APICULTURA. Esmeralda Garcia do Carmo. 2. a edição: Esmeralda Garcia do Carmo ISBN CURSO BÁSICO

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1 APICULTURA CURSO BÁSICO 2. a edição: 1998 Esmeralda Garcia do Carmo ISBN Diagramação: Rogério Jorge Figueira Esmeralda Garcia do Carmo Contatos com a autora: Correspondência: Caixa Postal 1943 CEP São Lourenço da Serra - SP É proibida a reprodução. Todos os direitos reservados de acordo com a legislação em vigor.

2 APRESENTAÇÃO CAPÍTULO I UM BREVE HISTÓRICO DA APICULTURA Este curso destina-se a todos que queiram iniciar uma criação de abelhas, porém, sem sofrerem os tão alardeados percalços atribuídos à tal prática. É perfeitamente possível praticar apicultura com abelhas dóceis, trabalhando com prazer, sem incomodar os vizinhos e, com isso, ainda obter o mel, pólen e a própolis para consumo próprio ou mesmo para fins comerciais. Neste final de milênio, ao mesmo tempo em que as conquistas tecnológicas avançam aos saltos, no outro extremo existe no homem uma busca, cada vez mais generalizada, de tudo que o relacione, aproxime e integre à natureza; nesse sentido a apicultura surge como uma opção tanto profissional como prazerosa. Sendo uma atividade ecológica que não agride a natureza, promove a polinização de culturas, e ainda fornece o mais precioso alimento, bem como outras substâncias comprovadamente medicinais, deve ser difundida e praticada em larga escala. Este curso baseia-se na convicção de que trabalhar com raças de abelhas dóceis é imprescindível para que o apicultor tenha condições de manipular seus enxames em qualquer época do ano, sejam eles populosos ou não, aplicando as mais modernas técnicas, tanto para produção de novos enxames como para aumento da colheita de mel e outros produtos. 2 Pelas pesquisas arqueológicas sabe-se que as abelhas existem há pelo menos 42 milhões de anos. Quanto à apicultura, de acordo com documentos de vários historiadores, remonta ao ano de a.c., no antigo Egito. Entretanto, arqueólogos italianos localizaram colmeias de barro na ilha de Creta com idade aproximada de anos a.c. De qualquer forma até onde se tem registros, o mel já era utilizado desde a.c. pelos sumérios. As maiores descobertas para o desenvolvimento da apicultura surgiram a partir de Aristóteles, mas só a partir do século XVII é que deu-se um considerável avanço no desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas de manejo. Foi com o surgimento do microscópio que Swammerdam ( )desvendou o sexo da rainha (até então supunha-se ser um rei) pela dissecação. Janscha descobriu em 1771 que a fecundação da rainha ocorre ao ar livre. Schirach também em 1771 provou que a rainha originava-se do mesmo ovo que pode originar uma abelha operária. Francisco Huber demonstrou que as rainhas acasalam-se mais de uma vez. Johanes Dzierzon confirmou em 1845 a partenogênese em abelhas, cruzando rainhas italianas com zangões cárnicos. Johanes Mehring produziu a primeira cera alveolada em Franz Von Hruschska inventou a máquina centrífuga para tirar mel sem danificar os favos em Lorenzo Lorain Langstroth descobriu o "espaço abelha", que nada mais é do que o vão entre um favo e outro. Este espaço deve variar entre 6 e 9mm. A partir daí criou o quadro móvel, o qual fica suspenso dentro da colmeia pelas duas extremidades; todas estas descobertas levaram à criação da colmeia Langstroth em A colmeia Langstroth é considerada padrão e até hoje é a mais usada em todo o mundo. Foi a partir dela que se deu o maior avanço na apicultura devido a facilidade no manejo que ela proporciona. 3

3 1.2 - APICULTURA NO BRASIL Há no Brasil aproximadamente 80 espécies de abelhas sem ferrão. São todas nativas, porém, as que mais se prestam para a produção de mel em grandes quantidades além de própolis, geléia real, pólen e que realizam a polinização em grande escala foram trazidas de outros países. São as abelhas do gênero Apis e espécie mellifera. A Apis mellifera foi trazida primeiramente da Europa pelos primeiros colonizadores de diferentes nacionalidades. As abelhas das raças européias adaptaram-se bem ao clima brasileiro, e favorecidas pelo inverno ameno multiplicaramse rapidamente. Sendo uma abelha dócil e menos propensa à enxameação, favoreceu a pesquisa e o desenvolvimento de técnicas de manejo voltadas ao aproveitamento máximo de sua capacidade. Em foi introduzida no Brasil uma abelha da raça africana: a Apis mellifera scutellata. Inicialmente sua introdução justificava-se para fins de pesquisa, posteriormente esta abelha proliferou-se por todo o território e vários outros países. As abelhas da raça africana são muito enxameadoras, agressivas e pilhadoras. Estas características não só dificultam os trabalhos práticos do apicultor, como também impõem que sejam criadas em áreas muito extensas e devidamente cercadas (cerca viva). O apicultor que opta pela criação de abelhas de raças européias, deve estar atento às pilhagens e invasões que suas colmeias possam sofrer de enxames de africanas que vivem na natureza, que por serem muito enxameadoras predominam em número de famílias. Para manter o apiário europeizado é necessária a observância de certas técnicas de manejo, bem como a manutenção de rainhas européias. Hoje já existem apicultores produtores de rainhas européias visando suprir a demanda do precioso inseto AS ABELHAS Uma colônia de abelhas é composta, em média, por uma rainha, centenas de zangões e dezenas de milhares de operárias. Todos possuem funções específicas, e no caso das operárias as funções vão mudando de acordo com a idade. DO OVO AO NASCIMENTO O período que antecede o nascimento de uma abelha deve ser muito bem compreendido por todo apicultor, pois é com base neste conhecimento que muitas técnicas de manejo são desenvolvidas e aplicadas. Este período é dividido em três etapas distintas: ovo larva pupa rainha 3 dias 5 dias e meio 7 dias e meio operária 3 dias 6 dias 12 dias zangão 3 dias 6 dias e meio 14 dias e meio A duração destas etapas pode variar de acordo com a temperatura interna do ninho, mas é perfeitamente possível basearmo-nos no período médio constante no quadro acima. 4 5

