DIVERSIDADE DE MOLUSCOS TERRÍCOLAS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA COSTÃO DA SERRA, EM SIDERÓPOLIS, SC

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1 0 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC UNIDADE ACADÊMICA DE HUMANIDADES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BACHARELADO SILVESTRE MACARINI DAROLT DIVERSIDADE DE MOLUSCOS TERRÍCOLAS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA COSTÃO DA SERRA, EM SIDERÓPOLIS, SC CRICÚMA, NOVEMBRO DE 2009.

2 1 SILVESTRE MACARINI DAROLT DIVERSIDADE DE MOLUSCOS TERRÍCOLAS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA COSTÃO DA SERRA, EM SIDERÓPOLIS, SC Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção de grau de Bacharel em Ciências Biológicas da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Área de concentração: Manejo e Gestão de Recursos Naturais Orientador: Prof. MSc. Pedro Rosso CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2009.

3 2 SILVESTRE MACARINI DAROLT DIVERSIDADE DE MOLUSCOS TERRÍCOLAS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA COSTÃO DA SERRA, EM SIDERÓPOLIS, SC Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Manejo e Gestão de Recursos Naturais. Criciúma, 26 de novembro de BANCA EXAMINADORA Prof. MSc. Pedro Rosso (UNESC) Orientador Profª. MSc. Morgana Cerimbelli Gaidzinski (UNESC) Prof. MSc. Claudio Ricken (UNESC)

4 3 Dedico este trabalho aos meus avós Silvestro Macarini e Helena Peruchi Macarini.

5 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus pelo dom da vida. Agradeço também ao prof. M.Sc. Pedro Rosso que me deu a oportunidade e incentivo para iniciar meus estudos sobre malacologia. Aos meus amigos Filipe Michels Bianchi e Ítalo Cardoso que muito me auxiliaram e me fizeram companhia nos trabalhos de campo. Aos meus amigos Perc (Felipe Colenetti), Camurcinha (Jean Grabriel Ximin ), Mabylsom (Maby), Xandão (Alexandre) e Tatah (Tamires) que de certa me ajudaram muito para que eu pudesse concluir este trabalho. E principalmente agradeço aos meus pais e irmão que me deram suporte e educação para a longa caminhada da vida, sempre estando presentes nas horas em que eu mais precisei.

6 5 A felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de lidar com eles. Albert Einstein

7 6 RESUMO A Estação Biológica Costão da Serra foi criada em 02 de junho de 2005 por iniciativa das Empresas Rio Deserto e possui uma área total de 300 hectares no município de Siderópolis, SC. Está encravada nas encostas da Serra Geral e inserida no Domínio Mata Atlântica. O filo Mollusca é o segundo em riqueza de espécies, porém é pouco estudado, especialmente os terrícolas. Em Santa Catarina, são escassos os estudos com gastrópodes terrícolas. Com o objetivo de investigar a diversidade de moluscos terrícolas e arborícolas na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC, foi realizado um levantamento em duas áreas da Estação Biológica Costão da Serra, tendo sido amostrados nove m² em cada área. Foram coletados 104 espécimes distribuídos em nove famílias, uma de lesma e oito de caracóis, estas com 16 gêneros e 23 espécies. As famílias Systrophidae (N=26; 26,5%), Euconulidae (N=22; 22,4%), Bulimulidae e Charopidae, ambas com 19 espécimes (19,4%); foram as mais abundantes. Dos 98 espécimes de caracóis, 65 (66,32%) pertencem a cinco espécies, sendo Scolodonta sp. 1, com 19 espécimes (19,39%) a mais abundante, seguida de Rhinus cf.cilliatus, com 16 espécimes (16,33%), Euconulus martinezi e Pseudogyppia semenlini, com 11 espécimes cada (11,22%) e Leptinaria cf. anomala, com 8 espécimes (8,16%). Dentre as espécies coletadas cinco ainda não tinham registro de ocorrência para Santa Catarina, o que torna a Estação Biológica Costão da Serra, assim como os remanescentes de Floresta Ombrófila Densa, importantes repositórios da biodiversidade e que precisam ser preservados e estudados. Palavras-chave: Filo Mollusca. Gastrópodes terrícolas. Mata Atlântica. Biodiversidade.

8 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Localização do município de Siderópolis. Fonte (CIASC, 2009) Figura 2: Abundância relativa das Famílias de Gastropoda, segundo Simone (2006), amostradas para as Área 1, Área 2 e Área total na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC...25 Figura 3: Curva de acumulação de espécies para as áreas 1 e 2 e para a área total do estudo...29

9 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Tabela n: Lista Sistemática organizada de acordo com Simone (2006), com abundância absoluta (N) e abundância relativa (AA) para cada uma das áreas e para o total Tabela 2: Lista de Famílias de Gastropoda, segundo Simone (2006), amostradas na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC, com abundância absoluta (N) e abundância relativa (AA) para cada uma das áreas e para o total...24 Tabela 3: Lista das Espécies amostradas na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC, com frequência absoluta (nº de pontos) e frequência relativa (FR) para as Áreas 1 e 2 e para a Área total...28 Tabela 4: Espécies da Classe Gastropoda coletados na Reserva Ecológica Costão da Serra, apresentando as medidas máxima e mínima para a altura da espira e os dados apresentados por Simone (2006)....31

10 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo Materiais e métodos Análise estatística RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO...33 REFERÊNCIAS...34

