador tem de consultar, não só o capítulo 9 (Recursos Eletrônicos), como, também, vários outros
7 capítulos, dependendo de cada caso. As regras gerais do capítulo sobre recursos eletrônicos do AACR2 (2004, p. 9-2) esclarecem que: os recursos eletrônicos incluem, freqüentemente, componentes cujas características são encontradas em diversas espécies de materiais, de modo que quase sempre será necessário consultar outros capítulos. As instruções dão como exemplo um recurso cartográfico publicado em série, cuja descrição exige consulta aos capítulos 3, 9 e 12. Para Chapman (2006, tradução nossa), a atual estrutura do AACR2 é, em si mesma, fonte de problemas. O arranjo dos capítulos descritivos por tipo de recurso significa que o catalogador tem, primeiro, de decidir qual o formato ou material do recurso a ser descrito de maneira a localizar os capítulos apropriados a serem utilizados. Entretanto, não há uma orientação clara sobre como esta decisão deve ser tomada. Apesar de ser óbvio para alguns recursos (e.g. um único texto manuscrito) para outros não é tanto uma série musical é primariamente música ou um recurso contínuo? Os diferentes esboços do futuro código, que o Joint Steering Committee for the Revision of AACR 3 (JSC) envia aos constituintes para que possam avaliar e opinar sobre a maneira pela qual as regras vêm sendo formuladas e redigidas, estão disponíveis online, permitindo o acompanhamento das mudanças pelas quais tem passado o projeto do RDA. Na primeira versão apresentada, na qual o código era ainda denominado AACR3, os capítulos permaneciam divididos de acordo com os diferentes tipos de suporte e as instruções levavam em conta as áreas e pontuações específicas dos ISBDs 4, de maneira muito similar ao AACR2. O esboço da Parte I do RDA, proposto em dezembro de 2005 por Kiorgaard e posto em discussão até o início de 2006, mostra que a elaboração atual do código busca seguir uma linha bem diferente da anterior. O catalogador que utilizar o futuro código não terá de tomar uma decisão a priori quanto ao formato do recurso sendo descrito, que pode ser tangível ou intangível, iniciando sua descrição 3 Comissão Executiva Conjunta para a Revisão do AACR 4 International Standard Bibliographic Description
8 independentemente do suporte em questão. Mesmo a ordem dos capítulos e o arranjo dos elementos dentro de cada capítulo não pretendem representar uma ordem fixa para registro e armazenamento dos dados descritivos, nem representar uma ordem prescrita com o propósito de apresentação dos dados, de acordo com as instruções gerais da Parte I do RDA (KIORGAARD, 2005, p ). A ordem de apresentação prescrita pelo ISBD e, também, uma orientação sobre a apresentação de dados em catálogos online serão apresentadas como apêndice. O código indica o mínimo de elementos obrigatórios necessários para a descrição do recurso, se estes forem aplicáveis ao item que está sendo descrito: título apropriado; alterações anteriores ou posteriores do título apropriado; indicação de responsabilidade (pessoa, família, ou entidade coletiva com responsabilidade principal); indicação de edição; numeração; editor, distribuidor, etc.; data de publicação, distribuição, etc.; título apropriado de série; numeração dentro de série; identificador do recurso; forma do suporte; extensão; escala de conteúdo cartográfico; e coordenadas de conteúdo cartográfico. Para cada elemento, o código indica a fonte de informação prescrita, mas em muitos casos, permite que seja retirada de qualquer parte do recurso ou até mesmo, ser exterior a ele, o que está mais de acordo com o registro de dados dos recursos eletrônicos, que têm uma organização diferente dos recursos tradicionais. Analisando os exemplos utilizados para elucidar as regras apresentadas nos diversos capítulos do código, encontramos alguns que tratam de recursos digitais, como, por exemplo, e-commerce security, na abordagem do uso de maiúsculas, e Version 5.20 e Interactive version, quando se tratam de instruções sobre edições, mas, aparentemente, estes exemplos não ocorrem na freqüência que seria esperada de um código que se pretende mais adequado a um mundo digital. Várias instruções e exemplos ainda estão atrelados à antiga estrutura, como por exemplo, no capítulo , que trata do número de unidades: ao registrar o número de unidades, registre o número em algarismos arábicos seguidos do termo ou termos apropriados para indicar o tipo de unidade, como indicado na tabela em ou em : 12 posters; 1 escultura... (KIORGAARD, 2006, p. 3-8, tradução nossa).
