PORTUGUÊS - 3 o ANO MÓDULO 22 ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA: USOS DA PONTUAÇÃO
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1 PORTUGUÊS - 3 o ANO MÓDULO 22 ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA: USOS DA PONTUAÇÃO
2 Fixação 1) (UFRJ) A carregadora de pedras Desde que conquistou o direito à jornada dupla de trabalho, a chamada mulher moderna ainda parece estar longe de conseguir desfazer o mal-entendido que provocou ao brigar pela igualdade profissional com os homens. Não era bem isso: mas no afã de se libertar de outras opressões, ela acabou partindo para o mercado de trabalho como se ele fosse a solução de todos os problemas financeiros, conjugais, maternais e muitos outros ais. E pagou o preço da precipitação, claro. Agora não adianta chorar sobre o leite derramado até porque a maior parte das vezes continua sendo ela que vai limpar, ah, ah. Mas, falando sério, todas sabemos que há muito a fazer para promover alguns ajustes e atualizações nessa relação de direitos e deveres de homens e mulheres. Como falar sobre isso ajuda, vamos lá. Em primeiro lugar, a questão do tempo livre. Que não existe, de fato. Aquele ditado que enquanto se descansa carrega pedras foi feito para ela. Trabalhe fora ou dentro de casa, a mulher dificilmente se livra da carga das tarefas domésticas mesmo que não se envolva pessoalmente. Costuma ser dela a responsabilidade pela arregimentação de empregadas, faxineiras, babás, jardineiros, lavadeiras, passadeiras, prestadores de serviços em geral, sem falar no abastecimento da casa. Quando dá tudo certo, ainda vai. Só que se alguma coisa der errado, a cobrança da família será terrível. No vasto histórico da luta feminina, muitas mulheres conseguiram autorização de seus maridos para trabalhar fora com a condição de que, antes de tudo, garantissem que os afazeres domésticos seriam cumpridos sem alteração. Apesar de triste, o pacto legitimou, com um preço altíssimo, um sem número de vitórias pessoais. Aquelas raras que por acaso tenham se livrado da dupla jornada costumam permanecer, por sua vez, exercendo no doce organograma do lar as funções de mãe-supervisora nas folgas, feriados e fins de semana. Depois, com o desaparecimento gradual da parceria patroa/empregada doméstica, homens e mulheres terão, mais cedo do que se pensa, que lidar com a administração do caos doméstico. Sem privilégios. E a primeira providência para esse futuro cor-de-rosa começa com a educação progressista dos filhos, os novos maridos e esposas que, tal qual os personagens do desenho animado Os Jetsons, contarão com uma boa ajuda de um arsenal de maravilhas eletrônicas entre elas, uma empregada- -robô. Que não enguiça. Porque, se enguiçar, já sabem quem vai mandar consertar. Ou não? (BIONDO, Sônia. Jornal do Brasil, 12/10/96.) Patroa/empregada (3º parágrafo) e empregada- -robô (3º parágrafo) têm na grafia sinais (barra, hífen) de significados distintos. Quais são esses significados, considerando-se as ocorrências destacadas?
3 Fixação 2) Apesar de apresentar o texto em terceira pessoa, em um momento a jornalista se inclui especificamente entre as mulheres modernas que lhe servem de tema. Transcreva do primeiro parágrafo do texto o segmento que mostra essa inclusão.
4 Fixação 3) A ironia é definida como Modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário daquilo que se está pensando ou sentindo... ; transcreva do segundo parágrafo do texto a expressão que é considerada ironia segundo a definição dada.
5 Fixação 4) (UFRJ) Recorrendo à pontuação, una os fragmentos abaixo: o povo muda o destino do país que é solidário de modo que os resultados correspondam às propostas seguintes: a) proposta 1: Dentre os povos, aquele que é solidário muda o destino do país. b) proposta 2: O povo é solidário e muda o destino do país.
6 ixação ) (UNESP) (Maurício de Sousa, 1972.) Nesta tira de Maurício de Sousa, publicada em 1972, o autor toma como referência os veros iniciais da Canção do Exílio, de Antônio Gonçalves Dias ( ). Ao se apropriar de tais ersos, o cachorro Bidu provoca um processo de ruptura que desencadeia o elemento central e animação do episódio. Tomando por base esta informação, aponte: ) os vocábulos envolvidos nesse processo de ruptura; ) a razão por que as aspas foram colocadas apenas na frase do segundo quadro, embora ambém a do primeiro faça referência à Canção do Exílio.