11 10 1 INTRODUÇÃO A Estação Biológica Costão da Serra foi criada em 02 de junho de 2005 por iniciativa das Empresas Rio Deserto e possui uma área total de 300 hectares e está localizada no município de Siderópolis, Sul de Santa Catarina. Posteriormente, a empresa celebrou um Contrato de Comodato (empréstimo gratuito que prevê o uso e a restituição no tempo convencionado) com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), por um prazo de 10 anos (RIO DESERTO, 2008). O Projeto da Estação Biológica Costão da Serra tem como objetivo de proteger e estudar a área de Mata Atlântica da região e esta servirá de laboratório natural para atividades teóricas e práticas de ensino e de pesquisas desenvolvidas nos cursos da UNESC, como o Programa de Pós-Graduação Stricto sensu de Ciências Ambientais e os Cursos de Graduação em Engenharia Agrimensura, Geografia, Arquitetura, Ciências Biológicas e Engenharia Ambiental (RIO DESERTO, 2008). A Estação Ecológica Costão da Serra insere-se no Domínio Mata Atlântica, que é considerado um dos maiores repositórios de biodiversidade do Planeta e um dos cinco mais importantes hotspots mundiais, que são regiões de elevada riqueza biológica e que abrigam grande parte da biodiversidade do planeta (BACKES; IRGANG, 2004). É um bioma amplamente reconhecido por sua enorme diversidade e elevado endemismo, sendo considerada a segunda maior floresta pluvial do continente americano, com 92% de sua área de ocorrência inserida no território brasileiro (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2009; INPE, 2001; GALINDO-LEAL; CÂMARA, 2003). A Mata Atlântica encontra-se sob alto grau de ameaça, com grande parte da vegetação original já destruída. Os impactos de diferentes ciclos de exploração, a concentração das maiores cidades e núcleos industriais e também a grande pressão antrópica devido à alta densidade demográfica fizeram com que a área de vegetação natural fosse reduzida drasticamente, estando atualmente restrita a menos de 8% da sua extensão original, que era de aproximadamente ,46 km², e que se estendia desde o nordeste brasileiro, no Estado do Piauí, até a região sul, no Estado do Rio Grande do Sul, englobando, no total, 17 Estados brasileiros (BACKES; IRGANG, 2004; FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2009).

12 11 O alto grau de devastação e fragmentação florestal a que vem sendo submetida a Mata Atlântica se reflete no número de espécies ameaçadas, contabilizando mais de 500 nessa situação, entre animais e plantas (BACKES; IRGANG, 2004). A Floresta Ombrofila Densa é uma das unidades fitoecológicas que compõe a Mata Atlântica e se estende ao longo da costa atlântica, no espaço subtropical por área aproximada de km², ocupando desde as planícies quaternárias até áreas nas encostas e escarpas da Serra Geral (TEIXEIRA et al., 1986). Em Santa Catarina, a Floresta Ombrófila Densa se estende por toda a região litorânea, entre o Oceano Atlântico e o planalto da Serra Geral, em altitudes que variam entre 5 e m e envolvem uma variedade de formações fitofisionômicas (SANTA CATARINA, 1986). A Floresta Ombrófila Densa Submontana é a formação situada entre 30 e 400 m de altitude na região sul do Brasil e caracteriza-se por apresentar agrupamentos vegetais bem desenvolvidos, dando origem a uma cobertura arbórea densa e contínua (VELOSO; KLEIN, 1968). No entanto, devido às diferentes intervenções antrópicas em épocas passadas, atualmente apresenta regiões em vários estádios sucessionais. O Filo Mollusca é constituído por alguns dos invertebrados mais conhecidos e populares no planeta. Denominados de caracóis, caramujos, ostras, lulas, polvos, lesmas, entre tantos outros, estes organismos compõem um dos maiores filos do Reino Metazoa (Animalia), incluindo aproximadamente 93 mil espécies viventes conhecidas e cerca de 70 mil espécies fósseis (BRUSCA; BRUSCA. 2007). Várias espécies deste grupo são reconhecidas desde a antiguidade e suas conchas serviram e ainda servem como utensílios diversos, recipientes, instrumentos musicais, moedas, ferramentas, adornos e objetos de decoração para muitas culturais (BRUSCA; BRUSCA, 2007). Os organismos do Filo Mollusca são encontrados numa grande variedade de habitats, desde os trópicos até os mares polares, em ambiente terrícolas, em altitudes de até sete mil metros, e no meio marinho, desde a linha da maré até as profundidades abissais, em pequenos poças e córregos e em grandes corpos d água doce, em ambientes silvestres e antropizados (HICKMAN JR.; ROBERTS; LARSON, 2004).

13 12 Grande parte das espécies é encontrada em ambiente marinho (HICKMAN JR.; ROBERTS; LARSON, 2004), mas estudos mostram que o número de espécies de ambiente de água doce (Classes Gastropoda e Bivalvia) e terrícola (apenas classe gastrópoda) também é significativo. Neste sentido, baseado numa extensa pesquisa bibliográfica, o professor e curador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Ricardo Simone, produziu um catálogo (Land and Freshwater Molluscs of Brazil) onde apresenta espécies nativas e um apêndice com 33 espécies invasoras de moluscos terrícolas e limínicos para o Brasil (MORAES, 2006;). Os gastrópodes são moluscos que se apresentam assimétricos, com uma única concha, geralmente enrolada em espiral, na qual o corpo pode ser retraído. Reúnem cerca de 70 mil espécies viventes incluindo caracóis, lapas, lesmas terrestres e marinhas, búzios, litorinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar. Variam desde formas marinhas com muitos caracteres primitivos até os caracóis e lesmas terrícolas altamente evoluídos (BRUSCA; BRUSCA, 2007). Divididos em prosobrânquios, pulmonados e opisthobrânquios, apenas o último grupo não apresenta representantes terrícolas (SIMONE, 2006; SIMONE; 2009). A ordem Pulmonata é formada por caracóis terrestres e lesmas, muito bem sucedidos e com mais de 1600 espécies descritas em três subordens e cerca de 25 superfamílias. Distribuem-se amplamente pelas regiões temperadas e tropicais em todo mundo (SIMONE, 2009; BRUSCA; BRUSCA, 2007). Os pulmonados recebem esta denominação devido à modificação da cavidade palial em um pulmão, isto é, uma cavidade altamente vascularizada, quase totalmente fechada, que se comunica com o meio externo por meio de um orifício denominado pneumóstoma (SIMONE, 2009). Mesmo com muitas espécies conhecidas popularmente, os estudos para identificação das espécies do filo Mollusca em determinadas regiões são muito escassos. Apesar de ser o segundo maior grupo animal brasileiro, abaixo apenas dos insetos, grande parte das espécies de moluscos nativas ainda é desconhecida e estimativas dão conta que apenas um terço das espécies de moluscos terrícolas e metade dos limínicos em nosso território foram identificados (MORAES, 2006). É um ciclo vicioso. Como é uma área muito abrangente e com pouco material de referência bibliográfica, os pesquisadores acabam preferindo outros animais e os moluscos continuam mal estudados, afirmou Luiz Ricardo Lopes Simone em

