UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL PRODUÇÃO MADEIREIRA DE ORIGEM NATIVA EM MATO GROSSO ENTRE 2006 E 2014 VIVIANE LUNARD SAMORA CUIABÁ 2016

2 VIVIANE LUNARD SAMORA PRODUÇÃO MADEIREIRA DE ORIGEM NATIVA EM MATO GROSSO ENTRE 2006 E 2014 Orientador: Prof. Dr. Aylson Costa Oliveira Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, da Faculdade de Engenharia Florestal Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal. CUIABÁ MT 2016 ii

3 iii

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus, pois sem Ele nada seria possível; Aos meus pais, José Lucio Samora e Neusa dos Santos a quem devo tudo que sou; À Universidade Federal de Mato Grosso e a Faculdade de Engenharia Florestal, pela oportunidade e apoio para a conclusão do curso de Graduação em Engenharia Florestal; Ao Professor Dr. Aylson Costa Oliveira, pela oportunidade, ensinamentos, confiança, orientação e amizade no decorrer dos anos de graduação; À Professora Drª Bárbara Luísa Corradi Pereira e a Engenheira Florestal Alexssandra Jéssica Rondon de Figueiredo pela participação na banca examinadora; Ao Raphael de Liz Simoni, pelos anos de companheirismo e paciência, principalmente durante a reta final; Aos amigos Fabiana Vidotto, Fernanda Leonardo, Henrique Rocha, Mariane Amorim, Rafael Taques e Otávio Jurhosa pelo apoio; As pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho, em especial ao colega Luiz Fernando Bohnenberger dos Santos. iv

5 SUMÁRIO RESUMO... vi 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA O ESTADO DE MATO GROSSO ECONOMIA DE MATO GROSSO MANEJO FLORESTAL DE FLORESTAS NATIVAS EM MATO GROSSO A INDÚSTRIA DE MADEIRA NATIVA NO MATO GROSSO SISTEMA DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE DE PRODUTOS FLORESTAIS (SISFLORA) MATERIAL E MÉTODOS LOCAL METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÃO PRODUÇÃO MADEIREIRA DE ORIGEM NATIVA NO ESTADO DO MATO GROSSO PRINCIPAIS ESPÉCIES NATIVAS PRODUZIDAS EM TORA EM 2006 E PRINCIPAIS PRODUTOS MADEIREIROS COMERCIALIZADOS POR MATO GROSSO DE 2006 A CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS v

6 RESUMO SAMORA, Viviane Lunard. Produção madeireira de origem nativa em mato grosso entre 2006 e Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá MT. Orientador: Prof. Dr. Aylson Costa Oliveira. O conhecimento e o manejo adequado das espécies florestais com potencial madeireiro são fundamentais para a sustentabilidade e sucesso na produção florestal. O objetivo deste trabalho foi analisar a produção de madeira nativa em tora e a comercialização de produtos madeireiros no estado do Mato Grosso no período de 2006 a Foram utilizadas as informações do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA), por meio das guias florestais 1 e 3 para obter a produção de madeira nativa em tora bem como dos produtos florestais madeireiros produzidos para as 12 Regiões de Planejamento de Mato Grosso entre os anos de 2006 a O volume de madeira em tora explorado no período avaliado foi de 32,9 milhões de m³, com média anual de 3,6 milhões de m³. As regiões que apresentaram maior produção foram as regiões de Juína, Juara e Sinop, Alta Floresta e Diamantino, que juntas somam 95% de toda a produção de madeira nativa no estado, e as com menor produção foram as de Barra do Garças, Cuiabá e Rondonópolis, somando menos de 1% da produção. As espécies com as maiores produções de madeira em tora para os anos de 2006 e 2014 foram Cedrinho, Cambará, Cupiuba, Tauari, Amescla, Itauba, Garapeira, Angelim-pedra, Jatobá e Ipê. Entre os produtos madeireiros comercializados em m³, a madeira serrada corresponde por 61% das vendas. Conclui-se que há uma concentração da produção em três Regiões de Planejamento que estão localizadas ao norte de Mato Grosso no bioma Amazônico. Palavras-chave: Madeira nativa, guias florestais, manejo florestal, regiões de planejamento. vi

