UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS UFRJ-MACAÉ PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS UFRJ-MACAÉ PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA DINÂMICA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: PENAEOIDEA) NO LITORAL DE MACAÉ RJ EVELYN RAPOSO DA SILVA 2013

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS UFRJ-MACAÉ PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA DINÂMICA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: PENAEOIDEA) NO LITORAL DE MACAÉ RJ EVELYN RAPOSO DA SILVA Dissertação apresentada ao curso de Pós- Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus UFRJ-Macaé Professor Aloísio Teixeira, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais e Conservação. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Azevedo Coorientador: Prof. Dr. Rogerio Caetano da Costa MACAÉ MARÇO, 2013 ii

3 DINÂMICA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: PENAEOIDEA) NO LITORAL DE MACAÉ RJ Autor: EVELYN RAPOSO DA SILVA Orientador: Prof. Dr. Alexandre Azevedo Coorientador: Prof. Dr. Rogerio Caetano da Costa Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação da Universidade Federal do Rio de Janeiro campus UFRJ- Macaé Professor Aloísio Teixeira, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais e Conservação. Aprovada por: Presidente, Prof. Dr. Alexandre Azevedo Prof. Dr. Adilson Fransozo Prof. Dr. Vinicius Fortes Farjalla MACAÉ MARÇO, 2013 iii

4 Silva, Evelyn Raposo da. Dinâmica Populacional do Camarão Sete-Barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeoidea) no Litoral de Macaé- RJ / Evelyn Raposo da Silva. Macaé: NUPEM/UFRJ, xx, 110f.:il. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Azevedo Coorientador: Prof. Dr. Rogerio Caetano da Costa Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus UFRJ- Macaé Professor Aloísio Teixeira - NUPEM/UFRJ). Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação, Referências Bibliográficas: f.12-13, f.61-64, f Distribuição espaço-temporal. 2.Período Reprodutivo. 3.Recrutamento Juvenil. 4.Variáveis Ambientais. I. Azevedo, Alexandre. II. Costa, Rogerio Caetano. III.Universidade Federal do Rio de Janeiro campus UFRJ-Macaé Professor Aloísio Teixeira. IV. Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais. V. Dinâmica Populacional do Camarão Sete-Barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeoidea) no Litoral de Macaé- RJ. iv

5 DEDICATÓRIA Dedico esta dissertação aos meus pais, Paulo Raposo e Marlene da Silva _ minha fortaleza. v

6 AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Francisco de Assis Esteves o meu mais sincero obrigado pela determinação e garra com que atuou na construção do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro na cidade de Macaé. Muito obrigada por ter dado a mim e a meus colegas a chance de estudar em uma universidade como a UFRJ sendo a primeira turma de graduação e agora de mestrado a se formar neste campus. Agradeço ao Prof. Dr. Pablo Gonçalves ex-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação por ter conduzido com maestria o nosso curso de pós-graduação. E ao Prof. Dr. Rodrigo Nunes, nosso novo coordenador por ter aceitado a assumir este cargo tão importante e de grande responsabilidade. Agradeço ao Prof. Dr. Alexandre de Azevedo pela oportunidade de trabalharmos juntos desde o primeiro semestre da graduação. Obrigada por estar presente desde a minha iniciação científica até o meu mestrado (e quem sabe até no doutorado!), sempre me dando muito espaço para tomar decisões e atuar dentro do laboratório. Muito obrigada por me ouvir nos momentos de desabafo e por me contagiar com seus repentinos entusiasmos. Agradeço imensamente ao Prof. Dr. Rogerio Caetano da Costa por todo conhecimento que me foi proporcionado e pela atenção e disponibilidade em me ajudar em todos os momentos que precisei apesar da distância. Ao Prof. Dr. Adilson Fransozo por ter me estimulado a seguir a carreira acadêmica ao falar com entusiasmo e prazer sobre o seu trabalho e pela atenção sempre dispensada a mim. Agradeço ao Prof. Dr. Antonio Leao Castilho por ter me socorrido de última hora com as análises estatísticas para apresentação da minha qualificação. Agradeço ao Prof. Dr. Fernando Fernandez que ao ministrar a disciplina eletiva Biologia da Conservação me fez perceber o quão apaixonante é a profissão que escolhi. Obrigada pelas aulas tão enriquecedoras e emocionantes. vi

7 AGRADECIMENTOS A Profª. Drª. Christine Ruta que me aceitou no estágio docência durante todo o ano letivo de Chris, muito obrigada por me dar espaço para participar das aulas, pelas proveitosas discussões e pela amizade. Agradeço a Profª. Drª. Ana Petry por toda a ajuda. Ana, muito obrigada por ter nos dado uma disciplina de estatística excelente e que fez com que eu conseguisse conduzir meu trabalho com muito mais segurança. Você é sem dúvidas um exemplo do que é ser uma boa professora. Te admiro muito! A Profª. Drª. Maria Inês que tive o prazer de conhecer durante a eletiva GESTPLAN oferecida pelo IF Fluminense o meu muito obrigada. Aprendi muito com a sua disciplina e fiquei imensamente feliz por você ter aceitado participar da minha qualificação. Agradeço a CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a bolsa concedida, tornando possível a realização deste trabalho com dedicação exclusiva. Ao SISBIO/IBAMA por conceder a licença de pesca na área estudada. Ao NUPEM/UFRJ, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé, por ceder suas dependências para a realização de toda a pesquisa. Ao Departamento de Química da UNESP por permitir a utilização dos equipamentos para análise do sedimento. Agradeço a Profª. Drª. Tatiana Konno por emprestar o GPS, ao Prof. Dr. Maurício Mussi pelo Van Veen e aos colegas da Limno pelo empréstimo da Van Dorn para as amostragens. Agradeço a todos os pescadores que participaram deste trabalho, em especial aos pescadores Renato, Reginaldo e Bau pelo competente trabalho e pelo apoio que nos deram durante as saídas de barco. vii

