Mercados. informação global. Cabo Verde Ficha de Mercado

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1 Mercados informação global Cabo Verde Ficha de Mercado Maio 2010

2 Índice 1. O País em Ficha Economia Situação Económica e Perspectivas Comércio Internacional Investimento Externo Turismo Relações Económicas com Portugal Comércio Serviços Investimento Turismo Relações Internacionais e Regionais Condições Legais de Acesso ao Mercado Regime Geral de Importação Regime de Investimento Estrangeiro Quadro Legal Informações Úteis Endereços Diversos Fontes de Informação Informação Online aicep Portugal Global Endereços de Internet 31 2

3 1. O País em Ficha Área: km 2 População: habitantes (estimativa World Gazetteer ) Densidade populacional: 128,1 hab./km 2 (estimativa 2010) Designação oficial: Chefe do Estado: Primeiro-Ministro: República de Cabo Verde Pedro Verona Rodrigues Pires José Maria Neves Data da actual Constituição: 25 de Setembro de 1992; revista em 1999 e em 2010 Principais Partidos Políticos: Governo: Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV). Principal partido da oposição: Movimento para a Democracia (MPD). Outros partidos da oposição: União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID); Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS); Partido Democrático Cristão (PDC); Partido da Renovação Democrática (PRD) e Partido Social-Democrata (PSD). As últimas eleições legislativas tiveram lugar em Janeiro de 2006 e as próximas estão previstas para Janeiro de As últimas eleições presidenciais realizaram-se em Fevereiro de 2006 e as próximas deverão ter lugar em Fevereiro de 2011 Capital: Praia ( habitantes estimativa 2010) Outras localidades importantes: Mindelo, Assomada, São Filipe, Espargos, Sta. Maria, Sal Rei, Ribeira Grande, Porto Novo, Ribeira Brava e São Domingos Religião: Língua: Cerca de 95% da população professa a religião Católica Romana. A língua oficial é o português, utilizando-se localmente o crioulo, que difere de ilha para ilha Unidade monetária: Escudo de Cabo Verde (CVE) 1 EUR = 110,265 CVE (taxa fixada pelo Acordo de Cooperação Cambial entre Portugal e Cabo Verde em 1998) Risco de crédito: 6 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC Abril 2010) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2008): Exp.+ Imp. / PIB = 55,1% Imp. / PIB = 48,4% Imp. / Imp. Mundial = 0,005% Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) World Trade Organization (WTO); Banco de Portugal 3

4 COSEC 4

5 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspectivas Cabo Verde é um país pobre em recursos naturais; as condições climáticas adversas e a natureza do solo constituem fortes limitações ao desenvolvimento de uma actividade agrícola que permita satisfazer as necessidades da população. Daí que, historicamente, tenha sido o caminho da emigração o destino de uma grande parte dos cabo-verdianos, que dessa forma procuravam outros meios de vida, designadamente nas épocas de seca mais prolongada. Estima-se que actualmente o número de emigrantes cabo-verdianos, sobretudo nos EUA, Portugal, Angola, França, Holanda e Senegal, ultrapasse a população do país 1. A situação geográfica de Cabo Verde e as extensas águas territoriais contribuíram, ao longo do tempo, para minorar um pouco as dificuldades da população, já que a actividade piscatória e a prestação de serviços internacionais nas áreas ligadas aos transportes marítimos e às comunicações inter-atlânticas, desde sempre constituíram fontes de rendimento complementar ou alternativo para os cabo-verdianos e, de certa forma, moldaram o perfil económico que o país está determinado a prosseguir ainda hoje. Embora mais de 20% da população ainda viva da agricultura, este sector apenas contribui actualmente com cerca de 5% para o produto interno bruto (PIB) de Cabo Verde, quando em 1994, em conjunto com as pescas, representava cerca de 13%. Apesar de apresentar um peso relativamente reduzido no PIB do país, a indústria transformadora vem assumindo uma importância crescente no que se refere às exportações, sobretudo a partir de 1992, na sequência da aprovação da nova legislação do investimento estrangeiro. A maior parte destes investimentos foram realizados por empresas portuguesas, destinando-se a produção aos mercados da UE, no quadro dos benefícios decorrentes dos acordos que isentavam de direitos os produtos industriais originários dos países ACP. Contudo, vem-se assistindo a uma reorientação da economia de Cabo Verde, voltada para o sector dos serviços, nomeadamente o turismo, sector que nos últimos anos tem constituído o verdadeiro motor da economia do país. Com uma taxa média anual de crescimento de 6%, no período de 2001 a 2008, a economia caboverdiana tem registado uma evolução bastante positiva, o que conduziu a que em Janeiro de 2008 Cabo Verde deixasse de pertencer ao grupo dos países de baixo rendimento (na classificação adoptada pelo Banco Mundial e outras organizações internacionais) e tenha adquirido o estatuto de país de rendimento médio. A reduzida exposição aos factores da crise financeira internacional salvaguardou a economia caboverdiana de efeitos significativos da mesma ao longo de 2008, tendo-se verificado um abrandamento em alguns dos fluxos económicos, tais como as receitas do turismo e o investimento directo estrangeiro. Em 1 Estima-se que a população emigrada ascenda a cerca de

