CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CDB
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- Carolina Filipe Domingos
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1 São Paulo, 03 de agosto de 2016
2 CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CDB Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento do Rio de Janeiro ECO/92 Objetivos da CDB: Conservação da biodiversidade; Utilização sustentável de seus componentes; Repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do uso dos recursos genéticos; Reconheceu a importância dos conhecimentos tradicionais associado Reconheceu a soberania dos países sobre seus recursos genéticos. Assinada por 194 países, ratificada por 168 países Brasil, ratificada através do Decreto nº de 16 de março de 1998 Estabeleceu a obrigação dos países de regular, por legislação nacional, o acesso e a repartição de benefícios, bem como o consentimento prévio fundamentado, relativos aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais.
3 Medida Provisória nº /2001 Primeira Versão: Medida Provisória nº de 29 de junho de Emenda Constitucional nº 32, de 12/09/2001, as medidas provisórias editadas em data anterior continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional Marco legal sobre acesso ao PG e aos CTA no Brasil. Cria o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGEN Normatização do acesso ao PG, ao CTA e repartição de benefícios. Autorização Prévia para inicio das atividades de acesso Termo de Anuência Prévia e Contrato de Uso e Repartição de Benefícios Operação Novos Rumos - IBAMA
4 Lei nº de 20 de maio de 2015 Proposta de Novo Marco Legal para Acesso à Biodiversidade, Conhecimento Tradicional Associado e Repartição de Benefícios Regulamenta o inciso II do 1o e o 4o do art. 225 da Constituição Federal, o Artigo 1, a alínea j do Artigo 8, a alínea c do Artigo 10, o Artigo 15 e os 3o e 4o do Artigo 16 da Convenção sobre Diversidade Biológica, promulgada pelo Decreto no 2.519, de 16 de março de 1998; dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade; revoga a Medida Provisória nº , de 23 de agosto de 2001; e dá outras providências. Publicada em 21 de maio de 2015, no Diário Oficial da União, nº 95, Seção 1, páginas de 1 a 6. Entrou em vigor 180 dias após sua publicação, ou seja, em 17 de novembro de 2015.
5 PRINCIPAIS NOVIDADES/ALTERAÇÕES: Lei nº /15 Microrganismo como integrante do patrimônio genético. Atividades Agrícolas Conhecimento Tradicional Associado Inclusão do conceito de CTA de origem não identificável. Consentimento Prévio Informado. Acordo de Repartição de Benefícios. Após 365 dias a partir do momento da notificação do produto acabado ou do material reprodutivo Pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Exclui o conceito de pesquisa científica e bioprospecção. Produto acabado e Produto intermediário
6 PRINCIPAIS NOVIDADES/ALTERAÇÕES Lei nº /15 Acesso, Remessa e Exploração Econômica Simplificação: Substituição da Autorização Prévia pelo Cadastro. Artigo 3º: O acesso ao patrimônio genético existente no País ou ao conhecimento tradicional associado para fins de pesquisa ou desenvolvimento tecnológico e a exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo oriundo desse acesso somente serão realizados mediante cadastro, autorização ou notificação, e serão submetidos a fiscalização, restrições e repartição de benefícios nos termos e nas condições estabelecidos nesta Lei e no seu regulamento Atestado de regularidade de acesso - ato administrativo pelo qual o órgão competente declara que o acesso ao PG ou CTA cumpriu os requisitos desta Lei Notificação de produto - instrumento declaratório que antecede o início da atividade de exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo oriundo de acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado, no qual o usuário declara o cumprimento dos requisitos desta Lei e indica a modalidade de repartição de benefícios, quando aplicável, a ser estabelecida no acordo de repartição de benefícios;
