BREVE ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS CONSONANTAIS DO PORTUGUÊS E DO INGLÊS Lincoln Almir Amarante Ribeiro 1 Gláucia Vieira Cândido 2

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1 BREVE ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS SISTEMAS CONSONANTAIS DO PORTUGUÊS E DO INGLÊS Lincoln Almir Amarante Ribeiro 1 Gláucia Vieira Cândido 2 0. Introdução Em Amarante Ribeiro & Cândido (2002), apresentamos uma descrição comparativa das vogais das línguas inglesa e portuguesa apontando divergências entre os sistemas fonéticos desses dois idiomas. O objetivo principal foi, a partir da comparação de sons dos dois idiomas, proporcionar ao professor de Inglês a possibilidade de apontar problemas freqüentes na pronúncia dos falantes do Português que desejam adquirir fluência em Inglês como segunda língua. Visando a dar seqüência ao referido trabalho, estenderemos, no presente artigo, a análise para o nível das consoantes. Isto é, nos mesmos moldes adotados anteriormente, faremos uma comparação entre os sons consonantais das referidas línguas, sem, contudo, tratarmos de fenômenos fonológicos suprassegmentais, tais como acentuação, ritmo, entonação, entre outros. O artigo está organizado em quatro partes: 1. Considerações preliminares sobre as diferenças entre a língua inglesa escrita e a falada; 2. Pressupostos teóricos da Fonética Articulatória, ou seja, aquela que leva em conta a produção do som no âmbito do aparelho fonador; 3. Inventários fonéticos consonantais do Português e do Inglês; 4. Análise comparativa dos sistemas fonéticos das duas línguas, enfatizando-se os problemas que a não observância de alguns detalhes fonéticos num e noutro idioma pode causar ao falante do Português que deseja adquirir uma pronúncia adequada do Inglês. 1 Doutor em Física, UFMG. Professor aposentado do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG. 2 Mestre e doutoranda em Lingüística, UNICAMP. Professora do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Goiás, UEG. 25

2 1. Considerações preliminares Fato muito comum entre os falantes do Português brasileiro é a dificuldade de pronunciar adequadamente palavras ao ler um texto escrito em Inglês quando este idioma está sendo aprendido como segunda língua. Certamente, a língua materna exerce forte influência nisso, já que é praticamente fonológica e possui muitas marcas diacríticas que facilitam a leitura (sinais gráficos: acento agudo, circunflexo, grave, cedilha, til, entre outros). Em outras palavras, em Português, a relativa facilidade que o leitor tem em pronunciar uma palavra escrita se deve ao fato de a maioria dos grafemas (letras) usados para compor essa palavra corresponder geralmente a um único fonema (som) da língua. Na língua inglesa, ao contrário, muitas vezes um único grafema ou grupo de grafemas pode corresponder a vários fonemas da língua. O grupo de letras ou grafemas <ough> que, de forma aparentemente aleatória, representa no mínimo cinco sons vocálicos é um desses casos. Nos exemplos, a seguir, as palavras escritas figuram ao lado da respectiva transcrição ou representação fonética, em que se destaca o símbolo ou os símbolos referentes ao som produzido na pronúncia dos falantes nativos do Inglês e que é representado, na escrita, pelo grupo de letras <ough>. Ao lado da transcrição fonética, vemos, ainda, um exemplo de outra palavra em que o som representado pelo grupo <ough> também ocorre na língua inglesa. (1) through [ ru:] como em [tru:] true (2) though [ u] como em [g u] go (3) cough [k f] como em [ f] off (4) thought [ :t] como em [n :t] not (5) tough [t f] como em [st f] stuff Conforme atesta Bryson (1990), casos como os, acima, citados ocorrem porque a pronúncia das palavras do Inglês evolui com taxas diferentes através dos tempos e os falantes têm muita resistência em modificar as escritas antigas. Como os sons da língua estão constantemente em mudança, naturalmente, isso torna a escrita cada vez mais distante da língua falada (Gimson & Cruttenden, 1994). 26

3 A língua inglesa é muito conservadora na escrita, mantendo aspectos do Old English (o Inglês falado entre AD) até os dias atuais. Entretanto, como todas as outras línguas naturais, evoluiu na modalidade falada com muita rapidez. Exemplos disso são as palavras com escritas diferentes (do ponto de vista de grafemas), mas com pronúncias idênticas e com significados distintos, como é o caso de [ra t], representação fonética de pelo menos cinco palavras com representações gráficas e significados distintos: write, rite, right e wrighthe. Outro exemplo interessante é o da palavra noite que, inicialmente no Old English, tinha a grafia niht, em que a letra <h> representava o som [X] referente àquele que em Português é indicado na escrita pelo dígrafo <rr>. No Middle English (o Inglês falado entre AD), o grafema <h> foi substituído pelo conjunto <gh>, embora a pronúncia tenha se mantido como [nixt]. Mais tarde, no nível fonético, houve a queda da consoante [X], ou seja, X > e a transformação de [i] em [ay], isto é, i > ay, processo este conhecido como Great Vowel Shift. O resultado de tantas mudanças é o que temos no chamado Inglês Moderno: a forma escrita night com a representação fonética [nayt]. Apesar das mudanças, algumas sociedades insistem em conservar algumas formas e pronúncias. Por isso é que até bem pouco tempo atrás, na variedade escocesa do Inglês, podíamos ouvir a antiga pronúncia [naixt] para a palavra night. Conservadorismo este, notável também em outras línguas da mesma família do Inglês. No Alemão, por exemplo, a consoante [X] permanece na palavra noite, ou seja, [naxt] para a grafia nacht. Dentre as conhecidas línguas do mundo, o Português é a que mais tem sofrido reformas ortográficas: uma em 1943, outra em 1971 e outra que está em gestação, isso sem contar o acordo ortográfico de 1986 e a ortografia unificada de O Francês, por outro lado, é sem dúvida uma das mais conservadoras, já que sua forma escrita atual é a mesma da normalização de Feitas essas considerações, passemos, então, à observação de alguns mecanismos da produção e percepção dos sons consonantais e à descrição de alguns aspectos físicos envolvidos nessa produção. 27