7 1. INTRODUÇÃO O estado de Mato Grosso é conhecido por sua grande biodiversidade, possuindo em seu território milhares de espécies da flora brasileira distribuídas em três biomas distintos, o Cerrado, a Amazônia e o Pantanal. Toda essa variedade, principalmente com interesse madeireiro, chamou atenção dos colonizadores que na década de 30 viram nas florestas da Amazônia a oportunidade de atender a demanda das regiões mais desenvolvidas (MATO GROSSO, 2015). O projeto do governo de Getúlio Vargas para a ocupação dos espaços vazios da Amazônia, denominado marcha para o oeste na década de 40, foi um dos principais responsáveis pelo crescente desmatamento na região e posteriormente, a pressão para o aumento da produção pecuária, onde grandes áreas eram devastadas para a criação de gado que atendesse o mercado nacional (MARTA, 2007). Com a construção de rodovias federais ligando Mato Grosso com o Sul e Sudeste do Brasil, a extração de madeira avançou para o interior do estado, especialmente na região do bioma Amazônico. Assim, o processo de comercialização da madeira foi consolidado se transformando em uma das maiores atividades econômicas no estado juntamente com a agricultura e a pecuária, sendo visível o aumento de serrarias nesses trechos que circundavam as rodovias (TEIXEIRA, 2006). De acordo com Regis Junior (2011), com a crise florestal ocorrida no final da década de 80, as políticas públicas de proteção florestal foram transferidas para os estados, que poderiam restringir a exploração de acordo com a necessidade da região. A organização da atividade florestal em Mato Grosso e principalmente a garantia da sustentabilidade na extração da madeira se torna cada vez mais essencial tanto no ponto de vista econômico como ambiental. Desse modo, as guias florestais, garantem a fiscalização da produção madeireira e a perpetuidade dessa produção. 1

8 O conhecimento e o manejo adequado das espécies florestais com potencial madeireiro que ocorrem em Mato Grosso permitem o melhor aproveitamento dessa madeira, demonstrando a importância de quantificar a produção volumétrica de madeira através dos anos, podendo assim adequar a indústria à demanda de produção, além de garantir a qualidade de vida que é proporcionada pelas florestas naturais. O objetivo geral deste trabalho foi analisar a produção de madeira de origem nativa e de produtos madeireiros no estado de Mato Grosso, através de dados disponíveis no SISFLORA (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) no período de 2006 a 2014 para todo o estado e para as regiões de planejamento. Bem como comparar a produção madeireira em termos de volume durante esse período. 2

9 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. O ESTADO DE MATO GROSSO O estado de Mato Grosso está localizado na parte ocidental da região Centro Oeste do Brasil com uma área de aproximadamente 900 mil km², possuindo 141 municípios. O estado têm como limites os estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Rondônia e Bolívia (MATO GROSSO, 2015). O clima é variável, prevalecendo o tropical superúmido de monção, com temperatura média anual de 24º C e alta pluviosidade (2.000 mm anuais), com chuvas de verão e inverno seco bem definido. O relevo apresenta grandes superfícies aplainadas, talhadas em rochas sedimentares, denominados chapadões sedimentares e planaltos cristalinos, com altitudes entre 400 e 800m, que integram o planalto central brasileiro (MATO GROSSO, 2015). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2013) no último senso que foi realizado no ano de 2010, o estado de Mato Grosso possuía habitantes. Mato Grosso é o único estado do Brasil a ter três dos principais biomas do país: Pantanal, o Cerrado e a Amazônia. Portanto possui uma grande riqueza de espécies madeireiras, a grande maioria com potencial comercial, algumas ocorrendo exclusivamente no estado, como o Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) (LOPES, 2010). 3

10 FIGURA 1 BIOMAS DO BRASIL. Fonte: IBGE (2014). O cerrado é o principal bioma do Centro-Oeste brasileiro e é considerada a Savana brasileira. Em Mato Grosso, o cerrado cobre 38,29% de todo o território. Localizado principalmente nas depressões de Alto Paraguai - Guaporé, o sul e o sudeste do planalto dos Parecis e ao sul do paralelo 13º, até os limites de Mato Grosso do Sul. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para a abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. (Ministério do Meio Ambiente, 2014). O Pantanal é a maior área alagável do planeta, esse bioma tropical ocupa uma área de aproximadamente km², o que corresponde a 1,76% do território brasileiro e 7,2% da área do estado de 4

11 Mato Grosso. A vegetação pantaneira é formada por uma mistura de cinco regiões distintas: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Chaco (vegetação do Paraguai, Argentina e Bolívia) (IBGE, 2012). Dentro do território mato-grossense ocorrem dois tipos de florestas do bioma amazônico, a Floresta Amazônica e a Floresta Estacional, que juntas ocupam cerca de 50% do território mato-grossense e se encontram concentradas ao norte do estado. Devido ao diâmetro das copas das árvores, a vegetação rasteira e os animais são muito escassos na Amazônia. Sua biodiversidade, principalmente sua flora é uma das mais complexas do mundo (MATO GROSSO, 2015) ECONOMIA DE MATO GROSSO A economia do estado de Mato Grosso desde o começo de sua colonização baseou-se no agronegócio. De acordo com o Instituto Mato- Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) (2014), o agronegócio (agricultura, pecuária e florestas) representa 50,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Em pouco mais de uma década, o PIB estadual passou de R$ 12,3 bilhões (1999) para R$ 80,8 bilhões (2012). Tais valores representam um crescimento de 554%, aumento maior que o verificado para o PIB nacional no mesmo período, sendo o agronegócio o maior responsável por esse aumento (IBGE, 2012). A indústria madeireira é 4ª economia do estado de Mato Grosso, atrás da agricultura, pecuária e mineração respectivamente, com um PIB de 57 milhões de reais por ano, sendo transportados cerca de 3,5 milhões de m³ de produtos madeireiros somente no ano de 2014 (CIPEM, 2012; CIPEM 2014). O Mato Grosso é responsável por 33% da receita gerada por atividades madeireiras entre os estados da Amazônia Legal (IBGE, 2013). Em 2009, o estado possuía empreendimentos de indústrias de base florestal, que juntas somavam um faturamento bruto 5