4 O que define o sexo da abelha é a existência ou não de fecundação do óvulo, ou seja: quando a rainha coloca um óvulo dentro do alvéolo e comprime sua espermateca (reservatório de esperma), este óvulo será fecundado e irá originar abelhas do sexo feminino. Quando, após depositar o óvulo no alvéolo, a rainha não comprimir sua espermateca, este óvulo não será fecundado e portanto irá originar abelhas do sexo masculino. Três dias após a postura do ovo ocorre a sua eclosão e surge a larva. As larvas são alimentadas até o terceiro dia com geléia real, do quarto dia em diante todas as larvas destinadas a gerarem abelhas operárias passam a receber uma alimentação composta de mel, pólen e água, e somente as larvas que irão originar rainhas continuam a receber como alimento somente geléia real. A diferença na alimentação é um fator determinante no desenvolvimento do aparelho reprodutor das abelhas. Concluido o período larval, os alvéolos são cobertos, pelas abelhas que cuidam das crias, com uma camada de cera a que denominamos opérculo. Lá dentro irá tecer um casulo onde se desenvolverá até tornar-se uma abelha e nascer ao abrir o opérculo. Etapas anteriores ao nascimento. 6 A RAINHA Cada colônia possui apenas uma mãe. Esta nasce de um ovo fecundado, numa célula maior, este berço real chama-se realeira e tem a aparência de uma casca de amendoim. Sua alimentação consiste de geléia real. Numa colônia pequena a rainha é facilmente localizável por possuir um abdômen bem maior do que as operárias e os zangões, sua cabeça é menor em relação a das operárias e, quando já foi fecundada fica mais pesada e menos ágil. A rainha demora 16 dias para nascer, após seu nascimento ela leva até uma semana para atingir a maturidade sexual, quando então realiza seu vôo nupcial. Este vôo é realizado a grande altitude e em alta velocidade, somente os zangões mais velozes conseguem alcançá-la e realizar a cópula. Durante o vôo ela solta um odor conhecido como feromônio que atrai os zangões, em média 8 zangões são necessários para que a sua espermateca fique lotada, para isso ela pode realizar um ou mais vôos nupciais. Uma vez fecundada ela retornará para a colmeia e de lá não sairá mais, a não ser em caso de enxameação. A espermateca é uma espécie de reservatório de esperma para toda vida, cada vez que a rainha coloca um ovo de operária ela comprime sua espermateca para fecundá-lo. Após fecundada, a função da rainha será a postura de ovos para o resto da vida, sendo que pode viver até aproximadamente 5 ou 6 anos em condições naturais, porém, quando criadas por um apicultor é normal serem substituídas no segundo ano de vida, pois a postura tende a diminuir com a queda de seu vigor. Durante sua vida é alimentada com geléia real pelas abelhas, que depositam o alimento diretamente na sua boca. Quanto mais populosa for a família, maior quantidade de geléia ela receberá e maior será sua postura, pois esta é proporcional a quantidade de alimento que recebe. 7

5 Antes de colocar um ovo no alvéolo, a rainha mede o diâmetro dele com as patas dianteiras, feito isto introduz seu abdômen. Se o alvéolo for de tamanho normal, ela comprimirá sua espermateca e porá um ovo fecundado do qual nascerá uma operária; se for um alvéolo maior ela não comprimirá sua espermateca e deste ovo nascerá um zangão. A OPERÁRIA Uma operária nasce após 21 dias de um ovo fecundado. Ela é responsável por todas as tarefas dentro da colmeia. Suas tarefas são definidas de acordo com sua idade: Até 2 dias serviços internos e limpeza 3 a 8 dias nutriz, acompanhante da rainha e produtora de geléia real 9 a 19 dias construtora de favos e processadora de alimentos 20 a 21 dias guardiã da família 21 dias em campeira até o fim da vida diante A longevidade de uma operária varia de acordo com a época do ano. A tarefa mais desgastante para as operárias é a produção de geléia real. Em épocas de expansão do ninho, quando existe grande quantidade de crias a serem alimentadas com geléia real, o período de vida das operárias é de cerca de quatro semanas. Durante o inverno, quando existem poucas crias a serem alimentadas, se não faltar alimento estocado, pode viver até 6 meses. 8 As tarefas que as operárias executam vão mudando à medida que seus órgãos se vão desenvolvendo. Quando muito jovem é faxineira, limpando os alvéolos. Quando suas glândulas hipofaríngeas desenvolvem-se ela passa a produzir geléia real e torna-se nutriz. Posteriormente desenvolvem-se as glândulas cerígenas para que possa trabalhar na construção de favos, opérculos e realeiras. Nessa época passa a receber o néctar trazido pelas campeiras e transforma-o em mel. Cada vez mais vai sendo atraída pela luz e é quando assume a função de guarda que faz seus primeiros vôos de orientação. Como campeira vive até seus últimos dias, nesta fase colhe o néctar com a língua (glossa). O néctar é armazenado na vesícula melífera e transportado até a colmeia. O pólen e a própolis são transportados nas corbículas (cestas de pólen e própolis), estas estão localizadas nas tíbias das patas traseiras. O pólen é colhido com ajuda das penugens e a própolis (resina) com auxílio das mandíbulas e penugens. Entretanto, é preciso deixar claro que a despeito de ter o seu desenvolvimento biológico como fator determinante da divisão das tarefas; a abelha é capaz de adiantar ou retardar sua especialização em qualquer tarefa independentemente da sua idade. Para que isto ocorra, basta que haja necessidade por parte do enxame. O ZANGÃO Ele nasce de um ovo não fecundado, portanto é puro de raça. Seu nascimento demora 24 dias após a postura do ovo. Sendo o único macho da colmeia, é o responsável pela fecundação das rainhas virgens. Já que esta é sua única função, a natureza o equipou da melhor forma possível para desempenhar bem esta tarefa. 9

6 O aparelho genital do zangão possui dois testículos onde são gerados os espermatozóides. Dos testículos saem dois canais em forma de espiral, ligados cada um a uma vesícula seminal. As duas vesículas se unem formando o canal ejaculador. O canal ejaculador desemboca no aparelho copulador, ou pênis, este tem armadura de ganchos recurvados e alguns apêndices glandulares em forma de cornos. Como o órgão só pode ser projetado durante o vôo, pois é preciso haver contração dos músculos abdominais, é impossível haver acasalamento dentro da colmeia. Devido a conformação de seu aparelho copulador o zangão tem morte certa ao realizar a cópula, já que seu órgão genital é rompido e fica preso ao corpo da rainha. O zangão possui visão e olfato excepcionais. Tem dois olhos compostos com até 7 mil omatídeos cada. O olfato localiza-se nas antenas, através de 30 mil cavidades olfativas. Uma colônia promove o nascimento de zangões quando está em franco desenvolvimento e pretende enxamear num período próximo. Quando as condições são difíceis, eles são expulsos da colmeia e, caso nenhuma outra os aceite eles acabam morrendo de fome ou frio. Apesar de nascerem numa determinada família, frequentam outras colmeias do apiário e quando as condições são favoráveis são bem vindos em qualquer colmeia MORFOLOGIA DAS ABELHAS Morfologicamente uma abelha é formada por três partes: cabeça, tórax e abdômen. Anatomia externa de uma abelha. Órgãos internos de uma abelha operária. 10 CABEÇA A cabeça possui dois olhos compostos que situam-se nas laterais, eles servem para enxergar à distância. E três olhos simples, ou ocelos, situados na parte superior, eles destinam-se a enxergar no interior da habitação. 11

