Custos Unitários do Trabalho no Brasil: os Anos Regis Bonelli. Pesquisador de Economia Aplicada do IBRE/FGV

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Custos Unitários do Trabalho no Brasil: os Anos Regis Bonelli. Pesquisador de Economia Aplicada do IBRE/FGV"

Transcrição

1 TEXTO PARA DISCUSSÃO Custos Unitários do Trabalho no Brasil: os Anos 2000 Regis Bonelli Pesquisador de Economia Aplicada do IBRE/FGV Novembro de 2012

2 Custos Unitários do Trabalho no Brasil: os Anos Regis Bonelli 2 O objetivo desta nota é apresentar a evolução do custo unitário do trabalho CUT, doravante a partir dos resultados mais abrangentes possíveis presentemente disponíveis para o Brasil, os das Contas Nacionais (CN / IBGE). Registre-se que o CUT para a indústria no Brasil vem sendo calculado por diversos autores desde o começo dos anos 1990, com diferentes abordagens. Mais recentemente, cálculos para a indústria constam do artigo de Aloisio Campelo e Silvio Sales para o livro do IBRE (A Agenda de Competitividade do Brasil, 2011). Estimativas ainda mais recentes para a indústria e atividades industriais específicas estão na seção Em Foco do Boletim do IBRE de fevereiro de 2012, em nota em que sou co-autor com Silvia Matos. Mas não tenho conhecimento de cálculos para a economia brasileira como um todo. O CUT, como se sabe, é um indicador ex-ante 3 muito frequentemente utilizado para aferir a evolução da competitividade-custo de uma atividade, setor ou país, sendo usualmente definido pela folha salarial medida em moeda estrangeira por unidade de produção. Ele faz tanto mais sentido quanto maior o grau de agregação, sendo mais representativo da competitividade de um país do que de um setor, de um setor do que de uma atividade, empresa, etc. Daí porque optamos por trabalhar, nesta nota, com o indicador mais agregado possível: o do país como um todo. Ao final apresentamos resultados para os três macro-setores da economia: agropecuária, indústria e serviços. Dividindo-se o numerador e o denominador do CUT pelos insumos de trabalho concluise que o CUT é também igual à razão entre o salário médio real (isto é, medido em relação a uma cesta de moedas) e a produtividade do trabalho. Logo, aumentos do custo salarial acima dos de produtividade diminuem a competitividade. E vice-versa. 1 Publicado na revista Conjuntura da Construção, Ano X, nº 3, Setembro de 2012, FGV, IBRE. 2 Da Área de Economia Aplicada do IBRE/FGV. 3 Ver Seção Em Foco do Boletim Macro IBRE (BMI) de fevereiro para uma aplicação deste indicador à indústria no Brasil.

3 Para criar um indicador do CUT para o Brasil usei os dados das CN da seguinte forma 4 : 1. Para a remuneração por pessoa ocupada, dados a preços correntes diretamente disponíveis na Tabela 15 (Rendimento médio anual em valor corrente ); 2. Para obter o rendimento médio em moeda estrangeira, deflacionei o anterior pelo índice da taxa de câmbio efetiva nominal (cesta de moedas ponderada pela participação nas exportações brasileiras) do IBRE; como alternativa usei a cotação do dólar dos EUA; 3. Para o crescimento da produtividade do trabalho usei a variação em volume (logo, a preços constantes) do Valor Adicionado bruto a preços básicos das CN (Tabela 11) e a variação do total de ocupações, 5 também das CN (Tabela 13). O resultado desse exercício para os anos de 1999 a 2009 está no gráfico seguinte, cuja visualização confirma o saber convencional em relação à evolução do CUT no Brasil: acentuada perda de competitividade-custo desde 2002, quando o rendimento médio é deflacionado pelo dólar, ou desde 2003 quando deflacionado pela cesta de moedas (taxa de câmbio efetiva nominal). 4 Dados da revisão das CN de 2007, disponíveis de 2000 a 2009; para recuar até 1999 fiz um encadeamento com a série antiga, disponível de 1990 a Não corrigi o volume de emprego (ocupações) pela redução do número de horas trabalhadas por trabalhador, que vem ocorrendo no Brasil à taxa de 0,45% ao ano na década de 2000, conforme análise de Fernando Holanda Barbosa Filho em Determinantes do Produto Potencial no Brasil, IBRE/2012. Mas essa correção, que elevaria um pouco a produtividade, não alteraria as conclusões da nota devido às ordens de grandeza das variáveis.

4 Gráfico 1: Índices da remuneração média real, produtividade e CUT, (1999 = 100) Índice rem md US$ Índice CUT dólar Índice produtividade índ remuneração md def TCENom Índice CUT def TCENom Fonte: ver texto Mas o que mais impressiona nos dados é a magnitude do aumento do CUT, de 90% (usando-se a cesta de moedas) ou 96% (usando-se a cotação do dólar) entre 1999 e Observe-se que houve uma fase de redução do custo (aumento de competitividade), que durou de 2000 a 2002 ou 2003, dependendo da medida. Mas depois dessas datas o aumento do custo é realmente espantoso, em se tratando de período tão curto. O gráfico permite também que se visualize como o aumento do CUT se decompõe em seus determinantes principais: o rendimento real por pessoa e a produtividade. E a interpretação a partir dessa decomposição é imediata: como a produtividade aumentou pouquíssimo, todo o ônus da perda de competitividade recaiu sobre a remuneração média real, seja medida em dólar ou em relação a uma cesta de moedas. De fato, o aumento médio da produtividade, se medido pelo PIB, foi de apenas 0,84% ao ano entre 1999 e Se medido pelo VA, de apenas 0,74% anuais. 6 Se o ano de 1998 tivesse sido incluído na comparação teríamos observado redução no CUT entre ele e 1999 em qualquer tipo de medida.