4 2. Pressupostos teóricos 2.1. A articulação das consoantes As consoantes são sons produzidos pelo aparelho fonador humano 3 em forma de correntes de ar que de uma maneira ou outra sofrem interrupção em seus percursos no trato vocal por alguma das estruturas do órgão fonador (lábios, dentes, língua, entre outros). A propósito, essas primeiras características são essenciais para que possamos distinguir as consoantes das vogais, já que estas últimas, na condição de correntes de ar, não sofrem interrupção em seus percursos. A obstrução da corrente de ar sofrida pelos sons consonantais no trato vocal pode ser total ou parcial. Para melhor entendermos isso, é preciso ter em mente três fatores básicos que são utilizados para a classificação das consoantes: o ponto em que tais sons são articulados no trato vocal, o modo como tal articulação ocorre e, ainda, a sonoridade ou vozeamento dos sons. O ponto de articulação, como o próprio nome indica, se refere ao lugar em que a obstrução (não esqueçamos: total ou parcial) da corrente de ar se dá no órgão fonador. Nesse aspecto, os chamados articuladores de sons, os quais se classificam em ativos e passivos, são essenciais. Os articuladores ativos são aqueles que se movimentam em direção ao articulador passivo causando modificação da configuração do trato vocal. Naturalmente, são chamados ativos por exercerem uma função que denota movimento em oposição ao articulador passivo que relativamente apenas espera o contato total ou parcial com o ativo. São articuladores ativos: o lábio inferior, a língua, o véu palatino e as cordas vocais. Já os articuladores passivos são: o lábio superior, os dentes superiores e o céu da boca (que inclui os alvéolos, o palato duro, o palato mole ou véu palatino e a úvula). Observando a relação entre articuladores ativos e passivos no processo de produção de um som consonantal, temos condições de definir os seguintes pontos de articulação: Bilabial: quando o articulador ativo (doravante AA) é o lábio inferior e o articulador passivo (doravante AP), o lábio superior. Exemplos: [p], [b] e [m], nas palavras pato, bato e mato, respectivamente. Lábio-dental: quando o AA é o lábio inferior e o AP, os dentes incisivos superiores. Exemplos: [f] e [v] nas palavras faca e vaca, respectivamente. 3 Recomendamos consulta bibliográfica sobre anatomia humana, principalmente dos aparelhos respiratório, digestivo e fonador, para uma melhor assimilação do conteúdo da Fonética Articulatória. Sobre o aparelho fonador, ver descrição em Silva (1999), Santos & Souza (2003), entre outros. 28

5 Dental: quando o AA é a ponta da língua (ápice) ou o dorso (lâmina) e o AP, os dentes incisivos superiores. Exemplos: [ ] e [ ] representados na escrita do Inglês pelo grupo de grafemas <th> em palavras como thief e that, respectivamente. Alveolar: quando o AA é o ápice ou a lâmina da língua e o AP, a arcada alveolar. Exemplos: [t], [d] e [n] nas palavras tudo, data e nuvem, respectivamente.palatoalveolar ou pós-alveolar: quando o AA é a parte anterior da língua e o AP, a parte medial do palato duro. Exemplo: [ ] representado na escrita da língua portuguesa pelo dígrafo <ch> ou pelo grafema <x> em palavras como chinelo e xícara, respectivamente. Retroflexo: quando o AP é o palato duro e o AA, a ponta da língua. Sua produção se dá com o levantamento e o encurvamento da ponta da língua em direção ao palato duro. Exemplo: [ ] representado na língua portuguesa escrita pela letra <r> em palavras como porta, perto, entre outras. A retroflexa é ouvida, porém, apenas em alguns dialetos, como o falado na cidade paulista de Piracicaba. Palatal: quando o AA é a parte anterior da língua e o AP, a parte final do palato duro. Exemplo: [ ] representado na grafia da língua portuguesa pelo dígrafo <lh> em palavras como orelha, mulher, filho, entre outras. Velar: quando o AA é a parte posterior da língua e o AP, o palato mole (ou véu palatino). Exemplos: [k] representado na modalidade escrita do Português pela letra <c> em palavras como casa e camelo ; [X] representado na escrita pelo dígrafo <rr> em palavras como carrapato e farrapo. Uvular: quando o AA é o corpo da língua e o AP, a úvula. Exemplo: [q] representado pelos grafemas <c> e <q>, no Português escrito, em palavras como culpa e quando, respectivamente. Faríngeo ou faringal: quando o AA é a raiz da língua e o AP, a parede da faringe. Este ponto de articulação não é encontrado no Português e no Inglês, porém, é muito comum nas línguas semíticas como, por exemplo, Árabe, Hebraico, entre outras. Glótico ou glotal: quando tanto o AA quanto o AP são os músculos que ligam a glote. Em Inglês, um exemplo é a fricativa [h] ouvida na pronúncia de palavras como home e hat. Para uma melhor assimilação, na Figura I, a seguir, são mostrados os pontos de articulação possíveis na produção de sons da fala humana: 29

6 Figura I: Pontos de articulação de sons consonantais. O modo de articulação de um som consonantal diz respeito à forma como a corrente de ar passa pelo trato vocal e, ao mesmo tempo, à maneira como se processa a referida obstrução dessa corrente de ar. Assim, com base no modo de articulação, as consoantes podem ser classificadas como: Oclusivas ou plosivas (do Inglês plosives): quando os articuladores envolvidos no processo de fonação produzem uma obstrução total à passagem da corrente de ar através da cavidade bucal, o véu palatino está levantado de modo que o ar proveniente dos pulmões encaminha-se para a cavidade oral. Por isso, podemos dizer que uma consoante oclusiva é oral. São consoantes oclusivas os sons: [p], [t], [k], [b], [d], [g], entre outros. 30

