Terra e Água Escolher sementes, invocar a Deusa

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1 estudos & 9 memórias Terra e Água Escolher sementes, invocar a Deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves Ana Catarina Sousa António Carvalho Catarina Viegas (eds.) CENTRO DE ARQUEOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

2 estudos & memórias Série de publicações da UNIARQ (Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa) Workgroup on Ancient Peasant Societies (WAPS) Direcção e orientação gráfica: Victor S. Gonçalves 9. SOUSA, A. C.; CARVALHO, A.; VIEGAS, C., eds. (2016) Terra e Água. Escolher sementes, invocar a Deusa. Estudos em Homenagem a Victor S. Gonçalves. estudos & memórias 9. Lisboa: UNIARQ/ FL-UL. 624 p. Capa: desenho geral e fotos de Victor S. Gonçalves. Face: representação sobre cerâmica da Deusa com Olhos de Sol, reunindo, o que é muito raro, todos os atributos da face sobrancelhas, Olhos de Sol, nariz com representação das narinas, «tatuagens» faciais, boca e queixo. Sala n.º 1, Pedrógão do Alentejo, meados do 3.º milénio. Altura real: 66,81 mm. Verso: Cegonhas, no Pinhal da Poupa, perto da entrada para o Barrocal das Freiras, Montemor-o-Novo (para além de várias metáforas, uma pequena homenagem a Tim Burton...). Paginação e Artes finais: TVM designers Impressão: AGIR, Produções Gráficas 300 exemplares com capa dura, numerados. Brochado: ISBN: / Depósito Legal: /16 Capa dura: ISBN: / Depósito Legal: /16 Copyright, 2016, os autores. Toda e qualquer reprodução de texto e imagem é interdita, sem a expressa autorização do(s) autor(es), nos termos da lei vigente, nomeadamente o DL 63/85, de 14 de Março, com as alterações subsequentes. Em powerpoints de carácter científico (e não comercial) a reprodução de imagens ou texto é permitida, com a condição de a origem e autoria do texto ou imagem ser expressamente indicada no diapositivo onde é feita a reprodução. Volumes anteriores de esta série: LEISNER, G. e LEISNER, V. (1985) Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz. Estudos e Memórias, 1. Lisboa: Uniarch/INIC. 321 p. GONÇALVES, V. S. (1989) Megalitismo e Metalurgia no Alto Algarve Oriental. Uma aproximação integrada. 2 Volumes. Estudos e Memórias, 2. Lisboa: CAH/Uniarch/ INIC p. VIEGAS, C. (2011) A ocupação romana do Algarve. Estudo do povoamento e economia do Algarve central e oriental no período romano. Estudos e Memórias 3. Lisboa: UNIARQ. 670 p. QUARESMA, J. C. (2012) Economia antiga a partir de um centro de consumo lusitano. Terra sigillata e cerâmica africana de cozinha em Chãos Salgados (Mirobriga?). Estudos e Memórias 4. Lisboa: UNIARQ. 488 p. ARRUDA, A. M., ed. (2013) Fenícios e púnicos, por terra e mar, 1. Actas do VI Congresso Internacional de Estudos Fenícios e Púnicos, Estudos e memórias 5. Lisboa: UNIARQ. 506 p. ARRUDA, A. M. ed., (2014) Fenícios e púnicos, por terra e mar, 2. Actas do VI Congresso Internacional de Estudos Fenícios e Púnicos, Estudos e memórias 6. Lisboa: UNIARQ. 698 p. SOUSA, E. (2014) A ocupação pré-romana da foz do estuário do Tejo. Estudos e memórias 7. Lisboa: UNIARQ. 449 p. GONÇALVES, V. S.; DINIZ, M.; SOUSA, A. C., eds. (2015) 5.º Congresso do Neolítico Peninsular. Actas. Lisboa: UNIARQ/ FL-UL. 661 p. Lisboa, O cumprimento do acordo ortográfico de 1990 foi opção de cada autor.

3 índice APRESENTAÇÃO 11 ana catarina sousa antónio carvalho catarina viegas VICTOR S. GONÇALVES E A FACULDADE DE LETRAS DE LISBOA 15 paulo farmhouse alberto TEXTOS EM HOMENAGEM Da Serra da Neve a Ponta Negra em busca do Munhino I 21 ana paula tavares Reconstruir a paisagem 27 antónio alfarroba O «ciclo de Cascais». Victor S. Gonçalves e a arqueologia cascalense 33 antónio carvalho Os altares dos «primeiros povoadores da Lusitânia»: 45 visões do Megalitismo ocidental carlos fabião

4 Báculos e placas de xisto: os primórdios da sua investigação 69 joão luís cardoso Optimismo, pessimismo e «mínimo vital» em arqueologia 81 pré-histórica, seguido de foco em terras de (Mon)Xaraz luís raposo O Neolítico Antigo de Vale da Mata (Cambelas, Torres Vedras) 97 joão zilhão No caminho das pedras: o povoado «megalítico» das Murteiras (Évora) 113 manuel calado As placas votivas da «Anta Grande» da Ordem (Maranhão, Avis): 125 um marco na historiografia do estudo das placas de xisto gravadas do Sudoeste peninsular marco antónio andrade O Menir do Patalou Nisa. Entre contextos e cronologias 149 jorge de oliveira Percorrendo antigos [e recentes] trilhos do Megalitismo Alentejano 167 leonor rocha Os produtos ideológicos «oculados» do Terceiro milénio a.n.e 179 de Alcalar (Algarve, Portugal) elena morán Gestos do simbólico II Recipientes fragmentados em conexão 189 nos povoados do 4.º/ 3.º milénios a.n.e. de São Pedro (Redondo) rui mataloto catarina costeira Megalitismo e Metalurgia. Os Tholoi do Centro e Sul de Portugal 209 ana catarina sousa A comunicação sobre o 3.º Milénio a.n.e. nos museus do Algarve 243 rui parreira Informação intelectual Informação genética Sobre questões 257 da tipologia e o método tipológico michael kunst Perscrutando espólios antigos: o espólio antropológico 293 do tholos de Agualva rui boaventura ana maria silva maria teresa ferreira El Campaniforme Tardío en el Valle del Guadalquivir: 309 una interpretación sin cerrar j. c. martín de la cruz j. m. garrido anguita

