Adicional de insalubridade AULA 4. Adicional de periculosidade Parcelas não integrativas da remuneração Sistema de proteção da remuneração
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- João Lucas Paranhos Natal
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1 REMUNERAÇÃO
2 Adicional de insalubridade AULA 4 Adicional de periculosidade Parcelas não integrativas da remuneração Sistema de proteção da remuneração
3 DIREITO DO TRABALHO ADICIONAIS DE RISCO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE Prof. Bianca Bastos
4 ADICIONAIS DE RISCO Adicional insalubridade = risco à saúde; Adicional periculosidade = risco de vida
5 INSALUBRIDADE e PERICULOSIDADE Constituição Federal Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; A insalubridade no dicionário é identificado como causa de doença!! Esta matéria está inserida na área da Medicina e Higiene do Trabalho.
6 DESTINATÁRIOS São destinatários os empregados urbanos e rurais e os trabalhadores avulsos Quanto aos portuários que trabalhem na área do porto Adicional de risco Fundamento: art. 14 da Lei 4.860/65 = para eles não há periculosidade/insalubridade
7 DESTINATÁRIOS Art 14 da Lei 4.860/65. A fim de remunerar os riscos relativos à insalubridade, periculosidade e outros porventura existentes, fica instituído o "adicional de riscos" de 40% (quarenta por cento) que incidirá sôbre o valor do salário-hora ordinário do período diurno e substituirá todos aquêles que, com sentido ou caráter idêntico, vinham sendo pagos. 1º Êste adicional sòmente será devido enquanto não forem removidas ou eliminadas as causas de risco. 2º Êste adicional sòmente será devido durante o tempo efetivo no serviço considerado sob risco.
8 DESTINATÁRIOS Para os portuários que se ativam em terminal privativo não se aplica o ADICIONAL DE RISCO, mas os ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE OJ 402 da SDI-1. Adicional de risco. Portuário. Terminal privativo. Arts. 14 e 19 da Lei nº 4.860, de Indevido. (DeJT 16/09/2010. Mantida - Res. 175/ DeJT 27/05/2011) O adicional de risco previsto no artigo 14 da Lei nº 4.860, de , aplica-se somente aos portuários que trabalham em portos organizados, não podendo ser conferido aos que operam terminal privativo.
9 MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o enquadramento dos AGENTES INSALUBRES As NRs apresentam princípios norteadores para implantação de um programa de higiene ocupacional a ser complementado com metodologias de avaliação ambiental da FUNDACENTRO A higiene ocupacional é ciência que se dedica à prevenção, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes e originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde do homem e o bem estar das pessoas no trabalho, causando impactos no meio ambiente em geral
10 MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o enquadramento dos AGENTES INSALUBRES A Norma Regulamentar 15 (NR 15) da Portaria 3.214/78 caracteriza as atividades e operações insalubres baseado nas avaliações quantitativas e qualitativas, dependendo do agente envolvido, orientando o empregador a pagar o adicional devido ao empregado A NR 15 (e também a NR 09 que regulamenta o PPRA) define os riscos ambientais que são potenciadores de atividades e operações insalubres
11 INSALUBRIDADE : CLT PREVISÃO LEGAL Art Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes
12 MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o enquadramento dos AGENTES INSALUBRES A Norma Regulamentar 15 (NR 15) caracteriza as atividades e operações insalubres baseado nas avaliações quantitativas e qualitativas, dependendo do agente envolvido, orientando o empregador a pagar o adicional devido ao empregado A NR 15 (e também a NR 09 que regulamenta o PPRA) define os riscos ambientais que são potenciadores de atividades e operações insalubres
13 INSALUBRIDADE : CLT PREVISÃO LEGAL Art Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes
14 INSALUBRIDADE Adicional de insalubridade é devido àquele trabalhador que esteja sujeito a risco à sua saúde, enquanto executar o trabalho Agressão à saúde Decorre de Agentes físicos Agentes químicos Agentes biológicos Agentes psicológicos?
