RESPOSTA DO GIRASSOL SUBMETIDO DOSES DE BORO E POTÁSSIO
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- Diogo Ramires Camarinho
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1 RESPOSTA DO GIRASSOL SUBMETIDO DOSES DE BORO E POTÁSSIO T. F. P. Paiva 1 ; H. de O. Feitosa ; G. C. Farias 3 ; R. J. da C. Silva Junior ; F. J. Ferreira 1 ; C. F. de Lacerda 5 RESUMO: Objetivou-se avaliar o efeito da adubação borácica e potássica no girassol cultiva Catissol.O delineamento utilizado foi em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas,com cinco repetições. As parcelas foram constituídas por cinco doses de boro (,,, e 8 kg ha -1 ) e as subparcelas por quatro níveis de nitrogênio (,3, e 9 kg ha -1 ). As plantas foram coletadas aos 7 dias após a semeadura e foram avaliadas quanto à altura, área foliar, massa seca da parte aérea e produtividade. A combinação da dose kg ha -1 de B com 9 kg ha -1 de K proporcionou maiores valores de altura, área folia, massa seca e produtividade. PALAVRAS-CHAVE: Helianthus annus L.; Nutrição, Produção. UNDER DOSE RESPONSE OF SUNFLOWER AND POTASSIUM BORON ABSTRACT: This study aimed to evaluate the effect of fertilization borácica and potassium in sunflower grown Catissol.O design was in randomized blocks in split plots with five replicates. The plots consisted of five doses of B (,,, and 8 kg ha-1) and the subplots of four nitrogen levels (, 3, and 9 kg ha-1). Plants were harvested at 7 days after sowing and were evaluated for plant height, leaf area, shoot dry weight and productivity. The combination dose of kg ha-1 of B with 9 kg ha-1 K led to the highest height, area revelry, dry weight and productivity. KEYWORDS: Helianthus annus L., Nutrition, Production. INTRODUÇÃO O girassol (Helianthus annuus L.) é uma oleaginosa que apresenta características agronômicas importantes, maior resistência à seca, ao frio e a pragas do que a maioria das espécies normalmente cultivadas no Brasil. Apresenta ampla adaptabilidade às diferentes condições edafoclimáticas e seu rendimento é pouco influenciado pela latitude, altitude e pelo fotoperíodo. A grande importância da cultura do girassol no mundo deve-se à excelente 1 Graduanda em Engenharia Agronômica, UFC, thamirespaiva@hotmail.com Doutorando em Engenharia Agrícola, UFC 3 Mestrando em Engenharia Agrícola, UFC Agrônomo, representante comercial da AGROAVES 5 Prof. no Depto de Engenharia Agrícola, UFC
2 T. F. P. Paiva et al. qualidade do óleo comestível que se extrai de sua semente e recentemente, utilizado também para biocombustível (PINA FILHO, 1). Apesar da ampla adaptação às condições climáticas, ela se desenvolve mais adequadamente em solo fértil e é uma cultura sensível à deficiência de boro, sendo umas das plantas utilizadas como indicadora de deficiência deste nutriente no solo (Ungaro, 199). O girassol é muito exigente em potássio, pois sua disponibilidade no solo deve ser média a alta, porque sua demanda é elevada, sendo esse nutriente o mais absorvido pelo girassol. A deficiência de boro, mesmo em casos não muito severos, provoca a deformação dos capítulos e compromete a viabilidade das sementes (Connor e Hall, 1997). Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o desenvolvimento vegetativo e a produção do girassol sob diferentes doses de boro e potássio. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na área experimental do Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UFC, numa área de 1 metros quadrado, em Fortaleza, CE (3 5 S; W e altitude de 19 m). O solo do local é classificado como argissolo vermelho amarelo (EMBRAPA, ), com textura média. Segundo a classificação de Köppen, a área do experimento está localizada em região de clima Aw. O girassol cultivar Catissol foi cultivado no período de novembro a janeiro de 1. O delineamento estatístico utilizado foi em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com cinco repetições, totalizando 5 parcelas e 1 subparcelas. As parcelas foram formadas por cinco doses de boro (,,, e 8 Kg ha -1 ) e as subparcelas por quatro doses de potássio (, 3,, 9 Kg ha -1 ). Cada subparcela teve o comprimento de,5 m, com 5 linhas de plantio. O espaçamento utilizado foi,8 m x,3 m, correspondendo a densidade de 1, plantas por hectare. A semeadura foi realizada em novembro, foram utilizadas quatro sementes por cova, e aos dez dias após a semeadura realizou-se o desbaste, deixando-se somente uma planta por cova. A adubação seguiu a recomendação da EMBRAPA (5), utilizando-se por sucos kg ha -1 de nitrogênio, 7 kg ha -1 de fósforo (P O 5 ).O superfosfato simples como fonte de fósforo foi aplicado em sucos enquanto as doses de ureia