PEDOFILIA EM BAGÉ INTRODUÇÃO

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1 PEDOFILIA EM BAGÉ Letícia da Silva Jacobsen Thaís de Lima Rodrigues INTRODUÇÃO O mundo está em um grande processo de evolução, tanto tecnológico como de condutas humanas, o que traz dificuldade a cerca de como tutelar todas essas novas condutas. As normas jurídicas sofrem com esse avanço, pois os fatos são tantos que o Direito não consegue acompanhar esse ritmo evolutivo. Com isso tornam-se escassas e ultrapassadas. Na sociedade brasileira está havendo um grande crescimento desses atos em que o legislador muitas vezes para evitar o casuísmo, acaba pecando e não dando a devida importância que determinados atos requerem. Este artigo pretende analisar, segundo a legislação penal vigente, os tipos penais praticados pelos pedófilos. Quer-se, ainda, comparar os dados registrados junto ao Conselho Tutelar de Bagé, quanto à representatividade da incidência desses tipos penais, nesse tipo de criminalidade, com os dados do Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul, no período compreendido entre 2006 a Tratar-se-á de um assunto que não possui um dispositivo penal próprio: a pedofilia. As conseqüências do comportamento de um pedófilo é que podem ser consideradas crime. Muitos estudiosos acreditam ser errado o uso do termo pedofilia para descrever os atos sexuais praticados por adultos com crianças, uma vez que a maioria desses atos sexuais são praticados por pessoas que não são pedófilas, não possuem o distúrbio, e sim somente se aproveitam da vulnerabilidade da vítima, pois é um alvo mais fácil para a prática de tal ato. Alguns especialistas crêem que esta atração por crianças seria uma opção sexual, da mesma forma que a atração pelo sexo oposto, ou também pelo mesmo sexo. Porém essa não é a posição dominante. Há ainda quem afirme que para a prática de pedofilia é necessário haver uma diferença de cinco anos entre as partes, todavia não é posição majoritária em nosso país. Por não constituir crime, os pedófilos no Brasil não praticam o crime de pedofilia em si, mas praticam os crimes de: atentado violento ao pudor, estupro e pornografia infantil.

2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Relatos históricos de culturas antigas evidenciam datar o relacionamento sexual com crianças da própria existência humana, sendo praticado pelos mais variados povos, com tolerância ou mesmo admiração, até a era judaico-cristã. Na Grécia antiga, cabia ao chefe da família conduzir os jovens à iniciação sexual, desenvolvendo-se, a partir daí, o hábito da homossexualidade e da pedofilia (Liliana Claudia Oliveira Vieira, 2007). No antigo Egito, há relatos de envolvimento entre faraós e crianças que eram submetidas às ordens e caprichos destes. A sociedade romana, como destaca a Federação Internacional de Advogadas FIDA (2002) colocou o pater familias no comando absoluto da família, abrangendo a todos, responsabilizando-se, inclusive, pela iniciação sexual do filius. A prática do sexo entre o pater familias e o filius estava inteiramente fora do controle do Estado, pois tinha o primeiro poder de vida e de morte sobre o segundo, agindo como verdadeiro domínio. A história do mundo árabe e do mundo oriental também registra a prática de sexo entre adultos e crianças em diversas passagens. Como por exemplo, os samurais e suas jovens amantes, que só se tornavam livres após atingirem a maioridade. Na Idade Média inicia-se, na Europa, um intenso combate à sodomia que, dentre suas variações, inclui o gosto pela prática sexual com crianças. A partir de então, cada vez mais esse assunto teve um maior repúdio da sociedade. A PEDOFILIA Segundo Croce (1995) pedofilia é o desvio sexual "caracterizado pela atração por crianças ou adolescentes sexualmente imaturos, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos". Entretanto a pessoa que pratica um ato sexual com uma criança apesar de descrito como sendo um pedófilo não necessariamente possua esse distúrbio atestado por médicos. Muito pelo contrário, a maioria dos abusadores, em fato, não possuem um interesse sexual voltado primariamente para crianças. Estima-se que apenas entre 2% a 10% das pessoas que praticaram atos de natureza sexual com crianças sejam pedófilas. Tais pessoas são chamadas de pedófilos estruturados, fixados ou preferenciais. Há muitas razões que podem levar um adulto a esses atos tais como estresse ou a falta de

