Análise da Influência do Alargamento de um Estreitamento na Hidrodinâmica do Canal da Passagem, Vitória-ES, Através de Modelagem Numérica
|
|
- Sílvia Canto Minho
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Análise da Influência do Alargamento de um Estreitamento na Hidrodinâmica do Canal da Passagem, Vitória-ES, Através de Modelagem Numérica Thiago Freitas do Nascimento *, Julio Tomás Aquije Chacaltana *, Fábio Pavan Piccoli * thiagotfn2@gmail.com, juliotac@gmail.com, fabio_p_p@hotmail.com Recebido: 17/08/10 - revisado: 25/11/10 - aceito: 23/04/13 RESUMO Os ecossistemas costeiros e litorâneos são hábitat de uma grande parte dos recursos marinhos, além de comportarem grande parte da população mundial. Também servem de refúgio e berçário para várias espécies, proporcionando renda e alimento para as populações locais. Esses ambientes têm uma circulação bastante complexa, resultado das interações entre os processos físicos e a geomorfologia. E, muitas vezes, esses locais são modificados pela atividade humana, e mesmo sendo justificáveis tais mudanças, fazem-se necessários estudos dos possíveis impactos resultantes dessas modificações. O presente estudo trata do impacto das modificações ocorridas no Canal da Passagem sobre sua hidrodinâmica, ocasionadas pelo alargamento do estreitamento existente sob a Ponte da Passagem, através o modelo numérico (2DH) DIVAST, o qual foi validado para a situação com estreitamento. Os resultados mostraram que o estreitamento é responsável pela retenção da coluna d água tanto na enchente quanto na vazante da maré, que se propaga até metade do canal. Como conseqüência, aparece uma região com baixos ou nulos gradientes de pressão no meio do canal, sendo constatado nesses locais velocidades muito baixas. Foi apurado que o alargamento do estreitamento exerce maior influência na região sul do canal, acarretando um aumento nas magnitudes da velocidade, chegando à aproximadamente 0,2 m/s. Já para região norte, a qual é mais influenciada pela região de manguezal, foi observada uma diminuição das magnitudes da velocidade, chegando a 0,1 m/s. O alargamento também foi responsável pela variação na localização da zona de convergência barotrópica, conhecida como Tombo de Maré. Palavras chaves: Canal da Passagem. Hidrodinâmica. Estreitamento. DIVAST INTRODUÇÃO Os ecossistemas costeiros e litorâneos comportam grande parte da população mundial, além de servir de habitat para uma vasta variedade de recursos marinhos. A crescente pressão demográfica aliada com uma administração deficiente faz com que esses ecossistemas essenciais, e bastante influenciados pela hidrodinâmica, sejam destruídos antes que um planejamento adequado possa ser formulado e implementado (DIEGUES, 2001). A infra-estrutura de saneamento básico nesses locais não tem acompanhado o rápido desenvolvimento das atividades econômicas e o adensamento populacional, provocando uma crescente poluição hídrica, a qual acaba refletindo diretamente na qualidade das águas dos mananciais que abastecem as cidades baías e estuários. As conseqüências desse * Departamento de Engenharia Ambiental UFES fato acabam refletindo diretamente sobre o homem, acarretando em perturbações na saúde e alterações no comportamento das populações, na economia, na indústria, no turismo e no ambiente, através da degradação da paisagem e alteração dos ecossistemas (MACIEL, 2004). O movimento das águas em baías e estuários é bastante complexo, tendo em vista as várias interações entre os processos físicos. Essa circulação tem forte influência sobre a distribuição de nutrientes, no transporte e dispersão do plâncton, sedimentos e contaminantes, além de influenciar, significativamente, no ciclo de vida dos organismos marinhos (SANTIAGO, 2004). Muitos autores vêm utilizando a modelagem numérica como ferramenta para se estudar o comportamento hidrodinâmico de regiões estuarinas. Esse método, desde de que devidamente calibrado e validado, tem-se mostrado como uma ferramenta bastante vantajosa devido à portabilidade e ao baixo custo, quando comparada com a modelagem física ou medições diretas. Por isso estão sendo usadas, cada vez mais, para solucionar problemas ambientais, reproduzindo a dinâmica de regiões costeiras e 31
2 Análise da Influência do Alargamento de um Estreitamento na Hidrodinâmica do Canal da Passagem, Vitória-ES, Através de Modelagem Numérica estuarinas, auxiliando na tomada de decisões em questões ambientais. O presente trabalho tem por objetivo analisar a influência do alargamento de um estreitamento na hidrodinâmica do Canal da Passagem/ES, utilizando o modelo numérico bidimensional DI- VAST, desenvolvido por Falconer (1976). MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo O Canal da Passagem, que constitui o objeto de estudo, localiza-se no município de Vitória, capital do Espírito Santo - Brasil (Figura 1). O mesmo liga a Baía do Espírito Santo, no início da praia de Camburi, à porção norte da Baía de Vitória, sendo influenciado pela maré através das duas extremidades, além de drenar boa parte da região de manguezal. Possui largura de 80 m, em média, tendo como menor largura o estreitamento localizado abaixo da Ponte da Passagem, medindo 35 m (RIGO, 2004). O clima da região é caracterizado como tropical quente e úmido, com temperaturas médias de 24,4 C e 34,4 C, mínima e máxima, respectivamente. Os ventos predominantes são os de nordeste e sudeste, os primeiros associados aos ventos alísios, predominantes no verão. Já os de sudeste estão relacionados com as frentes frias, sendo mais freqüentes no inverno. Figura 1 - Região da Ilha de Vitória, com o Canal da Passagem sendo representado em destaque. Em cinza escuro se encontra a região de manguezal. A hidrodinâmica do Canal da Passagem é regida principalmente pela maré astronômica, seguido da maré meteorológica e finalmente dos ventos (VIÉGAS, 2006). O tipo de maré na região é de micromarés, semidiurnas, sendo M 2 a principal componente lunar de maré com período de 12,42 h. O modelo DIVAST O modelo utilizado no estudo foi o modelo bidimensional (2DH) DIVAST (Depth Integrated Velocities and Solute Transport) desenvolvido por Falconer (1976), em linguagem Fortran. O modelo simula a distribuição bidimensional da corrente, das elevações da superfície da água e de vários parâmetros de qualidade da água dentro do domínio modelado em função do tempo, levando em consideração as características hidráulicas governadas pela topografia do fundo, vegetação, efeito do vento de superfície e pelas condições de contorno (FALCONER, 1993). As equações que governam o modelo são baseadas nas leis físicas de conservação de massa e momentum. As equações que descrevem o movimento estão na forma integrada das equações tridimensionais de Reynolds. Essas equações são integradas na vertical, e utilizam o método de diferenças finitas baseado na técnica implícita de direção alternada, a qual envolve a subdivisão de cada passo de tempo em dois meio passos. No primeiro meio passo de tempo, a elevação da água e a componente U da velocidade são solucionadas implicitamente na direção x, enquanto que as outras variáveis são representadas explicitamente. Para o segundo meio passo de tempo, a elevação da água e a componente V são solucionadas implicitamente na direção y, com as outras variáveis sendo solucionadas explicitamente (FALCONER, 1993). Essas equações são apresentadas a seguir, com base na seguinte notação de variáveis: p=uh e q=vh são as vazões unitárias ou descargas por unidade de largura nas direções x e y, respectivamente (m³/s/m); U, V são as médias das componentes da velocidade na vertical nas direções x e y, respectivamente (m/s); qm é o termo fonte (m/s); g aceleração da gravidade (9,806 m/s²); H profundidade total na coluna da água (H=h+η); η elevação da superfície da água acima do nível médio de referência, tomado como o nível da água em repouso; h profundidade da água abaixo do nível médio; a é a massa específica do ar ( 1292 Kg/m³); é a massa específica da água (Kg/m³); C é o coeficiente de rugosidade de Chezy ( m 1/2 / s); C w coeficiente de resistência do ar/água; x e y são as coordenadas cartesianas (m); f é o parâmetro de Coriolis devido 32