14 13 entrevista a Moraes (2006). Os estudos e pesquisas realizados até o momento, sobre gastrópodes terrestres, prosobrânqios (estreptoneuros) e pulmonados (eutineuros) com concha, evidenciam a diversidade da malacofauna brasileira, que é ainda pouco conhecida a despeito do interesse despertado desde o século XVIII, quando foram coletados e incluídos em coleções institucionais ou não (SALGADO; COELHO, 2003). O desenvolvimento dos estudos sobre moluscos terrestres relacionados aos aspectos taxonômicos e abordando a conquiliologia, anatomia, histologia e demais aspectos tiveram início com H. von Ihering ( ), F. Langede Morretes ( ) e H. de Souza (SALGADO; COELHO, 2003). Salgado e Coelho (2003) citam, ainda, que Lopes ( ), (entomologista) orientou a especialização em malacologia de H. B. de Rezende, P. D. Lanzieri, J. L. Barros-Araújo, P. Jurberg. Atualmente, se encontram em atividade: A. C. dos Santos Coelho e N. C. Salgado no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, RJ; J. L. M. Leme e L. R. L. Simone, no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, SP; e J. W. Thomé e A. L. M. da Fonseca, no Instituto de Biociências, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, RS (SALGADO; COELHO, 2003). Em Santa Catarina, no mês de março de 2008, foi concluída a primeira etapa de um projeto biogeográfico com o objetivo de inventariar a malacofauna marinha, limínica e terrícola ocorrente no Estado, cujos dados foram publicados por Agudo e Bleicker, em 2006 (First general inventory of the malacological fauna of Santa Catarina State, Southern Brasil), por AGUDO, em 2007 (Continental land and freshwater molluscs in Santa Catarina State, Southern Brasil: a general review of current knowledge) e por AGUDO-PADRÓN, em 2008 (Listagem sistemática dos moluscos continentais terrestres e de água doce ocorrentes no Estado de Santa Catarina, SC, região Sul do Brasil). Os resultados destes estudos apresentaram um razoável balanço da malacofauna catarinense, contabilizando 766 espécies confirmadas, sendo 608 marinhas, 55 de água doce (32 de gastrópodes e 23 de bivalves) e 103 terrícolas, sistematicamente incluídas em 5 classes, 173 famílias e 390 gêneros. Estes dados foram obtidos em pesquisa de campo na região da Serra do Tabuleiro, em Palhoça, SC, e na análise da produção histórica ao longo das

15 14 últimas seis décadas, especialmente os trabalhos de Morretes (1949), Gofferjé apud Bigarella (1949) e Morretes (1953) (AGUDO-PADRÓN, 2008). Vizuete 1 (2008) organizou e comunicou em mensagem eletrônica a Pedro Rosso, datada de 17 de abril de 2008, uma lista confeccionada com base em Simone (2006) contendo os gastrópodes terrícolas e limínicos para o Estado de Santa Catarina. Constam da lista 61 espécies de Gastropoda, pertencentes a quatro ordens e 17 famílias, sendo 50 espécies pertencentes a ordem Pulmonata e distribuídas em 12 famílias. As outras ordens são: Neritimorpha, Caenogastropoda e Gymnomorpha Ainda, segundo Vizuete (2008), o Estado de Santa Catarina é o único da região sudeste/sul a não ter uma lista com as espécies ameaçadas e apenas agora come a ser produzida esta lista. Na região do extremo sul do Estado, segundo os levantamentos e informações colhidas durante o presente estudo, as pesquisas sobre gastrópodes terrícolas e limínicos são inexistentes, o que evidencia a importância deste levantamento. Os dados produzidos poderão servir de base para futuros estudos com vistas a aumentar o conhecimento da malacofauna catarinense e brasileira, assim como e poderão subsidiar propostas de manejo dos remanescentes da Mata Atlântica com vistas a preservar a. 1 Eloisa Pinto Vizuete, Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes (ICM-Bio).

16 15 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Investigar a diversidade de moluscos terrícolas e arborícolas na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC. 2.2 Objetivos Específicos Identificar os espécimes capturados até a categoria taxonômica mais específica possível. Estimar a riqueza, a abundância, a frequência e a diversidade das espécies encontradas. Relacionar os dados levantados com outros estudos sobre gastrópodes terrícolas e arborícolas em Santa Catarina.

17 16 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Área de estudo O estudo foi realizado na Estação Ecológica Costão da Serra, localizada no município de Siderópolis, sul de Santa Catarina (Figura 1). Siderópolis apresenta uma área territorial de 263 km² e uma população equivalente a habitantes (IBGE, 2007). Integra a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) e faz divisa com os municípios de Treviso, Nova Veneza, Criciúma, Urussanga, Cocal do Sul e Bom Jardim da Serra. Figura 1: Localização do município de Siderópolis. Fonte (CIASC, 2009). A estação possui uma área total de 300 hectares situados entre as coordenadas geográficas S e W. Encontra-se coberta em sua

18 17 maior parte pela Floresta Ombrófila Densa Submontana, em diversos estádios de conservação, apresentando ainda, nas partes mais elevadas, junto aos divisores de água da Serra da Veneza (IBGE, 1978), a ocorrência da formação Montana. A área foi utilizada até meados da década de 80 para extração madeireira e para o plantio comercial de Pinus sp. e Eucalyptus sp., quando então esta atividade foi interrompida, proporcionando a regeneração do sub-bosque sob as copas de tais essências florestais exóticas. A área é cortada em seu eixo maior (sentido Oeste- Leste) pelo rio das Cobras, que é tributário da bacia hidrográfica do rio São Bento. O Clima, segundo a classificação climática de Köppen (1948), é do tipo mesotérmico úmido (Cf), ocorrendo as duas variedades a e b. A Variedade específica a (Cfa) está restrita a área de ocorrência da Floresta Ombrófila Densa Submontana e a variedade específica b, está associada às áreas de maior altitude, junto a Floresta Montana. A temperatura média regional, nos meses mais quentes fica entre 23,4 e 25,9 C e nos mais frios entre 13 e 15 C. Os índices pluviométricos anuais giram em torno de a 1.660mm e umidade relativa do ar entre 81,4 e 82,2% (EPAGRI, 2001). O relevo é muito acidentado apresentando-se dissecado, com vales íngremes e profundos na forma de V. Predominam os solos dos tipos Neossolos Litólicos, na maior parte da área, ocorrendo ainda, em menores proporções os cambissolos e inclusões de afloramentos rochosos (EPAGRI, 2001). 3.2 Materiais e métodos As amostragens foram realizadas em duas subáreas dentro da Estação Ecológica. A área 1 pode ser caracterizada como nativa, apresentando raros vestígios de ação antrópica. A área 2 apresenta vegetação em adiantado estádio de regeneração, mas com muitos vestígio da intervenção antrópica mais intensa. Em cada uma das áreas foi traçado um transecto a partir de um ponto P1, determinado como característico do ambiente e estabelecido de acordo com o aspecto geral da vegetação. Ao longo de cada transecto foram amostradas nove parcelas de 1m² (1m X 1m), distantes, aproximadamente, 10 metros uma das outras Após o estabelecimento de cada ponto, a área de 1 m² foi delimitada com