8 AGRADECIMENTOS Aos meus amigos de laboratório: Michele Montaño, Gabriela Ferreira (Bozena), Helena (Helenita), Alessandra, Rabelo, Sara, Vagner Valderes. Bozena, você faz muita falta por aqui... que saudades. Helena, continue dedicada assim, tenho certeza que você vai muito longe. Aos amigos que participaram das perigosas e aventureiras saídas de barco: Gustavo (Gari), Matheus (Ariel), Rabelo, Sara, Carina, Rodolfo, Vagner (Rabugento) e Helena. Muito obrigada, sem vocês não sei como eu faria estas coletas! Aos alunos do laboratório do Prof. Dr. Rogerio Costa: Gabriel (Woody), Thiago (Chuck), Sabrina, Joãozinho, Abner e Daphine por terem me recebido e compartilhado tanto conhecimento nos dias em que estive em Bauru. Ao Joãozinho, Chuck, Abner e Daphine pelos últimos meses de coleta e por toda diversão no laboratório. Ah, obrigada por sempre arrumarem um lugarzinho para o Gustavo nas coletas. Adorei ter conhecido vocês. Ao Gelson e a Fabiana por terem me acolhido em sua casa em Bauru e por terem me ajudado a abrir uma conta no BB para eu receber minha bolsa de mestrado. A Dona Ângela Sancinetti por ter me aturado em sua casa enquanto estive em Botucatu. Muito obrigada por ter me recebido com tanto carinho. Ao Rodolfo e ao Júlio pelo trabalho braçal nas primeiras coletas quando tudo ainda era muito difícil e não havia quase ninguém para ir para o barco. Obrigada pela garra e pela disposição que sempre tiveram em acordar cedo, passar frio, passar chuva, enjoo e tudo mais. Ao amigo Vagner pelas risadas e discussões produtivas que tivemos. Isso sem falar na imensa companhia que me fez durante todo o período do mestrado. Você é o meu melhor amigo peixe! viii

9 AGRADECIMENTOS Aos meus amigos Paula Catelani, Hudson e Dani por sempre me receberem em sua casa. Muito obrigada por todo o carinho que sempre tiveram comigo. Sempre adorei ficar pertinho de vocês!! Aos meus queridos amigos Paulo Ivo, Natalia Machado, Carolina Clezar, Paula Catelani, Hudson Lemos, Ricardo Seixas, Daniele Flávia e Vagner Leonardo por tantas risadas e momentos de descontração culinária! Huuumm, vocês tornaram o meu último ano de mestrado uma delícia!!! A Nathália Nocchi, uma das pessoas mais admiráveis que já conheci. Muito obrigada por ter me ajudado com a estatística, com os trâmites de bolsas, com informações valiosíssimas que me passou na graduação, no mestrado e quem sabe me passará no doutorado! Obrigada pelas risadas, pela companhia... por tudo. Eu sempre estarei torcendo por você. A Natália Fuentes que sempre esteve pertinho de mim desde a graduação e que tentou me ensinar a ser menos apressada na realização dos trabalhos. Fuentes, continuo tentando adiantar as coisas, não tem jeito! A Thaís Laque, um anjo que apareceu na minha vida. Anjos existem! Thaís, muito obrigada não só pela correção da minha dissertação, mas principalmente pela atenção que teve comigo. Você é uma pessoa incrível! Foi uma grata surpresa ter te conhecido. Você me inspira com toda sua alegria, obrigada por tantas gargalhadas todos os dias! Agradeço muito ao meu ex e eterno namorado Gustavo. GuXtavo, muito obrigada pela paciência, pelas discussões saudáveis, por me ajudar em todos os projetos, resumos, artigos... por estar presente (mesmo que as vezes só em pensamento) em tudo o que eu fiz. Obrigada por fazer meus dias em Macaé ficarem tão coloridos e divertidos, sem você tudo teria sido mais complicado e sem graça. Espero que você continue sendo sempre o meu melhor amigo. Jamais me esquecerei de você! ix

10 AGRADECIMENTOS Agradeço à Natalia, a irmã gêmea mais diferente que eu poderia ter. Natalia, apesar de nossas incansáveis brigas, eu tenho certeza que sem você a vida seria um tédio. Obrigada pela companhia que tem me feito até hoje. Torço pelo seu sucesso! Agradeço a todos os membros da minha banca examinadora. Vocês foram incríveis! Nunca pensei que pudesse me sentir tão à vontade numa arguição, tenho certeza que parte da minha segurança foi fruto da tranquilidade que me passaram. Obrigada pelas correções, sugestões e elogios! Nesse dia vocês contribuíram para aumentar ainda mais o meu desejo em seguir a área acadêmica e a certeza de que estou no caminho perto! E finalmente agradeço à pessoa mais linda e amada do mundo, minha mãe Marlene. Mãe, muito obrigada por ter me apoiado e por ter me proporcionado todas as condições para que eu chegasse aonde eu cheguei. Obrigada pela companhia via telefone, pelas risadas, pelo carinho... Não pode existir melhor mãe no mundo. Muito obrigada!! Nomear a todos que tornaram possível a conclusão desta dissertação seria impossível, portanto, deixo registrado o meu muito obrigada a todos que participaram direta ou indiretamente deste trabalho. Os méritos são coletivos. x

