Novos desafios e velhos
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- Sebastiana Alencar Marques
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1 Novos desafios e velhos problemas no manejo de pragas Eng. Agr. Dr. José Fernando Jurca Grigolli Pesquisador Fitossanidade Fundação MS Tangará da Serra, MT 20 de agosto de 2016
2 Sistemas de Cultivo Sucessivo
3
4 PONTES VERDES => PRAGAS POLÍFAGAS H. armigera C. virescens Falsa-Medideira Spodoptera spp. Complexo de Percevejos Mosca-Branca
5 Adaptação à Ambientes H. armigera C. virescens Falsa-Medideira Spodoptera spp. COMO É A BIOLOGIA DA PRAGA? COMO É A FLUTUAÇÃO POPULACIONAL? QUAIS OS NÍVEIS DE CONTROLE? COMO MANEJAR ADEQUADAMENTE? Complexo de Percevejos Mosca-Branca (Biótipos B e Q)
6 Falsa-Medideira Alta dificuldade de controle Picos populacionais a partir dos 30 DAE em soja Inseticidas x Dosagem Doses de inseticidas cada vez mais elevada para seu controle adequado Posicionamento nas plantas
7 Comportamento das lagartas na planta de soja Qual seria o melhor horário para controle? 6 h 8 h 10 h 12 h 14 h 16 h 18 h 20 h 22 h Fonte: Bayer S/A
8 Helicoverpa armigera Mudança do manejo de pragas no Brasil Novos inseticidas/controle biológico Custos de controle elevados Extremamente agressiva Quantas gerações no BR? Qual o NDE e o NC?
9 Mosca-Branca Manejo complexo e com poucas alternativas Início da infestação é chave Biótipo B => extremamente agressivo Biótipo Q => extremamente agressivo e resistente à neonicotinóides e juvenóides
10 Complexo de percevejos Barriga Verde => preferencialmente em milho Dichelops melacanthus Percevejo Marrom => preferencialmente em soja Euschistus heros Dificuldade de controle Necessidade: Manejo do sistema agrícola regional Manejo de plantas daninhas (trapoeraba e capimamargoso)
11 Como é a OLIGOPAUSA: Migração do Período de dormência em resposta às mudanças climáticas. Redução ou paralisação de crescimento e/ou reprodução. Reservas nutricionais Percevejo são necessárias, no mas pode Ano? ocorrer alimentação periódica (FONTE: Corrêa-Ferreira e Roggia, 2013) OUT NOV JAN FEV ABR JUN PLANTIO PERCEVEJOS NAS LAVOURAS PERCEVEJOS EM ABRIGOS NAS BEIRADAS DE MATAS E DOS TALHÕES PERCEVEJOS NAS BORDAS DE MATAS OU EM ABRIGOS PERCEVEJOS EM OLIGOPAUSA SOB VEGETAÇÃO
12 Manejo no Cedo OBJETIVO PRINCIPAL:MATAR OS VOVÔS E EVITAR OVIPOSIÇÃO NA ÁREA ATRASA A COLONIZAÇÃO DA LAVOURA APLICAÇÃO COM ATÉ 0,5 PERCEVEJOS POR METRO DE LINHA QUEBRA DO CICLO DA PRAGA MONITORAMENTO É ESSENCIAL
13 LAVOURA EM MARACAJU, 14/03/ percevejos por m2 => solução: replantio
14 PRINCIPAIS JANELAS DE CONTROLE PERCEVEJO EM MILHO 1ª JANELA: 2ª JANELA: 3ª JANELA: FINAL DO CICLO APÓS O PLANTIO CANETINHA DA SOJA DO MILHO OU V2 DIFICULDADES: Regulatória (registro de produtos) Operacional (Colheitasoja/Plantio milho)
15 Complexo Spodoptera spp. Spodoptera frugiperda Spodoptera cosmioides 10 Spodoptera albula Spodoptera eridania GERAÇÕES DA PRAGA POR ANO BIOTECNOLOGIA DE SOJA INEFICIENTE EM SEU CONTROLE BIOTECNOLOGIAS DE MILHO POUCO EFICIENTES => ESCAPES CONTROLE TARDIO => FALHAS DE CONTROLE E PERDA DE RENDIMENTO
16 Biotecnologias x Controle PLANTAS ATACADAS (% %) ,0 100,0 100,0 90,7 45,3 ATAQUE NOTA 2 ESCALA DAVIS 33,9 35,1 35,9 23,5 20, Plantas atacadas (%) por Spodoptera spp. em diferentes biotecnologias de milho sem a aplicação de inseticidas em Maracaju, MS. Safrinha 2016.