7 Nasais: são os sons cujos articuladores também obstruem completamente a passagem do ar, mas nesses casos, por oposição às oclusivas, o véu palatino está abaixado, de modo que o ar que sai dos pulmões se dirige à cavidade nasal (causando ressonância) ao invés da oral. São consoantes nasais: [m], [n], entre outras. Vibrantes: são consoantes em cujo processo de articulação o AA toca várias e repetidas vezes o AP de modo a causar vibração. Em Português, um exemplo desse tipo de som é a chamada vibrante alveolar, ou seja, [r]. Representado na escrita pelos grafemas (dígrafo) <rr> em palavras como carro e carroça ou por <r> em rápido e relógio, esse som só é ouvido em alguns dialetos, entre eles, os falados nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Tepe, flepe ou vibrante simples: são sons consonantais em que, ao contrário do caso anterior, o AA toca rapidamente e uma única vez o AP causando uma obstrução rápida da corrente de ar. Em Português, o tepe alveolar [ ] é representado pelo grafema <r> em palavras como caro, careta, coruja, entre outras. Fricativas: são as consoantes cujos articuladores se aproximam um do outro de modo a produzir uma fricção na passagem de ar pelo centro da cavidade bucal. São exemplos de consoantes fricativas os sons: [s], [z], [h], entre outros. Fricativas laterais: são sons fricativos cujo AA toca o AP e a corrente de ar é obstruída pela parte central do trato vocal e, em conseqüência disso, o ar é expulso por ambos os lados dessa obstrução, causando uma certa fricção. Em Português, a fricativa lateral alveolar [ ] ocorre normalmente em final de palavra, como em mel, tal, difícil. É pronúncia típica de falantes do Rio Grande do Sul. Aproximantes: são os sons em que os articuladores se aproximam um do outro de forma análoga ao que ocorre com as fricativas. A distinção entre fricativas e aproximantes é que estas são produzidas por um estreitamento menor da cavidade oral, de forma que a corrente de ar passa mais livremente, sem a turbulência provocada nas fricativas. A propósito, o fato de a passagem de ar ser estreita e livre faz com que algumas aproximantes (no caso, também chamadas de glides) se assemelhem às vogais [i] e [u] em encontros vocálicos do tipo ditongo em Português, por exemplo, em pai e mau, respectivamente. São aproximantes: a lábiovelar [w], presente na palavra what do Inglês e a palatal [j] representada pelo grafema <y> na palavra yes. 31

8 Aproximantes laterais: são sons em que o AA toca o AP e a corrente de ar é obstruída pela parte central do trato vocal e, como conseqüência, o ar é expulso por ambos os lados dessa obstrução sem, contudo, causar a fricção comum no caso das fricativas laterais. São aproximantes laterais: [l] e [ ]. Um último caso que devemos citar aqui é o das chamadas consoantes africadas. Diferentemente dos casos descritos anteriormente, as africadas são sons em cuja produção estão envolvidos não apenas um, mas dois modos de articulação. Assim, na fase inicial do processo de articulação desse tipo de som, os articuladores produzem uma obstrução completa da corrente de ar (ou seja, uma oclusão) e o véu palatino encontra-se levantado. Em uma segunda fase, que é a final da obstrução, ocorre uma fricção como nas fricativas. É como se tivéssemos uma consoante oclusiva, seguida de uma fricativa, mas, obviamente, com o mesmo lugar de articulação (isto é, são consoantes homorgânicas). Esses sons consonantais são também orais porque o véu palatino permanece levantado. São exemplos de africadas: [ts] e [t ]. A primeira não tem representante na língua portuguesa, já a segunda pode ser ouvida em várias regiões do Brasil. Embora representada na escrita pelo grafema <t>, a africada palato-alveolar [t ] é produzida antes da vogal [i] como em tia e de [ ], representado na escrita pela letra <e>, como em dente, fumante, entre outras. O último fator usado para classificação das consoantes - a sonoridade ou o vozeamento - diz respeito à vibração das cordas (ou pregas) vocais no momento da produção do som. Ao contrário das vogais, as consoantes podem ou não ser acompanhadas de vibração das cordas vocais, podendo, portanto, ser vozeadas (sonoras) ou desvozeadas (surdas), respectivamente. São sons vozeados: as oclusivas [b], [d] e [g]. Em contrapartida, as oclusivas [p], [t] e [k] são desvozeadas. 32

9 2.2. A transcrição fonética das consoantes Como mencionamos em Amarante Ribeiro & Cândido (2002), os sistemas de escrita das línguas costumam variar bastante. Contudo, a ortografia é somente um meio socialmente aceitável de codificar os sons significativos de uma língua, sendo a escrita uma convenção para uso comum entre seus falantes. Apesar disso, às vezes, tais convenções escritas nem sempre correspondem ao que o falante reconhece como sons em sua língua. Em Português, por exemplo, temos vários casos, especialmente, no campo das consoantes: o grafema <c>, na palavra cera, em vez de corresponder ao som [k], representa a consoante [s], ou seja, [se a]; o grafema <x>, em fixo, ao invés de um som fricativo álveo-palatalizado (também representado na escrita pelo dígrafo <ch>), representa a seqüência de consoantes <ks>, ou seja, [fi kso]; o grafema <s>, em casa, em vez do esperado [s] corresponde ao som [z], isto é, [ka za]. E se as dificuldades no âmbito da língua materna parecem grandes, como nos exemplo dados, a situação no idioma Inglês pode ser ainda mais grave. De fato, como já salientamos aqui, muitas vezes as diferenças entre o Inglês escrito e o falado contribuem para uma pronúncia inadequada por parte dos falantes do Português. Todavia, essas divergências podem ser neutralizadas em estudos lingüísticos descritivos, em especial, por meio do método de transcrição fonética, que consiste em uma convenção internacional para pronúncia dos sons das línguas naturais sejam elas de tradição escrita ou ainda ágrafas. A transcrição fonética é uma ferramenta para descrição e análise de sons para que os mesmos sejam entendidos por qualquer pessoa independente de seu conhecimento da língua descrita. Nesse sentido, boa parte dos lingüistas utiliza o Alfabeto Fonético Internacional (IPA), cujos símbolos procuram representar da maneira mais precisa possível cada som (re)conhecido das línguas do mundo. O quadro completo e atual de símbolos fonéticos consonantais para todas as línguas naturais do mundo, adaptado da proposta da Associação Internacional de Fonética (1996, apud Silva, 2001) 4 é dado, na seqüência. 4 Embora a maioria dos símbolos nos pareça familiar em virtude de sua semelhança com letras do alfabeto usado para a escrita de línguas como o Português e o Inglês, alguns dos referidos símbolos fonéticos (em geral, letras do alfabeto grego e outros símbolos criados especialmente para o IPA) como, por exemplo, [ ] e [ ] (representantes respectivos das consoantes fricativas interdental e palato-alveolar), geralmente são desconhecidos para o leitor principiante no assunto. A propósito, apesar da semelhança com símbolos gráficos, os símbolos fonéticos não podem ser confundidos com letras. Por isso, convencionalmente, os símbolos fonéticos aparecem entre colchetes. Em contrapartida, os símbolos gráficos (letras ou grafemas) podem ser descritos entre parênteses angulares ou sem nenhuma convenção específica. 33