11 EPÍFRASE A Natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância. (Mahatma Gandhi) xi

12 RESUMO RESUMO DINÂMICA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: PENAEOIDEA) NO LITORAL DE MACAÉ RJ Orientador: Prof. Dr. Alexandre Azevedo Coorientador: Prof. Dr. Rogerio Caetano da Costa Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Conservação da Universidade Federal do Rio de Janeiro campus UFRJ-Macaé Professor Aloísio Teixeira, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais e Conservação. O presente trabalho tem como objetivo verificar a abundância do camarão Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) bem como a relevância da profundidade e dos fatores abióticos como a temperatura, a salinidade, a granulometria e o teor de matéria orgânica do sedimento, na sua distribuição espacial e temporal. Ainda, objetiva-se analisar alguns parâmetros da estrutura populacional de tal espécie verificando a maturidade sexual morfológica de ambos os sexos, o período reprodutivo, o período de recrutamento juvenil, a frequência de indivíduos em classes de tamanho e a razão sexual. As amostragens foram realizadas mensalmente no período de março de 2008 a fevereiro de 2010, com a utilização de uma embarcação camaroeira. As amostragens foram realizadas em seis transectos de profundidade: 5, 10, 15 m (denominados neste trabalho como Área Interna) e 25, 35, 45 m (Área Externa) localizados próximo ao Arquipélago de Santana, paralelamente a linha da costa de Macaé (RJ) (22 22 S O). Todos os indivíduos subamostrados foram mensurados e analisados quanto ao sexo e à condição reprodutiva das gônadas. Foram obtidas amostras de água para determinação da temperatura e da salinidade e amostras de sedimento para determinação da granulometria e teor de matéria orgânica. Diferentemente do esperado para regiões costeiras, no sedimento amostrado na Área Interna houve predomínio de areia média e areia fina e, a Área Externa caracterizou-se por sedimento composto em sua maioria por silte e argila. Dentre os fatores abióticos analisados, a temperatura mostrou-se como fator determinante na distribuição da espécie em questão na costa macaense, sendo possível identificar um intervalo ótimo de temperatura, entre 18,5 C e 24 C, para as fêmeas reprodutivas. As elevadas médias da temperatura da água de fundo fizeram com que a população se mantivesse em águas mais próximas à costa, uma vez que em períodos de ocorrência da ACAS a população de X. kroyeri recuou para áreas mais rasas onde a temperatura manteve-se adequada ao seu desenvolvimento, permanecendo, assim, durante todo o ano na região. Em ambos os anos de amostragem os picos de indivíduos juvenis ocorreram no outono e na primavera. Como pode ser verificado, um dos períodos de recrutamento juvenil se encontra dentro do período de proibição da pesca de camarão, o que permite a inferência de que o período de defeso na região está adequado ao camarão X. kroyeri. No entanto, sugere-se a inclusão de um quarto mês ao defeso, fevereiro. Desta forma, o defeso contemplaria a proteção não só de recrutas como também de fêmeas reprodutivas, sendo, portanto mais efetivo. Palavras-chave: Xiphopenaeus kroyeri, distribuição, abundância, fatores abióticos, estrutura populacional, recrutamento juvenil. MACAÉ MARÇO, 2013 xii

13 ABSTRACT ABSTRACT POPULATIONAL DINAMICS OF THE SEABOB SHRIMP, Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: PENAEOIDEA) ON THE COST OF MACAÉ RJ Orientador: Prof. Dr. Alexandre Azevedo Coorientador: Prof. Dr. Rogerio Caetano da Costa Abstract da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Conservação da Universidade Federal do Rio de Janeiro campus UFRJ-Macaé Professor Aloísio Teixeira, como parte dos requesitos para obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais e Conservação. The present study aims to investigate the abundance of the shrimp Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) as well as the relevance of the depth and of the abiotic factors in its spatial and temporal distribution. Furthermore, the objective is to analyze some parameters of the population structure of this specie ascertaining morphological sexual maturity of both sexes, reproductive period, juvenile recruitment period, frequency of individuals in size classes and the sex ratio. Samplings were conducted monthly from March 2008 to February 2010 using a shrimp fishing boat. Samples were carried out at six transects of depth: 5, 10, 15 m (referred in this study as Inside Area) and 25, 35, 45m (Outside Area) located nearby the Santana Archipelago, alongside the shoreline of Macaé (RJ) (22 22`S 41 46`W). The individuals subsampled were measured and analyzed regarding sex and reproductive conditions of their gonads. It was obtained water samples to determine the temperature and salinity, and sediment samples to determine the grain size and organic matter content. Unlike expected for coastal regions, in the sediment sampled Inside Area, the medium and fine sand was predominant, and the Outside Area was characterized in its majority by silt and clay. Among of the abiotic factors analyzed, the temperature was the determinant factor in the distribution of X. Kroyeri in Macaé, it was possible to identify an optimal temperature range between 18.5 C and 24 C for reproductive females. The high average bottom water temperature meant the population was maintained nearby coastal waters because in periods of occurrence of SACW the X. kroyeri population retreated to shallower areas where the temperature remained appropriated for their development, remaining throughout the year in the region. In both years of sampling the peaks of juveniles occurred in the fall and spring. As verified, one of the periods of juvenile recruitment is included in the period of prohibition of shrimp capture, which allows the inference that period of prohibition of shrimp capture in the region is appropriate for the shrimp X. kroyeri. However, it is suggested the inclusion of a fourth month to the period of prohibition of shrimp capture, February. Thus, the period of prohibition of shrimp capture not only contemplates the protection of recruits as also reproductive females, and therefore more effective. Key-words: Xiphopenaeus kroyeri, distribution, abundance, abiotic factors, population structure, recruitment juvenile. MACAÉ MARÇO, 2013 xiii