5 Innovación y tradición en la Prehistoria Reciente del Sudeste 317 de la Península Ibérica y la Alta Andalucía (c Cal a.c.) fernando molina gonzález juan antonio cámara serano josé andrés afonso marrero liliana spanedda A Evolução da Metalurgia durante a Pré-História no Sudoeste Português 341 antónio m. monge soares pedro valério Bronze Médio do Sudoeste. Indicadores de Complexidade Social 359 joaquina soares carlos tavares da silva Algumas considerações sobre a ocupação do final da Idade do Bronze 387 na Península de Lisboa elisa de sousa À vol d oiseau. Pássaros, passarinhos e passarocos na Idade do Ferro 403 do Sul de Portugal ana margarida arruda Entre Lusitanos e Vetões. Algumas questões histórico-epigráficas 425 em torno de um território de fronteira amilcar guerra O sítio romano da Comenda: novos dados da campanha de catarina viegas A Torre de Hércules e as emissões monetárias de D. Fernando I 467 de Portugal na Corunha rui m. s. centeno Paletas Egípcias Pré-Dinásticas em Portugal 481 luís manuel de araújo À MANEIRA DE UM CURRICULUM VITAE, 489 SEGUIDO POR UM ENSAIO DE FOTOBIOGRAFIA Victor S. Gonçalves (1946- ). À maneira de um curriculum vitæ 491 Legendas e curtos textos a propósito das imagens do Album 549 Fotobiografia 558 LIVRO DE CUMPRIMENTOS 619 ÚLTIMA PÁGINA 623

6 AS PLACAS VOTIVAS DA «ANTA GRANDE» DA ORDEM (MARANHÃO, AVIS): UM MARCO NA HISTORIOGRAFIA DO ESTUDO DAS PLACAS DE XISTO GRAVADAS DO SUDOESTE PENINSULAR marco antónio andrade 1 resumo Escavada por Manuel de Mattos Silva em 1892, a «Anta Grande» da Ordem assumiu-se desde logo como paradigma da cultura megalítica alentejana. Em específico em relação às placas votivas, a sua quantidade e qualidade mereceram automaticamente a atenção dos investigadores, tendo sido precisamente utilizadas por José Leite de Vasconcellos nas suas Religiões da Lusitânia (1897) para ilustrar a originalidade destes elementos durante a Pré-História das antigas comunidades camponesas no território português. Este texto apresenta assim a análise as placas votivas recolhidas neste monumento megalítico alentejano, incluindo-a nos vectores de investigação do projecto PLACA-NOSTRA, não só por todas as questões que levantam (em termos de iconografia e imagética), mas também pelo próprio lugar que ocupam na historiografia do estudo das placas de xisto gravadas do Sudoeste peninsular. abstract Excavated by Manuel de Mattos Silva in 1892, the passage grave of Ordem 1 (designated as «Anta Grande», the «large dolmen») was immediately assumed as a paradigm of the megalithic culture of Alentejo. Regarding specifically the votive plaques, their quantity and quality automatically earned the attention of researchers, having been precisely used by José Leite de Vasconcellos in his Religions of Lusitania (1897) to illustrate the originality of these elements during the Prehistory of the ancient peasant communities in the Portuguese territory. This paper thus presents the analysis of the votive plaques collected in this megalithic monument, including it in the research vectors of the PLACA- -NOSTRA project, not only for all questions that they raise (in terms of iconography and imagery), but also by the very place that they occupy in the historiography of the study of the engraved of schist plaques in Southwest Iberia. 1 UNIARQ Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, Alameda da Universidade, Lisboa, Portugal. FCT. marcoandrade@campus.ul.pt 125

7 0. abrindo... Como já afirmado anteriormente, se há artefactos que justificam estudos individuais, mesmo que alheados de contextos específicos de recolha e sua associação a outros artefactos, estes são as placas de xisto gravadas que valem pelo seu valor iconográfico e simbólico intrínseco. Não é este o caso do conjunto da «Anta Grande» da Ordem, estando este a ser estudado juntamente com o restante espólio aí recolhido no âmbito da minha dissertação de Doutoramento (Geometrias do território megalítico na margem esquerda da Ribeira da Seda: tempos e espaços do Megalitismo na área meridional do Alto Alentejo), a apresentar à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, subsidiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/86232/2012) e orientada pelo Professor Victor S. Gonçalves. No entanto, dado a quantidade e qualidade deste espólio, excessiva para os parâmetros métricos actuais de um artigo científico, a sua publicação conjunta via-se dificultada. Neste sentido, apresenta-se agora o estudo individual destas placas votivas, nunca descurando contudo o conjunto votivo onde estão incluídas. Seria natural que a minha contribuição para este volume de homenagem ao Professor Victor S. Gonçalves incidisse sobre as placas de xisto gravadas, um caminho de estudo que ambos partilhamos há cerca de três lustros, desde a escavação de XZ-1 e STAM-3 (onde foram largamente discutidas à sombra do velho quercus suber), e prolongado pelo projecto PLACA-NOSTRA, na UNIARQ, no Museu Nacional de Arqueologia, no Museu de Évora, no Museu dos Serviços Geológicos... Vários motivos justificam o estudo individual das placas votivas da «Anta Grande» da Ordem. Desde logo, os próprios motivos iconográficos que exibem, com alguns exemplares verdadeiramente notáveis. Em segundo lugar, por se encontrar numa óbvia área de transição entre ambientes geo-culturais distintos: por um lado, encontra-se na área teórica de transição de dois grupos megalíticos diferenciáveis, o do Alto Alentejo e o do Alentejo Central; por outro, localiza-se na charneira de ambientes ecotónicos distintos, entre os contextos hercínicos na orla ocidental da zona de Ossa- -Morena e os depósitos terciários de enchimento do Tejo. Em último lugar, refira-se a sua importância historiográfica, visto ser um dos primeiros contextos em que se reconheceram placas de xisto gravadas, sendo as mesmas usadas como exemplo por José Leite de Vasconcellos nas suas Religiões da Lusitânia para ilustrar a «originalidade» das manifestações simbólicas das comunidades pré-históricas portuguesas em relação às suas congéneres europeias (Vasconcellos, 1897, p ). Com efeito, a quantidade e qualidade dos elementos recolhidos na «Anta Grande» da Ordem (apenas igualada à altura pela necrópole de Aljezur, sendo ambos contextos suplantados alguns anos depois por Brissos 6, com perto de quatro dezenas de elementos, juntando-se outros tantos recolhidos durante a intervenção posterior de Manuel Heleno), permitiu evidenciar a importância deste monumento na definição das práticas funerárias das comunidades do Neolítico final e Calcolítico no Sudoeste peninsular. 1. a «anta grande» da ordem A «Anta Grande» da Ordem foi escavada em 1892 por Manuel de Mattos Silva com o apoio de José Leite de Vasconcellos, no âmbito das acções do juiz da comarca de Ponte de Sor em monumentos megalíticos alto-alentejanos das áreas de Avis e Montargil tendo, especificamente na primeira área referida, escavado os monumentos de Ordem, Capela, Assobiador e São Martinho (Silva, 1895a, 1895b e 1896; Andrade, no prelo), sendo este espólio encaminhado para o Museu Etnológico (actual Museu Nacional de Arqueologia) apenas em Junho de 1910 (Vasconcellos, 1910). 126

