QUESTÕES MARÍTIMAS PÓS CNUDM UMA BREVE ANÁLISE EM PERSPECTIVA COOPERATIVA
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1 UMA BREVE ANÁLISE EM PERSPECTIVA COOPERATIVA Professora Drª Daniele Dionisio da Silva Graduação em Defesa e Gestão Estratégica Internacional UFRJ Laboratório de Simulações e Cenários EGN/Marinha do Brasil
2 História Naval e Marítima de do um Oceano Oceano. Atlântico. Grandes Navegações do século XV; Primeira Guerra Mundial; Segunda Guerra Mundial; Guerra Fria; História Naval ou Marítima do Oceano Neste século XXI, não nos faltaria ousadia Atlântico não seria a história contada pelas de construir nossa própria história? grandes potências marítimas de cada época?
3 Uma reflexão das questões marítimas para os Estados membros da CPLP nesse século XXI, considerando a Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar. Principais desafios; Disputas e conflitos; Recursos marítimos; Possibilidade de gestão partilhada do ambiente marítimo por meio de cooperação. O Atlântico de Língua Portuguesa em perspectiva comparada de segurança e defesa dos documentos políticos às elaborações estratégicas (1996 a 2013).
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5 Ambiente marítimo em tempos de paz consciência situacional marítima gerenciamento das zonas econômicas exclusivas. Mesmo que em países periféricos, os meios e o capital humano empregado sejam os mesmos nos dois tempos (Marinha de Duplo Uso). Uma estrutura burocrática dos Estados para gestão do mar seja ela civil, seja ela militar. Marinhas e Guardas Costeiras principal ator estatal da gestão marítima (agente com influência política) tanto no âmbito interno, como externo.
6 Atributos do Mar Geoffrey Till, no livro Sea power: a guide for the twenty-first century (2007) pontua que a humanidade recorreu ao mar por uma diversidade de razões que estão vinculadas a quatro atributos históricos do mar: Mar como meio de transporte e intercâmbio; Mar como meio de informação e difusão de ideias; Mar como meio de domínio; Mar como recurso.
7 Atributos do Mar QUESTÕES MARÍTIMAS PÓS CNUDM Séculos XIX e XX Meio de deslocamento onde principal questão securitária era manutenção do comércio marítimo, garantir a livre navegação dos produtos e recursos naturais Organização Marítima Internacional (IMO) Autoridade Marítima Internacional Organização atua no preparo, discussão, adoção e aplicação de regras e procedimentos (convenções, códigos, regulamentos), na fiscalização do cumprimento desses e até na aplicação de punições por falhas.
8 Atributos do Mar Década de 1960 Os oceanos passam a ser vistos também como fonte de recursos, principalmente pelo surgimento da pesca industrial e o desenvolvimento de tecnologia para exploração offshore. Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) estabelecida no âmbito da ONU em Em 2010, 160 Estados já haviam ratificado. A Convenção é composta de 17 partes, que se estendem por 320 artigos e nove anexos.
9 CNUDM QUESTÕES MARÍTIMAS PÓS CNUDM Convenção discorre sobre mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva, plataforma continental, altomar, estreitos e navegação internacional, ilhas, estados arquipélagos, mares fechados ou semifechados, Área, estados sem litoral, proteção e preservação do meio ambiente, investigação científica marinha e solução de controvérsias. Demarcação dos limites dos espaços marítimos (para países centrais e periféricos) seria maior contribuição ao Direito do Mar. A CNUDM tem aspectos negativos traduzidos na hegemonia dos países centrais (problema de quotas de capturas na ZEE e a noção de patrimônio comum da humanidade na Área). Os Novos Limites dos Espaços Marítimos nos Trinta Anos da CNUDM - Adherbal Meira Mattos
10 CNUDM e os Estados membros da CPLP QUESTÕES MARÍTIMAS PÓS CNUDM
11 CNUDM e os Estados membros da CPLP
12 Apesar de dividir os atributos históricos de utilização do mar, para Till, eles estariam intimamente ligados e poderiam sugerir tendências de cooperação e conflito nas relações internacionais.
