PATRIMÓNIO CULTURAL SUBAQUÁTICO UNESCO

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Ângelo Bento Filipe
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1 PATRIMÓNIO CULTURAL SUBAQUÁTICO Escola Básica Integrada de Ferreiras 11 de Maio de 2011

2 significa todos os vestígios da existência do homem de carácter cultural, histórico ou arqueológico que se encontrem parcial ou totalmente, periódica ou continuamente, submersos há, pelo menos, 100 anos. Convenção sobre a Protecção do 2001 art.º 1 Definições. Paris, 2 Novembro 2001

3 A importância do Importante testemunho de acontecimentos históricos como batalhas, tráfico de escravos, desastres naturais, revoluções etc. Encontra-se frequentemente em melhor estado de preservação do que o património em terra pois a falta de oxigénio retarda a deterioração. Alguns sítios arqueológicos subaquáticos continuam intocados após séculos ou milénios. Importante para o diálogo cultural e para a identidade nacional os vestígios encontrados nos fundos das águas são testemunhas do diálogo cultural desde o começo da humanidade. Importante a nível económico O mergulho turístico e os museus marítimos podem ser uma atracção económica significativa para uma região ou uma cidade.

Exemplos da riqueza do património cultural subaquático Estima-se que existam mais de três milhões de navios naufragados por descobrir espalhados pelo fundo dos oceanos (o Dictionary of Disasters at

4 Exemplos da riqueza do património cultural subaquático Estima-se que existam mais de três milhões de navios naufragados por descobrir espalhados pelo fundo dos oceanos (o Dictionary of Disasters at Sea enumera navios comerciais e vasos de guerra perdidos no mar entre 1824 e 1962); Existem ainda vestígios de civilizações antigas submersas como o farol de Alexandria no Egipto (conhecido como a sétima maravilha do mundo antigo), e as ruínas de aldeias neolíticas ainda por descobrir no Mar Negro; Cidades inteiras desapareceram debaixo das ondas, tal como Port Royal, na Jamaica, destruída por um terramoto em 1962.

5 Ameaças ao Património Arqueológico Subaquático Aumento da acessibilidade A acessibilidade maior permite aos arqueólogos estudarem o Património Cultural Subaquático e permite ao público apreciar este património. Entretanto, pode também conduzir a pilhagem e aos danos feitos por mergulhadores. Construção e pesca de arrastão Existe o risco de redes de pesca e arrastões engancharem em partes do património cultural subaquático. Consequentemente, alguns elementos podem ser removidos ou arrastados do fundo do mar, o que danifica e expõe o sítio arqueológico.

6 Influências ambientais Ameaças ao Património Arqueológico Subaquático Os sítios arqueológicos subaquáticos são ameaçados não somente por actividades humanas, mas também por mudanças no ambiente causadas por terramotos, por tempestades, por variações de temperatura, por mudança das correntes ou pela erosão da costa. Protecção legal insuficiente Sem uma protecção jurídica adequada, um sítio subaquático pode facilmente ser explorado por caçadores de tesouros. Para combater essa situação A criou a Convenção de 2001 sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático.

Alguns Exemplos de Intervenções Humanas sobre o Património Cultural Subaquático Nome do navio: Titanic Local do naufrágio: Canadá Data do naufrágio: 1912 Ano em que foi localizado: 1985 Tipo de

7 Alguns Exemplos de Intervenções Humanas sobre o Património Cultural Subaquático Nome do navio: Titanic Local do naufrágio: Canadá Data do naufrágio: 1912 Ano em que foi localizado: 1985 Tipo de navio: transatlântico de luxo Curiosidade: naufragou depois de chocar contra um icebergue Nome do navio: Elizabeth and Mary Local do naufrágio: Canadá Ano em que foi localizado: 1994 Curiosidade: transportava uma das melhores colecções arqueológicas do século XVII

8 Nome do navio: HMS Pandora Local do naufrágio: Austrália Data do naufrágio: 1791 Ano em que foi localizado: 1983 Curiosidade: quando naufragou o navio ficou praticamente intacto por ter sido coberto com uma camada de areia. Nome do navio: Nuestra Señora de Atocha Local do naufrágio: Florida Data do naufrágio: 1622 Ano em que foi localizado: 1970 curiosidade: é um dos navios naufragados mais valiosos

9 Museus com exposições do Museu Vasa, na Suécia exibe o Vasa, um navio de guerra construído no século XVII que foi, na época do lançamento, o barco mais potente já construído. Museu Mary Rose, no Reino Unido exibe o navio de guerra do século XVI Mary Rose, um dos principais navios da frota do rei Henrique VIII.

10 Museus com exposições do Museu Navio Viking, na Dinamarca está focado em navios, navegações e construções navais em tempos antigos e medievais. Museu de Arqueologia Subaquática Bodrum, na Turquia exibe os espectaculares restos do navio de Uluburun, o mais antigo do mundo até hoje descoberto no mar.