8 FIG. 1. Localização da «Anta Grande» da Ordem. A: no Ocidente peninsular; B: no contexto dos monumentos megalíticos do Alto Alentejo e Alentejo central (base cartográfica: Google Maps, 2015). Localiza-se no concelho de Avis, freguesia do Maranhão, distrito de Portalegre. Implanta-se sobre uma pequena chã no extremo de um terraço fluvial incluído em contextos paleogénicos, na área imediata da confluência da Ribeira do Almadafe com a Ribeira da Seda, situada a poucas dezenas de metros de manchas de granitos alcalinos (que lhe servem de suporte construtivo). Trata-se assim de uma anta de granito, de grandes dimensões, de Câmara e Corredor diferenciados (constituindo o arquétipo dos monumentos megalíticos nesta área regional, segundo Andrade, 2009). A Câmara, poligonal, forma-se por sete esteios organizados a partir do esteio de Cabeceira, apresentando 3,30 m de diâmetro longitudinal e 3,60 m de diâmetro transversal. O Chapéu encontra-se in situ, com cerca de 3 m de diâmetro, apresentando duas «covinhas» na face externa. O Corredor, com 6,10 m de comprimento (Corredor longo), conserva 15 esteios in situ (sete no lado Sul, oito no lado Norte), estando orientado a 125 grados. Apresenta um curioso traçado rombóide, fazendo lembrar a planta das grutas artificiais das penínsulas de Lisboa e Setúbal. Inclui-se numa necrópole composta por 14 monumentos dispostos ao longo de ambas margens da Ribeira de Almadafe, compreendendo os monumentos de Ordem 1 a 7 (com os quais mantém relação visual directa), Gonçala 1 a 4 e Figueirinhas 1 a 3, sendo também espacialmente associáveis os monumentos de Antões 3, Galhardo e Entreáguas 1 a 5. Estes monumentos oferecem uma interessante variabilidade, tanto em termos arquitectónicos como em termos dos mobiliários votivos aí recolhidos sendo exemplos paradigmáticos para a definição da origem e desenvolvimento do Megalitismo funerário nesta área regional. FIG. 2. Em cima, perspectiva da «Anta Grande» da Ordem (adaptado de Silva, 1895a, p. 121); em baixo, as placas de xisto gravadas da «Anta Grande» da Ordem, segundo J. L. de Vasconcellos (1897, p. 153, , 160, figs ), representando os exemplares MNA , , , , e

9 FIG. 3. Em cima, aspecto da «Anta Grande» da Ordem na década de 90 do século passado (fotografia de Eduardo Palhais curandeiro, fadista e vidente, verdadeiro Zaratustra alentejano); em baixo, o núcleo megalítico da Ordem, visto a partir do povoado de Monte da Gonçala 1. Os monumentos encontram-se indicados pelas setas. FIG. 4. Planta da «Anta Grande» da Ordem, adaptando-se o levantamento de G. e V. Leisner (1959, Taf. 14) à realidade actualmente visível. Outros elementos de constituição da paisagem megalítica se encontram na sua envolvência imediata. Destaca-se a presença de menires, como Gonçala 5 (Calado, 2005; Calado et al., 2009), áreas de habitat, com realce para o povoado de Monte da Gonçala 1 (Rocha, 1999; Calado et al., 2009), e rochas com «covinhas», como Monte do Rato 2 e 3 (Rocha, 1999; Calado et al., 2009). 2. as placas votivas da «anta grande» da ordem Dado o número de placas votivas recolhidas na «Anta Grande» da Ordem, não se procederá neste texto à descrição individual de cada um dos elementos, como é meu preceito, mas seguir-se-á um esquema em que as placas serão descritas de acordo com as suas caractéristicas genéricas (em termos da decoração da Cabeça, do Separador Cabeço-Corpo e do Corpo, comentando-se individualmente alguns casos excepcionais). O conjunto inclui 19 placas votivas, às quais se somaria uma outra apresentada por Vergílio Correia como proveniente deste monumento (Correia, 1921, p. 77, fig. 61), mas referida por Georg e Vera Leisner como pertencente à anta de São Bernardo, Ponte de Sor (Leisner e Leisner, 1959, p. 75). Existe ainda uma certa confusão em relação ao número real de placas aqui recolhidas: Manuel de Mattos Silva refere a recolha de 15 exemplares (Silva, 1895a, p. 123); José Leite de Vasconcellos refere a recolha de 19 exemplares (Vasconcellos, 1910, p. 250); Georg e Vera Leisner apontam igualmente a recolha de 19 exemplares, referindo especificamente a recolha de 18 placas de xisto e uma placa de grés (Leisner e Leisner, 1959, p. 75). Foram utilizados na análise destas placas os critérios descritivos actualmente em uso na UNIARQ, no âmbito do projecto PLACA-NOSTRA (e expressos, por exemplo, em Gonçalves, 2003a, 2004a, 2004b, 2004c, 2011 e 2013). 128

10 quadro 1. características gerais e motivos dominantes ref. mna mp forma motivo dominante do corpo composição da cabeça perfs Xisto Sub- -rectangular Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Faixas horizontais preenchidas ladeando «Cabeça dentro da Cabeça» moldurada 1TC Grés Sub- -trapezoidal Lisa Lisa 1BTC Xisto Sub- -trapezoidal Faixas ziguezagueantes compartimentadas Faixas horizontais preenchidas ladeando «Cabeça dentro da Cabeça» moldurada 2TC Xisto Anfibólico Sub- -rectangular Motivo radiante central 2BTC Xisto Sub- -trapezoidal Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Faixas horizontais preenchidas ladeando a «Cabeça dentro da Cabeça» 2C Xisto Sub- -trapezoidal Faixas ziguezagueantes compartimentadas Faixas verticais-oblíquas preenchidas 1TC Xisto Sub- -trapezoidal Motivo caótico Motivo caótico 1BTC Xisto Sub- -rectangular Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Cabeça tri-partida 2BTC Xisto Sub- -trapezoidal Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Faixas verticais-oblíquas preenchidas 1BTC Serpentinito Sub- -trapezoidal Lisa Lisa 2TC Xisto Ovóide Lisa Lisa 1TC Serpentinito Sub- -rectangular Faixas ziguezagueantes não compartimentadas?? Xisto Sub- -rectangular Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Faixas horizontais preenchidas 1C Xisto Sub- -trapezoidal Motivo caótico?? Xisto Sub- -trapezoidal Motivo híbrido: bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima e motivo em xadrez Faixas horizontais preenchidas ladeando «Cabeça dentro da Cabeça» moldurada 1TC Xisto Sub- -rectangular Faixas ziguezagueantes não compartimentadas Faixas horizontais-oblíquas ladeado «Cabeça dentro da Cabeça» moldurada 1BTC Xisto Subrectangular Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Motivo híbrido: faixas verticaisoblíquas preenchidas e banda de triângulos preenchidos com o vértice para cima 1BTC Xisto Sub- -trapezoidal Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima, 1 banda com «triângulos ocos» Bandas horizontais-oblíquas preenchidas 1TC Xisto Sub- -rectangular Bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima Bandas verticais-oblíquas preenchidas 1TC 129

