O texto integral do Relatório Anual sobre o Desempenho do Emprego consta do doc.: 12563/17 ADD 1.

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "O texto integral do Relatório Anual sobre o Desempenho do Emprego consta do doc.: 12563/17 ADD 1."

Edson Luiz Camelo Pacheco
6 Há anos
Visualizações:

1 Conselho da União Europeia Bruxelas, 6 de outubro de 2017 (OR. en) 12563/17 SOC 597 EMPL 458 ECOFIN 750 EDUC 346 NOTA de: para: Assunto: Comité do Emprego (COEM) Comité de Representantes Permanentes/Conselho Principais desafios em matéria de emprego: Principais mensagens do COEM baseadas no Relatório Anual sobre o Desempenho do Emprego e no Observatório de Desempenho do Emprego - Aprovação das principais mensagens Junto se envia, à atenção das delegações, as principais mensagens do Comité do Emprego (COEM) baseadas no Relatório Anual sobre o Desempenho do Emprego (RADE) e no Observatório de Desempenho do Emprego (ODE). O texto integral do Relatório Anual sobre o Desempenho do Emprego consta do doc.: 12563/17 ADD 1. O Observatório de Desempenho do Emprego consta do doc.: 12563/17 ADD /17 arg/ip 1

2 Principais mensagens destinadas a acompanhar o Relatório Anual sobre o Desempenho do Emprego e o Observatório de Desempenho do Emprego 1. Em sintonia com o mandato que lhe é conferido pelo artigo 150.º do TFUE, o Comité do Emprego apresentou a sua análise anual da situação do emprego na UE que é dirigida ao Conselho. e consta do "Observatório de Desempenho do Emprego" (ODE), que monitoriza os progressos realizados para atingir as metas de 2020 e identifica os principais desafios em matéria de emprego, assim como os resultados positivos do mercado de trabalho em toda a UE e em cada Estado-Membro. O Observatório de Desempenho do Emprego é apresentado ao Conselho em simultâneo com o Relatório Anual do COEM sobre o Desempenho do Emprego, que sintetiza os principais resultados do ODE e, numa perspetiva de futuro, os desenvolvimentos necessários, a nível nacional e da UE, para atingir as metas relativas à taxa de emprego até Desta análise, o COEM gostaria de destacar as mensagens a seguir enunciadas. 2. Em 2016, a taxa de emprego na UE (entre os 20 e os 64 anos) continuou a aumentar e atingiu 71,0%, ultrapassando o nível de pré-crise pela primeira vez desde Os números mais recentes mostram que esta tendência positiva continuou, tendo a referida taxa atingido 71,7% no primeiro trimestre de Se a taxa de emprego continuar a aumentar ao mesmo ritmo que em 2016, a UE estará de um modo geral em condições de cumprir a meta de uma taxa de emprego de 75% fixada na Estratégia Europa Estas boas notícias não deverão escamotear as disparidades existentes: seis Estados- -Membros têm taxas de emprego consideravelmente abaixo dos níveis anteriores à crise. 3. A maioria dos Estados-Membros conseguiu o crescimento mínimo do emprego, o qual, se se mantiver, lhes permitirá cumprir as suas metas em 2020, tendo sete Estados-Membros alcançado já a sua meta nacional. No entanto, a disparidade continua a ser significativa (é ainda necessário um aumento médio de 3 a 4 pontos percentuais), o que representa um desafio apreciável para os Estados-Membros. Quase todos os Estados-Membros que ainda não atingiram as suas metas nacionais diminuíram o hiato entre a meta nacional e a taxa de emprego em 2016 em comparação com /17 arg/ip 2

3 4. A fim de apoiar os esforços dos Estados-Membros, o COEM identificou, por país, os subgrupos do mercado de trabalho em relação aos quais o aumento das taxas de emprego teria o maior impacto potencial na taxa de emprego global nacional, e em relação aos quais se poderiam intensificar os esforços, se necessário. Em toda a UE, estes subgrupos são os seguintes: mulheres e homens com idade entre 30 e 54 anos; mulheres com idade entre 55 e 64 anos; pessoas com poucas qualificações. 5. No que diz respeito às tendências horizontais em matéria de emprego a observar, treze Estados- -Membros registaram um aumento da taxa de emprego global, e dezoito um aumento no emprego total. Verificou-se um aumento da taxa de emprego dos trabalhadores mais velhos em vinte e quatro Estados-Membros. No entanto, em onze Estados-Membros piorou a situação no que diz respeito à inatividade e ao trabalho a tempo parcial devido a responsabilidades pessoais ou familiares. 6. A repartição temática dos principais desafios em matéria de emprego e dos resultados positivos no mercado de trabalho mostra claramente que a educação, a formação, as competências e a aprendizagem ao longo da vida devem continuar no cerne do nosso trabalho. Embora tenham sido comunicados resultados positivos por alguns Estados-Membros nestes domínios, subsistem muitas dificuldades. Entre essas dificuldades concretas deve referir-se a ligação entre os resultados escolares e os contextos socioeconómicos e migrantes, a baixa participação na aprendizagem ao longo da vida e a inadequação das competências. O trabalho de vigilância multilateral do COEM identificou muitas reformas nestes domínios nos últimos anos, tendo salientado também a importância de desenvolver esforços sustentados para as implementar, atendendo ao tempo que é necessário para implementar essas reformas e colher os respetivos benefícios /17 arg/ip 3

