Segurança e Saúde no Trabalho
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1 Segurança e Saúde no Trabalho Autor: Flávio O. Nunes Auditor Fiscal do Trabalho Todos os direitos reservados ao professor Flávio Nunes cópia proibida 1
2 NR-07 - PCMSO CLT: Art. 168 e 169
3 DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO Art Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: I - na admissão; II - na demissão; III - periodicamente 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis exames: a) por ocasião da demissão; b) complementares
4 DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer. 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade. 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. Art Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
5 DO OBJETO Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a OBRIGATORIEDADE de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como EMPREGADOS, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do C O N J U N T O DOS SEUS TRABALHADORES O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos RISCOS (ocupacionais)* à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR. * Flávio As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.
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9 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES Norma Regulamentadora nº 15 CLT: Art. 189 a 197
10 15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; Caracterização: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990) Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14; Caracterização: AVALIAÇÃO QUALITATIVA Agentes sem Limites de Tolerância Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10. Caracterização: AVALIAÇÃO QUALITATIVA Exposição inerente à atividade. Anexo 8 Avaliação quantitativa. Art A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (ATUALMENTE REGISTRA-SE NO RESPECTIVO CONSELHO DE CLASSE CREA OU CRM)
11 14 AGENTES BIOLÓGICOS 20% OU 40% INDEPENDENTE ANEXOS NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES LT: Limite de Tolerância LI Laudo de Inspeção Anexo Descrição Insalubridade Caracterização depende de: 1 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE 20% L T - Avaliação quantitativa 2 RUÍDOS DE IMPACTO 20% L T - Avaliação quantitativa 3 EXPOSIÇÃO AO CALOR 20% L T - Avaliação quantitativa 4 revogado RADIAÇÕES IONIZANTES 40% L T - Avaliação quantitativa 6 TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS 40% INDEPENDENTE 7 RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES 20% L I Avaliação qualitativa 8 VIBRAÇÕES 20% L T - Avaliação quantitativa 9 FRIO 20% L I Avaliação qualitativa 10 UMIDADE 20% L I Avaliação qualitativa 11 AGENTES QUÍMICOS 10% OU 20% OU 40% L T - Avaliação quantitativa 12 POEIRAS MINERAIS - ASBESTO 40% L T - Avaliação quantitativa 13 AGENTES QUÍMICOS 10% OU 20% OU 40% INDEPENDENTE
12 Insalubridade Art. 189 CLT A caracterização dependerá Avaliação Ambiental Considerando - Natureza do risco ambiental Físico, Químico ou Biológico - Intensidade ou Concentração do agente - Tempo de exposição Avaliação - Médico do trabalho; ou - Engenheiro de seg. do trabalho Laudo de Inspeção Quantitativa Qualitativa Para agentes COM definição de limites de tolerância Para agentes SEM definição de limites de tolerância Para riscos inerentes à atividade - Ruído contínuo ou intermitente Anexo 1; - Ruído de impacto Anexo 2; - Calor Anexo 3; - Radiação ionizante Anexo 5; - Vibrações Anexo 8; - Agentes químicos cuja insalubridade dependerá de avaliação quantitativa Anexo 11; - Poeiras minerais Anexo 12 - Radiação não-ionizante Anexo 7; - Frio Anexo 9; - Umidade Anexo 10 - Condições hiperbáricas Anexo 6; - Agentes químicos (Arsênico, Carvão, Chumbo, Cromo, Fósforo, Hidrocarbonetos, Mercúrio, Silicatos, subst.. Cancerígenas) Anexo 13; - Agentes biológicos Anexo 14
13 15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, INCIDENTE SOBRE O SALÁRIO MÍNIMO DA REGIÃO, equivalente a: % (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; % (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; % (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. CLT - Art O exercício de trabalho em condições insalubres, ACIMA DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA estabelecidos pelo MTE, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do SALÁRIO MÍNIMO DA REGIÃO, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
14 Ressalte-se que há muitos questionamentos, nos Tribunais, com relação à utilização do salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade. O artigo 192 da CLT, como já anteriormente citado, estabelece que o adicional de insalubridade tem como base de cálculo o salário mínimo da região, porém, com a CF/88, passou-se a discutir a constitucionalidade do uso do salário mínimo como base de cálculo, uma vez que o artigo 7º, Inciso IV, da CF, veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. O STF se manifestou acerca dos questionamentos e estabeleceu a vedação do uso do salário mínimo como base de cálculo, por meio da Súmula Vinculante nº 4, a seguir transcrita: Súmula Vinculante nº 4. Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. O STF determinou ainda com a mencionada Súmula que a base de cálculo não poderá ser determinada por decisão judicial, ou seja, além de vedar a utilização do salário mínimo, vedou também que os Tribunais utilizem, por exemplo, como base de cálculo do adicional de insalubridade o salário do trabalhador utilizado como base de cálculo do adicional de periculosidade. Dessa forma, restou a dúvida de como calcular o adicional de insalubridade. Parece-nos acertado o entendimento do TST, no julgamento dos RR 1118/ e RR 1814/ , que concluiu: que o STF, ao analisar a questão constitucional sobre a base de cálculo do adicional de insalubridade e editar a Súmula Vinculante nº 4, adotou técnica decisória conhecida no direito constitucional alemão como declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia da nulidade : a norma, embora declarada inconstitucional, continua a reger as relações obrigacionais, em face da impossibilidade de o Poder Judiciário se sobrepor ao Legislativo para definir critério diverso para a regulação da matéria"
15 NR-10 - SERVIÇOS EM ELETRICIDADE CLT: Art. 179 a 181
16 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP): É o conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, INCLUSIVE. Geração Transmissão Distribuição Medição
17 10.2 Medidas de Controle Proteção Coletiva Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a DESENERGIZAÇÃO ELÉTRICA conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de TENSÃO DE SEGURANÇA Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem , devem ser utilizadas OUTRAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.
