Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino LTDA Faculdade Sete de Setembro FASETE Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

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1 Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino LTDA Faculdade Sete de Setembro FASETE Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Cícero Amaral Campos Uma avaliação do software utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, localizada na cidade de Jatobá/PE, com base na norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS Paulo Afonso BA Junho/2011

2 Cícero Amaral Campos Uma avaliação do software utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, localizada na cidade de Jatobá/PE, com base na norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Sistemas de Informação da Faculdade Sete de Setembro - FASETE, como prérequisito para a obtenção do grau de Bacharel. Orientador Prof. Esp. Jackson Pires Paulo Afonso BA Junho/2011

3 Cícero Amaral Campos Uma avaliação do software utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, localizada na cidade de Jatobá/PE, com base na norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS Monografia apresentada ao curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, da Faculdade Sete de Setembro - FASETE, como requisito para avaliação conclusiva. Orientador Prof. Esp. Jackson Pires Data de aprovação / / Aprovado por: Prof. Esp. Jackson Pires (Orientador) Prof. Esp. Igor Costa Prof. Salomão Vergne Paulo Afonso BA Julho/2011

4 Dedico esse trabalho aos meus pais, em especial a minha mãe, por todas as batalhas vencidas até aqui. Iremos conseguir muito mais!

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, pela vida, saúde, direção e por ter me dado a oportunidade de está no lugar certo, na certa e com as pessoas certas que me auxiliaram nessa trajetória e que não posso deixar citá-las: minha eterna professora Graciane, meu amigo e irmão Roniclé, a minha amiga Mirlene e a minha mestra Márcia Leão. A minha grande mãe Marinalva do Amaral Campos! Agradeço-te por todas as batalhas vencidas até aqui. Dedico-te essa e todas as outras conquistas que estão por vir. Amo-te! A meu pai Valdeci Pereira Campos que nós deu muito trabalho, mas graças a Deus isso é passado e foi através dessa experiência que consegui fazer várias escolhas certas na minha vida! Aos meus irmãos Simone e Moises, essa conquista também é de vocês! A uma pessoa que se tornou especial em minha vida Paula Ferreira, obrigado pelo apoio incondicional e sábios conselhos durante todos os momentos em que estivemos juntos. Desculpe-me por sempre deixar as coisas para última hora e jogar a bronca para você resolver, srsrs! A todos os professores e amigos da Fasete que colaboraram, direta e indiretamente, para realização deste trabalho, em especial ao professor orientador Esp. Jackson Junior, pela atenção e valiosos conselhos durante o desenvolvimento deste trabalho. A todas as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente, para a conclusão deste trabalho. OBRIGADO A TODOS!

6 CAMPOS, Cícero Amaral. Uma avaliação do software utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, localizada na cidade de Jatobá/PE, com base na norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS f. Monografia do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação. Faculdade Sete de Setembro - FASETE. Paulo Afonso BA. Este trabalho tem por objetivo verificar, com base na norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS, quais características de qualidade são encontradas no software de gerenciamento de produção utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, localizada na cidade de Jatobá/PE, e avaliar se com tais características o produto atende as necessidades de uso na empresa. Partiu-se do pressuposto de que apontar por meio de requisitos de qualidade as necessidades implícitas e explicitas do usuário do software é uma atividade complexa, levando-se em consideração que o produto avaliado foi desenvolvido sem seguir uma metodologia de desenvolvimento formal. Verificou-se que a norma ISO/IEC apresenta um modelo de qualidade básico e genérico identificando as características de qualidade que um produto de software deve ter para atender esses requisitos. Assim, para se chegar aos objetivos propostos, utilizou-se da pesquisa documental, bibliográfica, descritiva, quantitativa e qualitativa. Realizou-se um estudo teórico nas normas e no método de avaliação do MEDE- PROS, verificando como a norma ISO/IEC estabelece um processo de avaliação para identificar a conformidade de um produto em relação à norma ISO/IEC e como o MEDE-PROS apóia nessa avaliação. Com isso, pôde-se perceber que o produto avaliado apresenta as características de qualidade em uso estabelecido no modelo da norma estudada, algumas com níveis de qualidade aceitáveis para uso na empresa outras com os níveis de qualidade inaceitáveis, porém ponderando as medidas obtidas das características, pôde-se concluir que o produto esta com nível de qualidade aceitável para seu contexto de uso especificado, apesar de terem sido identificados alguns problemas de qualidade, com algumas correções e adequações em relação às normas o produto se torna eficiente para uso na empresa. Palavras-chave: Qualidade de produtos de software, norma ISO/IEC , norma ISO/IEC , MEDE-PROS

7 CAMPOS, Cícero Amaral. An evaluation of software used in the company R&M Piscicultura Ltda, located in the city of Jatoba/PE, based on ISO/IEC , supported by the MEDE-PROS f. Monografia do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação. Faculdade Sete de Setembro - FASETE. Paulo Afonso BA. This work aims to verify, based on standard ISO/IEC , supported by MEDE-PROS, which quality characteristics are found in production management software used in the company R&M Piscicultura Ltda, located in the city of Jatobá/PE, and assess whether these characteristics with the product meets the needs for use in the company. This started from the assumption that point by means of quality requirements implicit and explicit needs of the user of the software is a complex activity, taking into account that the evaluated product was developed without following a formal development methodology. It was noted that ISO/IEC quality model presents a basic and generic identifying the quality characteristics that a software product must have to meet these requirements. Thus, to achieve the proposed objectives, we used documentary research, bibliographic, descriptive, quantitative and qualitative. We conducted a theoretical study on standards and assessment method MEDE-PROS, noting how the ISO/IEC establishes an evaluation process to identify the conformity of a product with respect to ISO/IEC and like MEDE- PROS supports this assessment. Thus, it could be seen that the evaluated product has the characteristics of quality in use of the standard established in the model studied, some with acceptable quality levels for use in company with other levels of unacceptable quality, but considering the measures derived from the characteristics, it was concluded that the product with this level of acceptable quality for its specified context of use, despite having been identified some quality problems with some corrections and adjustments to the standards the product is effective for use in the company. Key Words: Quality of software products, standard ISO/IEC , standard ISO/IEC , MEDE-PROS

