MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA

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1 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA Ciência nº 1094/2017-MNG/PGR Agravo em Recurso Especial n.º /SP Agravante: GUY GARCIA SILVA Agravado: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Relatora: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA - 6ª TURMA Excelentíssima Senhora Ministra Relatora, O Ministério Público Federal manifesta-se ciente da r. decisão de fls. 291/293e, que determinou a conversão do presente agravo em recurso especial, para oportuno julgamento pela Sexta Turma desse C. STJ, tendo em vista a relevância da questão em debate, que trata do recebimento ou não da denúncia na qual se imputa ao recorrido a prática do delito de tráfico internacional de drogas (art. 33, 1º, inciso I, c/c 40, inciso I, da Lei nº /2006) em razão da importação de dez sementes de Cannabis sativa (maconha),, possibilitando às partes, se o desejarem, a realização de sustentação oral (fl. 293e). Por oportuno, reitera-se a manifestação deste Parquet Federal pelo provimento do recurso especial: 3.- Caso, porém, venha a ser conhecido o agravo, o recurso especial merece provimento O recurso especial, para ser conhecido, deve preencher os pressupostos recursais genéricos intrínsecos (cabimento, legitimidade e interesse de recorrer) e extrínsecos, relacionados aos fatores supervenientes à decisão (tempestividade, regularidade formal, inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer e preparo, quando a lei assim o exigir), nos termos da legislação processual civil. Além disso, também devem estar preenchidos os pressupostos específicos contidos no

2 artigo 105, III, da Constituição Federal, bem como o esgotamento das vias ordinárias e o prequestionamento da matéria. Nessa linha, verifica-se que estão preenchidos os pressupostos genéricos, uma vez que: (i) o recurso manejado é o cabível diante do acórdão proferido pelo TRF/3ª Região; (ii) o recorrente possui legitimidade e interesse em recorrer; (iii) o recurso afigura-se tempestivo e regular em sua forma. No que se refere aos pressupostos específicos, tratase de recurso manejado contra decisão de última instância proferida por uma Corte Estadual, no âmbito do qual se aponta contrariedade à lei federal (art. 105, III, a, da CF) e divergência jurisprudencial (art. 105, III, c, da CF), com o devido esgotamento das vias ordinárias, porquanto incabível qualquer outro recurso no âmbito daquele Tribunal. O recorrente se desincumbiu do dever de realizar o cotejo analítico no caso concreto (fls. 207/211e), demonstrando a similitude fático-jurídica e a incompatibilidade de entendimentos entre o acórdão recorrido e os julgados paradigmas. Da mesma forma, está presente o prequestionamento da matéria, na medida em que a questão controvertida restou amplamente discutida no acórdão recorrido, tendo sido inclusive objeto de divergência. Por fim, cumpre destacar que, no presente caso, a matéria é de direito, uma vez que não há necessidade de reexaminar os fatos e provas. O recurso, portanto, é de ser conhecido e, no mérito, merece provimento A questão central do presente recurso, referente /p 2

3 à tipicidade da conduta de importação de semente de maconha, não é nova no âmbito dos Tribunais Superiores, tanto que essa Corte Superior já teve a oportunidade de se manifestar no sentido de que configura delito de tráfico de drogas a importação de sementes de maconha, não sendo a hipótese caso de reconhecimento da atipicidade material em razão da quantidade importada. (STJ, AgRg no AREsp /SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe 29/06/2016). Com a devida vênia, o tema merece ser revisitado. O caso em tela não é de tráfico de drogas propriamente dito (artigo 33, caput, da Lei n /2006), uma vez que não houve a importação da planta Cannabis sativa Linneu, relacionada na lista de plantas que podem produzir substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas, constantes da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de No caso, como relatado, o recorrido importou 10 frutos aquênios da referida planta, os quais não apresentam tetrahidrocannabinol (THC), 1 que é a substância psicoativa. A questão fundamental, portanto, consiste em saber se a conduta em questão equivale à prática de tráfico por equiparação, de que trata o artigo 33, 1, I, da Lei n /2006, que assim dispõe: Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e 1 UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime). United Nations Office on Drugs and Crime. Recommended methods for the identification and analysis of cannabis and cannabis products: Manual for use by National Narcotics Laboratories. New York: United Nations, Disponível em: < Acesso em: 02 set /p 3