12 anual de aproximadamente 2 bilhões de reais. Essas indústrias foram responsáveis por 210 milhões de dólares de exportação anual, sendo nos anos de 2006, 2007 e 2008 arrecadados 75,3 milhões de reais de ICMS e 12,7 milhões de reais do FETHAB (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) (CIPEM, 2009). Segundo Lopes (2010), no período de 2006 a 2010 a exploração de madeira em toras em estado do Mato Grosso alcançou um total de 56,2 milhões de m³ equivalentes a 2,6 bilhões de reais MANEJO FLORESTAL DE FLORESTAS NATIVAS EM MATO GROSSO A Confederação Nacional da Indústria - CNI (2012) define o Manejo Florestal Sustentável (MFS) como a administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo. Sendo assim, o principal objetivo do manejo é que as florestas forneçam continuamente e crescentemente benefícios econômicos, ecológicos e sociais decorrentes de um aproveitamento florestal adequado, não comprometendo sua perpetuidade. Lopes (2010) analisando a produção de madeira em tora para diferentes regiões do estado de Mato Grosso entre os anos de 2004 e 2010 verificou um aumento de 128% para a produção na cidade Colniza, que ultrapassou a produção de Sinop e Alta Floresta, demonstrando o claro esgotamento dos polos que dominavam o mercado, enquanto que a cidade de Colniza apresentou um crescimento extraordinário tornando-se a cidade com a maior produção de madeira em tora do estado do Mato Grosso. De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro - SFB (2010), nos últimos 20 anos pode-se observar um expressivo decréscimo na produção madeireira. Sendo que no ano de 2009 a produção ficou em torno de 14,2 milhões de m³ de madeira em tora, uma baixa de quase 50% se comparado ao ano de

13 De acordo com o Monteiro et al (2011), analisando dados do SIMLAM (Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental), em 2009 foram liberadas pela Secretaria de estado do meio ambiente, 202 Autorizações de Exploração (AUTEX) que representaram a extração 4,3 milhões de m³ de madeira em tora. Em 2010 foram liberadas aproximadamente 162 Autex, que correspondeu à extração de 3,3 milhões de m³ de madeira em tora, o que demonstra uma diminuição significativa de 24% na exploração de madeira nativa. A produção brasileira de toras originárias de florestas naturais, no ano de 2010, foi de cerca de 13 milhões de m³, com a extração concentrada nos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia, que juntos representam 75% da produção total. Entre 2000 e 2010, essa produção caiu 42%, principalmente por conta da fiscalização agressiva do governo contra o transporte de madeira em toras de florestas naturais sem os devidos documentos de manejo (CNI, 2012). Segundo o Centro das Indústrias produtoras e Exportadoras de Madeiras de Mato Grosso - CIPEM (2009), no ano de 2009, o Mato Grosso possuía uma área de 2,3 milhões de hectares autorizados para a ação de manejo florestal, onde desses apenas 135 mil hectares foram explorados anualmente gerando uma produção de 3,5 milhões de m³ de madeira. Comparando os resultados de uma análise nos dados do manejo florestal no Mato Grosso entre os anos de 2009 e 2010, MONTEIRO et al, (2011) verificaram que o percentual de áreas que foram exploradas acima do limite autorizado pelo órgão ambiental e de áreas que foram exploradas antes da emissão da autorização diminuiu. Em contrapartida, as áreas que possuíam autorização e mesmo assim não foram exploradas aumentou. O Serviço Florestal Brasileiro (2010) aponta ainda três fatores que se mostraram determinantes para esta diminuição em um curto espaço de tempo: i) os esforços mais rigorosos de monitoramento e fiscalização ambiental; ii) a crescente substituição da madeira nativa por madeira de reflorestamento (paricá, eucalipto e painéis de madeira de 7

