Tema: A Lei N o /2010 Política Nacional de Segurança de Barragens

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1 SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS 09 DE MARÇO / 2016 INSTITUTO DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO Tema: A Lei N o /2010 Política Nacional de Segurança de Barragens Carlos Henrique MEDEIROS Prof., Eng o. Civil, M.Sc., Ph.D. Diretor Técnico do CBDB

2 BUROCRACIA / ENTRAVES ADMINISTRATIVOS FATORES DE RISCO: SEGURANÇA DE BARRAGEM NÃO COMBINA COM: DEXAR PARA DEPOIS FALTA DE RECURSOS (R$) DIVISÕES INTERNAS NA ORGANIZAÇÃO: SEGURANÇA X PROJETO X CONSTRUÇÃO X OPERAÇÃO INDECISÃO / INDEFINIÇÃO ADMINISTRATIVA FALTA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA / ADMINISTRATIVA

3 RISCO ORGANIZACIONAL CONDIÇÕES LATENTES DE RISCO OU PATOGÊNICAS (passíveis de falhas) O SISTEMA Dirigentes, Gestores Públicos, Reguladores, Construtores e Fabricantes, Projetistas, Consultores, Outros SUAS DECISÕES SE PROPAGAM EM TODA A ORGANIZAÇÃO COM IMPACTOS NO EMPREENDIMENTO DEVER DA DIREÇÃO FALTA DE TREINAMENTO (OU QUALIFICAÇÃO), PROJETO DEFICIENTE, FALHA NA SUPERVISÃO, PROBLEMAS DE MANUTENÇÃO, ERROS EM PROCEDIMENTOS, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO, ETC.

4 UM ACIDENTE TEM VÁRIOS GATILHOS ANALOGIA DO QUEIJO SUIÇO (SWISS CHESSE ANALOGY) IDEAL HARD LINHAS DE DEFESAS FALHAS = FUROS REAL SOFT SOFT PAPEIS + PESSOAS: LEGISLAÇÃO + REGULAMENTAÇÃO, PROCEDIMENTOS, TREINAMENTO, CONTROLE ADMINISTRATIVO, LICENCIAMENTOS, CERTIFICAÇÕES, INSPEÇÕES, OPERADORES, ETC. HARD INSTRUMENTAÇÃO, SISTEMAS DE ALARMES, DIQUES FUSÍVEIS, COMPORTAS, VÁLVULAS, ETC. Apud Reason, J. T. (1990) Human Error. UK: Cambridge University Press, p Pontos Fracos: - Erro Humano, - Tecnológico, - Organizacional.

5 BARRAGENS DE REJEITO SEMELHANÇAS BARRAGENS DE TERRA

6 ACIDENTES COM BARRAGENS DE REJEITO NO MUNDO 2014 Mount Polley / Canadá 2014 Herculano / Brasil Fundão / Brasil 18 a 22

7 Em 04 de agosto de 2014, a barragem de rejeitos de Mount Polley com rejeito de cobre e ouro da Mineradora Imperial Metals Corp. (British Columbia, Canadá) rompeu, liberando 7,3 milhões de m3 de rejeitos, 10,6 milhões de m3 de água, e 6,5 milhões de m3 de água intersticial, para o meio ambiente. ZM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.krbd.org%25252F2014%25252F08%25252F05%25252Fcould-b-c-tailings-dam-break-hurt-alaska-fisheries%25252F&source=iu&pf=m&fir=jXf7e5N57gaZM%253A%252C6qEbMvgxNsY-ZM%252C_&usg= N2GzLsoecq10fp1OsTwBKV5G5CQ%3D&dpr=0.9&ved=0ahUKEwiNtrnsrLLAhUJvZAKHSPNDasQyjcIQA&ei=3XTfVs3UJYn6wgSjmrfYCg#imgrc=jX-f7e5N57gaZM%3A

8 RUPTURA DA BARRAGEM DE REJEITO DE STAVA Trento / Itália (1985) Saldo do Acidente: mortos, - 61 edificações destruidas, numa extensão de 4,2 km