6 2009, fruto da persistência de um ambiente desfavorável, condicionado pela envolvente externa, a taxa de crescimento do PIB ter-se-á situado em 1,8% (segundo estimativas do The Economist Intelligence Unit - EIU), o que traduz uma acentuada desaceleração relativamente ao ano anterior. Esta situação ficou a dever-se ao fraco desempenho da procura interna, nomeadamente do consumo e investimento privados, aliado a uma redução da procura externa, sobretudo das exportações de serviços. Apesar do abrandamento do ritmo de crescimento económico, o país cumpriu o programa assinado com o FMI ao abrigo do Policy Support Instrument (PSI). No âmbito deste instrumento, aprovado em Julho de 2006 e prolongado por um ano em Junho passado, o Conselho Executivo do FMI presta aconselhamento ao Governo cabo-verdiano sobre a evolução da economia. Na última avaliação (Dezembro de 2009), o FMI indicou que a economia cabo-verdiana resistiu bem à crise económica global, graças à gestão económica prudente, e mantém taxas de crescimento sólidas. Depois de um acentuado aumento da inflação em 2008 (6,8%), provocado pela subida dos preços internacionais dos bens alimentares e dos produtos petrolíferos, a boa campanha agrícola (decorrente da forte pluviosidade que se verificou) e a diminuição dos preços internacionais dos produtos mencionados, contribuíram para a inversão rápida deste indicador que se fixou em 3,5% em O défice corrente externo apresentou em 2008 uma melhoria face ao ano anterior, reflectida no seu peso no PIB (12%) enquanto a conta de capital e operações financeiras denotou uma diminuição do seu excedente, repercutindo o impacto da envolvente externa adversa. As estimativas para 2009 indicam uma degradação expressiva do défice corrente, que representou 16,9% do PIB, fruto da contracção das exportações de bens (sobretudo reexportações) e de serviços (incluindo turismo) e a continuação do agravamento da balança de rendimentos, ainda que em parte contrabalançada por um aumento das transferências correntes. O desemprego representa um dos mais graves problemas estruturais de Cabo Verde, continuando a manter-se em níveis muito elevados, apesar do crescimento económico do país, ao longo de um período bastante dilatado. No entanto, têm vindo a registar-se progressos notórios nos últimos anos, já que de 26% em 2001 a taxa de desemprego terá baixado para cerca de 21% actualmente. As ilhas de S. Antão e S. Vicente e o interior rural de Santiago são as zonas mais afectadas, enquanto as ilhas que têm vindo a beneficiar dos projectos de desenvolvimento turístico, como o Sal e Boavista, apresentam taxas muito inferiores. Para 2010, com a gradual recuperação da economia mundial, conjuntamente com os efeitos das medidas de estímulos orçamentais e fiscais implementadas pelo Governo, o previsível bom ano agrícola e num cenário de inflação relativamente baixa (4,5%), as previsões apontam para uma significativa recuperação económica, com o crescimento do PIB a situar-se em 4,5%. A melhoria da envolvente externa e um maior dinamismo do sector do turismo, deverá contribuir para um crescimento económico da ordem de 5% em

7 Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade 2006 a 2007 a 2008 a 2009 b 2010 c 2011 c População Milhares b PIB a preços de mercado 10 9 CVE 105,6 b 116,3 b 129,4 b 153,8 - - PIB a preços de mercado 10 6 USD 1.201,0 b 1.442,7 b 1.717,6 b 1.938,2 - - PIB per capita USD b b b Crescimento real do PIB Var. % 10,8 b 7,8 b 5,9 b 1,8 4,5 5,0 Consumo privado Var. % 4,8 7,9 1,2 0,5 - - Consumo público Var. % 18,9 1,9-0,5 8,1 - - Formação bruta de capital fixo Var. % 15,6 14,8 12,0-5,7 - - Taxa de inflação % 5,4 4,4 6,8 3,5 4,5 4,0 Saldo do sector público % do PIB -1,8-0,8-1,4 b -7,9-9,6-9,3 Balança corrente 10 6 USD -82,7-198,3-205,5-326,6-354,5-307,8 Balança corrente % do PIB -6,9 b -13,7 b -12,0 b -16,9-16,8-12,8 Remessas de emigrantes 10 6 CVE Dívida externa % do PIB 45,4 40,0 39, Reservas externas 10 6 USD 254,0 281,0 258,0 293,9 - - Taxa de câmbio - média 1USD=xCVE 87,9 80,6 75,3 79,4 79,5 77,9 Fontes: Notas: The Economist Intelligence Unit (EIU); Banco de Cabo Verde (a) Valores efectivos (b) Estimativas (c) Previsões Como quadro orientador da sua acção, as autoridades cabo-verdianas apresentaram em Maio de 2008 uma nova Estratégia de Crescimento e Redução da Pobreza (documento importante na articulação com as instituições financeiras internacionais e com os doadores), com o objectivo de traçar o quadro estratégico de desenvolvimento do país, para um horizonte de três anos, num contexto de complexidade e exigência acrescida decorrente da graduação a país de rendimento médio, da adesão à OMC e da parceria especial com a UE. A estratégia anunciada visa a criação de condições para a dinamização do sector privado e o combate à pobreza e exclusão social e assenta em vários pilares do desenvolvimento económico-social, como sejam a boa governação, a qualificação dos recursos humanos e o aumento da competitividade. No contexto africano, Cabo Verde insere-se no grupo dos países mais desenvolvidos, apresentando um PIB por habitante que corresponde sensivelmente ao dobro da média do continente. Este facto é extremamente significativo se considerarmos que Cabo Verde não conta com quaisquer recursos naturais relevantes, ao contrário da generalidade dos outros países africanos, que assentam a sua economia na exploração e exportação de matérias-primas energéticas e outros produtos minerais. 7

8 2.2 Comércio Internacional A análise da evolução do comércio externo de Cabo Verde revela sempre algumas dificuldades, já que os dados estatísticos divergem bastante, conforme as fontes consultadas. Para essa disparidade concorrem principalmente os diferentes critérios utilizados relativamente aos combustíveis transaccionados nos entrepostos de reabastecimento e às operações comerciais das empresas industriais estabelecidas no país, ao abrigo do regime das empresas francas. De qualquer modo, e independentemente das fontes nacionais ou internacionais utilizadas, Cabo Verde tem uma posição pouco relevante no comércio internacional e apresenta tradicionalmente uma balança comercial fortemente deficitária. Segundo dados do EIU, esta tem-se agravado de forma acentuada nos últimos anos, em virtude do aumento contínuo das importações ao longo dos anos, enquanto que as exportações têm registado uma evolução irregular. Evolução da Balança Comercial (10 6 USD) b Exportação fob 88,9 121,8 81,8 115,7 105,9 Importação fob 437,7 563,3 745,7 830,7 858,1 Saldo -348,8-441,5-663,9-715,0-752,2 Coeficiente de cobertura (%) 20,3 21,6 11,0 13,9 12,3 Posição no ranking mundial a Como exportador 179ª 180ª 180ª 179ª n.d. Como importador 166ª 165ª 161ª 163ª n.d. Fontes: Notas: The Economist Intelligence Unit (EIU); (a) WTO - World Trade Organization (b) Estimativa; n.d. Não disponível Estimativas relativas ao último ano indicam que as exportações atingiram 105,9 milhões de USD (-8,5% face a 2008) mas segundo as projecções do EIU é expectável que em 2010 se verifique um acréscimo da ordem dos 7,7%, em virtude sobretudo do previsível aumento do preço do petróleo (as reexportações de combustível constituem a parte mais significativa das exportações cabo-verdianas). Relativamente às importações, que ascenderam a 858,1 milhões de USD em 2009 (+3,3% face ao ano anterior), as projecções apontam para um aumento moderado em 2010 (2,8%), induzido pelos inputs relacionados com os investimentos nas infraestruturas. Para 2011, o EIU prevê uma ligeira contracção das importações, em linha com o abrandamento dos estímulos fiscais à actividade económica. 8