3 um parceiro adulto. Por isto, somente o abuso sexual de crianças não pode indicar que o abusador é um pedófilo. 1 Os chamados abusadores oportunistas normalmente possuem poucas vítimas que são, geralmente, pertencentes à própria família, e possuem preferência sexual por adultos. Já as pessoas que são realmente consideradas pedófilas começam a cometer atos de natureza sexual com crianças ainda na adolescência. Os dois aspectos de maior atração são a inocência e a boa aparência das crianças. A maior dessas qualidades físicas é a ausência de pêlos pubianos. É por isso que o "teto" dos pedófilos costuma ser a idade de 15 anos quando os primeiros pêlos começam a aparecer, a voz engrossa (no caso dos meninos), sinais de independência se manifestam na personalidade. Proteção e dominação constituem os pilares básicos da pedofilia. À medida que amadurecem, homens procuram pessoas mais jovens por causa de inseguranças psicológicas (inclusive em relação ao tamanho e ao desempenho do pênis). O sexo com menores seria uma forma cada vez mais debatida pela sociedade de um adulto afirmar sua segurança, ainda que precária. (Revista SUPER INTERESSANTE, maio de 2002, edição 176). INCESTO Incesto, como bem define é a relação sexual ou marital entre parentes próximos ou alguma forma de restrição sexual dentro de determinada sociedade. Na maior parte dos países o incesto é legalmente proibido mesmo que haja consentimento de ambas as partes. 1 São várias as definições de parente próximo, e devido a isso se encontra certa dificuldade em identificar certos casos de incesto. Além de parentes por nascimento, podem ser considerados parentes aqueles que se unem ao grupo familiar por adoção ou casamento. 2 As relações consideradas incestuosas são geralmente as relações entre pais e filhos, entre irmãos ou meio-irmãos, ou entre tios e sobrinhos. As relações entre primos, na maioria dos países, não são consideradas incesto, já que é permitido o casamento entre eles. BAGÉ É um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Pertence à Mesorregião do Sudoeste Rio-grandense e à Microrregião da Campanha Meridional, localizando-se próximo ao rio Camaquã. Possui uma população estimada em habitantes, concentrada na área urbana. 1 Wikipédia, disponível em último acesso 07 de junho de Wikipédia, disponível em último acesso em 1º de julho de Wikipédia, disponível em último acesso em 26 de junho de Segundo dados do IBGE do ano de 2007.

4 Destes, 29,7% vivem em situação de pobreza, recebendo menos de R$ 80,00/ mês. A taxa de analfabetismo está em torno de 8%. 3 Ocorrências Os dados a seguir foram informados pelo Conselho Tutelar de Bagé - gestão 2006/julho , e trazem informações sobre algumas condutas consideradas pedofilia e também influências ou mesmo um primeiro passo para a prática de condutas mais graves Negligência Maus tratos Abandono Abuso sexual Estupro A grande maioria destes casos acontece entre a própria família e muitas vezes o Conselho Tutelar a fim de proteger a criança a retira do meio familiar e a encaminha para a casa de parentes e em último caso para abrigos. LEGISLAÇÃO Segundo Tim Tate, autor de Child Pornography: An Investigation ("Pornografia Infantil: Uma Investigação", inédito no Brasil), acredita que se deve à invenção da fotografia, no século XIX, o incremento do gosto pela nudez das crianças. 4 Baseado nesta idéia pode-se entender então que não é por acaso que um dos pedófilos mais famosos da história, o escritor inglês Lewis Carroll ( ), autor de Alice no País das Maravilhas (1865), costumava fotografar menininhas em parques, inclusive uma garota de quatro anos chamada Alicia Lidell, que então deu inspiração ao seu mais famoso livro, já citado acima. No Estatuto da Criança e do Adolescente, vigente no Brasil desde 1990, esta prática é considerada criminosa segundo seu artigo 241 para quem "fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança e adolescente". 3 Segundo dados do IBGE do ano de (apud, Super Interessante, maio de 2002, Ed. 176).