10 Bilab ial Lábio - denta l Den tal Alve olar Palat o- alveo lar Retrofl exa Palat al Vel ar Uvu lar Faríng eo ou Faring al Glóti co ou Glota l Oclusiv a p b t d c k g q G Nasal n N m Vibrante b r R Tepe ou Flepe Fricativ f s z ç x h a v Fricativ a Lateral Aproxi j mante Aproxia l L mnte Lateral Africada ts dz t d Tabela I: Alfabeto Fonético Internacional (revisado em 1993 e atualizado em 1996). Importante salientar que o Alfabeto Fonético Internacional não é definitivo. Afinal, dada a multiplicidade de línguas faladas atualmente no mundo (cerca de 5.000) e o fato de que a maioria delas ainda não foi estudada, é possível que oportunamente as lacunas presentes na Tabela I, acima, possam vir a ser preenchidas com a descoberta de sons ainda não descritos por lingüistas. Desse modo, o IPA deve ser constantemente revisado para que nele apareçam todos os sons humanos possíveis. Embora os sistemas de escrita possam variar consideravelmente de língua para língua, a transcrição fiel de sons de determinada língua, representada por símbolos do IPA ou de qualquer outro alfabeto fonético, possibilitará a qualquer pessoa com entendimento sobre tais símbolos reconhecer e até reproduzir os sons dessa língua. 34

11 No caso de professores de línguas estrangeiras, mais do que o simples reconhecimento, o domínio das convenções da transcrição fonética é essencial, pois com isso poderão contribuir para uma assimilação mais fiel da pronúncia dos sons em línguas estrangeiras por parte de seus alunos. Ademais, o reconhecimento dos símbolos fonéticos também pode proporcionar uma maior facilidade de verificação das peculiaridades que distinguem os sons de uma língua para outra. Com isso em mente, passemos à descrição das diferenças físicas entre os sons consonantais da língua portuguesa e da inglesa. 3. Os sistemas consonantais das línguas portuguesa e inglesa 3.1. O inventário fonético consonantal do Português A língua portuguesa, a exemplo de todo idioma falado por milhares de falantes, apresenta uma grande variação em termos de fones (sons) consonantais. Na impossibilidade de reunir todas as variantes no presente estudo, nos limitaremos a citar, na Tabela II, abaixo, apenas um apanhado dos sons ouvidos nos mais diversos dialetos falados no Brasil. Oclusiva Nasal Vibrante Tepe ou Flepe Fricativa Fricativa Lateral Aproximan te Aproximan te Lateral Africada Bilab ial p b m Láb iodent al f v Den tal Alveol ar Palato - alveol ar Retrofl exa Palatal Velar Glot al t d k g n r s z ou y X w l t d Tabela II: Quadro fonético consonantal do Português. h 35

12 A seguir, apresentaremos exemplos para cada uma das consoantes do Português expostas na Tabela II. As consoantes estão negritadas na transcrição fonética (entre colchetes) e na glossa (entre aspas simples) das palavras em que cada som aparece. (6) [p]: [ pa ] 5 pá (7) [b]: [ b la] bola (8) [t]: [ ta pa] tapa (9) [d]: [ da ta] data (10) [k]: [ k ta] cota (11) [g]: [ ga ta] gata (12) [m]: [ ma pa] mapa (13) [n]: [ na ta] nata (14) [ ]: [ mã a] manha (15) [y ]: [ mã y a] manha (16) [ ]: [ ca a] cara (17) [r ]: [ r a ta] rata (18) [f]: [ fa ka] faca (19) [v]: [ va ka] vaca (20) [s]: [ sa la] sala (21) [ ]: [ a ] chá (22) [z]: [ze bu ] zebu (23) [ ]: [ a ka] jaca (24) [X]: [ X da] roda (25) [ ]: [ ca ga] carga (26) [h]: [ há ta] rata (27) [ ]: [ ca ga] carga (28) [ ]: [ p ta] porta (29) [ ]: [ p ta] porta 5 Na transcrição fonética, o símbolo [ ], semelhante ao apóstrofo usado na escrita do Português, indica que sílaba à qual antecede é a mais forte (tônica) da palavra; já o símbolo [ ] indica que a vogal antecedente é a mais longa da palavra. 36

