INFORMA MERCADO DE CAPITAIS. janeiro de 2016 CVM INICIA A OPERAÇÃO DE SEU SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES
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1 INFORMA MERCADO DE CAPITAIS CVM apresenta inovações para envio de informações e documentos e propõe regras para o exercício da função de agente fiduciário e fundos de private equity CVM INICIA A OPERAÇÃO DE SEU SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários ( SRE ) da CVM divulgou, em 4 de janeiro de 2016, o OFÍCIO-CIRCULAR nº 01/2016/CVM/SRE ( Oficio SRE 01/16 ), o qual tem por objetivo informar às instituições intermediárias, emissores e ofertantes os procedimentos que devem ser observados no encaminhamento de quaisquer documentos à SRE a partir da referida data. Tais procedimentos são necessários em razão da adoção, pela CVM, do Sistema Eletrônico de Informações ( SEI ), por meio do qual se pretende adotar, gradativamente, os processos eletrônicos em substituição aos físicos. janeiro de 2016 Para informações, entrar em contato com: Maurício Teixeira dos Santos D mauricio.santos@souzacescon.com.br Carlos Augusto Junqueira D carlos.junqueira@souzacescon.com.br
2 Sendo assim, todos os documentos a serem encaminhados à SRE deverão ser enviados em meio eletrônico, com exceção da petição ou resposta à determinado ofício e dos documentos solicitados na forma original, em versão assinada. O participante deverá protocolar a petição ou resposta à determinado ofício fisicamente, acompanhada de CD ou DVD contendo todos os anexos citados no documento (inclusive cópia da própria petição ou resposta). A petição ou resposta deve relacionar todos os anexos com numeração sequencial, enquanto os documentos enviados eletronicamente deverão (i) estar em formato PDF não editável; e (ii) possuir obrigatoriamente em sua denominação o número e o nome do anexo que conta na petição ou resposta. A CVM destaca, ainda, que as regras do Ofício SRE 01/16 não se aplicam aos documentos encaminhados com pedido de confidencialidade, que devem continuar a observar as normas já existentes, e às informações a serem encaminhadas através do Sistema de Recepção de Informações (vide notícia a seguir). Por fim, salientamos que (i) os procedimentos descritos no Ofício SRE 01/16 se aplicam, inclusive, aos documentos a serem encaminhados em função de processos já em andamento; e (ii) a íntegra do Ofício SRE 01/16 encontrase disponível para consulta no site PROCEDIMENTOS PARA ENVIO DE COMUNICADOS NO ÂMBITO DE OFERTAS DE VALORES MOBILIÁRIOS Em dezembro de 2015, a SRE também divulgou o OFÍCIO-CIRCULAR nº 02/2015/CVM/SRE ( Ofício SRE 02/15 ), o qual tem por objetivo informar às instituições intermediárias, emissores e ofertantes de ofertas públicas de distribuição com esforços restritos ou dispensadas de registro que, a partir de 17 de dezembro de 2015, os comunicados a serem enviados à CVM no âmbito de ofertas com as características descritas acima deverão ser enviados pelas instituições intermediárias líderes exclusivamente por meio do Sistema de Recepção de Informações ( Sistema de Recepção de Informações ). Assim, o comunicado (i) de início e o de encerramento das ofertas públicas de distribuição com esforços restritos previstos nos artigos 7º-A e 8º da Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009, conforme alterada; (ii) de encerramento das ofertas públicas com dispensa de registro por lote único e indivisível, nos termos do artigo 5º, parágrafo 3º, da Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada ( Instrução CVM 400 ); e (iii) de dispensa de registro para ofertas de distribuição de valores mobiliários de emissão de empresas de pequeno porte e de microempresas, requerido no artigo 5º, parágrafo 5º, da Instrução CVM 400, deverão ser enviados por meio do Sistema de Recepção de Informações, ficando vedado o protocolo de vias físicas na sede da CVM. As informações enviadas com incorreções poderão ser alteradas pela própria instituição intermediária líder, sendo cada comunicado limitado a duas correções. Ofertas concomitantes de mais de uma espécie, série ou classe de valor mobiliário deverão ser informadas em separado, como se fossem distintas fossem. O acesso ao sistema será realizado pela página da CVM na rede mundial de computadores (www. cvm.gov.br), onde os interessados também poderão encontrar o manual de uso do Sistema de Recepção de Informações e a íntegra do Ofício SRE 02/15. CVM COLOCA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA MINUTA DE INSTRUÇÃO QUE PROPÕE NOVAS REGRAS PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE AGENTE FIDUCIÁRIO Em dezembro de 2015, a Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) colocou em audiência pública minuta de Instrução ( Minuta da Nova 28 ) que passará a dispor sobre o exercício da função de agente fiduciário, revogando a atual Instrução CVM nº 28, de 23 de novembro 2
