Línguas de fogo João de Mancelos

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1 Línguas de fogo João de Mancelos Referência: Mancelos, João de. Línguas de fogo. Col. Poesia Minerva. Coimbra: Minerva- Coimbra, ISBN: Índice primeira parte: os passos de ulisses navegação terra incógnita o mais frágil endereço para o vento esfinge sem segredo à janela das ondas sem regresso «bon voyage» o cão velho de ulisses ao encontro de ti os faunos apressadamente antes de colombo depois de colombo (manhattan é assim) a velhice de ulisses lamento de penélope cidade do sal o corpo doído ou doido prece do mareante à estrela aldebaran segunda parte: hiper-escrita camões (latitude 22º) expiração: a garcía lorca o sol onde camilo pessanha nasce com lao tsé no poente sermão de antónio vieira a deus no bar da esquina com omar khayyam

2 a chama queimada de emily dickinson avé, mefistófeles, avé, goethe epitáfio para matsuo bashô promessa de antígona a polinices onde é onde a antónio ramos rosa recordando miguel torga fragmento branco para eugénio de andrade alguns outros, pensando em al berto terceira parte: epifanias como se eu fora filho de mim mesmo ode da passagem passos submersos e a nudez se faz mais pura esta noite, outro milénio na casa da madrugada de memória, digo canção de mão aberta cruelmente perfeito fração ninguém nada me responde próxima de mil anos de distância sul-idão as minhas noites estão cansadas no coração arruinado da cidade há demasiada beleza em ti hipótese saldo quarta parte: algumas pequenas prosas apontamento para ela (primeira parte) apontamento para ela (segunda parte) glaciar 2

3 da primavera le mot juste o ladrar do poeta às estrelas meninas e lobos no mercado das almas ela é leve mas não frágil a crucificação do dia enquanto os anjos dormem Sobre o autor João de Mancelos, nome profissional de Joaquim João Cunha Braamcamp de Mancelos, nasceu em Coimbra, em É doutorado em Literatura Norte-Americana, pós-doutorado em Literaturas Comparadas e possui uma agregação em Estudos Culturais. Lecionou na Universidade Católica Portuguesa (Viseu), e na Universidade de Aveiro. Atualmente, é professor na Universidade da Beira Interior. É autor de vários livros de poesia, conto e ensaio. Principais obras As fadas não usam batom (1.ª ed. 1998; 2.ª ed. 2004) Foi amanhã (1999) Línguas de fogo (2001) O que sentes quando a chuva cai? (2006) O marulhar de versos antigos: A intertextualidade em Eugénio de Andrade (2009) Introdução à escrita criativa (1.ª ed. 2009; 5.ª ed. 2017) Manual de escrita criativa (1.ª ed. 2012; 2.ª ed. 2015) Uma canção no vento: A poesia de Eugénio de Andrade (2013) Manual de guionismo (1.ª ed. 2013; 2.ª ed. 2016) Magia negra: A obra de Toni Morrison (2014) O pó da sombra (2014) Mulheres fatais, detetives solitários e criminosos loucos: Estudos sobre cinema (2015) Todas as cores da América: A literatura multicultural (2015) O teu nome incendiado de azul (2016) Introdução à narrativa cinematográfica (2017) 3

4 Alguns poemas do livro terra incógnita há uma terra a leste do coração, meu amor, para lá dos mundos naufragados, à esquerda da esperança. um lugar onde o veneno da beladona é bebido em cálices noturnos, e onde as adolescentes se deitam com os primeiros lobos da manhã. não tem nome, nem mapa, nem rota, é uma terra de vento e luz, onde deus está por inventar, e o demo não desembarcou ainda com suas filhas de prata. é uma pulsante ilha no meu peito, escuta-a, amor, a terra onde poisarás a fronte, e onde uma noite apenas dura todo o sempre. o mais frágil endereço para o vento minha noiva incerta, oceano decomposto em chuva e sal e ferida, onde os amantes trocam a noite pelo vinho aceso da candura, e o sorriso e a dor partilham do único alfabeto. minha noiva incerta, quem conta as estrelas submersas, o fogo de santelmo, 4