17 7 6 Biotecnologias x Controle APLICAÇÕES INSETIC CIDAS Número de aplicações de inseticidas para o controle de Spodoptera spp. em diferentes biotecnologias de milho em Maracaju, MS. Safrinha 2016.
18 CENÁRIO ATÉ O PRESENTE...
19 CENÁRIO FUTURO (ATÉ 2020)...
20 Novas Biotecnologias Intacta Cultivance Liberty Link EnList(2018) Dicamba(2020) COMO SERÁ A DINÂMICA DE PRAGAS NESSE NOVO CENÁRIO? QUAIS OS ALVOS DE CADA TECNOLOGIA? QUAL MANEJO ADOTAR? COMO MANEJAR A RESISTÊNCIA? NOVAS TECNOLOGIAS => NOVOS MANEJOS!
21 Com esse novo cenário... Os velhos problemas permanecem
22
23 O MIP e a Importância do Monitoramento GERALMENTE O 1º A SER PENSADO Qual o produto mais eficiente? O MONITORAMENTO E A IDENTIFICAÇÃO DAS PRAGAS INFLUENCIA DIRETAMENTE A EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO => PRODUTO CERTO NO MOMENTO CERTO QUAIS AS PRAGAS? QUANTO DE CADA PRAGA? QUAL O ESTÁDIO DA CULTURA?
24 Nível de Controle Embrapa => 20 lagartas/m; 2 percevejos/m Parâmetro => Perda de produtividade Fundação MS => 8 lagartas/m; 1 percevejo/m Parâmetros => Rendimento e qualidade do grão; eficiência dos inseticidas; logística de aplicação INDEPENDENTE DO VALOR, DEVE HAVER UM LIMITE PARA A APLICAÇÃO!!!
25 Resultados possíveis com o monitoramento: Redução do número de aplicações Redução no custo de produção Redução dos impactos ambientais => IN Maior eficiência de controle Redução do risco de resistência de insetos à inseticidas
26 Falsa-Medideira UM DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DA SOJA NO BRASIL IMPACTO DA AMOSTRAGEM NO MANEJO DA PRAGA
27 LAGARTA FALSA-MEDIDEIRA LOCAL: MARACAJU, MS, SEMEADURA 09/OUT/2015 OBJETIVO:AVALIAR A EFICIÊNCIA DE CONTROLE DE DIFERENTES INSETICIDAS NO CONTROLE DA LAGARTA FALSA-MEDIDEIRA EM DUAS POPULAÇÕES NA CULTURA DA SOJA VOLUME DE CALDA: 120 L/ha 2 POPULAÇÕES ATÉ 8 LAGARTAS POR METRO DE LINHA LAGARTAS POR METRO DE LINHA
28 Inseticida Dosagem (gou ml p.c./ha) Ingrediente Ativo Testemunha Dimilin 800 WG 60 Diflubenzuron Dimilin 800 WG 80 Diflubenzuron Dimilin 800 WG 100 Diflubenzuron Dimilin 800 WG 120 Diflubenzuron Lannate 1000 Metomil Premio 70 Clorantraniliprole Belt 100 Flubendiamida Lorsban 1000 Clorpirifós Lannate + Dimilin 800 WG Metomil + Diflubenzuron Premio + Dimilin 800 WG Clorantraniliprole + Diflubenzuron Belt + Dimilin 800 WG Flubendiamida + Diflubenzuron Lorsban + Dimilin 800 WG Clorpirifós + Diflubenzuron APLICAÇÃO EM SOJA FECHADA R5.1 (INÍCIO DO ENCHIMENTO DE GRÃOS)