4 pagamento de 500 (quinhentos) a (mil e quinhentos) dias-multa. 1o Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matériaprima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. (g.n.) A legislação especial, como se observa acima, proíbe somente a importação de matéria-prima, insumo ou produto químico que sejam destinados à preparação de drogas, não havendo nenhuma menção com relação aos atos pretéritos à referida preparação. No artigo intitulado Importação de sementes de maconha para cultivo próprio Crime de tráfico, uso ou contrabando?, 2 o Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo Marco Antônio Ferreira Lima ressalta bem essa questão: Na hipótese de SEMENTE de maconha, seu fim é para a produção da maconha, mas não sua preparação, pois a SEMENTE, assim considerada, como exaustivamente e clinicamente demonstrado, não apresenta o princípio ativo tetrahidrocanabinol (THC) em sua composição e não tem qualidades químicas que, mediante adição, mistura, preparação ou transformação química, possam resultar em drogas 2 Disponível em: < Acesso em: 02 set /p 4

5 ilícitas. A simples SEMENTE de maconha não pode ser adicionada com outros elementos para criar uma substância entorpecente, sendo que seu potencial, acaso ela germine, exige seu cultivo. E só assim, há uma possibilidade de gerar muda e dai a planta que contenha o THC. A SEMENTE de maconha não poderá ser considerada matéria-prima ou insumo destinado à preparação da maconha, a que se refere o inciso I, do 1º do art. 33, da Lei n /06, para que se configure o crime de tráfico de drogas previsto no art. 33 da Lei n /06. Seguindo a voluntas legis, é preciso que a substância por si só tenha potencialidade para a produção de efeitos entorpecentes e possa causar dependência física ou psíquica, o que não ocorre com as SEMENTES da planta CANNABIS SATIVA Linneu. Aqui rege o princípio da legalidade estrita, porque se fosse essa a intenção do legislador, haveria referência expressa à "produção" e não apenas à "preparação" de drogas, no inciso em questão. Pelo que dispõe o inciso II do 1º do art. 33 da Lei de Drogas, a importação (e a consequente posse) da SEMENTE de maconha é meramente ato preparatório, portanto, impunível, das condutas e exaustivos verbos tratados em Lei. Só quando o agente inicia a semeadura ou o cultivo da planta de maconha, utilizando-se da SEMENTE dessa planta que importou, parece configurar-se, em tese, o crime equiparado ao tráfico previsto no 1º, II, do art. 33 da Lei n /06. Não se prepara a "maconha" tendo por base a SEMENTE dela, mas sim a partir da planta que dela se originou. A simples importação de sementes é conduta subsumível no art. 28, 1º, da Lei n /06, na forma tentada (CP, art. 14, II), mas que apresenta-se impunível, já que o preceito secundário, isto é, as penas do art. 28 da Lei n /06, na prática, não comportam combinação com o art. 14, parágrafo único, do Código Penal. Se uma pessoa fosse surpreendida trazendo com ela sementes de maconha não estaria em tese cometendo crime algum, uma vez que essas não são, sob o aspecto técnico, consideradas como droga nos termos da Lei. Quanto a um possível crime de contrabando, ou seja, no crime de importação de mercadoria proibida (art. 334, caput, do Código Penal), já que não se permite a importação de SEMENTE de maconha sem prévia autorização do órgão competente, essa também se quedaria a atipicidade porquanto mero descumprimento /p 5