19 18 o auxílio de estacas e barbante. A busca pelos espécimes foi realizada mediante o revolvimento da serrapilheira com auxílio de garfo de jardinagem ou um graveto fino. Os espécimes encontrados eram recolhidos manualmente e armazenados em tubos Eppendorf contendo solução de água e álcool na proporção de 50% cada. Cada tubo era numerado e os dados do ponto eram anotados em tabela própria. Também eram anotadas as medidas de temperatura do solo, do ar e da umidade relativa do ar em cada um dos pontos. Após o revolvimento da serrapilheira, no interior de cada parcela de 1m² foi delimitado uma área de 0,25 m² (0,5 m X 0,5 m), na qual foi removido o solo com auxílio de uma pá até uma profundidade de 0,25 m, num total de 0,0625 m³ de solo. Este foi peneirado com peneira de gradação 0,5 cm, esfarelando-se completamente e com cuidado, buscando a presença de espécimes de moluscos. Também estes foram recolhidos e armazenados em tubos Eppendorf seguindo o mesmo procedimento da técnica anterior. Ainda, ao longo dos transectos, foram observados caules, ramos e folhas de ervas, arbustos e árvores, não distantes de até 1m da linha principal e até uma altura aproximada de 3 metros a partir do solo, buscando a presença de moluscos arborícolas. Os procedimentos de coleta e armazenamento foram os mesmos dos dois procedimentos anteriores. Os espécimes capturados foram levados ao Laboratório de Interação Animal-Planta da Universidade do Extremo Sul Catarinense (LIAP-UNESC) para posterior identificação e análise. Com auxílio de estereoscópio Leica MZ6 com câmara clara acoplada, os espécimes foram identificados e classificados seguindo o proposto por Simone (2006). Buscou-se atingir a identificação mais específica possível, embora alguns espécimes coletados não permitiram ir além do nível taxonômico de família. A identificação foi baseada na análise das conchas e foram observadas as seguintes características: altura da espira, formato da abertura da concha, constituição e organização dos lábios interno e externo, número e organização das voltas, posição de inserção da ultima volta sobre a volta anterior, linhas de crescimento e ornamentação, adereços na parte externa da concha, entre outros atributos.

20 Análise estatística Para a análise estatística utilizou-se o software Microsoft Excel 2007, onde foram calculadas as abundâncias absoluta e relativa de famílias e espécies, a frequência das espécies e construída a curva de diversidade para cada uma das áreas e para a área total estudada. Também foi utilizado o software Past, versão 1.93 (HAMMER; HARPER, 2009) para o cálculo do índice de diversidade de Shannon (H ) e Dominância de Simpson (D).

21 20 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A lista sistemática foi construída com base em Simone (2006) (Tabela 1). A análise dos espécimes para a identificação do grupo taxonômico teve por base a observação das conchas e a comparação com a literatura. Processo semelhante foi utilizado por Mello e Coelho (1989) para identificação de moluscos encontrados no Sambaqui de Camboinhas (Itaipú, Niterói, RJ), embora seus autores tenham utilizado também a comparação com espécimes de coleções, além da literatura especializada. Para a identificação mais detalhada dos espécimes não se pode tomar com absoluto apenas a análise das conchas. Atualmente, a caracterização da anatomia visceral tem sido considerada como a forma mais segura para determinação de espécies de moluscos, uma vez que inúmeras dúvidas podem ainda permanecer após esta análise (ARAÚJO, 1989). Neste estudo, em razão da disponibilidade limitada de tempo de tempo e de recursos econômicos e tecnológicos, optou-se apenas pela comparação com a literatura. Para muitos dos espécimes coletados e analisados foi possível chegar até o nível de espécie, pois as características observadas na concha se aproximaram acentuadamente das imagens do catalogo produzido por Simone (2006). Para outros a aproximação não era tão acentuada e, nestes casos, optou-se por adotar a identificação do gênero. Em alguns casos, como as lesmas, a falta de imagens para a comparação impossibilitou a classificação em categoria taxonômica inferior a família. Outros problemas encontrados para a detalhamento da classificação dos espécimes foi a conservação do material, que em alguns casos (cinco espécimes) estava muito danificado dificultando ou impossibilitando sua comparaçãoveronicellidae, cujos dados serão analisados apenas no nível taxonômico de Família e não serão trabalhados detalhadamente na estatística de gêneros e espécies.

22 21 Tabela 1: Tabela n: Lista Sistemática organizada de acordo com Simone (2006), com abundância absoluta (N) e abundância relativa (AA) para cada uma das áreas e para o total. LISTA SISTEMÁTICA ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA TOTAL N AR (%) N AR (%) N AR (%) Classe Gastropoda Subclasse Orthogastropoda Infra-classe Heterobranchia Super-ordem Euthyneura Ordem Pulmonata Subordem Stylommatophora Infraordem Sigmurethra Superfamília Bulimuloidea Família Bulimulidae Subfamília Bulimulinae Gênero Rhinus Martens in Albers, 1860 Rhinus cf.cilliatus (Gould, 1846) 10 21, , ,33 Rhinus sp ,85 2 2,04 Gênero Naesiotus Albers, 1850 Naesiotus eudioptus (Ihering in Pilsbry, 1897) 1 2, ,02 Família Amphibulimidae Gênero Eudioptus Albers 1860 Eudioptus sp ,92 1 1,02 Total Superfamília Bulimuloidea 11 23, , ,41