14 SUMÁRIO SUMÁRIO LISTA DE TABELAS CAPÍTULO I...xvii LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO I...xviii LISTA DE TABELAS CAPÍTULO II...xxi LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO II...xxii CONSIDERAÇÕES INICIAIS...1 ATIVIDADE PESQUEIRA...4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...12 CAPÍTULO I Distribuição Ecológica do Camarão Sete-Barbas Xiphopenaeus Kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeidae) no Litoral de Macaé RJ. RESUMO...15 ABSTRACT INTRODUÇÃO Caracterização da espécie em estudo Distribuição espaço-temporal OBJETIVO ÁREA DE ESTUDO MATERIAL E MÉTODOS Amostragem Análises laboratoriais Análises estatísticas RESULTADOS Fatores abióticos...34 xiv

15 SUMÁRIO Salinidade de fundo Temperatura de fundo e superfície Granulometria Teor de matéria orgânica do sedimento Abundância e distribuição espaço-temporal dos camarões Distribuição espaço-temporal dos camarões em relação aos fatores abióticos DISCUSSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...61 CAPÍTULO II Estrutura Populacional do Camarão Sete-Barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeidae) no Litoral de Macaé RJ. RESUMO...65 ABSTRACT INTRODUÇÃO Caracterização da espécie em estudo Biologia Reprodutiva Dinâmica Populacional OBJETIVO ÁREA DE ESTUDO MATERIAL e MÉTODOS...78 xv

16 SUMÁRIO 4.1. Amostragem Análises laboratoriais Análises estatísticas RESULTADOS DISCUSSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSIDERAÇÕES FINAIS xvi

17 LISTA DE TABELAS LISTA DE TABELAS Capítulo I Tabela 1 - Posição geográfica dos transectos da Área Interna (5, 10 e 15 metros) e da Área Externa (25, 35 e 45 metros) na costa de Macaé, RJ...24 Tabela 2 - Valores absolutos de salinidade de fundo e valores médios (±DP = desvio padrão) mensais amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de maço de 2008 a fevereiro de Tabela 3 - Valores absolutos de salinidade de superfície e valores médios (±DP = desvio padrão) mensais amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de maço de 2008 a fevereiro de Tabela 4 - Valores absolutos de temperatura de fundo ( C) e valores médios (±DP= desvio padrão) mensais amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de março de 2008 a fevereiro de Tabela 5 - Valores absolutos de temperatura de superfície ( C) e valores médios (±DP= desvio padrão) mensais amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de março de 2008 a fevereiro de Tabela 6 - Resultado da análise de variância (ANOVA fatorial) para a temperatura de fundo em cada Área e na presença e ausência da ACAS...42 Tabela 7 - Valores de phi por transecto e estação do ano, juntamente com os valores médios (± DP = desvio padrão) de cada transecto, amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de março de 2008 a fevereiro de Tabela 8 - Porcentagem de matéria orgânica por transecto e por estação do ano, juntamente com os valores médios (± DP = desvio padrão) de cada transecto, amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de março de 2008 a fevereiro de Tabela 9 - Número absoluto de indivíduos em cada mês e transecto amostrado na costa de Macaé (RJ) de março de 2008 a fevereiro de 2009 (Ano I) e de março de 2009 a fevereiro de 2010 (Ano II)...49 Tabela 10 - Resultado da análise de variância (ANOVA fatorial) para o número de indivíduos de Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) amostrados (log n+1) em xvii

18 LISTA DE TABELAS cada ano, estação e transecto no período de março de 2008 a fevereiro de 2009 (ANO I) e de março de 2009 a fevereiro de 2010 (ANO II)...50 xviii

19 LISTA DE FIGURAS LISTA DE FIGURAS Capítulo I Figura 1 - Mapa evidenciando o litoral de Macaé (RJ) e a posição dos pontos de amostragem da Área Interna (5, 10 e 15m) e da Área Externa (25, 35, 45m)...25 Figura 2 - Embarcação camaroeira utilizada nas amostragens em Macaé, RJ...27 Figura 3 - Vista lateral de um exemplar de Xiphopenaeus kroyeri...28 Figura 4 - Garrafa de Van Dorn utilizada para amostragem de água de superfície e fundo...29 Figura 5 - Pegador de Van Veen utilizado para amostragem de sedimento...30 Figura 6 - Valores médios da salinidade de fundo amostrados mensalmente na Área Interna e na Área Externa na costa de Macaé (RJ) durante o período de março de 2008 a fevereiro de Figura 7 - Valores médios de salinidade de superfície e de fundo por transecto amostrados na costa de Macaé (RJ) durante o período de março de 2008 a fevereiro de Figura 8 - Valores médios da temperatura de fundo ( C) em ambas as regiões estudadas (Área Interna e Área Externa) entre os meses de março de 2008 e fevereiro de 2010 na costa de Macaé, RJ...39 Figura 9 - Valores médios de temperatura ( C) de superfície e de fundo por transecto amostrados na costa de Macaé (RJ) durante o período de março de 2008 a fevereiro de Figura 10 - Temperatura de fundo na Área Interna e na Área Externa nos períodos de presença e ausência da ACAS na costa de Macaé (RJ) entre maço de 2008 e fevereiro de Figura 11 - Valores médios (±DP = desvio padrão), máximos e mínimos mensais da temperatura de fundo e de superfície ( C) amostrados na costa de Macaé (RJ) no período de maço de 2008 a fevereiro de Figura 12 - Caracterização do sedimento (Textura, Matéria Orgânica e Phi) em cada transecto amostrado no período de março de 2008 a fevereiro de 2010 na costa de Macaé (RJ)...45 xix