13 (30) [w]: [ sa w] sal (31) [ ]: [ sa ] sal (32) [l]: [ lu ta] luta (33) [ ]: [ pa a] palha (34) [l ]: [ pa l a] palha (35) [t ]: [ t i a] tia (36) [d ]: [ d i a] dia Para uma melhor assimilação dos símbolos e de seus correspondentes sonoros (os fones), apresentaremos algumas observações, baseadas em Silva (1999), quanto à região dialetal brasileira predominante de ocorrência de cada um dos sons listados anteriormente. As consoantes [p], [b], [k], [g], [m], [f] e [v] são uniformes em todos os dialetos da língua portuguesa falada no Brasil. As consoantes [t], [d] e [n] também são uniformes em todos os dialetos do Português brasileiro, contudo, podem ocorrer tanto com articulação alveolar quanto dental, sendo este último comum em dialetos nordestinos e sulistas. As consoantes fricativas [s], [z], [ ], [ ] são uniformes em início de sílaba em todos os dialetos mencionados, sendo que as duas últimas ainda podem ocorrer com articulação alveolar ou dental. Os quatro sons marcam variação dialetal em final de sílaba. Por exemplo: na palavra paz, o fonema [z] pode ser substituído por [s], como no dialeto mineiro de Belo Horizonte; por [is], no dialeto goiano; por [ ], nos dialetos carioca e amazonense. As fricativas [X] e [ ] estão presentes na pronúncia típica carioca. Em suas produções ocorre fricção audível na região velar. A ocorrência de [ ], porém, se restringe ao final de sílaba seguida de consoante vozeada, conforme mostrado no exemplo (25). As também fricativas [h] e [ ] são ouvidas no dialeto típico de Belo Horizonte. Em suas produções, não ocorre fricção audível no trato vocal. A ocorrência de [ ] também está restrita à posição final de sílaba seguida de consoante vozeada, como vimos no exemplo (27). A consoante nasal palatal vozeada [ ] é ouvida na pronúncia de poucos falantes do Português do Brasil. Em termos gerais, na fala da maioria dos falantes, no lugar dessa consoante, ocorre uma aproximante (ou glide) palatal nasalizado que Silva (1999) transcreve como [y ], conforme mostrado no exemplo (15). 37

14 O tepe alveolar vozeado [ ] é uniforme em posição intervocálica; já a aproximante lateral alveolar vozeada [l], apenas em início de sílaba. Ambos os sons também são uniformes quando seguem consoante em todos os dialetos do Português brasileiro e podem correr com articulação alveolar ou dental. A fricativa lateral alveolar vozeada [ ], como sua contraparte aproximante, também pode ocorrer com articulação alveolar ou dental. Contudo, sua ocorrência está restrita ao final de sílaba em alguns dialetos (ou mesmo idioletos) do Português do Brasil, conforme salientamos na descrição do modo de articulação das consoantes. Outros sons com ocorrências restritas são: a vibrante alveolar vozeada [ r ], que ocorre em alguns dialetos ou idioletos no Brasil (pronúncia típica do Português europeu em rata ) e a aproximante retroflexa alveolar vozeada [ ], que é ouvida no dialeto comumente chamado de caipira, sempre em final de sílaba, como vimos no exemplo (28). A consoante aproximante lateral palatal vozeada [ ], segundo Silva (1999), ocorre na fala de poucos falantes do Português brasileiro. Geralmente, uma lateral alveolar ou dental palatalizada, transcrito como [ l ], substitui [ ] na fala da maior parte dos falantes. As consoantes africadas [t ] e [d ] são ouvidas na pronúncia típica do Sudeste e de outras regiões do Brasil (Norte, Nordeste e Centro-Oeste, embora com algumas restrições). Ambas, como já dissemos anteriormente, ocorrem antes das vogais [i] e [ ] O inventário fonético consonantal do Inglês Semelhante ao Português, o Inglês conta com uma grande diversidade de dialetos falados em todo o mundo, de modo que seria praticamente impossível apresentar o quadro fonético completo de todas as variantes dos sons do Inglês reconhecidas pela literatura. Assim sendo, nos limitaremos a apontar, na Tabela III, a seguir, apenas uma amostra de sons produtivos e comuns entre os falantes do Inglês Padrão dos Estados Unidos. Essa escolha, convém ressaltar, é completamente aleatória. Em outras palavras, não há motivos para não termos optado pela variedade britânica (bastante ensinada pelos professores nas escolas de Inglês no Brasil), dado que, do ponto de vista fonético, não existem diferenças significativas entre essas duas variedades da língua inglesa. 38

15 Bilab ial Lábi o- dent al Den tal Alveol ar Palat o- alveo lar Palat al Velar Glota l Oclusiva p b t d k g Oclusiva p t k Aspirada Nasal n m Vibrante r Fricativa f s z v Aproximant e w j Aproximant l e Lateral Africada t d Tabela III: Quadro fonético consonantal do Inglês. h Seguindo o que foi proposto para os sons da língua portuguesa, listaremos, na seqüência, exemplos para cada uma das consoantes do Inglês expostas na Tabela III. (37) [p]: [spa] spa (38) [b]: [b d] bad (39) [t]: [sb d] bad (40) [d]: [ste t] state (41) [k]: [ske t] skate (42) [g]: [glad] glad (43) [ ]: [bo l] bottle (44) [p ]: [p d] pad (45) [t ]: [t aim] time (46) [k ]: [k ik] kick (47) [m]: [m d] mad (48) [n]: [nayt] night (49) [ ]: [ i ] thing (50) [r]: [ r t] rat (51) [f]: [fayt] fight (52) [v]: [v is] voice 39

16 (53) [ ]: [ in] thin (54) [ ]: [ en] then (55) [s]: [s n] son (56) [z]: [zu ] zoo (57) [ ]: [ in] shin (58) [ ]: [telivi n] television (59) [h]: [houm] home (60) [w]: [w k] walk (61) [j]: [ju ] you (62) [l]: [layt] light (63) [t ]: [t t] chat (64) [d ]:[d ] jaw Os símbolos [p], [b], [t], [d], [k], [g], [m], [n], [r], [f], [v], [s], [z], [ ], [ ], [h], [w], [j], [l], [t ] e [d ] e os seus referentes sonoros na língua inglesa correspondem àqueles usados no Português. Em contrapartida, os símbolos [p ], [t ] e [k ] representam sons não comuns no idioma português. Tratam-se de consoantes oclusivas cuja articulação é prolongada por uma espécie de aspiração. Os chamados segmentos aspirados são representados por um símbolo comum ([p], [t], [k], entre outros) seguido do símbolo que indica a aspiração [ h ] sobrescrito. Na convenção da Associação Internacional de Fonética, esse símbolo sobrescrito é um dos diversos diacríticos usados para indicar diferenças mínimas (como a aspiração) entre os sons. A consoante oclusiva glotal [ ], apresentada no exemplo (43), substitui a também oclusiva alveolar [t], quando esta é representada na escrita pelos grafemas geminados <tt>, na pronúncia de alguns falantes norte-americanos. A consoante glotal [ ] não faz parte do inventário de sons da língua portuguesa, porém, pode ser ouvida em vários idiomas indígenas falados no Brasil. A título de ilustração, muitos lingüistas costumam comparar a consoante [ ] ao som que se ouve quando alguém está soluçando. Outro som usual em Inglês, embora não comum em Português, é a nasal velar [ ]. Aliás, há muitos estudiosos que sequer a mencionam como variante de sons nasais na língua portuguesa. Por outro lado, há quem diga que em palavras como finca [ fi: ka], conga [ ko: ga], entre outras, é possível ouvirmos a nasal velar [ ]. Sobretudo, é possível encontrar esses som em empréstimo do Tupi e de outras línguas africanas. 40