9 Além disso, a estrutura apresentada para o novo código aparenta uma complexidade bem maior do que a prometida pelo JSC, sendo necessária consulta a vários capítulos do código para a catalogação de qualquer tipo de recurso e não só os digitais. Ainda assim, uma avaliação mais precisa do RDA não pode ser feita enquanto a segunda parte do código não estiver ao menos esboçada. Pode-se, ao menos, inferir que a versão online do RDA trará mais facilidade e agilidade para a catalogação de todo tipo de recurso, especialmente os eletrônicos. De acordo com Chapman (2006, tradução nossa) O RDA almeja formular suas regras de modo mais simples, de maneira que elas possam ser aplicadas a uma variedade de recursos com o mínimo de instruções específicas, e com o auxílio de exemplos convenientemente selecionados. Ainda não sabemos se o código alcançará este objetivo, de qualquer maneira, por mais simplificado que venha a ser o novo código, haverá uma necessidade de treinamento para a sua utilização. Quando o RDA for implementado, catalogadores precisarão ser treinados para se familiarizar com o novo padrão. Entretanto o futuro treinamento será mais fácil porque as instruções serão mais simples e modernas. A documentação local deverá ser examinada e, se necessário, re-escrita. No entanto, a documentação resultante será mais simples e de mais fácil manutenção. (KIORGAARD, 2006, tradução nossa) Com o RDA, pretende-se que o código venha a ser uma ferramenta adequada à catalogação de material analógico e digital, com o objetivo de produzir registros compatíveis com o ambiente digital, como a Internet e os catálogos online. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O futuro código de catalogação, RDA: Resource Description and Access, se propõe a ser uma ferramenta adequada na formação de catálogos, fornecendo instruções para a descrição e acesso de todos os tipos de recursos existentes e os que poderão a vir a existir no futuro, não só para bibliotecas como para qualquer unidade de informação. Ao mesmo tempo, na tentativa de permitir que o futuro código seja compatível com os catálogos já existentes, as regras permanecem mais
10 ligadas a um tipo de concepção analógica de recursos do que talvez seja adequado. Uma das medidas iniciais mais importantes é, provavelmente, a definição dos termos que serão utilizados no futuro código. Ainda não estão definidos termos como recursos, recursos digitais, mídia digital, formato, acesso direto e acesso remoto. É necessário que os conceitos se tornem claros para que possam ser trabalhados de maneira uniforme. A comparação dos esboços do que seria o AACR3 e os esboços do que, se pretende, virá a ser o RDA, parecem indicar uma modernização do código, mas nos deixam em dúvida quanto à perspectiva de uma possível simplificação deste. Nossas esperanças nesse sentido recaem, principalmente, sobre a versão online. Há também uma grande preocupação no que toca a avaliação do catalogador na elaboração dos registros. Regras muito detalhadas tornam-se de difícil execução, em contrapartida, a ausência de regras detalhadas põe um risco a uniformidade dos catálogos, já que a tomada de decisão quanto às exceções das regras fica a cargo de cada catalogador individualmente. Desvincular a descrição da escolha a priori do suporte sendo descrito também nos parece ser um passo positivo para o tratamento dos recursos eletrônicos, assim como a possibilidade da utilização de uma fonte de informação prescrita exterior ao item. A aparente complexidade das regras do futuro código pode ser atribuída ao desenvolvimento do código online, que tem de ser elaborado proporcionando links entre as regras e desenvolvendo relações que facilitarão o acesso computadorizado, mas que talvez, poluam