Adubos e Adubação Potássica
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- Cecília Stachinski Castilho
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1 Adubos e Adubação Potássica
2 1. Introdução Exigências das culturas K no solo Objetivos da adubação
3 Tabela 1: Quantidades de macronutrientes extraídas (kg/ha) Elemento N P K Ca Mg S Soja (3 t/ha) Milho (6,4 t/ha) Citros (6cx/pé) Tomate (41 t/ha) Tabela 2: Quantidades de micronutrientes extraídas (g/ha) Elemento B Cu Fe Mn Mo Zn Soja (3 t/ha) Milho (6,4 t/ha) Citros (6cx/pé) ,4 52
4 K no solo 2,0 mmol c /dm 3 corresponde a quantos kg/ha de K 2 O? Isto seria suficiente para altas produtividades?
5 Objetivos da adubação: K absorvido pela planta K aplicado K na solução do solo K trocável K não trocável K mineral K lixiviado Figura 1. Representação esquemática das diversas formas de potássio do solo e da sua dinâmica.
6 2. Reservas de K
7 Reservas mundiais em 10 6 t. Local Reservas a Outros Recursos b Total América do Norte Canadá EUA América do Sul Chile Peru Brasil Europa França Alemanha Orien tal Alemanha Ocidental Itália Espanha URSS Reino Unido Ásia Israel e Jordânia China Laos Tailândia África Congo Oceania Austrália Total Fonte: UNIDO (1980) (a) reservas recuperáveis aos preços atuais; (b) reservas potencialmente mineráveis
8 Tabela 1. Produção de Potássio no mundo. País URSS Canadá Alemanha Oriental Alemanha Ocidental EUA França Espanha Israel Outros Capacidade de produção (10 6 t K 2 O) 10,00 7,50 3,20 3,30 2,86 2,39 0,88 0,88 0,95 Participação nas exportações (%)
9 3. EXTRAÇÃO E BENEFICIAMENTO DO POTÁSSIO
10 a) Mineração em poço Arranca-se o material com picaretas de funcionamento contínuo e o transporte até à superfície é feito por vagões USA, Alemanha, França, Brasil e outros. Eficiente até 1200m de profundidade. b) Mineração por dissolução Consta da injeção de KCl + NaCl com temperatura controlada para dissolver o KCl + NaCl do depósito. O bombeamento é feito para levar a solução até à superfície. É utilizado no Canadá e à profundidades de até 1600m.
11 Separação do KCl de outros sais
12 a) Beneficiamento por dissolução e cristalização: A separação do KCl de outros sais é feita através da diferença de solubilidade. A solução é resfriada, evapora-se a água, havendo aí a cristalização e depois a moagem. b) Flotação: São adicionados coletores na solução de KCl + outros sais, esses sais têm preferência pelo KCl, o revestimento torna a superfície hidrófoba, mediante a injeção de ar, essas bolhas de ar se prendem às partículas revestidas, indo para a superfície, onde são coletadas. O minério é moído e separado dos coletores através de filtro. c) Separação em meio denso: Os sais são colocados em solução com a magnetita (densidade = 5,7), esta solução é separada por separadores centrifugadores (densidade KCl = 1,99, NaCl = 2,17). O KCl por ser menos denso vai à superfície, onde é retirado.
13 4. Obtenção dos fertilizantes potássicos
14 PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES POTÁSSICOS 1. 2 KCl + 2 MgSO H 2 O MgSO 4.K 2 SO 4.4 H 2 O + MgCl 2 MgSO 4.K 2 SO 4.4H 2 O + 2 KCl K 2 SO 4 + MgCl H 2 O 2. 2 KCl + H 2 SO 4 K 2 SO HCl (absorvido em H 2 O e recuperado) 3. 2 KCl + (NH 4 ) 2 SO 4 K 2 SO NH 4 Cl 4. KCl + HNO 3 KNO 3 + HCl 5. KCl + H 2 SO 4 KHSO 4 + HCl 11 KHSO H 2 SO Ca 9 (PO 4 ) 6 CaF 2 + SiO 2 9 H 3 PO KH 2 PO CaSO 4 + K 2 SiF 6
15 Minério Britagem Salmoura <6mm Deslamagem salmoura Rejeitos Sólidos Lixiviação a quente Centrifugador Clarificação Rejeitos Salmoura Separação de NaCl Rejeitos Decantação Rejeitos Troca de cátions Cristalização de KCl Salmoura Cristalização e separação Diferença de granulometria Fonte: UNIDO (1980). Figura 4 Diagrama de blocos do processo de produção de KCl por dissolução e cristalização. Acabamento do produto
16 Solubilidade (g de soluto/100g de água) KCl NaCl Temperatura ( C) Figura 8 Solubilidade em água de KCl e NaCl em função da temperatura.
17 Figura 3 Fluxograma simplificado do processo de produção de KCl por Flotação.
18 Tabela 7. Características dos adubos potássicos. Propriedade Cloreto Sulfato Fórmula Cor Peso molecular Densidade Ponto de fusão ( C) Solubilidade a 20 C (g/100 g de H 2 O) Higroscopicidade a 30 C (1) K 2 O (%) Cl S MgO N KCl K 2 SO 4 Branco/róseo - Branco 74,5 174,3 1,99 2, , ,8-62,5 47,6 0, ,3 1, Sulfato de K e Mg K 2 SO 4. 2Mg SO 4 Branco 514,0 2, ,8-2, Nitrato KNO 3 Branco 101,1 2, , ,1-0,4 0, (1) Umidade Relativa do ar acima da qual o produto absorve água.