e cloreto de potássio foram fracionadas em duas aplicações, uma em fundação e a outra na cobertura, aos 3 DAP. Aos 7 DAP grupos de quatro plantas dentro da área útil de cada parcela foram utilizadas para a realização da medição de altura com trena metálica. Em seguida, as plantas foram coletadas, separando-se de início os limbos foliares para determinação da área foliar total (LI- 3, Li-Cor, Lincoln, USA), logo após, o material foi colocado na estufa para analise da produção de massa seca da parte aérea e da produtividade. Os estudos da análise de variância, análise de regressão e teste de médias foram realizados com o auxílio de planilhas eletrônicas do Excel e utilizando o software ASSISTAT 7.5 BETA. Uma vez havendo interação entre os fatores estudados fez-se a confecção dos gráficos e determinação das equações de superfícies de resposta utilizado o software TableCurve3D v... RESULTADOS E DISCUSSÃO A interação entre doses de boro e potássio para a altura do girassol foi significativa, ajustandose a um modelo polinomial de regressão. Por meio do estudo de superfície de resposta, constatou-
3 T. F. P. Paiva et al. se a altura máxima do girassol nas respectivas doses de B e de K de Kg ha -1 e 9 Kg ha -1 (Figura 1). Assim, a maior altura ocorreu quando a relação B:K na adubação foi de,7:1, confirmando a importância do suprimento desses nutrientes para a cultura do girassol. Na ausência desses nutrientes, o girassol atingiu altura de,3 cm, representando 33% da altura máxima obtida. Estudos constatados por Bonacin et al. (9).e Lima et al. (1), embora tenham observado diferença significativa entre doses de 1 a 5 kg ha -1, a máxima altura de planta foi observada na dose de 3 kg ha -1 foi de 1,18 m, altura essa inferior no estudo em questão. No estudo de superfície de resposta para área foliar do girassol (Figura ), observou-se que a dose de kg de B e 9 kg de K, interagiram significativamente para o máximo valor da variável estudada, obtendo um comportamento polinomial. Essas doses proporcionaram maiores valores de área foliar (37 cm - ), representando um percentual de 37% superior as plantas em condições de baixa disponibilidade desses nutrientes (sem adubação de B e de K). Resultado por Bonacin (), avaliando a aplicação de doses crescentes de boro (entre e, kg ha -1 ), em girassol cultivado em vasos, com Latossolo Vermelho, observou que não houve diferença significativa das doses do elemento nas variáveis de crescimento vegetativo, como altura das plantas e área foliar, além da produção de matéria seca do caule. Na Figura 3 está representada pela produção de matéria seca da parte aérea (MSPA) do girassol submetida à interação das doses de B e de K. Observa-se um comportamento polinomial da MSPA das plantas do girassol convergindo para maiores valores de massa seca na junção das doses de e 9 Kg ha -1 de B e K, respectivamente, proporcionando uma MSPA de 175 g planta -1 sendo superior as plantas sem adubação (Testemunha) em 3%. Estudo realizado por Queiroga (11). na Chapada do Apodi-RN, utilizando doses de a 1 kg ha -1 de potássio e de a 3, kg ha -1 de boro, na cultura do girassol, não foi verificado influencia significativa nas características vegetativa e de produção. Marchetti et al.,(1) observou que o maior rendimento de massa seca do girassol em ambiente protegido foi alcançado com a adição de 1, mg.dm -3 de B., utilizando como fonte o bórax. A superfície de resposta obtida na Figura prediz que a produtividade do girassol foi influenciada pela interação entre as doses de boro e de adubação potássica, apresentado um comportamento polinomial. Observa-se que na dose de boro ( kg ha -1 ) e maior dose de potássio (9 kg ha -1 ), foi obtido a maior produtividade com 19,99 kg ha -1, representando um percentual de 318% superior ao tratamento onde não recebeu adubação borácica e potássica Verifica-se ainda que quando as plantas foram adubadas com dose equivalente a 8 kg ha -1 e com 9 kg de K seu rendimento produtivo decresceu comparado ao tratamento com kg ha -1 de B e 9 kg ha -1 de K. Bonacin (9) verificou que as doses de, 1,, 3, e kg ha -1 de boro não influenciaram na produtividade do girassol, obtendo um valor médio de.559 kg ha -1. Caletti e Vázquez-Amábile () trabalhando com três híbridos de girassol em solos da Argentina, sob dose de boro entre a 7 kg ha -1 e teor inicial de B no solo de,8 a 1 mg dm -3 obtiveram produtividades entre.3 e.539 kg ha -1 CONCLUSÃO Nas condições edafoclimáticas do estudo, conclui-se que as dosagem com kg ha -1 de boro e 9 kg ha -1 de potássio resultaram no maior crescimento vegetativo e maiores produtividades, alcançando 19,99 kg de grãos ha -1.