8 LISTA DE FIGURAS E TABELAS Figura 01 Divisão da norma ISO/IEC Figura 02 Características e subcaracterísticas de qualidade de produto de software Figura 03 Características, subcaracterísticas e atributos de qualidade de software Figura 04 Modelo de qualidade para qualidade em uso Figura 05 Dependência entre os modelos de qualidade Figura 06 Relacionamento entre as partes da ISO/IEC Figura 07 Relação entre as ISO/IEC 9126 e ISO/IEC Figura 08 Processo de avaliação da ISO/IEC Figura 09 Conceitos num processo de avaliação Figura 10 Escalas de medição e níveis de pontuações para as medidas Figura 11 Estrutura da Lista de Verificação do MEDE-PROS Figura 12 Exemplo de atributo da Lista de Verificação do MEDE-PROS Figura 13 Medidas obtidas para características do produto avaliado Figura 14 Medidas obtidas para as subcaracterísticas de Usabilidade Figura 15 Medidas obtidas para as subcaracterísticas de Funcionalidade Figura 16 Medidas obtidas para as subcaracterísticas de Confiabilidade Figura 17 Medidas obtidas para as subcaracterísticas de Eficiência Figura 18 Medidas obtidas para as subcaracterísticas do Manual do Usuário Figura 19 Medida obtida para o produto TABELA 01 Características de qualidade de produto de software TABELA 02 Exemplo de métrica de qualidade em uso para segurança TABELA 03 - Características, Subcaracterísticas, Lista de Verificação, Qualidade em Uso. 48 TABELA 04 Medidas utilizadas na Lista de Verificação TABELA 05 Tipo de respostas e seus respectivos valores

9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CenPRA CTI IEC JTC1 MEDE-PROS MCT ISO PBQP Software SOFTEX SquaRE SEPIN SC7 Centro de Pesquisa Renato Archer Centro de Tecnologia e Informação Comissão Eletrotécnica Internacional Comitê Técnico Conjunto Método de Avaliação de Qualidade de Produto de Software Ministério da Ciência e Tecnologia Organização Internacional para Padronização Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade em Software Programa Nacional para Excelência em Software Requisitos e Avaliação de Qualidade de Produtos de Software Secretaria de Política e Informática Subcomitê de Software

10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA PROBLEMA DE PESQUISA HIPÓTESES OBJETIVOS Geral Específicos METODOLOGIA QUALIDADE DE SOFTWARE O QUE É QUALIDADE DE SOFTWARE? QUALIDADE DE PRODUTO QUALIDADE DE PRODUTO DE SOFTWARE Características do software como produto Iniciativas para qualidade de produtos de software MODELOS DE QUALIDADE PARA PRODUTOS DE SOFTWARE A NORMA ISO/IEC O modelo da norma ISO/IEC Modelo para métricas de qualidade externa e interna Modelo para métricas de qualidade em uso Dependência entre os modelos da norma ISO/IEC A NORMA ISO/IEC O modelo da ISO/IEC Especificação da avaliação O MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO MEDE-PROS O MEDE-PROS ESTRUTURA DO MEDE-PROS Lista de Verificação Manual do Avaliador Relatório de Avaliação A AVALIAÇÃO DO SOFTWARE APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE PROCESSO DE AVALIAÇÃO Execução da avaliação... 56

11 5.2.2 Julgamento dos resultados CONCLUSÕES REFERÊNCIAS... 67

12 Capítulo I

13 1. INTRODUÇÃO Atualmente, percebe-se que existe certa demanda na área de Qualidade de Software e paralelamente a essa demanda os usuários vêm exigindo cada vez mais eficiência, eficácia, dentre outras características que são importantes em um produto de software. No intuito de melhorar a qualidade de produto de software atendendo aos interesses dos usuários, a Organização Internacional para Padronização (ISO), juntamente com a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC) estabeleceram o conjunto de normas conhecidas como ISO/IEC 9126 e ISO/IEC Tais normas definem um conjunto de características que um produto de software deve ter, e fornecem um modelo para ser utilizado em uma avaliação de verificação da presença de tais características, respectivamente (MAINTINGUER et al, 2001). Um dos benefícios trazidos pela norma ISO/IEC foi estabelecer um modelo básico e genérico identificando as características de qualidade que um produto de software deve ter, a fim fornecer a avaliadores, desenvolvedores e usuários um modelo de propósito geral capaz de atender aos requisitos de qualidade tornando o produto adequado a seus usuários (ALMEIDA, 2010). Para apoiar na identificação das características de qualidade de produto de software, o Centro de Pesquisa Renato Archer (CenPRA), desenvolveu com base nas normas ISO/IEC 9126 e ISO/IEC o Método de Avaliação de Qualidade de Produto de Software (MEDE- PROS ), que tem por objetivo a coleta de dados de cada característica de qualidade, sob ponto de vista do usuário final, de forma clara e objetiva. O MEDE-PROS contém uma lista de questões que são respondidas pelo usuário final do produto, as respostas obtidas são analisadas com base no modelo da norma ISO/IEC verificando assim, se o produto de software está em conformidade com a norma ISO/IEC , atendendo as necessidades de uso na empresa ao qual o produto está/será inserido. As vantagens de se aplicar esses modelos é que, as organizações irão oferecer aos seus clientes produtos em conformidade com as normas e o cliente terá a garantia que está adquirindo um produto que irá satisfazer suas necessidades e com características reconhecidas em todo território em que as normas são adotadas.