19 5. Princípios e prática da adubação potássica: Lixiviação Índice salino Acidez e alcalinidade Interação com outros nutrientes Teor no solo
20 K absorvido pela planta K aplicado K na solução do solo K trocável K não trocável K mineral K lixiviado Figura 1. Representação esquemática das diversas formas de potássio do solo e da sua dinâmica.
21 K nt K t K s Figura 2. Representação do equilíbrio entre as formas de K do solo.
22 Tabela 4. Formas e proporções em que o K ocorre no solo. Forma de K Rede cristalina Fixado Tracável Solúvel na matéria orgânica % do total ,5-2
23 Figure 3. K equilibria and cycling in soils.
24 Tabela 9. Índice salino de adubos, relativo ao nitrato de sódio (índice 100). Fertilizante Amônia anidra Sulfato de amônio Nitrato deamonio Nitrato de cálcio Nitrato de sódio Uréia Teor do nutriente principal 1 82,2 21,0 35,0 15,5 16,5 46,6 Relativo, para NaNO 3 = Índice Por unidade de nutriente 0,57 3,25 2,97 4,19 6,06 1,61 Superfosfato simples Superfosfato triplo Fosfato monoamônico Fosfato diamônico ,40 0,22 0,48 0,63 Cloreto de potássio Sulfato de potássio Nitrato de potássio Sulfato de cálcio ,93 0,92 1,59 0,25 1 São citados os teores do trabalho original. Fonte: Rader et al. (1943).
25 Tabela 10. Equivalente de acidez ou alcalinidade dos principais fertilizantes. Fertilizante Amônia Uréia Uréia nitrato de amônio Nitrocálcio Sulfato de amônio Cloreto de amônio Nitrato de cálcio Nitrato de sódio Nitrato de potássio Calcianamida Fosfato monoamônico Superfosfato simples Superfosfato triplo Cloreto de potássio Sulfato de cálcio Teor de N % Kg de CaCO 3 puro Por Kg de N Por 100 Kg do produto -1,80-1,80-1,80 0-5,35-5,60 +1,35 +1,80 +2,00 +2,85-5,
26 Figura 4 Efeito da fertilização potássica na resposta do milho ao nitrogênio. Fonte: Usherwood (1968), citados por Usherwood (1982).
27 micromole K absorvidos/ plantas em 10 dias milimoles de K/l de solução Figura 5. Relação entre concentração de K na solução do solo e absorção
28 Concentração final/concentração inicial 1 0,8 0,6 distância das raízes (mm) % umidade 14% umidade Figura 6. Exaustão de K perto das raízes depois de 4-5 dias em solo seco e úmido.
29 Produção relativa (%) K no solo (ppm) Figura 5 Produção relativa de soja Santa Rosa em função do teor de Potássio no solo, extraído pelo método de Mehlich. (Ritchey, 1979).
30 Tabela 10. Potássio trocável em solos, antes e depois de cultivo com três cortes de capim-braquiaria, K absorvido pelo capim e diminuição de K no solo. Solo Lea-Ap LE-Ap LRe-Ap LRe-B LRd-Ap LV-Ap LII-Ap II-Ap TE-Ap TE-B Pm1-Ap Pm1-B 22 PV-Ap PV-B 22 Pc-Ap Pc-B 22 K trocável Diminuição Relação K absorbido Inicial Final de K no solo absorção/diminuição mg/dm 3 de terra , /0 65 1, , , , , , , , , , , , , , ,1 Fonte: Raij & Quaggio (1984).
31 6. Recomendação de adubação potássica.
32 Tabela 11. Adubação de semeadura para a cultura do milho. Produti vidade esperada P resina, mg/dm 3 K+ trocável, mmol c /dm 3 Nitrogênio >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3 >3 t/ha N, kg/ha P 2 O 5, kg/ha K 2 O, kg/ha (1) (1)
33 EXERCÍCIOS
34 1. Um solo com 1,5 mmol c /dm 3 de K trocável corresponde a quantos kg/ha de K 2 O? 2. Quantos kg/ha de KCl devem ser aplicados ao solo para se aumentar em 1,0 mmol c /dm 3 de K, considerando um aproveitamento de 70% de K aplicado 3. Um solo com uma CTC de 100 mmol c /dm 3, deveria receber quantos kg/ha de KCl para se ter 5% de saturação por K, considerando um solo com 2 mmol c /dm 3 de K? 4. Para se manter a fertilidade do solo, se uma cultura retira 150 kg/ha de K, quantos kg/ha de KCl deveriam ser aplicados se a eficiência do fertilizante estiver em torno de 70%?
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37 Adubação Nitrogenada Tabela 5. Recomendações de adubação nitrogenada para canade-açúcar. Fontes: ¹ Orlando Filho (1985), ² Raij et al. (1985), ³ Penatti et al. (1989).
38 Adubação Nitrogenada Tabela 2. Recomendação de adubação nitrogenada para canasoca. Rossetto e Dias, 2005.
39 Adubação Fosfatada Tabela 9. Recomendação de adubação fosfatada para o plantio da cana-de- açúcar. Fonte: (RAIJ et al., 1996).
40 Adubação Potassica Tabela 11. Recomendação de adubação potássica para o plantio de cana-planta. Fonte: RAIJ et al. (1996).
41 Tabela: Recomendação de adubação N, P e K para soqueiras de cana-de-açúcar. Adubação Potassica Fonte: RAIJ et al. (1996).
42 Adubação Mineral
43 Vitti e Mazza (2002) Adubação Mineral
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