9 Principais Clientes Quota (% ) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição Espanha 20,9 2ª 37,1 2ª 61,8 1ª Portugal 58,3 1ª 40,6 1ª 33,5 2ª França 0,0 n.d. 0,0 n.d. 2,9 3ª EUA 1,4 6ª 0,4 6ª 1,2 4ª Países Baixos 0,2 7ª 0,5 4ª 0,5 5ª Fonte: Notas: Banco de Cabo Verde n.d. não disponível Não estão consideradas as reexportações Os dados estatísticos de Cabo Verde indicam que Portugal tem sido o principal parceiro comercial do país, tanto em termos de exportações como de importações. Contudo, na qualidade de fornecedor do mercado cabo-verdiano, a posição portuguesa revela uma maior estabilidade do que como cliente. Nesta última vertente, tem-se vindo a verificar uma redução da quota de Portugal, designadamente em favor da Espanha (através das Canárias), que ocupou no último ano a primeira posição no ranking dos clientes. Numa análise por zonas económicas, é de sublinhar que a Europa representou, em 2009, cerca de 97% das exportações cabo-verdianas (88,5% em 2008) e 78,8% das importações (80,6% no ano anterior). Principais Fornecedores Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição Portugal 45,0 1ª 50,3 1ª 48,3 1ª Países Baixos 16,2 2ª 17,0 2ª 16,7 2ª Espanha 4,4 5ª 7,3 3ª 9,8 3ª Brasil 6,2 4ª 5,7 4ª 4,5 4ª Itália 3,8 6ª 2,7 5ª 3,1 5ª França 9,5 3ª 2,0 6ª 1,9 6ª Fonte: Nota: Banco de Cabo Verde Não estão consideradas as reexportações O principal produto de exportação do país 2 tem sido o que resulta da sua actividade piscatória, a qual, embora apresente uma moderada contribuição para o PIB, continua a ter um impacto significativo em termos de emprego e nas vendas ao exterior, tendo representado mais de 65% do total das exportações em Nas posições seguintes surgem o vestuário e partes de calçado, que, no seu conjunto, representaram perto de 30% do total exportado no mesmo ano. 2 Não se consideram as reexportações. 9

10 As importações são muito menos concentradas e constituídas por uma panóplia de produtos destinados a satisfazer as necessidades, tanto ao nível dos produtos básicos como dos bens industriais, que a economia local não consegue suprir. As máquinas e aparelhos, o material de transporte, os combustíveis, os materiais de construção e os produtos alimentares são, assim, os grupos de produtos dominantes nas importações cabo-verdianas. Refira-se, contudo, que no domínio das importações se têm registado importantes alterações nos últimos anos, traduzidas sobretudo na diminuição progressiva do peso dos bens de consumo no total importado, enquanto os combustíveis e os bens de capital conheceram fortes aumentos na sua participação. Principais Produtos Transaccionados 2009 Exportações % Total Importações % Total Conservas de peixe 33,58 Gasóleo 6,42 Peixes frescos e refrigerados 32,17 Ferro, aço 4,40 Confecções 18,68 Arroz 4,34 Partes de calçado 11,10 Cimento 4,19 Aguardentes e licores 2,20 Plásticos e suas obras 3,41 Lagostas 1,24 Tractores e veículos p/ transporte de carga 2,71 Fonte: Nota: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde Refere-se apenas à exportação nacional, estando excluídas as reexportações 2.3 Investimento Externo Cabo Verde é ainda um país pouco relevante, em termos mundiais, no que se refere aos fluxos de investimento estrangeiro (IDE). Contudo, a evolução que se tem registado nos últimos anos e as perspectivas apresentadas apontam para uma importância cada vez maior do país, designadamente na sua qualidade de receptor de investimento. Investimento Directo (10 6 USD) Investimento estrangeiro em Cabo Verde Investimento de Cabo Verde no estrangeiro Posição no ranking mundial Como receptor 144ª 141ª 143ª 148ª 137ª Como emissor 137ª 135ª 137ª 140ª 131ª Fonte: UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) - World Investment Report 2009 De acordo com o World Investment Report publicado pela UNCTAD em 2009, constata-se que os fluxos de IDE registaram um forte aumento nos últimos anos, tendo passado de 13 milhões de USD em 2001 para 209 milhões em No final de 2008 o IDE acumulado atingia 974 milhões de USD, o que correspondia a mais de dez vezes o valor alcançado no final da década anterior. 10