7 Lei nº /15 PRINCIPAIS NOVIDADES/ALTERAÇÕES: Multa Pessoa Natural: R$ 1.000,00 a R$ ,00 Pessoa Jurídica: R$ ,00 a R$ ,00 Fiscalização: IBAMA, Comando da Marinha, Ministério da Defesa e Ministério da Agricultura Processos em tramitação devem ser reformulados como pedido de cadastro ou de autorização de acesso ou remessa, conforme o caso, no prazo de 1 ano, contado da data da disponibilização do cadastro pelo CGen. Competências do CGEN Permanência das competências. Inclusão do Setor Produtivo e Academia na composição do Conselho
8 Lei nº /15 CONCEITOS: Patrimônio genético - informação de origem genética de espécies vegetais, animais, microbianas ou espécies de outra natureza, incluindo substâncias oriundas do metabolismo destes seres vivos; Acesso ao Patrimônio Genético - pesquisa ou desenvolvimento tecnológico realizado sobre amostra de patrimônio genético; Pesquisa - atividade, experimental ou teórica, realizada sobre o PG ou CTA, com o objetivo de produzir novos conhecimentos, por meio de um processo sistemático de construção do conhecimento que gera e testa hipóteses e teorias, descreve e interpreta os fundamentos de fenômenos e fatos observáveis; Desenvolvimento tecnológico - trabalho sistemático sobre o PG ou sobre o CTA, baseado nos procedimentos existentes, obtidos pela pesquisa ou pela experiência prática, realizado com o objetivo de desenvolver novos materiais, produtos ou dispositivos, aperfeiçoar ou desenvolver novos processos para exploração econômica;
9 Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016 Regulamenta a Lei nº , de 20 de maio de 2015, que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade Rumores de judicialização de alguns temas Instituiu o Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado SISGEN. O prazo para o cadastramento ou notificação de será de 1 (um) ano, contado da data da disponibilização do cadastro pelo CGen. Delimita as atribuições e composição do CGEN e de seus órgãos: I Plenário; II - Câmaras Temáticas; III - Câmaras Setoriais; e IV - Secretaria-Executiva. Estabelece as informações mínimas do formulário eletrônico que deve ser preenchido para realização do cadastro.
10 Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016 Procedimento para notificações de produto acabado ou material reprodutivo e dos acordos de repartição de benefícios Procedimento administrativo de Verificação Atestado de regularidade de acesso: - solicitação do usuário, - declara a regularidade do acesso e obsta a aplicação de sanções administrativas Acordos setoriais - Garantir a competitividade do setor produtivo nos casos em que a aplicação da parcela de 1% da receita liquida anual caracterize dano material ou ameaça de dano material. Fundo Nacional de Repartição de Benefícios - FNRB
11 CADASTRO: Instrumento declaratório obrigatório das seguintes atividades de acesso ou remessa de patrimônio genético ou de conhecimento tradicional associado SISGEN Formulário eletrônico: I - identificação do usuário; II - informações sobre as atividades de pesquisa ou desenvolvimento tecnológico, incluindo: a) resumo da atividade e seus respectivos objetivos; b) setor de aplicação, no caso de desenvolvimento tecnológico; c) resultados esperados ou obtidos, a depender do momento da realização do cadastro; d) equipe responsável, inclusive das instituições parceiras, quando houver; e) período das atividades; f) identificação do patrimônio genético no nível taxonômico mais estrito possível ou do conhecimento tradicional associado, g) declaração se o patrimônio genético é variedade tradicional local ou crioula ou raça localmente adaptada ou crioula, ou se a espécie consta em lista oficial de espécies ameaçadas de extinção; h) informações da instituição sediada no exterior associada à instituição nacional, i) identificação das instituições nacionais parceiras, quando houver; III - número do cadastro ou autorização anterior, no caso de acesso a partir de pesquisa ou desenvolvimento tecnológico realizado após 30 de junho de 2000; IV - comprovação da obtenção do consentimento prévio informado V - solicitação de reconhecimento de hipótese legal de sigilo; e VI declaração de enquadramento em hipótese de isenção legal ou de não incidência de repartição de benefícios.