5 Mas o rendimento médio das CN talvez não seja a forma mais adequada para medir a remuneração do trabalho, pois poderia também incluir rendas que não do trabalho (rendas da propriedade). Fiz então uma comparação alternativa usando a Remuneração dos Empregados das CN, dividida pelo número de ocupações, como antes, depois deflacionada pela taxa de câmbio efetiva nominal. O resultado é de aumento no custo unitário do trabalho ainda maior do que antes. Isso, aliás, está em linha com o fato de que a distribuição funcional da renda no Brasil tornou-se mais favorável ao fator trabalho entre 2000 e Uma possibilidade alternativa, ou complementar, para explicar o aumento do CUT é a de que o rendimento médio pode ter aumentado a taxas excessivamente elevadas, contribuindo para comprometer a competitividade. Para verificar, deflacionei o rendimento médio nominal pelo deflator implícito do PIB. O resultado foi uma taxa de aumento real do rendimento médio de apenas 0,6% ao ano de 2000 a Logo, pequena para explicar a grande elevação do CUT. Em seguida coloquei em dúvida a veracidade da variável ocupações. Quem sabe, por ocupações nas CN o IBGE não estaria incluindo crescentemente algo mais do que o número de pessoas empregadas, portanto talvez sobrestimando o crescimento dos insumos de trabalho? 8 De fato, a taxa de crescimento do número de ocupações das CN é bastante alta: nada menos do que 2,45% ao ano entre 1999 e 2009, com aumentos muito altos em 2000 (+ 4,1%) e 2004 (+ 5,0%). Na busca de dados alternativos deparei-me com os do artigo de Fernando de Holanda Barbosa Filho já citado em rodapé, que encontrou uma taxa média de crescimento do trabalho de 2,12% ao ano entre 2001 e 2009 a partir de uma engenhosa utilização dos 7 Pelas CN, a participação da remuneração dos empregados no total dessas remunerações mais excedente operacional bruto aumentou de 54% em 2000 para 57% em As ocupações das CN representam uma fração crescente da população total do Brasil, indo de 46,1% em 1999 para 49,6% em 2005 e 50,5% em 2009, pelo menos em parte refletindo o aumento da taxa de emprego (redução do desemprego).

6 dados das PNAD e das PME. Nas ocupações das CN a taxa para esse período é um pouco maior, de 2,46% ao ano. 9 Mas isso não tem muita influência sobre os resultados devido à pequena diferença entre essas taxas. Logo, não me parece que haja erro pronunciado em usar os dados de ocupações das Contas Nacionais. Aliás, os dados das PNAD de 1999 a 2009 apresentam taxa média do número total de pessoas ocupadas idêntica à das CN. 10 A conclusão, portanto, é que o custo unitário do trabalho aumentou substancialmente no Brasil de a 2009, depois de ter diminuído entre 1999 (e, certamente, 1998) e essas datas. Devido a isso, a competitividade-custo diminuiu consideravelmente. Os dados das CN também permitem que se façam desagregações setoriais. A seguir apresenta-se uma abertura dos dados nos três macro-setores: agropecuária, indústria e serviços. Antes de analisar os resultados do gráfico mais adiante, porém, é oportuno apresentar os indicadores de crescimento da produção (VA), ocupações e produtividade desses setores no período para auxiliar na interpretação das mudanças nos CUT setoriais. Os números estão na tabela seguinte, onde se pode notar que o único setor que apresentou crescimento de produtividade de alguma expressão foi o agropecuário, continuando tendência que começou há bastante tempo. A indústria, em particular, teve redução de produtividade da mão de obra entre 2000 e Já nos serviços a produtividade (+0,5% a.a.) cresceu a taxas semelhantes às da economia como um todo (+0,6% a.a.). 9 A diferença entre essas taxas possivelmente se deve à redução no número médio de horas trabalhadas por pessoa, conforme nota de rodapé número Mas, curiosamente, as variações anuais não são iguais. 11 O uso desse período se deve a que a classificação de atividades das CN mudou a partir de 2000.

7 Tabela 1: VA, Ocupações e Produtividade por Setores Taxas de Crescimento % ao ano ( ) Taxas de crescimento médias VA (índice de volume) Ocupações Produtividade Agropecuária 3,8% -0,5% 4,3% Indústria 2,1% 2,9% -0,8% Serviços 3,6% 3,0% 0,5% Total 3,1% 2,5% 0,6% Fonte: Contas Nacionais, (sítio do IBGE na internet) Os resultados do crescimento da produtividade na indústria contrastam fortemente com o crescimento da produtividade do trabalho na indústria de transformação obtido do crescimento da produção física (PIM-PG/IBGE) e do número de horas pagas na produção (PIMES/IBGE). Entre 2002 e 2010, por exemplo, o crescimento médio anual da produtividade medida por esses indicadores foi de 2,5% ao ano. 12 Além do fato de que os últimos são dados para a indústria de transformação e os anteriores englobam também a extrativa mineral, a construção e os SIUP, a diferença pode ser explicada por dois fatores, não mutuamente excludentes, o primeiro sendo mais factível do que o segundo: (i) Primeiro, supondo que a PIM-PF e a PIMES reflitam o mesmo universo, pelo fato de que nesses inquéritos apura-se o emprego formal, a partir de registros administrativos das empresas. Como é de se esperar que a produtividade cresça mais rapidamente nesse grupo de empresas, isso poderia explicar pelo menos parte da diferença; Ver Seção Em Foco, BMI, fevereiro de As CN incluem também o emprego informal e são baseadas em consultas aos domicílios. 13 Memo: pelas CN as ocupações na indústria de transformação (que incluem as informais) somavam mil pessoas em Pela PIA Pesquisa Industrial Anual do mesmo ano o número era de mil (só emprego formal).

8 (ii) Segundo, pelo fato de que a PIM-PF registra o aumento da produção física, refletindo, possivelmente, a variação do valor bruto da produção (VBP) em termos reais. Como na década de 2000 aumentou o componente importado da produção, é possível que o VA tenha crescido a uma taxa diferente da do VBP. Em 2000, por exemplo, o VTI Valor da Transformação Industrial, uma proxy para o VA, era 45% do VBP da indústria de transformação. Em 2009 essa proporção diminuiu para 43% (ambas para empresas com 30 e mais pessoas e medidas a preços correntes). Dificilmente essa pequena diferença seria capaz de explicar a diferença de desempenho medido pelo VBP e pelo VA, a menos de fortes mudanças nos preços relativos entre as matérias primas, nacionais e importadas, e os produtos finais. Apresentados esses resultados, o gráfico seguinte mostra o CUT total e o dos três macro-setores de 2000 a Gráfico 2: Custo Unitário do Trabalho Brasil e Setores (2000=100) Índice CUT total 2000=100 Índice CUT Agropecuária Índice CUT Indústria Índice CUT Serviços Fonte: ver texto

9 As perdas de competitividade reveladas por esse gráfico mostram que nem mesmo a agropecuária, que teve fortes ganhos de produtividade, escapou do aumento de custos do trabalho medidos por uma cesta de moedas. E no caso da indústria o aumento do custo unitário chegou a 150% entre 2003 e 2009! As causas mais próximas desse aumento são: primeiro, o aumento do rendimento nominal, de cerca de 8,7% ao ano; 14 segundo, a desvalorização nominal (medida por uma cesta de moedas), de apenas 1,9% ao ano; terceiro, o desempenho da produtividade que, como vimos, diminuiu entre os anos extremos do intervalo de tempo considerado. É difícil não reconhecer a importância da taxa de câmbio nesses resultados. Logo, apesar do medíocre crescimento da produtividade no Brasil nos últimos anos (especialmente industrial), o problema da competitividade como aferida pelo CUT não está principalmente nela, nem no forte crescimento da remuneração do trabalho. Claro que uma taxa mais elevada para o crescimento da produtividade (e/ou crescimento mais lento da renda do trabalho) melhoraria a competitividade pela redução no CUT. Para finalizar é importante relembrar que: Primeiro, os salários não são o único componente dos custos; logo, o CUT é um indicador ex-ante parcial; Segundo, e mais importante, que não se deve aceitar que os problemas de competitividade da economia e da indústria brasileiras estariam automaticamente resolvidos se a taxa de câmbio fosse mais competitiva isto é, suficientemente desvalorizada. As razões de fundo para a perda de competitividade estão em diversos outros fatores: na enorme carga tributária, no elevadíssimo custo da energia, na logística ineficiente (ou infraestrutura, em geral), na baixa taxa de inovação, nos altos juros e nas deficiências na formação de mão de obra. A dificuldade de mensurar esses fatores não deve implicar desconhecimento da sua importância. 14 Memo: o deflator implícito do PIB cresceu 8,4% ao ano, em média, entre 2000 e 2009.