14 I n t r o d u ç ã o 13 O software de gerenciamento de produção, utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, localizada na cidade de Jatobá/PE, foi desenvolvido sem a utilização de uma metodologia de desenvolvimento formal, sendo complexa a atividade de apontar, por meio de requisitos, quais a necessidades explícitas e implícitas do usuário em relação ao uso do software na empresa. A idéia foi de desenvolver um produto para auxiliar no gerenciamento de produção rastreando, projetando e calculando o custo de produção da empresa. Para verificar se o software desenvolvido e que já vem sendo utilizado na mesma atende as necessidades de uso na empresa será feita uma avaliação, com base no modelo adotado pela norma ISO/IEC apoiado pelo MEDE-PROS, para verificar quais características de qualidade são encontradas no software e se tais características estão com níveis de qualidade aceitáveis, tornando o produto adequado para uso na empresa. 1.1 JUSTIFICATIVA Como mostrado na seção anterior, a discussão da Qualidade de Produto de Software, num mercado que é composto em sua maioria de pequenos produtores, é um desafio que vem sendo trabalhado por várias órgãos, além de despertar o interesse de alunos, gestores, desenvolvedores, avaliadores e outros interessados na área (KOSCIANSKI et al, 2005). Para uma boa avaliação de qualidade de produto de software é necessário fornecer resultados qualitativos e quantitativos sobre a qualidade desses produtos, resultados esses que sejam confiáveis, compreensíveis e aceitáveis a qualquer uma das partes interessadas (COLOMBO, 2004). Assim, este trabalho justifica-se por possibilitar ao desenvolver/fornecedor do software utilizar os resultados para identificar os pontos fortes e fracos do produto, a fim de adequá-lo as normas de qualidade para que o mesmo possa vir a atender não só as necessidades do usuário onde será feito o estudo, mas também de outros usuários que possa vir a adquiri-lo. Além disso, a pesquisa se justifica também por mostrar, na prática, como se aplica um processo de avaliação de qualidade de produto de software, estabelecendo critérios de aceitação, medidas e níveis de pontuação, de acordo com a norma ISO/IEC , e que será estudada no embasamento teórico desse projeto.

15 I n t r o d u ç ã o PROBLEMA DE PESQUISA A realidade mundial, nos últimos anos, comprova que a uso de sistemas computacionais comandados por software tem tido uma demanda significativa, integrando-se no dia a dia de todos os domínios de atividades da sociedade, e atingindo diversificado número de usuários. A globalização e a Internet estão facilitando ainda mais a abertura de mercado, e a produção de software é escoada independentemente das fronteiras nacionais (MULBER, 2005). Com essa demanda, alguns fabricantes de software trabalham numa produção não sistemática, e depende de pessoas. Com isso, encontram dificuldades em aplicar um modelo de qualidade no processo ou até mesmo no produto, ao mesmo tempo em que tentam atender cronogramas. Dessa forma, disponibilizam no mercado produtos sem a garantia de qualidade necessária para atender as necessidades de seus usuários (ROCHA, MALDONADO, WEBER, 2001). Qualidade de Software é definida, nas normas relacionadas a essa área, como um conjunto de características que devem ser alcançadas em um determinado grau, para que o produto atenda as necessidades de seu usuário, cuja participação é fundamental no processo de levantamento das necessidades explícitas junto ao analista (ISO 13596, 1996). É por meio desse conjunto de características que a qualidade de um produto de software pode ser medida e avaliada, tomando como base o conjunto de normas de qualidade de produto de software ISO/IEC Diante dessas premissas, encontram-se os seguintes problemas de pesquisa: Após submetido ao teste de avaliação de qualidade da norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS, quais são as características de qualidade encontradas no software de gerenciamento de produção utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda e se com tais características o produto mostra-se com níveis de qualidade adequado para atender às necessidades de uso na empresa? 1.3 HIPÓTESES Com base em experiência empírica, pode-se propor como hipóteses de operacionalização da pesquisa, de acordo com os modelos de qualidade estabelecidos, que no software de

16 I n t r o d u ç ã o 15 gerenciamento de produção, utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda, é notada a presença das características de qualidade estabelecidas na norma ISO/IEC 9126 e que tais características estão com níveis de qualidade satisfatórios, tornando o produto adequado para uso na mesma. Aplicando-se, portanto, os conceitos estabelecidos pela norma ISO/IEC será possível testar tais hipóteses, verificando se realmente essas características encontradas no software estão com um nível de qualidade aceitáveis, tornando o produto adequado para o uso na empresa. 1.4 OBJETIVOS Geral Verificar, com base na norma ISO/IEC , apoiada pelo MEDE-PROS, quais características de qualidade são encontradas no software de gerenciamento de produção utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda e avaliar se com tais características o produto atende as necessidades de uso na mesma Específicos Aplicar a métrica de qualidade em uso estabelecida no modelo da norma ISO/IEC ; Adotar os conceitos baseado na norma ISO/IEC para avaliar a Documentação do Usuário; Identificar os procedimentos adotados pelo Método de Avaliação de Qualidade de Produto de Software (MEDE-PROS ); Identificar, junto ao usuário final, quais características de qualidade são mais importantes para atender as suas necessidades de uso do software na empresa;