7 Fixação No texto do anúncio, foi omitido um sinal de pontuação. Tal fato leva o leitor a uma compreensão diferente daquela desejada pelo anunciante. Considerando a teoria de orações adjetivas, explique o equívoco e reescreva o trecho que apresenta esse erro de modo que fique clara a mensagem do anúncio. 6) A figura abaixo é o anúncio (modificado) do novo canal de TV fechada, Universal Channel:
8 ixação ) (UNICAMP) Foi no tempo em que a Bandeirantes recém-inaugurara suas novas instalações no Morumbi. Não havia transporte público até o nosso local de trabalho, e a direção da casa organizou um serviço com viaturas próprias. (...) Paraná era um dos motoristas. (...) Numa das subidas para o Morumbi fechou sem nenhuma maldade um automóvel. O cidadão que o dirigia estava com os filhos, era diretor do São Paulo F.C., e largou o verbo em cima do pobre do Paraná. Que respondeu à altura. Logo depois que a perua chegou ao Morumbi, todo mundo de ponto batido, o automóvel para em frente da porta dos funcionários, e o seu condutor desce bufando: Onde está o motorista dessa perua? (e lá vinha chegando o Paraná). Você me ofendeu na frente dos meus filhos. Não tem o direito de agir dessa forma, me chamar do nome que me chamou. Vou falar ao João Saad, que é meu amigo! E o Paraná, já fuzilando, dedo em riste, tonitruou em seu sotaque mais que explícito: Le chamei e le chamo de novo... veado... veado... Não houve reação da parte ofendida. (ARAÚJO, Flávio. O rádio, o futebol e a vida. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2001.) Na sequência (...) e largou o verbo em cima do pobre do Paraná. Que respondeu à altura, e trocarmos o ponto final que aparece depois de Paraná por uma vírgula, ocorrem mudanças a leitura? Justifique.
9 Fixação 8) O trecho da resposta de Paraná Le chamei e le chamo de novo... chama a atenção do leitor para a sintaxe da língua. Explique.
10 ixação ) Substitua tonitruou por outra palavra ou expressão.
11 Proposto 1) (UERJ) Balada do rei das sereias O rei atirou Seu anel ao mar E disse às sereias: - Ide-o lá buscar, Que se o não trouxerdes, Virareis espuma Das ondas do mar! Foram as sereias, Não tardou, voltaram Com o perdido anel. Maldito o capricho De rei tão cruel! O rei atirou Grãos de arroz ao mar E disse às sereias: - Ide-os lá buscar, Que se os não trouxerdes, Virareis espuma Das ondas do mar! Foram as sereias Não tardou, voltaram, Não faltava um grão. Maldito o capricho Do mau coração! O rei atirou Sua filha ao mar E disse às sereias: - Ide-a lá buscar, Que se a não trouxerdes, Virareis espuma Das ondas do mar! Foram as sereias... Quem as viu voltar?... Não voltaram nunca! Viraram espuma Das ondas do mar. (BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. RJ: José Aguilar, 1974.) Entre os traços estilísticos presentes no poema, destaca-se o emprego da pontuação em desacordo com as prescrições propostas pela norma culta. A passagem do texto modificada para atender aos padrões de pontuação da norma culta está presente em: a) Seu anel ao mar, (v. 2) b) Que, se o não trouxerdes, (v. 5) c) Não tardou voltaram, (v. 9) d) - Ide-os, lá, buscar (v. 16)
12 Proposto 2) (UERJ) (22 o Anuário de Criação da Cidade de São Paulo. In INFANTE, Ulisses. Curso de gramática: aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2001.[modificado].) O emprego de ponto ao final da palavra crack, no anúncio, é um recurso utilizado para mostrar que: a) a legenda constitui enunciado completo, expressando ideia de princípio, meio e fim; b) a mensagem tem caráter moralizante, ressaltando o potencial destrutivo das drogas; c) a construção fere a norma padrão da língua, enfatizando o impacto da mensagem; d) a palavra adquire valor onomatopeico, reproduzindo o som da fratura presente na imagem.
13 Proposto 3) (FUVEST) A explosão dos computadores pessoais, as infovias, as grandes redes a lnternet e a World Wide Web atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas, reformularam a economia, reordenaram prioridades, redefiniram os locais de trabalho, desafiaram constituições, mudaram o conceito de realidade e obrigaram as pessoas a ficar sentadas, durante longos períodos de tempo, diante de telas de computadores, enquanto o CD-Rom trabalha. Não há dúvida de que vivemos a revolução da informação e, diz o professor do MIT, Nicholas Negroponte, revoluções não são sutis. (Disponível em jbonline.com.br) As aspas foram usadas em infovias pela mesma razão por que foram usadas em: a) Mesmo quando a punição foi confirmada, o Alemão, seu apelido no Grêmio, não esmoreceu. b) (...) fica fácil entender por que há cada vez mais pessoas preconizando a fujimorização do Brasil. c) O Paralamas, que normalmente sai carregado de prêmios, só venceu em edição. d) A renda média per capita da América latina baixou para 25% em e) A torcida gritava olé a cada toque de seus jogadores.