10 Gráfico 1: Índices da remuneração média real, produtividade e CUT, (1999 = 100) Índice rem md US$ Índice CUT dólar Índice produtividade índ remuneração md def TCENom Índice CUT def TCENom Fonte: ver texto Mas o que mais impressiona nos dados é a magnitude do aumento do CUT, de 90% (usando-se a cesta de moedas) ou 96% (usando-se a cotação do dólar) entre 1999 e Observe-se que houve uma fase de redução do custo (aumento de competitividade), que durou de 2000 a 2002 ou 2003, dependendo da medida. Mas depois dessas datas o aumento do custo é realmente espantoso, em se tratando de período tão curto. O gráfico permite também que se visualize como o aumento do CUT se decompõe em seus determinantes principais: o rendimento real por pessoa e a produtividade. E a interpretação a partir dessa decomposição é imediata: como a produtividade aumentou pouquíssimo, todo o ônus da perda de competitividade recaiu sobre a remuneração média real, seja medida em dólar ou em relação a uma cesta de moedas. De fato, o aumento médio da produtividade, se medido pelo PIB, foi de apenas 0,84% ao ano entre 1999 e Se medido pelo VA, de apenas 0,74% anuais. 6 Se o ano de 1998 tivesse sido incluído na comparação teríamos observado redução no CUT entre ele e 1999 em qualquer tipo de medida.

11 Mas o rendimento médio das CN talvez não seja a forma mais adequada para medir a remuneração do trabalho, pois poderia também incluir rendas que não do trabalho (rendas da propriedade). Fiz então uma comparação alternativa usando a Remuneração dos Empregados das CN, dividida pelo número de ocupações, como antes, depois deflacionada pela taxa de câmbio efetiva nominal. O resultado é de aumento no custo unitário do trabalho ainda maior do que antes. Isso, aliás, está em linha com o fato de que a distribuição funcional da renda no Brasil tornou-se mais favorável ao fator trabalho entre 2000 e Uma possibilidade alternativa, ou complementar, para explicar o aumento do CUT é a de que o rendimento médio pode ter aumentado a taxas excessivamente elevadas, contribuindo para comprometer a competitividade. Para verificar, deflacionei o rendimento médio nominal pelo deflator implícito do PIB. O resultado foi uma taxa de aumento real do rendimento médio de apenas 0,6% ao ano de 2000 a Logo, pequena para explicar a grande elevação do CUT. Em seguida coloquei em dúvida a veracidade da variável ocupações. Quem sabe, por ocupações nas CN o IBGE não estaria incluindo crescentemente algo mais do que o número de pessoas empregadas, portanto talvez sobrestimando o crescimento dos insumos de trabalho? 8 De fato, a taxa de crescimento do número de ocupações das CN é bastante alta: nada menos do que 2,45% ao ano entre 1999 e 2009, com aumentos muito altos em 2000 (+ 4,1%) e 2004 (+ 5,0%). Na busca de dados alternativos deparei-me com os do artigo de Fernando de Holanda Barbosa Filho já citado em rodapé, que encontrou uma taxa média de crescimento do trabalho de 2,12% ao ano entre 2001 e 2009 a partir de uma engenhosa utilização dos 7 Pelas CN, a participação da remuneração dos empregados no total dessas remunerações mais excedente operacional bruto aumentou de 54% em 2000 para 57% em As ocupações das CN representam uma fração crescente da população total do Brasil, indo de 46,1% em 1999 para 49,6% em 2005 e 50,5% em 2009, pelo menos em parte refletindo o aumento da taxa de emprego (redução do desemprego).

12 Pesquisador de Economia Aplicada do IBRE/FGV dados das PNAD e das PME. Nas ocupações das CN a taxa para esse período é um pouco maior, de 2,46% ao ano. 9 Mas isso não tem muita influência sobre os resultados devido à pequena diferença entre essas taxas. Logo, não me parece que haja erro pronunciado em usar os dados de ocupações das Contas Nacionais. Aliás, os dados das PNAD de 1999 a 2009 apresentam taxa média do número total de pessoas ocupadas idêntica à das CN. 10 A conclusão, portanto, é que o custo unitário do trabalho aumentou substancialmente no Brasil de a 2009, depois de ter diminuído entre 1999 (e, certamente, 1998) e essas datas. Devido a isso, a competitividade-custo diminuiu consideravelmente. Os dados das CN também permitem que se façam desagregações setoriais. A seguir apresenta-se uma abertura dos dados nos três macro-setores: agropecuária, indústria e serviços. Antes de analisar os resultados do gráfico mais adiante, porém, é oportuno apresentar os indicadores de crescimento da produção (VA), ocupações e produtividade desses setores no período para auxiliar na interpretação das mudanças nos CUT setoriais. Os números estão na tabela seguinte, onde se pode notar que o único setor que apresentou crescimento de produtividade de alguma expressão foi o agropecuário, continuando tendência que começou há bastante tempo. A indústria, em particular, teve redução de produtividade da mão de obra entre 2000 e Já nos serviços a produtividade (+0,5% a.a.) cresceu a taxas semelhantes às da economia como um todo (+0,6% a.a.). 9 A diferença entre essas taxas possivelmente se deve à redução no número médio de horas trabalhadas por pessoa, conforme nota de rodapé número Mas, curiosamente, as variações anuais não são iguais. 11 O uso desse período se deve a que a classificação de atividades das CN mudou a partir de 2000.