14 mesma origem) e outros materiais na construção civil e indústria de móveis; e iii) a crise econômica mundial de 2008, que afetou diretamente as exportações de madeira. Monteiro et al (2011), identificaram a exploração madeireira não autorizada (ilegal e predatória) e a autorizada (manejo florestal) no Mato Grosso entre agosto de 2009 e julho de 2010, onde foram detectados hectares de florestas exploradas, sendo que hectares (44%) não possuíam autorização e hectares (56%) estavam autorizados para manejo. Demonstrando assim, que o desmatamento ilegal ainda é uma realidade que põe em risco o equilíbrio das florestas do estado, prejudicando também os produtores que pagam altos impostos e mantém a continuidade das florestas naturais e a perpetuidade das espécies com a exploração sustentável. A Confederação Nacional da Indústria (2012) concluiu que o principal fator que resulta na ilegalidade da extração de madeira em toras na Amazônia Legal é a falta de regularização das terras dessa região. A regularização das propriedades, apoiada por planos de manejo bem fiscalizados é fator fundamental para a prosperidade e desenvolvimento sustentável não só do setor madeireiro, mas também de outros setores que dependem da madeira A INDÚSTRIA DE MADEIRA NATIVA NO MATO GROSSO Marta (2007), afirma que com a construção das rodovias que deram acesso as regiões produtoras de madeira houve o começo da fabricação de produtos madeireiros processados no Mato Grosso. Assim seria possível manter a indústria perto da matéria prima e transportar produtos já processados para as regiões consumidoras. De acordo com Ribeiro et al (2011) no ano de 2009, foram identificadas empresas madeireiras em funcionamento nos estados da Amazônia Legal. Entre os anos de 1970 e 1997 pode-se observar a expressiva evolução da indústria madeireira do estado que passou de 99 empresas 8

15 em 1970 para 860 em 1997 (ANGELO et al, 2004), tornando o estado, líder quantitativo em empresas madeireiras na Amazônia Legal. Em 2008, a indústria madeireira representou 6,4% do PIB de Mato Grosso, com um movimento de R$ 183 milhões e capacidade instalada de seis milhões de m³ por ano. Em 2009, foram listadas indústrias madeireiras em funcionamento no estado de Mato Grosso que representavam 26,33% das empresas de transformação (SEPLAN, 2008; CIPEM, 2009). Para Marta (2007) as serrarias representavam 92% das indústrias do setor madeireiro do estado no ano de 2007, porém corresponderam por apenas 59% da produção, isso devido à grande dispersão de tamanho, nível tecnológico e baixa agregação de valor aos produtos. O fornecimento de matéria prima para essas indústrias prevalece, em sua maioria áreas de desmatamento para exploração de outras atividades como pecuária e agricultura que vem ainda sendo substituído por áreas de manejo florestal. Segundo dados do IBGE (2008), o estado do Mato Grosso foi o segundo maior produtor nacional de madeira em toras advindas de florestas nativas no ano de 2008, com uma produção de 1,47 milhões de m³. Correspondendo a 10,4% da produção nacional que foi de 14,1 milhões de m³. No ano de 2009, Mato Grosso foi responsável por 28% da produção da madeira serrada na Amazônia Legal, decréscimo de 5% na participação do estado na produção quando comparado ao ano de 2004 (IMAZON, 2005; LOPES, 2010). A indústria madeireira no ano de 2008 foi responsável por 12,1% do valor adicionado na indústria de transformação de Mato Grosso, através da produção de toras, madeira serrada, lâminas, chapa de compensado e outros (SEPLAN, 2008). A Food and Agriculture Organization (FAO) (2010), demonstra que o Brasil produziu 11,2 milhões de m³ de madeiras serradas, onde 10,5 milhões de m³ foram consumidos no mercado interno, colocando o Brasil na liderança mundial de produção e consumo no setor. 9

16 De acordo com Lopes (2010) o valor total arrecadado com vendas de produtos madeireiros industrializados do estado do Mato Grosso, no período compreendido entre os anos de 2006 a 2010, atingiu R$ 7,5 bilhões resultando em uma média anual de R$ 1,6 bilhão de reais. Os produtos mais significativos foram: madeira serrada com 51,48%; madeira beneficiada com 21,66%; seguido de madeira laminada com 5,90% e compensado com 5,64%. Para Aro (2011), o valor arrecadado com venda de madeira serrada foi de R$ 3,2 bilhões de reais no período entre os anos de 2006 e 2009, correspondendo 60,7% desse valor de vendas para outros estados; 22,5% exportações e 16,6% de venda interna. O mercado consumidor da madeira serrada produzida em Mato Grosso se concentra na região sudeste, principalmente São Paulo, respondendo por 60% do consumo SISTEMA DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE DE PRODUTOS FLORESTAIS (SISFLORA) O SISFLORA é uma solução que oferece aos Órgãos Ambientais as ferramentas necessárias para assumir a gestão florestal controlando toda a sua cadeia produtiva desde a solicitação de corte ou manejo até o consumo do produto florestal, fazendo todo o controle de exploração, transporte, transformação e consumo. Até então as Secretarias de Estado do Meio Ambiente dos estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso são as únicas a utilizarem esses sistema, e nos últimos quatros anos o SISFLORA controlou 87% da madeira nativa do Brasil através dos sistemas desses estados (TECNOMAPAS, 2015). No estado de Mato Grosso, o SISFLORA entrou em operação no ano de 2006 e tem a função de criar um banco de dados em tempo real onde são registradas todas as operações envolvendo a exploração da madeira em tora, a produção industrial e toda a movimentação dos produtos madeireiros do estado e seus respectivos valores (LOPES, 2010). 10