7 Também na parte superior da cabeça estão as duas antenas. Elas contêm os órgãos olfativos e são muito sensíveis ao tato. Na parte inferior encontra-se a boca, a qual é composta por duas mandíbulas, duas maxilas, lábios superior, inferior e a língua. Ainda na cabeça situam-se importantes glândulas: as salivares, mandibulares e hipofaríngeas. As glândulas salivares são as responsáveis pela transformação do néctar em mel. As glândulas mandibulares dissolvem a cera e processam a geléia real. E as hipofaríngeas são as produtoras de geléia real. Estas glândulas vão atrofiando-se à medida que a idade das abelhas avança. TÓRAX É formado por três partes, o protórax, o mesotórax e o metatórax. Sendo composto de massa muscular, comporta um par de asas e três pares de patas. Nas patas posteriores da operária localizam-se as cestas, ou corbículas, para o transporte de pólen e própolis. ABDÔMEN Formado por nove segmentos, sendo que apenas seis são visíveis na operária e sete no zangão. Comporta vários órgãos: estômago, intestinos, traquéias, coração e os órgãos reprodutores; na operária estão presentes ainda a vesícula melífera, as glândulas cerígenas, a glândula de Nasanoff e o ferrão, sendo que os dois últimos encontram-se também na rainha. O estômago e os intestinos fazem parte do aparelho digestivo, além do esôfago, da boca, da bolsa melífera, do reto e ânus. As traquéias são os órgãos responsáveis pela respiração, esta ocorre devido à movimentos de contração e dilatação do abdômen. O coração compreende o aparelho circulatório, o qual é formado por vasos responsáveis pela irrigação dos órgãos. O sangue da abelha chama-se hemolinfa e é incolor e frio. A vesícula melífera serve para transportar água e néctar para a colmeia. É utilizada também para transportar o mel em caso de fuga ou enxameação. As glândulas cerígenas, localizadas entre os anéis abdominais, produzem a cera. A glândula de Nasanoff localiza-se na parte dorsal, é ela que emite o odor que permite a identificação entre as abelhas de uma mesma colônia. O ferrão localiza-se na parte mais extrema do dorso. Na rainha ele é curvo, mais comprido e praticamente liso, podendo voltar ao seu estado normal após ser utilizado contra suas rivais. Nas operárias o ferrão possui farpas em sentido contrário, o que faz com que ao utilizá-lo, este fique preso na vítima. Ao tentar se libertar, seus intestinos serão arrancados, ocasionando sua morte. Os órgãos reprodutores do zangão estão descritos detalhadamente na página 10. Na rainha constituem-se de dois ovários laterais, cada um com 180 a 200 tubos que contêm ovos em contínuo estado de evolução (ficam maiores à medida que se aproximam do orifício de saída), as trompas que se unem formando um oviduto, o qual termina na vagina. Possui um reservatório seminal, ou espermateca, onde é armazenado o espermatóforo que contém o sêmen do zangão

8 Na operária este sistema encontra-se atrofiado. Porém, em situações extremas (ausência da rainha, por exemplo), ele se desenvolve parcialmente, mas sem que haja fecundação destas poedeiras (operárias que põem ovos). Alguns cientistas e pesquisadores descobriram a existência de glândulas situadas na cabeça das abelhas, que produzem uma substância a partir do quarto dia de idade da larva real, chamada de "hormona juvenil". Cogita-se que a diferenciação na conformação da rainha e das operárias seja devida não só à alimentação (à base de geléia real), mas também ao desenvolvimento destas glândulas SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO DAS ABELHAS As abelhas comunicam-se por sons, cheiros e gestos. SONS Até agora não se tem conhecimento de um órgão auditivo nas abelhas, todavia, sabe-se que são sensíveis às vibrações de alta freqüência transmitidas através de corpos sólidos. CHEIROS Cada enxame possui um cheiro próprio emitido através da glândula de Nasanoff. É através dele que as abelhas de uma mesma família se identificam e à sua rainha. As abelhas guardas que permanecem no alvado da colmeia inspecionam o odor das campeiras que retornam do trabalho de coleta. Esta inspeção se faz através do contato de suas antenas, onde estão seus órgãos olfativos. Entretanto, quando uma campeira proveniente de outra família chega carregada de néctar, é aceita apezar do seu odor ser diferente; isto ocorre porque ela está trazendo provisões. Caso esta abelha tente entrar na colmeia que lhe é estranha sem qualquer provisão, será imediatamente expulsa ou até mesmo morta. Muitas vezes durante uma inspeção, vemos abelhas na entrada da colmeia com seus abdômens levantados e batendo asas freneticamente. Estas abelhas estão emitindo um odor que induz as suas companheiras que regressam do campo à defenderem o enxame. O cheiro é um fator de união entre os membros de uma mesma família. Todas as abelhas sabem que existe uma rainha dando continuidade ao desenvolvimento da população, independentemente de terem qualquer contato direto com ela, graças ao odor que ela transmite. As abelhas mais jovens que permanecem ao redor da rainha alimentando-a, lambem-na com a língua e tocam-na com suas antenas a maior parte do tempo, dessa forma absorvem a substância emitida pelo corpo da rainha e transmitem-na às outras abelhas de boca em boca

9 GESTOS São expressos através da dança. Tendo o sol como referência as abelhas executam uma dança para indicar às suas companheiras a localização e abundância das fontes de néctar. A dança em círculo indica que a fonte fica próxima (menos de 100 m). Se a dança for em oito significa que o alimento encontra-se a uma distância superior (mais de 100 m). Quanto mais lenta a dança, mais distante é a fonte de néctar ORIENTAÇÃO DAS ABELHAS Como as abelhas são capazes de enxergar o ultravioleta, elas podem ter o sol como referência todos os dias. Tanto a localização das fontes de alimento, como a da habitação são registradas tendo-se como referência a localização do sol. Porém, sabe-se hoje em dia que elas são capazes de guiarem-se por outros meios, visto que são capazes de regressarem para suas habitações mesmo durante a noite. Cogita-se, nestes casos, que as abelhas tenham como referência os odores existentes próximo à habitação, bem como no trajeto que fazem. Outrossim, quando as colmeias sofrem pequenos deslocamentos ( até 1 m), suas operárias rapidamente se redirecionam. Caso o deslocamento seja superior a um metro, elas não localizam a antiga habitação e voam em círculo no local primitivo até a morte. Comunicação e orientação das abelhas

10 CAPÍTULO II LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DO APIÁRIO A primeira providência a ser tomada quando se decide criar abelhas é a escolha do local. Esta escolha está subordinada à definição prévia da raça à ser explorada. Aquele que optar pela raça africana deverá escolher uma área distante pelo menos 300 metros de locais habitados ou de circulação de pessoas e animais. Além disso a área ocupada pelas colmeias deve ser grande o bastante para proporcionar um distanciamento de 3 a 5 metros entre as colmeias, não se devendo instalar um número muito grande de colmeias em um mesmo local. As abelhas africanas demoram a se aquietarem, não permitindo ao apicultor inspecionar as colmeias mais próximas, dificultando dessa maneira todo o trabalho de inspeção do apiário. O número de colmeias em um mesmo local é limitado pela dimensão do pasto apícola. É aconselhável não ultrapassar o número de 50 colmeias, para evitar saturamento do pasto apícola. Uma boa localização para um apiário é um terreno de área plana ou declive suave. Assim como construímos nossas habitações voltadas para o norte ou nascente, de modo a receber luz e calor em proporções adequadas e protegê-las do frio; as habitações das abelhas devem ser instaladas seguindo-se as mesmas regras. O futuro apicultor deve procurar informar-se da existência de outros apiários nas proximidades, pois nunca se deve instalar um apiário a menos de 3 km de distância em linha reta de outro apiário já existente. Neste caso ambos iriam apresentar baixa produtividade, já que as abelhas visitam flores num raio de m e excepcionalmente elas poderão se distanciar a mais de metros. Antes da instalação das colmeias é necessária a colocação de cavaletes para suporte das mesmas, estes cavaletes podem ser adquiridos em lojas de material apícola ou o próprio apicultor poderá construí-los. Apiário com as colmeias voltadas para o leste. Caso o apicultor escolha trabalhar com abelhas filhas de rainhas européias que são bastante dóceis, o apiário poderá estar a 100 metros de distância de habitações e locais de circulação. As colmeias podem ser alojadas em cavaletes coletivos com 1m a 1,5m de distância entre si. 18 Cavalete coletivo com proteção contra formigas. 19