6 administrativo posto que a posse da semente, em si, também não se reveste de tipicidade. A matéria-prima, conforme esclarecem Vicente Greco Filho e João Daniel Rass, 3 é a substância de que podem ser extraídos ou produzidos os entorpecentes ou drogas que causem dependência física ou psíquica. Em outras palavras, a matéria-prima ou insumo devem ter condições e qualidades químicas para, mediante transformação ou adição, por exemplo, produzirem a droga ilícita, 4 o que não é o caso das sementes da planta Cannabis sativa Linneu, que não possuem a substância psicoativa (THC). A rigor, as sementes de maconha não se prestam à preparação de droga, a não ser muito indiretamente, como ato final, por meio da semeadura, cultivo, colheita da planta e produção de droga ilícita. 5 (g.n.). Segundo estudo realizado pelos peritos criminais federais Rafael S. Ortiz e Monique dos Reis, com as alunas do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 6 é baixíssima a probabilidade de uma semente germinar e vir a gerar as flores (parte utilizada para o consumo na forma fumada ou para produção do óleo medicinal). Confira-se: O número de laudos produzidos no Setor Técnico- Científico da Perícia Federal no Rio Grande do Sul teve um salto significativo: de 34 laudos produzidos em 2010, para 2.192, em Entre os motivos, o aumento do número de sementes enviadas de outros países para o Brasil (em especial da Holanda) e a realidade que já é vivida em alguns países europeus, uma ascensão no crescimento doméstico ou indoor de 3 FILHO, Vicente Greco e RASSI, João Daniel. Lei de drogas anotada. São Paulo: Saraiva, 2009, 3ª edição, p Idem. 5 QUEIROZ, Paul. Adquirir/importar semente de maconha é crime?. Disponível em: < Acesso em: 02 set Revista Perícia Federal. É possível estimar a quantidade de maconha produzida a partir do crescimento indoor de canabis? Brasília, ano 16, n. 35, p.12-15, mai /p 6

7 canabis. (...) Neste estudo foram utilizadas 73 amostras de sementes, supostamente frutos aquênios de C. Sativa, apreendidas e encaminhadas para exame no Setor Técnico- Científico da PF no Rio Grande do Sul. Portanto, o estudo foi desenvolvido durante o período de realização dos exames periciais. Os frutos aquênios recebidos estavam embalados e rotulados indicando diferentes marcas e variedades. (...) As amostras foram tratadas em condições semelhantes, quais sejam: 1. quebra inicial da dormência, deixando-se as sementes em água, no escuro, overnight a 30ºC; 2. germinação em papel filtro umedecido, no escuro, por 24h a 30ºC; 3. plantio em solos de constituição diferentes com fertilizante, húmus de minhoca e areia. (...) As plantas foram cultivadas em estufa adaptada para a operação [ ] O ambiente no qual as plantas foram mantidas possui restrição de ingresso, acesso monitorado e câmeras de segurança. ( ) Tendo em vista que na manufatura das amostras de rua de maconha incluem-se somente as partes aéreas da planta, pode-se afirmar que, para espécimes de canabis cultivadas em estufas por um período de 4,5 até 12 semanas, aproximadamente 21% da matéria vegetal fresca permanecerá como matéria-prima para produção da maconha, sendo este o rendimento médio de massa seca a partir do crescimento em estufa. No estudo acima ilustrado, foram utilizadas 73 amostras de sementes (frutos aquênios de Cannabis sativa Linneu) tratadas em condições semelhantes de germinação, fertilização e estufa preparada para a operação, à semelhança do que fazem os cultivadores em geral. Ainda assim, após 12 semanas, tempo considerado suficiente para a colheita das flores, restaram apenas 5 amostras aptas à produção da droga, ou seja, apenas 6,85% do total das sementes plantadas, sem contar que tal /p 7