11 2.1. matérias-primas, dimensões, contornos e perfurações A larga maioria das placas utiliza xisto ardosiano como suporte, excluindo-se um exemplar em xisto anfibólico (MNA ), dois exemplares em serpentinito (MNA e ) e um exemplar em grés (MNA ). As alturas destas placas distribuem-se entre os 12 cm (correspondendo a um exemplar reaproveitado, MNA ) os 19,3 cm, havendo contudo uma grande incidência de placas com alturas dispostas entre os 14 cm e os 16 cm. Tratam-se maioritariamente, de acordo com a relação entre a altura e a largura da base, de placas médias com índices de alongamento compreendidos entre 1 e 2 valores, embora muitas apresentem índices elevados (acima de 1,85) aproximando-se a placas alongadas. Apenas duas placas se podem considerar alongadas, apresentando índices de 2,01 e 2,29 valores (correspondendo às placas MNA e , respectivamente). As espessuras distribuem-se entre os 0,4 cm e os 1,2 cm. Os contornos são exclusivamente geométricos, estando ausentes as placas de contorno antropomórfico. Dividem-se entre placas de recorte sub-trapezoidal (10 elementos) e de recorte sub-rectangular (oito elementos, alguns deles de feição sensivelmente rombóide), apresentando um único elemento «recorte ovóide» (correspondendo no entanto a uma «placa» usando como suporte um seixo de xisto achatado e sumariamente polido, MNA , sendo esta a sua forma «natural»). Praticamente todos os exemplares apresentam orifício de suspensão, não perceptível nas placas MNA e , fracturadas no terço distal. Encontram-se exemplares com uma perfuração (12 elementos) e com duas perfurações (cinco elementos), sendo estas de perfil cilíndrico, troncocónico (principalmente realizadas da Face para o Verso, à excepção da placa MNA , realizada do Verso para a Face) e bi-troncocónico (descentrado nas placas MNA e ) os motivos decorativos da cabeça As placas da «Anta Grande» da Ordem apresentam uma interessante diversidade em relação aos motivos decorativos da Cabeça, podendo-se mesmo dizer que não se encontram duas placas iguais (embora se registem casos muito semelhantes). A «Cabeça dentro da Cabeça» encontra-se representada por exemplares de feição triangular, trapezoidal (entre exemplares de lados rectos e de lados curvilíneos simétricos) e rectangular (MNA ). Encontra-se por vezes «moldurada», sendo delimitada por faixas laterais preenchidas (MNA , , e ) em oposição à delimitação por traços simples e excluindo os casos em que a «Cabeça dentro da Cabeça» se forma pelas linhas interiores das laterais da Cabeça (como nas placas MNA e , cuja decoração da Cabeça se compõe por faixas oblíquas-verticais preenchidas convergindo dos bordos para o Separador Cabeça-Corpo). As laterais da Cabeça das placas da «Anta Grande» da Ordem encontram-se maioritariamente decoradas com faixas horizontais preenchidas (sete elementos, ainda que um deles possa referir-se a decoração composta por faixas oblíquas-horizontais preenchidas convergindo dos bordos para a «Cabeça dentro da Cabeça», MNA ). Dois elementos apresentam as laterais da Cabeça decoradas com faixas radiais, correspondendo a faixas oblíquas-verticais preenchidas, formando as interiores a «Cabeça dentro da Cabeça» (já mencionado acima). Motivos singulares encontram-se nos exemplares MNA , e O primeiro não apresenta clara distinção entre a Cabeça e o Corpo, prolongando-se o motivo deste para além dos limites daquela (indicados pelo vértice do triângulo da «Cabeça dentro da Cabeça») e encimado por faixas oblíquas-verticais preenchidas; o segundo corresponde a um exemplar de «Cabeça tri-partida» (laterais completamente preenchidas, sem gravação de faixas); o terceiro exemplar apresenta motivo híbrido, composto por bandas de triângulos preenchidos com o vértice 130

12 para cima encimadas por faixas oblíquas-verticais preenchidas (notando-se ainda um pequeno erro de paginação na estruturação desta composição). Um comentário merece ainda a suposta área da Cabeça da placa MNA Apesar de aparentemente apresentar motivo único compondo a sua decoração, a não gravação do espaço triangular vazio na área central do topo (ao contrário do que sucede com a área central da base, onde um triângulo foi gravado preenchendo o espaço vazio) poderia transmitir a ideia subtil de uma «Cabeça dentro da Cabeça» os separadores cabeça-corpo A larga maioria das placas da «Anta Grande» da Ordem apresenta a separação entre a Cabeça e o Corpo indicada por traço simples. Separadores mais complexos encontram-se nas placas MNA e A primeira placa mostra um Separador Cabeça-Corpo (com cerca de 1,8 cm de espessura média) formado por uma faixa horizontal preenchida enquadrada por duas faixas horizontais lisas; a segunda placa apresenta um Separador Cabeça-Corpo (com cerca de 0,9 cm de espessura média) formado por duas faixas horizontais preenchidas acopladas. Poderia ser igualmente considerado como Separador Cabeça-Corpo a primeira banda de triângulos do Corpo da placa MNA Apesar de repetir o motivo decorativo genérico do Corpo, apresenta uma espessura visivelmente inferior (cerca de 1,4 cm) em relação à espessura das duas outras bandas (cerca de 3,4 cm e 4,5 cm). A já referida placa MNA não apresenta separação formal entre a Cabeça e o Corpo, visto o motivo decorativo deste invadir o espaço da Cabeça, estabelecido a partir do vértice do triângulo invertido formando a «Cabeça dentro da Cabeça» os motivos decorativos do corpo Percentualmente, regista-se nas placas da «Anta Grande» da Ordem uma notável maior incidência de exemplares decorados com bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima contando-se com oito exemplares, aos quais se poderá somar a placa MNA (com gravação caótica, mas onde são perceptíveis, mesmo que em esboço, a gravação de bandas de triângulos). O número de bandas varia entre três (MNA , , , , contabilizando também na placa a primeira banda assumida no ponto seguinte como possível Separador Cabeça-Corpo), quatro (MNA e ) e sete (MNA , contabilizando também a última banda assumida no ponto seguinte como possível Indicador de Fim de Corpo). Sobre a placa MNA , tratando-se de um exemplar reaproveitado por repolimento no terço inferior, não é possível afirmar com certezas o número total de bandas embora seja perceptível um mínimo de três (a terceira efectivamente truncada pelo reaproveitamento). Uma variante é apresentada pela placa MNA , sendo a banda central formada por «triângulos ocos». As placas gravadas com faixas ziguezagueantes encontram-se representadas por três elementos, divididos entre exemplares gravados com faixas ziguezagueantes compartimentadas (MNA e , nesta última invadindo o espaço formal da Cabeça, como referido acima) e não compartimentadas (MNA ). Poder-se-ia igualmente somar a este conjunto a placa MNA , aparentemente gravada com faixas ziguezagueantes lisas podendo contudo tratar-se de uma placa inacabada, discutida no ponto 2.6. Placas com motivos híbridos estão representadas por um único exemplar, MNA , apresentando o Corpo decorado com bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima na 131