4 7. Dois terços dos Estados-Membros comunicaram resultados positivos sobre o mercado de trabalho no setor da participação no mesmo, embora quase todos os Estados-Membros enfrentem desafios consideráveis neste domínio que impedem a concretização de futuros aumentos da taxa de emprego. A maior parte destes desafios diz respeito à baixa participação no mercado de trabalho dos migrantes não oriundos da UE a 28, dos trabalhadores mais velhos e dos trabalhadores pouco qualificados. As políticas dirigidas a estes grupos têm de ser inseridas numa estratégia geral para o mercado de trabalho, abordando paralelamente as dificuldades específicas desses grupos. No que diz respeito à integração dos migrantes, muitos países continuam a ter problemas com a segunda e terceira gerações: os Estados-Membros deverão aprender com os erros cometidos no passado e centrar-se na integração no mercado de trabalho e na aprendizagem da língua desde o início. No caso dos trabalhadores mais velhos, é bem conhecida a dificuldade de reformar os sistemas de reforma antecipada: a experiência dos Estados-Membros aponta para a necessidade de uma abordagem política ampla que suscite a adesão e o apoio do público. Foram desenvolvidos esforços consideráveis para melhorar a oferta de ensino e formação profissionais nos últimos anos, mas é necessário continuar a trabalhar para garantir que a participação atinja o nível desejado. 8. Alguns Estados-Membros continuam igualmente a registar uma elevada incidência de desemprego dos jovens e/ou dos NEET (jovens que não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação), o que salienta a necessidade de um contínuo empenhamento a favor da Garantia para a Juventude. A sensibilização e a capacidade dos serviços, incluindo os serviços públicos de emprego, continuam a ser fundamentais para combater o desemprego dos jovens. Os Estados-Membros devem garantir a qualidade das ofertas e a sustentabilidade da integração no mercado de trabalho. 9. O ODE faz ainda referência às dificuldades subsistentes e aos resultados positivos relativamente escassos no domínio das políticas ativas do mercado de trabalho e das reformas dos serviços públicos de emprego. Dada a escala e o número de reformas significativas e profundas neste domínio nos últimos anos, a monitorização e a avaliação das medidas de política são de grande importância para garantir uma utilização ótima dos fundos públicos. 10. Num certo número de Estados-Membros subsistem dificuldades no que diz respeito ao combate à segmentação do mercado de trabalho, sendo a situação fortemente heterogénea: nalguns Estados- -Membros os efeitos desta segmentação são cíclicos e noutros estruturais, uma vez que estão ligados a legislação sobre despedimentos, a diferenças no tratamento fiscal, à renovação de contratos ou a processos contenciosos /17 arg/ip 4

5 11. As dificuldades relacionadas com o equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada assumem lugar de destaque no ODE, e devem ser abordadas a fim de aproveitar o potencial não utilizado do mercado de trabalho. Prendem-se essencialmente com obrigações familiares: mais de metade dizem respeito à oferta de estruturas de acolhimento de crianças ou de cuidados a pessoas dependentes. Os Estados- -Membros estão a experimentar novas abordagens regulamentares e a investir em subsídios para prestação de assistência aos filhos a fim de fazer face à tensão atual entre a qualidade e a disponibilidade das estruturas de acolhimento de crianças. 12. O ODE identificou um número relativamente reduzido de dificuldades relacionadas com os mecanismos de determinação dos salários e com a evolução dos custos do trabalho. Apesar disto, nas recomendações específicas por país deste ano as questões relativas aos salários ocupam um lugar de maior relevo do que anteriormente. 13. Muitos Estados-Membros enfrentam dificuldades relacionadas com a oferta de sistemas de segurança social adequados e orientados para o emprego. Conseguir o equilíbrio destes sistemas a fim de prevenir a pobreza e promover a inclusão ativa é um domínio em que se têm registado progressos nos últimos anos em numerosos Estados-Membros mas em que muito há ainda por fazer /17 arg/ip 5

Documentos relacionados

10434/16 mc/ap/ip 1 DG B 3A

10434/16 mc/ap/ip 1 DG B 3A Conselho da União Europeia Bruxelas, 17 de junho de 2016 (OR. en) 10434/16 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações SOC 419 EMPL 278 ECOFIN 630 SAN 271 EDUC 243 n.º