Todos os cursos MÓDULO 9 TEXTOS LÍRICOS FERNANDO PESSOA: ORTÓNIMO E HETERÓNIMOS. Disciplina- Português. Prof. Liliete Santos Patrícia Pereira

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João Victor Sabala Palmeira
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1 Todos os cursos MÓDULO 9 TEXTOS LÍRICOS FERNANDO PESSOA: ORTÓNIMO E HETERÓNIMOS Disciplina- Português Prof. Liliete Santos Patrícia Pereira Turmas: todos os 3ºs anos Ano Letivo

2 Compreensão/expressão oral 2

3 Compreensão oral: Visionamento do documentário Grandes Portugueses Fernando Pessoa 3

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5 Leitura

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7 Leitura 7

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1. Ouve atentamente o seguinte poema e completa os espaços. A 1 que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou; Mas hoje, vendo que o que sou é 2, Quero ir buscar quem 3 onde ficou.

10 1. Ouve atentamente o seguinte poema e completa os espaços. A 1 que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou; Mas hoje, vendo que o que sou é 2, Quero ir buscar quem 3 onde ficou. Ah, como 4 encontrá-lo? Quem errou A vinda tem a 5 errada. Já não sei de onde vim nem onde estou. De o não saber, minha alma está 6. Se ao menos atingir neste 7 Um alto monte, de onde possa enfim O que esqueci, olhando-o, 8, Na 9, ao menos, saberei de mim, E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar Em 10 um pouco de quando era assim. 10

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14 Funcionamento da Língua 14

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17 9. Na terceira e na quarta estrofes, o sujeito poético defende que a recusa do ato de pensar é a via para alcançar a paz e a felicidade Demonstra a verdade desta afirmação A tese defendida em 9. é reforçada pelos três recursos estilísticos abaixo apresentados. Identifica-os. a) Oxímoro b) Pleonasmo c) Comparação 10. Agrupar os vocábulos de um texto em campos lexicais pode ajudar a determinar o seu tema Faz o levantamento dos vocábulos do poema que pertencem aos campos lexicais de pastor e de natureza e completa o quadro seguinte: Pastor Campo Lexical Natureza 10.2 Atribui um título ao poema de maneira que se faça sentir a presença destes campos lexicais. 17

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26 3. Prova, com passagens do poema, que os diferentes sentidos concorrem para um estado de alucinação: a) sensações visuais; b) sensações gustativas; c) sensações auditivas; d) sensações olfativas. 26

27 Aniversário No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida. Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!... (Nem o acho... ) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), O que eu sou hoje é terem vendido a casa, É terem morrido todos, É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio... No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, Por uma viagem metafísica e carnal, Com uma dualidade de eu para mim... Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes! Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado, As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça! Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias. Serei velho quando o for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!... O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!... Álvaro de Campos, in "Poemas" 27

28 Depois de ler o poema, responde às questões: 28

29 Sistematização 29

30 Bibliografia: Catarino, A., Fonseca, C., Peixoto, M. J. (2011), Percursos Profissionais, Português 3, Edições Asa, Lisboa Magalhães, O., Costa, F., Magalhães, V. (2013), Português Ensino Profissional, módulos 9, 10, 11, 12, Porto Editora, Porto Duarte, C., Rodrigues, F., Lemos, L., Dine, M. (2013), Português Ensino Profissional, módulos 9, 10, 11, 12, Raiz Editora, Lisboa 30

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