Acidentes de trabalho: número e taxa de incidência

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1 ESTATÍSTICAS DO TRABALHO ACIDENTES DE TRABALHO: síntese estatística Breve nota: os indicadores relativos aos acidentes de trabalho, resultam do tratamento estatístico dos dados administrativos, recolhidos através das participações remetidas às seguradoras e referentes ao momento da ocorrência do acidente, e dos mapas de encerramento de processo relativos à data do encerramento propriamente dito, ou, no limite, um ano após a ocorrência do acidente, caso este ainda não esteja clinicamente concluído. O regime jurídico dos acidentes aqui mencionados é o constante na Lei nº100/97 de 13 de Setembro, na Lei nº98/2009 de 4 de setembro e no Decreto-Lei nº143/99 de 30 de Abril. Os dados relativos ao ano de 2013 incluem os acidentes com subscritores da Caixa Geral de Aposentações, conforme estabelecido no Regulamento (EU) nº 349/2011, da Comissão. Acidentes de trabalho: número e taxa de incidência Em 2013, ocorreram na acidentes de trabalho, sobressaindo como o ano com menor número de sinistros desde o início do milénio, apesar de incluir os acidentes registados no setor público. Este número representa um decréscimo de 2,5 face a 2012 (menos 81 acidentes) e de (-) 21,7 em relação a 2000 (menos 891 acidentes). Por sexos, 71,0 (2 288) das ocorrências registadas em 2013 atingiram homens e 29,0 (936) mulheres, contra, respetivamente, 84,7 e 15,3 em NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO, POR ANOS E SEXOS Total Homens Mulheres Ano 2002: valor anómalo; por sexos em 2000, 2001 e 2003 do total devido à não atribuição de género às vítimas de algumas ocorrências

2 Se relativizarmos o número de acidentes com o universo da população trabalhadora sujeita a risco de sofrer acidente, verifica-se que a taxa resultante se situa, em 2013, nos 296,3 acidentes por cada trabalhadores, valor inferior em cerca de 35 aos 453,7 registados no ano Note-se que no volume de acidentes de 2013 estão contabilizadas as ocorrências registadas em todo o setor público, e a população alvo (i. é, sujeita a risco) acrescida de todos os trabalhadores deste mesmo setor. TAXA DE INCIDÊNCIA (1) DOS ACIDENTES DE TRABALHO, POR ANOS 486, , , ,0 458,6 437,1 448,0 442,5 439,6 407,8 405,3 407, ,3 250 Fonte: Acidentes de (1) trabalho Taxa de - incidência: Direção Regional número do de Trabalho acidentes e GEP por cada trabalhadores sujeitos a risco Acidentes de trabalho por atividades e dimensão da empresa A Construção, com 596 ocorrências, foi ainda a atividade que registou, em 2013, o maior volume de acidentes de trabalho, mas revelando um acentuado decréscimo, superior a 60, face a NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO, POR ATIVIDADES, SEGUNDO OS ANOS Total dos Acidentes ATIVIDADES Total Agricultura, Silvicultura, Caça e Pesca Indústrias, Construção, Energia e Água das quais Indústrias Transformadoras Construção Serviços dos quais Comércio Alojamento e Restauração Transportes, Armazenagem e Comunicações Quanto à distribuição dos acidentes pelas entidades empregadoras em que ocorreram, em função da sua dimensão, verifica-se que foram as micro e pequenas empresas (1 a 9 e 10 a 49 pessoas)