17 As fricativas dentais [ ] e [ ], como vimos na descrição dos pontos de articulação de consoantes, são sons produzidos com a ponta da língua entre os dentes. Em Português, esses sons não são comuns a não ser em casos idiossincráticos, popularmente chamados de língua presa, de falantes que produzem as oclusivas alveolares [t] e [d] praticamente entre os dentes, o que torna esses sons muito parecidos com as fricativas dentais [ ] e [ ] do Inglês. Embora, obviamente, possamos usar esse exemplo para explicar aos estudantes da língua inglesa a pronúncia de [ ] e [ ], devemos ter em mente que estas não são sons oclusivos produzidos entre os dentes, pois o modo de articulação é fricativo. Qualquer alteração na produção de sons, como veremos na próxima seção, pode tornar a pronúncia da língua estrangeira completamente inadequada. 4. Diferenças entre os sistemas consonantais das línguas portuguesa e inglesa De posse dos inventários fonéticos consonantais dos idiomas Português e Inglês, passaremos, então, à análise comparativa dos referidos inventários. Para tanto e por questões práticas, reuniremos, na Tabela IV, a seguir, os símbolos expostos nas Tabela II (referente à língua portuguesa) e III (relativa à língua inglesa). Para distinguir os inventários, os símbolos referentes aos sons do Inglês serão grafados entre parênteses e sempre à direita daqueles usados para indicar os sons do Português. Bilabial Lábiodental Dental Alveolar Pósalveol ar Retroflexa Palatal Velar Glotal Oclusiva p(p) b(b) t(t) d(d) k(k) g(g) Oclusiva Aspirada ( p ) ( t ) (k ) Nasal m(m) n(n) ou y ( ) Vibrante r (r) Tepe ou Flepe Fricativa f(f) v(v) ( ) ( ) s(s) z(z) ( ) ( ) X h(h) Fricativa Lateral ( ) Aproxima (w) (j) w nte Aproxima nte Lateral l(l) l Africada t (t ) d (d ) Tabela IV: Quadro fonético consonantal das Línguas Inglesa e Portuguesa. 41

18 Uma rápida observação da Tabela IV, acima, revela-nos que a maior parte dos sons que ocorrem no Inglês são ouvidos também no Português. Naturalmente, uma boa notícia para quem deseja ter uma pronúncia adequada no idioma estrangeiro, já que não haverá dificuldades com os sons consonantais falados em sua língua materna. Quanto às diferenças, iniciemos com as oclusivas. Como é possível notar, diferentemente da língua portuguesa, no Inglês, ocorre uma série de oclusivas aspiradas. Na realidade, o que ocorre é que, em início absoluto de palavra ou quando não são antecedidas da fricativa [s], as oclusivas desvozeadas [p], [t], [k] são pronunciadas com aspiração. Nesses termos, professores e estudantes de Inglês precisam prestar atenção a esse detalhe fonético, já que os símbolos que representam as oclusivas aspiradas são, respectivamente, [p ], [t ] e [k ]. Em termos fonéticos, diz-se que as aspiradas são alofones (variantes) da série de oclusivas desvozeadas, já que exclusivamente ocorrem em início absoluto de palavra ou não antecedidas de [s]. O cuidado com a aspiração das oclusivas desvozeadas nos ambientes citados pode evitar que o estudante brasileiro apresente um sotaque carregado e, ainda, a possibilidade de confusão com as formas vozeadas [b], [d] e [g]. Por exemplo, quando o estudante brasileiro pronuncia a palavra inglesa pig sem a aspirada [p ], ou seja, com a oclusiva [p], comumente o falante nativo de Inglês tende a entender a palavra como big, isto é, ao invés da aspirada, ouve-se a vozeada [b]. Como vimos no Português brasileiro, a africativização das oclusivas alveolares [t] e [d] (ou seja, [t, d] passam a [t, d ], respectivamente) é permitida quando as mesmas são seguidas das vogais orais [i], [ ] ou da nasalizada [i ]. Contudo, o processo não se dá quando [t] e [d] são seguidos por outros sons vocálicos. 6 Provavelmente, influenciada por essa característica de sua língua materna, boa parte dos estudantes tende a africativizar as oclusivas [t] e [d], no idioma inglês, independentemente do ambiente em que essas consoantes se encontram. Esse é o caso da palavra too, em que a consoante [t], não sendo seguida pelas vogais [i, e i ] e estando em posição inicial de palavra (lembremos que nessa posição ocorre a aspirada [t ]), inexplicavelmente é pronunciada como a africada [t ], ou seja: [t u]. 6 Eventualmente, casos idiossincráticos podem ser conferidos em alguns dialetos nordestinos. Por exemplo, o uso da africada desvozeada [t ] no lugar da oclusiva [t] em palavras como muito [ mu i t u], feito [ fejt o], entre outras. 42

