História Reformas Religiosas e as Visões dos Conquistadores Março, 02 O VELHO E O NOVO MUNDO SOB A CRUZ E A ESPADA REFORMA RELIGIOSA E CONTRARREFORMA
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- Márcia Faria Candal
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1 História Reformas Religiosas e as Visões dos Conquistadores Março, 02 REFORMA RELIGIOSA E CONTRARREFORMA O VELHO E O NOVO MUNDO SOB A CRUZ E A ESPADA
2 A REFORMA PROTESTANTE
3 CENÁRIO INICIAL A Igreja Católica era muito influente na Europa. Tão influente que o poder eclesiástico se transformou em um balcão de negócios : Vendas Cargos e funções religiosas; Indulgências (perdão aos pecados); Relíquias sagradas; Lotes no céu... Vários representantes do clero não conheciam plenamente a religião. Não cumpriam o celibato e tinham mulheres e filhos. A Igreja afastava-se, na prática, dos ensinamentos que pregava na teoria. No início da Idade Moderna, os ataques a essas práticas tornaram-se públicos e sistemáticos.
4 LIMITAÇÃO CATÓLICA O poder eclesiástico contrariava interesses nobres e burgueses. Os burgueses estavam insatisfeitos com a condenação da usura*. Os nobres visavam as terras e riquezas da Igreja e mais poder político. *Usura: em seu sentido original, são juros excessivos cobrados por um empréstimo, em uma determinada quantia de dinheiro. Na Idade Média, usura era utilizada como sinônimo de juro, e era uma prática proibida, pois acreditava-se que dinheiro não poderia gerar dinheiro.
5 MARTINHO LUTERO Martinho Lutero, em alemão: Martin Luther (Eisleben, 10 de novembro de 1483 Eisleben, 18 de fevereiro de 1546), foi um monge agostiniano e professor de teologia. Germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante. Levantou-se veementemente contra diversos dogmas do catolicismo romano, contestando sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquiridos pelo comércio das indulgências.
6 LUTERANISMO As práticas da igreja Católica (citadas anteriormente) para se obter a salvação não convenciam Lutero. Pelas suas leituras bíblicas, a fé, dada gratuitamente por Deus através de Cristo, iria levar a salvação. Logo, a venda de indulgências, por exemplo, era questionável. Para Lutero, as boas ações pregadas pela Igreja não levariam à salvação. Lutero questionava também o monopólio da Igreja sobre a interpretação das Escrituras. Lutero acreditava que a palavra sagrada não devia ser mediada por padres, já que em termos de fé não haviam diferenças entre padres e leigos. Logo, para o Luteranismo: O homem nasce predestinado ao Céu ou ao Inferno. Apenas a fé pode levar a salvação. Deus concede a graça da fé indistintamente. A interpretação bíblica é livre e não necessita do intermédio de padres. As ações da Igreja Católica eram, portanto, infiéis.
7 95 TESES CONTRA OS INTERMEDIÁRIOS A Disputação do Doutor Martinho Lutero sobre o Poder e Eficácia das Indulgências, conhecida como as 95 Teses, desafiou os ensinamentos da Igreja Católica quanto à natureza da penitência, a autoridade do Papa (Lutero afirmava que o papa era o anticristo e que a Igreja era o próprio reino do pecado) e da utilidade das indulgências. As 95 teses impulsionaram o debate teológico que acabou por resultar no nascimento das tradições luteranas, reformadas e anabaptistas dentro do cristianismo. Este documento é considerado por muitos como um marco da Reforma Protestante.
8 APOIO POLÍTICO O papa respondeu às ideias radicais de Lutero ameaçando-o de excomunhão, através de uma bula (carta pontifical de caráter solene). Lutero destruiu essa bula em praça pública. Contudo, a partir desse momento, Lutero passou a ser intensamente perseguido pela Igreja, necessitando então de proteção. Publicou em 1520 o discurso À nobreza cristã da nação alemã. Afirmava nele que os tributos cobrados pela Igreja e o seu poder político eram injustos, diferente do poder dos monarcas, o qual considerava legítimo. Lutero fazia então um apelo aos príncipes alemães para que retirassem sua fidelidade ao papa e reformassem a Igreja na Alemanha. Muitos nobres e príncipes deram-lhe apoio e aderiram ao movimento reformista. Lutero passou um ano recluso. Nesse período traduziu todo o Novo Testamento para o alemão e estabeleceu princípios fundamentais ao luteranismo: aboliu práticas católicas como a confissão, o jejum, o celibato clerical e o culto aos santos.