3 Em linhas gerais, a Minuta da Nova 28 tem como objetivo (i) atualizar as disposições da Instrução CVM 28, que trata apenas do agente fiduciário de debêntures, e regular também o exercício da função de agente fiduciário no âmbito das distribuições públicas de certificados de recebíveis imobiliários ( CRIs ), certificados de recebíveis do agronegócio ( CRAs ) e notas promissórias de longo prazo; e (ii) modernizar o regime de prestação de informações pelo agente fiduciário. Os principais pontos abordados pela Minuta da Nova 28 encontram-se resumidos abaixo: Âmbito de aplicação. A Minuta da Nova 28, diferentemente da Instrução CVM 28, pretende ser aplicável a todos os valores mobiliários objeto de distribuição pública onde haja nomeação de agente fiduciário por disposição expressa de lei ou regulamentação, quais sejam, debêntures, CRIs, CRAs e notas promissórias de longo prazo (assim entendidas aquelas com prazo de vencimento superior a 360 dias, conforme Instrução CVM nº 566, de 31 de julho de 2015). Não estão incluídos na Minuta da Nova 28 os agentes que são contratados por emissores de forma voluntária para exercer determinadas funções em valores mobiliários com prazo de vencimento inferior a 360 dias, como é o caso do agente de notas ou do agente de garantias. Novos requisitos para o exercício da função de agente fiduciário. A função de agente fiduciário somente poderá ser exercida por instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil BC. Tal determinação visa equiparar o regime previsto para CRIs e CRAs ao regime das debêntures e notas promissórias de longo prazo. Em relação às pessoas naturais que já exerciam a função de agente fiduciário, estas poderão ser mantidas nas emissões em que atuam, mas ficarão impedidas de exercer a função em novas emissões a partir da data de entrada em vigor da norma que resultar do processo de audiência pública. Prestação de informações. A Minuta da Nova 28 dispõe também sobre o envio de informações eventuais e periódicas pelos agentes fiduciários, estabelecendo que o encaminhamento à CVM tanto do relatório anual quanto das informações eventuais (tais como editais de assembleia convocadas) seja realizado por meio do sistema eletrônico disponível na página da CVM na rede mundial de computadores. Da mesma forma, o agente fiduciário deverá arquivar o relatório anual em sua página na rede mundial de computadores. Deveres do agente fiduciário. As normas que tratam das medidas que o agente fiduciário deve tomar em caso de inadimplemento do emissor também foram alteradas. A Instrução CVM 28 prevê que o agente fiduciário somente pode deixar de utilizar os poderes extraordinários conferidos por lei, se autorizado em assembleia pela unanimidade das debêntures em circulação. A Minuta da Nova 28 inova ao propor que tal deliberação possa ser tomada pela maioria absoluta dos valores mobiliários em circulação, em linha com o quórum previsto em lei específica para modificação das condições de debêntures. Adicionalmente, a Minuta da Nova 28 não impõe o rol de ações que o agente fiduciário deve tomar para proteção dos direitos e defesa dos interesses dos titulares de valores mobiliários. Para a CVM, cabe ao agente fiduciário avaliar (i) a melhor conduta a ser aplicada em cada situação e (ii) a possibilidade de solução negocial, motivo pelo qual não existe necessidade de discriminar as ações a serem tomadas. A Minuta da Nova 28 está disponível para consulta no site e as sugestões e os comentários com relação à Minuta da Nova 28 devem ser encaminhados à Superintendência de Desenvolvimento de Mercado SDM ( SDM ) pelo endereço eletrônico audpublicasdm0415@ 3
4 CVM COLOCA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA MINUTA DE INSTRUÇÃO QUE PROPÕE NOVAS REGRAS PARA FUNDOS DE PRIVATE EQUITY Em dezembro de 2015, a CVM colocou em audiência pública minuta de Instrução ( Minuta FIPs ) que substituirá e revogará as Instruções CVM nos 209 e 278 (que tratam dos Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes ( FMIEE )), bem como as Instruções nos 391, 406 e 460 (que estabelecem normas relativas aos Fundos de Investimento em Participações ( FIPs )). O principal objetivo da Minuta FIPs é unificar e aprimorar as regras aplicáveis aos FIPs, com a consolidação Instruções em vigor que dispõem sobre as modalidades de fundos voltados para a participação em sociedades, abertas ou fechadas, cujo foco seja o desenvolvimento dos negócios da investida, por meio de participação na sua gestão e objetivando ao desinvestimento no futuro com a apreciação do capital. A seguir, apresentamos algumas das principais alterações introduzidas pela Minuta FIP: Funcionamento e enquadramento de investimentos. A Minuta FIPs estabelece o rol de ativos alvos