3 à rotação da terra, f 2 sen ( é velocidade de rotação angular da terra e é o ângulo geográfico da latitude, = 7,27x10 radianos/s; W 5 x e W y são as componentes da velocidade do vento nas direções x e y, respectivamente, medida a 10 m de altura (m/s); é o fator de correção do momentum para um perfil de velocidade vertical nãouniforme; e é a viscosidade turbulenta média na vertical (m²/s) (FALCONER, 1993). A equação diferencial parcial que expressa o princípio de conservação de Massa é escrita como: p q q t x y m (1) As equações para conservação de momentum nas direções x e y são: p pu pv fq gh t x y x 2 2 a 2 2 gp p q CW w x Wx Wy 2 2 HC p p q x y x y (2) N e E, no sistema de referência SAD69. Essa grade compreende todo o sistema estuarino da Ilha de Vitória e Baía do Espírito Santo. No entanto, foi focada apenas a região do Canal da Passagem. Campanhas O modelo foi executado para o mês de março de 2009, considerando duas situações distintas: uma com o estreitamento de 35 metros que existe abaixo da antiga Ponte da Passagem, e outra simulando o alargamento do estreitamento para 50 metros. Os resultados do modelo, considerando o estreitamento de 35 metros, foram confrontados com dados experimentais, obtidos durante algumas horas para os dias 20 e 27, através do equipamento ADP (Acoustic Doppler Current Profilers) Aquadopp de 2 MHz da marca NORTEC AS. O equipamento foi fundeado, em um ponto previamente escolhido, por 12 horas nos respectivos dias de campanha. q qu qv fp gh t x y y 2 2 a 2 2 gq p q CW w y Wx Wy 2 2 HC q q p x y x y (3) As regiões a serem modeladas devem satisfazer as seguintes condições: escoamento predominantemente horizontal e com boa mistura vertical, ou variações verticais insignificantes no escoamento. Essas regiões são representadas através de pontos discretos em uma malha composta de células quadradas (FALCONER, 1993). Malha Computacional Foi utilizada uma malha regular com células de 25x25 metros, sendo o eixo x composto por 630 células e o eixo y 600 células, tendo o eixo x da grade uma orientação de 148 em relação ao norte, com sua origem fixada nas coordenadas UTM de Figura 2 - Localização das estações de cálculo do modelo distribuídas ao longo do Canal da Passagem. Estações Para a realização da análise dos resultados numéricos foram distribuídas 69 estações de cálculo do modelo ao longo do Canal da Passagem (Figura 2). 33
4 Análise da Influência do Alargamento de um Estreitamento na Hidrodinâmica do Canal da Passagem, Vitória-ES, Através de Modelagem Numérica RESULTADOS E DISCUSSÕES Comparação do modelo com o resultado de campo Para a campanha do dia 20 de março (Figura 3) os resultados de elevação simulados na preamar foram subestimados em até 0,047 m, enquanto na baixamar os resultados simulados foram superestimados em até 0,021 m. Para altura de onda, o valor experimental foi 0,012 m superior ao modelado, o que em termos percentuais corresponde a 2,4%. Já para a campanha do dia 27 de março (Figura 4), houve uma superestimativa na preamar e uma subestimativa na baixamar de até 0,082 e 0,173m, respectivamente. Para altura de onda, o experimental foi 0,044 superior ao modelado, ou seja, 2,8%. O coeficiente de correlação cruzada para o dia 20 de março foi de 0,9923, enquanto para o dia 27 março o coeficiente de correlação cruzada foi de 0,9876. Portando, o modelo DIVAST apresentou boa concordância com os dados de campo. Hidrodinâmica do Canal da Passagem com o estreitamento Na Figura 5 se encontra representada a elevação da água para o período de sizígia, compreendido entre 08:00 horas do dia 27/03/2009 e 00:00 horas do dia 28/03/2009. Cabe ressaltar que foi escolhido representar o período de sizígia, já que o comportamento é mais pronunciado. Figura 3 - Comparação dos dados de elevação do modelo com os dados experimentais obtidos pelo equipamento ADP para o dia 20 de março de A variável representa a profundidade média e a variação do nível d água provocado pela ação da maré. Figura 4 - Comparação dos dados de elevação do modelo com os dados experimentais obtidos pelo equipamento ADP para o dia 27 de março de A variável representa a profundidade média e a variação do nível d água provocado pela ação da maré. Figura 5 - Deslocamento da superfície da água para algumas estações de cálculo distribuídas ao longo do Canal da Passagem considerando como única forçante a maré astronômica. Às 726 horas de simulação corresponde as 08:00 horas do dia 27/03/2009 e as 742 horas de simulação corresponde as 00:00 horas do dia 28/03/2009. Tendo em vista que o estreitamento se encontra entre as estações de cálculo do modelo 056 e 057, percebe-se que o estreitamento provoca um atraso na propagação da onda de maré na enchente e na vazante, sendo mais pronunciado durante os períodos de vazante. Esse atraso provocado pelo estreitamento também foi observado por Maciel (2004). Na Figura 6 estão representadas a elevação ao longo do Canal da Passagem para diferentes horas de simulação para dois períodos, com o intervalo entre 350,34 e 359,17 compreendendo um período de sizígia e o intervalo entre 561,34 e 571,50 compreendendo um período de quadratura. Foi observado que há um gradiente de pressão provocado pelo estreitamento, sendo mais pronunciado durante os períodos de enchente e vazan- 34
5 te. Na maré vazante, o estreitamento promove uma retenção de água ao norte do mesmo (353,67 e 564,34 horas de simulação), e durante a enchente essa retenção se dá ao sul do estreitamento (359,17 e 571,50 horas de simulação). Esse gradiente de pressão provocado pelo estreitamento também foi observado por Maciel (2004). 8, localizado ao norte do canal, enquanto o segundo pico ficou localizado na região do estreitamento, entre as estações 56 e 57. Figura 6 - Elevação ao longo do Canal da Passagem para diferentes horas durante dois períodos, com o intervalo entre 350,34 e 359,17 compreendendo um período de sizígia (350,34-preamar; 353,67-vazante; 356,17-baixamar; 359,17-enchente) e o intervalo entre 561,34 e 571,50 compreendendo um período de quadratura (561,34-preamar; 564,34-vazante; 568,00-baixamar; 571,50-enchente). Além disso, foi observado na extremidade norte do canal (1 até a 8) que o estreitamento não exerce nenhuma influência na elevação da onda de maré, tendo em vista que, durante o instante de tempo de enchente e vazante, a elevação permaneceu em zero. Nas proximidades da estação 30 foi identificada uma região de máximos de elevação, ou seja, onde são encontrados os menores gradientes de pressão: na enchente é o local onde está localizado o menor nível d água e na vazante o de maior nível d água. Para as situações de preamar e baixamar, com relação à estação 1, não foi observado esse padrão tão pronunciado de retenção de água. Na Figura 7 estão plotadas as magnitudes da velocidade para diferentes horas de simulação ao longo do Canal da Passagem, com o intervalo entre 350,34 e 359,17 compreendendo um período de sizígia e o intervalo entre 561,34 e 571,50 compreendendo um período de quadratura. Constatou-se que, no entorno da estação 30, são encontradas as menores velocidades, além de duas regiões com picos de velocidade. O primeiro pico de velocidade se encontra próximo às estação Figura 7 - Magnitude das velocidades ao longo do Canal da Passagem, para diferentes horas durante dois períodos, com o intervalo entre 350,34 e 359,17 compreendendo um período de