11 Os cavaletes devem estar 40 a 50 cm acima do solo e enterrados pelo menos a metade desta medida. Devem possuir protetores anti-formiga, que podem ser feitos com latas emborcadas, sendo que a parte que fica para baixo é cortada de modo que fique com os bordos afiados. Todas estas medidas visam facilitar o trabalho do apicultor e proteger as colmeias de seus predadores. Outra verificação importante a se fazer diz respeito à existência de água potável nas proximidades. Caso seja necessário fornecê-la, deve-se levar em conta que seja livre de resíduos tóxicos, também não deve ficar estagnada. Uma última recomendação é quanto a existência próxima do apiário (2 km) de culturas que sejam pulverizadas com inseticidas e pesticidas; estes produtos podem causar uma mortandade grande de abelhas e trazer enormes prejuízos para o apicultor. LUVAS: Podem ser de couro ou borracha, mas devem ser finas para não impedir totalmente a sensibilidade. MÁSCARA: Com visor de tela em toda volta e sustentada por um chapéu de abas largas e duras. Como se vê, a indumentária deve ser de cor clara, isto porque as abelhas possuem uma outra percepção das cores. Elas são capazes de distinguir o ultravioleta, captam bem o amarelo, o azul, o violeta, o laranja, mas confundem o vermelho. Além disso as cores escuras deixam-nas irritadas ROUPAS E ACESSÓRIOS Como as abelhas são insetos bastante defensivos é necessário que o apicultor utilize uma vestimenta apropriada quando estiver no apiário. Esta vestimenta deve ser resistente ao ferrão das abelhas, mas também confortável o bastante para permitir liberdade de movimentos. Constitui-se de: MACACÃO: Existem nas casas especializadas modelos e tecidos diferentes, mas o padrão básico constituise de um macacão largo, de cor branca com elásticos nos punhos e na barra. É importante que seja largo para que o ferrão da abelha não atinja o corpo. BOTAS: Devem ser de borracha, branca ou outra cor clara. Apicultora com a vestimenta completa

12 2.3 - ACESSÓRIOS PARA O MANEJO FORMÃO: Utiliza-se para despregar partes da colmeia que foram soldadas com própolis, por exemplo: tampa, quadros, redutor de alvado, etc. ESCOVA: Serve para varrer as abelhas. ALIMENTADOR: Na apicultura racional, este é um acessório muito importante. Ele serve para que o apicultor forneça o alimento artificial, que irá sustentar a colônia em épocas de escassez de néctar. Os mais utilizados são: o cocho ou Doolittle que é feito de madeira e encaixa-se perfeitamente no lugar dos quadros da melgueira. O outro chama-se Bordmann e trata-se de um vidro com a tampa cheia de furos, este fica emborcado sobre uma base de madeira que permite a entrada das abelhas para chuparem o xarope, ele é colocado na entrada da colmeia. Algumas ferramentas são usadas em todas as inspeções e o apicultor deve tê-las sempre à mão. Elas são: FUMEGADOR: Ele é fundamental para controlar a agressividade das abelhas. A fumaça produzida por ele deve ser branca e fria, e o apicultor deve aplicá-la com moderação para não produzir um efeito contrário ao desejado. Quando as abelhas percebem a fumaça dentro da colmeia, elas se abastecem de mel, prevendo uma possível necessidade de abandonar a habitação. Estando lotadas de mel não conseguem dobrar o abdômen para introduzir o ferrão. O produto utilizado como conbustível para o Fumegador geralmente é serragem, mas pode-se utilizar folhas secas, cascas de árvores e outros de origem vegetal. 22 Além disso o apicultor deve ter sempre por perto, quando fizer uma inspeção, alguns apetrechos que acabam sendo de grande valia, que são: - alguns panos limpos e úmidos para cobrir total ou parcialmente as colmeias quando abertas, para evitar saques. - um pulverizador com água ou xarope - caixa para o transporte de quadros - gaiolas para prender rainhas - algum vasilhame para recolher cera, raspas de própolis ou detritos ACESSÓRIOS PARA EXTRAÇÃO DE MEL GARFO DESOPERCULADOR: Ele serve para retirar o opérculo que cobre os alvéolos onde está armazenado o mel. CENTRÍFUGA: É usada para retirar o mel dos favos sem danificá-los para que possam ser reaproveitados. Existem centrífugas manuais e elétricas de vários tamanhos, com capacidades que variam de 2 até dezenas de favos. 23

13 2.5 - A COLMEIA A colmeia é a habitação da colônia, ou família, de abelhas. Na natureza as abelhas constroem seus favos em locais escuros e protegidos da chuva, como ocos de árvores por exemplo. Foi o homem quem inventou a colmeia, a partir de observações sobre a forma que as abelhas dão ao seu ninho. Buscando uma maneira de manter várias colônias próximas uma da outra, em local de fácil acesso, e ainda facilitar o manuseio para coleta de seus produtos, foram surgindo ao longo da história vários tipos de colmeias. As mais primitivas eram de barro, cestos de palha, caixotes de madeira e outros. Em meados do século passado, mais precisamente em 1.851, Lorenzo Langstroth, através da descoberta do espaço-abelha, criou o quadro móvel, dando início à apicultura racional e produção de mel em grande escala. No sistema mobilista a colmeia possui todas as partes móveis, ou seja, podem ser removidas ou substituídas a qualquer momento. Uma colmeia mobilista constitui-se das seguintes partes: ASSOALHO: É o chão da colmeia, onde fica apoiado o ninho. NINHO: É a câmara de crias, onde vive a colônia. É preenchido com quadros móveis onde as abelhas constroem seus favos. O ninho possui um alvado, que nada mais é do que a porta de entrada da habitação, ele é regulável, ou seja, podese aumentar ou diminuir a passagem das abelhas de acordo com as condições climáticas, ou capacidade de auto defesa da colônia. TELA EXCLUIDORA: É uma chapa de ferro perfurada, nas dimensões específicas, que permita a passagem das operárias e impeça a dos zangões e da rainha. Sua função é isolar a rainha na câmara de crias e impedir que faça postura nas câmaras de mel (melgueiras). MELGUEIRA: É a câmara onde as abelhas depositam o néctar. Possui aproximadamente metade da altura da câmara de crias e é preenchida com quadros guarnecidos de cera alveolada. Quadros móveis da colmeia Langstroth TAMPA: É o telhado da habitação, sua função é impedir a entrada de luz, proteger da chuva e manter o calor interno

14 Colmeia e núcleo Langstroth completos. É aconselhável sobrepor-lhe algum tipo de telha de dimensões maiores do que as da colmeia, visando uma melhor conservação da mesma. Colmeia protegida por telha para maior conservação. A diversidade de modelos, tamanhos e tipos de materiais utilizados na fabricação de colmeias, é muito grande no mundo todo. Isto se deve a diversos fatores, que vão desde as condições climáticas e ambientais de cada lugar, até seu poder sócio-econômico. Entretanto, o apicultor sabe que existe uma necessidade de padronização deste equipamento, visando uma facilidade maior na hora de comercializar seus enxames, ou mesmo, se houver necessidade de venda do próprio apiário. 26 A colmeia Langstroth é hoje a mais utilizada em todo mundo. No Brasil também é a mais conhecida. Além dela existem outros dois modelos que são bastante difundidos, porém em menor escala, nas regiões sul e sudeste do Brasil. São as colmeias Schenk e Schirmer. Com base em estudos realizados por técnicos em apicultura visando o aperfeiçoamento de equipamentos e técnicas adaptados à realidade brasileira, a colmeia Schirmer aperfeiçoada mais os equipamentos adicionais criados por especialistas apícolas apresenta-se hoje como o modelo ideal, tanto para desafricanização de apiários, como para produção em larga escala de enxames, rainhas e mel. Uma das características mais importantes da colmeia Schirmer é que nela o ninho pode se desenvolver de forma esférica como ocorre na natureza, enquanto na colmeia Langstroth, por exemplo, o ninho fica com uma forma ovalada, contrariando o comportamento natural de desenvolvimento da colônia. Uma outra diferença entre os dois modelos é a disposição dos quadros na colmeia. Na Langstroth os quadros são colocados na posição perpendicular ao alvado, ocasionando uma maior ventilação do ninho; sendo portanto muito apropriado o seu uso em regiões de clima quente. Já a colmeia Schirmer tem seus quadros na posição transversal ao alvado, isto facilita a manutenção do calor interno do ninho; sendo seu uso mais indicado para regiões de clima temperado a frio. 27