8 percentual pode ser ainda menor, visto que são apenas as plantas fêmeas que produzem as flores ( buds ), parte utilizada para o consumo na forma fumada ou cocção para extração do óleo medicinal. Ora, se nem toda semente de maconha se transformará em planta, não há como se afirmar peremptoriamente, portanto, que a importação dessa semente constitui ato preparatório de produção de drogas ilícitas. A importação, na verdade, é ato pretérito à preparação, sendo, pois, atípico. De outra banda, importa registrar que a conduta também não se enquadra no crime de contrabando, pois o núcleo do tipo é mercadoria proibida, no que se incluiriam mudas ou plantas, mas não as sementes, que não estão incluídas na Portaria SVS/MS 344/98/99 e nem na RDC/ANVISA 39/12, que atualizou as substâncias que devem ser tratadas como droga ou de controle especial, de modo a exigir proibição de importação e comércio. Lembre-se, a propósito, que a ANVISA já atualizou as regras de importação de produtos à base de Canabidiol e Tetrahidrocannabinol (THC) para tratamento de saúde, permitindo que pessoas com prescrição e laudo médicos comprem a planta da maconha in natura e outros artigos que contenham as substâncias presentes no vegetal, tais como cigarros, cosméticos, alimentos e sementes. Com as novas regras, passa a ser possível também adquirir compostos que contenham apenas o tetrahidrocanabinol (THC), responsável por efeitos psicoativos e analgésicos da maconha. Até agora, para entrar no país, o teor de THC desses medicamentos tinha que ser menor que o de canabidiol ABIFISA. Notícia: Anvisa autoriza importação de sementes e plantas de maconha. Disponível em: < Acesso em: 05 set /p 8

9 De fato, a RDC/ANVISA 66/2016, 8 publicada pela agência reguladora, permite a prescrição médica e a importação, por pessoa física, de produtos que contenham as substâncias Canabidiol e Tetrahidrocannabinol (THC) em sua formulação, exclusivamente para uso próprio e para tratamento de saúde. De toda sorte, ainda que se entenda tratar-se de importação de mercadoria proibida, tipificando, assim, o contrabando, ainda assim não é o caso de se impor a condenação, em determinados casos, como o presente, em que a quantidade de produtos importados clandestinamente é ínfima, revelando a baixíssima potencialidade de dano. No caso em tela, em que o recorrido importou somente 10 frutos aquênios da planta Cannabis sativa Linneu, tal situação indica que a eventual produção de drogas se possível seria destinada ao consumo próprio. Nesse ponto, merece destaque o posicionamento dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que já se manifestaram no julgamento do RE /SP, sobre a descriminalização do porte de maconha para consumo próprio, todos, até o momento, pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei nº /06, verbis: Relator: Ministro Gilmar Mendes Em posição menos rígida na escala das políticas adotadas, convencionou-se denominar de despenalização a exclusão de pena privativa de liberdade em relação a condutas de posse para uso pessoal, bem como em relação a outras condutas de menor potencial ofensivo, sem afastá-las, portanto, do campo da criminalização. É esse o modelo adotado pelo art. 28 da Lei /2006, objeto deste recurso. Encontramos, mais adiante, na escala de opções regulatórias, a denominada descriminalização, termo 8 Disponível em: < jornal=1&pagina=28&data=21/03/2016>. Acesso em: 05 set /p 9

10 comumente utilizado para descrever a exclusão de sanções criminais em relação à posse de drogas para uso pessoal. Sob essa acepção, embora a conduta passe a não ser mais considerada crime, não quer dizer que tenha havido liberação ou legalização irrestrita da posse para uso pessoal, permanecendo a conduta, em determinadas circunstâncias, censurada por meio de medidas de natureza administrativa. [ ] Dessa forma, a prevenção do uso indevido de drogas, um dos princípios do sistema nacional de políticas públicas sobre drogas art. 4º da Lei /06 é uma finalidade estatal válida e pode ser alcançada, com maior eficácia, por meio de um vasto leque de medidas administrativas. Nesse contexto, a criminalização do porte de drogas para uso pessoal afigura-se excessivamente agressiva à privacidade e à intimidade. Além disso, o dependente de drogas e, eventualmente, até mesmo o usuário não dependente estão em situação de fragilidade, e devem ser destinatários de políticas de atenção à saúde e de reinserção social, como prevê nossa legislação arts. 18 e seguintes da Lei /06. Dar tratamento criminal a esse tipo de conduta, além de andar na contramão dos próprios objetivos das políticas públicas sobre o tema, rotula perigosamente o usuário, dificultando sua inserção social. [...] Além disso, em muitos países, inclusive naqueles em que a posse para uso pessoal ainda é definida com crime, a distinção entre tráfico e uso é feita por critérios objetivos, geralmente com base no peso e na natureza da droga apreendida. Definem-se, para cada tipo de droga, limites máximos de peso, abaixo dos quais se presume que a droga se destina a uso pessoal. Segue, abaixo, em relação aos países em que a posse para consumo pessoal não é considerada crime, um panorama do atual quadro normativo das alternativas à criminalização, com os critérios de distinção entre tráfico e uso lista elaborada a partir de dados coletados pelo Transnational Institute e Colectivo Estudios Drogas y Derecho (CEDD) e pelo European Legal Database on Drugs/European Monitoring Center for Drugs and Drugs Addiciton, /p 10