13 Tabela 1: VA, Ocupações e Produtividade por Setores Taxas de Crescimento % ao ano ( ) Taxas de crescimento médias VA (índice de volume) Ocupações Produtividade Agropecuária 3,8% -0,5% 4,3% Indústria 2,1% 2,9% -0,8% Serviços 3,6% 3,0% 0,5% Total 3,1% 2,5% 0,6% Fonte: Contas Nacionais, (sítio do IBGE na internet) Os resultados do crescimento da produtividade na indústria contrastam fortemente com o crescimento da produtividade do trabalho na indústria de transformação obtido do crescimento da produção física (PIM-PG/IBGE) e do número de horas pagas na produção (PIMES/IBGE). Entre 2002 e 2010, por exemplo, o crescimento médio anual da produtividade medida por esses indicadores foi de 2,5% ao ano. 12 Além do fato de que os últimos são dados para a indústria de transformação e os anteriores englobam também a extrativa mineral, a construção e os SIUP, a diferença pode ser explicada por dois fatores, não mutuamente excludentes, o primeiro sendo mais factível do que o segundo: (i) Primeiro, supondo que a PIM-PF e a PIMES reflitam o mesmo universo, pelo fato de que nesses inquéritos apura-se o emprego formal, a partir de registros administrativos das empresas. Como é de se esperar que a produtividade cresça mais rapidamente nesse grupo de empresas, isso poderia explicar pelo menos parte da diferença; Ver Seção Em Foco, BMI, fevereiro de As CN incluem também o emprego informal e são baseadas em consultas aos domicílios. 13 Memo: pelas CN as ocupações na indústria de transformação (que incluem as informais) somavam mil pessoas em Pela PIA Pesquisa Industrial Anual do mesmo ano o número era de mil (só emprego formal).

14 (ii) Segundo, pelo fato de que a PIM-PF registra o aumento da produção física, refletindo, possivelmente, a variação do valor bruto da produção (VBP) em termos reais. Como na década de 2000 aumentou o componente importado da produção, é possível que o VA tenha crescido a uma taxa diferente da do VBP. Em 2000, por exemplo, o VTI Valor da Transformação Industrial, uma proxy para o VA, era 45% do VBP da indústria de transformação. Em 2009 essa proporção diminuiu para 43% (ambas para empresas com 30 e mais pessoas e medidas a preços correntes). Dificilmente essa pequena diferença seria capaz de explicar a diferença de desempenho medido pelo VBP e pelo VA, a menos de fortes mudanças nos preços relativos entre as matérias primas, nacionais e importadas, e os produtos finais. Apresentados esses resultados, o gráfico seguinte mostra o CUT total e o dos três macro-setores de 2000 a Gráfico 2: Custo Unitário do Trabalho Brasil e Setores (2000=100) Índice CUT total 2000=100 Índice CUT Agropecuária Índice CUT Indústria Índice CUT Serviços Fonte: ver texto

15 As perdas de competitividade reveladas por esse gráfico mostram que nem mesmo a agropecuária, que teve fortes ganhos de produtividade, escapou do aumento de custos do trabalho medidos por uma cesta de moedas. E no caso da indústria o aumento do custo unitário chegou a 150% entre 2003 e 2009! As causas mais próximas desse aumento são: primeiro, o aumento do rendimento nominal, de cerca de 8,7% ao ano; 14 segundo, a desvalorização nominal (medida por uma cesta de moedas), de apenas 1,9% ao ano; terceiro, o desempenho da produtividade que, como vimos, diminuiu entre os anos extremos do intervalo de tempo considerado. É difícil não reconhecer a importância da taxa de câmbio nesses resultados. Logo, apesar do medíocre crescimento da produtividade no Brasil nos últimos anos (especialmente industrial), o problema da competitividade como aferida pelo CUT não está principalmente nela, nem no forte crescimento da remuneração do trabalho. Claro que uma taxa mais elevada para o crescimento da produtividade (e/ou crescimento mais lento da renda do trabalho) melhoraria a competitividade pela redução no CUT. Para finalizar é importante relembrar que: Primeiro, os salários não são o único componente dos custos; logo, o CUT é um indicador ex-ante parcial; Segundo, e mais importante, que não se deve aceitar que os problemas de competitividade da economia e da indústria brasileiras estariam automaticamente resolvidos se a taxa de câmbio fosse mais competitiva isto é, suficientemente desvalorizada. As razões de fundo para a perda de competitividade estão em diversos outros fatores: na enorme carga tributária, no elevadíssimo custo da energia, na logística ineficiente (ou infraestrutura, em geral), na baixa taxa de inovação, nos altos juros e nas deficiências na formação de mão de obra. A dificuldade de mensurar esses fatores não deve implicar desconhecimento da sua importância. 14 Memo: o deflator implícito do PIB cresceu 8,4% ao ano, em média, entre 2000 e 2009.

Produtividade do Trabalho na Indústria Brasileira

Produtividade do Trabalho na Indústria Brasileira Produtividade do Trabalho na Indústria Brasileira Renato da Fonseca Mesa Redonda Evolução da Produtividade do Trabalho e o Crescimento do Custo da Mão de Obra na Bahia e no Brasil FIEB Salvador 3 de maio

Leia mais

Produtividade na economia brasileira

Produtividade na economia brasileira Produtividade na economia brasileira Prof. Hildo Meirelles de Souza Filho Extraído de: Andrade, Márcio Rodrigues de PRODUTIVIDADE NA INDÚSTRIA BRASILEIRA ENTRE 1990 E 2002: COMPARAÇÃO ENTRE INDÚSTRIAS

Leia mais

Julho/2012. Produtividade do trabalho na Indústria de Transformação: Maio de Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Julho/2012. Produtividade do trabalho na Indústria de Transformação: Maio de Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Julho/2012 Produtividade do trabalho na Indústria de Transformação: Maio de 2012 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Sumário Após encerrar 2011 em queda (-0,2%), a produtividade do trabalho

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Agosto de 2013

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Agosto de 2013 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Agosto de 2013 Outubro/2013 BRASIL A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação registrou aumento de 0,9% em agosto

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2014

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2014 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2014 Junho/2014 BRASIL A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação registrou queda de 0,5% em Abril de 2014,

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2016

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2016 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Abril de 2016 Junho/2016 BRASIL A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação apresentou queda de 0,1% em abril de 2016,

Leia mais

Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua. Centro de Políticas Públicas do Insper

Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua. Centro de Políticas Públicas do Insper Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua Centro de Políticas Públicas do Insper Dezembro de 2016 Apresentação Com o objetivo de ampliar o debate sobre a economia brasileira e o mercado de trabalho

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de 2016

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de 2016 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de 2016 BRASIL Novembro/2016 A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação apresentou uma queda de 0,7% em

Leia mais

INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA

INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA Indicadores CNI INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA Indústria brasileira perde participação na economia mundial A indústria brasileira continua a apresentar desempenho negativo no mercado mundial,

Leia mais

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Números Índices } Correção de Valores Monetários

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Números Índices } Correção de Valores Monetários Métodos Empíricos de Pesquisa I } Números Índices } Correção de Valores Monetários 1 Aula de hoje } O que são números-índices } Conceitos de números-índices } Fórmulas para cálculo e suas convenções }

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS FEVEREIRO/2016 Resumo de desempenho Fevereiro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No bimestre mês

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2015

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2015 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2015 Abril/2015 BRASIL A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação apresentou uma queda de 0,8% em Fevereiro