23 22 Superfamília Rhytidoidea Família Systrophidae Gênero Happia Bourgignat, 1889 Happia insularis (Boettger, 1889) 2 4, ,04 Happia sp ,92 1 1,02 Gênero Prohappia Thiele, 1927 Prohappia besckei (Dunker, 1847) 1 2, ,02 Gênero Scolodonta Doring, 1875 Scolodonta iheringi (Pilsbry, 1900) 1 2,17 1 1,92 2 2,04 Scolodonta sp , , ,39 Gênero Miraciscops Baker, 1925 Miraciscops brasilliensis (Thiele, 1927) ,92 1 1,02 Total Superfamília Rhytidoidea 15 32, , ,53 Superfamília Helixarionoidea Família Euconulidae Gênero Euconulus Reinhardt, 1883 Euconulus martinezi (Hidalgo, 1869) 6 13,04 5 9, ,22 Gênero Pseudogyppya Baker, 1925 Pseudogyppya semenlini (Moricard, 1846) 3 6, , ,22 Total Superfamília Helixarionoidea 9 19, , ,45 Superfamília Helicinoidea Família Helicinidae Subfamilia Helicininae Gênero Helicina Lamark, 1799 Helicina brasiliensis (Gray, 1824) 1 2,17 1 1,92 2 2,04

24 23 Total Superfamília Helicinoidea 1 2,17 1 1,92 2 2,04 Superfamília Punctoidea Família Charopidae Subfamília Helicodiscinae Gênero Zilchogyra Weyrauch, 1965 Zilchogyra zulmae Miguel, Ramiris e Thomé, , ,04 Gênero Lilloiconcha Weyrauch, 1965 Lilloiconcha gordurasensis (Thiele, 1927) ,85 2 2,04 Lilloiconcha superba (Thiele, 1927) ,77 3 3,06 Gênero Radiodiscus Pilsbry e Ferris, 1906 Radioconus amoenus (Thiele, 1927) ,77 3 3,06 Radiodiscus vazi Fonseca e Thomé, ,69 4 4,08 Radiodiscus sp ,17 2 3,85 3 3,06 Subfamília Amphidoxinae Gênero Rotadiscus Pilsbry, 1926 Rotadiscus amacaezensis (Hidalgo, 1869) 1 2, ,02 Rotadiscus sp , ,02 Total Superfamília Punctoidea 5 10, , ,39 Superfamília Planorbioidea Família Planorbidae Subfamília Planorbinae Gênero Acrobis Odhner, 1937 Acrobis petricola Odhner, , ,02 TotalSuperfamília Planorbioidea 1 2,17 0 0,00 1 1,02 Superfamília Achatinoidea Família Subulinidae Subfamília Subulininae Gênero Leptinaria Beck, 1837 Leptinaria cf. anomala (Pfeffer, 1846) 4 8,70 4 7,69 8 8,16 Total Superfamília Achatinoidea 4 8,70 4 7,69 8 8,16 Total Geral , , ,00

25 24 Foram amostrados 104 espécimes de gastrópodes, distribuídos em nove famílias, oito de caracóis e uma de lesmas. A Família Veronicellidae (lesmas) foi amostrada apenas na área 2 e corresponde a sexta família em abundância (N=6; 5,8%). As oito famílias de caracóis foram Systrophidae, Charopidae, Planorbidae, Subulinidae, Helicinidae, Euconulidae, Bulimulidae e Amphibulimidae, que no total correspondem a 94,2% dos espécimes coletados (Tabela 2). Tabela 2: Lista de Famílias de Gastropoda, segundo Simone (2006), amostradas na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC, com abundância absoluta (N) e abundância relativa (AA) para cada uma das áreas e para o total. Famílias Área 1 ÁREA 2 ÁREA TOTAL N AR (%) N AR (%) N AR (%) Systrophidae 15 32, , ,0 Euconulidae 9 19, , ,2 Bulimulidae 11 23,9 8 13, ,3 Charopidae 5 10, , ,3 Subulinidae 4 8,7 4 6,9 8 7,7 Veronicellidae 0 0,0 6 10,3 6 5,8 Helicinidae 1 2,2 1 1,7 2 1,9 Planorbidae 1 2,2 0 0,0 1 1,0 Amphibulimidae 0 0,0 1 1,7 1 1,0 Total , , ,00 Nas oito famílias de caracóis amostradas estão inclusos 16 gêneros e 23 espécies, sendo que da família Systrophidae e Charopidae foram amostrados quatro gêneros, dois gêneros para as famílias Bulimulidae e Euconulidae e um gênero para cada uma das famílias Helicinidae, Amphibulimidae, Planorbidae e Subulinidae. Quanto aos números de espécies, a mais rica foi a Família Charopidae (S=8; 34,78%), em seguida a Família Systrophidae (S=6); 26,09%), Bulimulidade (S=3; 13,045), Euconulidae (S=2; 8,70%) e uma espécie apenas para as famílias Planorbidae, Amphibulimidae Subulinidae e Helicinidae (4,35%) (Tabela 1). Em um estudo feito por Agudo-Padrom (2006) para os Estados de Santa Catarina e Paraná, foram listadas 102 espécies de Gastropoda, contento 11 espécies da ordem Prosobranchia e 91 da ordem Pulmonata das quais apenas uma espécie da ordem Prosobranchia era terrícola, e 71 espécies terrícolas da ordem Pulmonata, apresentando 25 famílias e 53 gêneros Numa outra publicação, Agudo-

26 25 Padron (2008) relata 103 espécies de gastrópodes terrícolas, sistematicamente incluídos em 5 classes, 173 famílias e 390 gêneros. A família de caracóis mais abundante foi Systrophidae (N=26; 26,5%), seguida da Família Euconulidae (N=22; 22,4%), Bulimulidae e Charopidae, ambas com 19 espécimes (19,4%); Subulinidae (N=8; 8,2%) e das famílias Helicinidae, Planorbidae e Amphibulimidae (N=2; 2,0; N=1; 1,0 e N=1; 1,0%, respectivamente) (Figura 2). Figura 2: Abundância relativa das Famílias de Gastropoda, segundo Simone (2006), amostradas para as Área 1, Área 2 e Área total na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC. Na análise da abundância obtida em cada uma das áreas, observa-se que a Família Systrophidae foi a mais abundante na área 1 (AR=32,6%) seguida da Família Bulimulidae (AR=23,9%), da Família Euconulidae (AR=19,6%) e da Família Charopidae (AR=10,9%). Na área 2 a Família Charopidae foi a mais abundante (AR=26,9%), seguida das famílias Eucolunidae, Systrophidae e Bulimulidae que apresentaram, respectivamente abundância relativa de 25%; 21,2% e 15,4%. Assim, enquanto que a Família Systrophidae foi a mais abundante tanto na área 1 como para a área total, foi apenas a terceira em abundância na área 2. A família Charopidae foi a mais abundante na área 2, mesmo tendo sido a terceira em