11 (emcdda.europa.eu/elddm, ): País Alternativas à criminalização Critérios de distinção Argentina Sem medidas Interpretação do juiz. administrativas. Bolívia Tratamento compulsório. Uso equivalente a 48 horas de consumo. Chile Medidas administrativas. Interpretação do juiz. Colômbia Sem medidas 20g de maconha, 5g de administrativas haxixe, 1g de cocaína. Equador Sem medidas 10g de cannabis, 2g administrativas de pasta base de cocaína. Paraguai Sem medidas 10g de cannabis, 2g de administrativas. cocaína, heroína e derivados de opiáceos. Peru Tratamento compulsório. 8g de maconha, 5g de pasta de cocaína, 250g de ecstasy. Uruguai Sem medidas 40g de maconha por mês. administrativas. Costa Rica Sem medidas Interpretação do juiz. administrativas. Honduras Internação compulsória. Interpretação do juiz. Jamaica Somente cannabis. Sem 2 onças (cerca de 57 gramas) medidas administrativas. de maconha, 2.8g de cocaína, heroína e morfina. México Sem medidas 5g de cannabis, 2g de Ópio, administrativas. 0,5g de cocaína. Alemanha A lei permite a não Entre 6 e 15g de maconha instauração de processo (14 Estados fixaram em 6g). criminal. Cocaína heroína: 1 a 2g (prática judicial). Bélgica Apenas cannabis. Sem 3g de resina ou da erva. medidas administrativas. Espanha Medidas 25g de haxixe, 100g de administrativas. Cannabis, 3g de heroína, 7,5g de cocaína. Holanda Sem medidas 5g de maconha, 0,5g de administrativas. cocaína. Itália Medidas 1g de THC, 0.25g de administrativas. heroína e 0.75g de cocaína. /p 11

12 Lituânia Medidas 5g de maconha, 0.2 de administrativas. Heroína, 0.2 de cocaína. Luxemburgo Apenas cannabis. Medidas Interpretação do juiz. Administrativas. Portugal Medidas 25g de maconha administrativas. (equivalente a 10 doses diárias), 1g de ecstasy e 2g de cocaína. Países Baixos Sem medidas 5g de maconha e 0,5g de administrativas. heroína ou cocaína. Rep. Checa Medidas 15g de maconha, administrativas. dependendo da pureza, 1g de cocaína, 4 tabletes de ecstasy. Não há como negar que a adoção de critérios objetivos para a distinção entre uso e tráfico, fundados no peso e na natureza da droga apreendida, e às vezes até em seu grau de pureza, é medida bastante eficaz na condução de políticas voltadas a tratamento diferenciado entre usuários e traficantes. [ ] Diante da análise aqui procedida, é possível assentar que a criminalização do usuário restringe, em grau máximo, porém desnecessariamente, a garantia da intimidade, da vida privada e da autodeterminação, ao reprimir condutas que denotam, quando muito, autolesão, em detrimento de opções regulatórias de menor gravidade. Nesse contexto, resta evidenciada, também sob essa perspectiva, a inconstitucionalidade da norma impugnada, por violação ao princípio da proporcionalidade. Voto-Vista: Ministro Edson Fachin O ponto de partida para se delimitar o campo de restrição à autonomia parece estar no princípio da ofensividade: somente havendo dano efetivo, porquanto haveria, por conseguinte, uma interferência na autonomia das outras pessoas, é que se pode legitimar a coerção. A sanção penal é, assim, tão-só uma das formas de se proteger os bens jurídicos. Consubstanciando a mais grave restrição na autonomia dos cidadãos, cumpre, portanto, avaliar se ela é adequadamente posta. E é aqui que tem assento a proporcionalidade. /p 12

