Normas de Saúde dos SSCGD

Transcrição

1 Normas de Saúde dos SSCGD Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia ENTRADA EM VIGOR: dezembro Disposições Gerais 1.1 A Autorização Prévia (AP) de um ato de saúde consiste num aval por parte dos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (SSCGD) para a atribuição de comparticipação à despesa inerente à realização do mesmo. A AP de um ato de saúde não produz efeitos sobre a sua integração no contrato (convenção) existente entre os SSCGD e um prestador Estão sujeitos a AP todos os atos de saúde previstos na Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia. 1.3 A Assessoria Clínica (AC) da Direção dos SSCGD (DSS) é a entidade responsável pela concessão de AP. 1.4 Para a concessão de AP, a AC pode solicitar a presença do sócio ou do beneficiário visado em entrevista clínica, sendo reembolsadas as eventuais despesas com deslocações e alojamento Os SSCGD informam os seus prestadores sobre os atos de saúde sujeitos a AP, no momento de celebração do contrato (convenção) e sempre que procedam a atualizações na Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia através do Portal. 2. Orçamento As prescrições médicas devem conter a codificação e a nomenclatura definidas nas normas e tabelas dos SSCGD. 2.2 Caso a codificação referida no número anterior não exista, o pedido de AP tem de ser acompanhado por um orçamento discriminado emitido pelo prestador a que o sócio ou o beneficiário pretendam recorrer. 2.3 Nas situações de: Podologia (n.º 34) apenas para tratamentos; Cirurgias do Sistema Cardiovascular e Serviços Cardiovasculares (n.º 3) apenas para colocação de próteses endovasculares, colocação de cardioversores/desfibrilhadores, colocação de pacemakers e cirurgia da ablação; Transplantes de órgãos (n.º 5); Implante coclear (n.º 25). Normas dos SSCGD VS Pág.1 / 6

2 É necessária a aprovação de orçamento discriminado pela DSS, sempre que executados em prestadores privados. No caso dos transplantes de órgãos (n.º 5), se se prevê a sua execução em hospitais públicos, deve ser notificada antecipadamente a AC, da inscrição efetuada para o efeito. 3. Sócios O sócio é o responsável pela solicitação da AP A falta de AP implica a inviabilização da comparticipação do ato de saúde em causa e o consequente débito integral ao sócio dos encargos gerados. 4. Prestadores Os prestadores convencionados devem zelar pelo cumprimento da presente norma e anexar à fatura a respetiva AP. A falta de apresentação da AP implica a não garantia de pagamento por parte dos SSCGD Os atos de saúde que sejam prescritos por prestadores não convencionados, incluindo os que são abrangidos pelo regime de complementaridade, estão também sujeitos a AP, quando constem da Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia. 5. Pedido de Autorização Prévia A AP tem de ser requerida com uma antecedência mínima 5 dias úteis relativamente à data prevista de realização do ato de saúde, exceto para as deslocações mencionadas na Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia, onde a antecedência mínima é de 10 dias úteis Os pedidos de AP de atos de saúde deverão ser feitos através do Portal dos Serviços Sociais ( ou, em caso de manifesta impossibilidade de utilização deste canal: Por correio interno da CGD, utilizando se necessário o apoio do Delegado local, dirigido à AC/Lisboa; Junto do atendimento dos SSCGD. 5.3 Os pedidos de AP podem também ser remetidos pelo prestador, para o endereço de correio eletrónico servsociais.autorizacoesprevias@cgd.pt, mas só serão considerados válidos quando devidamente assinados pelo sócio Não são aceites pedidos de AP que não cumpram o disposto na presente norma. Normas dos SSCGD VS Pág.2 / 6

3 6. Especificidades e Exceções Situações de Urgência Para os atos de saúde que constam na Lista de Atos de Saúde Sujeitos a Autorização Prévia é dispensada a obtenção de AP, quando estes sejam prestados em situações de urgência A urgência referida no número anterior terá de ser comprovada pela AC, mediante apreciação: a) De nota de alta/declaração médica justificativa, em caso de internamento hospitalar, a ser remetida pelo sócio no prazo máximo de 10 dias úteis após a alta hospitalar; b) De declaração médica justificativa, nos restantes casos, a ser remetida pelo sócio no prazo máximo de 10 dias úteis após a realização do ato de saúde Em caso de falta da documentação justificativa ou em caso de urgência injustificada serão aplicadas as penalizações previstas no número Medicina da Dor (tratamento da dor crónica) O processo de AP de atos de saúde prestados no âmbito da Medicina da Dor (tratamento da dor crónica n.º 39) carece de avaliação prévia do doente em consulta de dor crónica, constituída de acordo com o previsto na norma dos SSCGD aplicável a esta matéria, da qual resulte a emissão de relatório clínico circunstanciado e definição de plano terapêutico. 7 Disposições Finais As exposições sobre situações omissas na presente norma serão apreciadas pela DSS A presente norma aplica-se a partir do dia 01/12/2016 (inclusive) e revoga todas as disposições anteriormente vigentes. Normas dos SSCGD VS Pág.3 / 6