19 Aliás, a africativização de [t] e [d] é tão recorrente entre os falantes do Português brasileiro que, até mesmo nos ambientes em que sequer as referidas vogais ocorrem, o processo é efetuado (Keys, 2002). Um exemplo disso é o empréstimo (já incorporado ao vocabulário da língua falada no Brasil) light que, ao invés da oclusiva [t], como na pronúncia [layt], adequada ao padrão inglês, é terminada pela africada [t ] seguida da vogal [ ], ou seja: [ layt ]. Além dos problemas mencionados, a confusão entre as oclusivas [t] e [d] do Inglês e as africadas [t ] e [d ] do Português pode acarretar problemas de tradução decorrentes da quebra de contraste, no idioma inglês, entre os pares de som [t], [t ] e [d], [d ]. Os exemplos seguintes dão-nos uma idéia disso: (65) [t p] tip versus [t p] chip (66) [d g] dig versus [d ig] jig A propósito, é interessante observarmos que é muito comum, em Inglês, palavras terminarem pelas consoantes oclusivas [p], [b], [t], [d], [k] e [g], as africadas [t ] e [d ], as fricativas [f], [v], [ ], [ ], [ ] e [ ] e, ainda, a nasal [ ]. Ao contrário disso, em Português, esses sons não ocorrem em posição final absoluta de palavra sem a companhia de uma vogal. Por isso, normalmente os falantes brasileiros tendem a inserir uma vogal (geralmente, a anterior [ ]) após as referidas consoantes finais na língua inglesa, como vimos no exemplo light e em outros casos, como os que se seguem: (67) [g p ] por [g p] gap (68) [cr b ] por [cr b] crab (69) [p t ] ou [p t ] por [p t] pat (70) [but ] ou [but ] por [but] but (71) [l k ] por [l k] lack (72) [d d ] ou [d d ] por [d d] dad (73) [b k ] por [b k] back (74) [b g ] por [b g] bag (75) [d f ] por [d f] deaf (76) [mu v ] por [mu v] move (77) [fei ] ou [feit ] por [fei ] faith 43

20 (78) [bu ] ou [bu d ] por [bu ] booth (79) [m ] por [m ] mash (80) [bei ] por [bei ] beige (81) [bi t ] por [bi t ] beach (82) [geid ] por [geid ] gauge (83) [si ] ou [si g ] por [si ] sing No nível das consoantes nasais, a Tabela IV demonstra que a palatal [ ], também representada pelo símbolo [y ], é o único som que não está presente nas duas línguas em análise, fazendo parte apenas do inventário de fones do Português brasileiro. Todavia, considerando os propósitos deste artigo, vale ressaltarmos uma diferença de pronúncia acerca das nasais [m] e [n] quando estas ocorrem em final absoluto de palavras. Nesta posição, em Português, [m] e [n] têm seus pontos de articulação (labial e alveolar, respectivamente) neutralizados, de modo que essas consoantes apenas funcionam como nasalizadores das vogais que as antecedem. Isso é observado, por exemplo, nas palavras também [tã be ], plantam [plã tã ], comum [ko mu ], pólen [ p :le ], entre outras. Em Inglês, diferentemente, [m] e [n] não perdem seus pontos de articulação e tampouco têm a tarefa de nasalizar as vogais precedentes. Contudo, sem se abstrair da língua materna, estudantes brasileiros costumam executar o processo de neutralização do ponto de articulação das duas nasais e de nasalização vocálica. O resultado é a quebra de contraste entre [m] e [n] na língua inglesa e, conseqüentemente, a quebra da distinção de significados verificada em pares de palavras tais como vemos, a seguir: (84) [ti: m] teem versus [ti: n] teen (85) [bi: m] beam versus [bi: n] bean (86) [ m] them versus [ n] then A ocorrência da consoante vibrante alveolar [r] é comum nos dois idiomas em comparação. Entretanto, um problema de neutralização de contraste entre esses dois sons é verificado quando o falante brasileiro troca a vibrante [r] inglesa, em início absoluto de palavra, pela fricativa glotal [h] do Português. Isso ocorre, por exemplo, com a palavra red, pronunciada como [h d] em detrimento da pronúncia adequada [r d]. No contexto comunicativo, o equívoco resulta na pronúncia de outra palavra cujo significado nada tem a ver com aquele pretendido pelo falante, ou seja, a palavra head. 44

21 Ainda sobre a vibrante em início de palavras, é interessante salientar que, embora dificilmente o falante possa disfarçar o sotaque estrangeiro na pronúncia de [r], nessa posição, é aceitável sua substituição pelo tepe alveolar [ ] que, como vimos na Tabela IV, não faz parte do inventário de sons da língua inglesa. Dentre as consoantes fricativas, conforme nos mostra a Tabela IV, apenas as velares [X], [ ] e a glotal vozeada [ ] não estão no quadro fonético do Inglês. Por outro lado, somente as dentais [ ] e [ ] inglesas não têm lugar no inventário fonético da língua portuguesa. Na prática, são estes dois últimos sons os que mais parecem oferecer dificuldade de pronúncia para os estudantes brasileiros. Como já dissemos no momento em que descrevemos os pontos de articulações das consoantes, a produção adequada de [ ] e [ ] é obtida interpondo-se a ponta da língua entre os dentes e emitindo-se os sons oclusivos [t] e [d], respectivamente. Não acostumados a tais articulações sonoras, muitos estudantes da língua inglesa costumam substituir os sons interdentais pelas africadas [ts] e [dz] respectivas. Com isso, acabam causando quebra de contraste entre os pares de sons [ ] e [ts], [ ] e [dz]. Conseqüentemente, ocorre a perda da distinção de significado entre pares de palavras, como as dadas, abaixo: (87) [p ] path versus [p ts] pats (88) [bri ] breathe versus [bri ds] breeds Outro detalhe que chama a atenção sobre as dentais é o uso freqüente que alguns estudantes do idioma inglês fazem da oclusiva alveolar (ou dental) desvozeada [t] e da fricativa alveolar vozeada [z] como substitutos de [ ] e [ ], respectivamente. Como outros casos citados aqui, esse também é inadequado por causar quebra de contraste entre alguns pares de palavras. Na seqüência, temos dois exemplos disso: (89) [ ] thing versus [s ] sing (90) [ em] then versus [zen] zen Ainda no âmbito das fricativas, as alveolares [s] e [z], em final absoluto de palavra, às vezes são muito importantes no estabelecimento de contrastes de significado. Dessa forma, é fundamental que a pronúncia desses sons esteja rigorosamente de acordo com a fonética do idioma inglês. Caso contrário, poderemos nos deparar com quebras de contraste como aquela verificada entre as palavras rice [rays] e rise [rayz]. 45