sizígia (350,34-preamar; 353,67-vazante; 356,17-baixamar; 359,17-enchente) e o intervalo entre 561,34 e 571,50 compreendendo um período de quadratura (561,34-preamar; 564,34-vazante; 568,00-baixamar; 571,50-enchente). Em alguns momentos de sizígia, no caso para uma vazante, com relação a estação 1, representado na Figura 7 pelo instante de 353,57 horas de simulação, os picos de velocidade para as duas regiões foram de aproximadamente 0,92 m/s, enquanto próximo à estação 30, os valores foram próximos de zero. Dessa maneira, foi verificado um gradiente nas magnitudes da velocidade dos extremos para o centro do canal. Esse padrão nas magnitudes foi mantido durante a maioria dos instantes, entretanto, durante a baixamar, com relação à estação 1, as magnitudes ao norte do canal foram bem maiores que as encontradas na região do estreitamento, como visto para os instantes de 356,17 e 568,00 horas de simulação. Entretanto, durante a enchente, com relação à estação 1, para um momento de sizígia representado pelo instante de 350,34 horas de simulação, as maiores velocidades encontradas foram na região do estreitamento. Cabe ressaltar que a região onde foram encontradas os máximos de elevação (Figura 6) coincidem com a região onde são encontradas as menores velocidades (Figura 7). Essa região de baixos ou nulos gradientes de pressão é conhecida como Convergência Barotrópica, ou Tombo de Maré e foi constatada em vários 35
6 Análise da Influência do Alargamento de um Estreitamento na Hidrodinâmica do Canal da Passagem, Vitória-ES, Através de Modelagem Numérica outros trabalhos realizados no local (RIGO & SAR- MENTO, 1993; RIGO, 2004; MACIEL, 2004 e MOTTA, 2008). A zona de convergência barotrópica também foi constatada por Warner et al. (2003), no estudo realizado na Baía de São Francisco, na Califórnia. Considerando que a interação entre duas ondas progressivas propagando-se em sentidos opostos produzem uma onda estacionária de velocidades nulas, e como o Canal da Passagem é aberto à maré nos seus dois extremos, tem-se que a região de Convergência Barotrópica se dá pela interação da onda de maré que se propaga de sul para norte, proveniente da Baía do Espírito Santo, e da onda de maré que se propaga de norte para sul, proveniente da Baía de Vitória. De acordo com Warner et al. (2003), essas zonas de convergência são importantes pois podem acumular substâncias dissolvidas e sedimentos no local da convergência. Os jatos formados na região do estreitamento ocorrem em virtude da conservação de massa, dada pela equação de continuidade para fluidos incompressíveis, Q=Sc (onde Q é vazão volumétrica, S é a área das seção transversal e c é velocidade média do escoamento). Além disso, foi observado que esse aumento de velocidades, provocados pelo estreitamento, é responsável pela formação de vórtices (Figura 8). vazante toda essa água armazeda irá vazar com uma velocidade maior que a do enchimento, já que o gradiente de pressão provocado pela região entre marés durante a vazante irá contribuir para o aumento das magnitudes da velocidade no canal principal. Esse aumento das magnitudes da velocidade devido a presença do manguezal já foi relatado por vários autores (MAZDA et al., 2002; STRUVE et al., 2003; WU et al., 2001). Já para situação de enchente, a maré propagando-se da Baía de Vitória para o Canal da Passagem encontra uma região mais estreita o que faz valer a lei da conservação de massa, dada pela equação de continuidade, situação já discutida para a presença do estreitamento no escoamento da região sul do canal. Modificações na hidrodinâmica do Canal da Passagem com o alargamento do estreitamento Analisando os resultados do alargamento do estreitamento, verifica-se que a onda de maré se propaga de sul para norte do Canal da Passagem ou vice-versa de maneira mais uniforme, não ocorrendo um atraso tão pronunciado entre as estações 56 e 57 (Figura 9), como ocorreu para a situação considerando o estreitamento (Figuras 5). Isso vem a corroborar com a explanação dada no estudo feito por Maciel (2004), o qual o autor argumentou que o estreitamento atrasa a onda maré tanto para encher quanto para vazar. Figura 8 - Vórtices, formados pelo aumento das velocidades na região do estreitamento, sendo mostrados na região demarcada pelos círculos. Já as altas velocidades encontradas na região norte do canal, são provocadas pela presença de uma grande área de manguezal e por ter o canal mais estreito que o da Baía de Vitória. Na preamar, grande parte da região entre marés está cheia d água, e a partir do início da Figura 9 - Deslocamento da superfície da água ao longo do Canal da Passagem considerando como única forçante a maré astronômica, considerando o alargamento do estreitamento para um período de sizígia. Às 726 horas de simulação corresponde as 08:00 horas do dia 27/03/2009 e as 742 horas de simulação corresponde as 00:00 horas do dia 28/03/
7 Comparando os resultados de elevação ao longo do Canal da Passagem Figura 10, na qual estão representadas a elevação sem e com o alargamento, nota-se que, para a maioria das estações, a diferença foi bastante reduzida. Entretanto, durante os períodos de vazante e enchente (com relação a estação 1) para um período de sizígia (353,67 e 359,17 horas de simulação, respectivamente) foram observadas as maiores variações. Figura 11 - Diferença das magnitudes da velocidade sem e com o alargamento do estreitamento para diferentes horas de simulação. O intervalo entre 350,34 e 359,17 representa um período de sizígia (350,34-preamar; 353,67- vazante; 356,17-baixamar; 359,17-enchente) e o intervalo entre 561,34 e 571,50 representa um período de quadratura (561,34-preamar; 564,34-vazante; 568,00-baixamar; 571,50-enchente). Figura 10 - Diferença da elevação sem e com o alargamento para diferentes horas de simulação. As linhas contínuas e as linhas pontilhadas estão representando a elevação considerando o alargamento, enquanto as linhas com símbolo (*) estão representando a elevação com o estreitamento. O intervalo entre 350,34 e 359,17 representa um período de sizígia (350,34-preamar; 353,67-vazante; 356,17-baixamar; 359,17-enchente) e o intervalo entre 561,34 e 571,50 representa um período de quadratura (561,34-preamar; 564,34-vazante; 568,00-baixamar; 571,50-enchente). O estreitamento funciona como uma barreira hidráulica para propagação da onda de maré, assim para o instante de 353,67 horas de simulação (período de vazante), quando se considera o alargamento, ocorre uma menor retenção de água na região sul do canal, com isso o nível d água diminui na região sul e aumenta na região norte do canal. Já para o instante de 359,17 (período de enchente), ocorre a situação inversa, verificando-se que o nível d água ao norte do canal diminui e aumenta no sul. No extremo norte do canal foi observado que a influência do estreitamento é mínima, não havendo variações significativas na elevação (Figura 10) e nas magnitudes da velocidade (Figura 11). Nesse local, o maior influenciador na hidrodinâmica é a região de manguezal. A Figura 11 representa as conseqüências do alargamento nas magnitudes da velocidade. Pode-se observar que há uma redução das velocidades da estação 1 até as proximidades da estação 28, e depois desta estação ocorre uma acréscimo das velocidades. Nota-se que há dois picos, sendo um de redução e outro de magnificação. Como o estreitamento provoca a formação de jatos durante a enchente e a vazante, ocorre que com o alargamento isso é bastante minimizado. Essa diferença chegar a 0.38 m/s na enchente (estação 56), e 0.32 m/s na vazante (estação 57). Na situação de baixamar, para um período de sizígia representado na Figura 11 pelo instante de 356,17 horas de simulação, ocorre uma redução das velocidades tanto ao norte quanto ao sul do canal: no entanto, nas proximidades da estação 40 foi verificada uma intensificação das velocidades. Já para baixamar em um período de sizígia representado na Figura 11 pelo instante de 568,00 horas de simulação, foi verificado que a variação foi ínfima. CONCLUSÃO Foi verificado que o estreitamento promove a retenção da coluna d água tanto na enchente quanto na vazante de maré, e devido a essa retenção sua influência se propaga até a metade norte do 37