4 ANEXO LISTA DE ATOS DE SAÚDE SUJEITOS A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA (AP) Cirurgias 01 Cirurgia do intersexo e transexual 02 Cirurgia endovascular 03 Cirurgias do sistema cardiovascular e serviços cardiovasculares, onde exista necessidade de recorrer a próteses ou outros dispositivos médicos implantados (nomeadamente, e sem prejuízo de outros atos médicos que possam ser enquadráveis neste número, colocação de próteses endovasculares, colocação de cardioversores/desfibrilhadores, colocação de pacemakers, cirurgia da ablação) 04 Cirurgias plásticas e toda e qualquer cirurgia efetuada por cirurgião plástico, exceto tratamento de queimaduras 05 Transplantes de órgãos Consultas 06 Dietistas/Nutricionistas 07 Podologia Deslocações 08 Entre as Regiões Autónomas e Portugal Continental, quando o tempo de permanência no destino seja superior a 3 dias 09 Ao estrangeiro 10 Com necessidade de acompanhante (exceto para doentes menores de idade) Exames complementares de diagnóstico 11 Sedação ou anestesia para qualquer tipo de exames complementares de diagnóstico, exceto Colonoscopia 12 Angiodinografias (Eco-Doppler, Duplex - Scan, Triplex - Scan, Doppler colorido), sempre que solicitado em simultâneo estudo venoso e arterial, do mesmo território 13 Colonoscopia virtual 14 Enteroscopia por cápsula (tb. vídeocápsula do intestino delgado) 15 Enteroscopia de/com duplo balão 16 Testes Melisa 17 Tomografia por emissão de positrões (PET) 18 Cateterismo cardíaco/angiografia coronária Normas dos SSCGD VS Pág.4 / 6

5 19 Enterografia por Tomografia Axial Computorizada (Entero-TAC) 20 Enterografia por Ressonância Magnética Nuclear (Entero-RMN) 21 Exames de genética para diagnóstico de doença oncológica 22 GDX (Análise Fibras Óticas) Medicamentos 23 Hospitalares para dispensa em ambulatório (MHDA) 24 Importados por inexistência de similar em Portugal Próteses 25 Implante coclear 26 Próteses penianas Tratamentos 27 Injeções intravítreas/intraoculares, independentemente do fármaco utilizado 28 Dermobrasão química (total ou parcial) 29 Enxerto de cabelo 30 Fatores de crescimento plaquetário 31 Litotrícia extracorporal (LEOC)- sessão inicial e sessões complementares 32 Litotripsia biliar extracorporal 33 Ondas de choque/ortotrícia 34 Podologia 35 Sistema Med X 36 Terapêutica fotodinâmica com Visudyne (cada sessão) 37 Termoterapia transpupilar (TTT) 38 Tratamento Tinnitus Signed (por ultra sons) Tratamentos/Cirurgias 39 Medicina da Dor (tratamento da dor crónica), nomeadamente (lista não exaustiva): a) Procedimentos no sistema nervoso periférico b) Procedimentos do neuroeixo (ex. colocação de bomba infusora programável epidural/intratecal) c) Procedimentos de neuromodulação (ex. colocação de gerador de neuroestimulação) d) Procedimentos em articulações, músculos, tendões e partes moles Normas dos SSCGD VS Pág.5 / 6

6 e) Ozonoterapia f) Procedimentos por radiofrequência g) Outros procedimentos (vertebroplastia, cifoplastia, colocação de espaçador interssomático) 40 Tratamento da obesidade mórbida 41 Embolização das artérias uterinas 42 Eletroporação irreversível prostática (EPI) 43 Embolização das Artérias Prostáticas 44 Tratamentos por laser: Em Dermatologia atos médicos com os seguintes códigos da Tabela da Ordem dos Médicos: De Laserbrasão total da face com laser CO2 ou Erbium/YAG - até Tratamento de lesões vasculares com outros lasers (>20 cm2) Em Oftalmologia ato médico com o seguinte código da Tabela da Ordem dos Médicos: Cirurgia refrativa (Queratomileusis por Lasik, independentemente do tipo de laser utilizado (nomeadamente, e sem prejuízo de outros tipos de laser, Excimer, Femtosegundo) Em Cirurgia do Aparelho Urogenital atos médicos com os seguintes códigos da Tabela da Ordem dos Médicos: De Fotorradiação percutânea com laser de cálices, bacinete ou SPU - até Litotrícia extracorporal por ondas de choque (sessões complementares - dentro de um período de 3 meses) De Fotorradiação percutânea com laser do uréter - até Idem, sessão complementar Aplicação de laser por via endoscópica Litotrícia extracorporal por ondas de choque Idem sessão complementar Aplicação externa de raios Laser Normas dos SSCGD VS Pág.6 / 6