20 LISTA DE FIGURAS Figura 13 - Valores médios de phi e teor de matéria orgânica registrados em cada transecto amostrado entre os meses de março de 2008 e fevereiro de 2010 em Macaé, RJ...46 Figura 14 - Número de indivíduos em cada transecto amostrados entre os meses de março de 2008 e fevereiro de 2010 em Macaé, RJ...48 Figura 15 Análise de variância (ANOVA) seguida de teste Tukey objetivando verificar diferenças significativas entre o número de indivíduos (log n+1) entre os eventos amostrais (n=3/ estação do ano) das estações do ano no período de março de 2008 a fevereiro de 2009 (ANO I) e de março de 2009 a fevereiro de 2010 (ANO II) (*Letras semelhantes não apresentam diferença estatística significativa)...50 Figura 16 - Número de indivíduos (log n+1) amostrados na costa de Macaé (RJ) entre março de 2008 e fevereiro de 2010 (ANO I e ANO II) seguido do teste Tukey para cada profundidade...51 Figura 17 - Número médio de indivíduos distribuídos nas classes de fatores abióticos amostrados na costa de Macaé (RJ) de março de 2008 a fevereiro de 2009 (Ano I) de março de 2009 a fevereiro de 2010 (Ano II)...53 xx

21 LISTA DE TABELAS LISTA DE TABELAS Capítulo II Tabela 1 - Posição geográfica dos transectos da Área Interna (5, 10 e 15 metros) e da Área Externa (25, 35 e 45 metros) na costa de Macaé, RJ...76 Tabela 2 - Número de indivíduos (N) em cada classe de interesse, as respectivas amplitudes de carapaça mínima (Mín) e máxima (Máx) (mm) dos indivíduos, média e o desvio padrão (±DP) amostrados de março de 2008 a fevereiro de 2010 na costa de Macaé, RJ...86 Tabela 3 - Número de indivíduos machos e fêmeas de Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) juntamente com a proporção sexual e os valores de Qui-quadrado amostrados entre o período de março de 2008 e fevereiro de 2010 na costa de Macaé, RJ...88 Tabela 4 - Número de machos e fêmeas de Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) juntamente com a proporção sexual e os valores de Qui-quadrado, para cada um dos transectos amostrados na costa de Macaé, RJ...89 Tabela 5 - Número de indivíduos, juvenis e adultos, por região (Área Interna e Área Externa) em relação aos transectos amostrados de março de 2008 a fevereiro de 2010 na costa de Macaé, RJ...89 Tabela 6: Comprimentos de carapaça de machos e fêmeas da espécie X. kroyeri em estudos realizados em diferentes latitudes...96 xxi

22 LISTA DE FIGURAS LISTA DE FIGURAS Capítulo II Figura 1 - Mapa evidenciando o litoral de Macaé (RJ) e a posição dos pontos de amostragem da Área Interna (5, 10 e 15m) e da Área Externa (25,35 e 45m)...77 Figura 2 - Embarcação camaroeira utilizada nas amostragens em Macaé, RJ...78 Figura 3 - Vista lateral de um exemplar de Xiphopenaeus kroyeri...80 Figura 4 - Garrafa de Van Dorn utilizada para amostragem de água...81 Figura 5 - Pegador de Van Veen utilizado para amostragem de sedimento...81 Figura 6 - Porcentagem de indivíduos machos e fêmeas de Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) por classe de tamanho (CC mm) amostrados de março de 2008 a fevereiro de 2010 em Macaé (RJ)...87 Figura 7 - Porcentagem de fêmeas e machos do camarão Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) por classes de tamanho (CC mm), amostrados nos transectos de 5 a 45 metros de profundidade no período de março de 2008 a fevereiro de A amplitude de cada classe de tamanho foi de 2 mm e o valor expresso no gráfico representa o valor médio...90 Figura 8 - Porcentagem de fêmeas reprodutivas da Área Interna e de juvenis amostrados entre março de 2008 e fevereiro de 2010 na costa de Macaé, RJ...91 Figura 9 - Porcentagem de fêmeas reprodutivas da Área Interna em relação à temperatura (C o ) de fundo da Área Interna amostrados entre março de 2008 e fevereiro de 2010 na costa de Macaé, RJ...92 Figura 10 - Porcentagem de fêmeas reprodutivas das Áreas Interna e Externa no período de presença e ausência da ACAS na costa de Macaé (RJ) entre março de 2008 e fevereiro de Figura 11 - Porcentagem de fêmeas reprodutivas: A) Área Externa no período de ocorrência da ACAS; B) Área Externa no período de ausência da ACAS; C) Área Interna no período de ocorrência da ACAS; D) Área Interna no período de ausência da ACAS; na costa de Macaé (RJ) entre março de 2008 e fevereiro de xxii