8 Análise da Influência do Alargamento de um Estreitamento na Hidrodinâmica do Canal da Passagem, Vitória-ES, Através de Modelagem Numérica canal. Com isso são encontrados no meio do canal, nas proximidades da estação 30, regiões com máximos e mínimos de elevação, na vazante e enchente, respectivamente. Com relação à velocidade, foi constatado que há duas regiões de máximas velocidades, uma no extremo norte do canal e outra na região do estreitamento, e uma região de velocidades bastante baixas, sendo esta região coincidente com de máximos de elevação. Além disso, foi observado que o estreitamento é responsável pela formação de jatos e vórtices em suas proximidades. Considerando o alargamento, foi observado um aumento nos gradientes de pressão, ocasionando mudanças nas magnitudes da velocidade, já que a barreira física que retinha a água foi retirada. O aumento do gradiente de pressão se deu na região sul do canal, e devido a esse aumento foi constatado uma elevação nas magnitudes da velocidade nessas regiões, chegando à aproximadamente 0,2 m/s na estação 40. Já para região norte do canal, foi constatado que o mesmo sofre uma maior influência da região de manguezal, sendo averiguada nesses locais uma diminuição das magnitudes da velocidade, chegando a 0,1 m/s na estação 22. A única exceção a esses padrões se deu para os instantes de baixamar. Em virtude do alargamento foi verificada uma variação na localização da zona de convergência barotrópica, e isso se deve a mudança dos padrões nos gradientes de pressão formados pelo encontro das marés que entram pelos dois extremos do Canal da Passagem. REFERÊNCIAS CASTRO, M. S. M.; CHACALTANA, J. T. A. Análise do padrão de escoamento na desembocadura do canal da passagem - Vitória (ES) por meio da utilização de derivadores e modelagem computacional. Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Vitória, ABES, p.1-7. set DIEGUES, A. C. Ecologia Humana e Planejamento Costeiro. 2º Ed. São Paulo: Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras, USP FALCONER, R. A., DIVAST Manual. Civil Engineering Department, Bradford University, UK, FALCONER, R. A. Mathematical Modelling of Jet- Foerced Circulation in Resevoirs na Harbours. Thesis (Doctor of Philosophy), Dept. of Civil Engineering, Imperial College. London FURUKAWA, K.; WOLANSKI, E.; MUELLER, H. Currents and sediment transport in mangrove forests. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v.44, p , MACIEL, M. A. Modelagem do Padrão de Escoamento no Canal da Passagem (Vitória, ES) Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, MACIEL, M. A.; CHACALTANA, J. T. A.; RIGO, D. Padrão de escoamento no Canal da Passagem. In: V SE- MINÁRIO ESTADUAL SOBRE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE, 2003, Vitória ES. V Seminário Estadual De Meio Ambiente. Vitoria ES, MAZDA, Y.; MAGI, M.; NANAO, H.; KOGO, M.; MIAGI, T.; KANAZAWA, N.; KOBASHI, D. Coastal erosion due to long-term human impacto in mangrove forests. Wetlands Ecology and Management, v. 10, p.1-9, MAZDA, Y.; WOLANSKI, E.; KING, B.; SASE, A.; OHTSUKA, D.; MAGI, M. Drag force due to vegetation in mangrove swamps. Mangroves and Salt Marshes. v.1, p , MOTTA, L. C. Estudo da hidrodinâmica e distribuição do oxigênio dissolvido da água do Canal da Passagem, Vitória-ES utilizando modelagem numérica. Monografia de Graduação em Oceanografia. Vitória, RIGO, D. Análise do escoamento em regiões estuarinas com manguezais medições e modelagem na Baía de Vitória, ES Tese (Doutorado) - Programa de Pós- Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Engenharia Oceânica, COPPE, Rio de Janeiro, RIGO, D.; SARMENTO, R. Determinação do Tombo da Maré no Canal da Passagem-Relatório Final. Laboratório de Hidráulica, UFES, Vitória, Brasil SANTIAGO, I., D. Simulação Numérica do Padrão de Escoamento no Canal de Acesso ao Porto de Vitória, ES. Monografia de Graduação em Oceanografia. Vitória,
9 STRUVE, J.; FALCONER, R. A.; WU, Y. Influence of model mangrove trees on the hydrodynamics in a flume. Estuarine. Coastal and Shelf Science, v.58, p , VIÉGAS, N. J. de F. Modelagem numérica das marés no litoral do Espírito Santo. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) - Programa de Pós- Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, has more influence on the southern channel, resulting in an increase in the magnitude of speed, reaching approximately 0.2 m/s. However for the northern region, which is under greater influence from the mangrove, a decrease in magnitudes of velocity was found, reaching 0.1 m/s. Enlargement of the constriction was also found to influence the location of the Barotropic Convergence zone. Keywords: Canal da Passagem, hydrodynamics, constriction, DIVAST WARNER, J. C.; SCHOELLHAMER, D.; SCHLADOW, G. Tidal truncation and barotropic convergence in a channel network tidally driven from opposing entrances. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 56, p , WU, F.; FALCONER, R. A.; STRUVE, J. Mathematical modeling of tidal currents in mangrove forests. Elsevier, Environmental Modelling & Software, v.16, p.19-29, Analysis Of The Influence Of The Enlargement Of A Constriction Of The Hydrodynamics In Teh Canal da Passagem, Victoria, ES, Using Numerical Modeling ABSTRACT Coastal ecosystems are the habitat of a large part of marine resources, and also support a lot of the world's population. They are also a refuge and nursery for many species, providing income and food for local populations. These environments have a fairly complex hydrodynamics, the result of interactions between physical processes and geomorphology. Often these places are modified by human activity and even though such changes can be justified, it is necessary to study the potential impacts resulting from these modifications. This study addresses the impact of changes occurring in the hydrodynamics of Canal da Passagem due to the enlargement of the constriction under the bridge, through numerical model (2DH) DIVAST, which was validated for the situation with the constriction. The model results reveal that the constriction is responsible for retaining water both in flood and ebb tide which propagates to the northern half of the channel. Consequently a region appears with low or no pressure gradients in the middle of the channel, and very low velocities were found at these places. It was found that enlarging the constriction 39
22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina I-158 MODELAGEM NUMÉRICA DO PADRÃO DE ESCOMANENTO E DE CURVAS DE PASSAGEM EM UNIDADES
21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
IV-037 AVALIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO DOMÉSTICO PARA A QUALIDADE DA ÁGUA DA BAÍA DO ESPÍRITO SANTO UTILIZANDO MONITORAMENTO E MODELAGEM DE COLIFORMES FECAIS Mônica de Souza Mendes Castro (*) Engenheira
IV-048 - MODELAGEM COMPUTACIONAL DA BAÍA DE VITÓRIA (ES) CONSIDERANDO A ÁREA DE MANGUEZAL
22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina IV-048 - MODELAGEM COMPUTACIONAL DA BAÍA DE VITÓRIA (ES) CONSIDERANDO A ÁREA DE MANGUEZAL
Lista de Figuras. Figura 1.1 Localização geográfica do estuário do rio Curimataú... 2
Lista de Figuras CAPÍTULO 1 Introdução Figura 1.1 Localização geográfica do estuário do rio Curimataú... 2 Figura 1.2 Sub-bacia 13 de drenagem do estuário do rio Curimataú no Rio Grande do Norte RN...