17 A Guia Florestal refere-se ao documento que é emitido pelo SISFLORA que contém todas as informações dos produtos florestais comercializados do estado do Mato Grosso e é necessária para o comércio e transporte desses produtos. Todo o transporte de toras de madeira, efetuado do Vendedor (Explorador) até o Comprador (Serraria ou Laminação), deve estar acompanhado da Guia Florestal 1 (GF-1). Todo o transporte de produtos florestais, de produtos semiacabados de Serraria, Laminadora e Beneficiamento efetuados, deve estar acompanhado da Guia Florestal 3 (GF-3). (SEMA PA, 2009). 11

18 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. LOCAL O estado de Mato Grosso possui uma extensão territorial de ,91km², situado entre os paralelos " e " latitude Sul e os meridianos 50 13' 48" e 61 31' 00" a Oeste de Greenwich. O Estado tem 141 municípios distribuídos em cinco mesorregiões, 22 microrregiões e 12 Regiões de Planejamento (RP). Nesse trabalho para facilitar a análise dos dados e demonstração dos resultados, foi utilizada a divisão do Estado em 12 Regiões de Planejamento (RP) e seus respectivos municípios que são definidas através de semelhanças edafoclimáticas entre esses municípios, conforme metodologia indicada pela Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN, 2010). FIGURA 1 REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MATO GROSSO. Fonte: SEPLAN (2008) 12

19 3.2. METODOLOGIA Os dados para realização deste trabalho foram obtidos por meio de Guias Florestais disponibilizadas pelo Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA). O levantamento sobre a extração, produção, comercialização e destinos dos produtos madeireiros estaduais foi realizado no estado de Mato Grosso no período de 2006 a 2014, pela SEMA, através da emissão das Guias Florestais. Para a análise da exploração e produção de madeira em tora foram utilizados os dados contidos na Guia Florestal 1. Da Guia Florestal 3, foram obtidos os dados da comercialização de produtos industrializados, sendo esses agrupados em: madeira serrada, madeira beneficiada, madeira laminada, compensado e os demais produtos agrupados na categoria resíduos. O mapa temático foi confeccionado com auxílio do software ArcGIS, utilizando dados do SISFLORA para produção de madeira nativa. Para demonstrar melhor os níveis de produção de madeira nativa, as regiões de planejamento foram separadas por cor de acordo com o volume explorado, sendo o verde para a maior produção e vermelho para a menor produção. 13

20 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. PRODUÇÃO MADEIREIRA DE ORIGEM NATIVA NO ESTADO DO MATO GROSSO FIGURA 3 - NÍVEIS DE PRODUÇÃO DE MADEIRA NATIVA POR REGIÃO DE PLANEJAMENTO NO ANO DE Para o ano de 2014, as maiores regiões produtoras de madeira nativa foram Juína, Juara, Alta Floresta, Sinop e Diamantino. De acordo com Ribeiro (2013), essas regiões se encontram entre o centro e o extremo norte do estado como demonstrado na Figura 3, e tem em comum o fato de pertencerem ao bioma amazônico. Essas árvores possuem fustes mais retilíneos e com maiores dimensões fazendo com que estas sejam mais desejáveis comercialmente. As regiões de planejamento com as menores produções pertencem aos biomas de cerrado ou pantanal, onde as espécies são mais tortuosas e de menor 14

21 interesse comercial, explicando a baixa participação na produção em tora nativa do estado. TABELA 1 PRODUÇÃO MADEIREIRA EM TORA (m³) EM MATO GROSSO POR REGIÃO DE PLANEJAMENTO NOS ANOS DE 2006 E 2014 Região de Planejamento Variação (%) 1 - Juína , , ,53 +71, Alta Floresta , , ,75 +53, Vila Rica , , ,10-504, Barra do Garças , , ,33-767, Rondonópolis , , ,73 +42, Cuiabá ,58 639, , , Cáceres , , ,47-47,22 8 Tangará da Serra , , , Diamantino , , ,98 +21, Sorriso 4.702, , ,68 +91, Juara , , ,68 +32, Sinop , , ,96 +11,81 Total , , ,95 Entre os anos de 2006 a 2014, a produção total de madeira de origem nativa em tora no estado de Mato Grosso foi de 32,9 milhões de m³ (Tabela 1). A produção média anual nos nove anos analisados foi de 3,6 milhões de m³, sendo assim, o ano de 2006 teve uma produção 53% menor do que média. Essa baixa produção em 2006 pode ser explicada pela operação Curupira que foi a primeira grande operação policial de investigação de crimes ambientais na Amazônia realizada no Norte do estado no ano de 2005, que desvendou o envolvimento de dezenas de funcionários públicos do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da antiga Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso) em vários tipos de fraude, principalmente por emitir e comercializar guias falsas de transporte florestal (MOURA, 2006). Após essa operação a liberação de exploração 15