15 INSALUBRIDADE A interpretação do art. 189 da CLT dispõe no sentido de que a caracterização da insalubridade depende de uma avaliação quantitativa da intensidade dos agentes físicos e sua comparação com os limites de tolerância Entretanto, a interpretação dos Anexos da NR 15 leva à constatação de que a caracterização da insalubridade acontecerá por duas formas: avaliação quantitativa e avaliação qualitativa. Há um conflito entre as normas!!
16 MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e RISCOS AMBIENTAIS Riscos ambientais: Agentes físicos Ruído Calor Vibrações Frio Umidade Radiações ionizantes Radiações não ionizantes Pressões (anormais)
17 MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e RISCOS AMBIENTAIS Riscos ambientais: Agentes químicos Anexo 13 Substâncias químicas na forma de: Gases Vapores Aerodispersóides
18 Agentes químicos Anexo 13 da NR 15 apresenta a relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos tipo: arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, mercúrio, silicatos, substâncias cangerígenas e operações diversas (outros produtos especificamente listados no anexo) Enquadramento feito por avaliação qualitativa: segundo a caracterização da atividade do funcionário dentro do que determina o Anexo 13
19 MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e RISCOS AMBIENTAIS Riscos ambientais: Agentes biológicos Anexo 14 Este anexo relaciona as atividades e não os agentes; Ex.: pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas = grau máximo
20 AGENTE BIOLÓGICO As atividades relacionadas são aquelas que o MTE entende que apresentam maior risco devido a contato com microorganismos, encontrados nos ambientes e equipamentos utilizados no exercício do trabalho, com alto potencial para provocar doenças nos trabalhadores Trabalhadores protegidos: médicos, enfermeiras, atendentes de ambulatórios e hospitais, dentistas, lixeiros, açougueiros, trabalhadores em cortumes, agricultores, coveiros e veterinários Doenças relacionáveis: infecções, tuberculose, brucerose, tétano, febre amarela, febre tireóide, entre outras
21 ENQUADRAMENTO É necessário que o agente agressivo esteja previsto e classificado pelo Ministério do Trabalho, não bastando a constatação por laudo pericial Súmula 460 do STF- Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato da competência do Ministro do Trabalho e Previdência Social. (DJ ) Art. 196 da CLT - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 11
22 Ausência de enquadramento Súmula 448 do TST 19/05/ Atividade Insalubre. Caracterização. Previsão na Norma Regulamentadora nº 15 da Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214/78. Instalações Sanitárias. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II - Res. 194/2014, DJ ). I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
23 ENQUADRAMENTO Previsão da OJ 173 da SDI-1 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR (redação alterada na sessão do tribunal pleno realizada em ) Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). II Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria nº 3214/78 do MTE. Histórico: Redação original - Inserida em Adicional de insalubridade. Raios solares. Indevido. Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto (art. 195, CLT e NR 15 MTb, Anexo 7) Havendo reclassificação ou descaracterização da insalubridade pelo Ministério do Trabalho, o adicional passa a ser indevido, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial
24 Mais de um agente agressivo TST entende que não se acumulam os adicionais quando o empregado está sujeito a mais de um agente insalubre, dada a vedação expressa do item da NR 15 NR 15, item 15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. Ex.: operador de Raio X que mantém contato com portadores de doença contagiosa
25 Classificação/Apuração A classificação da insalubridade decorre da previsão do art. 192 da CLT: máxima (40%); média (20%) mínima (10%) Art O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. E a apuração deve ser feita através de MÉDICO ou ENGENHEIRO, registrado no Ministério do Trabalho (art. 195)
26 Apuração Art A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, farse-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho (...) 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho A classificação da insalubridade decorre da previsão do art. 192 da CLT: máxima (40%); média (20%) mínima (10%)
27 Apuração PERÍCIA Regulamentação = art. 3º da Lei 5.584/70 Os exames periciais são realizados por perito único (o art. 826 da CLT dizia que cada parte poderia indicar um perito revogado); As partes podem indicar um assistente cada, cujo laudo (? ou parecer?) deve ser apresentado no mesmo prazo assinado para perito, sob pena de ser desentranhado dos autos OJ 165 da SDI-1- Perícia. Engenheiro ou médico. Adicional de insalubridade e periculosidade. Válido. Art. 195, da CLT. (Inserida em ) O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
28 PERÍCIA PERÍCIA Perícia de insalubridade e periculosidade se faz na forma de vistoria. Outras formas: exame (inspeção sobre pessoa); avaliação e arbitramento; Valoração da prova pericial : regulada pelo art. 479 do NCPC = o juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito; Segundo o art. 480 do NCPC, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida;
29 LOCAL DESATIVADO A prova é legal! Independe de requerimento da parte. Obrigatória, sob pena de nulidade. E se o local está desativado? OJ SDI Adicional de insalubridade. Perícia. Local de trabalho desativado. (DJ ) A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.