MODELAGEM COMPUTACIONAL DA PLUMA DE CONTAMINANTES DE UM EMISSÁRIO SUBMARINO COM DECAIMENTO BACTERIANO VARIÁVEL
MODELAGEM COMPUTACIONAL DA PLUMA DE CONTAMINANTES DE UM EMISSÁRIO SUBMARINO COM DECAIMENTO BACTERIANO VARIÁVEL Osvaldo Moura Rezende, Gustavo Spiegelberg e Paulo Cesar Colonna Rosman COPPE/ UFRJ, Brasil
Simulações numéricas da circulação marítima na região costeira do Estado de São Paulo
Simulações numéricas da circulação marítima na região costeira do Estado de São Paulo Joseph Harari, Ricardo de Camargo, Simone Seixas Picarelli e Hemerson Everaldo Tonin Resumo? O modelo numérico hidrodinâmico
SIMULAÇÃO DO DERRAME DE ÓLEO DE SOJA NO MAR
SIMULAÇÃO DO DERRAME DE ÓLEO DE SOJA NO MAR Dr. Georges Kaskantzis Neto MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM MEIO AMBIEN- TE URBANO E INDUSTRIAL MAIO - 2014 INTRODUÇÃO Neste texto se encontram descritos o modelo
ESTUDO DA HIDRODINÂMICA E DA DISTRIBUIÇÃO DE SALINIDADE NA BAÍA DE VITÓRIA ATRAVÉS DE MODELAGEM COMPUTACIONAL
0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA HENERY FERREIRA GARÇÃO ESTUDO DA HIDRODINÂMICA
Simulação Numérica do Padrão de Escoamento no Canal de Acesso ao Porto de Vitória, ES.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA DANIEL IZOTON SANTIAGO Simulação Numérica do Padrão de Escoamento no Canal de Acesso ao Porto de Vitória,
O Projeto Vida na Laje de Santos Subprojeto Oceanografia Física / Hidrodinâmica
O Projeto Vida na Laje de Santos Subprojeto Oceanografia Física / Hidrodinâmica Joseph Harari & Fernando Savoia Gonzalez & Alexandra Franciscatto Penteado Sampaio Resumo O Projeto Vida na Laje tem como
1246 Fortaleza, CE. Palavras-chave: Circulação de brisa, RAMS, modelagem atmosférica.
Uso de modelo computacional atmosférico para verificar as circulações de brisa na cidade de Fortaleza CE Vinícius Milanez Couto 1, João Bosco Verçosa Leal Junior 1, Francisco das Chagas Vasconcelos Júnior
Programa de Medições Hidrodinâmicas no Litoral Sul do Estado de São Paulo (Brasil)
Programa de Medições Hidrodinâmicas no Litoral Sul do Estado de São Paulo (Brasil) Simone Seixas Picarelli 1 & Joseph Harari 2 & José Juan Barrera-Alba 3 & Geyci A. O. Moser 4 & Sônia M. F. Gianesella
CARACTERIZAÇÃO DA CIRCULAÇÃO HIDRODINÂMICA BIDIMENSIONAL
CARACTERIZAÇÃO DA CIRCULAÇÃO HIDRODINÂMICA BIDIMENSIONAL DA BAÍA DE SEPETIBA Cynara L. da Nóbrega Cunha 1, Paulo C. C. Rosman 2 e Teófilo C. N. Monteiro 1. RESUMO Um estudo da caracterização da circulação
CALIBRAÇÃO DE MODELO DE CIRCULAÇÃO HIDRODINÂMICA NO ESTUÁRIO DO RIO MASSANGANA / SUAPE PE
CALIBRAÇÃO DE MODELO DE CIRCULAÇÃO HIDRODINÂMICA NO ESTUÁRIO DO RIO MASSANGANA / SUAPE PE Alex Maurício Araújo Josafat Marinho Falcão Neto Carolina Caheté Silva Universidade Federal de Pernambuco, Centro
CALIBRAÇÃO DA CIRCULAÇÃO HIDRODINÂMICA EM ESTUÁRIO BALIZADA PELA PROPAGAÇÃO DA MARÉ HIDRÁULICA
9º CONGRESO CHILENO DE INGENIERÍA MECÁNICA IV CONGRESO NACIONAL DE ENERGÍA CALIBRAÇÃO DA CIRCULAÇÃO HIDRODINÂMICA EM ESTUÁRIO BALIZADA PELA PROPAGAÇÃO DA MARÉ HIDRÁULICA Araújo, Alex Maurício - Falcão
Fernanda Batista Silva 1,4, Edilson Marton 2, Gustavo Bodstein 3, Karla Longo 1
ESTUDO DE ILHA DE CALOR NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO: ASPECTOS DAS CIRCULAÇÕES LOCAIS COM A UTILIZAÇÃO DO MODELO ATMOSFÉRICO BRAMS ACOPLADO AO ESQUEMA DE ÁREA URBANA Fernanda Batista Silva
Capítulo 4. Discussão dos resultados do modelo: Apresentação e discussão dos resultados do modelo
Capítulo 4. Discussão dos resultados do modelo: 74 4 Apresentação e discussão dos resultados do modelo 4.1 Estuário do rio Curimataú 4.1.1 Salinidade Na figura 4.1a,b,c,d apresentam-se resultados teóricos
Universidade Federal do Espírito Santo Centro Tecnológico Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Thiago Freitas do Nascimento
Universidade Federal do Espírito Santo Centro Tecnológico Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Thiago Freitas do Nascimento Análise da influência da descarga do Rio Santa Maria da Vitória
Meteorologia e Oceanografia
INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Meteorologia e Oceanografia Prof. Ricardo de Camargo Aula 1 - ACA 0430 - Meteorologia Sinótica e Aplicações à Oceanografia
PROPOSTA DE CALIBRAÇÃO DE MODELOS HIDRODINÂMICOS
PROPOSTA DE CALIBRAÇÃO DE MODELOS HIDRODINÂMICOS APLICADOS A UNIDADES DE CONTATO UTILIZANDO UMA FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE TEMPOS DE RESIDÊNCIA A PROPOSAL OF CALIBRATION OF HYDRODYNAMIC MODELS OF CONTACT
Modelagem numérica da circulação marítima na região costeira do Estado de São Paulo
Modelagem numérica da circulação marítima na região costeira do Estado de São Paulo Joseph Harari & Ricardo de Camargo & Carlos Augusto de Sampaio França & Afranio Rubens de Mesquita & Simone Seixas Picarelli
MODELOS DE APOIO À DECISÃO DE PROJETOS DE DISPOSIÇÃO OCEÂNICA DE ESGOTOS
MODELOS DE APOIO À DECISÃO DE PROJETOS DE DISPOSIÇÃO OCEÂNICA DE ESGOTOS Teófilo Carlos do Nascimento Monteiro (1) Professor Doutor do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de
MORFODINÂMICA DO ESTUÁRIO DO RIO JUQUERIQUERÊ CARAGUATATUBA, SÃO PAULO. Liziara de Mello Valerio Orientador: Prof. Dr.