22 madeira em tora em milhares (m³) madeireira pelo novo órgão de meio ambiente do estado, foi reduzida consideravelmente. Em 2007, verificou-se uma produção madeireira igual a 3,9 milhões de m³, 49% maior que no ano anterior, o que pode ser explicado pela criação da portaria nº 30, de 04 de Abril de 2007 da SEMA, que criou a obrigatoriedade do Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais (CC-SEMA) para a comercialização de madeira, obtenção de financiamentos e outros benefícios. Nos anos seguintes a 2007 a produção de madeira em tora se manteve constante e muito próxima da média anual (SEFAZ - MT, 2007; AZEVEDO e SAITO, 2012). No ano de 2014, a produção de madeira em tora foi de 3,5 milhões de m³, 56% maior do que o ano de 2006, ficando dentro da produção média anual do período, assim como os anos anteriores. O ano de 2006 foi o primeiro ano de implantação do SISFLORA e foi ano de transição no órgão de fiscalização ambiental do estado o que pode ter comprometido o real levantamento dos dados nesse ano, já que no ano seguinte (2007) a produção já alcançou à média anual RP1-Juína RP11- Juara RP12- Sinop RP2- Alta Floresta RP9- Diamantino FIGURA 4 REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DO MATO GROSSO COM MAIOR PRODUÇÃO MADEIREIRA ENTRE OS ANOS DE 2006 E

23 A região de planejamento que apresentou o maior volume de madeira em tora produzido foi a região de Juína, com 8,8 milhões de m³, aproximadamente 26,78% do total do estado, seguida das regiões de Juara, Sinop, Alta Floresta e Diamantino que apresentou uma produção quatro vezes menor que a de Juína, porém ainda superior as outras sete regiões, como demonstrado na Figura 3 e 4. Juntas, essas cinco regiões de planejamento foram responsáveis por 95% da produção total de madeira em tora do estado, e se apresentaram com as maiores produções tanto para o ano de 2006 quanto de 2014, alterando apenas as posições entre si. Ribeiro et al (2011) verificou que até o ano de 2010, a região de Sinop era o maior polo madeireiro do estado e representava 38,15% de toda a produção, o que demonstra uma mudança regional na produção madeira, onde Sinop passou a ser apenas o segundo maior polo madeireiro em 2014, e o terceiro se for considerado todo o período. Lopes (2010) verificou que no ano de 2004 os municípios de Sinop e Alta Floresta eram as maiores produtoras de madeira em tora do estado, seguidas pelo município de Colniza, que pertence à região de planejamento de Juína. O mesmo autor demonstra que em 2009 a produção da cidade de Colniza aumentou 128%, superando os polos das regiões de Sinop e Alta Floresta, transformando a região de Juína na maior produtora do estado. A região de Juína se manteve como a maior produtora também nos anos seguintes, em 2014, essa região teve uma produção de 61% maior que a região de Sinop, sua maior concorrente. O período de grande aumento na produção de madeira em tora nos municípios da região de Juína coincide com o começo da revitalização e pavimentação da BR-174, iniciada em 2010, que interliga os municípios de Juína, Juruena, Cotriguaçu, Castanheira e Colniza, cujo principal objetivo era facilitar o escoamento da produção agraria da região (Prefeitura Municipal de Juína, 2015). As regiões de Barra do Garças, Cuiabá, Rondonópolis e Cáceres foram as menores produtoras entre os anos de 2006 a

24 como pode ser observado na Figura 3, totalizando juntas 452,6 mil m³ de madeira em tora, representando 1,37% da produção total do estado. O mesmo resultado foi encontrado por Ribeiro et al (2011), em uma analise entre os anos de 2004 a 2009, demonstrando que essas regiões não participaram ativamente da produção de madeira nativa em tora durante nenhum dos períodos e se mantiveram nas últimas posições. Mesmo com a baixa participação na produção total, a região de Rondonópolis foi a única entre essas regiões que teve uma variação positiva na produção, apresentando uma produção 42% maior em 2014 quando comparado a PRINCIPAIS ESPÉCIES NATIVAS PRODUZIDAS EM TORA EM 2006 E , , , , , ,00 0,00 (M³) 2006 (M³) 2014 FIGURA 5 - PRINCIPAIS ESPÉCIES NATIVAS PRODUZIDAS EM TORA NOS ANOS DE 2006 E Nos anos de 2006 e 2014 foram exploradas em torno de 400 diferentes espécies nativas no Estado de Mato Grosso. As espécies com as maiores produções de madeira em tora para os dois anos analisados foram Cedrinho (Erisma sp), Cambará (Qualea sp), Cupiuba (Goupia glabra), Tauari (Couratari sp), Amescla (Trattinickia sp) Itauba (Mezilaurus 18