12 AUTORIZAÇÃO PRÉVIA Critério da União Foi regulamentada no Decreto Nos casos de acesso ao patrimônio genético ou conhecimento tradicional associado em áreas indispensáveis à segurança nacional, em águas jurisdicionais brasileiras, na plataforma continental e na zona econômica exclusiva, quando o USUÁRIO: I - pessoa jurídica nacional, cujos acionistas controladores ou sócios sejam pessoas naturais ou jurídicas estrangeiras; II - instituição nacional de pesquisa científica e tecnológica, pública ou privada, quando o acesso for feito em associação com a pessoa jurídica sediada no exterior; III - pessoa natural brasileira associada, financiada ou contratada por pessoa jurídica sediada no exterior.
13 NOTIFICAÇÃO Instrumento declaratório que antecede o início da atividade de exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo oriundo de acesso PG ou CTA, no qual o usuário declara o cumprimento dos requisitos desta Lei e indica a modalidade de repartição de benefícios, quando aplicável, a ser estabelecida no acordo de repartição de benefícios Antes do início da atividade de exploração econômica do produto Exploração econômica: emissão da primeira nota fiscal de venda do produto acabado ou material reprodutivo. Formulário eletrônico do SisGen No ato da notificação deve ser indicada a modalidade de repartição de benefícios, monetária ou não monetária. ARB: I - no ato da notificação, no caso de acesso ao CTA de origem identificável; ou II - em até 365 dias a contar da notificação O comprovante de notificação permite a exploração econômica do produto e estabelece o início do procedimento de verificação
14 REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS Incidente apenas sobre o Produto Acabado. Os fabricantes de produtos intermediários e desenvolvedores de processos oriundos de acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado ao longo da cadeia produtiva estarão isentos da obrigação de repartição de benefícios. Parâmetro definido previamente 1% da Receita Líquida Acordo setorial Redução para até 0,1% Produto acabado: o componente do patrimônio genético ou do conhecimento tradicional associado deve ser um dos elementos principais de agregação de valor. A presença no produto acabado é determinante para a existência das características funcionais ou para a formação do apelo mercadológico. apelo mercadológico: referência a patrimônio genético ou a conhecimento tradicional associado, a sua procedência ou a diferenciais deles decorrentes, relacionada a um produto, linha de produtos ou marca, em quaisquer meios de comunicação visual ou auditiva, inclusive campanhas de marketing ou destaque no rótulo do produto; e características funcionais: características que determinem as principais finalidades, aprimorem a ação do produto ou ampliem o seu rol de finalidades.
15 ADEQUAÇÃO Acesso ao PG ou CTA ou exploração econômica de produto acabado ou de material reprodutivo oriundo de acesso realizados a partir de 30 de junho de 2000, em conformidade com a Medida Provisória nº , de 23 de agosto de 2001; Deverá adotar uma ou mais das seguintes providências: Cadastrar o acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado; Notificar o produto acabado ou o material reprodutivo objeto da exploração econômica Repartição de benefícios, referentes à exploração econômica realizada a partir da data de entrada em vigor da Lei nº , de 2015, exceto quando o tenha feito na forma da Medida Provisória nº , de Prazo de 1 ano, contado da data da disponibilização do cadastro
16 REGULARIZAÇÃO Acesso ao PG ou CTA; exploração econômica de produto acabado ou de material reprodutivo oriundo de acesso; remessa ao exterior de amostra de PG; divulgação, transmissão ou retransmissão de dados ou informações que integram ou constituem CTA, realizados a partir de 30 de junho de 2000 e 17 de novembro de 2015; Prazo de 1 ano, contado da data da disponibilização do cadastro O cadastro extingue a exigibilidade das sanções administrativas previstas na Medida Provisória nº , de 2001,desde que a infração tenha sido cometida até o 16 de novembro de Assinatura de Termo de Compromisso. Cumpridas integralmente as obrigações assumidas no Termo de Compromisso: PG: exigibilidade extinta CTA e falsa informação: redução 90% Para os litígios administrativos ou judiciais, poderão ser aplicadas as regras de regularização ou adequação, podendo ser firmado acordo ou transação judicial ou até desistência da ação.
17 Obrigada Marina Vieira Freire Rua Tabapuã 81 Itaim Bibi CEP São Paulo SP Telefone (55 11) FAX (55 11)
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