GEOPROCESSAMENTO Compatibilidade e Integração de dados. Prof. Luiz Henrique S. Rotta

Transcrição

1 GEOPROCESSAMENTO Compatibilidade e Integração de dados Prof. Luiz Henrique S. Rotta

2 COMPATIBILIDADE E INTEGRAÇÃO DE DADOS A integração de dados de diferentes fontes, gerados pelos mais diversos procedimentos, com o objetivo de compor a base de dados de um certo projeto, traz consigo algumas preocupações constantes dos usuários de SIG. É importante que a informação a respeito dos parâmetros da projeção cartográfica e do datum planimétrico seja armazenada de forma explícita e usada coerentemente quando necessário

3 DATUM Sistema de referência Elipsóide, de um certo tamanho, posicionado e orientado na Terra Eixo de rotação da Terra e eixo do elipsóide paralelos Definido por 5 parâmetros: raio equatorial, achatamento, componentes de um vetor (3 parâmetros) de translação entre o centro da Terra real e o do elipsóide

4 DATUM Problema típico na criação da base de dados de um SIG aqui no Brasil: coexistência de vários sistemas geodésicos de referência: Córrego Alegre, SAD-69 SIRGAS 2000 WGS-84 Usuários de SIG devem escolher projeção e datum sempre que precisam realizar entrada ou importação de dados (ex.: SPRING) As coordenadas geodésicas são definidas sobre a superfície de referência do datum selecionado e portanto, variam de datum para datum

5 DATUM

6 DATUM

7 DATUM Deve ser desfeito o mito da invariabilidade das coordenadas geodésicas. As diferenças entre Córrego Alegre e SAD-69, por exemplo, traduzem-se em discrepâncias de algumas dezenas de metros sobre a superfície do território brasileiro. Essas discrepâncias são negligenciáveis para projetos que envolvam mapeamentos em escala pequena, mas são absolutamente preponderantes para escalas maiores que 1: (d Alge, 1999)

8 CÓRREGO ALEGRE E SAD-64 Orientação Topocêntrica Córrego Alegre - elipsóide de Hayford, cujas dimensões sempre foram consideradas convenientes para a América do Sul. SAD-69 - elipsóide da União Astronômica Internacional (IAU), homologado em 1967 pela Associação Internacional de Geodésia.

9 SIRGAS 2000 Orientação Geocêntrica SIRGAS - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas Mudança para SIRGAS 2000 até 2014 Adotando-se o referencial geocêntrico, será possível fazer uso direto da tecnologia de GPS

10 ESTAÇÕES QUE COMPÕEM A NOVA REALIZAÇÃO SIRGAS

11 PROBLEMA DE DIFERENTES SISTEMAS DE ORIENTAÇÃO GEODÉSICA Os dados fornecidos pelo SAD69 e pelo SIRGAS2000 não são compatíveis entre si, ou seja, não podem ser inseridos num mesmo mapa Erro SIRGAS 2000 para SAD-69: DX = +67,35 m DY = -3,88 m DZ = +38,22 m

12 PROBLEMA DE DIFERENTES SISTEMAS DE ORIENTAÇÃO GEODÉSICA

13 INTEGRAÇÃO DE DADOS Determinadas projeções cartográficas requerem um certo cuidado na construção e manutenção da base de dados. Caso típico: problema das zonas ou fusos da projeção UTM. Cada zona UTM tem seu próprio sistema de coordenadas planas, de modo que mapas separados por uma borda de zona não se articulam em termos de coordenadas planas.

14 Greenwich Equador

15 FUSOS UTM

16 INTEGRAÇÃO DE DADOS PROJEÇÃO UTM Nestes casos críticos (limite dos fusos) há dois procedimentos. Pode-se dividir o projeto em dois ou mais projetos UTM, um para cada zona. Os resultados das análises em cada projeto podem ser re-mapeados para outra projeção cartográfica mais conveniente para elaboração do mapa final. Outra possibilidade é estender a principal zona UTM a toda a região do projeto: deformações podem ser introduzidas

17 INTEGRAÇÃO DE DADOS PROJEÇÃO UTM Cada fuso UTM é uma projeção diferente, não se pode unir mapas de dois fusos nesse sistema de projeção. Uma pequena sobreposição (40 km) ou 30 entre os fusos evita a necessidade de modificação do sistema de projeção para áreas pequenas nos limites entre fusos. Para áreas grandes (escalas pequenas) nessa situação, é necessário utilizar outra projeção.

18 INTEGRAÇÃO DE DADOS PROJEÇÃO UTM

19 INTEGRAÇÃO DE DADOS PROJEÇÃO UTM

20 INTEGRAÇÃO COBERTURA DE DADOS Área de estudo requer mais de uma carta topográfica ou mais de uma imagem de satélite Necessário realizar o mosaico das imagens.

21 INTEGRAÇÃO DE DADOS Certos erros costumam aparecer nos dados que são combinados ou integrados.

22 INTEGRAÇÃO DE DADOS Num outro exemplo que integra um mapa de solos com um de vegetação numa área de estudo no litoral, a linha de costa está representada nos dois mapas. O usuário deve escolher a melhor representação (mais recente, mais exata) e digitalizar a linha de costa que está presente somente em um dos mapas, copiando-a para o plano de informação do outro mapa.

23 INTEGRAÇÃO DE DADOS

24 EDIÇÃO DE POLÍGONOS COM TOPOLOGIA Editar linhas Ajustar Formar polígonos

25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Introdução à ciência da geoinformação. Editado e organizado por: Gilberto Câmara, Clodoveu Davis e Antônio Miguel Vieira Monteiro. Disponível em: IBGE -

26 ATIVIDADE PRÁTICA Criar Banco de Dados e Projeto

27 ATIVIDADE PRÁTICA Importar imagem Landsat_BGR123.tif (Sintética) Observar Datum e Projeção do arquivo Importar arquivo shapefile Hidrografia_lin.shp Observar Datum e Projeção do arquivo Testar UTM SIRGAS 2000 Testar UTM SAD-69