17 I n t r o d u ç ã o 16 Avaliar o software em questão, com base na norma ISO/IEC , para verificar se o software atende as necessidades do usuário no seu contexto de uso especificado. 1.5 METODOLOGIA Para se chegar aos objetivos propostos foram utilizadas as pesquisas: documental, bibliográfica, descritiva, quantitativa e a qualitativa. Na pesquisa documental realizou-se um estudo teórico nas normas de qualidade de produto de software ISO/IEC 9126, ISO/IEC e ISO/IEC e no Método de Avaliação de Qualidade de Produto de Software (MEDE-PROS ). Na pesquisa bibliográfica foi realizado um estudo teórico em livros, artigos já publicados, monografias, teses e sites relacionados às normas de qualidade de produto de software, a fim de mostrar a discussão de alguns autores a respeito da aplicação das normas. A pesquisa descritiva foi adotada para coletar informações sobre o produto de software avaliado, beneficiando-se de técnicas padronizadas de coletas de dados, através do questionário do MEDE-PROS. Este questionário foi respondido pelo usuário final do software, sendo utilizado para apoiar no processo de avaliação da norma ISO/IEC Nesta coleta de dados, junto ao usuário final do software, também foram coletadas informações a respeito do grau de importância das características de qualidade. Identificando quais são as mais relevantes para atender as necessidades de uso do software na empresa. Após esse levantamento, foram atribuídos pesos para as características, a fim de se obter a medida de qualidade do produto, com base na norma ISO/IEC Após coletado os dados através do MEDE-PROS, para julgamento do resultado da avaliação foram utilizadas as pesquisas quantitativa e qualitativa. A quantitativa traduziu as respostas do questionário em números, as comparando com critérios pré-determinados, obtendo, assim, o nível de qualidade do produto avaliado. Por sua vez, a pesquisa qualitativa julgou o resultado, declarando o quanto o produto atendeu aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas, assim como o quanto o produto satisfaz as necessidades de uso na empresa.

18 I n t r o d u ç ã o 17 Nessa fase foi aplicado o modelo da norma ISO/IEC , que descreveu o processo de avaliação e o julgamento do resultado, estabelecendo critérios de aceitação, medidas e níveis de pontuação que, segundo a norma, devem ser de acordo com as necessidades de uso do software pelo usuário.

19 Capítulo II

20 2 QUALIDADE DE SOFTWARE Neste capítulo serão abordados conceitos de Qualidade de Software, Qualidade de Produto de Software e, também, serão visualizadas algumas iniciativas que vêm sendo realizadas na área de qualidade de produtos de software. O objetivo de abordar esses conceitos é mostrar as definições que alguns autores trazem a respeito do assunto, a fim de detalhar a relação entre eles, sua importância e qual a necessidade de estudá-los. 2.1 O QUE É QUALIDADE DE SOFTWARE? Segundo a norma brasileira sobre o assunto, qualidade é a totalidade das características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer às necessidades explícitas e implícitas (ISO 8402, 1993). Para Qualidade de Software a norma ISO (1996) utiliza a mesma definição, apenas substitui o termo entidade, da definição acima, por produtos de software, definindo Qualidade de Software como a totalidade das características de um produto de software que lhe confere a capacidade de satisfazer às necessidades explícitas e implícitas. Percebe-se que esta definição exige alguns esclarecimentos, principalmente para definirmos o que são as necessidades explícitas e implícitas. De acordo com Sant Ana (2002), as necessidades explícitas são os objetivos propostos pelo produtor junto ao cliente, ou seja, as definições dos requisitos. Enquanto que, as necessidades implícitas incluem as implicações éticas, as questões de seguranças e outras visões subjetivas que todo produto desenvolvido profissionalmente deve ter. Apesar da área de Qualidade de Software aplicar modelos de qualidade no processo e no produto final, percebe-se que o principal objetivo é garantir que esse produto satisfaça as necessidades do cliente, dentro daquilo que foi proposto inicialmente através dos requisitos. Desta forma a Qualidade de Software considerada nesta pesquisa, significa a Totalidade das características de software que lhe confere a capacidade de satisfazer às necessidades

21 Q u a l i d a d e d e S o f t w a r e 20 explícitas e implícitas, estando esta definição de acordo com a norma ISO (1996) citada anteriormente nesta seção. 2.2 QUALIDADE DE PRODUTO Segundo Juran (1995): Qualidade de produto é a conformidade com os requisitos. Essa definição foi utilizada na manufatura, porém serve para Engenharia de Software. Além disso, o mesmo autor menciona que é preciso definir qualidade dessa forma, principalmente porque a qualidade deve ser gerenciada. De acordo com a norma ISO/IEC (2003) a qualidade do produto é garantida quando o produto está em conformidade com os requisitos que são definidos para permitir que estes sejam gerenciados com o uso de medidas, de forma a reduzir o retrabalho, aumentar a produtividade e garantir a qualidade. A melhoria da qualidade deve estar focada desde o processo até o uso do produto. Em relação à satisfação com o produto Juran (1995, p.29) afirma que: A satisfação com o produto está relacionada com seu desempenho e com a ausência de defeitos, erros ou falhas. Portanto, a satisfação com o produto é alcançada quando as necessidades do cliente são atendidas, e o produto se comporta de acordo com o esperado. Os requisitos representam as necessidades explícitas dos clientes e devem procurar cobrir a maior parte das necessidades por eles declaradas em relação ao produto. Para garantir que o produto esteja de acordo com os requisitos, ou seja, que este satisfaça as necessidades dos clientes, as organizações procuram se basear em normas reconhecidas internacionalmente, que são elaboradas e revisadas por órgãos responsáveis por normalizações técnicas, tais como ISO e IEC, já citadas anteriormente. 2.3 QUALIDADE DE PRODUTO DE SOFTWARE Pode-se definir qualidade de produto de software como a conformidade a requisitos funcionais e de desempenho declarados explicitamente, padrões de desenvolvimento claramente documentados e as características implícitas que são esperadas de todo software desenvolvido profissionalmente (PRESSMAN, 2002). Essas definições de qualidade podem