13 metade superior e com campo de xadrez (com células de feição rectangular vertical) na metade inferior. Os campos exclusivos de xadrez são apenas sugeridos pela placa MNA , embora se considere este exemplar como um esboço, discutido no ponto 2.6. Motivos excepcionais são apresentados apenas pela placa MNA , ostentando motivo radiante central de cuidado acabamento (estruturado vertical e horizontalmente com linhas-guia). Trata-se de um motivo de todo raro no contexto da iconografia e imagética das placas de xisto gravadas do Sudoeste peninsular, discutido mais abaixo. Placas com gravação no Verso registam-se apenas no exemplar MNA , repetindo o motivo da Face. Tratando-se de um aparente esboço, será comentado no ponto 2.6. Na placa MNA , regista-se a gravação, no terço superior do Verso, de um traço horizontal, podendo corresponder ao ensaio da delimitação da Cabeça; a este encontram-se adossados, no lado esquerdo, oito traços verticais sensivelmente paralelos, não sendo clara a sua intenção e/ou significado bandas indicadoras de fim de corpo Um único elemento ostenta um claro Indicador de Fim de Corpo. Trata-se da placa MNA , tendo sido gravada junto à base uma faixa horizontal preenchida, separada do motivo decorativo do Corpo por uma faixa horizontal lisa. Da mesma maneira como se referiu acima para a placa MNA (em que a primeira banda de triângulos da decoração do Corpo poderia ser teoricamente interpretada como um Separador Cabeça-Corpo), para a placa MNA poder-se-ia fazer corresponder a última banda de triângulos (motivo decorativo genérico do Corpo) a uma aparente Indicador de Fim de Corpo. A sua espessura, de cerca de 4 cm, é manifestamente superior à espessura das restantes bandas, oscilando entre 1,4 cm e 2,2 cm. Outra característica que se poderá considerar como um Indicador de Fim de Corpo, mesmo que pela negativa (ou seja, pela sua ausência), encontra-se na placa MNA Com efeito, o espaço vazio rematando o motivo ziguezagueante poderá ser assumido precisamente como uma área referente a este campo morfológico, contrariando o horror vacui que se regista em placas com gravação deste género sendo normalmente gravados triângulos preenchidos ocupando o espaço vazio entre as quebras da última faixa ziguezagueante e o bordo inferior da placa placas reaproveitadas, placas anepígrafas, esboços e placas caoticamente gravadas Dentro daquilo que se poderá considerar como placas de «segunda categoria» (cf. abaixo a definição deste conceito), contam-se exemplares objecto de reaproveitamento, exemplares lisos, exemplares inacabados e exemplares com gravação caótica. MNA refere-se a uma placa reaproveitada, conservando cerca de 2/3 da peça original. O reaproveitamento caracteriza-se pela reconformação e repolimento do terço proximal, perpendicularmente ao eixo longitudinal da placa e seccionando a última banda de triângulos preenchidos do Corpo (num máximo possível de três, como referido acima). As placas lisas encontram-se representadas nos exemplares MNA , e O primeiro refere-se a uma placa de grés, o segundo a uma placa de serpentinito com perfuração dupla e o terceiro a um seixo achatado de xisto perfurado e com os bordos polidos Como placas inacabadas, em estado de esboço ou intencionalmente não terminadas, poderão ser apontadas as peças MNA e MNA A primeira corresponde a uma placa de 132