27 26 abundância (junto com a Família Bulimulidae) para a área total e a quarta em abundância na área 1 (Figura 2). A família Subulinidae apresentou abundância relativa semelhante em ambas as áreas, assim como a Família Helicinidae. Destaca-se que as famílias Planorbidae e Amphibulimidae apareceram apenas para uma das áreas amostrada, a primeira somente na área 1 e a segunda somente na área 2, com abundância relativa de 2,2% e 1,9% respectivamente (Figura 2). Dos 98 espécimes de caracóis coletados no levantamento realizado nas duas áreas, 65 (66,32%) pertencem a cinco espécies, sendo Scolodonta sp. 1, com 19 espécimes (19,39%) a mais abundante, seguida de Rhinus cf.cilliatus, com 16 espécimes (16,33%), Euconulus martinezi e Pseudogyppia semenlini, com 11 espécimes cada (11,22%) e Leptinaria cf. anomala, com 8 espécimes (8,16%). As demais espécimes obtiveram no máximo 4 espécimes e sete delas foram singletons (Tabela 1). Analisando-se as duas áreas em separado, observa-se que as mesmas cinco espécies predominam. No entanto, Scolodonta sp. 1, Rhinus cf.cilliatus e Euconulus martinezi apresentaram abundância um pouco maior na área 1 enquanto que Pseudogyppia semenlini foi mais abundante na área 2 e Leptinaria cf. anomala foi igualmente abundante nas duas áreas. Destaca-se que da espécie Radiodiscus vazi foram coletados 4 espécimes apenas na área 2 (Tabela 1). Quando analisada a abundância relativa isolada em cada área, verifica-se que as cinco espécies mais abundantes na área 1 correspondem a 73,91% (34) do total de espécimes coletados (46), enquanto que na área 2, as mesmas cinco espécies representam 59, 61% do total de espécimes coletados (52). Mesmo a área 1 sendo a mais preservada, as diferenças de riqueza e abundância em relação a área 2 não foram expressivas, pois foram amostradas 15 espécies (65,21%) na área 1 com 46,9% da abundância e 16 espécies (69,56%) na área 2 com 53,1% da abundância obtida. Observe-se, no entanto, que oito das espécies coletadas foram comuns as duas áreas. A partir destes dados pode-se inferir que, mesmo sendo esperada uma maior riqueza e abundância em áreas mais preservadas, as áreas que passaram por processo antrópico e que se encontram em fase de regeneração podem conter espécies que apresentam afinidades com os elementos transitórios dos processos de sucessão nos ecossistemas, enquanto que nas áreas que estão em estádio de

28 27 relativo clímax podem apresentar um número de espécies menor. No entanto, estas inferências necessitam ser estudadas mais amplamente tendo em vista a inexistência de estudos neste contexto, especialmente para o Estado de Santa Catarina. Oito espécies (34,78%) foram amostradas nas duas áreas: Rhinus cf.cilliatus, Scolodonta sp.1, Euconulus martinezi, Pseudogyppya semenlini, Leptinaria cf. anomala, Radiodiscus sp. 1, Scolodonta inhering e Helicina brasiliensis. Destas, a espécie mais frequente foi Scolodonta sp.1, que esteve presente em cinco parcelas na área 1 (55,6%) e seis na área 2 (66,7%), totalizando frequência de 61,1% de um total de 18 parcelas. Em seguida, foi mais frequente a espécie Rhinus cf.cilliatus, que foi amostrada em seis parcelas na área 1 (66,7%) e em quatro parcelas na área 2 (44,4%), totalizando 55,6% de frequência para a área total, e Euconulus martinezi amostrada em cinco parcelas da área 1 (55,6%) e em três parcelas da área 2 (33,3%), totalizando também uma frequência de 44,4% para o total de 18 parcelas amostradas. As espécies Pseudogyppya semenlini e Leptinaria cf. anomala apresentaram frequência de 33,3% para as 18 amostras. No entanto, quando analisadas isoladamente, Pseudogyppya semenlini foi coletada em apenas uma parcela na área 1 e em cinco (55,6%) na área 1 (Tabela 3). Sete espécies foram amostradas apenas na área 1, sendo duas (Happia insularis e Zilchogyra zulmae) amostradas em duas parcelas (22,2%) e as demais amostradas em apenas uma (11,1%) das nove parcelas da área 1. Oito espécies foram amostradas apenas na área 2, sendo duas (Radioconus amoenus e Radiodiscus vazi) amostradas em três parcelas (33,3%), quatro espécies (Radiodiscus sp. 1, Rhinus sp. 1, Lilloiconcha gordurasensis e Lilloiconcha superba) amostradas em duas parcelas (22,2%) e as demais amostradas em apenas uma das nove parcelas da área 2 (Tabela 3). Em relação a distribuição das espécies coletadas, observou-se que 34,4 % das espécies foram amostradas em ambas as áreas, 34,4% foram amostrada apenas na área 2 e 30,4% das espécies foram amostradas somente na área 1. Mesmo considerando as diferenças nos aspectos fitofisionômicos entre as duas áreas, os dados obtidos, especialmente o fato de que 15 espécies (65,2%) foram amostradas em apenas uma das áreas e que destas 12 espécies (52,2%) foram amostradas em apenas uma das parcelas, é provável que um aumento na área