14 Proposto A norma padrão da língua portuguesa está respeitada, na interpretação do gráfico, em: a) Durante o ano de 2008, foi em geral decrescente a taxa de desocupação no Brasil. b) Nos primeiros meses de 2009, houveram acréscimos na taxa de desocupação. c) Em 12/2008, por ocasião das festas, a taxa de desempregados foram reduzidos. d) A taxa de pessoas desempregadas em 04/08 e 02/09, é estatisticamente igual: 8,5. e) Em março de 2009 as taxas tenderam à piorar: 9 entre 100 pessoas desempregadas. 4) (ENEM) A figura a seguir trata da taxa de desocupação no Brasil, ou seja, a proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa de uma determinada região em um recorte de tempo.
15 Proposto O poder da vírgula Numa prova de português do ensino fundamental, ante a pergunta sobre qual era a função do apóstrofo, um aluno respondeu: Apóstrofos são os amigos de Jesus, que se juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotografou. A frase, além de alertar sobre os avanços que precisamos na excelência da educação, é didática quanto aos cuidados no uso da língua portuguesa, preciosidade que herdamos dos lusos, do galego e do latim. O erro gritante que o aluno cometeu ao confundir dois termos com sonoridade parecida foi agravado com a colocação da vírgula depois de amigos de Jesus. (SILVA, Josué Gomes da. Folha de S.Paulo, 02/09/2012) 5) (INSPER) A respeito da falha de pontuação cometida pelo aluno, é correto afirmar que o emprego da vírgula: a) revela o caráter restritivo da expressão antecedente, indicando uma pausa desnecessária; b) permite subentender que os apóstolos mencionados não eram os verdadeiros amigos de Jesus; c) produz uma informação incoerente, pois indica que os apóstolos eram os únicos amigos de Jesus; d) expressa desrespeito à figura religiosa, pois o aposto está associado a necessidades mundanas; e) provoca uma ambiguidade, pois o pronome relativo pode se referir a amigos ou Jesus.
16 Proposto 6) (PUC) Assinale a opção em que a vírgula NÃO poderia ser omitida, de acordo com as regras da norma culta da língua. a) Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente... (par.1) b) E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta. (par.2) c)... pelo que testemunharam as diversas pessoas sensatas, quando indaguei a informação. (par.1) d) Seria que, ele... (par.2) e) Pai, o senhor me leva junto...? (par.3) A terceira margem do rio 1 Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas pessoas sensatas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente - minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa. 2 Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arquejada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta. 3 Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez nenhuma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: -Cê vai, ocê fique, você nunca volte! 8Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: - Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa? Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo - a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa. (GUIMARÃES ROSA, J. Ficção Completa. RJ: Ed. Nova Aguilar, 1994, p.409.)
17 Proposto A cerveja A versão nacional de sexo, drogas e rock and roll é samba, suor e cerveja. A famosa loura gelada se configurou como a bebida número 1 quando as indústrias perceberam que era necessário associar um conceito que estimulasse as vendas. Como as marcas que patrocinam esportes, as campanhas publicitárias de cerveja agregaram ao ato de beber a ideia de lazer em grupo. Ao contrário da pinga, ela é uma bebida para ser compartilhada e, com isso, se traduziu como um instrumento de alegria coletiva, uma espécie de combustível que faz aflorar a característica da festividade do caráter nacional. Cerveja é amizade, confraternização e descontração, enfim, valores muito próximos de nós brasileiros, define Marcos Mesquita, superintendente do Sindicerv, Sindicato das Indústrias Cervejeiras. Da década de 80 para a de 90, os fabricantes enterraram de vez o caráter artesanal da cerveja. Pequenas produtoras foram compradas e as marcas tradicionais investiram em sistemas de produção mais eficientes, o que ajudou a baratear o custo do produto e aumentar o volume de vendas. Colocá-la como patrocinadora das festas de carnaval foi a estratégia definitiva para alçá-la de vez a paixão nacional. A cerveja é hoje o produto nacional que mais contribui para as receitas públicas, cerca de R$ 5,5 bilhões por ano, superando os carros e o cigarro. (Veja, Edição Especial) 7) (UEL) As aspas usadas no texto têm a função de: a) enfatizar ideias importantes; b) isolar informações intercaladas; c) insinuar que as palavras estão sendo usadas em outro sentido; d) delimitar expressões de origem estrangeira; e) marcar discurso direto.
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