23 CONSIDERAÇÕES INICIAIS CONSIDERAÇÕES INICIAIS No ano de 2004 a Universidade Federal do Rio de Janeiro iniciou uma série de ações de pesquisa e extensão voltada à comunidade pesqueira de Macaé (RJ). Dentre estas atividades se enquadrava o desenvolvimento do projeto intitulado Pesquisa- Ação na cadeia produtiva da pesca em Macaé (RJ) PAPESCA que, a partir de metodologias dialógicas/participativas, diagnosticou os principais entraves para o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira em Macaé (RJ) (PAPESCA, 2005). Os pesquisadores e atores sociais sistematizaram estes entraves e entre eles foram pontuadas questões ambientais relacionadas à sobrepesca e manejo inadequado dos estoques de camarões, principalmente o período de exclusão de pesca do camarão (defeso). Neste contexto, em 2006 iniciaram-se estudos para verificação da estrutura populacional e ecologia reprodutiva dos camarões. O litoral de Macaé (RJ) e região, como é o caso de toda a plataforma Sudeste-Sul, abriga áreas de intensa transição faunística, sendo encontradas nela tanto espécies com afinidade tropical quanto espécies subantárticas (CASTRO-FILHO et al. 2003). Essa rica mistura de espécies faz com que tais regiões do país sofram altos níveis de extração na pesca industrial e artesanal, principalmente em arrastos de fundo, com exploração de diversas espécies de camarões. Nestas regiões, a pesca de camarões é praticada, principalmente, sobre os estoques de camarão-rosa (Farfantepenaeus brasiliensis; Farfantepenaeus paulensis); camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri); camarão barba-ruça (Artemesia longinaris); camarão-branco (Litopenaeus schmitti) e o argentino (Pleoticus muelleri) (D INCAO et al., 2002). 1

24 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em função dessa grande exploração comercial, os estoques naturais tendem à diminuição principalmente de espécies mais rentáveis como o camarão-rosa, o camarão-branco e o camarão sete-barbas. Além disso, com o aumento da frota pesqueira e a diminuição na captura das espécies-alvo ocorreu uma expansão na exploração de camarões até então pouco capturados como A. longinaris e P. muelleri (COSTA et al., 2005; CASTILHO et al., 2008). Desta forma, investigações sobre aspectos ecológicos das espécies existentes nas regiões pesqueiras, principalmente aquelas de importância econômica, mostram-se extremamente relevantes, uma vez que estudos relacionados à biodiversidade, abundância e distribuição podem auxiliar na proposição de ações de manejo e adequação da utilização destes recursos, evitando assim, baixas significativas de seus estoques populacionais (COSTA, 2002). No que se refere ao camarão sete-barbas, sua captura no Sudeste-Sul do Brasil ocorre desde o Estado do Espírito Santo até o Estado de Santa Catarina. A maior concentração do desembarque ocorre no estado de São Paulo (46,1%), seguido de Santa Catarina (29,5%) e Rio de Janeiro (12,0%) (PAIVA, 1997). Até o momento, nenhum estudo foi efetuado quanto à reprodução, abundância, distribuição e estrutura populacional da espécie Xiphopenaeus kroyeri, na região de Macaé (RJ), relevante área de exploração deste recurso. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo principal o estudo da dinâmica populacional do camarão sete-barbas, X. kroyeri, no litoral de Macaé, município do Rio de Janeiro, e foi dividido em dois capítulos: (i) O primeiro capítulo refere-se a analise da abundância e distribuição espacial e temporal de X. kroyeri e sua relação com as variáveis ambientais. 2

25 CONSIDERAÇÕES INICIAIS (ii) O segundo capítulo, refere-se a estrutura populacional de X. kroyeri com foco na frequência dos indivíduos por classes de tamanho, razão sexual e os períodos reprodutivos. 3

26 ATIVIDADE PESQUEIRA ATIVIDADE PESQUEIRA As regiões costeiras são de grande relevância para a humanidade, tanto do ponto de vista ecológico e cultural, quanto do ponto de vista econômico e social. Entretanto, nestas regiões, as pressões antrópicas causadas pelo intenso crescimento demográfico estimulado pelo turismo e outras atividades econômicas, promovem um acelerado processo de degradação ambiental. Segundo a AGENDA 21 (1992), cerca de 60% da população mundial vive em um raio de até 60 km da orla litorânea e estima-se que essa proporção aumente para 75%, em Somada à degradação ambiental, o aumento da atividade pesqueira, principalmente aquelas atividades consideradas predatórias, contribuem para a diminuição substancial dos estoques naturais. Segundo Botsford et al. (1997), os problemas relacionados à pesca podem ser organizados em dois grandes grupos: a pesca irracional e a deterioração dos habitats. Para eles a pesca irracional abrange os problemas de sobrepesca e pesca predatória. O primeiro caracteriza-se pela captura de uma quantidade de indivíduos acima da capacidade de reposição pela população restante, e o segundo pela captura acidental de quantidades enormes de espécies não desejadas (de menor tamanho ou protegidas). Botsford et al. (1997) afirmaram ainda que além da captura excessiva do pescado, a destruição dos habitats vem contribuindo para a diminuição dos estoques pesqueiros, como consequência da degradação de locais importantes para a alimentação e procriação das espécies. A diminuição substancial dos estoques pesqueiros mundiais é fato inquestionável. Segundo dados da FAO (2010), a incidência de estoques superexplorados, esgotados ou em recuperação aumentou de 10% em 1974 para 32% 4