22 Q u a l i d a d e d e S o f t w a r e 21 variar em alguns aspectos, porém, observa-se que elas levam sempre em consideração o aspecto que se refere à satisfação do cliente. A ISO, que objetiva promover o desenvolvimento de padronização, no sentido de facilitar o intercâmbio de bens e serviços entre os povos, foi criada em razão da necessidade das empresas de exportarem seus produtos, por causa da chamada barreira técnica (VAVASSORI, 2002). Ainda de acordo com o mesmo autor os padrões da ISO estabelecem especificações técnicas e definem características para garantir que produtos, serviços ou processos sejam adequados a seus propósitos. Baseando-se nos conceitos estabelecidos pelas normas, o cliente conta com essa vantagem de ter a garantia e a segurança de que o produto que está adquirindo tem padrões internacionais reconhecidos e familiarizados em todo território em que as normas são adotadas. A norma ISO/IEC 9126, futura ISO/IEC Quality Model 1 faz parte desse conjunto de normas ISO. Essa norma propõe características que um software deve possuir, bem como subcaracterísticas, para incentivar o uso na prática dessa padronização de qualidade de produto de software Características do software como produto Algumas características do software, que não podem deixar de ser notadas, são descritas por Capovilla (1999), essas características são essenciais e diferenciam o software dos produtos manufaturados. São elas: Complexidade: normalmente, um produto de software tem muitas regras a serem cumpridas; muitas linhas de código a serem implementadas; e, frequentemente, diversos desenvolvedores envolvidos, que não só têm ideias diferentes, e algumas vezes divergentes, mas que podem levar à mesma solução; Invisibilidade e intangibilidade: o software é invisível para o usuário. O que se vê são as consequências da execução do software, diferentemente de um produto manufaturado. Os próprios desenvolvedores necessitam utilizar modelos para representar o sistema de software. Essa intangibilidade causa grandes dificuldades de 1 Modelo de qualidade.

23 Q u a l i d a d e d e S o f t w a r e 22 comunicação, tanto entre os elementos da equipe de desenvolvimento como entre a equipe e o cliente, podendo acarretar problemas no produto de software; Conformidade e modificabilidade: o software é a interface entre diversas entidades do meio no qual será utilizado equipamentos, outros produtos de software, usuários e cultura organizacional, entre outras. Sendo o componente mais maleável e adaptável do sistema, frequentes adaptações são realizadas no software, para adequá-lo a essas entidades; Produção sob medida: para software não existe produção em série, cada usuário é um cliente que usa o software à sua maneira, com ênfase em partes diferentes; Não tem prazo de validade: o software não é sensível a problemas ambientais e nem sofre qualquer tipo de defeito devido a efeito cumulativo de seu uso. O software se torna obsoleto devido à evolução do hardware e, consequentemente, da tecnologia. Empresas produtoras de software proprietário, com uma base grande de usuários costumam planejar a obsolescência de seus produtos, para aumentarem as suas vendas; O custo final do software é basicamente o custo do projeto e do desenvolvimento: cópias do software podem ser reproduzidas em segundos e distribuídas a vários clientes, com o custo unitário do projeto e do desenvolvimento; Software é o único produto que quando apresenta erro o cliente paga para corrigir: no caso de uma nova versão licenciada, esta pode ter apenas os erros corrigidos. Foi com a finalidade de tornar o produto de software confiável e deixar o processo eficiente, que a Engenharia de Software foi criada. Assim, as organizações de software que se preocupam com a qualidade vêm utilizando a Engenharia de Software para oferecer essa garantia a seus clientes Iniciativas para qualidade de produtos de software Como vimos anteriormente, a busca pela melhoria da qualidade do produto de software é contínua, isso ocorre em função de seu grau de importância e integração na sociedade, como

24 Q u a l i d a d e d e S o f t w a r e 23 também, pelas falhas frequentes e com possibilidades de consequências que podem acarretar em prejuízos no meio organizacional em que o produto será aplicado. Tudo isso, sem deixar de citar o alto custo e elevado tempo de manutenção. Analisando essa situação, Rocha et al (2001) aborda a necessidade de respostas para algumas questões básicas sobre como atingir a qualidade num produto de software. A determinação do conjunto de características que atenda a necessidade de seus usuários? A forma de avaliar se tais características foram alcançadas num grau que satisfaça seus usuários? Para buscar respostas nesse sentido, diversas iniciativas surgiram, modelos foram desenvolvidos, detalhando as características em subcaracterísticas, e estas em atributos de qualidade de produtos de software. O Subcomitê de Software (SC7) do Comitê Técnico Conjunto (JTC1) da ISO e da IEC trabalharam na elaboração de normas e relatórios técnicos que permitam especificar e avaliar a qualidade de produtos de software, consolidando as diferentes visões de qualidade em uma norma internacional (MAINTINGUER et al, 2001). Com isso, os seguintes conjuntos de normas, para auxiliar no processo de avaliação, foram estabelecidos: (ISO/IEC , 1999), (ISO/IEC , 2000), (ISO/IEC , 2000), (ISO/IEC , 1999), (ISO/IEC , 1998) e (ISO/IEC , 2001). Segundo Maintinguer et al (2001), essas normas tratam, respectivamente, sobre: uma visão geral do processo de avaliação, planejamento e gestão do processo, processo de avaliação para desenvolvedores, processo para adquirentes, processo para avaliadores e documentação de módulos de avaliação. A norma ISO/IEC 9126 foi publicada em 1991, contendo características e subcaracterísticas que definem um produto de qualidade. Sua tradução para o Brasil, chamada ISO/IEC 13596, foi lançada em Atualmente a ISO/IEC , que teve sua validade a partir de julho de 2003, cancelou e substituiu a norma ISO/IEC (GUERRA et al, 2003).