MORFODINÂMICA DO ESTUÁRIO DO RIO JUQUERIQUERÊ CARAGUATATUBA, SÃO PAULO Liziara de Mello Valerio Orientador: Prof. Dr. Marcos Bernardes Ilha Bela (SP) 2014 APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS
VARIAÇÃO DIÁRIA DE CORRENTES, SALINIDADE E MATERIAL PARTICULADO EM SUSPENSÃO EM UM PONTO DO SISTEMA ESTUARINO DA BAÍA DE VITÓRIA ES
VARIAÇÃO DIÁRIA DE CORRENTES, SALINIDADE E MATERIAL PARTICULADO EM SUSPENSÃO EM UM PONTO DO SISTEMA ESTUARINO DA BAÍA DE VITÓRIA ES Marcel G. MOURA* 1, Paulo VERONEZ JR* 2, Alex C. BASTOS* 3, e Valéria
Desempenho Térmico de edificações Ventilação Natural
Desempenho Térmico de edificações Ventilação Natural PROFESSOR Roberto Lamberts ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS + Importância + Ocorrência dos ventos + Implantação e orientação + Mecanismos + Diferenças de
Hidráulica para Engenharia Civil e Ambiental
Hidráulica para Engenharia Civil e Ambiental Sumário Agradecimentos v Prefácio vii Uma Breve História da Hidráulica ix Notas Introdutórias xi Principais Símbolos xv Parte I Princípios e Aplicações Básicas
Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento
Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014 Conservação de Quantidade de Movimento 1. A componente de velocidade v y de um escoamento bi-dimensional,
Mecânica dos Fluidos Ambiental II
Estágio docência Mecânica dos Fluidos Ambiental II Aluna: Lediane Marcon Prof.: Dr.-Ing Tobias Bleninger Medições - elevação http://defesacivil.itajai.sc.gov.br/telemetria/tele metria.php#chuva_modal_4
USO DO MODELO WRF PARA A SIMULAÇÃO DA DIREÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO INCIDENTE NA REGIÃO DA GRANDE VITÓRIA (ES)
USO DO MODELO WRF PARA A SIMULAÇÃO DA DIREÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO INCIDENTE NA REGIÃO DA GRANDE VITÓRIA (ES) ANDERSON DA SILVA. SIMÕES 1, WESLEY SOUZA CAMPOS CORREA 2, EBERVAL MARCHIORO 3. 1 Graduando
4 Exemplos de verificação
Exemplos de Verificação 66 4 Exemplos de verificação Neste capitulo são apresentados exemplos para verificar o programa computacional desenvolvido para fluxo 3D em meios porosos saturados ou nãosaturados,
Capítulo I Introdução 24
1 Introdução Na última década, a poluição atmosférica tem sido assunto freqüente e de destaque na mídia em geral. Problemas de caráter global como o efeito estufa e a redução da camada de ozônio têm sido
Fundamentos da Mecânica dos Fluidos
Fundamentos da Mecânica dos Fluidos 1 - Introdução 1.1. Algumas Características dos Fluidos 1.2. Dimensões, Homogeneidade Dimensional e Unidades 1.2.1. Sistemas de Unidades 1.3. Análise do Comportamentos
DINÂMICA DO OCEANO NAS REGIÕES COSTEIRAS
DINÂMICA DO OCEANO NAS REGIÕES COSTEIRAS INFLUÊNCIA DO VENTO NA CIRCULAÇÃO COSTEIRA A Tensão do Vento é a força de atrito, por unidade de área, causada pela acção do vento na superfície do mar, paralelamente
Implementação do Modelo Numérico Hidrodinâmico POM na Baía de Guajará (Pará, Brasil)
Implementação do Modelo Numérico Hidrodinâmico POM na Baía de Guajará (Pará, Brasil) Carina Stefoni Böck, Luiz Paulo de Freitas Assad, Luiz Landau Programa de Engenharia Civil (PEC/COPPE), Laboratório
XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002
ESTUDO DE TEMPESTADES DO VERÃO 2001/2002 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: ASPECTOS OBSERVACIONAIS E NUMÉRICOS Igor Cerqueira Oliveira UFRJ - Dept. de Meteorologia - Laboratório de Prognósticos em Mesoescala
ANÁLISE NUMÉRICA DA INFLUÊNCIA DO RIO JOÃO GUALBERTO SOBRE A HIDRODINÂMICA RESIDUAL DA LAGOA DA CONCEIÇÃO FLORIANÓPOLIS. SC.
ANÁLISE NUMÉRICA DA INFLUÊNCIA DO RIO JOÃO GUALBERTO SOBRE A HIDRODINÂMICA RESIDUAL DA LAGOA DA CONCEIÇÃO FLORIANÓPOLIS. SC. Júlia Costa Silva* Davide Franco** Fábio Bertini Godoy*** Orientador Prof. Dr.
Hidrografia, correntometria e modelagem numérica em apoio a obras de engenharia costeira no canal de Piaçaguera (Santos SP)
Hidrografia, correntometria e modelagem numérica em apoio a obras de engenharia costeira no canal de Piaçaguera (Santos SP) Joseph Harari & Luiz Bruner de Miranda & Alessandro Luvizon Bérgamo & Marco Antonio
Estudo da circulação hidrodinâmica do estuário do Rio Potengi devida a ação do vento
Estudo da circulação hidrodinâmica do estuário do Rio Potengi devida a ação do vento Ada C. Scudelari 1, Lícia R.R. de Figueirêdo 1, Paulo C.C.Rosman 2 1 UFRN/PpgES, Natal, RN - ada@ct.ufrn.br; licinhafigueiredo@yahoo.com.br
ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS
ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS Nome: nº turma INTRODUÇÃO Um escoamento em canal aberto é caracterizado pela existência de uma superfície livre. Esta superfície é na realidade uma interface entre dois
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DA SEPARAÇÃO DO FLUIDO DE PERFURAÇÃO EM PENEIRAS VIBRATÓRIAS
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DA SEPARAÇÃO DO FLUIDO DE PERFURAÇÃO EM PENEIRAS VIBRATÓRIAS M. D. MARQUES 1 e V. V. MURATA 1 1 Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia Química e-mail para contato:
SUMÁRIO TELEMAC3D... 3 SISYPHE... 4 TOMAWAC... 5 ECOS... 6 TRANSPORTE DE CONTAMINANTES... 7 CONVERSÃO DE ENERGIA DE CORRENTES... 8 ANOTAÇÕES...
SUMÁRIO TELEMAC3D... 3 SISYPHE... 4 TOMAWAC... 5 ECOS... 6 TRANSPORTE DE CONTAMINANTES... 7 CONVERSÃO DE ENERGIA DE CORRENTES... 8 ANOTAÇÕES... 9 2 www.lansd.furg.br TELEMAC3D O LANSD desenvolve pesquisas
com Formulação Mista de Mínimos Quadrados
Aproximação para Equações de Pressão e Velocidade com Formulação Mista de Mínimos Quadrados Kennedy Morais Fernandes Campus Regional Instituto Politécnico - IPRJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Hydraulic Performance Analysis of a Hydrokinetic Power Turbine in Marine Environments with High Sediment Content
Hydraulic Performance Analysis of a Hydrokinetic Power Turbine in Marine Environments with High Sediment Content Code: 07.003 E. C. Machado, O. R. Saavedra and V. L. Paucar IEE - UFMA (BRAZIL) 13/11/2017
3 Resultados experimentais e implementação e validação do modelo
Capítulo 3. Resultados experimentais e implementação e validação do modelo: 43 3 Resultados experimentais e implementação e validação do modelo 3.1 Propriedades hidrográficas Perfis das propriedades hidrográficas
RECURSOS HÍDRICOS AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO DE ZONAS DE MISTURA DE EFLUENTES PARA A PORÇÃO SUPERIOR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA
RECURSOS HÍDRICOS AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO DE ZONAS DE MISTURA DE EFLUENTES PARA A PORÇÃO SUPERIOR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA Bárbara Moreto Fim barbaramoretofim@gmail.com Universidade
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 5/6 Exame de ª época, 9 de Julho de 6 Nome : Hora : 4: Número: Duração : horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : Consulta limitada a livros
Estudo analítico e numérico do espalhamento acústico
Universidade Federal de São João Del-Rei MG 26 a 28 de maio de 21 Associação Brasileira de Métodos Computacionais em Engenharia Estudo analítico e numérico do espalhamento acústico M.E. Maria 1 ; E.N.M.
5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros
5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros 154 5 Conclusões e recomendações para trabalhos futuros 5.1. Conclusões O presente trabalho combinou o estudo experimental com o numérico para uma geometria
SIMULAÇÃO DAS CIRCULAÇÕES LOCAIS NO RIO GRANDE DO SUL: FORMAÇÃO E INTERAÇÃO DAS BRISAS NO INTERIOR E REGIÃO COSTEIRA DO ESTADO
SIMULAÇÃO DAS CIRCULAÇÕES LOCAIS NO RIO GRANDE DO SUL: FORMAÇÃO E INTERAÇÃO DAS BRISAS NO INTERIOR E REGIÃO COSTEIRA DO ESTADO Maikel R.S.GAMBETÁ LEITE 1,2, Nisia KRUSCHE 1 1 FURG - Universidade Federal
Ao longo do estuário: equilíbrio entre gradiente de pressão e fricção. Fatores que podem modificar quadro geral:
Quadro geral em estuários: Ao longo do estuário: equilíbrio entre gradiente de pressão e fricção Fatores que podem modificar quadro geral: Marés Forçantes atmosféricas: vento e pressão Descarga de Rios
ENGENHARIA FÍSICA. Fenômenos de Transporte A (Mecânica dos Fluidos)
ENGENHARIA FÍSICA Fenômenos de Transporte A (Mecânica dos Fluidos) Prof. Dr. Sérgio R. Montoro sergio.montoro@usp.br srmontoro@dequi.eel.usp.br MECÂNICA DOS FLUIDOS ENGENHARIA FÍSICA AULA 7 ESCOAMENTO
CARACTERIZAÇÃO DE CORRENTES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE DISPOSIÇÃO OCEÂNICA DOS ESGOTOS SANITÁRIOS DE FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
Arquivos de Ciências do Mar CARACTERIZAÇÃO DE CORRENTES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE DISPOSIÇÃO OCEÂNICA DOS ESGOTOS SANITÁRIOS DE FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL Characterization of currents in the influence
5 Metodologia de Solução Numérica
5 Metodologia de Solução Numérica Neste capítulo será descrito a metodologia para a validação do modelo, através dos seguintes itens: Definição do Problema; Adimensionalização do Problema; ondições de
Modelos matemáticos e numéricos aplicados ao comportamento de rios e lagos.