25 itauba), Garapeira (Apuleia sp), Angelim-pedra (Hymenolobium petraeum Ducke), Jatobá (Hymenaea courbaril L.) e Ipê (Tabebuia sp), os nomes vulgares e científicos das espécies são apresentados de acordo como verificado na Guia Florestal 1. No ano de 2006 essas dez espécies foram responsáveis por 1,3 milhões de m³ e representaram 68% de toda a produção de madeira nativa em tora no estado. Para o ano de 2014 a produção das dez espécies foi de 2,2 milhões de m³, 62% do total de m³ produzidos nesse ano. 7% 8% 9% 4% 4% Cedrinho 7% 22% Cambará Cupiuba Tauari Amescla 22% Itauba 6% 11% Garapeira Angelim-pedra Jatobá Ipê FIGURA 6 - PARTICIPAÇÃO DE CADA ESPÉCIE NA PRODUÇÃO TOTAL PARA OS ANOS DE 2006 E A única espécie que apresentou variação negativa entre os anos avaliados foi o Tauari (Couratari sp) que em 2014 teve sua produção quase 50% menor do que em 2006 (Figura 5). O Cedrinho (Erisma sp) e o Cambará (Qualea sp) foram as espécies mais produzidas em ambos os anos, e representaram 44% da produção madeireira verificada para as principais espécies, como demonstrado na Figura 6. 19

26 Para Aro (2011) em um estudo entre os anos de 2006 e 2009 as principais espécies comercializadas foram cedrinho (12,6%), Ipê (9,7%), Jatobá (8,2%), Itaúba (5,6%). Ribeiro (2013), afirma que entre 2004 e 2010 foram comercializadas 411 espécies em forma de madeira serrada em Mato Grosso e as espécies com maior volume comercializados foram Qualea sp, (cambará), Goupia glabra (cupiúba), Erisma uncinatum (cedrinho), Mezilaurus itauba (itaúba), Hymenolobium sp (angelim), Apuleia sp (garapeira), Manilkara sp (maçaranduba), Cordia goeldiana (freijó), Dipteryx sp (cumbarú), Trattinickia sp (amescla), correspondendo a 88% do total comercializado. Em comparação com o trabalho de Ribeiro (2013), este estudo apresentou como diferença as espécies Tauari (Couratari sp) e Ipê (Tabebuia sp). De acordo com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) (2016), as principais espécies exploradas, são, em sua maioria, de origem amazônica e possuem grande interesse comercial, além de alta ocorrência na região norte do estado de Mato Grosso PRINCIPAIS PRODUTOS MADEIREIROS COMERCIALIZADOS POR MATO GROSSO DE 2006 A 2014 TABELA 2 PRODUÇÃO ANUAL (m³) DOS PRINCIPAIS PRODUTOS MADEIREIROS DO MATO GROSSO. Ano Madeira Serrada Madeira Beneficiada Madeira Laminada Compensado Resíduos , , , , , , , ,02 * , , , ,68 * , , , ,79 * , , , ,17 * , ,15 * ,36 * , ,27 * ,53 * , ,78 * ,48 * , ,32 * ,60 * ,78 Total , , , , ,74 20

27 *Dados não disponíveis para consulta. Entre os anos de 2006 a 2014, o estado do Mato Grosso comercializou 26,3 milhões de produtos madeireiros de madeira nativa em m³. Desde o ano de 2006, o mercado de produtos madeireiros do Mato Grosso é dominado pela madeira serrada com 61% do total, As madeiras beneficiadas, que requerem um maior nível de acabamento, como portas, vigas decorativas, janelas, a madeira laminada e o compensado são responsáveis por 13% das vendas. Os outros 26% dizem respeito ao comércio dos resíduos onde se encontram a Lenha e o cavaco outros resíduos agrupados pela Guia Florestal. Corroborando com esses resultados, Ribeiro (2013), analisando a produção e o destino dos produtos de madeira nativa do estado definiu que a madeira serrada é o principal produto comercializado e é responsável por 60% de toda a madeira serrada nativa consumida pela região sudeste do Brasil se classificando como o maior produtor desse tipo de produto no país. O comércio de madeira nativa utilizada como lenha para a geração de energia térmica reduziu em cerca de 96% entre o período de 2006 a Enquanto no ano de 2006, a lenha era responsável por 41% das vendas de resíduos, em 2014, foi responsável por apenas 1,58%. Teixeira (2006), num estudo sobre as indústrias madeireiras no estado, demonstrou que já entre os anos de 2004 e 2005 houve uma expressiva substituição da lenha de madeira nativa por lenha de Eucalipto, principalmente nas grandes secadoras de soja, devido ao aumento da fiscalização e das dificuldades para liberação de exploração de madeira nativa. Angelo et al (2004) avaliando as indústrias madeireiras no polo de Sinop, verificou que o mesmo aconteceu com os demais produtos, principalmente o compensado e a madeira beneficiada, que perderam espaço para as madeiras oriundas de florestas plantadas para reduzir os custos e aumentar a produção. 21