30 Agente nocivo diverso daquele indicado Se a parte indica ruído na inicial e o perito apura contato com agente químico, pode reconhecer o adicional sem afrontar os limites do pedido? Súmula 293 do TST - Adicional de insalubridade. Causa de pedir. Agente nocivo diverso do apontado na inicial (Res. 3/1989, DJ ) A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.
31 BASE DE INCIDÊNCIA DA INSALUBRIDADE Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide sobre o salário mínimo; Para os técnicos de radiologia aplica-se o art. 16 da Lei 7.394/85 = incide sobre o piso salarial da categoria Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento) de risco de vida e insalubridade.
32 BASE DE INCIDÊNCIA DA INSALUBRIDADE Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide sobre o salário mínimo; Para os técnicos de radiologia aplica-se o art. 16 da Lei 7.394/85 = incide sobre o piso salarial da categoria Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento) de risco de vida e insalubridade.
33 Súmula 17 do TST : CANCELADA Súmula 17 do TST - Adicional de insalubridade (RA 28/1969, DO-GB Cancelada - Res. 29/1994, DJ Restaurada - Res. 121/2003, DJ Cancelada - Res. 148/2008, DJe do TST de Republicada no DJ de em razão de erro material) O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado. Não é cabível insalubridade sobre piso salarial de CCT ou sentença normativa; Decisão do TST = RR J Min. Agusto Cesar Leite de Carvalho; (...) Insalubridade. Base de cálculo. É impossível o conhecimento de recurso de revista por contrariedade à Súmula 17 do TST, porquanto esta foi cancelada por meio da Resolução 148/2008. Recurso de revista não conhecido
34 BASE DE INCIDÊNCIA DA INSALUBRIDADE Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide sobre o salário mínimo Súmula Vinculante 4 do STF Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial
35 INSALUBRIDADE: base cálculo x Súmula 04 Na solução do AIRR 1121/ , da 7ª Turma, publicado no DJ de 13/06/2008, Ministro Ives Gandra:... (...) 2. Assim decidindo, a Suprema Corte adotou técnica decisória conhecida no Direito Constitucional Alemão como declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade (- Unvereinbarkeitseerklärung), ou seja, a norma, não obstante ser declarada inconstitucional, continua a reger as relações obrigacionais, em face da impossibilidade do Poder Judiciário se substituir ao legislador para definir critério diverso para regulação da matéria.
36 INSALUBRIDADE: base cálculo x Súmula 04 Ementa: RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - BASE DE CÁLCULO - SÚMULA VINCULANTE Nº 4 DO EXCELSO STF - SUSPENSÃO DA SÚMULA Nº 228 DO TST - DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM DECLARAÇÃO DE NULIDADE - MANUTENÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO COMO BASE DE CÁLCULO ATÉ A EDIÇÃO DE NOVA LEI EM SENTIDO CONTRÁRIO OU CELEBRAÇÃO DE CONVENÇÃO COLETIVA. O Supremo Tribunal Federal, mediante o julgamento do RE /SP, editou a Súmula Vinculante nº 4, em que concluiu, quanto aos termos do art. 7º, IV, da Constituição Federal, ser vedada a utilização do salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade. Apesar de se reconhecer a inconstitucionalidade da utilização do salário mínimo como indexador da base de cálculo do referido adicional, foi vedada a substituição desse parâmetro em decisão judicial. Assim, ressalvado meu entendimento no que tange às relações da iniciativa privada, o adicional de insalubridade deve permanecer sendo calculado com base no salário mínimo enquanto não superada a inconstitucionalidade por meio de lei ordinária ou convenção coletiva. Precedentes da SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido. Processo: RR Data de Julgamento: 05/05/2010, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/05/2010.