22 Outra questão relativa à fricativa desvozeada [s] diz respeito ao fato de esta ocorrer em início de palavras do Inglês sem acompanhamento de uma vogal. Em Português, na maioria das vezes, [s] antecede ou segue uma vogal. Em virtude disso, freqüentemente os falantes brasileiros que aprendem o Inglês incluem uma vogal antes de [s] em início absoluto de palavra. Um exemplo é a palavra smoke, cuja pronúncia adequada é [sm uk], mas que muitos falantes brasileiros produzem como [ismouk]. A inserção inadequada de uma vogal também é vista no meio de seqüências consonantais, como na palavra billiards que os falantes nativos do Inglês pronunciam como [bili dz], mas que muitos aprendizes desse idioma produzem como [bili diz]. Naturalmente, isso é uma conseqüência do fato do Português geralmente inibir sílabas que não sejam do tipo Consoante + Vogal. Dentre as consoantes laterais, conforme atestado pela Tabela IV, a fricativa [ ] e a aproximante lateral [ ] aparecem apenas no inventário português. A aproximante [l], por sua vez, figura tanto no idioma inglês como no português. Neste último, entretanto, [l] possui a característica de, em posição pós-vocálica final, regularmente ser pronunciada como a aproximante [w]. Induzidos por essa característica da língua materna, muitos falantes brasileiros tendem a trocar a aproximante lateral alveolar [l] que ocorre em posição idêntica no Inglês por [w] o que novamente acarreta a neutralização de contraste entre esses dois sons em pares de palavras, como os exemplificados, a seguir: (91) [fil] fill versus [fju ] few (92) [st l] stall versus [stow] stow No tocante às aproximantes, notemos com relação à consoante [w] que, embora esta ocorra em ambas as línguas aqui comparadas, não há coincidência entre os pontos de articulação nos dois idiomas. Em Inglês, os articuladores envolvidos na produção de [w] são os lábios; já, em Português, a língua e o véu palatino são os órgãos envolvidos na articulação do referido som. Embora não se tenha notícia de que haja grandes problemas na pronúncia desse som entre os aprendizes brasileiros da língua estrangeira, é importante que se tenha noção desse detalhe fonético visando a obter uma fluência maior sem resquícios de sotaque. 46

23 Quanto às africadas, estes sons são comuns no Inglês e na fala de algumas regiões brasileiras. Certamente, são falantes brasileiros dessas regiões que freqüentemente confundem a africada palato-alveolar desvozeada [t ] com a fricativa [ ] em Inglês. O exemplo seguinte ilustra esse tipo de equívoco: (93) [t p] chop por [ p] shop Uma outra fonte de confusão envolvendo as africadas [t ] e [d ] é a seguinte: os grafemas que representam essas consoantes no Inglês em alguns ambientes são, respectivamente, <ch> e <g>. Por exemplo, change [t eind ] e George [d :d ]. A tendência é que o falante de língua portuguesa, ao ler palavras escritas com os grafemas <ch> e <g>, os pronunciem de acordo com as convenções do Português em que <ch> representa a fricativa palato alveolar desvozeada [ ] e <g>, em alguns ambientes, representa a fricativa palato-alveolar vozeada [g]. Além dos exemplos citados aqui, muitos outros podem ilustrar a diversidade de detalhes fonéticos relevantes para a aquisição da pronúncia adequada da língua inglesa por parte de falantes da língua portuguesa. Para tanto, recomendamos a consulta a trabalhos como os de Bond (2001), Shütz (2002), Diniz (2003), Silva (2004), entre outros. Conclusão Dando seqüência a um trabalho anterior (Amarante Ribeiro & Cândido, 2002), procuramos, no presente artigo, mostrar algumas diferenças articulatórias (fonéticas) entre as consoantes nas línguas naturais. Em especial, nos dirigimos aos estudantes, falantes nativos do Português, do Inglês como segunda língua, visando a salientar detalhes fonéticos detectados nas duas línguas que podem fazer a diferença na aquisição de uma pronúncia adequada do idioma estrangeiro. Como pudemos observar, há diferenças mínimas entre sons de uma língua para outra que precisam ser observadas e realizadas pelos falantes aprendizes de línguas estrangeiras. Em especial, seria interessante um estudo minucioso para uma assimilação mais precisa das articulações consonantais do Inglês em contraste com as do Português. Assim, os estudantes da língua estrangeira terão uma tarefa menos árdua em termos de adequação de pronúncia. 47

24 Desse modo, cremos que se o professor de Inglês insistir na observação das divergências entre consoantes apontadas neste estudo, poderá sanar, pelo menos do ponto de vista da articulação fonética das consoantes, os problemas mais freqüentes que ocorrem na aquisição da pronúncia de falantes do Português que desejam adquirir fluência em Inglês. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARANTE RIBEIRO, L.A.; CÂNDIDO G. V. Um breve estudo comparativo entre os sistemas vocálicos do Português e do Inglês. Educação e Mudança, Anápolis/GO, n. 9/10, p , BOND, K. Pronuntiation Problems for Brazilian Students of English. Karen s Linguistics Issues, BRYSON, B. Mother Tongue: English & hhow it got that way. New York: Avon Books Inc, DINIZ, L. S. Surviving Graduate Scholl: A Speaking and Pronuntiation Course for Brazilians f. (Master dissertation). Georgia State University. GIMSON, A. C.; CRUTTENDEN, A. Gimson s pronunciation of English. London: Edward Arnold, KEYS, K. First language influence on the spoken English of Brazilian students os EFL. ELT Journal, n. 56 v. 1, SANTOS, R. S.; SOUZA, P. C. Fonética. In: FIORIN, J. L. (org.) Introdução à Lingüística.. II. Princípios de Análise. São Paulo: Contexto, p SCHÜTZ, R. As Consoantes do Inglês e do Português (English and portuguese consoant phonems compared), Disponível em: SILVA, T. C. Fonética e Fonologia do Português. São Paulo: Contexto, Pronúncia do Inglês: para falantes do Português brasileiro os sons. V. 1. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, pp

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