a serem investidos pelos FIPs, a forma de participação dos FIPs no processo decisório das investidas e as práticas de governança a serem seguidas pelas companhias investidas. A Minuta FIPs prevê, ainda: (i) a manutenção de, no mínimo, 90% do patrimônio líquido dos FIPs investido nos ativos alvos; (ii) a possibilidade dos FIPs investirem até 20% de seu patrimônio líquido em ativos no exterior; e (iii) a possibilidade dos FIPs investirem 40% do patrimônio líquido em cotas de outros FIPs, sendo tal investimento computado dentro do limite de 90% mencionado no item (i) acima. Criação de subcategorias de FIP. Dependendo da composição de suas carteiras, a Minuta FIPs estabelece que os FIPs poderão ser classificados nas seguintes subcategorias: (i) FIP Capital Semente; (ii) FIP Empresas Emergentes; (iii) Fundo de Investimento em Participação em Infraestrutura e Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em Pesquisa Desenvolvimento e Inovação; e (iv) FIP Investimento no Exterior, sendo o FIP Capital Semente e o FIP Investimento no Exterior destinados a investidores profissionais, enquanto os demais são destinados aos investidores qualificados. Cada subcategoria listada acima possuirá dispensas e obrigações específicas, como, por exemplo, a não exigência de práticas de governança corporativa para o FIP Capital Semente ou a possibilidade de o FIP Investimento no Exterior alocar 100% de seu patrimônio líquido em ativos no exterior. Assembleia Geral. A Minuta FIPs prevê também as matérias que passarão a ser de competência da assembleia geral dos FIPs, dentre as quais destacamos a necessidade de aprovação de todos os atos que caracterizem potencial conflito de interesse entre o fundo e seu administrador e gestor. Com relação à essa matéria especificamente, a Minuta FIPs propõe que os atos devam ser deliberados de forma prévia e aprovados por maioria das cotas subscritas. Adicionalmente, a Minuta FIPs também inova ao estabelecer (i) que os votos sejam computados de acordo com a quantidade de cotas subscritas, mas com a exclusão das cotas subscritas e não integralizadas; e (ii) que as restrições previstas para fundos de investimento imobiliários com relação aos votos em assembleia pelo seu administrador ou gestor e pessoas ligadas passam a valer para os FIPs. Obrigações do gestor. Por meio da Minuta FIPs, a CVM inclui obrigações aos gestores dos FIPs, em adição às obrigações dos administradores previstas anteriormente. Neste sentido, o gestor passará a ser o responsável por firmar, em nome dos FIPs, acordos de acionistas das sociedades investidas, pela definição da política estratégica e da gestão das companhias investidas, além de ter que assegurar as práticas de governança destas. Divulgação de informações. A Instrução CVM 391 previa o envio, semestralmente, em até 60 dias após o encerramento do semestre civil, das demonstrações contábeis não auditadas dos FIPs. 4
5 A Minuta FIPs modifica tal previsão, sendo somente necessário o envio da composição e diversificação da carteira, nos termos atualmente previstos. Com relação às informações eventuais, a Minuta FIPs prevê que, no caso de alteração material no valor justo dos investimentos do FIP durante o exercício, os FIPs deverão divulgar o relatório do administrador e do gestor com as justificativas e detalhes sobre a alteração do valor justo, e o efeito da nova avaliação sobre o resultado do exercício e patrimônio líquido do fundo. Adicionalmente, caso ocorra este tipo de alteração, o fundo deve elaborar as suas demonstrações contábeis compreendendo o período entre a data de início do exercício e a data do reconhecimento contábil da referida alteração, devendo submetê-las à auditoria independente (exceto quanto os efeitos contábeis da alteração material no valor justo sejam reconhecidos até 60 dias antes da data de encerramento do exercício, caso em que fica dispensada a elaboração de tais demonstrações contábeis). A Minuta FIPs está disponível para consulta no site e as sugestões e os comentários com relação à Minuta FIPs devem ser encaminhados à SDM pelo endereço eletrônico audpublicasdm0515@ cvm.gov.br até o dia 16 de março de Este boletim apresenta um resumo de alterações legislativas ou decisões judiciais e administrativas no Brasil. Destina-se aos clientes e integrantes do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Este boletim não tem por objetivo prover aconselhamento legal sobre as matérias aqui tratadas e não deve ser interpretado como tal. 5
Dentre as inovações trazidas pela Instrução CVM 578, merecem destaque:
MERCADO DE CAPITAIS 30/8/2016 CVM edita as Instruções n.º 578/2016 e n.º 579/2016, que regulam os Fundos de Investimento em Participações e seu tratamento contábil A Comissão dos Valores Mobiliários (CVM)
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