9 BULLETIN ICOLD International Commission On Large Dams

10 BULLETIN ICOLD International Commission On Large Dams

11 ACIDENTES DE BARRAGENS (BRASIL) BARRAGEM ANO DO ACIDENTE FERNANDINHO 1986 RIO VERDE 2001 CATAGUAZES 2003 CAMARÁ 2004 MIRAÍ 2006 / 2007 PCH APERTADINHO 2008 PCH ESPORA 2008 ALGODÕES 2009 HERCULANO 2014 FUNDÃO 2015 PL 1181/2003 PLC 168/ LEI N O / /09/2010

12 2003 BARRAGEM DE REJEITO DE CATAGUASES (MG) 1,4 MILHÕES DE M3 DE EFLUENTE INDUSTRIAL (LICOR DE MADEIRA + SODA CÁUSTICA) 500 MIL PESSOAS SEM ABASTECIMENTO D ÁGUA, DURANTE 20 DIAS

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14 30 ANOS DE LUTA PELA REGULAMENTAÇÃO DE SEGURANÇA DE BARARRAGENS / DESDE O ACIDENTE DA BARRAGEM EUCLIDES DA CUNHA - SANCIONADA EM 2010; ARCABOUÇO LEGAL ABRANGENTE / NÃO TEM CLÁUSULA PUNITIVA NA LEI N O /2010; LEI N O /2010 DEFINE: o o o o o o RESPONSABILIDADES DO EMPREENDEDOR (PROPRIETÁRIO) E ÓRGÃO FISCALIZADOR; QUALIFICAÇÃO DE EQUIPE TÉCNICA; TIPOS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE (REGULAR, ESPECIAL E EMERGÊNCIA); OBRIGA ELABORAÇÃO DE PLANO DE SEGURANÇA DA BARRAGEM (PSB); CLASSIFICA AS BARRAGENS EM CR - CATEGORIA DE RISCO (CARACTERÍSTICAS TÉCNICA, ESTADO DE CONSERVAÇÃO, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO E MONITORAMENTO, ETC.) E DPA - DANO POTENCIAL ASSOCIADO (VOLUME ACUMULADO, OCUPAÇÃO A JUSANTE, IMPACTO SOCIO AMBIENTAL, ETC.); OBRIGA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PAE, PARA BARRAGENS COM DPA = ALTO PONTOS FORTES: o o o AVANÇOS NO PERÍODO: (5 ANOS) ORGANIZAÇÃO DO SETOR MAIOR IMPACTO NOS SEGMENTOS DE USOS MÚLTIPLOS E MINERAÇÃO; ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO / RELATÓRIOS TÉCNICOS E GESTÃO DE RISCO; MOBILIZAÇÃO DE ESFORÇOS PARA A FORMAÇÃO DE TÉCNICOS COM HABILITAÇÃO PARA O CUMPRIMENTO E/OU FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA LEI;

15 ESTRUTURA REGULATÓRIA INSTITUCIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGEM NO BRASIL (FONTE: ANA, 2012) CNRH Reports to ANA Establishes directives Regulatory Agencies RASB Coordinates ANA ANEEL DNPM IBAMA SNISB Provide data and information States Oversight, Registration and Classification States Disseminates Multiple Use Dam Owners (public or private) Mining Hydroelectric Industrial waste Regulation Execute Produce Civil Society Dam Safety Actions (routine & non-routine) Dam Safety Plans, including: O&M Manual EAP Inspection Reports Periodic Review

16 CAMINHO CRÍTICO: ALTA DIREÇÃO ESTRUTURA IDEAL PARA O CUMPRIMENTO DA LEI N O /2010 PROJETO E CONSTRUÇÃO OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO EQUIPE TÉCNICA ESPECIALIZADA: SEGURANÇA DE BARRAGEM MEIO AMBIENTE

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18 AVANÇOS NO PERÍODO: (> 5 ANOS)

19 LEI No

20 LEI No CARLOS HENRIQ

21 CAPÍTULO III - DO PLANO DE SEGURANÇA DA BARRAGEM Art. 4º. - O PSB - Plano de Segurança da Barragem deverá ser elaborado pelo EMPREENDEDOR, e compreender, no mínimo, os seguintes itens: I - identificação do empreendedor; II - dados técnicos referentes à implantação do empreendimento, inclusive, no caso de empreendimentos construídos após a promulgação da Lei Nº , de 2010, do projeto como construído (as built), bem como aqueles necessários para a operação e manutenção da barragem; III - estrutura organizacional e qualificação técnica dos profissionais da equipe de segurança da barragem; IV - manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e relatórios de segurança da barragem; V - regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem; VI - indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem resguardados de quaisquer usos ou ocupações permanentes, exceto aqueles indispensáveis à manutenção e à operação da barragem; VII - Plano de Ação de Emergência (PAE), quando exigido; VIII - Relatórios das Inspeções de Segurança; IX - Revisões Periódicas de Segurança. Carlos Henrique Medeiros