25 Q u a l i d a d e d e S o f t w a r e 24 De acordo com Colombo (2004), após as revisões e melhorias foram criadas estas divisões da norma mencionada acima: a ISO/IEC que define um Modelo de Qualidade, a ISO/IEC que trata de Métricas Externas, a ISO/IEC abordando as Métricas Internas e a ISO/IEC que descreve Métricas de Qualidade em Uso. Outra norma brasileira a ISO/IEC estabelece requisitos de qualidade para pacotes de software, além de estabelecer um modelo de como testar esse tipo de produto em relação aos requisitos definidos. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), atualmente as séries de normas ISO/IEC 9126 e a ISO/IEC 14598, estão sendo reestruturadas na nova série ISO/IEC Guide to SQUARE: 2005 e no Brasil a respectiva ISO/IEC Engenharia de Software Requisitos e Avaliação de Qualidade de Produtos de Software (SQuaRE) Guia do SQuaRE, em No Capítulo 3, serão detalhadas as normas ISO/IEC 9126 e a ISO/IEC 14598, que são a base para criação deste trabalho. Segundo Colombo (2004) a norma ISO/IEC é complementar a norma ISO/IEC 9126, sendo que a primeira descreve quais características de qualidade um produto de software deve ter e a segunda descreve como identificar essas características em um produto e a qual nível cada característica satisfaz as necessidades do usuário. Ainda de acordo com o mesmo autor o MEDE-PROS é um modelo de avaliação contendo uma lista de questões a respeito de cada característica de qualidade, podendo ser respondidas pelo usuário final do produto e pode ser utilizado para apoiar no processo de avaliação da norma ISO/IEC 14598, auxiliando na coleta dos dados. Neste capítulo foram vistas algumas definições de Qualidade, Qualidade de Software e Qualidade de Produto de Software, bem como a importância de se obter um produto de qualidade para que as necessidades de uma organização possam ser atendidas. Foram vistas também as iniciativas que vêm sendo elaboradas por alguns órgãos normalizadores para garantir ao cliente ou usuário que o produto que está adquirindo tem padrões reconhecidos e familiarizados em todo território em que as normas são adotadas.

26 Capítulo III

27 3 MODELOS DE QUALIDADE PARA PRODUTOS DE SOFTWARE Neste capítulo serão abordados os modelos de qualidade definidos na ISO/IEC 9126 e na ISO/IEC O objetivo de estudar esses modelos é identificar quais são as características de qualidade de produto de software abordadas e qual métrica será utilizada para avaliação, além de entender como elaborar um processo para verificar a presença de tais características em um produto. 3.1 A NORMA ISO/IEC 9126 Como mostrado nos capítulos anteriores, a norma ISO/IEC 9126 foi desenvolvida com a finalidade de estabelecer um modelo de qualidade de produto de software que possa satisfazer as necessidades explícitas e implícitas estabelecidas pelo usuário. Na visão de Maintinguer et al (2001, p. 65), as divisões dessa norma são explicadas da seguinte forma: Modelo de Qualidade descreve a totalidade das características de qualidade de produto de Software divididas em subcaracterísticas, ou seja, engloba todas as características de qualidade que um produto de software deve ter para satisfazer as necessidades de usuário, além de desdobrar essas características em subcaracterísticas. Métricas de Qualidade Externa influencia o comportamento de um sistema, para satisfazer necessidades explícitas e implícitas, quando o sistema que o inclui for utilizado sob condições especificadas, ou seja, o efeito da execução das funções, medido com relação aos requisitos externos. Métricas de Qualidade Interna atributos estáticos do produto de Software para satisfazer necessidades explícitas e implícitas, quando o software for utilizado em condições especificadas, ou seja, o efeito das propriedades de produtos intermediários, medidos com relação aos requisitos internos. Métricas de Qualidade em Uso satisfaz as necessidades reais de usuários ao utilizar o produto de Software, para atingir metas especificadas em contextos de uso

28 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 27 especificados, ou seja, o efeito da utilização do produto, medido com relação às necessidades dos usuários. A Figura 01 foi elaborada com base nos conceitos dos autores citados acima, e mostra a divisão desta norma: Figura 01 Divisão da norma ISO/IEC Fonte: Adaptado, norma ISO/IEC (2003). Segundo a ISO/IEC (2003, p.2), partindo para os objetivos, os modelos desta norma 9126 também pode ser entendida da seguinte forma: A NBR ISO/IEC descreve um modelo de qualidade do produto de Software, composto de duas partes: a) métricas de qualidade interna e externa; e b) métricas de qualidade em uso. A primeira parte do modelo especifica seis características para qualidade externa e interna, as quais são por sua vez subdivididas em subcaracterísticas. [...] A segunda parte do modelo específica quatro características de qualidade em uso, mas não apresenta o modelo de qualidade em uso além do nível de característica. Percebe-se a relação existente entre os modelos de métricas de qualidade externa e interna, sendo que ambos estabelecem as mesmas características e subcaracterísticas de qualidade, ou seja, seis características que são subdivididas em subcaracterísticas. Já o modelo de qualidade em uso estabelece apenas quatro características de qualidade em uso e não estabelece um nível de subcaracterísticas. Nas seções subsequentes serão conhecidas detalhadamente as quatro divisões da norma ISO/IEC 9126, conforme a Figura 01, com a finalidade de identificar qual métrica de qualidade será mais adequada para ser utilizada no processo de avaliação do software utilizado na empresa R&M Piscicultura Ltda.