15 CAPÍTULO III COMO INICIAR A CRIAÇÃO Agora que o futuro apicultor já definiu o local da instalação de seu apiário, providenciou a instalação dos cavaletes, adquiriu o equipamento necessário e as vestimentas apropriadas, é chegada a hora de adquirir as abelhas. A partir deste momento é que começa a interagir diretamente com estes seres alados e um mundo de fatos novos desvendam-se para o apicultor. CAPTURANDO ENXAME EM CUPINZEIRO Existem várias maneiras de adquirir colônias de abelhas. Em regiões onde existam muitos enxames vivendo na natureza é possível capturá-los diretamente no local onde estejam instalados ou através de caixas-isca. A captura no local (ocos de árvores, cupinzeiros, etc.) necessita uma série de cuidados por parte do apicultor. Normalmente estes enxames constituem-se de abelhas africanas, as quais são bastante defensivas, além disso, em alguns locais podem existir além das abelhas algum animal peçonhento. Portanto, é imprescindível que as pessoas envolvidas na captura destes enxames estejam com a indumentária de apicultor completa e o fumegador deve estar previamente aceso e sempre à mão. O apicultor vai precisar de uma enxada, ou outra ferramenta que considerar mais apropriada, para abrir o local até alcançar os favos da colônia. Além disso é necessário ter à mão numa operação como esta: 1 colmeia vazia alguns quadros com cera alveolada alguns quadros vazios barbante borrifador contendo xarope faca vassoura para varrer abelhas 28 Inicia-se o trabalho aplicando fumaça dentro da habitação. Em seguida abre-se o local com uma enxada, ou outra ferramenta que seja apropriada às dificuldades que o local ofereça. Ao atingir os favos, sempre com o auxílio da fumaça, procede-se à transferência dos mesmos para a colmeia vazia. Com a faca corta-se os favos e com o barbante amarra-se os mesmos aos quadros vazios introduzindo-os na colmeia. Os favos com crias devem ser alojados no centro, e aqueles com alimento (mel e pólen), nas extremidades da colmeia. Após a transferência de todos os quadros com crias e da maior parte com alimento, destróise os vestígios da antiga habitação e instala-se a colmeia no mesmo local a fim de recolher o maior número possível de campeiras até o entardecer, que é quando elas encerram suas tarefas de coleta. Ao final do dia basta tapar a entrada da colmeia com um pedaço de espuma e fazer sua transferência para o apiário. É claro que para o apicultor iniciante esta tarefa, que aparentemente pode ser fácil, é na verdade um tanto difícil, pois é preciso saber diferenciar, por exemplo, um favo de crias operculadas de outro com alimento operculado. A identificação do estado geral de cada favo é muito importante na hora de acomodá-los na colmeia, exigindo um pouco de treino visual das diferentes condições de cada favo. É aconselhável ao iniciante que capture seu primeiro enxame com a ajuda de alguém que possa orientá-lo. 29

16 CAPTURANDO ENXAME VOADOR Uma outra maneira de iniciar a criação é a captura de enxames voadores. Caso o apicultor tenha a sorte de avistar um enxame em pleno vôo, para fazê-lo pousar basta jogar para o alto um punhado de terra ou areia. Depois é só providenciar a colmeia e recolher o enxame antes que levante vôo novamente. Guarnecer a colmeia com quadros com cera alveolada e instalá-la no local definitivo. Feito isto a nova família deve receber xarope e água através de alimentadores para que as abelhas construam seus favos e a rainha inicie a postura. Um enxame voador pode ser localizado na maioria das vezes num galho de árvore. É importante salientar que um enxame nestas condições não tem crias para proteger e nem reservas de mel. Portanto o uso da fumaça é contra indicado nesta situação. Com um borrifador cheio de xarope pulveriza-se as abelhas para que fiquem calmas, este procedimento serve também para mantê-las pousadas enquanto suas asas estiverem úmidas. Enquanto isto, seu companheiro deve segurar a colmeia vazia, ou com apenas parte de seus quadros, bem embaixo do enxame para que você, com um golpe preciso no galho da árvore, despeje as abelhas na colmeia. Agora basta colocar os quadros que foram retirados anteriormente, o alvado já deve estar fechado com tela ou espuma, colocar a tampa e transportá-la para o local definitivo. Esta família deve ser alimentada com xarope e água nos primeiros dias para estimular a postura da rainha. Nos dois casos acima, o alvado só deverá ser aberto após três dias, pois após este período a rainha já terá feito postura e, havendo crias as abelhas não abandonarão o local. Enquanto estiverem presas na colmeia, esta deve estar com tela de ventilação e a tampa um pouco elevada para que haja circulação de ar. As maneiras descritas até aqui, para adquirir o primeiro enxame, são menos onerosas, porém, mais trabalhosas e incertas. COMPRANDO ENXAMES CONSTITUÍDOS A melhor forma de iniciar uma criação, com abelhas mansas, produtivas e com rainha prolífera, é comprando colônias ou núcleos de algum apicultor idôneo. Estas famílias são criadas em colmeia ou núcleo mobilista, depois de formadas ficam em observação até que seja comprovada a eficiência de postura da rainha e a mansidão de sua prole. Um núcleo possui a metade do tamanho de um ninho, portanto, contém uma família menor. Os enxames adquiridos dessa maneira, seja um núcleo ou colônia, devem conter pelo menos dois favos com provisões (mel e pólen), e três favos com crias abertas e fechadas (operculadas). As abelhas aderentes devem ser em número suficiente para agasalhar as crias existentes. Caso o comprador resida a uma distância muito grande do local da compra, o transporte deverá ser feito durante a noite para evitar super aquecimento do ninho, com conseqüente morte das crias e também de abelhas em caso de desabamento de favos. Enxames já constituídos e com crias não precisam ficar aprisionados, portanto, o alvado destas colmeias ou núcleos deverá ser aberto assim que estejam instaladas em local definitivo

17 3.2 - COMO CONDUZIR A CRIAÇÃO Resolvida a questão de como adquirir os primeiros enxames é chegado o momento de aprender a cuidar dos mesmos. Para que o apicultor possa familiarizar-se com o trabalho de criação e dominar as diversas técnicas de manejo é imprescindível uma vivência. Esta vivência só se consegue ao longo do tempo, pois, apesar da grande importância do conhecimento teórico só com a vivência prática é que se descobre as muitas nuances sutis que envolvem a arte de criar abelhas. É recomendável que se comece com um pequeno número de enxames, no máximo cinco, e amplie este número na mesma proporção que aumente o domínio da técnica por parte do apicultor. Se o novo apicultor puder freqüentar um curso prático, terá mais facilidade para empregar seus conhecimentos no próprio apiário, obterá inclusive uma idéia mais clara das verdadeiras condições em que se desenvolvem as atividades de um apicultor, podendo, em alguns casos, desistir de levar adiante a iniciativa por constatar ser incompatível com sua pessoa, evitando dessa maneira o trabalho de montar e depois vender o apiário. Neste curso abordaremos as técnicas básicas para condução de uma pequena criação, visando proporcionar o conhecimento necessário para um posterior aprofundamento do assunto VISITA DE INSPEÇÃO Uma visita de inspeção deve ser feita sempre em dia claro, sem chuva e com temperatura acima de vinte graus; o melhor horário é entre dez e dezesseis horas. Após vestir-se com a indumentária apropriada é preciso acender o fumegador, munir-se do formão e da vassourinha. É sempre bom ter à mão uma colmeia vazia, alguns panos úmidos e vários quadros com cera alveolada. Ao chegar ao apiário devemos respeitar o silêncio e a tranqüilidade do ambiente, falando em tom baixo e não executando movimentos bruscos. Procurar inspecionar cada colmeia no mínimo espaço de tempo, para não interromper as atividades das abelhas por muito tempo; evitar o esmagamento de abelhas com gestos delicados e precisos também é muito importante. O apicultor deve se aproximar da colmeia sempre por trás para não interromper a linha de vôo das abelhas campeiras. O fumegador deve ser acionado algumas vezes até que a fumaça se torne branca e fria, só então fumega-se duas a três vezes o alvado. Ao perceber a fumaça, todas as abelhas passam a abastecer-se de mel pois a fumaça é identificada como um sinal de perigo, com seus estômagos cheios de mel torna-se difícil dobrar o abdômen para introduzir o ferrão