28 Quanto as Regiões de Planejamento, a Região de Sinop foi a maior responsável pela comercialização de produtos madeireiros com 35% do total, seguida da região de Juína, com 27% e Juara com 10%. Esse fato que pode ser explicado pela grande quantidade de indústrias de transformação madeireira no norte do estado, fazendo com que parte da madeira explorada nas regiões de Juína e Juara seja transportada para Sinop para ser transformada. Corroborando com esses resultados, Ribeiro (2013) demonstrou que Sinop concentra 60% da madeira serrada que é comercializada para as regiões sul e sudeste do país e 9,5% da madeira serrada que é consumida no estado. Durante a análise dos dados contidos nas guias florestais, foram encontrados 23,2 mil m³ de madeira extraída no ano de 2006 pertencentes às cidades com o nome de São Paulo, Florianópolis e Machadinho d Oeste que foram descartados devido ao fato de que essas cidades não se encontram na relação de municípios do estado do Mato Grosso segundo o IBGE (2010) e por isso não se encaixaram em nenhuma região do planejamento. Além disso, outros 70,7 mil m³ foram descartados por representarem as espécies de Eucalyptus sp e Tectona grandis, que por se tratarem de espécies exóticas não se encaixam com os objetivos do trabalho. 22

29 5. CONCLUSÕES Entre os anos de 2007 a 2014, a produção madeireira média no estado de Mato Grosso foi de 3,6 milhões de m³, com pouca variação entre os anos. Em 2006, primeiro ano de implantação do SISFLORA e criação da SEMA, a produção ficou muito abaixo da média anual. No ano de 2014, as Regiões de Planejamento de Juína, Juara, Alta Floresta, Sinop e Diamantino foram as maiores produtoras do estado respectivamente. A região de Barra do Garças foi a que obteve a menor produção. As espécies mais exploradas para utilização na indústria madeireira nos anos de 2006 e 2014 foram Cedrinho (Erisma sp), Cambará (Qualea sp), Cupiuba (Goupia glabra), Tauari (Couratari sp), Amescla (Trattinickia sp) Itauba (Mezilaurus itauba), Garapeira (Apuleia sp), Angelim-pedra (Hymenolobium petraeum Ducke), Jatobá (Hymenaea courbaril L.) e Ipê (Tabebuia sp). Entre os produtos madeireiros comercializados em m³, a madeira serrada correspondeu por mais da metade das vendas, principalmente para os estados do sul e sudeste. Nos produtos comercializados em metros estéreos o cavaco e a lenha foram os mais vendidos no período analisado. 23

30 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANGELO, H.; SILVA, G. F.; SILVA, V. S. M.; Análise econômica da indústria de madeiras tropicais: o caso do pólo de Sinop, MT. Ciência Florestal, Santa Maria, v.14, n 2, p , ARO, E. R. Competitividade de sistemas agroindustriais: O caso da cadeia da madeira no estado de Mato Grosso. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) 229p. Universidade Federal de São Carlos SP AZEVEDO, A. A.; SAITO, C. H. O perfil dos desmatamentos em Mato Grosso, após implementação do licenciamento ambiental em propriedades rurais. Cerne, Lavras, v.19, n 1, p , CIPEM Centro das Indústrias produtoras e Exportadoras de Madeiras de Mato Grosso. Dados do Setor: volume transportado Disponível em: < Acesso em: 02/02/2016. CIPEM Centro das Indústrias produtoras e Exportadoras de Madeiras de Mato Grosso. Dados do Setor: volume transportado Disponível em: < Acesso em: 28/02/2016. CIPEM - Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso. Consciência de uma floresta viva e sustentável. Mato Grosso; p. Informativo CIPEM. < pdf> Acesso em 28/01/2016. CNI - Confederação Nacional Da Indústria. Cadeia produtiva de florestas nativas. Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal. Brasília : CNI/ Fórum Florestal, FAO - Organização Das Nações Unidas Para A Alimentação E A Agricultura. Global Forest Resources Assessment Disponível em: < Acesso em: 28/01/2016. GOVERNO DO ESTADO DO MATO GROSSO. Geografia do Mato Grosso Disponivel em: < Acesso em 06/02/2016a. 24

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