29 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e O modelo da norma ISO/IEC Como mostrado na seção anterior, essa norma estabelece um modelo de qualidade que descreve a totalidade das características de qualidade que um produto de software deve ter, e identifica essas características, subdividindo-as em subcaracterísticas. Essas características podem ser utilizadas em uma avaliação de verificação da conformidade de um produto em relação à norma estudada (GUERRA et al, 2003). Segundo a norma ISO/IEC (2003), as características de qualidade de produto de software são: funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade. Tais características são suficientes para atender aos requisitos de qualidade exigidos para um produto de software, porém em um contexto de uso especificado algumas características se tornam mais importantes que outras. Essas características são mostradas na Tabela 01 com suas definições. TABELA 01 Características de qualidade de produto de software. CARACTERÍSTICAS Funcionalidade Confiabilidade Usabilidade Eficiência Manutenibilidade Portabilidade Fonte: Adaptado, ISO/IEC (2003, p. 7). DEFINIÇÕES Conjunto de atributos que evidencia a existência de um conjunto de funções e suas propriedades especificadas. As funções são as que satisfazem as necessidades explícitas e implícitas. Conjunto de atributos que evidencia a capacidade do software de manter seu nível de desempenho sob condições estabelecidas durante um período de tempo definido. Conjunto de atributos que evidencia o esforço necessário para se poder utilizar o software, bem como o julgamento individual desse uso por um conjunto explícito ou implícito de usuários. Conjunto de atributos que evidencia o relacionamento entre o nível de desempenho do software e a quantidades de recursos usados, sob condições estabelecidas. Conjunto de atributos que evidencia o esforço necessário para fazer modificações especificadas no software. Conjunto de atributos que evidencia a capacidade do software de ser transferido de um ambiente para outro. O conjunto dessas características identificadas em um produto de software, a um nível que seja suficiente para atender as necessidades do usuário, torna o produto adequado para o usuário (ISO/IEC , 2003). Esta norma além de apresentar e definir as características de qualidade de produto de software preocupou-se em subdividir essas características em subcaracterísticas de qualidade, como mostrado na Figura 02.

30 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 29 Figura 02 Características e subcaracterísticas de qualidade de produto de software. Fonte: Adaptado, ISO/IEC (2003, p. 7). Segundo a norma ISO/IEC (2003, p. 9) as características de qualidade definidas por ela não são diretamente mensuráveis. É necessário um desdobramento das características em níveis mais específicos até chegar em atributos. Esse desdobramento é necessário para se chegar a um ponto em que a medida seja objetiva, a fim de se ter uma avaliação efetiva. Esse desdobramento pode ser visualizado na Figura 03 abaixo. Figura 03 Características, subcaracterísticas e atributos de qualidade de software. Fonte: ISO/IEC (2003, p. 9). De acordo com a figura acima, uma característica contém várias subcaracterísticas e estas contêm atributos. Sendo assim, um atributo pode influenciar uma ou mais característica e uma característica pode ser influenciada por mais de um atributo. Segundo a ISO/IEC (2003, p. 13), Os níveis de certos atributos internos influenciam os níveis de alguns atributos externos, de modo que há tanto um aspecto externo quanto um aspecto interno na maioria das características. Por exemplo, confiabilidade pode ser medida, externamente, observando-se o número de falhas, num período de tempo de execução, durante um experimento de uso do software e, internamente, inspecionando-se as especificações detalhadas e o código-fonte para avaliar-se o nível de tolerância a falhas.

31 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 30 Segundo Koscianski et al (2005, p. 64), o modelo de qualidade apresentado nesta norma pode ser aplicável na fase de desenvolvimento do produto, ou seja, na definição dos requisitos de qualidade, como também na fase de avaliação da aceitação do produto, avaliando o produto intermediário e o produto final. Percebe-se, que este modelo apresenta seis características de qualidade, sendo que um produto de software para estar em conformidade deve possuir tais características num grau que atenda os requisitos especificados pelo usuário. Essas características podem ser encontradas durante as fases de desenvolvimento, aceitação e durante o uso do produto. Essas características com suas subcaracterísticas, citadas anteriormente, são adotadas no modelo da norma ISO/IEC e ISO/IEC de qualidade externa e interna respectivamente, as quais serão comentadas na próxima seção Modelo para métricas de qualidade externa e interna Antes de serem detalhadas as definições sobre qualidade externa e interna, é necessário que seja entendido quais são os requisitos de qualidade específicos para cada um desses modelos. Segundo a ISO/IEC (2003), requisitos de qualidade são entendidos como sendo as necessidades de qualidade do usuário, exigidas para cada modelo de qualidade externa e interna. Assim temos: Requisitos de qualidade externa: incluem requisitos derivados das necessidades de qualidade dos usuários. Os requisitos de qualidade externa são usados como meta para avaliação em vários estágios de desenvolvimento para definir o grau de aceitação do produto; Requisitos de qualidade interna: são usados para especificar as propriedades dos produtos intermediários. Estes podem incluir modelos estáticos e dinâmicos, outros documentos e código-fonte. Requisitos de qualidade interna podem ser usados como metas para validação em vários estágios de desenvolvimento; A ISO/IEC (2003, p. 6) define qualidade externa como sendo a totalidade das características do produto de software do ponto de vista externo é a qualidade quando o