29 28 amostrada pudesse contribuir para aumentar tanto o número de espécies quanto a frequência de cada uma delas. Tabela 3: Lista das Espécies amostradas na Reserva Ecológica Costão da Serra, em Siderópolis, SC, com frequência absoluta (nº de pontos) e frequência relativa (FR) para as Áreas 1 e 2 e para a Área total. ESPÉCIES ÁREA 1 ÁREA 2 nº pontos FR (%) nº pontos FR (%) ÁREA TOTAL nº pontos FR (%) Scolodonta sp ,6 6 66, ,1 Rhinus cf.cilliatus (Gould, 1846) 6 66,7 4 44, ,6 Euconulus martinezi (Hidalgo, 1869) 5 55,6 3 33,3 8 44,4 Pseudogyppya semenlini (Moricard, 1846) 1 11,1 5 55,6 6 33,3 Leptinaria cf. anomala (Pfeffer, 1846) 3 33,3 3 33,3 6 33,3 Radioconus amoenus (Thiele, 1927) 0 0,0 3 33,3 3 16,7 Radiodiscus vazi Fonseca e Thomé, ,0 3 33,3 3 16,7 Radiodiscus sp ,1 2 22,2 3 16,7 Rhinus sp ,0 2 22,2 2 11,1 Happia insularis (Boettger, 1889) 2 22,2 0 0,0 2 11,1 Scolodonta iheringi (Pilsbry, 1900) 1 11,1 1 11,1 2 11,1 Helicina brasiliensis (Gray, 1824) 1 11,1 1 11,1 2 11,1 Zilchogyra zulmae Miguel, Ramiris e Thomé, ,2 0 0,0 2 11,1 Lilloiconcha gordurasensis (Thiele, 1927) 0 0,0 2 22,2 2 11,1 Lilloiconcha superba (Thiele, 1927) 0 0,0 2 22,2 2 11,1 Naesiotus eudioptus (Ihering in Pilsbry, 1897) 1 11,1 0 0,0 1 5,6 Eudioptus sp ,0 1 11,1 1 5,6 Happia sp ,0 1 11,1 1 5,6 Prohappia besckei (Dunker, 1847) 1 11,1 0 0,0 1 5,6 Miraciscops brasilliensis (Thiele, 1927) 0 0,0 1 11,1 1 5,6 Rotadiscus amacaezensis (Hidalgo, 1869) 1 11,1 0 0,0 1 5,6 Rotadiscus sp ,1 0 0,0 1 5,6 Acrobis petricola Odhner, ,1 0 0,0 1 5,6 A curva de acumulação de espécie (Figura 3) mostra que na área 1 houve um acréscimo de espécies novas coletadas praticamente todas as amostragens, apenas com a manutenção do mesmo número de espécies coletadas da quarta para a quinta parcela, enquanto que na área 2 ocorreu um aumento expressivo no número de espécies novas coletadas, especialmente entre as parcelas três e seis, quando a curva atingiu o número máximo de espécies coletadas na área (16). Nas parcelas sete, oito e nove não houve acréscimo de novas, muito embora nelas tenha

30 29 sido coletado 25% dos espécimes da área 2, percentual muito semelhante ao número de espécimes coletados nas respectivas parcelas da área 1, que foi de 30,4%. Figura 3: Curva de acumulação de espécies para as áreas 1 e 2 e para a área total do estudo. Quando se analisa a curva de acumulação de espécies para o total da área amostrada, a mesma segue o perfil da área 1, com acréscimos de espécies novas coletadas em todas as amostragens. Neste sentido, infere-se que o esforço amostral foi suficiente para amostrar a riqueza presente na área antropizada, porém se mostrou insuficiente para a área 1 e para a área total (como se fosse uma única área), pois as curvas demonstram ascendência até a última amostragem. Considerando os números propostos por Agudo-Padron (2008) e Vizuete (2008) com base Simone (2006), que relatam, respectivamente, 103 e 61 espécies de gastrópodes terrícolas, estima-se que o presente estudo amostrou um pequeno percentual das espécies que podem estar presentes na área da Reserva Ecológica Costão da Serra. Merece destaque o fato de que cinco espécies não possuem registro para Santa Catarina (Simone, 2006). São elas Rhinus cf.cilliatus e Lilloiconcha superba, descritas para o Rio de Janeiro; Radiodiscus vazi e Scolodonta iheringi, descritas

31 30 parra São Paulo; e Zilchogyra zulmae, descrita para o Rio Grande do Sul. Portanto, o presente trabalho amplia a área de ocorrência destas espécies e aumenta a lista de espécies de gastrópodes terrícolas para o Estado. No entanto, em face da pequena amplitude do presente estudo (18 m² de área total amostrada), novos trabalhos poderão ampliar ainda mais a riqueza malacológica do Estado e as áreas de ocorrência das espécies identificadas para o Brasil e para a América do Sul. Em relação ao tamanho dos espécimes coletados em cada uma das espécies, verificou-se, especialmente para aquelas em que a abundância foi maior, uma grande variação na altura da espira. Porém não foi possível comparar com o descrito por Simone (2006) os espécimes apenas identificados pelo gênero. O medida da altura da espira apresentou grande variação entre os espécimes coletados, desde 1 mm verificado em cinco diferentes espécies até 9,6 mm verificado em um exemplar de Leptinaria cf. anomala. Para 11 espécies (47,82%), as medidas encontradas foram similares ou pouco menores que as apresentadas por Simone (2006). Em quatro casos (21,74%), a medida da espira foi um pouco maior que a encontrada na literatura utilizada para comparação. Os espécimes da espécie Rhinus cf. cilliatus descrito por Simone (2006) como apresentando o tamanho de 20 mm, no presente estudo os 16 espécimes coletados tiveram variação entre 1,6 e 6 mm, o que remete a necessidade de um estudo mais aprofundado com os espécimes coletados para confirmar ou não a espécie sugerida. Por este motivo, nos resultados apresentados tomou-se o cuidado de deixar a descrição para conferência (cf.). Outra diferença encontrada em relação ao tamanho das espécies apresentadas por Simone (2006) e das coletadas na Estação Biológica diz respeito a espécie Euconulus martinezi que é indicado como tendo em média 2 mm e entre os onze espécimes um deles mediu 5,2 mm (Tabela 4). Entre as hipóteses que podem explicar estas diferenças de tamanhos pode ser em relação ao substrato no qual as espécies estão alojadas e aos nutrientes encontrados nesse substrato. No entanto, estas proposições merecem estudos mais aprofundados. Seis grupos de espécimes (26,08%) não puderam ser classificados até o nível de espécies e não foi possível a comparação com o proposto na literatura.

