A situação da pesca industrial no Brasil
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- Manuel Rodrigues Paixão
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1 A situação da pesca industrial no Brasil Dr. Paulo Ricardo Pezzuto Universidade do Vale do Itajaí Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar - Grupo de Estudos Pesqueiros
2 O SISTEMA-PESCA INDUSTRIAL O ambiente e os recursos pesqueiros A produção e o setor produtivo A pesquisa A efetividade da gestão pesqueira As perspectivas
3 Foto: GEP/UNIVALI A situação da pesca industrial no Brasil: o ambiente e os recursos pesqueiros
4 O ambiente e os recursos pesqueiros Norte Norte Sudeste/Sul Sudeste/Sul Fonte: IBGE, Atlas geográfico das zonas costeiras e oceânicas do Brasil. IBGE, Rio de Janeiro/RJ, 177p.
5 O ambiente e os recursos pesqueiros Espinhel vertical/covo Arrasto duplo Fonte: MPA, Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura Brasil Ministério da Pesca e Aquicultura, Brasília/DF, 129p.
6 O ambiente e os recursos pesqueiros Vara e isca-viva Emalhe de fundo Fonte: MPA, Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura Brasil Ministério da Pesca e Aquicultura, Brasília/DF, 129p.
7 O ambiente e os recursos pesqueiros Espinhel pelágico Fonte: MPA, Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura Brasil Ministério da Pesca e Aquicultura, Brasília/DF, 129p.
8 O ambiente e os recursos pesqueiros Fonte:
9 O ambiente e os recursos pesqueiros Lista oficial Brasil: 119 categorias (ind. e art.) Boletins pesca industrial SC: 136 categorias Arrasto duplo industrial SC: 229 categorias 96 peixes 121 peixes 160 peixes Elevada diversidade; baixa produtividade 13 crustáceos 11 crustáceos 44 crustáceos 10 moluscos 4 moluscos 25 outros Fontes: Haimovici, M.; et al Capítulo 2. Panorama Nacional. In: Programa REVIZEE. Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Pesqueiros Vivos na Zona Econômica Exclusiva. Relatório Foto: Executivo. GEP/UNIVALI Ministério do Meio Ambiente, 303p. UNIVALI/CTTMar, Boletim estatístico da pesca industrial de Santa Catarina Ano Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Itajaí, SC. Volume 13, número 1, 66 p. Perez, J.A.A. et al Análise das capturas comerciais (alvo, by-catch, espécies ameaçadas). In: Pezzuto, P.R. (org.). Relatório Final Projeto ArTES. UNIVALI/CTTMar, Itajaí/SC, 100p.
10 Foto: GEP/UNIVALI A situação da pesca industrial no Brasil: a produção e o setor produtivo
11 A produção e o setor produtivo Total de pescadores industriais: Norte: 259 Nordeste: 311 Sudeste: 1670 Sul: 6571 (6.014 em SC) Fonte: MPA, Boletim do Registro Geral da Atividade Pesqueira Ministério da Pesca e Aquicultura, Brasília/DF, 50 p.
12 A produção e o setor produtivo Arrasto duplo: camarões, peixes demersais diversos, outros invertebrados; plataforma e talude do N e do SE/S Arrasto simples: peixes demersais diversos; plataforma e talude Arrasto de parelha: peixes demersais diversos (cienídeos no SE/S, piramutaba no N); plataforma interna e média do N e SE/S Fotos: GEP/UNIVALI
13 A produção e o setor produtivo Emalhe: cienídeos, abrótea, peixe-sapo outros demersais (fundo), serra e outros pelágicos (superfície); plataforma e talude Espinhel de fundo: abrótea, bagre, badejos, chernes, garoupas, namorado; piramutaba; plataforma e talude Espinhel pelágico: espadarte, albacoras, cações; dourado; ZEE e águas internacionais Fotos: GEP/UNIVALI e Valentini & Pezzuto (2006)
14 A produção e o setor produtivo Potes: polvos; plataforma interna do NE e SE/S Espinhel vertical/covo: pargo; plataforma do NE e N Covos: lagosta no NE; caranguejos de profundidade no SE/S plataforma do NE e no talude do SE/S Fotos: GEP/UNIVALI e Cutrim-Souza (2002)
15 A produção e o setor produtivo Cerco: sardinha-verdadeira e outros pequenos pelágicos; plataforma interna do SE/S Vara e isca-viva: bonito-listrado; plataforma externa e talude do SE/S Fotos: GEP/UNIVALI)
16 Número embarcações A produção e o setor produtivo Total de embarcações acima de 20 AB: Modalidades Fonte: MPA, Boletim do Registro Geral da Atividade Pesqueira Ministério da Pesca e Aquicultura, Brasília/DF, 50 p.
17 A produção e o setor produtivo Produção marinha desembarcada em 2007: t N 7% NE 3% Artesanal; Industrial; S 54% SE 36% Fontes: IBAMA, Estatística da pesca Brasil Grandes regiões e unidades da federação. IBAMA, Brasília/DF, 151p.
18 A produção e o setor produtivo Produção marinha desembarcada em 2007: t Artesanal; Industrial; Fontes: IBAMA, Estatística da pesca Brasil Grandes regiões e unidades da federação. IBAMA, Brasília/DF, 151p. Freire, K.M.F. et al Reconstruction of catch statistics for Brazilian marine waters ( ). pp In: Freire, KMF and Pauly, D (eds). Fisheries catch reconstructions for Brazil s mainland and oceanic islands. Fisheries Centre Research Reports vol.23(4). Fisheries Centre, University of British Columbia.