Leia mais

CAPÍTULO 18. Abertura dos mercados de bens e dos mercados financeiros. Olivier Blanchard Pearson Education

CAPÍTULO 18. Abertura dos mercados de bens e dos mercados financeiros. Olivier Blanchard Pearson Education Olivier Blanchard Pearson Education Abertura dos mercados de bens e dos mercados financeiros CAPÍTULO 18 Capítulo 18: Abertura dos mercados de Abertura dos mercados de bens e dos mercados financeiros A

Leia mais

Indicadores SEBRAE-SP

Indicadores SEBRAE-SP Indicadores SEBRAE-SP Especial: Mercado de Trabalho (resultados de 2012) Abril/13 Especial: Mercado de trabalho Este especial é um suplemento dos Indicadores Sebrae-SP, que traz dados inéditos sobre o

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Julho de 2015

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Julho de 2015 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Julho de 2015 Setembro/2015 BRASIL A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação cresceu 0,9% em julho de 2015, na comparação

Leia mais

O COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA NORDESTINA E CEARENSE NO ANO DE 2007

O COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA NORDESTINA E CEARENSE NO ANO DE 2007 O COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA NORDESTINA E CEARENSE NO ANO DE PEDRO JORGE RAMOS VIANNA OS DADOS PUBLICADOS PELO IBGE SOBRE A PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA CEARENSE MOSTRA QUE ESTE SETOR, DURANTE O ANO DE,

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2016

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2016 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Fevereiro de 2016 BRASIL Abril/2016 A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação apresentou uma queda de 1,6% em fevereiro

Leia mais

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE Notas e conjecturas sobre o médio e longo prazos

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE Notas e conjecturas sobre o médio e longo prazos CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE Notas e conjecturas sobre o médio e longo prazos REGIS BONELLI IBRE/FGV Rio de Janeiro Conferência do Desenvolvimento IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Brasília,

Leia mais

10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial

10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial 25 10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial Com o superávit da balança comercial em março, o déficit acumulado no primeiro trimestre deste ano (-US$ 5,5 bilhões) foi inferior ao

Leia mais

186/15 02/12/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

186/15 02/12/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados 186/15 02/12/2015 Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Novembro de 2015 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial de Outubro

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS MARÇO/2015 O que mudamos? No mercado interno: A revisão concluída pelo DCEE, que acompanhou as recentes alterações metodológicas

Leia mais

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Dezembro de 2014 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial no Ano de 2014... 4 3.

Leia mais

BANCO DE DADOS SOBRE A INDÚSTRIA MANUFATUREIRA DOS PAÍSES DO MERCOSUL

BANCO DE DADOS SOBRE A INDÚSTRIA MANUFATUREIRA DOS PAÍSES DO MERCOSUL BANCO DADOS SOBRE A INDÚSTRIA MANUFATUREIRA DOS PAÍSES DO MERCOSUL Como localizar uma série temporal Clique o país de referência: a planilha aberta indicará as séries temporais disponíveis, caracterizadas

Leia mais

Ano III Nov/2015. Eduardo Rios Ribeiro e Prof. Dr. Luciano Nakabashi

Ano III Nov/2015. Eduardo Rios Ribeiro e Prof. Dr. Luciano Nakabashi No presente boletim é feita uma análise sobre a mudança da estrutura produtiva nas regiões administrativas do estado de São Paulo, com foco nos segmentos da indústria de transformação e da construção civil,

Leia mais

Resultados de junho 2015

Resultados de junho 2015 Resultados de junho No 1º semestre de, as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas apresentaram queda de 11,9% no faturamento real sobre o mesmo período de 2014 (já descontada a inflação). O resultado

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS JANEIRO/2016 Resumo de desempenho Janeiro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês/Ano mês anterior

Leia mais

10. Em Foco IBRE: Perda de Ritmo da Criação de Emprego Formal é Generalizada

10. Em Foco IBRE: Perda de Ritmo da Criação de Emprego Formal é Generalizada 23 10. Em Foco IBRE: Perda de Ritmo da Criação de Emprego Formal é Generalizada A Seção de Mercado de Trabalho mostrou que está em curso uma perda de dinamismo no mercado de trabalho, com redução da criação

Leia mais

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO Estabelecimentos, emprego formal e rendimentos: NOTA CONJUNTURAL NOVEMBRO DE 2013 Nº26 OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO NOTA CONJUNTURAL NOVEMBRO DE 2013 Nº26 PANORAMA GERAL Esta nota analisa o perfil

Leia mais

137/15 28/08/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

137/15 28/08/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados 137/15 28/08/2015 Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Agosto de 2015 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial de Julho

Leia mais

Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências

Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências Março/2015 Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Estrutura da Apresentação Diagnósticos do Processo de Desindustrialização

Leia mais

Política Industrial para a retomada do desenvolvimento Painel 1: Caminhos para a retomada

Política Industrial para a retomada do desenvolvimento Painel 1: Caminhos para a retomada Política Industrial para a retomada do desenvolvimento Painel 1: Caminhos para a retomada Prof. Dr. Antonio Corrêa de Lacerda São Paulo, 05 de Outubro de 2015 ECONOMIA INTERNACIONAL: TAXAS DE JUROS DE

Leia mais

UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS Custo Unitário do Trabalho (Metodologia) UNIDDE DE ESTUDOS ECONÔMICOS Porto legre - 2010 PRESENTÇÃO Medidas de competitividade tornam-se cada vez mais importantes no contexto econômico atual, em que são

Leia mais

Custo do Trabalho na Indústria de Transformação

Custo do Trabalho na Indústria de Transformação Esta publicação contempla os seguintes temas: Abril/2016 Custo do Trabalho na Indústria de Transformação O país passa por uma das mais longas recessões da sua história. O quadro econômico atual combina

Leia mais

PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Paulo Safady Simão - Presidente da CBIC

PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Paulo Safady Simão - Presidente da CBIC PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Paulo Safady Simão - Presidente da CBIC A CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - CBIC FOI FUNDADA EM 1957 É A, REPRESENTANTE NACIONAL E INTERNACIONAL

Leia mais

PESQUISA MENSAL DE EMPREGO

PESQUISA MENSAL DE EMPREGO PESQUISA MENSAL DE EMPREGO ESTIMATIVAS PARA O MÊS DE J ANE I R O DE 2004 REGIÕES METROPOLITANAS DE: RECIFE, SALVADOR, BELO HORIZONTE, RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO e PORTO ALEGRE I) INTRODUÇÃO Para o primeiro

Leia mais

078/15 26/05/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

078/15 26/05/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados 078/15 26/05/2015 Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Maio de 2015 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial de Março

Leia mais

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro Balanço de 2012

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro Balanço de 2012 NOTA CONJUNTURAL GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro Balanço de 2012 OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JANEIRO DE 2013 19 2013 PANORAMA GERAL Os