32 31 Tabela 4: Espécies da Classe Gastropoda coletados na Reserva Ecológica Costão da Serra, apresentando as medidas máxima e mínima para a altura da espira e os dados apresentados por Simone (2006). ESPÉCIE Tamanho mínimo (mm) Tamanho máximo (mm) Simone (2006) (mm) Scolodonta sp ,7 - Rhinus cf.cilliatus (Gould, 1846) 1,6 6,5 20 Euconulus martinezi (Hidalgo, 1869) 1,7 5,2 2 Pseudogyppya semenlini (Moricard, 1846) 1,2 4,4 3 Leptinaria cf. anomala (Pfeffer, 1846) 1 9,6 9 Radioconus amoenus (Thiele, 1927) 2 1,8 2 Radiodiscus vazi Fonseca e Thomé, ,3 3,9 2 Radiodiscus sp ,5 - Rhinus sp ,2 - Happia insularis (Boettger, 1889) 3,7 6,4 5 Scolodonta iheringi (Pilsbry, 1900) 3,1 5,2 8 Helicina brasiliensis (Gray, 1824) 4,4 4,8 7 Zilchogyra zulmae Miguel, Ramiris e Thomé, ,2 3,5 3 Lilloiconcha gordurasensis (Thiele, 1927) 1,5 4 2 Lilloiconcha superba (Thiele, 1927) 1,3 2 4 Naesiotus eudioptus (Ihering in Pilsbry, 1897) Eudioptus sp Happia sp. 1 1,1 1,1 - Prohappia besckei (Dunker, 1847) 2,9 2,9 4 Miraciscops brasilliensis (Thiele, 1927) Rotadiscus amacaezensis (Hidalgo, 1869) Rotadiscus sp ,3 - Acrobis petricola Odhner, ,8 2,8 4 Considerando apenas os 98 caracóis coletados nos 18 pontos amostrados nas duas áreas, a densidade média é de 5,4 espécimes metro quadrado (m²), sendo que a densidade na área 1 (5,1 espécime/m²) foi um pouco menor que não área 2 ( 5,8 espécime/m²). A partir destes dados podemos estimar a abundância de caracóis para a Estação Biológica Costão da Serra como sendo de, aproximadamente, espécimes de moluscos terrícolas e arborícolas. Os índices de diversidade e dominância calculados no presente estudo não puderam ser comparados em razão da inexistência de trabalhos na área e, principalemente de trabalhos que utilizem estas medidas estatísticas. Tomou-se o cuidado de apresentá-las aqui para que outros trabalhos as possam utilizá-las para comparações. Pelo que já foi apresentado, os valores para o índice de diversidade de Shannon (H ) foram um pouco menores na área 1 (2,26) que na área 2 (2,53),

33 32 ficando a área total com um índice H = 2,61. Estes dados demonstram a pequena diferença observada no número de espécies encontradas nas duas áreas amostradas. Em relação ao índice de dominância de Simpson (D), o valor obtido para área 1 (0,14) é um pouco maior que o obtido na área 2 (0,09).

34 33 5 CONCLUSÃO A coleta, no presente estudo, de 104 espécimes de Gastropoda, distribuídos em uma família de lesmas e oito famílias de caracóis, estas contendo 16 gêneros e 23 espécies permite inferir que a riqueza e a diversidade deste táxon para a Reserva Ecológica Costão da Serra pode ser bem maior que a amostrada, hipótese também reforçada pelo grande número de singletons e pela não estabilização da curva de acumulação de espécies para a área total amostrada. Oito espécies se mostraram freqüentes em ambas as áreas, cinco delas também foram as mais abundantes. No entanto, oito espécies ocorreram apenas na área 2 e sete espécies ocorreram apenas na área 1, sendo que para a maioria delas a abundância foi baixa. Entre as espécies amostradas, cinco ainda não possuíam, segundo a literatura consultada, registro para Santa Catarina. São elas: Rhinus cf.cilliatus e Lilloiconcha superba, Radiodiscus vazi e Scolodonta iheringi, e Zilchogyra zulmae. Portanto, o presente estudo amplia a área de ocorrência destas espécies e a riqueza malacológica para o Estado. No entanto, em razão da escassez de informações publicadas relativas a este táxon, novos estudos e aprofundamento da análise do material coletado são necessários para a confirmação das informações aqui levantadas. Os levantamentos e inventários biológicos são importantes instrumentos para a produção de planos de manejo e conservação de recursos naturais, especialmente neste caso por se tratar de um estudo realizado em uma unidade de conservação privada e com a qual a universidade mantém convênio de comodato. Também se ressalta a sua importância no contexto da conservação de espécies e do Bioma Mata Atlântica. Por fim, resgatando as palavras de Simone em entrevista a Moraes (2006), referindo-se ao ciclo vicioso que provoca a escassez de estudos na área: Como é uma área muito abrangente e com pouco material de referência bibliográfica, os pesquisadores acabam preferindo outros animais e os moluscos continuam mal estudados

35 34 REFERÊNCIAS AGUDO-PADRÓN, Aisur Ignacio. Levantamento biogeográfico de moluscos no estado de Santa Catarina, SC, região sul do Brasil, vertente atlântica do cone Meridional da América do Sul. Caminhos de Geografia (on line). Uberlândia, MG, v. 9, n. 28, p , Dez Disponível em: < e=pdf>. Acesso em 23 set ARAÚJO, José Luiz de B. Moluscos de importância econômica no Brasil. I. Xanthonychidae: Bradybaeno. similaris (Férussac, 1821), (Mollusca, Gastropoda, Pulmonata, Stylommatophora). Revista Brasileira de Zoologia. Curitiba, PR, n. 6, v. 4. p Dez Disponível em: < Acesso em: 15 Out BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, CULLEN JR., Laury; RUDRAN, Rudy VALLADARS-PADUA, Cláudio. Métodos de Estudos em Biologia da Conservação & Manejo da Vida Silvestre. 2ª Ed. Curitiba: UFPR, p. FULVO, Arianna; NISTRI, Roberto. Moluscos. Barcelona: Grijalbo naturaleza, p. HAMMER, O.; HARPER, D. A. T. PAST: Peleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Version Paleontologia Eletrônica, Disponível em: < Acesso em: 20 set HICKMAN JÚNIOR, C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios Integrados de Zoologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, MAPA INTERATIVO. Mapa interativo de santa Catarina, 20-?. Disponível em: < > Acesso em: 26 de out MELLO, Elisa Maria Botelho de; COELHO, Arnaldo C. dos Santos. Moluscos encontrados no Sambaqui de Camboinhas, Itaipú, Niterói, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, v. 84, Supl. IV. p Disponível em: < Acesso em: 15 Out MORAES, Márcia Soman. O manual dos moluscos do Brasil. Jornal da USP. 19 nov Disponível em: < Acesso em 18 jun RIO DESERTO. Projeto Estação Biológica Costão da Serra, Disponível em: < Acesso: 24 de setembro de 2008.

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