11 A crise de liquidez nos mercados financeiros internacionais tem condicionado a recente evolução do investimento directo estrangeiro em Cabo Verde, estimando o EIU que se tenha verificado uma descida acentuada em O IDE tem-se concentrado fortemente no sector do turismo e hotelaria (96,8% em 2008), com particular destaque nas ilhas do Sal, Boavista e São Vicente. A indústria, que há alguns anos atrás conseguiu captar vários investimentos significativos, vem perdendo progressivamente a posição que detinha, representando actualmente cerca de 2% no total do IDE. Portugal, Itália, Irlanda, Espanha e Reino Unido destacam-se como principais mercados emissores de investimento directo estrangeiro. A política prosseguida pelo Governo cabo-verdiano vai no sentido do desenvolvimento e diversificação da actividade económica, estando identificados como principais sectores de aposta (em que é necessário investir significativamente) os serviços financeiros, os transportes e logística, a energia, a educação e a saúde. 2.4 Turismo O sector do turismo vem assumindo uma importância crescente nas actividades económicas de Cabo Verde e tem constituído, nos últimos anos, o verdadeiro motor do desenvolvimento do país, quer em termos da sua contribuição para as receitas correntes da balança de pagamentos e para a diminuição do desemprego, quer pelos capitais estrangeiros que atrai, como ainda pelo impulso que vem dando a diversos outros sectores de actividade (construção, comércio, serviços, transportes e comunicações, entre outros). O contributo do sector do turismo para o PIB não ultrapassava os 4% em 1998 mas em 2008 situava-se em 25%, tendo registado um crescimento médio anual de cerca de 17%. Segundo dados publicados pela Organização Mundial de Turismo (OMT), verifica-se um aumento contínuo do número de turistas visitaram o país ao longo dos últimos anos, tendo atingido em 2008 (último ano disponível), o que representou um aumento de 6,7% relativamente ao ano anterior. Indicadores do Turismo Turistas (10 3 ) Dormidas a (10 3 ) Receitas (10 6 USD) Fonte: Nota: Organização Mundial de Turismo (OMT) (a) Inclui apenas as dormidas na hotelaria global 11

12 Portugal continua a ser o principal emissor de turistas, tendo representado cerca de 20,3% do total em A seguir a Portugal surgem o Reino Unido (18,1%) 4, a Itália (17,2%), a Alemanha (11,5%) e a França (7,4%). A Europa representa cerca de 82% dos turistas que visitam Cabo Verde. Os destinos mais procurados são as ilhas do Sal, Santiago, São Vicente e Boavista. 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio Cabo Verde, apesar da pequena dimensão da sua economia, é um importante parceiro comercial de Portugal, designadamente enquanto destino das nossas exportações, já que no que se refere à origem das nossas importações a sua posição é bastante modesta. Ocupando posições cada vez mais relevantes na lista dos principais clientes do nosso país (15ª em 2009 e 21ª em 2005), é de realçar que, fora do espaço europeu, Cabo Verde se encontra em quarto lugar, depois de Angola, EUA e Brasil. A evolução registada nos últimos anos traduz um reforço significativo da sua posição e da sua quota enquanto destino das exportações portuguesas. No contexto do comércio externo cabo-verdiano, e de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Cabo Verde, verifica-se que Portugal mantém o primeiro lugar enquanto fornecedor, representando 48,3% das importações em Enquanto cliente, Portugal ocupava tradicionalmente o primeiro lugar, mas em 2009 foi ultrapassado pela Espanha, detendo actualmente a segunda posição, com uma quota de 33,5%. Evolução da Importância de Cabo Verde nos Fluxos Comerciais de Portugal Como cliente Como fornecedor Posição 21ª 19ª 18ª 18ª 15ª % Saídas 0,48 0,55 0,61 0,68 0,72 Posição 103ª 103ª 102ª 99ª 104ª % Entradas 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística As transacções comerciais entre os dois países são amplamente favoráveis a Portugal, com as nossas exportações a apresentarem, no período , um crescimento médio anual de 11,8%, enquanto que as importações registaram um aumento de apenas 0,2%. Ao contrário do que vinha acontecendo, no último ano as exportações portuguesas para Cabo Verde diminuíram 13,4% face a 2008 (que constituiu o registo mais elevado do período), tendo as importações sofrido uma decréscimo de 19,2%. 3 Segundo dados mais recentes do INE de Cabo Verde, relativos a 2009, Portugal representa já 25% do total de turistas. 4 Até 2006 o R. Unido apresentava valores marginais, mas a partir de 2007 tornou-se o segundo mercado emissor de turistas para 12

13 Evolução da Balança Comercial Bilateral (10 3 EUR) Var. % a 2009 Jan/Mar 2010 Jan/Mar Var. % b 09/10 Exportações , ,5 Importações , ,9 Saldo Coef. Cobertura 1978,2% 2663,5% 3134,9% 2873,0% 3079,2% ,4% 2762,6% -- Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Taxa de variação homóloga No primeiro trimestre do corrente ano verificou-se um aumento das exportações portuguesas para o mercado cabo-verdiano (+12,5% face ao período homólogo de 2009), registando-se uma tendência inversa ao nível das importações (-19,9%). Principais Exportações por Grupos de Produtos (10 3 EUR) 2005 % Tot % Tot % Tot Var % 08/09 Máquinas e aparelhos , , ,1-24,6 Produtos alimentares , , ,1-7,2 Minerais e minérios , , ,8-22,1 Metais comuns , , ,9-27,2 Produtos agrícolas , , ,4-2,9 Produtos químicos , , ,4 0,3 Veículos e outro mat. transporte , , ,2-1,5 Plásticos e borracha , , ,9-1,0 Pastas celulósicas e papel , , ,1-5,0 Madeira e cortiça , , ,1-3,8 Matérias têxteis , , ,8-2,7 Combustíveis minerais , , ,6 1,4 Instrumentos de óptica e precisão , , ,4 9,7 Vestuário , , ,1-12,8 Peles e couros , , ,7 30,1 Calçado 616 0, , ,3-34,0 Outros produtos , , ,8-17,3 Valores confidenciais 486 0, , ,4 50,2 Total , , ,0-13,4 Cabo Verde, remetendo a Itália para a 3ª posição. 13