37 INSALUBRIDADE: repercussão sobre demais verbas contratuais A parcela enquanto percebida integra o salário para todos os efeitos legais; exceção feita a descansos semanais remunerados e feriados. POR QUÊ? Porque a base de cálculo da parcela (e também da periculosidade é mensal) e já os contempla. OJ 103 da SDI-1 do TST - Adicional de insalubridade. Repouso semanal e feriados. (Inserida em Nova redação - Res. 129/2005, DJ ) O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados.
38 INSALUBRIDADE: repercussão sobre demais verbas contratuais Súmula 139 do TST - Adicional de insalubridade. (RA 102/1982, DJ e DJ Nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 102 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ ) Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. (ex-oj nº 102 Inserida em ) Possui natureza salarial, apesar da finalidade indenizatória : princípio da força atrativa do salário x habitualidade Inclui-se: hora extra (OJ 47- SDI-1) Cálculo = hora normal + adicional de insalubridade + adicional he
39 INSALUBRIDADE: ALTERAÇÃO DO AMBIENTE E se o ambiente se tornar salubre? Ação revisional que pode ser promovida pela empregadora, com pedido de exclusão definitiva da parcela, quando o ambiente de trabalho não pode mais ser considerado insalubre Atenção : não é fornecimento de EPI! É alteração no ambiente de trabalho.
40 Ação revisional: termo do pagamento da parcela Caso: Volkswagen autora de ação revisional. Dois recursos ao TST. Empregado: pede revisão da sentença que determinou a exclusão definitiva e a devolução de valores quitados após a prolação da sentença; Empregador: pede tutela revisão da decisão que indeferiu a tutela antecipada para imediata suspensão da parcela. Revista não processada. AGI improvido TST AIRR Prevaleceu o entendimento que o adicional deve ser suprimido a partir da data da prolação da sentença e não da distribuição da inicial. Discussão natureza jurídica da ação? Desconstitutiva?
41 INSALUBRIDADE: eliminação = EPI O Equipamento de proteção individual (EPI) pode eliminar a insalubridade ou reduzir a nocividade. Então o empregado não terá mais direito ao adicional; A eliminação da nocividade é constatada por perícia Duas Súmulas tratam essa questão = Súmula 80 do TST Súmula 289 do TST + Art. 191 e 194 da CLT
42 INSALUBRIDADE: Art. 191 da CLT Art A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Art O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho
43 INSALUBRIDADE: eliminação = EPI Súmula 80 TST- Insalubridade (RA 69/1978, DJ ) A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Súmula 289 TST - Insalubridade. Adicional. Fornecimento do aparelho de proteção. Efeito (Res. 22/1988, DJ ) O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.
44 INSALUBRIDADE: intermitência Trabalho intermitente é aquele que possui interrupção momentânea; intervalos; suspensões. Súmula 47 do TST - Insalubridade (RA 41/1973, DJ ) O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
45 PERICULOSIDADE: Hipóteses/ Previsão legal O adicional de periculosidade é devido a empregado que trabalhe diretamente com inflamáveis, explosivos ou eletricidade A regulamentação da periculosidade está disposta nos artigos 193 que sofreu nova redação; Havia dúvidas em relação a RADIAÇÕES IONIZANTES (se considerada insalubridade ou periculosidade), mas a Portaria nº /87 caracterizou trabalho com radiação ionizante como atividade perigosa. Agora não há mais discussão. No caso dos RADIOLOGISTAS, verificar o caso concreto e resolver pela norma mais favorável (??) ou: Portaria x Lei
46 Lei /2014 Art São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Inciso incluído pela Lei nº / DOE 10/12/2012) II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Inciso incluído pela Lei nº / DOE 10/12/2012) 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. (Parágrafos 3º e 4º incluídos pela Lei nº / DOE 20/06/2014)
47 Lei /2014 Concede aos motoboys e motofretistas o adicional de periculosidade; Portaria de 13/10/2014, que incluiu Anexo 5 NR 16 Exclui (a)percurso residência/trabalho; (b) veículo que não necessite emplacamento/cnh; (c) motonetas e motocicletas em locais privados; (d) uso de motoneta/motocicleta de forma eventual
48 PERICULOSIDADE: RADIAÇÃO IONIZANTE OJ 345 da SDI-1 do TST - Adicional de periculosidade. Radiação ionizante ou substância radioativa. Devido. (DJ ) A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de , e 518, de ), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de a , enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.