5 Alguns dos crimes mais cometidos por pedófilos são: Estupro Art. 213 Código Penal Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. Pena reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. Conjunção carnal: é o que diferencia o estupro do atentado violento ao pudor. A conjunção carnal consiste na introdução completa ou incompleta do pênis na vagina. (JESUS, 2003, p. 282 e 283). A vagina forma-se completamente próximo dos 11 anos de idade. Logo, se a vítima não tem vagina formada, é possível conjunção carnal? Para esta pergunta existem duas posições: Para uma corrente, ocorre somente atentado violento ao pudor. Para uma segunda corrente defendida pelo Professor Damásio de Jesus, se o desenvolvimento do órgão permite a conjunção carnal, há crime de estupro. Atentado violento ao pudor Art. 214 Código Penal Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Pena reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo. Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua. Pornografia Infantil - Art. 241 da lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças ou adolescente. Pena reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. O sujeito ativo desse crime é toda e qualquer pessoa que, de qualquer forma, contribua para a ação descrita, seja o fotógrafo, o editor, o proprietário da revista, do jornal etc. Sendo um crime formal, pois independe do resultado para o crime ser considerado consumado.

6 O Código Penal em seu artigo 224 alínea a, presume violência se a vítima não é maior de 14 anos. Baseado neste artigo pode-se concluir que mesmo que haja consentimento da vítima, este não é válido, entendendo-se então que a vítima foi forçada e todos esses casos serão considerados práticas pedófilas. Em 69 países do mundo, incluindo o Brasil, o que equivale a 25,9% da população mundial o aborto é permitido se a gravidez resultar de estupro, o que pela lógica, faz presumir que o aborto em menores de 14 anos sempre será legal, entretanto somente será assim considerado se com autorização da vítima ou seus responsáveis. Entretanto, é muito pobre a nossa legislação na tipificação de condutas passíveis de serem consideradas pedofilia. Mas é difícil fazer valer a lei. "Exploração de menores é um delito que dificilmente deixa rastros", afirma Roberto Vômero Mônaco, coordenador da Subcomissão da Criança e do Adolescente da Organização dos Advogados do Brasil (OAB). PESQUISA JUNTO AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL: Em pesquisa realizada junto ao site oficial do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, usando-se como parâmetro a expressão pedofilia, no período compreendido entre 2006 a 2008, chega-se a um universo de 35 (trinta e cinco) jurisprudências sobre este tema. Dentro deste universo de julgados envolvendo casos de pedofilia, os crimes tipificadores da conduta desses pedófilos envolvidos foi classificado de acordo com o gráfico a seguir: 9% 9% 17% Estupro Atentado violento ao pudor Estupro incestuoso 20% 34% Pedofilia (Doença) Divulgação de conteúdo pedófilo 11% Atentado violento ao pudor incestuoso CONCLUSÃO Após a análise dos dados e informações, fica ainda bastante claro que a legislação não está adequada ainda para a rápida evolução do mundo e para a tamanha gravidade das conseqüências do crime de pedofilia. Ainda não há, apesar do recente projeto de lei, uma majorante para os casos de

7 abusos praticados por familiares ou parentes próximos, que são os casos que mais ocorrem, o que mostra então a timidez do legislador brasileiro. Esse desleixo deixa perplexa a sociedade pela dificuldade que se encontra em o Estado punir os pedófilos, diante da relativa falta de legislação. Enquanto o legislador parece estar adormecido quanto a isso, a indústria que explora a pedofilia cresce cada vez mais sem punição. Embora se tenha na Constituição Federal garantia, e até a exigência de que o Estado aja na repressão da pedofilia. A timidez do legislador brasileiro está estampada no único dispositivo específico que serve para punir os pedófilos (art. 241, ECA) e nos projetos de lei em tramitação. A solução deste problema não é algo rápido e fácil de ser encontrado visto que o problema cresce a cada dia na sociedade. Mas somente com uma legislação mais corajosa e severa obter-se-á tal resultado no futuro. É tarefa difícil lidar com o mundo da pedofilia. O certo é que a inocência infantil deve ser preservada. Assim como um futuro livre de traumas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Jesus, Damásio, Direito Penal, ed. Saraiva, São Paulo, Croce, Delton, et alli, Manual de Medicina Legal, Saraiva, São Paulo, FONTES BIBLIOGRÁFICAS: Folha Online. 11. Revista Super Interessante, ed. 176, maio de Revista Cláudia, nº 6, ano 47, junho de 2008.

8 13. Palestra proferida no evento AMAZÔNIA 2002, realizado em Manaus, promovida pela Federação Internacional de Advogadas FIDA.

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