83 ANEXO A : MODELOS MATEMÁTICOS E APLICAÇÃO DO MOHID AO SISTEMA EM ESTUDO Modelos matemáticos e numéricos aplicados ao comportamento de rios e lagos. O conhecimento das condições de contorno É fundamental
ESTUDO DA ENERGIA ESPECÍFICA EM CANAL EXPERIMENTAL
ESTUDO DA ENERGIA ESPECÍFICA EM CANAL EXPERIMENTAL Michelly Matos Pereira 1 Antonio Italcy de Oliveira Júnior 2 Paulo Fernando Matos de Santana 3 Rodrigo Alencar Ferreira 4 Paulo Roberto Lacerda Tavares
A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens
A atmosfera em movimento: força e vento Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens Pressão Lembre-se que A pressão é força por unidade de área Pressão do ar é determinada pelo peso do ar das camadas superiores
X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica
Blucher Chemical Engineering Proceedings Dezembro de 2014, Volume 1, Número 1 X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Influência da pesquisa em Engenharia Química no desenvolvimento
Hidráulica Marítima. Hidráulica Marítima (HM) ou Costeira ( Coastal Engineering ) :
Hidráulica Marítima 1. Introdução e Âmbito Hidráulica Marítima (HM) ou Costeira ( Coastal Engineering ) : Estudo dos processos, naturais ou derivados de acções antrópicas, que ocorrem na zona costeira
Um modelo hidrodinâmico 2dh usando o método de elemento móvel desacoplado
Um modelo hidrodinâmico 2dh usando o método de elemento móvel desacoplado Franklin Misael Pacheco Tena 1 & Paulo César Colonna Rosman 2 1 CTTMar UNIVALI, Itajaí, SC, franklin@cttmar.univali.br 2 PenO/AECO
ANÁLISE COMPARATIVA DO DESVIO DE 1ª FASE PARA CONSTRUÇÃO DE UMA USINA HIDRELÉRICA UTILIZANDO O MODELO RIVER 2D
ANÁLISE COMPARATIVA DO DESVIO DE 1ª FASE PARA CONSTRUÇÃO DE UMA USINA HIDRELÉRICA UTILIZANDO O MODELO RIVER 2D Eng. Bruno Pecini 1 *; Prof. Dr. Tiago Zenker Gireli 2 Resumo Neste artigo são apresentados
PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II
PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II OUT/2017 Nome: Turma: É obrigatória a entrega da folha de questões. BOA SORTE! 1. A atmosfera pode ser considerada como um sistema termodinâmico fechado. Assim, qual é a principal
Um modelo do Método dos Volumes Finitos com malha não estruturada
Trabalho apresentado no III CMAC - SE, Vitória-ES, 015. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Um modelo do Método dos Volumes Finitos com malha não estruturada
Comentários sobre a densidade de operação
Comentários sobre a densidade de operação A densidade de operação, ou densidade de referência, no software ANSYS CFD, tem grande importância na robustez e convergência de uma simulação de fluidodinâmica
NÍVEL MÉDIO DO MAR. Diagrama triangular
NÍVEL MÉDIO DO MAR Diagrama triangular Desenvolvimento das marés R M1 M2 De forma a manter-se o equilíbrio (momento da Terra) desenvolvem-se dois lobos em locais opostos da Terra F = g M1 M2 R 2 Desenvolvimento
Escoamento completamente desenvolvido
Escoamento completamente desenvolvido A figura mostra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular. Uma camada limite desenvolve-se ao longo das paredes do duto. A superfície do tubo
MEDIDAS DE VELOCIDADE DE CORRENTE E VAZÃO NA PLATAFORMA CONTINENTAL INTERNA PARANAENSE UTILIZANDO PERFILADOR DE CORRENTE ACÚSTICO DOPPLER ADCP.
MEDIDAS DE VELOCIDADE DE CORRENTE E VAZÃO NA PLATAFORMA CONTINENTAL INTERNA PARANAENSE UTILIZANDO PERFILADOR DE CORRENTE ACÚSTICO DOPPLER ADCP. Fernando Alvim Veiga 1 ; Rodolfo José Angulo 2 ; Eduardo
Contribuição ao estudo da dinâmica de marés e correntes na Baía de Florianópolis
Contribuição ao estudo da dinâmica de marés e correntes na Baía de Florianópolis Henrique Frasson de Souza Mário 1 ; Davide Franco 2 ; Sílvio Cesar Guimarães 2. 1 Doutorando em Engenharia Ambiental UFSC,
METEOROLOGIA TEORIA DAS MARÉS
CAPÍTULO 9 METEOROLOGIA Marés. Vinicius Oliveira TEORIA DAS MARÉS As marés são os movimentos regulares de subida e descida do nível do mar que se repetem normalmente duas vezes por dia (marés semidiurnas).
( ) ( ) 2. C = 0, ,1242 log Re+ 0,1558 log Re para
63 24 0,6305 CD= 1 + 0,1935 ( Re ), Re para 20 Re 260 (4.10) ( ) ( ) 2 C = 0,16435 1,1242 log Re+ 0,1558 log Re para D 10 10 3 260< Re 1,5 10. (4.11) Outros parâmetros igualmente importantes, obtidos de
de maior força, tanto na direção normal quanto na direção tangencial, está em uma posição no
66 (a) Velocidade resultante V (b) Ângulo de ataque α Figura 5.13 Velocidade resultante e ângulo de ataque em função de r/r para vários valores de tsr. A Fig. 5.14 mostra os diferenciais de força que atuam
Transferência de Calor 1
Transferência de Calor Guedes, Luiz Carlos Vieira. G94t Transferência de calor : um / Luiz Carlos Vieira Guedes. Varginha, 05. 80 slides; il. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World
Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre
Universidade Federal do ABC EN 2411 Aula 10 Convecção ivre Convecção ivre Convecção natural (ou livre): transferência de calor que ocorre devido às correntes de convecção que são induzidas por forças de
PROJETO DE BANCADA EXPERIMENTAL PARA ANALISAR O ESCOAMENTO BIFÁSICO LÍQUIDO-GÁS EM UMA TUBULAÇÃO HORIZONTAL
PROJETO DE BANCADA EXPERIMENTAL PARA ANALISAR O ESCOAMENTO BIFÁSICO LÍQUIDO-GÁS EM UMA TUBULAÇÃO HORIZONTAL ANDRADE, Carlos Alberto Coelho de (IC²-Engenharia Mecânica-Unibrasil) MUREN, Maurício (IC²-Engenharia
Rua Agostinho Barbalho, nº 77, ap 503, bl 2, Madureira, Rio de Janeiro RJ. cep
PROPAGAÇÃO DE ONDAS NA BACIA DE CAMPOS, FOZ DO RIO PARAÍBA DO SUL: SUBSÍDIOS PARA ESTUDOS DE INCIDÊNCIA DE ONDAS NAS MARGENS NORTE E SUL DO DELTA E EROSÃO COSTEIRA. Souza, R. D. 1 ; Bulhões, E. M. R. 2
9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais
Teoria ondulatória dos ciclones Proposta por Bjerknes Limites das massas de ar polar são irregulares, com movimentos ondulatórios, de avanço e retrocesso, sob influência das correntes de jato Os limites
Prof. Leandro Morais VAZÃO
Prof. Leandro Morais VAZÃO Vazão Definição de Vazão - É a quantidade de líquido, gás ou sólido que passa por um determinado local por unidade de tempo. - Quantidade medida em volume (m³) ou massa (kg)
Transferência de Calor
Transferência de Calor Convecção Natural - Parte 2 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal
Física I 2010/2011. Aula 19. Mecânica de Fluidos II
Física I 2010/2011 Aula 19 Mecânica de Fluidos II Fluidos Capítulo 14: Fluidos 14-7 Fluidos Ideais em Movimento 14-8 A Equação da Continuidade 14-9 O Princípio de Bernoulli 2 Tipos de Fluxo ou Caudal de
ESTUDO DA INFLUENCIA DA RUGOSIDADE NOS MODELOS DE ONDAS CINEMÁTICAS E DIFUSAS.