um pouco a versão impressa, tornando seu manuseio mais complexo do que seria desejável. Outro ponto que nos parece precisar de modificações é a escolha dos exemplos utilizados nas regras. As regras precisam ser modernizadas, atualizadas e contemplar os recursos dos mais variados tipos, se o código realmente pretende dar conta de todos os recursos existentes e dos que ainda poderão surgir. O mundo digital é uma realidade inquestionável e há muito que fazer para adaptar o código a ele. A realização do RDA é um grande desafio que não deve ser visto como uma ameaça ao que já foi desenvolvido até agora no âmbito da catalogação,
11 ao contrário, é uma grande oportunidade de apresentarmos novas soluções a velhas e novas dificuldades que surgiram e continuarão surgindo a cada dia. REFERÊNCIAS CHAPMAN, Ann. RDA: A new international standard. Disponível em: < Acesso em: 14 dez COYLE, Karen; HILLMANN, Diane. Resource description and Access (RDA): cataloging rules for the 20th century. D-Lib Magazine, Jan./Feb. 2007, v. 13 n. 1/2. Disponível em: < >. Acesso em: 16 jan KIORGAARD, Deirdre. Review of terms for the RDA glossary. In: JOINT STEERING COMMITTEE FOR REVISION OF ANGLO-AMERICAN CATALOGUING RULES Diponível em: < Acesso em: 11 jan RDA: Resource Description and Access Part I - Constituency Review of December 2005 Draft. In: JOINT STEERING COMMITTEE FOR REVISION OF ANGLO-AMERICAN CATALOGUING RULES. Disponível em: < Acesso em: 12 dez RDA: Resource Description and Access Part I Constituency Review of January 2006 Draft of Chapter 3. In: JOINT STEERING COMMITTEE FOR REVISION OF ANGLO-AMERICAN CATALOGUING RULES. Disponível em: < Acesso em: 12 dez LANCASTER, F. W. Libraries and librarians in an age of electronics. Arlington, Va: Information Resources Press, LEVACOV, Marília. Tornando a informação disponível: o acesso expandido e a reinvenção da biblioteca. In: MARCONDES, Carlos H.; KURAMOTO, Hélio; TOUTAIN, Lídia Brandão; SAYÃO, Luís (orgs.). Bibliotecas digitais: saberes e práticas. Salvador, Brasília: UFBA, IBICT, p PINTO, Adélia; COSTA, Rosemarie. Tecnologia da informação nas bibliotecas das instituições. In: SNBU - SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
12 UNIVERSITÁRIAS, 14, 2006, Bahia. Papers. Disponível em < ufba.br/soac/viewabstract.php?id=175>. Acesso em: 31 out SAYÃO, Luís Fernando. Preservação digital no contexto das bibliotecas digitais: uma breve introdução. In: MARCONDES, Carlos H.; KURAMOTO, Hélio; TOUTAIN, Lídia Brandão; SAYÃO, Luís (orgs.). Bibliotecas digitais: saberes e práticas. Salvador, Brasília: UFBA, IBICT, p SILVA, Terezinha Elisabeth da; TOMAÉL, Maria Inês. Fontes de informação na Internet: a literatura em evidência. In: TOMAÉL, Maria Inês; VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Orgs.). Avaliação de fontes de informação na Internet. Londrina: Eduel, p TOUTAIN, Lídia Maria Batista Brandão. Biblioteca digital: definição de termos. In: MARCONDES, Carlos H.; KURAMOTO, Hélio; TOUTAIN, Lídia Brandão; SAYÃO, Luís (orgs.). Bibliotecas digitais: saberes e práticas. Salvador/Brasília: UFBA/IBICT, p ELECTRONIC RESOURCES AND THE NEW RDA ABSTRACT This paper discusses the elaboration of the new cataloguing code, RDA: Resource Description and Access, with focus on electronic resources. It studies the development of the future code and how electronic resources will be treated after the code is released. It analyses the drafts of RDA and the controversies implicated in the project of the new code, concluding that the Resource Description and Access will very likely be a great improvement in cataloguing, especially in relation to electronic resources. Keywords: Cataloguing. Electronic resources.
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