14 Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística No que se refere à estrutura das exportações portuguesas para o mercado cabo-verdiano, o grupo das máquinas e aparelhos tem assumido uma posição dominante, com uma quota de 18,1% em Dados relativos a esse ano, indicam que perto de 70% das exportações nacionais para Cabo Verde foram alcançadas com o contributo de um conjunto de seis categorias de produtos máquinas e aparelhos, produtos alimentares, minerais e minérios, metais comuns, produtos agrícolas e produtos químicos. Todos estes grupos de produtos, se comparados com os valores registados em 2008, apresentam decréscimos, à excepção dos produtos químicos, cujo valor aumentou ligeiramente. Dados relativos a 2009 indicam que 34,7% das exportações para Cabo Verde de produtos industriais transformados incidiram em produtos classificados como de baixa tecnologia. Seguem-se os produtos de média-baixa intensidade tecnológica (28,8%), de média-alta tecnologia (26,9%) e de alta intensidade tecnológica (9,6%). De salientar que 95,1% das exportações dizem respeito a produtos industriais transformados. Principais Importações por Grupos de Produtos (10 3 EUR) 2005 % Tot % Tot % Tot Var % 08/09 Calçado , , ,9-7,3 Vestuário , , ,8 11,3 Produtos alimentares 213 2, , ,0 145,9 Produtos agrícolas , , ,9-67,5 Veículos e outro mat. transporte 110 1, , ,2 122,7 Máquinas e aparelhos 269 3, , ,8-84,7 Metais comuns 121 1, ,9 40 0,6-93,5 Instrumentos de óptica e precisão 26 0,3 45 0,5 37 0,5-17,1 Pastas celulósicas e papel 9 0,1 4 0,0 21 0,3 422,3 Produtos químicos 2 0, ,4 17 0,2-87,0 Matérias têxteis 81 1,1 1 0,0 6 0,1 791,3 Plásticos e borracha 13 0,2 6 0,1 4 0,1-34,3 Minerais e minérios 6 0,1 3 0,0 3 0,0-0,5 Madeira e cortiça 4 0,1 0 0,0 1 0,0 Combustíveis minerais 0 0,0 1 0,0 0 0,0-82,1 Peles e couros 68 0,9 1 0,0 0 0,0-88,6 Outros produtos 7 0,1 13 0,2 21 0,3 59,6 Valores confidenciais 184 2,4 51 0,6 15 0,2-71,6 Total , , ,0-19,2 Fonte: INE Instituto Nacional de Estatística 14

15 Relativamente às importações portuguesas de produtos cabo-verdianos, as primeiras posições têm sido regularmente ocupadas pelo calçado e pelo vestuário, produtos essencialmente fabricados pelas empresas portuguesas instaladas em Cabo Verde, ao abrigo do regime das Empresas Francas. Em 2009, estes dois grupos de produtos representaram cerca de 70% das importações totais. Se considerarmos ainda os produtos alimentares (16%), agrícolas (4,9%) e os veículos e outro material de transporte (4,2%), significa que apenas cinco grupos de produtos são responsáveis por mais de 79% das importações totais. Em termos de grau de intensidade tecnológica, a estrutura das importações de produtos industriais transformados (95% das importações) era, em 2008, dominada pelos produtos de média-alta tecnologia, com 91,5 do total, seguida dos produtos de média-alta tecnologia (6,8%). De acordo com os dados do INE, o número de empresas portuguesas que têm vindo a exportar produtos para Cabo Verde aumentou de em 2004, para em 2008 (último ano disponível). Pelo contrário, o número de empresas portuguesas que adquiriram produtos no mercado cabo-verdiano desceu de 122 em 2004, para 106 em Serviços Ao contrário do que sucede com a sua balança global de serviços, Cabo Verde, nas relações bilaterais com Portugal, regista um saldo fortemente desfavorável neste sector. Contudo, este desequilíbrio na balança de serviços é muito menos significativo do que aquele que se verifica no comércio de mercadorias, não só em termos de dimensão dos saldos, mas também no que se refere aos respectivos coeficientes de cobertura das importações pelas exportações. Na generalidade das principais componentes deste sector, o saldo é favorável ao nosso país. No entanto, na área do turismo, a situação é completamente oposta, com Cabo Verde a ocupar uma posição importante como mercado receptor e a assumir um lugar bastante secundário enquanto emissor de turistas para Portugal. Por outro lado, o número de entradas de cabo-verdianos que viajam para o nosso país tem vindo a diminuir, assim como o volume de despesas realizadas, as quais baixaram de 12,1 milhões de euros em 2005 para apenas 7 milhões em 2009, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Balança de Serviços de Portugal com Cabo Verde (10 3 EUR) Var. % a Exportações ,6 Importações ,3 Saldo Coef. de cobertura 157,9% 145,2% 129,4% 141,2% 161,8% -- % Export. Total b 0,45 0,46 0,43 0,48 0,46 -- % Import. Total b 0,42 0,48 0,55 0,54 0,45 -- Fonte: Banco de Portugal 15

16 Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período Investimento (b) Em percentagem do total das exportações / importações globais portuguesas de serviços As relações de investimento entre Portugal e Cabo Verde situam-se em níveis relativamente modestos, apesar do peso que o nosso país tem no total do investimento estrangeiro em Cabo Verde. De facto, Cabo Verde não representou mais de 0,1% dos investimentos das empresas portuguesas no exterior em 2009, o que correspondeu à 21ª posição enquanto país receptor de IDPE, a nível mundial. Se considerarmos a sua posição como investidor no nosso país, a posição que detém (32º lugar entre os países emissores de IDE, em 2009) é ainda menos relevante. Importância de Cabo Verde nos Fluxos de Investimento para Portugal Portugal como receptor (IDE) Portugal como emissor (IDPE) Jan/Fev Posição b 37ª 47ª 43ª 38ª 32ª 18ª % a 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,08 Posição b 20ª 15ª 23ª 22ª 21ª 21ª % a 0,15 0,57 0,14 0,25 0,11 0,16 Fonte: Notas: Banco de Portugal (a) Com base no investimento bruto (b) Posição do mercado enquanto origem do IDE bruto total e destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados O investimento português em Cabo Verde tem apresentado uma evolução bastante irregular ao longo do tempo, tendo-se mesmo assistido a importantes fluxos de desinvestimento nos últimos anos, o que conduziu, designadamente, a investimentos líquidos negativos em 2007, 2008 e A esta situação não serão naturalmente estranhas as operações de desinvestimento efectuadas pelo agrupamento EDP/ADP na empresa cabo-verdiana de electricidade e água ELECTRA, assim como operações noutras áreas, designadamente no sector financeiro. De qualquer modo, na sequência da instalação de unidades industriais e de uma participação activa no processo de privatizações, Portugal ocupa um lugar cimeiro entre os investidores estrangeiros em Cabo Verde. A presença portuguesa está calculada em cerca de 250 empresas, que abrangem praticamente todos os sectores da economia, mas com especial relevância nas áreas das comunicações, banca e seguros, turismo e hotelaria, energia, indústria transformadora, comércio, ensino, construção e serviços às empresas. Investimento Directo de Portugal em Cabo Verde (10 3 EUR) Var. % a 05/09 Investimento bruto ,1 Desinvestimento ,4 Investimento líquido