49 Art. 193 da CLT Art São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido
50 INFLAMÁVEIS = NR 16 do MTE OPERAÇÕES DE TRANSPORTE DE INFLAMÁVEIS = líquidos ou gasosos liquefeitos, em qualquer vasilhame ou a granel, é considerada em condições de periculosidade, salvo pequenas quantidades Item 16.6 Item litros para inflamáveis líquidos ou 135 litros para inflamáveis gasosos liquefeitos As quantidades constantes nos tanques de consumo próprio dos veículos não serão consideradas para efeito desta Norma
51 ABASTECIMENTO AERONAVE Súmula 447. Adicional de periculosidade. Permanência a bordo durante o abastecimento da aeronave. Indevido. (Resolução nº 193/2013, DeJT ) Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, c, da NR 16 do MTE.
52 INFLAMÁVEIS = NR 16 do MTE O contato deve ser permanente = conceito para excluir o trabalho eventual; Mas para caracterizar a periculosidade não é necessário que o trabalhador permaneça toda a jornada exposto ao risco; É PERIGOSO o que a NR 16 assim determinar a partir de seus critérios técnicos e legais. Não há interpretação subjetiva do risco. A perícia de insalubridade não é uma inspeção de segurança
53 Exposição EVENTUAL E INTERMITENTE O trabalho eventual é aquele que de tão diminuto, torna-se INCERTO; No trabalho intermitente, o ADICIONAL DE PERICULOSIDADE é DEVIDO!! Súmula 364 do TST- Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente. (inserido o item II) - Res. 209/2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em e DJ ) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, 1º, da CLT).
54 CASUÍSTICA FRENTISTAS Súmula 39 do TST - Periculosidade (RA 41/1973, DJ ) Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de ). Súmula 212 do STF: Tem direito ao adicional de serviço perigoso o empregado de posto de renda de combustível líquido INSTALADORES DE LINHAS E APARELHOS TELEFÔNICOS
55 CASUÍSTICA ARMAZENAMENTO/PREDIO VERTICAL : OJ 385 da SDI-1 do TST. Adicional de periculosidade. Devido. Armazenamento de líquido inflamável no prédio. Construção vertical. (DeJT 09/06/2010) É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical.
56 CASUÍSTICA ARMAZENAMENTO/PREDIO VERTICAL : alteração pela NR 20 em 06/03/2012 Antes o armazenamento era de até 250 litros por tanque: A partir da alteração de 2012, passou ser possível armazenar um total de litros em prédios; Mas há uma série de condições a serem cumpridas.
57 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA Decreto /86 No Decreto /86 estão delimitadas as atividades específicas do setor de energia elétrica que garantem ao trabalhador o adicional de periculosidade A OJ 324 da SDI-1 pacificou o entendimento de que não é devido o adicional apenas aos trabalhadores que se ativem em empresas de energia elétrica, mas todos que se ativem no sistema elétrico de potência
58 PERICULOSIDADE = base de cálculo Súmula 191 TST- Adicional. Periculosidade. Incidência. Base de Cálculo (cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III)- Res. 214/2016 I- O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. II - O adicional de periculosidade do empregado contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico. III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº /2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme
59 PERICULOSIDADE OJ 324 do TST - Adicional de periculosidade. Sistema elétrico de potência. Decreto nº /86, art. 2º, 1º. (DJ ) É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica
60 PERICULOSIDADE OJ 347 da SDI-1 do TST - Adicional de periculosidade. Sistema elétrico de potência. Lei nº 7.369, de , regulamentada pelo Decreto nº , de Extensão do direito aos cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos em empresa de telefonia. (DJ ) É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência.