19 Foto: GEP/UNIVALI A situação da pesca industrial no Brasil: a pesquisa
20 A pesquisa Não há centros governamentais de pesquisa pesqueira Grupos de pesquisa com atividade em pesca marinha: Total de 114 grupos cadastrados no CNPq. Apenas 26 têm mais da metade das linhas de pesquisa em pesca marinha; Apenas 12 são formados exclusivamente por pesquisadores da área; Apenas 9 têm formação e perfil diversificado de atuação, abrangendo mais da metade dos grandes temas ligados à pesca Não citar: dados ainda não publicados
21 % A pesquisa Temas abrangidos em 1869 publicações entre 1990 e 2013: Livros Capítulos Artigos Não citar: dados ainda não publicados
22 Foto: SINDIPI ( A situação da pesca industrial no Brasil: a efetividade da gestão pesqueira
23 A efetividade da gestão pesqueira 24/11/ o lugar Fonte: Pitcher, T,J.; Kalikoski, D.; Ganapathiraju, P. & Short, K Safe Conduct? Twelve years fishing under the UN Code. WWF-International and the University of British Columbia s Fisheries Ecosystem Restoration Research group, 65p.
24 A efetividade da gestão pesqueira Entrevistas com 1188 especialistas em 209 ZEEs: Fonte: Mora C, Myers RA, Coll M, Libralato S, Pitcher TJ, et al. (2009) Management Effectiveness of the World s Marine Fisheries. PLoS Biol 7(6): e doi: /journal.pbio
25 A efetividade da gestão pesqueira Fonte: Mora C, Myers RA, Coll M, Libralato S, Pitcher TJ, et al. (2009) Management Effectiveness of the World s Marine Fisheries. PLoS Biol 7(6): e doi: /journal.pbio
26 A efetividade da gestão pesqueira Situação de 152 estoques marinhos e estuarinos segundo REVIZEE (dados 1996 a 2004): Não avaliado 28% Não explotado 11% Plenamente explotado 23% Subexplotado 5% Não explotado 2% Não avaliado 26% Subexplotado 7% Plenamente explotado 19% Sobrexplotado 33% Sobrexplotado 46% Brasil SE/S Fonte: Haimovici, M.; Cergole, M.C.; Lessa, R.P.; Madureira, L.S.P.; Jablonski, S. & Rossi-Wongstchowski, C.L.D.B Capítulo 2. Panorama Nacional. In: Programa REVIZEE. Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Pesqueiros Vivos na Zona Econômica Exclusiva. Relatório Executivo. Ministério do Meio Ambiente, 303p.
27 A efetividade da gestão pesqueira Principais obstáculos: Institucionais Fomento Infraestrutura Pessoal/ambiental Instabilidade e má gestão institucional Dificuldades estruturais e legais de coordenação Falta de planejamento e busca de resultados imediatos Cultura do voluntarismo Resistências à interação universidade x setor produtivo Fomento apenas de projetos e não de programas Escassez de editais, recursos e linhas de financiamento específicos Desestruturação da estatística, avaliação e monitoramento pesqueiro Disponibilidade limitada e falta de coordenação de meios flutuantes para pesquisa Suspensão do PROBORDO Dimensão continental e diversidade de recursos, ambientes e pescarias Carência, desmotivação, emigração, aposentadoria de recursos humanos e má distribuição na costa Não citar: dados ainda não publicados
28 Foto: SINDIPI ( Foto: GEP/UNIVALI A situação da pesca industrial no Brasil: perspectivas
29 Perspectivas Dependentes da superação da crise de governança MMA MPA Novos marcos legais Política de Estado para a pesca
30 Perspectivas Enquanto isso, o que fazer? Reativação e fortalecimento do monitoramento e da pesquisa; Criação e fortalecimento dos Comitês de Gestão; Mudança do modelo de gestão
31 Perspectivas Gestão por medidas pontuais Focada em poucas espécies alvo, desconsiderando complexidade e diversidade de cenários e atores envolvidos Sem objetivos claros exceto debelar crises momentâneas Sem mecanismos de acompanhamento, aferição de resultados e revisão de conteúdo Altamente susceptível a pressões políticas, sociais, econômicas, corrupção, levando conflitos, ineficácia e judicialização
32 Perspectivas Gestão por planos de manejo Focada em unidades de gestão (recursos, pescarias, áreas geográficas) criteriosamente definidas Estabelecimento de objetivos, pontos de referência, mecanismos de avaliação e tomada de decisão formal e participativa Unificação das normas em um único instrumento facilitando compreensão e cumprimento Vigência de médio prazo e mecanismos de reavaliação definidos
33 Perspectivas CPG A UG1 Plano 1 UG2 Plano 2 UG3 Plano 3 CPG B UG1 Plano 1 UG2 Plano 2 UG3 Plano 3 Etc. Etc.
34 Perspectivas Foto: internet Gestão por medidas pontuais
35 Perspectivas Foto: internet Gestão por planos de manejo
36 I Simpósio Internacional sobre Manejo de Pesca Marinha no Brasil: Desafios e Oportunidades A situação da pesca industrial no Brasil Paulo Ricardo Pezzuto UNIVALI/CTTMar/GEP Itajaí/SC pezzuto@univali.br paulo.pezzuto@pq.cnpq.br
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