17 Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período Os investimentos cabo-verdianos em Portugal têm sido praticamente irrelevantes, embora nos últimos dois anos tenham registado um salto significativo, em comparação com os valores dos anos anteriores. Contudo, são também assinaláveis os desinvestimentos realizados, cujos valores se apresentam, aliás, superiores aos dos investimentos efectuados entre 2005 e Investimento Directo de Cabo Verde em Portugal (10 3 EUR) Var. % a 05/09 Investimento bruto ,1 Desinvestimento ,2 Investimento líquido Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período Turismo Relativamente ao turismo de Cabo Verde em Portugal e com base nas receitas geradas na hotelaria global o único indicador disponível verificou-se um decréscimo médio anual de 6,6% entre 2005 e 2009, que foi particularmente acentuado no último ano (52,6% face a 2008). Neste contexto, o mercado cabo-verdiano ocupou, em 2009, a 31ª posição no ranking das receitas provenientes dos países emissores de turistas para Portugal, com um montante de aproximadamente 7 milhões de euros. Turismo de Cabo Verde em Portugal Var. a Receitas b (10 3 EUR) ,6 % total c 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 -- Posição d 26ª 28ª 30ª 29ª 31ª -- Fontes: INE Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Inclui apenas a hotelaria global (c) Refere-se ao total de estrangeiros (d) Posição enquanto mercado emissor, num conjunto de 55 mercados Portugal é o principal emissor de turistas para Cabo Verde (20,3% do total em 2008, segundo a OMT), tendo o seu número oscilado entre (2005) e (2006) ao longo dos últimos anos. 4. Relações Internacionais e Regionais A República de Cabo Verde é membro, nomeadamente, do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como da maioria das suas 17

18 agências especializadas, de entre as quais se destaca o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Integra a Organização Mundial do Comércio (OMC) desde Julho de A nível regional, Cabo Verde é membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A CEDEAO, instituída em 1975 por quinze países da África Ocidental, tem como principal objectivo o estabelecimento de uma união aduaneira e de um mercado comum, no sentido de promover a livre circulação de mercadorias e de pessoas nos países-membros. Cabo Verde aderiu em 1977 a esta organização. A CPLP, criada a 17 de Julho de 1996, em Lisboa, integra, para além de Cabo Verde, os seguintes países: Angola; Brasil; Guiné-Bissau; Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Apresenta como objectivos gerais a concertação político-diplomática em matéria de relações internacionais, nomeadamente na defesa e promoção de interesses comuns ou questões específicas, a cooperação, particularmente nos domínios económico, social, cultural, jurídico e técnico-científico, e a materialização de projectos de promoção e difusão da língua portuguesa. De referir que as relações de Cabo Verde com a União Europeia se processam no âmbito do Acordo Cotonou, o qual entrou em vigor a 1 de Abril de 2003, e que vem substituir as Convenções de Lomé que durante décadas enquadraram as relações de cooperação entre os Estados-membros da UE e os países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP). Com um período de vigência de 20 anos, este Acordo estabelece um novo quadro jurídico regulador da cooperação entre as partes, cujo principal objectivo consiste na redução da pobreza e, a longo prazo, a sua erradicação, o desenvolvimento sustentável e a integração progressiva e faseada dos países ACP (atendendo às especificidades de cada um) na economia mundial. No âmbito da parceria UE/Países ACP as partes acordaram em concluir novos convénios comerciais compatíveis com as regras da OMC (Acordos de Parceria Económica - APE) eliminando progressivamente os obstáculos às trocas comerciais e reforçando a cooperação em domínios conexos como a normalização, a certificação e o controlo da qualidade, a política da concorrência, a política do consumidor, entre outros. Os novos regimes comerciais deviam ser introduzidos de forma gradual e pragmática, tendo sido estabelecido um período preparatório (temporário) que terminou em 31 de Dezembro de Dadas as dificuldades que acompanharam o processo de negociação entre as partes (apenas alguns Acordos transitórios foram assinados) houve necessidade de continuar o diálogo com vista a alcançar uma maior abertura no futuro. Actualmente, a UE e a CEDEAO estão em negociações para a celebração de um APE para implantação de uma Zona de Comércio Livre, tendo em conta as diferenças de desenvolvimento económico existentes entre os vários Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. 18

19 Os interessados podem consultar informação sobre o Acordo Cotonou no Portal Europa, em: 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação A liberalização do comércio externo em Cabo Verde tem vindo a ser executada de forma gradual e progressiva, quer através da simplificação dos procedimentos legais, quer da adopção de medidas de descontingentação das operações de importação. Em Fevereiro de 1999, foi abolido o regime de licenciamento prévio da importação de mercadorias, bem como o respectivo instrumento de suporte, o Boletim de Registo Prévio de Importação (BRPI). Naquele ano foram, igualmente, desafectadas da competência do Estado determinadas actividades de natureza comercial, nomeadamente a importação de alguns produtos alimentares. Com o objectivo de efectuar uma aproximação às normas da OMC em matéria de simplificação dos procedimentos e circuitos de registo e licenciamento das operações de comércio externo, foi publicado o Decreto n.º 68/2005, que revê o regime legal em vigor nesta matéria, revogando o Decreto-Lei n.º 51/2003. Com esta reforma, é definido um quadro liberal em matéria de comércio externo, ou seja, as operações de importação e exportação são livres para os importadores e exportadores devidamente credenciados nos termos da lei. No que respeita ao licenciamento das importações o sistema administrativo compreende 3 modalidades: Importações dispensadas de licenciamento; Importações sujeitas a licenciamento automático; Importações sujeitas a licenciamento não automático. Entre as mercadorias dispensadas de licenciamento encontram-se: aquelas sem valor comercial (definidas por lei); as operações de aperfeiçoamento activo e passivo, de importação temporária, reimportação no Estado, reexportação e de trânsito; e as importações sujeitas a regimes aduaneiros especiais. Como princípio geral, todas as mercadorias estão sujeitas ao licenciamento automático, salvo as que estão submetidas a controlos sanitários, fitossanitários e de segurança e as mercadorias objecto de restrições (obrigatoriamente definidas por lei). O licenciamento automático será efectivado mediante a apresentação da declaração aduaneira na Alfândega, cuja emissão é da competência do Ministério responsável pela área do comércio. Quando se 19