61 PERICULOSIDADE = intermitência/eventualidade Súmula 364 TST - Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente. (inserido o item II) - Res. 209/2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em e DJ ) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, 1º, da CLT).
62 PERICULOSIDADE DISPENSA DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
63 CUMULAÇÃO ou OPÇÃO DO ADICIONAL Posição do TST no RR , Ministro Cláudio Brandão, 7ª Turma acolhe a cumulação do adicional de insalubridade e periculosidade; Posição MAIS recente entende que o art. 193 da CLT foi recepcionada pela CF e que os adicionais não são cumuláveis. Notícia do TST dá conta da divergência jurisprudencial e da atual posição que é pela não concessão acumulada
64 TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade Por sete votos a seis, a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho absolveu a Amsted-Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários S. A. de condenação ao pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade cumulativamente a um moldador. O entendimento majoritário foi o de que o parágrafo 2º do artigo 193 da CLT veda a acumulação, ainda que os adicionais tenham fatos geradores distintos. A decisão afasta entendimento anterior da Sétima Turma do TST de que a regra da CLT, que faculta ao empregado sujeito a condições de trabalho perigosas optar pelo adicional de insalubridade, se este for mais vantajoso, não teria sido recepcionada pela Constituição Federal de Na reclamação trabalhista, o moldador afirmou que trabalhava em condições de insalubridade, pela exposição a ruído e pó em valores superiores aos limites legais, e de periculosidade, devido ao contato com produtos inflamáveis, como graxa e óleo diesel. Por isso, sustentou que fazia jus aos dois adicionais. O pedido foi julgado procedente pelo juízo da 4ª Vara do Trabalho de Osasco e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). Segundo a sentença, a Constituição de 1988 prevê, no artigo 7º, inciso XXIII, os dois adicionais para situações diversas, "já que um remunera o risco da atividade e o outro a deterioração da saúde decorrente da atividade", sem ressalvas quanto à necessidade de escolha pelo trabalhador por um dos adicionais. A Sétima Turma do TST desproveu recurso da Amsted-Maxion com os mesmos fundamentos. Nos embargos à SDI-1, a indústria sustentou que os adicionais não são cumuláveis, e que o próprio inciso XXIII do artigo 7º da Constituição assegura os adicionais "na forma da lei". Impossibilidade A corrente majoritária da SDI-1 entendeu que os adicionais não são acumuláveis, por força do parágrafo 2º do artigo 193 da CLT. Para a maioria dos ministros, a opção prevista nesse dispositivo implica a impossibilidade de cumulação, independentemente das causas de pedir. O voto vencedor foi o do relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, seguido pelos ministros Emmanoel Pereira, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga, Guilherme Caputo Bastos, Márcio Eurico Vitral Amaro e Walmir Oliveira da Costa.