Leia mais

173/15 30/10/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

173/15 30/10/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados 173/15 30/10/2015 Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Outubro de 2015 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial de Setembro

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL ABRIL DE Ocupação cresce ligeiramente e taxa de desemprego permanece praticamente estável

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL ABRIL DE Ocupação cresce ligeiramente e taxa de desemprego permanece praticamente estável PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL ABRIL DE 2011 Ocupação cresce ligeiramente e taxa de desemprego permanece praticamente estável De acordo com as informações captadas pela Pesquisa de

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL MARÇO DE Em comportamento típico para o período, taxa de desemprego assinala aumento

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL MARÇO DE Em comportamento típico para o período, taxa de desemprego assinala aumento PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL MARÇO DE 2011 Em comportamento típico para o período, taxa de desemprego assinala aumento Em março, a Pesquisa de Emprego e Desemprego captou crescimento

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO 2017:

CENÁRIO ECONÔMICO 2017: CENÁRIO ECONÔMICO 2017: Lenta recuperação após um longo período de recessão Dezembro 2016 AVALIAÇÃO CORRENTE DA ATIVIDADE ECONÔMICA A RECUPERAÇÃO DA CONFIANÇA DO EMPRESARIADO E DO CONSUMIDOR MOSTRAM ACOMODAÇÃO

Leia mais

Reformulação da metodologia dos Coeficientes de abertura comercial. Brasília, julho de 2016

Reformulação da metodologia dos Coeficientes de abertura comercial. Brasília, julho de 2016 Reformulação da metodologia dos Coeficientes de abertura comercial Brasília, julho de 2016 Coeficientes de abertura comercial Estrutura 1. O que são os coeficientes de exportação e penetração de importações?

Leia mais

PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR

PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 2011 06 2011 PANORAMA GERAL Os microempreendedores

Leia mais

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Janeiro de 2016

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Janeiro de 2016 Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Janeiro de 2016 Março/2016 BRASIL A produtividade física do trabalho da Indústria de Transformação apresentou uma queda de 2,3% em Janeiro

Leia mais

1º Caderno de Exercícios

1º Caderno de Exercícios 1º Caderno de Exercícios Exercícios Referentes aos Capítulos 1 e 2 do Programa 1. Considere os seguintes elementos referentes ao Capital e o valor da Produção na empresa do Sr. A, ao longo dos últimos

Leia mais

Dinâmica Recente da Produtividade no Brasil

Dinâmica Recente da Produtividade no Brasil Dinâmica Recente da Produtividade no Brasil Fernando A. Veloso IBRE/FGV Conferência do Desenvolvimento 2013 21 de Março de 2013 Estrutura da Apresentação Evolução da produtividade no Brasil nas últimas

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS JULHO/2015 Resumo de desempenho ho 2015 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre mês mês do ano ano Mês No ano

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO: Abril/2016. Produtividade e Educação PESQUISA DE PRODUTIVIDADE

RELATÓRIO TÉCNICO: Abril/2016. Produtividade e Educação PESQUISA DE PRODUTIVIDADE RELATÓRIO TÉCNICO: Abril/2016 Produtividade e Educação PESQUISA DE PRODUTIVIDADE SOBRE A EQUIPE TÉCNICA DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL (FDC) COORDENAÇÃO TÉCNICA DA PESQUISA DE PRODUTIVIDADE: Hugo Ferreira Braga

Leia mais

CENÁRIO MACROECONÔMICO

CENÁRIO MACROECONÔMICO CENÁRIO MACROECONÔMICO SEGUE PAUTADO PELAS MUDANÇAS NO CENÁRIO GLOBAL, AFETANDO DIRETAMENTE O CÂMBIO, E PELO CRESCIMENTO MAIS MODERADO DA ECONOMIA DOMÉSTICA Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Leia mais

Nível de Atividade: Redução da Atividade Econômica no Início de 2015 e Futuro Ainda Muito Nebuloso (Especialmente Para o Setor Automobilístico)

Nível de Atividade: Redução da Atividade Econômica no Início de 2015 e Futuro Ainda Muito Nebuloso (Especialmente Para o Setor Automobilístico) 6 análise de conjuntura Nível de Atividade: Redução da Atividade Econômica no Início de 2015 e Futuro Ainda Muito Nebuloso (Especialmente Para o Setor Automobilístico) Vera Martins da Silva (*) Como esperado,

Leia mais

Série Estudo das Desigualdades Regionais

Série Estudo das Desigualdades Regionais CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA - COFECON COMISSÃO DE POLÍTICA ECONÔMICA E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL Série Estudo das Desigualdades Regionais BREVE RADIOGRAFIA DO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO OUTUBRO Desemprego diminui pelo segundo mês consecutivo

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO OUTUBRO Desemprego diminui pelo segundo mês consecutivo PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO OUTUBRO 2011 Desemprego diminui pelo segundo mês consecutivo 1. As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED, realizada pela

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL JANEIRO DE 2007

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL JANEIRO DE 2007 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL JANEIRO DE 2007 Taxa de desemprego registra variação negativa, devido a saída de pessoas do mercado de trabalho. As informações captadas pela Pesquisa

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS AGOSTO/2016 Resumo de desempenho Agosto 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS OUTUBRO/2016 Resumo de desempenho Outubro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior

Leia mais

CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASILEIRO : DESAFIOS E OPORTUNIDADES

CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASILEIRO : DESAFIOS E OPORTUNIDADES CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASILEIRO 2014-2015: DESAFIOS E OPORTUNIDADES ABRIL, 2014 Fabiana D Atri Economista Sênior do Departamento de Pesquisas 1 e Estudos Econômicos - DEPEC 17/04/11 17/05/11 17/06/11

Leia mais

Panorama do Mercado de Trabalho Brasileiro

Panorama do Mercado de Trabalho Brasileiro Brasileiro Centro de Políticas Públicas do Insper Março de 2014 Panorama Educacional Apresentação Com o objetivo de ampliar o debate sobre a economia brasileira e o mercado de trabalho e difundir informações

Leia mais

Notas sobre o efeito da variação da taxa de câmbio sobre o lucro de uma firma exportadora

Notas sobre o efeito da variação da taxa de câmbio sobre o lucro de uma firma exportadora Notas sobre o efeito da variação da taxa de câmbio sobre o lucro de uma firma exportadora Notes on the effects of exchange rate variation on the profits of an exporting firm Antonio Sergio Munhoz 1 Palavras-chave:

Leia mais

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008 NIVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008 Guilherme R. S. Souza e Silva * RESUMO - O presente artigo tem o objetivo de apresentar