20 tratar de licenciamento não automático, os operadores económicos necessitam de obter autorização prévia junto das autoridades competentes. A Pauta Aduaneira de Cabo Verde baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, correspondente à Nomenclatura Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de que Cabo Verde é membro. Aprovada em 2002, esta pauta contempla direitos aduaneiros advalorem, variando as respectivas taxas (para o ano de 2010) entre 0% e 50% (ex.: cacau; águas e refrigerantes; cervejas; vinhos e bebidas espirituosas; tabaco; sabões; peles em pêlo em bruto, curtidas ou acabadas; tractores usados com mais de 10 anos; móveis de metal, madeira ou plástico; obras de marfim). A Pauta Aduaneira pode ser consultada no site das Alfândegas de Cabo Verde dmdate_published. Importa referir, a este propósito, que depois da adesão à OMC em 2008, após sete anos de negociações, o país concordou numa consolidação tarifária com taxas a variar de 0% a 55%, envolvendo algumas das condições a redução progressiva dos direitos aduaneiros até 2018, o que determinará uma taxa máxima média de 15%. Quanto aos produtos agrícolas, Cabo Verde concordou numa consolidação tarifária nos 19%. Ainda neste contexto, e para fazer face aos compromissos da OMC, está em curso o projecto Reforma Aduaneira que visa apoiar e facilitar a participação activa do país no sistema multilateral de comércio, aumentando o grau de aplicação do regime aduaneiro. Além dos direitos de importação, existe ainda um conjunto de direitos específicos que incidem sobre certos produtos. Taxa Comunitária decorre do Tratado da CEDEAO, com a finalidade de gerar recursos para financiar as actividades da Comunidade. A base tributária de aplicação desta taxa é constituída pelo valor das mercadorias importadas para consumo no espaço da CEDEAO, provenientes de países terceiros, havendo, no entanto, algumas situações de isenção. A taxa base deste imposto é de 0,5%. Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) introduzido em Janeiro de 2004, estabelece uma taxa geral no valor de 15% e uma de 6% para os serviços de hotelaria e restauração. Alguns bens (considerados essenciais no consumo) estão isentos (taxa 0%). Imposto de Consumos Especiais aplicável aos bens supérfluos, de luxo ou indesejáveis, por razões de política económica, social ou ambiental (ex.: bebidas espirituosas, os vinhos, os espumantes, a cerveja de malte e o tabaco). A taxa base é de 10%, havendo alguns produtos com taxas mais elevadas de 40%, 100% ou mesmo 150% (ex.: tractores usados com mais de 10 anos). Com a introdução do IVA foram abolidos o Imposto de Turismo e os Emolumentos Gerais Aduaneiros. Em 1998, foi autorizada a criação de Zonas Francas Comerciais ZFC que viabilizam a concessão de 20

21 uma série de isenções, ao nível aduaneiro e fiscal, na importação de um conjunto de mercadorias, como sejam: materiais de construção; máquinas, aparelhos, instrumentos, móveis e utensílios; material de carga e transporte de mercadorias para utilização exclusiva do concessionário ou do operador. Em 2001, foi criada a Zona Franca Comercial de S. Vicente. Em nome do incentivo à actividade económica, reconhecem-se isenções e reduções dos direitos aduaneiros e impostos sobre mercadorias importadas. A respectiva lista pode ser consultada na página na Internet das Alfândegas de Cabo Verde Regime de Investimento Estrangeiro Com vista a potenciar e a incentivar o desenvolvimento de Cabo Verde, o Governo tem vindo a implementar um programa de liberalização da economia, que visa, entre outros objectivos, a captação do investimento privado, não apenas nacional, mas também estrangeiro. A legislação cabo-verdiana é não-discriminatória, concedendo ao investidor estrangeiro o mesmo tratamento que ao nacional. Garante, ainda, tratamento justo e equitativo, segurança e protecção de bens e direitos, transferência de divisas de todos os montantes a que legalmente o investidor tenha direito, estabelecimento de contas em divisas para realização de operações e a aplicação de um regime de recrutamento de trabalhadores estrangeiros, incluindo os respectivos direitos e garantias. Como princípio geral, o acesso de estrangeiros ou nacionais à actividade económica não é objecto de restrições, estando consagrada a liberdade de estabelecimento em todos os sectores de actividade, não se encontrando, salvo disposição constitucional em contrário, nenhum sector vedado à iniciativa privada. No entanto, quando a exploração do domínio público não é efectuada directamente pelos respectivos titulares, a gestão por particulares só poderá ocorrer em regime de concessão ou outro que não envolva a transmissão da propriedade dos bens a explorar. Aos projectos de investimento submetidos a aprovação, exige-se que possam trazer vantagens concretas para o desenvolvimento do país, designadamente no que respeita à transferência de know how e ao aumento do valor acrescentado bruto, e que apresentem sempre um vector exportador. Em termos de formalidades a cumprir, o investidor deverá solicitar uma autorização prévia para concessão do Estatuto de Investidor Externo. O pedido poderá ser efectuado através da Cabo Verde Investimentos (CI) organismo a quem cabe a promoção activa de condições propícias à realização de investimento estrangeiro (assim como o nacional). A resposta será transmitida ao potencial investidor num prazo máximo de trinta dias, sendo que se tal não ocorrer naquele prazo, o pedido é considerado deferido. Na sequência do deferimento do pedido, é emitido o Certificado de Investidor Externo, o qual permitirá ao investidor ter acesso aos incentivos previstos na Lei do Investimento Externo (Lei n.º 90/IV/93, de 15 de Dezembro). De referir que o Certificado expira se o investimento não for realizado no prazo de seis meses. 21