ESTUDO DA INFLUENCIA DA RUGOSIDADE NOS MODELOS DE ONDAS CINEMÁTICAS E DIFUSAS. Raquel Jucá de Moraes Sales Juliana Alencar Firmo de Araújo Karla de Carvalho Vasconcellos Orientador: Prof. Dr. Raimundo
5 Análise dos Resultados
Análise dos Resultados 75 5 Análise dos Resultados Neste capítulo, os resultados obtidos pelos métodos MPS e SPH serão analisados. Num primeiro momento, será realizada uma análise de acurácia entre os
Sobreelevação da superfície do mar devida à variação da pressão atmosférica: esta componente é também identificada como storm surge :
2.1.2. Pressão atmosférica Sobreelevação da superfície do mar devida à variação da pressão atmosférica: esta componente é também identificada como storm surge : η P ρ g P = Variação da pressão atmosférica
4 ESTUDOS PRELIMINARES
79 4 ESTUDOS PRELIMINARES A metodologia da dinâmica dos fluidos computacionais foi aplicada para alguns casos simples de forma a verificar a adequação do software ANSYS CFX na resolução dos problemas descritos
Atrito na Camada Limite atrito interno
Circulações Locais e Turbulência Atmosférica Atrito na Camada Limite atrito interno Atrito interno está relacionado a viscosidade molecular Viscosidade é o freiamento de um fluido devido ao movimento molecular.
Ciência e Natura ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil
Ciência e Natura ISSN: 0100-8307 cienciaenaturarevista@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria Brasil GAMBETÁ LEITE, Maikel R.S.; KRUSCHE, Nisia SIMULAÇÃO DAS CIRCULAÇÕES LOCAIS NO RIO GRANDE DO
LOQ Fenômenos de Transporte I
LOQ 4083 - Fenômenos de Transporte I FT I 07 Equações básicas na forma integral para o volume de controle Prof. Lucrécio Fábio dos Santos Departamento de Engenharia Química LOQ/EEL Atenção: Estas notas
FUNDAMENTOS DA ESTÁTICA E DA DINÂMICA DA ÁGUA EM SIMULAÇÕES DE UM APARATO HIDRÁULICO. Apresentação: Pôster
FUNDAMENTOS DA ESTÁTICA E DA DINÂMICA DA ÁGUA EM SIMULAÇÕES DE UM APARATO HIDRÁULICO Apresentação: Pôster Larissa de Sá Gomes Leal 1 ; Ana Karlla Penna Rocha 2 ; Andressa dos Santos Freire 3 ; Joyce Naiara
Análise de Longa Duração. Análise de Longa Duração. Função Distruição. Marés. Maré Astronômica. Marés 23/05/2016
Análise de Longa Duração Análise de Longa Duração Utilizar de registros de curta duração para construir uma função de probabilidade de ocorrência resumido na H s Objetivos Organizar os dados de altura
METODOLOGIAS PROGRESSIVAS PARA A ANÁLISE DA ITERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA EM BARRAGENS DE CONCRETO
METODOLOGIAS PROGRESSIVAS PARA A ANÁLISE DA ITERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA EM BARRAGENS DE CONCRETO Jean Baptiste Joseph¹; Paulo Marcelo Vieira Ribeiro² 1 Estudante do Curso de Engenharia Civil- CTG UFPE; E-mail:
Mecânica dos Fluidos I
Mecânica dos Fluidos I Revisão dos primeiros capítulos (Setembro Outubro de 2008) EXERCÍCIO 1 Um êmbolo de diâmetro D 1 move-se verticalmente num recipiente circular de diâmetro D 2 com água, como representado
4º Laboratório de EME 502 MEDIDAS DE VAZÃO
Universidade Federal de Uberlândia Instituto de Engenharia Mecânica 4º Laboratório de EME 502 MEDIDAS DE VAZÃO Profa. Ana Lúcia Fernandes de Lima e Silva http://www.iem.unifei.edu.br/labtc/ana.html Objetivos
RESUMO MECFLU P2. 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente.
RESUMO MECFLU P2 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente. Hipóteses Fluido invíscido (viscosidade nula) não ocorre perda de energia. Fluido incompressível
DETERMINAÇÃO DAS PAISAGENS DE FUNDO NAS BAÍAS DE ANTONINA E PARANAGUÁ
DETERMINAÇÃO DAS PAISAGENS DE FUNDO NAS BAÍAS DE ANTONINA E PARANAGUÁ Pâmela Emanuelly Cattani¹; Marcelo Renato Lamour¹ pamelacattani@ufpr.br ¹- Laboratório de Oceanografia Geológica, Centro de Estudos
ANEXO A -- CONCEITOS BÁSICOS DE MARÉ. A.1 Marés de sizígia e marés de quadratura
351 ANEXO A -- CONCEITOS BÁSICOS DE MARÉ As definições apresentadas a seguir foram obtidas no livro do Miguens (1996) chamado Navegação: A Ciência e a Arte. A.1 Marés de sizígia e marés de quadratura As
Definição. Escoamento permanente gradualmente variado. Aplicações 14/06/2012
14/6/1 Escoamento permanente gradualmente variado Definição Um escoamento é definido como gradualmente variado quando os seus parâmetros hidráulicos variam progressivamente ao longo da corrente. Quando
ENERGIAS RENOVÁVEIS MARINHAS 1º CICLO EM CIÊNCIAS DO MAR MARÉS
ENERGIAS RENOVÁVEIS MARINHAS 1º CICLO EM CIÊNCIAS DO MAR MARÉS DESENVOLVIMENTO DAS MARÉS R M1 M2 F = G M1 m R 2 Força sentida por uma partícula de massa m a uma distância r do centro de uma esfera com
Relatório de Pesquisa de Mestrado
Relatório de Pesquisa de Mestrado Ajuste topográfico do campo do vento na CLP da região da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz (EACF) Mariana FadigattiPicolo Orientadora: Profª. Dra. Jacyra
FISB24 Introdução à Oceanografia Física Descritiva. Mauro Cirano
FISB24 Introdução à Oceanografia Física Descritiva Mauro Cirano Conceitos Gerais Historicamente a oceanografia é dividida em 4 grandes áreas: a física, a biológica, a química e a geológica A oceanografia
Souza, T.A. 1 ; Oliveira, R.C. 2 ;
ALTERAÇÕES GEOMORFOLÓGICAS NO PONTAL DA TRINCHEIRA, Souza, T.A. 1 ; Oliveira, R.C. 2 ; 1 UNICAMP Email:tissisouza@yahoo.com.br; 2 UNICAMP Email:reginacoliveira@ige.unicamp.br; RESUMO: O Pontal da Trincheira,