18 Favo de crias operculadas, com abelhas aderentes ALIMENTAÇÃO DE ESTÍMULO Visita de inspeção - Apicultora aplicando fumaça no alvado da colmeia Após alguns minutos abre-se a tampa com o auxílio do formão, enquanto isto o ajudante deve aplicar fumaça horizontalmente sobre o ninho para fazer as abelhas descerem para os favos. Verifica-se o estado dos favos, a existência de alimento (mel e pólen) e o tamanho da esfera do ninho de crias. Os quadros depois de inspecionados devem ser devolvidos na mesma posição em que se encontravam, pois a rainha descreve uma trajetória durante a postura de seus ovos que dá uma forma redonda ao ninho. A disposição dos quadros de uma colmeia em condições normais é a seguinte: os quadros com alimento ficam nas laterais, do centro para as laterais desenvolve-se o ninho. 34 Ao concluir a revisão e constatar que a postura da rainha é regular (sem falhas), os quadros estão todos em bom estado (são claros e bem construídos) e existe espaço para expansão do ninho (quadros vazios com cera alveolada ou quadros com favos construídos e vazios), é hora de fornecer alimento estimulante. Sendo uma colônia adquirida recentemente de outro apicultor, esta deve possuir por volta de três favos com crias, dois com alimento e abelhas em número suficiente para cobrir três a quatro favos. Uma família deste porte precisa ser alimentada artificialmente por algum tempo para acelerar o seu desenvolvimento. A alimentação artificial consiste de xarope feito com açúcar branco refinado ou cristal, água e sal, na proporção de 10 kg de açúcar para 10 litros de água fervida (para evitar fermentação), e uma colher de sopa rasa de sal. O apicultor que optou pelo sistema de cochos alimentadores deve colocar sobre o ninho uma tela excluidora, e sobre ela uma melgueira com alguns cochos cheios de xarope, e por fim a tampa da colmeia.. O alvado deve ficar com a menor abertura, porque uma família pequena tem dificuldade para manter a temperatura interna da habitação, bem como para se defender. 35

19 O xarope vai estimular a construção de favos e a postura de ovos. Para uma colônia pouco populosa não é aconselhável fornecer muito xarope de uma vez, porque as abelhas não conseguem construir rapidamente novos favos e transferem o alimento para a esfera do ninho, atrapalhando a postura da rainha. Neste caso o apicultor deve fornecê-lo em doses menores a intervalos regulares; introduzindo um ou dois cochos na câmara de crias no lugar dos quadros, ou através do alimentador bordman. Se o tempo estiver quente, estes alimentadores devem ser abastecidos duas vezes por semana, caso não seja possível, pelo menos uma vez por semana. CAPÍTULO IV DESAFRICANIZANDO UM ENXAME CAPTURADO Caso o enxame tenha sido capturado na natureza recebe um tratamento diferente, pois é preciso primeiro fazer a substituição dos favos que foram amarrados aos quadros, por favos novos construídos a partir de cera alveolada. Além disso, é necessário substituir sua rainha por uma rainha européia, já que os enxames que vivem na natureza são predominantemente de africanas. Supondo que esta colônia seja de abelhas africanas, é necessário que o apicultor forneça quadros com favos construídos por abelhas européias antes de substituir a rainha. Isto se deve ao fato de as abelhas africanas construírem alvéolos menores do que os construídos pelas européias, tornando difícil para a rainha européia introduzir o seu abdômen neles. Colmeia equipada com dois alimentadores Bordman Após umas cinco semanas já é possível suspender a alimentação artificial porque a família já estará em franca expansão. Caso a temperatura ainda esteja elevada, o alvado poderá ficar com a maior abertura, pois esta família já terá condições de defender-se, além disso, com o aumento da população a temperatura interna da câmara fica maior, fazendo-se necessária uma maior ventilação. SUBSTITUIÇÃO DE FAVOS INDESEJÁVEIS Para substituição de favos e rainhas indesejáveis é aconselhável o uso do núcleo com fundo móvel e sua respectiva melgueira, por serem de tamanho reduzido. Na falta deste equipamento pode-se utilizar ninho e sobre-ninho separados por uma tela excluidora e uma melgueira

20 O apicultor deve proceder da seguinte maneira: A colmeia onde está alojada a colônia é afastada para o lado e, em seu lugar é colocado um núcleo, este núcleo é abastecido com favos construídos por abelhas européias. Desses favos, obrigatoriamente, um deverá conter crias novas (ovos e larvas). As abelhas que estão na colmeia são despejadas neste núcleo juntamente com a rainha. Para facilitar o trabalho tira-se dois ou três favos do centro do núcleo para abrir espaço e depois recoloca-os. Coloca-se uma tela excluidora por cima do núcleo onde foram despejadas as abelhas, e sobre a tela é colocado um outro núcleo onde ficarão os favos velhos que possuam crias, acima deste núcleo é colocado uma melgueira de núcleo com cochos abastecidos com xarope. Após uma semana deve ser feita uma revisão na câmara superior para destruir todas as realeiras e, após mais duas semanas todas as crias desta câmara terão nascido. É fundamental que seja respeitado o prazo de sete dias para destruição das realeiras. Porque as abelhas preferem puxar realeiras de larvas com três dias de idade, ou seja, seis dias após a postura do ovo. Isto ocorre porque a partir do quarto dia de idade larval a alimentação deixa de ser à base de geléia real, e esta mudança na alimentação modifica o desenvolvimento morfológico da abelha. Portanto, após sete dias não existirão mais larvas com idade para tornarem-se rainhas. Desta maneira, praticamente elimina-se todas as possibilidades das abelhas criarem sua própria rainha. Salvo algumas exceções, dependendo de condições específicas, em que elas puxam realeiras de emergência usando larvas de quatro ou cinco dias de vida. Contudo, estas larvas não originarão boas rainhas. SUBSTITUIÇÃO DE RAINHAS INDESEJÁVEIS Com a tela excluidora entre as duas câmaras de núcleo a rainha fica impossibilitada de passar para a câmara superior onde estão os favos velhos com as crias e passa a fazer a postura de seus ovos na câmara inferior onde estão os novos favos. As abelhas nutrizes (mais jovens) sobem para agasalhar e alimentar as crias e tratam de puxar realeiras para criar uma nova rainha, já que a outra ficou na câmara inferior. Uma parte das nutrizes permanece na câmara inferior devido à existência de um favo com crias, estas abelhas não puxarão realeiras pois estão em companhia da mãe, a qual é alimentada para que realize postura. 38 Como foi dito anteriormente, três semanas após a colônia ter sido transferida para o núcleo, o apicultor já pode retirar o núcleo superior juntamente com os favos velhos. Nesta ocasião deve abrir o núcleo inferior onde está a rainha, localizá-la e eliminá-la. Caso tenha dificuldade em localizála, leve o núcleo a uma distância de uns cinco metros e deixe um assoalho no local original. As abelhas campeiras, que são em número maior, retornarão ao local original e no núcleo ficará um número bem menor de abelhas, o que facilitará a tarefa nem sempre fácil de localizar a rainha. Depois é só recolocar o núcleo no lugar original, sobre ele uma tela excluidora e sobre esta uma melgueira de núcleo com cochos abastecidos com xarope. 39