22 As operações de investimento externo estão sujeitas ao registo no Banco de Cabo Verde e, antes do início da actividade, o empreendimento deverá estar devidamente inscrito no departamento estatal competente, sendo inspeccionado no prazo de trinta dias a contar da data do pedido de inspecção. Importa ainda fazer referência à Convenção de Estabelecimento. Trata-se de uma forma especial de investimento externo, sendo celebrada, por iniciativa do Governo, entre o Estado e o investidor estrangeiro, com vista ao exercício de uma determinada actividade económica no país. Tendo em conta o regime excepcional previsto numa Convenção de Estabelecimento, esta só pode ser celebrada relativamente a actividades que, pela sua dimensão, natureza, implicações económicas, sociais, ecológicas ou tecnológicas, ou por outras circunstâncias, sejam consideradas de interesse relevante no quadro da estratégia de desenvolvimento nacional, ou recomendem a adopção de cláusulas, garantias ou condições especiais não incluídas no regime geral vigente. Em termos de incentivos, a legislação prevê: Lei do Investimento Externo isenções e reduções fiscais, protecção de bens e direitos, dedução de impostos sobre lucros reinvestidos, transferência para o exterior de dividendos e lucros, abertura de contas em divisas e sua livre movimentação; Incentivos às Exportações e Reexportações de Bens e Serviços isenções e facilidades aduaneiras, isenções e reduções fiscais, livre exportação de produtos; Possibilidade de obtenção do Estatuto de Empresa Franca, o qual é atribuído apenas às empresas produtoras de bens e serviços que se destinem exclusivamente à exportação ou à venda a outras empresas francas em Cabo Verde. Também é possível obter instalações industriais de renda mínima ou opção de compra, financiamento de programas de formação de trabalhadores cabo-verdianos e financiamento de assistência técnica, além de incentivos específicos sectoriais, incluídos na legislação que regulamenta os respectivos sectores de actividade, nomeadamente a indústria e o turismo. Os bens produzidos em Cabo Verde dispõem também de condições de acesso preferencial aos mercados da União Europeia (Acordo de Cotonou), aos EUA (Sistema de Preferências Generalizadas e AGOA - African Growth Opportunity Act), à China e à CEDEAO. Por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram assinados entre Portugal e Cabo Verde o Acordo sobre Promoção e Protecção de Investimentos e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, ambos em vigor. Finalmente, importa referir a existência de duas linhas de crédito Concessional para o mercado de Cabo 22

23 Verde, cuja informação pode ser consultada no site da AICEP, Guia Prático Apoios Financeiros à Internacionalização : Linha de Crédito Concessional 200 milhões de Euros ments/linhas%20crédito/linhacreditoconcessionalcaboverde200milhoeseur.pdf Linha de Crédito Concessional 100 milhões de Euros ments/linhas%20crédito/linhacreditoconcessionalcaboverde100milhoeseur.pdf 5.3 Quadro Legal Regime de Importação Decreto-Lei n.º 24/2009, de 20 de Julho Aprova as normas de rotulagem dos géneros alimentícios destinados a serem fornecidos directamente ao consumidor final, bem como as que regulam determinados aspectos da sua apresentação e publicidade. Ordem de Serviço n.º 04/2009/ , de 13 de Fevereiro Estabelece a obrigatoriedade da declaração do NIF (Número de Identificação Fiscal) nas operações aduaneiras. Decreto n.º 68/2005, de 31 de Outubro Revê o Regime Jurídico do Comércio Externo. Lei n.º 14/VI/2002, de 19 de Setembro Aprova a Pauta Aduaneira Cabo-verdiana, baseada no Sistema Harmonizado. Regime de Investimento Estrangeiro Decreto-Regulamentar n.º 12/2009, de 20 de Julho Aprova os Estatutos da Cabo Verde Investimentos CI (Agência Cabo-verdiana da Promoção de Investimentos e Exportação). Decreto-Lei n.º 30/2009, de 17 de Agosto Estabelece o novo regime para a realização de vistorias a estabelecimentos comerciais. Decreto-Lei n.º 20/2009, de 22 de Junho Altera o Regime do Registo de Firmas estatuído pelo Decreto-Lei n.º 59/99, de 27 de Setembro. Decreto-Lei n.º 01/2009, de 5 de Janeiro Regulamenta a Lei das Aquisições Públicas. Lei n.º 33/VII/2008, de 8 de Dezembro Aprova o novo Código de Imposto do Selo (em vigor a ). 23

24 Decreto-Legislativo n.º 5/2007, de 16 de Outubro Aprova o Código Laboral. Lei n.º 17/VII/2007, de 10 de Setembro Aprova o Regime Jurídico das Aquisições Públicas. Lei n.º 55/VI/2005, de 10 de Janeiro Estabelece o Regime de Estatuto de Utilidade Turística. Lei n.º 46/VI/2004, de 12 de Julho Cria a Taxa Ecológica. Lei n.º 22/VI/2003, de 14 de Julho Aprova o Regulamento do Imposto sobre Consumos Especiais. Lei n.º 21/VI/2003, de 14 de Julho Aprova o Regulamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado. Decreto-Lei n.º 1/96, de 15 de Janeiro Regulamenta o Imposto Único sobre Rendimentos. Lei n.º 127/IV/95, de 26 de Junho Estabelece o Imposto Único sobre Rendimentos. Decreto Regulamentar n.º 1/94, de 3 de Janeiro Disciplina os processos de autorização para a realização de investimentos externos e para a organização do respectivo registo, previstos na Lei n.º 90/IV/93. Lei n.º 99/IV/93, de 31 de Dezembro Define o Estatuto de Empresa Franca. Lei n.º 90/IV/93, de 15 de Dezembro Estabelece as condições gerais da realização de investimentos externos em Cabo Verde, bem como os direitos, garantias e incentivos atribuídos neste contexto. Acordos Relevantes Resolução da Assembleia da República n.º 63/2000, de 12 de Julho Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, entre Portugal e Cabo Verde. Decreto n.º 32/91, de 26 de Abril Aprova o Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos, entre Portugal e Cabo Verde. 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada Passaporte: Exigido a todos os visitantes. Visto: É necessário. 24

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