27 ATIVIDADE PESQUEIRA em Estima-se que mais da metade dos estoques pesqueiros (53%) se encontram totalmente explorados e, portanto, suas produções estão próximas ao seu limite máximo sustentável. Os 32% dos estoques restantes ou estão sobrexplorados (28%), ou esgotados (3%), ou em situação de recuperação de esgotamento (1%), o que significa que estão operando abaixo do seu potencial máximo de produção. Em 2004, o Ministério do Meio Ambiente publicou a Instrução Normativa (IN/MMA N 005/2004) com a lista oficial das espécies de invertebrados aquáticos ameaçados de extinção, sobreexplotados ou ameaçados de sobreexplotação. Dentre outras espécies de peneídeos estão os camarões Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) e o Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1987), espécies fortemente comercializadas na região de Macaé (RJ). A Lei N de 2009 que dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, define o pescador (a) artesanal como profissional que, devidamente licenciado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, exerce a pesca com fins comerciais, de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado ou com embarcações de pequeno porte. Para a maior parte destes pescadores o conhecimento é passado de pai para filho ou pelas pessoas mais velhas e experientes de suas comunidades(brasil, 2012). Já a pesca industrial trata-se de uma atividade fornecedora de matéria prima para grandes indústrias em centros de distribuição alimentícia. Esta atividade caracteriza-se em função do emprego de embarcações de médio e grande porte e da relação de trabalho dos pescadores, que 5

28 ATIVIDADE PESQUEIRA diferentemente do segmento artesanal, possuem vínculo empregatício com o armador de pesca (responsável pela embarcação), seja pessoa física ou jurídica. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura (2012), do total de cerca de 970 mil pescadores registrados, 957 mil são pescadores e pescadoras artesanais. No Brasil são produzidos 1 milhão e 240 mil toneladas de pescado por ano, sendo que cerca de 45% dessa produção é originária da pesca artesanal. Os maiores desafios da pesca artesanal estão relacionados à participação dos pescadores nas organizações sociais, ao alto grau de analfabetismo e baixa escolaridade, ao desconhecimento da legislação, aos mecanismos de gestão compartilhada e participativa da pesca, e ao acesso aos sistemas de crédito. No Brasil, a pesca artesanal é amplamente difundida uma vez que o país possui um vasto litoral e importantes bacias hidrográficas, fazendo com que aproximadamente quatro milhões de pessoas dependam direta ou indiretamente da atividade pesqueira (BORGHETTI, 2000). No entanto, a distribuição regional da produção pesqueira no Brasil é bastante desigual. As regiões Sudeste e Sul lideram a produção pesqueira com a maior participação na produção do pescado brasileiro (BRASIL, 2012). Isto se deve a elevada produção primária causada por correntes marítimas vinda das Malvinas, além da alta densidade demográfica e maior renda, que geram um grande mercado consumidor nestas regiões (Ministério do Meio Ambiente (1996) apud ABDALLAH (1999)). A ATIVIDADE PESQUEIRA EM MACAÉ (RJ) No município de Macaé, estado do Rio de Janeiro, a maior parte da produção pesqueira é oriunda da pesca artesanal. O destino principal deste pescado é a 6

29 ATIVIDADE PESQUEIRA exportação para o município do Rio de Janeiro e estados vizinhos. Atualmente cerca de 10% da população macaense sobrevive direta e indiretamente da atividade pesqueira (BRASIL, 2012). Esta atividade, no entanto, não tem recebido incentivos governamentais condizentes, como educação ambiental, acesso ao crédito e incentivo à realização de ações de manejo e co-manejo, por exemplo. Historicamente, a pesca artesanal no município de Macaé (RJ) sempre esteve às margens das decisões políticas que definem e priorizam o seu desenvolvimento econômico. A partir da década de 70, com a chegada do setor petrolífero, a pesca deixou de ser expressiva na economia do município. No entanto, sua cultura ainda se faz presente no cotidiano da população. A exploração em alto mar realizada pelo setor petrolífero causa impactos que afetam diretamente a pesca. Segundo relatos dos pescadores da região, a movimentação de embarcações nas áreas de pesca, o lançamento de resíduos no mar pelas embarcações de apoio às plataformas e a atração dos cardumes pelas estruturas das plataformas, em cujo entorno é proibido pescar, são algumas das causas que tem levado à diminuição na produtividade do pescado, a diminuição da renda do pescador e a precarização das condições de trabalho. Soma-se ainda que, com a chegada da Petrobras, Macaé (RJ) é noticiada pela mídia como um polo gerador de empregos e a cidade passa por uma intensa imigração de pessoas à procura de melhores oportunidades de trabalho. Aqueles com capacitação para trabalhar no ramo do petróleo ou em atividades ligadas a ele ocupam bons cargos. No entanto, aqueles sem qualificação, a grande maioria de migrantes, ficam desempregados ou passam a ocupar postos de trabalho informais como a pesca. 7