4 Altura (cm) Altura (cm) T. F. P. Paiva et al. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq e ao INCTSal pelo financiamento desta pesquisa e a CAPES pela concessão da bolsa de estudo. REFERÊNCIAS Bonacin, A. G. Crescimento de plantas, produção e característica das sementes de girassol em função de doses de boro. Tese de Doutorado. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-Unesp. Jaboticabal, São Paulo. 98 p. BONACIN, G, A.; RODRIGUES, T.J.D.; CRUZ, M.C.P. & BANZATTO, D. A. Características morfofisiológicas de sementes e produção de girassol em função de boro no solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, 13: p , 9. CALETTI, M.J. & VÁZQUEZ-AMÁBILE, G. Evaluación del efecto de la fertilización con boro para híbridos de girasol en suelos Haplustoles Énticos de Gral. Pico, Departamento de Maracó, Prov. de La Pampa. Revista de la Facultad de Agronomia, : p.5-9,. QUEIROGA, F. M de. Resposta da cultura do girassol a doses de potássio, magnésio, boro, zinco, cobre e a fontes de nitrogênio. Mossoró-RN, Universidade Federal Rural do Semiárido, Fevereiro de p.il. Dissertação. PINA FILHO Disponível em 3 de jan. 1. MARCHETTI, M. E.; MOTOMYA, W. R.;FABRÍCIO, A. C.; NOVELINO, J. O Resposta do girassol, Helianthus annuus, a fontes e níveis de boro. Acta Scientiarum Maringá, v. 3, n. 5, p , 1 UNGARO, M. R. G. Cultivo e processamento de girassol. Tecnologia e Treinamento Agropecuário, v., n.17, p.3,. Ungaro, M. R. G. Girassol (Helianthus annuus L.). Boletim Informativo do Instituto Agronômico, v., p Connor, D. J.; Hall, A. J. Sunflower physiology. In: Schneiter, A. A. (ed.). Sunflower technology and production. Madison: ASA, CSSA & SSSA, cap. 3, p.113, 18. Monograph, 35. LIMA, A.D.; MARINHO, A.B. & CAMBOIM NETO, L.D.; Efeito da adubação borácica na cultura do girassol. In: IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, 1. CD-Rom. Silva, F. A. S; Azevedo, C. A. V. Principal Components Analysis in the Software Assistat-Statistical Attendance. In: WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN AGRICULTURE, 7, Reno-NV-USA: American Society of Agricultural and Biological Engineers, Área foliar= 785, ,11x + (- 1,19x ) +,7x 3 + 9,81y + (- 333,81*y ) + 7,7y 3 + (-5,35y ) R =,9** Altura = 13, + 9,95 * 1-3 /x + (-,53*y) + ( -5,11*1-599 * x ) +,5 * y + 5,1*y/x R =,97** Figura 1 - Altura das plantas de girassol, em função da adubação borácica e potássica.
5 Produtividade (kg ha-1) Matéria Seca (g planta-1) Área Foliar (cm-) Área Foliar (cm-) T. F. P. Paiva et al MSPA= 31, + 1,9x + (-,x ) +,9x 3 + 7,79y + (- 13,35*y ) + 3,99y 3 + (-,19y ) R =,98** Figura Área foliar das plantas de girassol, em função da adubação borácica e potássica Produtividade= 78, +,8x + (-,99x) +,9x3 +,38y + (-318,*y) + 73,17y3 + (-5,17y) R =,95** Figura 3 Massa seca da parte aérea das plantas de girassol, em função da adubação borácica e potássica Figura Produtividade das plantas de girassol, em função da adubação borácica e potássica.
Palavras-chave: Jatropha curcas L., parâmetros de crescimento, nitrogênio, adubação mineral.
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