22 LEI No AINDA SÓ NA FASE DE OPERAÇÃO NÃO IMPLEMENTADO NÃO IMPLEMENTADO

23 LEI No PSB

24 VÁLIDA A PARTIR DE 04/09/2012

25 Art. 2º Para efeito desta Resolução consideram-se: V - dano potencial associado: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem, independentemente da sua probabilidade de ocorrência, podendo ser graduado de acordo com as perdas de vidas humanas e impactos sociais, econômicos e ambientais; e VI - área afetada: área a jusante ou a montante, potencialmente comprometida por eventual ruptura da barragem, cuja metodologia de definição de seus limites deverá ser determinada pelo órgão fiscalizador. Carlos Henrique Medeiros

26 RESOLUÇÕES PONTUAÇÃO = 10 EM QUALQUER COLUNA DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO RISCO ALTO

27 RESOLUÇÕES

28 RESOLUÇÕES ENGENHARIA RISCO TECNOLÓGICO RISCO ALTO

29 RESOLUÇÕES GERENCIAL RISCO ORGANIZACIONAL

30 RESOLUÇÕES MEIO AMBIENTE

31 LEI No PONTO CRÍTICO REGULAMENTADO / NÍVEL DE DETALHAMENTO

32 LEI No

33 LEI No A LEI NÃO PODE SER O VILÃO

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35 DNPM (2012). Portaria do Diretor Geral do DNPM nº 416/2012. Seção 1 do D.O.U de 5 de setembro de DNPM (2013). Portaria do Diretor Geral do DNPM nº 526/2013. Seção 1 do D.O.U de 11 de dezembro de 2013.

36 CAMINHO CRÍTICO:

37 CAMINHO CRÍTICO: DESAFIO

38 CAMINHO CRÍTICO: DESAFIOS

39 CAMINHO CRÍTICO: Fato comprovado neste acidente, pois se houvesse recursos materiais, tecnológicos, financeiros e humanos poderíamos ter fiscalizados todas as barragens existentes e efetivamente cumprir, na sua plenitude, a Política Nacional de Segurança de Barragens. Não se pode fiscalizar por amostragem o que implica risco de fatalidades de qualquer natureza anônimo

40 CAMINHO CRÍTICO: DNPM 663 BARRAGENS DE REJEITO CADASTRADAS: 401 QUE REUNE OS CRITÉRIOS DA LEI N O BARRAGENS DE REJEITO EM MINAS GERAIS ANEEL 568 CGH 634 PCH 214 UHE TOTAL = AGÊNCIA REGULADORA? QUANTOS TÉCNICOS CAPACITADOS PARA MONITORAR O CUMPRIMENTO DA LEI NO ?

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42 ANTES DEPOIS

43 ANTES BARRAGEM SANTARÉM DEPOIS

44 CONCLUSÕES: 1 - O PASSIVO É MUITO GRANDE E A POSSIBILIDADE DE NOVOS ACIDENTES É FACTÍVEL; 2 - IMPERATIVO A REESTRUTURAÇÃO DE TODOS OS ENVOLVIDOS: EMPREENDEDORES E FISCALIZADORES - ÊNFASE NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E QUALIFICAÇÃO DE EQUIPE TÉCNICA; 3 - IMPERATIVO O CONTINGENCIAMENTO DE RECURSOS (R$) PARA O ENFRENTAMENTO DAS AÇÕES DE SEGURANÇA PREVISTAS EM LEI; 4 - A LEI N O /2010 PARA SER + EFICAZ, NO QUE DIZ RESPEITO AO SEU CUMPRIMENTO, PRECISA DO APOIO DECISIVO NA REESTRUTURAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO E PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO.

45 MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO! Carlos Henrique Medeiros