9 JOÃO CALVINO João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado contundentemente este apelido. Ao conter-se para o luteranismo, exilouse na cidade de Genebra devido aos problemas em seu país de origem, que era católico. Genebra, que era centro das discussões reformistas, ajudou Calvino a desenvolver seus ideiais.
10 CALVINISMO Calvino pouco debateu sobre a predestinação da salvação. Para ele o homem jamais saberia se seria ou não salvo. Os critérios de seleção divina eram um mistério. O homem não teria qualquer garantia sobre o destino de sua alma, e restava-lhe apenas buscar sempre algum sinal de que a graça divina recairia sobre ele. Após a morte de Calvino seus seguidores desenvolveram mais seus ideais. O trabalho passou a ser visto como vocação divina e seu sucesso decorrente dele era um sinal de predestinação. O calvinismo portanto não condenava a usura e o acúmulo de bens. Na verdade, o sucesso financeiro era considerado bênção, o que levou ao apoio da burguesia. Logo, para o Calvinismo: O homem não pode saber com certeza se será salvo ou não. Os critérios de salvação divina são um mistério. O trabalho é vocação divina e seu sucesso decorrente, uma predestinação. O acúmulo de bens e o sucesso financeiro é são bênçãos divinas.
11 A EXPANSÃO DA REFORMA PROTESTANTE
12 CONTRARREFORMA A REFORMA CATÓLICA
13 CONTRARREFORMA A REFORMA CATÓLICA Contrarreforma, também conhecida por Reforma Católica é o nome dado ao movimento que surgiu no seio da Igreja Católica e que teria sido uma resposta à Reforma Protestante. Em 1545, a Igreja Católica Romana convocou o Concílio de Trento estabelecendo entre outras medidas, a retomada do Tribunal do Santo Ofício (inquisição), a criação do Index Librorum Prohibitorum, com uma relação de livros proibidos pela Igreja e o incentivo à catequese dos povos do Novo Mundo, com a criação de novas ordens religiosas, dentre elas a Companhia de Jesus. Outras medidas incluíram a reafirmação da autoridade papal, a manutenção do celibato eclesiástico, a reforma das ordens religiosas, a edição do catecismo tridentino, reformas e instituições de seminários e universidades, a supressão de abusos envolvendo indulgências e a adoção da Vulgata como tradução oficial da Bíblia. Também são fruto e consequência da Reforma Católica levada a efeito pelo concílio a renovação da arte sacra cristã, com o surgimento do Barroco que é o estilo artístico da Reforma católica, arquitetura, escultura, pintura e a literatura foram impregnados pelo catolicismo barroco.
14 CONTRARREFORMA CONCÍLIO DE TRENTO O Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, foi o 19º concílio ecuménico da Igreja Católica. Foi convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade da fé e a disciplina eclesiástica, no contexto da Reforma da Igreja Católica e da reação à divisão então vivida na Europa devido à Reforma Protestante, razão pela qual é denominado também de Concílio da Contrarreforma. O Concílio foi realizado na cidade de Trento, na Província autónoma de Trento, na área do Tirol italiano.
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIBLIOGRAFIA Campos, Flavio de; Claro, Regina, Oficina de História 1. ed. São Paulo: Leya, 2012 ISBN SANTIAGO, Emerson (10 de abril de 2010). Concílio de Trento, InfoEscola AUCLAIR, Marcelle. Teresa de Ávila. (Tradução de Rafael Stanziona de Moraes). São Paulo: Quadrante, DANIEL-ROPS. A Igreja da Renascença e da Reforma. (Tradução de Emérico da Gama). São Paulo: Quadrante, 1999, vol. V (I e II). (Título original francês: L'Église de la Renaissance et de la Réforme. (II) Une ère de renouveau: La réforme catholique. Pub. Lib. Arthème Fayard, Paris).
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