21 Após uma semana abre-se novamente a colmeia ou núcleo e elimina-se todas as realeiras puxadas, nesta ocasião deve ser introduzida uma rainha européia fecundada, presa em uma gaiola Miller, que será libertada pelas abelhas (as abelhas comem o alimento sólido que é usado para vedar a gaiola) no máximo em quatro dias. Os cochos são reabastecidos e o conjunto é tampado novamente, esta família deve ser visitada somente após trinta dias, para que a rainha não seja morta pelas africanas. Este período é necessário para que haja substituição da prole africana pela prole européia. No trabalho de substituição de rainhas africanas por européias, pode haver alguns enxames com grau de agressividade maior que outros, neste caso os enxames após serem orfanados devem receber imediatamente a rainha européia presa na gaiola Miller (com as entradas vedadas por algum tampão), permanecendo assim por sete dias completos. Assim as abelhas não se tornarão zanganeiras (operárias que poem ovos) ocorrência muito comum entre abelhas africanas quando orfãs. A geléia real que sobrar será destinada a ela, tornando mais fácil sua aceitação após a sua libertação. Caso queira orfanar o enxame sem ter a rainha européia na hora, deve-se capturar a rainha africana e prendê-la em um bob (do tipo de cabelo) com as laterais fechadas com espuma plástica e colocá-la entre os favos de cria ou, se o enxame for populoso, no fundo da colmeia. As abelhas, sentindo a presença da rainha não se tornarão zanganeiras e procurarão libertá-la a todo o custo, mesmo querendo puxar muitas realeiras. Este método é conhecido como Demaree e é apropriado para outras finalidades além da desafricanização, como veremos no tópico sobre controle da enxameação. Este é um método aparentemente simples de substituição de favos e introdução de rainhas, entretanto, o comportamento da abelha africana dificulta seu sucesso logo na primeira tentativa. É preciso uma vivência maior para poder aplicá-lo. 40 QUANDO O ENXAME CAPTURADO É BOM CONSTRUTOR: É bom saber que é possível capturar enxames que não possuam as características predominantes da raça africana. Principalmente em regiões onde exista algum apicultor que crie abelhas européias, portanto, que produza zangões europeus, encontra-se muitas vezes enxames com prole mestiça que possuem características predominantes das européias. Em geral, estes enxames são bons construtores, ou seja, constroem seus favos com alvéolos de dimensões apropriadas para o tamanho do abdômen de rainha européia. Neste caso, o apicultor não necessita ter um outro enxame de abelhas filhas de rainha européia para fornecerlhe os favos na hora de fazer a substituição dos favos que foram retirados do cupinzeiro. Basta deixar na câmara inferior, onde ficará a rainha,um único favo retirado do cupinzeiro contendo ovos e larvas, completar a colmeia com quadros contendo cera alveolada e fornecer xarope em quantidades apropriadas para o tamanho do enxame, isto estimulará a construção dos novos favos. O restante dos favos velhos fica na câmara superior, afastados da rainha pela tela excluidora, até nascerem todas as crias neles contidas. O favo velho que ficou na câmara inferior deve ser afastado, um pouco a cada revisão, para um dos lados da comeia até que não exista nenhuma cria nele, quando finalmente poderá ser eliminado. 41

22 DESAFRICANIZANDO ATRAVÉS DA DIVISÃO SIMPLES Outra maneira de desafricanizar um enxame capturado é através da divisão simples, ou seja: quando dividimos um enxame em dois, de uma família populosa fazemos duas famílias fracas. Famílias de abelhas quando pouco populosas aceitam mais facilmente uma nova rainha. Neste caso, o ideal é fazer a introdução da rainha européia na parte da família que perdeu as campeiras, porque as abelhas campeiras são as mais velhas e portanto, mais relutantes em aceitar uma nova mãe. Após aceita a nova rainha, a parte da família que havia ficado com as campeiras e a antiga rainha, deverá ser orfanada e unida, pelo método do jornal, à parte que recebeu a rainha européia. O método de divisão simples é descrito mais detalhadamente no ítem 4.2 que trata do controle da enxameação, a técnica para unir duas famílas está descrita mais adiante no ítem CONTROLANDO A ENXAMEAÇÃO NATURAL ATRAVÉS DA ENXAMEAÇÃO ARTIFICIAL Agora o apicultor possui colônias com rainhas européias que dentro de pouco tempo, caso recebam alimentação de estímulo e as condições externas sejam favoráveis, estarão super populosas. Quando isto ocorrer, é provável que o apicultor encontre um número maior de abelhas na entrada da colmeia. Esta ocorrência é conhecida entre os apicultores como "barba". Quando as abelhas formam uma "barba" na entrada da colmeia e esta barba persiste durante dia e noite é sinal que devem estar se preparando para enxamear por falta de espaço. Quando ocorre uma enxameação natural, em torno de 50% da família juntamente com a rainha abandona a habitação em busca de um novo local para estabelecer nova residência. 42 Antes da enxameação são puxadas uma ou mais realeiras, para que o restante da família que permanece na colmeia não fique órfã. Na apicultura racional a enxameação natural causa prejuízo para o apicultor, não só pela perda de parte do enxame, como também pela perda de uma ótima rainha. Existem diversos métodos para controlar a enxameação natural; porém, a maioria é de difícil execução para o apicultor iniciante. Devendo-se experimentá-los somente quando houver, por parte do apicultor, domínio e conhecimento do comportamento e da biologia das abelhas. DIVISÃO SIMPLES Para o apicultor iniciante, o método de divisão artificial de famílias é o mais simples. Porque além de controlar a enxameação, também promove o aumento do número de famílias do apiário, sem que seja necessário capturá-las na natureza. O apicultor vai precisar de uma colmeia vazia, com quadros contendo cera alveolada, assoalho e tampa próprios. Deve fumegar o alvado da colmeia habitada, abrir sua tampa e retirar todos os favos com ovos e larvas, deixando apenas um na colmeia matriz; estes favos são colocados na colmeia vazia. Deverá transferir também um ou dois favos com crias operculadas, e metade da provisão de alimento. Quando for feita a transferência dos favos contendo crias, deverá levar o maior número possível de nutrizes para alimentá-las e aquecê-las, porém, tomando o cuidado de não transferir a rainha junto. Completa-se a colmeia matriz com quadros contendo cera alveolada. A outra completa-se com favos contendo mel e pólen. 43