18 Hierarquia das medidas de proteção COLETIVA do trabalhador item Risco Elétrico Estabelecimento Risco ambiental evidente Hierarquia das medidas de proteção do trabalhador. 2ª 1ª Proteção Coletiva. Item continua o risco Medidas Administrativas/Organização. Item a 3ª continua o risco Proteção Individual item b e Desenergização Elétrica Tensão de Segurança Outras Medidas de Proteção Coletiva 1ª 2ª 3ª - Isolação das partes vivas - Obstáculos - Barreiras - Sinalização - Sistema de seccionamento automático das partes vivas - Bloqueio do religamento automático - Outras
19 É considerado trabalhador QUALIFICADO aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino É considerado PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe É considerado TRABALHADOR CAPACITADO aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: - Receba Capacitação do PLH; - Trabalhe sob responsabilidade do PLH. - Só tem validade para a empresa Formação Profissional Autorizado Item Legalmente Habilitado Item Qualificado Item São os qualificados com Registro no Conselho de Classe. - Capacitação - Trabalhe sob resp. Capacitado Item Empresa
20 NR-12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS CLT: Art. 184 a 186
21 NR 12 - Sistemas de segurança As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir SISTEMAS DE SEGURANÇA, caracterizados por PROTEÇÕES FIXAS, PROTEÇÕES MÓVEIS E DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA INTERLIGADOS, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores. Equipamento sem proteção da zona de perigo Equipamentos com Proteção FIXA Equipamento com Proteção MÓVEL Dispositivos interligados
22 São aquelas que devem ser mantidas em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas específicas. Móveis item b item Sistema de Segurança Proteções Coletivas Fixas item a São as que podem ser abertas sem o uso de ferramentas, geralmente ligadas por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e devem se associar a dispositivos de intertravamento. Dispositivos Interligados item São os componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde. - Comandos elétricos ou interfaces de segurança item a - Dispositivos de intertravamento Item b - Sensores de segurança ou Detectores de presença item c - Válvulas e blocos de segurança item d - Dispositivos mecânicos. item e - Dispositivos de validação item f
23 NR-31 TRABALHO RURAL Lei 5889/1973
24 31.3 Disposições Gerais - Obrigações e Competências - Das Responsabilidades Compete à Secretaria de Inspeção do Trabalho SIT, através do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho DSST, definir, coordenar, orientar e implementar a política nacional em segurança e saúde no trabalho rural Compete ainda à SIT, através do DSST, coordenar, orientar e supervisionar as atividades preventivas desenvolvidas pelos órgãos regionais do MTE e realizar com a participação dos trabalhadores e empregadores, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CANPATR e implementar o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT A SIT é o órgão competente para executar, através das Delegacias Regionais do Trabalho - DRT, as atividades definidas na política nacional de segurança e saúde no trabalho, bem como as ações de fiscalização. Secretaria de Inspeção do Trabalho DSST - Faz a GESTÃO da Política Nacional de SST Rural - Coordena, orienta e supervisiona as atividades preventivas desenvolvidas pelos Órgãos Regionais do MTE - Realizar a CANPATR - Implementar o PAT SRTE - EXECUÇÃO da Política Nacional de SST Rural
25 Constituição do SESTR item 31.6 até 10 empregados Desobrigado da constituição S E S T R de 11 a 50 empregados Dispensado da constituição, desde que: - Empregador ou preposto tenha treinamento em SST; ou - Contrate TST ou SESTR Externo PRÓPRIO mais de 50 empregados ou Dimensionamento com base no número de empregados Mais de um SESTR pode optar por: EXTERNO -Engenheiro S. T. -Médico T. -Enfermeiro T. -Técnico S. T. - Auxiliar de Enf. T. AC ou CC SESTR COLETIVO
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