Leia mais

PERÍODO DE COMPARAÇÃO PIB AGROPEC INDUS SERV FBCF CONS. FAM CONS. GOV

PERÍODO DE COMPARAÇÃO PIB AGROPEC INDUS SERV FBCF CONS. FAM CONS. GOV ECONÔMICA Conjuntura Economia brasileira encolhe 5,4 % e 0,3% no primeiro trimestre de 2016 no comparativo com o mesmo período do ano anterior e no confronto com o semestre anterior respectivamente PRIMEIRO

Leia mais

Agosto/2014. Cenário Econômico: Mais um Ano de Baixo Crescimento. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Agosto/2014. Cenário Econômico: Mais um Ano de Baixo Crescimento. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Agosto/2014 Cenário Econômico: Mais um Ano de Baixo Crescimento Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Diversos Indicadores mostram uma Piora da Atividade Econômica no 2º Trimestre 2 A produção

Leia mais

Conjuntura Março. Boletim de AGRAVAMENTO DAS CRISES ECONÔMICA E POLÍTICA INDUZ MUDANÇAS NO PAÍS. PIB dos serviços recua 2,1% em 2015

Conjuntura Março. Boletim de AGRAVAMENTO DAS CRISES ECONÔMICA E POLÍTICA INDUZ MUDANÇAS NO PAÍS. PIB dos serviços recua 2,1% em 2015 Março de 2016 AGRAVAMENTO DAS CRISES ECONÔMICA E POLÍTICA INDUZ MUDANÇAS NO PAÍS PIB dos serviços recua 2,1% em 2015 Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 4,0% em 2015. Essa variação é resultado de uma

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de

Leia mais

FEVEREIRO DE 2014 * Aumenta a taxa de desemprego

FEVEREIRO DE 2014 * Aumenta a taxa de desemprego MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO FEVEREIRO DE 2014 * Aumenta a taxa de desemprego Nível de ocupação diminui nos Serviços, na Indústria de Transformação e na Construção e se eleva

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS ABRIL/2015 Resumo DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2 Consumo aparente mensal R$ bilhões constantes*

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO Silvio Antonio Ferraz Cario NEIITEC-UFSC FLORIANÓPOLIS - SC Argumentos: Perda de

Leia mais

Carlos Aguiar de Medeiros *

Carlos Aguiar de Medeiros * A recente queda da desigualdade Carlos Aguiar de Medeiros 41 de renda no Brasil: análise de dados da PNAD, do Censo Demográfico e das Contas Nacionais por Rodolfo Hoffman e Marlon Gomes Ney Carlos Aguiar

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO Março de 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO Taxa de desemprego aumenta, em comportamento típico para o período

Leia mais

Taxa de desemprego mantém-se relativamente estável

Taxa de desemprego mantém-se relativamente estável MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO Resultados de janeiro de 2015 Taxa de desemprego mantém-se relativamente estável RESULTADOS DO MÊS 1. As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego

Leia mais

ano V, n 46, Fevereiro de 2015

ano V, n 46, Fevereiro de 2015 ,, Fevereiro de 2015 EM FOCO O Índice de rentabilidade das exportações registrou queda de 10,1% em janeiro de 2015 na comparação com janeiro de 2014 (Tabela 1). A queda do Índice resultou da forte diminuição

Leia mais

A população negra ainda convive com patamares de desemprego mais elevado

A população negra ainda convive com patamares de desemprego mais elevado OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS NOVEMBRO DE 2011 OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS A população negra ainda convive com patamares de desemprego mais elevado A população

Leia mais

Monitor do PIB-FGV. Metodologia do indicador. (Versão preliminar)

Monitor do PIB-FGV. Metodologia do indicador. (Versão preliminar) Monitor do PIB-FGV Metodologia do indicador (Versão preliminar) Novembro de 2015 Sumário Introdução... 3 Cálculos para a construção dos indicadores... 4 Base Móvel... 4 Série Encadeada... 6 Série Encadeada

Leia mais

Câmbio, custos e a indústria

Câmbio, custos e a indústria Câmbio, custos e a indústria Confederação Nacional da Indústria (CNI) Flávio Castelo Branco e Marcelo Azevedo Workshop Exportações e Indústria: os fatores que afetam a competitividade CINDES O que está

Leia mais

AUMENTA TAXA DE DESEMPREGO

AUMENTA TAXA DE DESEMPREGO MERCADO DE TRABALHO DISTRITO FEDERAL Ano 24 Nº 04 Resultados de abril de 2015 AUMENTA TAXA DE DESEMPREGO 1. As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego no PED-DF, realizada pela Secretaria de Estado

Leia mais

EMPREGO E RENDA 2003 UM ANO DE DESEMPREGO E DE QUEDA ACENTUADA DO RENDIMENTO NOS GRANDES CENTROS URBANOS

EMPREGO E RENDA 2003 UM ANO DE DESEMPREGO E DE QUEDA ACENTUADA DO RENDIMENTO NOS GRANDES CENTROS URBANOS EMPREGO E RENDA 2003 UM ANO DE DESEMPREGO E DE QUEDA ACENTUADA DO RENDIMENTO NOS GRANDES CENTROS URBANOS Em dezembro, a pesquisa de emprego do IBGE registrou uma taxa de desocupação de 10,9%. Como é normal

Leia mais

INDX apresenta alta de 2,67% em março

INDX apresenta alta de 2,67% em março INDX apresenta alta de 2,67% em março Dados de Março/11 Número 51 São Paulo O Índice do Setor Industrial (INDX), composto pelas ações mais representativas do segmento, encerrou o mês de março de 2010,

Leia mais

PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA

PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA 8 PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA A crise econômico-financeira originada nos Estados Unidos, em 2008, denominada Crise dos Subprime, afetou toda a economia mundial. A atual crise da União Europeia, chamada

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA EM 2011

MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA EM 2011 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA 2011 Ano 4 Número Especial MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA EM 2011 Os resultados apresentados referem-se aos

Leia mais

Taxa de desemprego permanece estável

Taxa de desemprego permanece estável PESQUISA DE EMRPEGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC¹ 1 Resultados de novembro 2 de 2014 Taxa de desemprego permanece estável 1. As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED, realizada pela Fundação

Leia mais

MENOR TAXA DE DESEMPREGO DA SÉRIE HISTÓRICA DA PESQUISA

MENOR TAXA DE DESEMPREGO DA SÉRIE HISTÓRICA DA PESQUISA MERCADO DE TRABALHO NA CIDADE DE PORTO ALEGRE Divulgação ano 2008 BALANÇO DE 2008 MENOR TAXA DE DESEMPREGO DA SÉRIE HISTÓRICA DA PESQUISA 1. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, em 2008, a População

Leia mais

BNB Conjuntura Econômica Nº40

BNB Conjuntura Econômica Nº40 BNB Conjuntura Econômica Nº40 Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 4. Mercado de Trabalho O cenário atual da economia brasileira, que experimentou queda sucessiva do PIB nos dois