5 quando partes de margens vazias? quem sabe que foste esposa e filha de ulisses, e o escutas ainda no peito de cada pretendente? quem conhece o seu coração, rumorejando ao encontro dessas ilhas onde um beijo é o mais frágil endereço para o vento? à janela das ondas sem regresso haverá um périplo para os amantes, uma escala em estrelas antigas? pergunto e penso em viagens pelas mãos (noturnas mãos, insones mãos), que ancoraram os teus pulsos à memória. quantas mulheres foram, neste leito, transatlânticos de prata, longe, mais longe, no éter das cidades anoitecidas? e quantas mais teriam voltado à grávida respiração dos oceanos (os fluxos e refluxos do teu peito)? pergunto e medito e naufrago, ulisses de ítaca magoado à janela das ondas sem regresso. os faunos os faunos regressam com o olhar dos cães prestes a amar. nativos do primeiro astro, sobem discretamente as escadas 5

6 das pensões e dos bares, da carne e da corola. sobre a cama, uma natureza viva: penélope de ulisses, e os breves indícios da paixão: saliva, perfume, certas palavras desabrigadas, um corpo feito fruto, as feras da terra e do mar. horas depois, os faunos descem ao cais entre latidos e beijos bêbedos. trôpegos amantes de regresso ao amor que nunca tiveram. apressadamente hoje tenho pressa de ti, dos dias urgentes sem horas nem dias, e da ternura aflita com que a vida rumoreja num poema. pressa de fechar a noite na tua mão, dedo a dedo, e num repente, fazer nascer o dia dentro de ti. pressa do rastilho dos teus olhos que têm todos os pecados do mundo à espera, e dos cães que ladram aos astros, e dos amantes que te rondam, impacientes, mortos por visitar o cais de onde o meu regresso já partiu, tão cheio de pressa e de ti. 6

7 o corpo doído ou doido apenas isto: um parágrafo ainda antes das águas se apagarem. é tudo quanto peço, a mão cheia de vespas, o corpo doído ou doido. um parágrafo que engane a noite, uma ilha, um trópico onde arder, a latitude do teu ventre, para onde todo o corpo flui. apenas isto um parágrafo mais, e contigo irei, ítaca minha, navegando uma estrela noite dentro. camões (latitude 22º) sempre a morte e o amor: deste-lhe de comer à boca em ceuta, macau e no cabo, no desterrado zodíaco da canela. por quantas rotas de nudez enseadas de corpos ansiados, procuraste dinamene feita tágide, a epiderme noturna do amor? e quantas vezes os autos da fortuna te foram náufragos, e quantas vezes a mulher foi um jau por amante e companhia? camões de sebastião pessoa, filho da pátria que te partiu. 7

8 com lao tsé no poente os juncos incendiados do poente navegam o sonho onde o teu nome pernoita. fragmento branco para eugénio de andrade já não há marés de vento para as minhas incertezas. e se a morte vier, que será senão um guarda-sol fechado no silêncio? algumas vozes coaguladas na memória, um ou outro fragmento branco de nudez: tenho o que sobra do restar. apaguem-se, portanto, os versos, que as palavras já sabem o caminho, e a sombra pode ir sem mim. alguns outros, pensando em al berto alguns lambem as feridas, outros amam a céu aberto. alguns vão, de braço dado com o vento, outros vivem nos quartos alugados da esperança. alguns adormecem, em línguas de fogo, outros dançam à noite com estranhas. alguns escrevem para lembrar ítaca, outros esqueceram o mapa de si. alguns ficam. os melhores partem. batendo em corações de lata, e bebendo a noite em cada beijo. 8

9 e a nudez se faz mais pura deixarei as luzes acesas para que saibas o caminho de regresso ao meu corpo. não, não tragas a alma, animal sempre volátil, perfume fútil. sacrifica antes uma onda antes da noite, um milagre para migrar com outras aves daninhas, vem, dá-me o fruto e a semente, aquele lugar no corpo onde a fonte cresce ao ar e a nudez se faz mais pura. há demasiada beleza em ti há demasiada beleza em ti, quando caminharmos na chuva no vento que gela as fraturas da alma. conheci-te, ainda tu reparavas as asas de anjos tresmalhados sob as bandeiras brancas de uma adolescência a sangrar, e desenhavas corações de giz nos muros da escola velha. toda a beleza desses dias adormece ainda em mim, a sua corola intacta, neste outono de pássaros mortos. e é por essa beleza que hei de ir ao encontro do vento e de ti. para te devolver a inocência da labareda, o perfume azul do lilás, 9

10 e o olhar de todas as meninas que belamente violei em vez de ti. 10

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