14 xisto sumariamente polida, de contorno sub-trapezoidal assimétrico, na qual foram gravadas linhas ortogonais formando campo em xadrez, na Face e no Verso. A segunda refere-se a uma placa de serpentinito gravada com faixas ziguezagueantes, sendo que o facto de não se encontrarem preenchidas (assim como a relativa assimetria do seu traçado) poderá levar a considerar esta peça como um exemplar inacabado. A placa MNA assume-se como um caso curioso, referindo-se a um exemplar com gravação caótica. Com efeito, apresenta uma série intricada de traços dispostos aparentemente sem sentido em toda a extensão da peça, ostentando assim uma decoração desordenada. No entanto, a desconstrução desta gravação permitiu inferir que, numa etapa inicial, ainda se procurou obedecer à paginação estruturante que baseia a decoração das placas de xisto gravadas «canónicas», com a delimitação clara da «Cabeça dentro da Cabeça» e das bandas decorativas do Corpo (assim como o esboço de triângulos preenchendo as mesmas). Posteriormente, a sua gravação terá degenerado para uma gravação final caótica e sem sentido aparente. quadro 2. principais medidas de referência ref. mna est. n.º perfs. alt alt cb alt sp alt cp lb lt ia dpf dpv esp Int. 1 19,3 4,5 15,8 10,2 8,5 1,89 0,9 0,4 0, Int. 1 15,7 9,6 6,0 1,64 0,6 0,5 1, Int. 2 16,6 5,1 11,5 10,8 7,4 1,54 0,6/0,6 0,5/0,6 0, Int. 2 16,3 11,8* 10,2 1,38 0,6/0,6 0,6/0,6 1, Int. 2 12,0 4,1 7,9 9,0 6,4 1,33 0,5/0,5 0,5/0,5 0, Int. 1 14,3 4,3 10,0 7,9 4,1* 1,81 0,3 0,6 1, Int. 1 14,6 5,5 9,1 8,4 5,3 1,74 0,7 0,8 1, Int. 2 14,7 4,3 10,4 6,4 6,0 2,29 1,1/1,0 0,8/0,8 1, Int. 1 15,4 4,8 10,6 11,1 7,1 1,39 0,7 0,6 0, Int. 2 12,7 9,8 6,0 1,29 0,6/0,6 0,3/0,3 1, Int. 1 12,8 7,8 5,0 1,64 0,9? 1, Prox.????? 8,0*???? 0, FRec. 1 14,1 4,8 1,4 7,9? 5,7*? 0,6 0,5 0, Prox.????? 9,9*???? 0, FRec. 1 18,7 5,0 1,8 11,9 9,8* 6,7 1,91 0,6 0,4 0, Int. 1 15,4 6,0 0,9 8,5 8,9 6,3* 1,73 0,7 0,6 0, Int. 1 18,5 4,2 / 14,3 9,2 7,4 2,01 1,1 0,9 1, Int. 1 16,4 5,3 / 11,1 10,2 6,3* 1,61 1,0 0,5 1, Int. 1 18,6 4,4 / 14,2 10,1 8,8 1,84 0,9 0,4 1,2 Legenda: ALT.: Altura medida num ponto central, em cm; ALT CB: Altura da Cabeça, em cm; ALT SP: Altura do Separador Cabeça/Corpo, em cm; ALT CP: Altura do Corpo, em cm; LB: Largura da Base, em cm; LT: Largura do Topo; IA: Índice de Alongamento (Altura/Largura da base): alongado (>2), médio (2-1), curto (<1); DPF: Diâmetro da Perfuração da Face; DPV: Diâmetro da Perfuração no Verso; ESP.: Espessura média. 133

15 FIG. 5. Placas votivas da «Anta Grande» da Ordem: MNA , , e

16 FIG. 6. Placas votivas da «Anta Grande» da Ordem: MNA , , e

17 FIG. 7. Placas votivas da «Anta Grande» da Ordem: MNA (Face e Verso), e

18 FIG. 8. Placas votivas da «Anta Grande» da Ordem: MNA , , e

19 FIG. 9. Placas votivas da «Anta Grande» da Ordem: MNA (Face e Verso), , e

20 FIG. 10. Estruturação da gravação da placa MNA , sendo evidente a delimitação da «Cabeça dentro da Cabeça» e das bandas de decoração do Corpo (e a gravação em esboço de triângulos dentro das mesmas), culminando numa gravação final caótica e sem sentido aparente. 139

21 3. a «anta grande» da ordem e as suas placas votivas no contexto das manifestações funerárias do sudoeste peninsular Como dito acima, a «Anta Grande» da Ordem forneceu, para além da expressiva colectânea de placas votivas, um conjunto significativo de espólio arqueológico estando actualmente em curso o estudo integrado da totalidade desta colecção no âmbito da minha dissertação de Doutoramento. Assim, juntamente com as placas votivas, foram recolhidos: Recipientes cerâmicos: vasos carenados de tipo Crato/Nisa (com decoração plástica), taça de boca elíptica, pequenas taças e esféricos, fragmento de «vaso-lucerna»; Artefactos de pedra lascada: pontas de seta (de base côncava, convexa ou triangular, em sílex e quartzo hialino), ponta de dardo em sílex, geométrico trapézio em sílex, núcleo prismático de lamelas em quartzo hialino; Artefactos de pedra polida: machados e enxós de anfibolito; Artefactos de adorno pessoal: contas de colar (de tipologias diversas, em xisto, serpentinito, talco e moscovite), «alfinetes» de osso (de cabeça amovível), pendente (de pedra verde); Espólio metálico: lâmina de cobre; Espólio osteológico: calcâneo e escafóide de bos sp. carbonizados; Outros artefactos e objectos: prismas de quartzo hialino, pequeno seixo de xisto alongado. Trata-se de um conjunto facilmente integrável entre finais do 4.º e a primeira metade do 3.º milénio a.n.e. (ratificado igualmente pelas características arquitectónicas do monumento), coincidindo com o apogeu do Megalitismo funerário na área do Sudoeste peninsular (Boaventura e Mataloto, 2013). Com diversos paralelos reconhecidos, lidos principalmente a nível da composição dos mobiliários votivos, a importância da «Anta Grande» da Ordem lê-se precisamente no contexto geo-cultural em que se enquadra. Com efeito, encontra-se na área teórica de transição de dois grupos megalíticos diferenciáveis, o do Alto Alentejo (caracterizado pelos monumentos do triângulo Crato-Nisa-Cáceres) e o do Alentejo Central (caracterizado pelos monumentos da linha Montemor- -Évora-Reguengos), assumindo-se o núcleo de Pavia (na qual se integra este monumento) como área de ligação entre estes dois «territórios» culturalmente distinguíveis, inscrevendo a «Anta Grande» da Ordem nos esquemas dinâmicos de interacção das comunidades megalíticas do Sudoeste peninsular (já definidos noutros contextos em Gonçalves, 2007b e 2011; Gonçalves et al., 2014; Sousa e Gonçalves, 2012; Andrade, 2013 e 2015b). Por outro lado, localiza-se na charneira entre os contextos hercínicos na orla ocidental da zona de Ossa-Morena e os depósitos terciários de enchimento do Tejo, coincidindo com o extremo ocidental da grande mancha megalítica alentejana (para além da qual as ocorrências megalíticas são mais esparsas, destacando-se a «ilha» constituída pelo núcleo de Montargil e um ou outro contexto de definição problemática, como Martim Afonso ou Monte da Barca). Em relação às placas votivas da «Anta Grande» da Ordem propriamente ditas, e em termos das suas características decorativas genéricas, regista-se uma maior incidência de exemplares decorados com bandas de triângulos preenchidos tendência que se reflecte no contexto genérico da decoração das placas de xisto gravadas e principalmente evidente em grandes conjuntos com fiabilidade estatística, como Aljezur, Monte da Barca, Brissos 6, Barrocal das Freiras 3, Paço 1, Xarez 1, tholos do Escoural, Anta Grande do Zambujeiro, Mitra e Olival da Pega 1 (colecções em estudo no âmbito do 140