32 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 31 software é executado, o qual é tipicamente medido e avaliado enquanto está sendo testado num ambiente simulado, com dados simulados e usando métricas externas. Pode-se entender que qualidade externa é a qualidade estimada ou prevista para um produto final de software em cada estágio de desenvolvimento, sendo esta métrica utilizada para avaliar um software em estágio de desenvolvimento, a fim de garantir a aceitação do produto. A mesma norma também define qualidade interna como sendo a totalidade das características do produto de software do ponto de vista interno. A qualidade interna é medida e avaliada com relação aos requisitos de qualidade interna. Detalhes da qualidade do produto de software podem ser melhorados durante a implementação do código, revisão e testes. O modelo de qualidade externa e interna adotado na norma ISO/IEC e na norma ISO/IEC respectivamente, estabelecem as mesmas características e subcaracterísticas de qualidade que a norma ISO/IEC Percebe-se que ambos os modelos de qualidade estabelecidos por estas normas tratam da qualidade do produto de software durante as várias etapas de testes na fase de desenvolvimento ou aceitação, a fim de identificar possíveis irregularidades no produto, em relação aos requisitos de qualidade estabelecidos para atender as necessidades do usuário e a conformidade do produto antes da entrega Modelo para métricas de qualidade em uso Qualidade em uso é definida como sendo a capacidade do produto de software de permitir que usuários especificados atinjam metas especificadas com eficácia, produtividade, segurança e satisfação num contexto de uso especificado (ISO/IEC , 2003). Ou seja, é a medida no que diz respeito ao resultado do uso do software em um determinado ambiente e não das propriedades do próprio software como nos modelos de qualidade externo e interno.

33 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 32 A Figura 04 descreve melhor as características estabelecidas por este modelo. Figura 04 Modelo de qualidade para qualidade em uso. Fonte: Adaptado, ISO/IEC (2003, p. 11). Essas características são definidas no documento da ISO/IEC (2003, p.12), como: Eficácia: capacidade do produto de software de permitir que usuários atinjam metas especificadas com acurácia e completude, no contexto de uso especificado. Produtividade: capacidade do produto de software de permitir que seus usuários empreguem quantidade apropriada de recursos em relação à eficácia obtida, em contexto de uso especificado. Segurança: capacidade do produto de software de apresentar níveis aceitáveis de riscos de danos a pessoas, negócios, software, propriedades ou ao ambiente, em contexto de uso especificado. Satisfação: capacidade do produto de software de satisfazer usuários, em contexto de uso especificado. Esse modelo é o mais adequado para identificar a qualidade do produto que já vem sendo utilizado em seu contexto de uso especificado. Portanto, neste projeto será selecionado este modelo de qualidade pelo fato de que o software avaliado neste trabalho já está em uso na empresa R&M Piscicultura Ltda. Para avaliar a qualidade em uso, é necessário que haja uma maneira de medi-la, e para isso é preciso que se estabeleça a métrica a ser utilizada na avaliação. Como já foi dito que neste projeto será utilizada a métrica de qualidade em uso, o próximo passo é quantificá-la e fazer

34 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 33 uma medição para determinar a medida, que é o resultado da aplicação na métrica (SODRÉ, 2006). Na Tabela 02 pode ser visualizado alguns exemplos de métricas de qualidade em uso que resultam em um valor numérico. Nome da Métrica Frequência de erro TABELA 02 Exemplo de métrica de qualidade em uso para segurança. Fonte: Sodré (2006, 41). Propósito da Métrica Qual a frequência de erros? Medida e Fórmula X=A / T A = número de erros tomados pelo usuário T = tempo ou número de tarefas Interpretação Tipo de Escala Tipo de Medida 0 <= X Quanto mais próximo de 0 melhor. Absoluta A=quantidade Segundo a norma ISO/IEC (2003, p. 14) para o usuário final: qualidade em uso é, principalmente, resultante de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficiência. Para a pessoa que mantém o software: para quem qualidade em uso é resultante de manutenibilidade, para a pessoa encarregada de portar o software qualidade em uso é resultante de portabilidade. Como um dos objetivos deste trabalho é verificar se o software atender as necessidades do usuário final, e o método a ser utilizado na avaliação é o MEDE-PROS, que também é uma avaliação sob ponto de vista do usuário final, então, a avaliação a ser feita no software verificará o nível de qualidade das características de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficiência. Existe uma relação entre o modelo de qualidade em uso com os modelos de qualidade externa e interna. Para se ter qualidade em uso precisa-se de qualidade externa que por sua vez depende da qualidade interna do produto, tudo isso com o objetivo de atender as necessidades do cliente final. Essa dependência será mostrada na próxima seção Dependência entre os modelos da norma ISO/IEC 9126 Os requisitos de qualidade em uso especificados pelas necessidades de qualidade do usuário podem ser usados na especificação da qualidade interna e externa, aplicando características e

35 M o d e l o s d e Q u a l i d a d e p a r a P r o d u t o s d e S o f t w a r e 34 subcaracterísticas de qualidade do produto de software (ISO/IEC , 2003). Isso ocorre porque existe uma relação de dependência entre cada modelo para atender as necessidades do usuário, como mostrado na Figura 05. Figura 05 Dependência entre os modelos de qualidade. Fonte: Adaptado, ISO/IEC (2003, p 4). A Figura 05 diz respeito ao processo de qualidade desde o estabelecimento dos requisitos até o produto final para atender as necessidades do usuário. A qualidade do processo contribui para melhorar a qualidade do produto e a qualidade do produto contribui para melhorar a qualidade em uso. Avaliar a qualidade em uso pode fornecer feedback para melhorar um produto e avaliar um produto pode fornecer feedback para melhorar um processo (COLOMBO, 2004). Percebe-se que para se obter qualidade em uso depende de qualidade externa e para se obter a qualidade externa depende-se da qualidade interna. Obtendo-se qualidade em uso, pode-se afirmar que necessariamente se obteve a qualidade externa e interna num grau que satisfaz aos requisitos estabelecidos pelo usuário. As normas das séries ISO/IEC 9126 e ISO/IEC podem ser utilizadas em complementação, umas das outras, de acordo com o objetivo da avaliação. Sendo que a primeiro estabelece as características de qualidade e o segundo estabelece a forma de como avaliar um software para identificar essas características. Sendo assim, será mostrada nas próximas seções, uma visão geral sobre a norma ISO/IEC

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