13 Conflito ou Cooperação
14 Conflito ou Cooperação
15 Conflito ou Cooperação QUESTÕES MARÍTIMAS PÓS CNUDM Variáveis condicionantes: Dimensão político-estratégica: Delimitação prévia das fronteiras terrestres; Delimitação das fronteiras marítimas; Ratificação da CNUDM; Não vizinhança da ZEE e a proximidade de áreas SAR; Distância de uma área de influência de uma potência; Dimensão técnica-estratégica: Histórico de cooperação naval; Língua comum.
16 Conjuntura Pós CNUDM De que tipo de cooperação falamos? Ator estatal que foi acumulando capital humano e know-how para fazer gestão securitária marítima, em Há um gap imenso entre as Marinhas das uma visão multidimensional, seriam Marinhas ou potências e Marinhas dos países em Guardas Costeiras. desenvolvimento. Século E um gap XXI maior - muitas ainda inovações (insuperável tecnológicas médio para o mar e uma profissionalização dos marinheiros que prazo) entre as Marinhas das potências e precisam serem capazes de atuar em rede com Marinhas dos países não desenvolvidos. artefatos militares modernos.
17 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Arquitetura de Segurança e Defesa da CPLP Fonte: BERNARDINO, Luís. A CPLP: Uma década de segurança e defesa. Lisboa: IDN, 2011, p. 13.
18 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Relacionadas à temática marítima há: Conferência de Assuntos do Mar, Conferência de Defesa, Conferência de Pesca, Conferência das Marinhas da CPLP Segurança marítima surge como questão a ser privilegiada na cooperação, principalmente pelas ações recorrentes de pirataria na costa da Somália ou no Canal de Moçambique, mas também na costa ocidental da África (Golfo da Guiné).
19 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Promover o desenvolvimento e a gestão sustentável dos espaços oceânicos sob suas respectivas jurisdições, inclusive por meio da cooperação internacional; Elaboração de um Atlas dos Oceanos; Criação do Centro de Estudos Marítimos da CPLP; Estratégia da CPLP para os Oceanos; Análise cooperativa das PCs e dos recursos naturais dos fundos marinhos dos Estados membros; Agência de Língua Portuguesa de Monitoramento no Atlântico Sul; Reformular ou criar o sistema de Autoridade Marítima;
20 CPLP QUESTÕES MARÍTIMAS PÓS CNUDM A agenda estratégica marítima da CPLP seria um desdobramento da CNUDM. Estado costeiro deve determinar sua capacidade de capturar recursos vivos; Em sua jurisdição, Estado costeiro deve adotar leis e regulamentos; Estado costeiro pode requerer ampliação da sua margem continental até 350 milhas marítimas; Controle administrativo e técnico sobre navios que arvorem a sua bandeira; Serviço de busca e salvamento para garantir a segurança marítima (safety); Combater pirataria e estabelecer medidas legais para tal fim (combate ao tráfico de escravos e de ilícito de drogas, terrorismo); Medidas para proteger e preservar o meio marinho; Investigação científica marinha; Exercer poderes de polícia em relação a embarcações estrangeiras.
21 Apresentação CONCOTRAM_EGN_2014 AMEAÇAS Quais seriam as reais ameaças âmbito marítimo pós CNUDM dos países atlânticos de língua portuguesa? Há que se conhecer para Terrorismo se gerir! Terrorismo Desastres Narcotráfico Naturais Narcotráfico Para isso a construção de uma grande PERSPECTIVA Pirataria Crime Narcotráfico Organizado COOPERATIVA torna-se um Pirataria elemento Pirataria de grande valor. Desastres Naturais Contrabando Acidentes Ambientais Contrabando Tráfico de Pessoas Perspectiva na qual o elemento central, motor do conhecimento, seriam as Marinhas.
22 UMA BREVE ANÁLISE EM PERSPECTIVA COOPERATIVA Muito Obrigada!
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