13 [ ] Anotações: Ministro Luís Roberto Barroso Para compreensão geral, uma breve unificação da terminologia é conveniente. Descriminalizar significa deixar de tratar como crime. Despenalizar significa deixar de punir com pena de prisão, mas punir com outras medidas. Este é o sistema em vigor atualmente. Legalizar significa que o direito considera um fato normal, insuscetível de qualquer sanção, mesmo que administrativa. A discussão no presente processo diz respeito à descriminalização, e não à legalização. Vale dizer: o consumo de maconha ou de qualquer outra droga continuará a ser ilícito. O debate é saber se o Direito vai reagir com medidas penais ou com outros instrumentos, como, por exemplo, sanções administrativas. Isto inclui a possibilidade de apreensão, proibição de consumo em lugares públicos, submissão a tratamento de saúde etc. [...] Ementa e tese do meu voto escrito: Ementa: DIREITO PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 28 DA LEI Nº /2006. INCONSTITUCIONALIDADE DA CRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL. VIOLAÇÃO AOS DIREITOS À INTIMIDADE, À VIDA PRIVADA E À AUTONOMIA, E AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. 1. A descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal é medida constitucionalmente legítima, devido a razões jurídicas e pragmáticas. 2. Entre as razões pragmáticas, incluem-se (i) o fracasso da atual política de drogas, (ii) o alto custo do encarceramento em massa para a sociedade, e (iii) os prejuízos à saúde pública. 3. As razões jurídicas que justificam e legitimam a descriminalização são (i) o direito à privacidade, (ii) a autonomia individual, e (iii) a desproporcionalidade da punição de conduta que não afeta a esfera jurídica de terceiros, nem é meio idôneo para promover a saúde pública. 4. Independentemente de qualquer juízo que se faça acerca da constitucionalidade da criminalização, impõe-se a determinação de um parâmetro objetivo capaz de distinguir consumo pessoal e tráfico de drogas. A ausência de critério dessa natureza produz um efeito discriminatório, na /p 13

14 medida em que, na prática, ricos são tratados como usuários e pobres como traficantes. 5. À luz dos estudos e critérios existentes e praticados no mundo, recomenda-se a adoção do critério seguido por Portugal, que, como regra geral, não considera tráfico a posse de até 25 gramas de Cannabis. No tocante ao cultivo de pequenas quantidades para consumo próprio, o limite proposto é de 6 plantas fêmeas. 6. Os critérios indicados acima são meramente referenciais, de modo que o juiz não está impedido de considerar, no caso concreto, que quantidades superiores de droga sejam destinadas para uso próprio, nem que quantidades inferiores sejam valoradas como tráfico, estabelecendo-se nesta última hipótese um ônus argumentativo mais pesado para a acusação e órgãos julgadores. Em qualquer caso, tais referenciais deverão prevalecer até que o Congresso Nacional venha a prover a respeito. [...] Em suma, a importação de sementes de maconha não se enquadra no tipo descrito no artigo 33, 1º, inciso I, c.c artigo 40, inciso I, da Lei n /2006. Mesmo que se entenda tratar-se de hipótese de importação de mercadoria proibida, impõe-se, em casos como o presente, e por força da aplicação do princípio da proporcionalidade, fazer incidir o princípio da insignificância, para, de toda forma, concluir-se pela atipicidade da conduta. Verifica-se, portanto, ilegalidade no acórdão recorrido, devendo ser restabelecida a decisão de primeiro grau, pela rejeição da exordial acusatória (fls. 275/288e). Brasília, 12 de maio de MÔNICA NICIDA GARCIA SUBPROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA /p 14

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