29 Eficiência de Controle (Até 8 lagartas/m) Inseticida 1 DAA 4 DAA 7 DAA 10 DAA 14 DAA Dimilin 800 WG (60) 33,8 F 71,8 D 64,9 E 55,2 D 47,6 E Dimilin 800 WG (80) 40,9 E 76,5 C 67,2 E 60,5 D 55,9 D Dimilin 800 WG (100) 47,9 D 80,0 C 75,1 D 67,4 C 68,2 B Dimilin 800 WG (120) 51,6 D 80,2 C 74,7 D 68,2 C 70,3 B Lannate (1000) 80,7 B 70,9 D 65,4 57,0 D 52,9 D Premio (70) 51,6 D 85,9 B 86,9 B 77,4 B 74,3 A Belt (100) 52,2 D 82,1 B 80,3 C 72,8 C 65,2 C Lorsban (1000) 90,6 A 85,9 B 83,4 B 72,5 C 60,2 C Lannate (1000) + Dimilin 800 WG (100) 94,9 A 87,3 B 85,9 B 80,7 A 70,4 B Premio (70) + Dimilin 800 WG (100) 69,8 C 94,5 A 90,2 A 84,3 A 80,1 A Belt (100) + Dimilin 800 WG (100) 64,0 C 87,1 B 86,4 B 82,0 A 78,2 A Lorsban (1000) + Dimilin 800 WG (100) 94,8 A 90,5 A 85,9 B 80,7 A 75,1 A Teste F 38,41** 47,13** 40,61** 49,00** 45,28** CV(%) 28,10 20,89 25,37 18,77 20,84
30 Eficiência de Controle (20-25 lagartas/m) Inseticida 1 DAA 4 DAA 7 DAA 10 DAA 14 DAA Dimilin 800 WG (60) 30,1 40,2 47,5 33,4 28,3 Dimilin 800 WG (80) 30,4 41,0 49,6 35,1 30,7 Dimilin 800 WG (100) 30,9 45,2 55,1 40,9 41,7 Dimilin 800 WG (120) 32,5 50,3 58,8 44,9 43,9 Lannate (1000) 68,4 73,5 66,8 57,2 50,6 Premio (70) 43,8 80,0 73,9 68,7 59,6 Belt (100) 40,0 72,1 71,0 63,1 54,8 Lorsban (1000) 83,1 81,5 70,7 65,2 52,9 Lannate (1000) + Dimilin 800 WG (100) 75,6 80,9 74,2 65,1 59,3 Premio (70) + Dimilin 800 WG (100) 68,4 88,2 80,9 80,0 74,2 Belt (100) + Dimilin 800 WG (100) 62,7 80,3 78,7 73,9 65,0 Lorsban (1000) + Dimilin 800 WG (100) 90,3 87,5 80,4 77,2 68,3 Teste F 51,60** 53,17** 48,55** 56,91** 54,06** CV(%) 21,00 24,13 19,97 22,34 20,70
31 E PARA PERCEVEJOS?
32 LOCAL: MARACAJU, MS, PLANTIO 16/NOV/2015 POPULAÇÕES: ATÉ 2,0 PERCEVEJOS POR METRO DE LINHA DE 6,0 A 8,0 PERCEVEJOS POR METRO DE LINHA Nº Tratamentos Dosagem (ml p.c.ha -1 ) Ingrediente Ativo 1 Testemunha Connect 1000 Beta-Ciflutrina + Imidacloprido 3 Engeo Pleno 250 Lambda-Cialotrina + Tiametoxam 4 Galil 400 Bifentrina + Imidacloprido 5 Fastac Duo 400 Alfa-Cipermetrina + Acetamiprido 6 Orthene 1000 Acefato 7 Incrível 400 Alfa-Cipermetrina + Acetamiprido 8 Pirephos 400 Fenitrotiona + Esfenvarelato 9 Hero 250 Zeta-Cipermetrina + Bifentrina 10 Talstar 500 Bifentrina 11 Mustang 350 Zeta-Cipermetrina 12 Talisman 600 Bifentrina + Carbosulfano 13 Imidacloprid Nortox 250 Imidacloprido 14 Orthene + Imidacloprid Acefato + Imidacloprido
33 % CONTROLE E. he eros AOS 4 DAA * * * * * * 86 * * * 70 CONTROLE DE E. heros AOS 4 DAA * * * 70 * * Até 2 perc/m De 6-8 perc/m QUANTO MAIOR A POPULAÇÃO, MENOR A EFICIÊNCIA DE CONTROLE DO INSETICIDA Fonte: Grigolli, 2016 Teste F (Inseticida) = 28,09**; Teste F (População) = 15,07** Teste F (Interação) =24,75**; CV = 22,13% * e ** Significativo a 5% e 1% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott respectivamente
34 Estádio de Desenvolvimento e Controle NINFAS MAIORES DO QUE 5 MM CAUSAM DANOS NAS PLANTAS DE SOJA ADULTOS
35 CONTROLE AOS 4 DAA 100 * ,5 75,9 * 85,2 ns 87,5 70 CONTROLE (%) ,3 50, Fonte: Grigolli, 2016 Orthene (1000) Imidacloprid (250) Orthene (1000) + Imida (250) Ninfa Adulto O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA O CORRETO POSICIONAMENTO DO INSETICIDA!