22 projecto PLACA-NOSTRA, três deles já publicados em Gonçalves, 2004c, 2011 e 2013). Diga-se somente que se tratam maioritariamente de placas de fino acabamento, com decoração escrupulosamente estruturada e cuidadosamente gravadas. Desta maneira, mais do que evidenciar as especificidades genéricas deste conjunto, será mais proficiente seriar as suas especificidades distintivas no âmbito abstracto da iconografia e imagética das placas de xisto gravadas do Sudoeste peninsular, evidenciando tanto presenças como ausências. Começando pelas últimas, será de destacar a ausência de placas de recorte antropomórfico, de placas oculadas (ou com restante simbologia facial) e de placas decoradas com campos de xadrez. Em relação às primeiras, apesar de se tratarem de tipos claramente raros no contexto genérico das placas de xisto gravadas (onde dominam os exemplares de recorte e decoração geométricos), estão por vezes presentes mesmo em conjuntos pouco numerosos como Cabacinhitos, por exemplo (Gonçalves et al., 2005). No entanto, mesmo que estas características não estejam explicitamente indicadas, e voltando à velha discussão sobre o «antropomorfismo» das placas de xisto gravadas, poderemos dizer que todas as placas são antropomórficas ou pelo menos o é a ideia que lhes está implícita (Gonçalves, 2004a; Andrade, 2015a). Com efeito, a estruturação conjunta da «Cabeça dentro da Cabeça» e do Corpo, assim como a equiparação da dupla perfuração à representação de Olhos, possibilita esta leitura antropomórfica das placas de xisto gravadas (principalmente evidente, no conjunto da «Anta Grande» da Ordem, nos exemplares MNA , , , e ). Em relação às placas gravadas com campos de xadrez, poder-se-á dizer que este é manifestamente um tipo minoritário em termos percentuais, tendo em vista os grandes conjuntos acima referidos sendo mesmo extremamente raro no contexto cultural do grupo megalítico alto-alentejano (Gonçalves e Andrade, 2014). Na «Anta Grande» da Ordem encontram-se ausentes as placas cujo Corpo seja gravado exclusivamente com campos de xadrez (se excluirmos o seu esboço na placa MNA ), registando-se apenas a sua inclusão na placa híbrida MNA Sobre as presenças, devemos destacar a identificação de placas decoradas com motivo radiante central, de placas decoradas com banda de triângulos «ocos», de placas com Cabeça tri- -partida, de placas híbridas, de placas de «segunda categoria», de placas reaproveitadas e de placas de grés. A decoração composta por motivo radiante central trata-se de um tipo extremamente raro, com apenas seis exemplares conhecidos no contexto genérico do Sudoeste peninsular (de acordo com a literatura disponível), sem notória concentração em qualquer área regional/cultural específica estando presentes no Alto Alentejo, no Alentejo Central, no Alentejo Litoral, na Extremadura espanhola e na Andaluzia. Assim, para além da «Anta Grande» da Ordem (MNA ), foram identificadas nos monumentos de Dacosta 2 (Isidoro, 1973, fig. 14), Cebolinhos 1 (Leisner e Leisner, 1951, Est. XXXIV), Pedra Branca (Ferreira et al., 1975, fig. 13), El Esparragalejo (Leisner e Leisner, 1959, Taf. 52) e Santa Bárbara de Casa (Cerdán Marquez et al., 1952, Lám. XL). Este motivo poderá ser imageticamente interpretado como uma variante «barroca» das placas gravadas com motivo em X (cf. Gonçalves et al., 2014, a respeito deste motivo iconográfico). Refira-se ainda que este motivo na placa de Cebolinhos 1 é complementado com a gravação no Verso de faixas ziguezagueantes não compartimentadas, assim como na placa de Huelva parece ser gravado sobre um primeiro motivo composto por bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima tratando-se assim de um reaproveitamento por meio de re-gravação (cf. Gonçalves et al., 2003; Andrade, 2014 a respeito desta «técnica» de reaproveitamento). 141

23 FIG. 11. Comparação da placa MNA da «Anta Grande» da Ordem com outras placas decoradas com motivo radiante central: Dacosta 2, Crato (desenhado a partir de Isidoro, 1973, fig. 14); Cebolinhos 1, Reguengos de Monsaraz (desenhado a partir de Gonçalves, 1999, p. 120, fig. 5.5); Pedra Branca, Melides (redesenhado a partir de Ferreira et al., 1975, fig. 13); El Esparragalejo, Badajoz (redesenhado a partir de Leisner e Leisner, 1959, Taf. 52) e Santa Bárbara de Casa, Huelva (redesenhado a partir de Cerdán Marquez et al., 1952, Lám. XL). De notar, na placa de Santa Bárbara de Casa, a gravação de motivo radiante central sobre uma gravação prévia de bandas de triângulos preenchidos com o vértice para cima. 142