3 que, conjuntamente, concentraram em 2013 cerca de metade (45,7) dos sinistros, valor superior em 10,7 pontos percentuais ao registado em DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO POR DIMENSÃO DA EMPRESA, SEGUNDO OS ANOS 40,0 30,0 20,0 10,0 DIMENSÃO 0,0 1-9 Pessoas 12,4 16,6 16,0 16,8 15,4 16,8 16,9 16,8 17,2 17,9 18,1 19,9 19, Pessoas 22,6 28,8 27,2 30,7 31,2 33,8 30,2 29,1 28,5 25,6 28,5 25,9 26, Pessoas 11,7 13,5 10,8 12,2 14,0 12,9 15,5 16,0 15,0 15,2 11,9 14,6 12, Pessoas 8,7 12,4 11,7 11,5 11,4 10,4 9,1 8,3 10,3 9,9 11,6 11,3 12,3 250 e mais Pessoas 18,5 20,0 25,0 22,5 23,3 23,1 25,1 26,9 25,8 27,7 25,8 24,6 24,7 26,1 8,9 9,2 6,3 4,7 3,0 3,2 2,9 3,1 3,7 4,1 3,5 4,5 1-9 Pessoas Pessoas Pessoas Pessoas 250 e mais Pessoas Acidentes de trabalho com e sem dias de ausência e dias perdidos Entre 2000 e 2013, os acidentes de muito pouca ou nula gravidade e, consequentemente, sem impacto nos custos, isto é, sem dias de trabalho perdidos, aumentaram a sua preponderância em cerca de 14 pontos percentuais, ao passarem o seu peso de 24,4 em 2000, a que correspondem sinistros, para 38,0 em 2013 a que correspondem sinistros. PERCENTAGEM DE ACIDENTES DE TRABALHO SEM DIAS DE AUSÊNCIA (1) NÚMERO DE DIAS DE TRABALHO PERDIDOS EM ACIDENTES, POR ANOS (1) Percentagem face ao total dos acidentes não mortais Paralelamente, o volume de dias de trabalho perdidos pelos acidentados reduziu-se igualmente forma expressiva, em 26,8, a que correspondem menos dias.

4 Acidentes de trabalho por escalões etários Na distribuição dos acidentados por idades, a grande maioria tinha entre 25 e 44 anos em qualquer dos anos da série , mas com ligeira tendência para o decréscimo. De realçar a acentuada diminuição dos sinistrados com menos de 25 anos, que passaram de cerca de um quinto (19,0) da globalidade dos sinistrados em 2000, para menos de 8 no ano de DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTADOS, SEGUNDO O ESCALÃO ETÁRIO Anos 13,5 55 e + Anos 5,4 ANO 2000 ANO ,5 < 25 Anos 19, Anos 23,5 55 e mais Anos 10,9 1,8 < 25 Anos 7, Anos 25, Anos 27,5 57, Anos 30, Anos 30,9 56,2 Acidentes de trabalho: causas, circunstâncias e consequências No domínio das variáveis que caraterizam os acidentes de trabalho propriamente ditos, é de salientar que, no ano de 2013 não se registaram alterações significativas face aos anos anteriores. Assim, é de destacar, quanto ao Tipo de Local em que os mesmos ocorreram, que a maioria dos sinistrados se encontravam a exercer a sua atividade em Locais de Atividade Terciária, Escritórios e Entretenimento (29,8), em Estaleiros, Construções, Pedreiras (17,0), e em Zonas Industriais (16,8). 75,7 das ocorrências verificaram-se quando os sinistrados procediam ao Transporte Manual de Objetos, estavam em Movimento, ou realizavam as suas tarefas com Ferramentas de Mão. Dos acontecimentos desviantes que provocaram maior número de acidentes realça-se o Movimento do Corpo Sujeito a Constrangimento Físico (34,9), o Escorregamento com

5 Queda (19,2) e a Perda Total /Parcial do Controlo de Máquinas, Meios de Transporte, Equipamento Manuseado, Ferramentas ou Objetos (18,8). Dos acontecimentos associados aos acidentes, o mais frequente foi o Constrangimento Físico do Corpo, Constrangimento Psíquico, indicado em 34,6 das situações, a que se seguiu o Esmagamento em Movimento Vertical ou Horizontal Sobre/Contra Objeto Imóvel (a vítima está em movimento), responsável por 26,1 dos acidentes e as Pancadas (15,7). Quanto às consequências dos acidentes, 39,2, dos sinistrados sofreram feridas e lesões superficiais. Já no que respeita às partes do corpo mais atingidas pelos acidentes, sobressaem as localizadas nas Extremidades Superiores, com 33,1 e nas Extremidades Inferiores, com 24,1. Acidentes mortais Em 2013, os acidentes de trabalho provocaram, tal como em 2000, 5 vítimas mortais, das quais 2 que estavam ao serviço de entidades empregadoras do setor da Construção (3 em 2000). 20 NÚMERO DE ACIDENTES MORTAIS, POR ANOS Total Construção