36 APLICAÇÕES CARONA
37 1 APLICAÇÃO TEM, NO MÍNIMO: 1 FUNGICIDA 1 HERBICIDA APLICAÇÕES CARONA 1 FERTILIZANTE FOLIAR 1 INSETICIDA (LAGARTA) 1 INSETICIDA (PERCEVEJO) 1 ADJUVANTE QUAL A INTERAÇÃO DOS PRODUTOS? ph da calda Adjuvantes Incompatibilidade O inseticida paga o pato do fungicida => vai na carona do fungicida e não está no timingadequado
38 Efeito do ph da calda no controle LOCAL: BONITO, MS, SEMEADURA TARDIA (14/NOV/2015) OBJETIVO:AVALIAR O EFEITO DO PH DA CALDA NO CONTROLE DE PRAGAS DA SOJA APLICAÇÃO: SOJA EM R5.1 VOLUME DE CALDA: 160 L/ha Inseticida Testemunha Platinum Neo (250) Orthene (1000) Galil (400) Connect (1000) Imidacloprido(250) Fastac Duo (400) ph 9,2 (água dura) => Bonito, MS 8,5 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0
39 Efeito do ph da calda no controle H 3 PO 4 ÁCIDO FOSFÓRICO ÁGUA DURA ph = 9,2 PRÉ-APLICAÇÃO: 4,2 percevejos por metro de linha ph metro
40 CONTROLE (%) Efeito do ph da calda no controle do Percevejo Marrom aos 4 DAA 60 C A A A A A A 76 A A B 68 A B 70 B B A 68 C B B 64 C C A C 63 A 65 C B B 56 C 58 C 48 C A A A B B 50 C 47 B Platinum Neo (250) Orthene (1000) Galil (400) Connect (1000) Imidacloprido (250) Fastac Duo (400) ph9,2 ph8,5 ph7,0 ph6,0 ph5,0 ph4,0 ph3,0 40 C 53 A 52 A 53 A 48 B 38 C
41 Efeito do Horário de Aplicação no Controle de Falsa-Medideira Inseticida Dosagem (gou ml p.c./ha) Testemunha --- Lannate 1000 Premio 70 Belt 100 Lorsban 1000 Lannate+ Dimilin 800 WG Premio + Dimilin 800 WG Belt + Dimilin 800 WG Lorsban + Dimilin 800WG Horário de Aplicação 07 horas 12 horas 16 horas 20 horas 02 horas PRÉ-APLICAÇÃO: 9,7 LAGARTAS POR METRO SOJA EM R4
42 Eficiência de Controle aos 4 DAA CONTROLE (%) ABB BOTT (1925) Lannate Premio (70) Belt (100) Lorsban Lannate + Premio + Belt + Dimilin Lorsban + (1000) (1000) Dimilin 800 Dimilin WG (100) Dimilin 800 WG (100) WG (100) WG (100) 07 horas 12 horas 16 horas 20 horas 02 horas
43 Qual o melhor horário para aplicar e Inseticida controlar percevejo? Dosagem (gou ml p.c./ha) Testemunha --- Fastac Duo 400 Galil 400 Platinum Neo 250 Connect 1000 Orthene 1000 Imidacloprido 250 Pirephos 400 Talstar 500 Horário de Aplicação 07 horas 12 horas 16 horas 20 horas 02 horas PRÉ-APLICAÇÃO: 3,2 PERCEVEJOS POR METRO DE LINHA SOJA EM R5.3
44 100 CONTROLE DE E. heros AOS 4 DAA ABBOTT (1925) CONTROLE (%) Fastac Duo (400) Galil (400) Platinum Neo (250) Connect (1000) Orthene (1000) Imidacloprido (250) Pirephos (400) Talstar (500) 07 horas 12 horas 16 horas 20 horas 02 horas TENDÊCIA: CONTROLE MELHOR NO INÍCIO DA MANHÃ, ATÉ MEIO-DIA 16 HORAS CONTROLE INEFICIENTE A PARTIR DAS 20 HORAS, CONTROLE BOM, MAS QUANTO MAIS TARDE, MENOR O CONTROLE
45 CONSIDERAÇÕES FINAIS Novos Desafios Pragas polífagas MIP Manejo do sistema Velhos Problemas Amostragem/MIP Cada aplicação tem uma característica Cada produto tem um posicionamento
46 OBRIGADO #FundaçãoMS
47 OBRIGADO Dr. José Fernando Jurca Grigolli Fundação MS
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