24 Exemplares com bandas gravadas com triângulos «ocos» são igualmente extremamente raros. A placa da «Anta Grande» da Ordem onde este motivo se regista (MNA ) encontra um paralelo absoluto, a nível local, na placa de Brissos 4 (Leisner e Leisner, 1959, Taf. 21). Com efeito e com semelhança extrema, ambas placas obedecem rigorosamente à mesma paginação estruturante, apresentando o mesmo tipo de decoração da Cabeça e o mesmo tipo de decoração do Corpo com espantosa coincidência do número de bandas (sendo que aquela com triângulos ocos é exactamente a central em ambas placas) e do número preciso de triângulos dentro de cada banda. Será de referir igualmente a placa de Lapeira 1, com o Corpo integralmente decorado com bandas de triângulos «ocos» (Leisner e Leisner, 1959, Taf. 17). As placas com Cabeça tri-partida, tratando-se este de um motivo específico de decoração da Cabeça (as designadas placas CTT, descritas por exemplo em Gonçalves, 2003b e 2007b) e embora com abundantes exemplos conhecidos (dispersos entre o Andaluzia e a Estremadura), são relativamente pouco frequentes no cômputo geral da decoração da Cabeça das placas de xisto gravadas. Este tipo de placas, aqui representadas pelo exemplar MNA , encontra-se igualmente em outros monumentos localizados na área imediata da «Anta Grande» da Ordem, como Forca Velha (Leisner e Leisner, 1959, Taf. 18) e Casa Branca 3 (Leisner e Leisner, 1959, Taf. 20) sendo de referir igualmente, já no espaço de Alter do Chão, o exemplar de Monte Redondo (Leisner e Leisner, 1959, Taf. 6). Sobre as placas híbridas (conceito definido em Gonçalves, 2006), genericamente caracterizadas por exemplares cuja decoração do Corpo conjuga dois motivos decorativos distintos, estas encontram-se representadas pela placa MNA , conciliando bandas de triângulos preenchidos com vértice para cima com campos de xadrez. Havendo igualmente numerosos exemplos para placas deste género, diga-se somente a este respeito que, ao tratarem-se efectivamente os motivos decorativos como identificadores estritos de grupos clânicos, a conjugação de motivos diversos numa mesma peça invalida de certa maneira esta leitura interpretativa (cf. Gonçalves, 2006; Andrade, 2015a). Encontram-se igualmente exemplares que poderão ser considerados como de «segunda categoria», atendendo às suas características formais básicas. Entende-se por placas de «segunda categoria» os exemplares que não se enquadram nas placas «típicas» (placas ditas comuns, que seguem as normas a nível de estruturação decorativa e gravação), referindo-se a placas inacabadas/ esboços, placas lisas, placas caoticamente gravadas ou até mesmo placas reaproveitadas como elementos de adorno ou como placas de «segunda geração» (Andrade, 2015a). Destaca-se o número expressivo destes elementos na «Anta Grande» da Ordem, contando-se com sete elementos num conjunto de 19 embora nas placas MNA , e outras leituras deverão ser consideradas. A primeira refere-se a uma placa de grés (discutida mais à frente), sendo extremamente vulgares os exemplares lisos no contexto alto-alentejano (especificamente em relação aos exemplares esculpidos com figurações antropomórficas); a segunda refere- -se a uma placa de serpentinito com dupla perfuração, sendo igualmente conhecidos os exemplares anepígrafos (no âmbito local, em Brissos 6, por exemplo); a última corresponde, como já dito, a um seixo achatado de xisto perfurado e com os bordos polidos. Qualquer um destes exemplares se poderá considerar como concluído, em termos de conformação e acabamento; o facto de não se encontrarem decorados deverá ser subvalorizado, podendo a decoração ter sido efectuada por meio de pintura, obliterada antes ou depois da sua recolha «arqueológica» (como uma certa pigmentação avermelhada na Face da placa MNA sugere). Como placas inacabadas, poderão ser considerados os exemplares MNA e O primeiro, uma placa de serpentinito, apresenta-se gravado com faixas ziguezagueantes não compartimentadas, que contudo não foram preenchidas; o segundo apresenta-se como uma placa de 143

25 contorno invulgar na qual foram gravadas linhas ortogonais (possível esboço de campos de xadrez), tanto na Face como no Verso. A placa MNA , considerando-se como uma placa com gravação caótica, não apresenta objectividade explícita. No entanto, e como referido acima, a desconstrução da gravação desta placa permitiu concluir que a mesma procurou obedecer à paginação estruturante que baseia a decoração das placas de xisto gravadas «canónicas», sendo evidente a delimitação clara da «Cabeça dentro da Cabeça» e das bandas decorativas do Corpo, tendo posteriormente degenerado para uma gravação final caótica e sem sentido aparente. Exemplos de placas reaproveitadas encontram-se no exemplar MNA Trata-se de uma placa de fino acabamento, tendo sido reaproveitada por meio de reconformação e repolimento do terço proximal, no sentido transversal da peça, motivado por factores desconhecidos mas posteriores à gravação final (visto a última banda da decoração do Corpo ser seccionada por este reaproveitamento). Será desnecessário discutir as causas e significados do reaproveitamento de placas de xisto gravadas, tendo esta temática sido já debatida em outros locais (Gonçalves et al., 2003; cf. também Lillios, 2010). Um exemplar que poderia ser considerado como integrável na categoria das «placas loucas» (conceito definido em Gonçalves, 2003b) é a placa MNA , sendo perceptível a assimetria na paginação da decoração da Cabeça. Contudo, este erro de paginação não influi deveras no resultado final do artefacto, sendo assim relativa a sua inserção naquela categoria. No entanto, e seja como for, a inclusão destas placas em conjuntos por vezes de grande qualidade e lado a lado com placas de xisto «típicas», como especificamente na «Anta Grande» da Ordem ou no já referido caso de Cabacinhitos (Gonçalves et al., 2005), manifesta por si só um valor simbólico intrínseco, não estando este estritamente dependente dos motivos decorativos (e de aparentes registos genealógicos e heráldicos, como defendido em Bueno Ramírez, 1992; Lillios, 2002 e 2008). Nestes casos, a decoração poderá ser assumida como um atributo «secundário», o que não parece possível caso as placas de xisto gravadas se tratassem efectivamente de elementos de identificação étnica. A presença de uma placa de grés (MNA ) não é invulgar neste contexto geográfico. Como dito acima, trata-se de um exemplar liso tipo extremamente usual no contexto alto-alentejano. No entanto, como bem notaram Georg e Vera Leisner (1959, p.75), não corresponde necessariamente às típicas placas de grés lisas alto-alentejanas, parecendo copiar os contornos e a perfuração das típicas placas de xisto gravadas. Assim, em termos de contextualização imediata, as placas votivas da «Anta Grande» da Ordem não destoam do que é conhecido neste núcleo megalítico. Com efeito, os restantes monumentos da área de Pavia (incluindo os das áreas confinantes de Mora, Avis e Arraiolos) dispõem de outras placas igualmente excepcionais, sendo de destacar a placa moldurada de São Dionísio 1, as placas com bandas de triângulos «ocos» de Lapeira 1 e Brissos 4, as placas de Cabeça tri-partida de Forca Velha e Casa Branca 3, a placa com motivo facial esquemático de Antões 3, a placa com faixas ziguezagueantes verticais não compartimentadas de Matalote 1, as «placas loucas» de Brissos 1 e Caeira 7 para não falar já do espantoso conjunto de Brissos 6, com perto de seis dezenas de exemplares com características iconográficas notáveis (colecção em estudo pelo signatário). 144

26 A localização deste núcleo na área teórica de transição entre os grupos megalíticos do Alto Alentejo e aqueles do Alentejo Central possibilita precisamente este cruzamento de influências culturais e o seu reflexo nas características da cultura material neste caso, na excepcionalidade e diversidade das placas votivas aqui presentes. Assim, para além da importância historiográfica do conjunto das placas votivas da «Anta Grande» da Ordem (sendo, como dito acima, um dos primeiros monumentos onde se identificaram estes artefactos em número considerável), destaca-se a sua importância para o estudo actual das placas de xisto gravadas (a nível de iconografia e imagética), podendo ser assumido como um dos conjuntos-chave para a definição e caracterização não só dos artefactos propriamente ditos, mas também dos diagramas de interacção mágico-simbólica das comunidades megalíticas do último quartel do 4.º e primeira metade do 3.º milénio a.n.e. no Sudoeste peninsular. 145

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