65 TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade Impossibilidade: decisão de Acórdão ainda não publicado em 23/05/2017 A corrente majoritária da SDI-1 entendeu que os adicionais não são acumuláveis, por força do parágrafo 2º do artigo 193 da CLT. Para a maioria dos ministros, a opção prevista nesse dispositivo implica a impossibilidade de cumulação, independentemente das causas de pedir. O voto vencedor foi o do relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, seguido pelos ministros Emmanoel Pereira, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga, Guilherme Caputo Bastos, Márcio Eurico Vitral Amaro e Walmir Oliveira da Costa. Divergência Seis ministros ficaram vencidos: Augusto César Leite de Carvalho, João Oreste Dalazen, José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Alexandre Agra Belmonte e Cláudio Brandão. Eles mantiveram o entendimento de que, diante da existência de duas causas de pedir, baseadas em agentes nocivos distintos, a cumulação é devida. Precedente Em junho deste ano, a SDI-1 afastou a não recepção da norma da CLT pela Constituição, no julgamento do E- ARR O relator daquele caso, ministro João Oreste Dalazen, explicou que os dois preceitos disciplinam aspectos distintos do trabalho prestado em condições mais gravosas: enquanto a CLT regula o adicional de salário devido ao empregado em decorrência de exposição a agente nocivo, a Constituição prevê o direito a adicional "de remuneração" para as atividades penosas, insalubres e perigosas e atribui ao legislador ordinário a competência para fixar os requisitos que geram esse direito. Naquele julgamento, porém, a SDI-1, também por maioria, concluiu que é possível a cumulação desde que haja fatos geradores diferentes. A opção pelo adicional mais vantajoso seria facultada ao trabalhador exposto a um mesmo agente que seja concomitantemente classificado como perigoso e insalubre, mas aquele exposto a dois agentes distintos e autônomos faria jus aos dois adicionais. No caso concreto, como não havia a comprovação dessa condição, a cumulação foi negada. (Carmem Feijó) Processo: E-RR Leia mais: 24/6/ Eletricista não receberá adicionais de periculosidade e insalubridade cumulativamente
66 OPÇÃO PELO ADICIONAL: INSALUBRIDADE ou PERICULOSIDADE 2º do art. 193 : O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido Qual é o momento da opção: SENTENÇA? EXECUÇÃO? E se opta na sentença e a reclamada recorre e reforma e exclui a parcela pela qual houve opção?
67 SINDICATO: LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA Nos termos do 2º do art. 195 da CLT o Sindicato detém legitimação extraordinária para postular ADICIONAIS de INSALUBRIDADE e PERICULOSIDADE Foi previsto como substituição processual; Mas hoje pode ser caracterizada como defesa de direito individual homogêneo, nos termos do inciso III do art. 8º da CF e das normas que regem a ação coletiva no CDC
68 Formas de pagamento do salário Em moeda corrente Art A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. Contra recibo Art O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.
69 Pagamento complessivo Súmula 91 - Salário complessivo (RA 69/1978, DJ ) Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Súmula 330 do TST - Quitação. Validade (Revisão da Súmula nº 41 - Res. 22/1993, DJ Explicitação dada pela RA nº 4/1994, DJ Nova Redação dada pela Res.108/2001, DJ ) A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.
70 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO Abusos do empregador Valor Salário mínimo Art. 76 e 82, púnico) Proteção da época e forma de pagamento = Art.459 e parágrafo único; Art. 465; Art. 467; Art. 459, parágrafo único Proteção da certeza de pagamento Pagto contra recibo Assinado pelo empregado; com digital; a rogo Periodicidade = 30 dias Pagto em dia útil Pagto em horário próximo do de trabalho Pagto em primeira audiência Pagamento no local de prestação Pagto até o 5º dia útil Irredutibilidade Art. 6º CF e Art. 462 CLT Proibição do truck system Art. 468 CLT Natureza Inalterabilidade forma pagto
71 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO Credores do empregado Proteção da cessão do crédito salarial (Art. 464) Impenhorabilidade do salário (NCPC, Art. 833, IV) Credores do empregador Privilégio geral do crédito salarial até o limite de 150 salários mínimos (Lei de Falências, Art. 83, I)
72 Descontos lícitos (Art. 462 da CLT) Basicamente, o empregador pode descontar apenas adiantamentos (vales) e parcelas previstas em lei (INSS, IR, contribuições sindicais, vale transporte) Danos = se houver previsão contratual, no caso de culpa. Dano causado por dolo do empregado tem dedução prevista em lei Súmula 342 do TST- Descontos salariais. Art. 462 da CLT (Res. 47/1995, DJ ) Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativoassociativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
73 Truck System Sistema destinado a escravizar o trabalhador pela via indireta, quando este não tem acesso a bens de consumo que não sejam vendidos pelo próprio empregador e, por conseqüência, passar a dever ao empregador mais do que recebem de salário. Art. 462 (...) 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos empregados. 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.
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