23 A colmeia matriz onde encontra-se a rainha, é mantida no local primitivo, a outra é transferida para um local a cinco metros de distância, no mínimo. Devido à memória geográfica das abelhas (veja no ítem 1.6 em orientação das abelhas), quando fazemos a divisão do enxame, as abelhas campeiras que são as mais velhas da família, ficam vivendo no mesmo local onde antes viviam. Estas abelhas têm mais dificuldade em aceitar uma nova mãe, por este motivo a rainha deve permanecer na mesma colmeia que elas até que possa ser substituida. As abelhas que foram transferidas, ao perceberem a ausência da mãe logo começarão a puxar realeiras. Se o apicultor pretende manter seu apiário europeizado, deve introduzir uma rainha européia fecundada, em uma gaiola Miller com as passagens fechadas com pequenas rolhas. Fazer uma revisão nesta colmeia sete dias após a divisão, e destruir todas as realeiras. Nesta ocasião deve desobstruir as passagens da gaiola onde encontra-se a rainha para que seja libertada pelas abelhas. A família matriz deve receber alimentação de estímulo até que sua câmara de crias esteja completa, o que pode ocorrer num período de um mês, dependendo inclusive de fatores externos (temperatura, chuvas, etc.), que podem prejudicar o seu desenvolvimento. AUMENTO DO ESPAÇO Uma outra forma bastante simples de controlar a enxameação é a sobreposição de um segundo ninho sobre a câmara que está congestionada. Para isto, basta retirar a tampa da colmeia populosa e em seu lugar colocar uma câmara vazia com quadros contendo cera alveolada e cobrir tudo com a tampa. As abelhas rapidamente constroem os favos e a rainha expande sua postura para a câmara superior. Contudo, este processo só impede a enxameação por um mês, ou pouco mais; devendo o apicultor, após este período, proceder à divisão desta família. MÉTODO DE DESPEJO Se o apicultor possui várias colônias, pode recorrer à distribuição de todos os favos com crias da colônia populosa entre as demais colônias menos populosas do apiário. Com isso, ele diminui a força da família mais populosa e fortalece as mais fracas. É aconselhavel fornecer alimento artificial para a família que perdeu suas crias, isto estimula a construção dos favos novos nas lâminas de cera alveolada que elas receberam em troca das crias. Na aplicação deste método deve-se tomar todo o cuidado para não transferir nenhuma abelha nos favos de crias, pois isto seria morte certa para ela devido à identificação pelo cheiro ( veja no ítem 1.5 em sistemas de comunicação das abelhas). Querendo transferir algumas abelhas nutrizes juntamente com as crias, é necessário pulverizá-las com xarope para facilitar sua aceitação. As abelhas da outra colmeia irão lamber o xarope que foi pulverizado nas abelhas introduzidas e seus cheiros se unificarão. Só assim serão aceitas

24 MÉTODO DE DEMAREE Para o apicultor que já possui alguma experiência existe a opção do método de Demaree. Este método foi criado pelo apicultor norte-americano Demaree em Através dele pode-se controlar a enxameação mantendo-se o enxame sempre populoso. Este método é também muito útil na desafricanização de enxames (vide desafricanizando um enxame). Providencia-se uma nova câmara de crias para onde serão transferidos todos os favos de crias da colônia populosa. Deixa-se no ninho da colônia populosa apenas um favo contendo ovos e larvas de até três dias de idade. Completa-se o espaço deixado pelos favos retirados, com quadros contendo folhas de cera alveolada, permanecendo a rainha nesta câmara. Sobre o ninho é colocada uma tela excluidora e sobre a tela coloca-se a outra câmara com as crias retiradas do ninho inferior. Os favos contendo alimento são colocados na câmara superior onde estão as crias, feito isto tampa-se o conjunto. As abelhas jovens (nutrizes) passarão para a câmara superior para agasalhar as crias. Como a rainha está na câmara inferior, portanto longe do alcance delas, elas iniciarão na câmara superior um processo de puxada de realeiras. Para que o apicultor não perca a rainha que ficou embaixo deverá fazer uma revisão após sete dias completos. Ao cabo de mais duas semanas, ou seja, 21 dias após as crias terem sido separadas da rainha, todas as abelhas da câmara superior terão nascido, então poderá repetir a operação desde o princípio. Método Demaree Este é também um método bastante prático par dividir um enxame. Neste caso, o apicultor ao fazer a revisão após o sétimo dia, coloca a câmara superior sobre assoalho próprio e afasta-a a cinco metros de distância da câmara inferior. Querendo manter o apiário europeizado basta destruir todas as realeiras e introduzir uma rainha européia presa em uma gaiola Miller para ser libertada posteriormente pelas abelhas. Para a aplicação do método de Demaree é preciso saber avaliar corretamente a força populacional do enxame. Quando este método é aplicado em condições desfavoráveis pode provocar a regressão do desenvolvimento do enxame, ao invés de ajudar no fortalecimento do mesmo. O apicultor só deve recorrer a este método, quando a esfera do ninho ocupar, no mínimo, dois terços da capacidade da colmeia. Além disso deverá haver abelhas nutrizes em número suficiente para agasalhar estas crias, as condições climáticas têm que ser favoráveis - com temperatura amena ou quente - e deverá ser fornecido alimento estimulante em cochos

25 CAPÍTULO V QUANDO SOBREPOR AS MELGUEIRAS É importante que o apicultor compreenda que uma família numerosa produz muito mais que duas famílias fracas. Sendo assim, deve estar atento ao calendário das principais floradas da região onde encontra-se instalado seu apiário. A multiplicação e o fortalecimento das colônias, através da alimentação de estímulo, deve ser feita com pelo menos 60 dias de antecedência da principal florada. Quando inicia-se a instalação das melgueiras é necessário interromper o fornecimento de xarope para que as abelhas não o transfiram para as melgueiras. Deve-se introduzir uma melgueira de cada vez. Somente quando a anterior estiver com 50% de sua capacidade ocupada por mel e havendo o prosseguimento da florada, é que se introduz a seguinte. Para saber se a melgueira está cheia é só verificar se o mel já está sendo operculado. Entre o ninho e a primeira melgueira deve-se interpor uma tela excluidora para que a rainha não faça postura nos favos da melgueira UNIÃO DE FAMÍLIAS POUCO POPULOSAS Muitas vezes pode ocorrer de o apicultor não conseguir preparar suas colônias em tempo de alcançar a florada. Neste caso ele deve unir as famílias menos populosas para conseguir mais famílias fortes, hajam vista que só as famílias bastante populosas são produtivas. Para unir duas famílias distante uma da outra, usa-se normalmente o método do jornal. O apicultor já sabe que uma colônia possui apenas uma rainha. Portanto, na união de duas colônias é preciso afastar uma delas. Caso haja constatado que uma das rainhas apresenta queda de vigor, ou seja, baixa postura de ovos, deverá eliminá-la em proveito do outro enxame e sua rainha. Primeiramente, abre-se a colmeia mais fraca, sempre com auxílio do fumegador, e localiza-se a rainha que se deseja eliminar. Feito isto, abre-se a outra colmeia e sobre ela coloca-se duas folhas de papel jornal lambuzadas, dos dois lados, com mel ou água. Sobre o jornal é colocada a colmeia ( sem o assoalho ) que ficou órfã, e sobre ela, a tampa. Quando nas melgueiras os favos apresentarem 90 a 100% dos alvéolos operculados, o apicultor pode retirá-los e substituí-los por favos vazios, ou colocar outra melgueira vazia entre o ninho e a primeira melgueira e assim sucessivamente até que a florada se encerre. É aconselhável não revisar o ninho durante a coleta dos favos das melgueiras, ou substituição de seus favos. Porque as abelhas ficam muito mais defensivas ao perceberem que estão sendo saqueadas. Entretanto, havendo suspeita de enxameação, pela persistência de barba, deve-se revisá-la para eliminar as realeiras e dar mais espaço ao enxame

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