Leia mais

Salário Mínimo e Distribuição de Renda no Brasil Potencial e Limites

Salário Mínimo e Distribuição de Renda no Brasil Potencial e Limites Salário Mínimo e Distribuição de Renda no Brasil Potencial e Limites João Saboia Instituto de Economia - UFRJ 7 e 8 de Maio de 2014 Seminário Política de Salário Mínimo para 2015-2018 Avaliações de Impacto

Leia mais

O impacto econômico das marcas e patentes no desempenho econômico das firmas industriais

O impacto econômico das marcas e patentes no desempenho econômico das firmas industriais O impacto econômico das marcas e patentes no desempenho econômico das firmas industriais Francisco Luna * Adriano Baessa ** Gustavo Costa *** Fernando Freitas **** A qualidade da regulamentação governamental

Leia mais

Sistema de Contas Nacionais Brasil

Sistema de Contas Nacionais Brasil Diretoria de Pesquisas Sistema de Contas Nacionais Brasil 2004-2008 Coordenação de Contas Nacionais Rio, 05/11/2010 Divulgações do SCN Já divulgados os dois primeiros trimestres de 2010, HOJE - ano 2008

Leia mais

Salário Mínimo e Regime de Crescimento Carlos Aguiar de Medeiros (IE/UFRJ) IBRE/FGV, Maio 2014

Salário Mínimo e Regime de Crescimento Carlos Aguiar de Medeiros (IE/UFRJ) IBRE/FGV, Maio 2014 Salário Mínimo e Regime de Crescimento Carlos Aguiar de Medeiros (IE/UFRJ) IBRE/FGV, Maio 2014 Salário Mínimo e Taxa de Salários O salário mínimo é essencialmente um salário político. Macroeconomicamente

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS OUTUBRO/2014 Consumo aparente mensal R$ bilhões constantes* Mês corrente / Mês anterior = 5,3% Mês ano corrente / Mês do ano anterior

Leia mais

Mercado de trabalho enfrentou cenário difícil durante todo o ano de 2015

Mercado de trabalho enfrentou cenário difícil durante todo o ano de 2015 Mercado de trabalho enfrentou cenário difícil durante todo o ano de 2015 Neste edição especial do boletim Mercado de trabalho do CEPER-FUNDACE, serão comparados dados do Cadastro Geral de Empregados e

Leia mais

Setembro/16. PIB do 2º Trimestre e conjuntura recente. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Setembro/16. PIB do 2º Trimestre e conjuntura recente. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Setembro/16 PIB do 2º Trimestre e conjuntura recente Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Resultados do PIB no 2º Trimestre de 2016 2 O PIB completa sexto trimestre seguido de queda Fonte:

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NO RJ: uma análise da PNAD de 2012

MERCADO DE TRABALHO NO RJ: uma análise da PNAD de 2012 MERCADO DE TRABALHO NO RJ: NOTA CONJUNTURAL OUTUBRO DE 2013 Nº25 uma análise da PNAD de 2012 NOTA CONJUNTURAL OUTUBRO DE 2013 Nº25 PANORAMA GERAL Ao acompanhar a evolução dos pequenos negócios no Estado

Leia mais

INSTRUMENTOS ANALÍTICOS: INFLAÇÃO E NÚMEROS ÍNDICE Parte 2

INSTRUMENTOS ANALÍTICOS: INFLAÇÃO E NÚMEROS ÍNDICE Parte 2 INSTRUMENTOS ANALÍTICOS: INFLAÇÃO E NÚMEROS ÍNDICE Parte 2 Sílvia Helena Galvão de Miranda Professora Associada ESALQ/USP Setembro/2016 LES 200 BIBLIOGRAFIA Feijó et al. A contabilidade social - O novo

Leia mais

Março/2016. Novas Projeções para Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Março/2016. Novas Projeções para Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Março/2016 Novas Projeções para 2016 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Atividade econômica nos últimos meses e resultado do PIB no quarto trimestre e em 2015 2 A sequencia de resultados

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO DO ABC EM 2013 *

MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO DO ABC EM 2013 * MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO DO ABC 1 MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO DO ABC EM 2013 * As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região do ABC, em 2013, mostram crescimento do nível de ocupação,

Leia mais

GRUPO DE CONJUNTURA CAIO PRATES 29 MAI 2012

GRUPO DE CONJUNTURA CAIO PRATES 29 MAI 2012 GRUPO DE CONJUNTURA CAIO PRATES 29 MAI 2012 Tabela 1 - Projeções para 2011 e 2012 Mercado 2012 2013 PIB (%) 2,99 4,50 Indústria Geral (%) 1,58 4,20 IPCA (%) 5,17 5,60 Taxa Selic fim de ano 8,00 9,50 Taxa

Leia mais

Candidatos enfrentam a maior concorrência por vagas de trabalho em três anos

Candidatos enfrentam a maior concorrência por vagas de trabalho em três anos Candidatos enfrentam a maior concorrência por vagas de trabalho em três anos Mercado de trabalho continua gerando menos vagas enquanto a procura por emprego segue em alta Em junho de 2015, o número de

Leia mais

Introdução à. Macroeconomia

Introdução à. Macroeconomia Introdução à Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez IBMEC-RJ / UCP O que é? É o estudo da economia como um todo, pois analisa a economia através de suas variáveis fortemente agregadas. Abrange o comportamento

Leia mais

Setembro/2014. Resultados do PIB e da PIM e Perspectivas para os Próximos Trimestres. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Setembro/2014. Resultados do PIB e da PIM e Perspectivas para os Próximos Trimestres. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Setembro/2014 Resultados do PIB e da PIM e Perspectivas para os Próximos Trimestres Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Resultados do PIB no 2º Trimestre: Economia Brasileira em Recessão 2

Leia mais

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO 1 PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) 1984-2014 2 2 FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO DESAFIOS DA ECONOMIA BRASILEIRA: DEMOGRAFIA, MERCADO DE TRABALHO E AMBIENTE EXTERNO 3 3 O BAIXO DESEMPREGO NO

Leia mais

INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO CATHO-FIPE

INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO CATHO-FIPE INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO CATHO-FIPE NOTAS METODOLÓGICAS SÃO PAULO SETEMBRO/2015 ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 1. DADOS 3 2. METODOLOGIA 2 2.1 ÍNDICE CATHO-FIPE DE NOVAS VAGAS DE EMPREGO 8 2.2 TAXA DE

Leia mais

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS Custos industriais aceleram ao longo de 2015 e fecham o ano com crescimento de 8,1% O Indicador de Custos Industriais (ICI) apresentou crescimento dessazonalizado de 3,3%

Leia mais

COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE TRANSFORMAÇÃO. Julho 2015 (Revisada)

COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE TRANSFORMAÇÃO. Julho 2015 (Revisada) COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE TRANSFORMAÇÃO Julho 2015 (Revisada) INTRODUÇÃO A indústria brasileira de transformação tem perdido competitividade, de forma contínua, há quase uma década. Isto

Leia mais