11 Museus Submersos Várias iniciativas recentes procuram oferecer aos visitantes experiências em situ. Elas incluem trilhas de mergulho, passeios de submarinos para o público em geral e a construção de museus subaquáticos. Museu Baiheliang, na China é um sítio arqueológico agora submerso dentro da recém construída barragem das Três Gargantas. Ele exibe algumas das mais antigas inscrições hidrológicas, registando anos de mudanças no nível das águas do rio Yangtze.

12 O Projeto do Museu Subaquático Alexandria, Egipto Este museu vai expor artefactos encontrados no palácio de Cleópatra, Ptolomeu, nos locais próximos das cidades submersas de Canopus e Herakleion e no famoso Pharos Lighthouse. Museus Parcialmente Submersos Museu Guangdong, na China Exibe os restos do naufrágio do "Nanhai No. 1" encontrado em condições excepcionais. Os restos do naufrágio encontram-se dentro de um aquário. Os arqueólogos começaram a escavar o navio dentro do aquário, permitindo aos visitantes observar o trabalho arqueológico subaquático dentro do museu.

Descobrir o património cultural subaquático in situ Trilhas de mergulho Yongala (Austrália) Constitue um dos melhores sítios de mergulho no mundo e é visitado anualmente por milhares de mergulhadores

13 Descobrir o património cultural subaquático in situ Trilhas de mergulho Yongala (Austrália) Constitue um dos melhores sítios de mergulho no mundo e é visitado anualmente por milhares de mergulhadores Caesarea (Israel) Florida Keys National Marine Sanctuary (USA) Kronprins Gustav Adolf (Finland) Sítios de Naufrágios protegidos (Croácia) Ustica (Italy) Wellington (Nova Zelânida) Uma alternativa para a visita "in situ": A visita virtual - Projecto Venus

14 Situação Legal antes de 2001: Inexistência de um Instrumento Internacional especificamente dedicado ao Legislações nacionais: A diversidade das legislações existentes em diferentes países gerou um vazio legal que permitiu que os caçadores de tesouros operassem numa perspectiva meramente comercial. A nível Internacional: Foi redigida em 1982 a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) com o objectivo de estabelecer normas gerais de direito marítimo.

Em Portugal, entre 1993-95 a legislação portuguesa permitia que fossem vendidos objectos provenientes de escavações arqueológicas.

15 Em Portugal, entre a legislação portuguesa permitia que fossem vendidos objectos provenientes de escavações arqueológicas. Pelo menos seis empresas internacionais de caça ao tesouro estabeleceram-se em Portugal para explorar o rico património cultural subaquático existente nas nossas costas. A legislação foi finalmente suspensa em 1995 e revogada em 1997.

Convenção da sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático (Paris, 2001) A Convenção de 2001 Define os princípios básicos para a protecção do Património Cultural Subaquático; Contém

16 Convenção da sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático (Paris, 2001) A Convenção de 2001 Define os princípios básicos para a protecção do Património Cultural Subaquático; Contém disposições para um esquema de cooperação internacional; fornece orientações práticas para lidar com esse património; A convenção consiste em um texto principal e em um anexo, que define as regras para as actividades dirigidas ao.

17 Princípios Gerais da Convenção de 2001 Obrigação de preservar o Os Estados Partes devem preservar o e agir coordenadamente; Preferência pela preservação In situ - (isto é, em sua localização original) deve ser considerada como a primeira opção antes de permitir ou de empreender qualquer actividade num sítio. Nenhuma exploração comercial - A convenção de 2001 estipula que o não deve ser de forma alguma explorado para o comércio ou a especulação e que não deve ser dispersado. Compartilhar a informação e o conhecimento - A Convenção incentiva a formação em arqueologia subaquática, transferência de tecnologias, sensibilização ao tema e partilha de informação.

PROJETO ESCOLAR: PATRIMÓNIO CULTURAL SUBAQUÁTICO Projecto Piloto Objectivos Gerais: Divulgação da Convenção da sobre a Proteção do 2001; Sensibilização

18 PROJETO ESCOLAR: PATRIMÓNIO CULTURAL SUBAQUÁTICO Projecto Piloto Objectivos Gerais: Divulgação da Convenção da sobre a Proteção do 2001; Sensibilização relativamente à preservação e proteção do património mundial subaquático; Elaboração de materiais pedagógicos para disseminação do projeto a nível nacional e internacional.

19 Data Actividade 11 de Maio Apresentação do Projecto 24 de Maio Fórum de Debate 17 de Junho Apresentação de resultados (Arraial Ambiental da Escola) Conteúdos: Site da Proteção do Património Subaquático

27 Departamentos de Educação Solar do Capitão Mor, Horta das Figuras, EN Faro, Portugal Tel. (+351) Fax (+351) educacional@icce-unesco.org Url: COMISSÃO NACIONAL DA Rua Latino Coelho, nº 1 Edifício Aviz, bloco A1 10º Lisboa Tel. (+351) Fax (+351) fatima.claudino@unesco.pt Url: Obrigado e bom trabalho!

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