30 ATIVIDADE PESQUEIRA Com isto o município experimenta atualmente um crescimento desordenado que resulta em graves impactos socioeconômicos e ambientais, entre eles a pesca sobrepesca Dito isto, caso o crescimento econômico trazido pela atividade petrolífera para o município de Macaé (RJ) não seja aproveitado para que se consolide uma economia local pautada na conservação ambiental, com a queda do setor petrolífero a região sofrerá momentos de crise e pobreza. Para que se evite este cenário é necessário que seja promovido o desenvolvimento sustentável de outras atividades econômicas. Por sua importância histórica, cultural e econômica a pesca representa uma alternativa segura para uma parte significativa da população. Deste modo, um dos caminhos para tornar a atividade pesqueira sustentável no município seria a implementação de políticas de investimento em pesquisa e capital humano nesta atividade. POLÍTICAS DE MANEJO DA PESCA DE CAMARÃO Alguns instrumentos legais que controlam o uso dos recursos pesqueiros em diferentes ambientes aquáticos como: limites de áreas, limites de acesso, restrições sazonais de uso, limites de tamanho, restrição de artes de pesca e habitats (HAIMOVICI et al., 2006) têm sido utilizados para regular as pescarias artesanais e industriais ao longo da costa brasileira. No entanto, muitos estoques colapsaram como é o caso do gênero Farfantepenaeus no Sudeste e Sul do Brasil, devido ao crescimento da frota industrial, ao incremento da pesca artesanal nos criadouros e à ineficácia da legislação e fiscalização (VALENTINI et al., 1991). Dentre estes instrumentos legais está o período de defeso que é uma medida que visa proteger os organismos aquáticos 8

31 ATIVIDADE PESQUEIRA durante as fases mais críticas de seus ciclos de vida, como o período reprodutivo e o período de recrutamento. A Instrução Normativa N 189 (IN/MMA N 189/2008) considerando os resultados das reuniões promovidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina para discutir o período de defeso do camarão Sete Barbas (Xiphopenaeus kroyeri), nas regiões Sudeste e Sul do Brasil resolve no Art. 1, a proibição do exercício da pesca de arrasto com tração motorizada para a captura do camarão Sete Barbas, dentre outras espécies, anualmente, nas seguintes áreas e períodos: I - na área marinha compreendida entre os paralelos 21 18'04,00"S (divisa dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro) e 33 40'33,00"S (Foz do Arroio Chuí, estado do Rio Grande do Sul), de 1º de março a 31 de maio; II - na área marinha compreendida entre os paralelos 21 18'04,00"S (divisa dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro) e 18 20'45,80"S (divisa dos estados da Bahia e Espírito Santo): a) de 15 de novembro a 15 de janeiro; b) de 1º de abril a 31 de maio. No entanto, a veracidade científica da data de exclusão da pesca de camarão vem sendo questionada. Através de observações, ou seja, de dados empíricos, realizados inclusive pela própria comunidade pesqueira, aponta-se para um possível desajuste da data do defeso na região de Macaé (RJ). Este questionamento vem da observação de que assim que o defeso é aberto são encontradas tanto fêmeas ovadas 9

32 ATIVIDADE PESQUEIRA quanto indivíduos juvenis. Somado a isto, estudos moleculares envolvendo as populações de X. kroyeri apontaram para uma possível descontinuidade da população entre a região costeira de São Paulo e Rio de Janeiro. Aparentemente, a ressurgência encontrada na região de Cabo Frio pode estar agindo como uma barreira física que impede o fluxo gênico e diferencia o estoque pesqueiro de X. kroyeri para as duas regiões. Vale ressaltar, que as duas regiões apresentam latitudes diferentes e, por conseguinte os fatores ambientais em cada região podem influenciar na periodicidade reprodutiva e no recrutamento. Na região de Macaé (RJ), assim como em todo o litoral brasileiro, a maioria dos camarões peneídeos apresenta significativa importância comercial. Portanto, o conhecimento detalhado da dinâmica reprodutiva dessas espécies torna-se imprescindível, considerando que as mesmas estão sujeitas a uma maior exploração pesqueira em relação aos demais decápodos que não possuem interesse comercial. Ainda, a preservação dos estoques naturais depende de um conhecimento profundo de todos os aspectos biológicos inerentes às espécies e àquelas que se relacionam com elas, tais como predadores, presas, simbiontes e parasitas (FRANSOZO, 2008). É claro que somente o entendimento sobre a biologia e ecologia das populações marinhas não é suficiente para determinar estratégias de exploração pesqueira que sejam sustentáveis. Uma das razões pela qual cerca de 25% dos estoques pesqueiros do mundo estão sobreexplorados e depletados (FAO 2005) é que pouca atenção foi dada a outros processos que direta ou indiretamente afetam a pesca como é o caso dos processos humanos (CASTELO, 2008). Neste sentido o manejo participativo (bem como o co-manejo, manejo comunitário, entre outros) parece ser 10

33 ATIVIDADE PESQUEIRA um avanço na ciência pesqueira, pois promove a conservação da pesca através da integração do elemento humano ao manejo pesqueiro. Experimentos de manejo participativo estão ocorrendo em todo o país. Um exemplo disto é o manejo participativo feito por pescadores artesanais e autoridades governamentais no Rio Grande do Sul que tem resultado na implementação de importantes medidas, como a determinação de áreas pesca (REIS& D INCAO 2000, KALIKOSKI et al. 2002). Visto a necessidade de desenvolvimento de estratégias de gestão pesqueira sustentável, a realização de estudos de dinâmica populacional mostra-se como um primeiro passo no sentido de fornecer subsídios a fim de que se compreenda melhor as comunidades marinhas. Desta forma, o presente estudo visa à caracterização da abundância e da distribuição espacial e temporal da espécie Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) bem como a sua correlação com a profundidade e com fatores abióticos. Além da verificação da maturidade sexual, da frequência de indivíduos em classes de tamanho e razão sexual e do período reprodutivo de recrutamento juvenil. 11

34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABDALLAH, P. R. & BACHA, C. J. C Evolução da Atividade Pesqueira no Brasil: Teoria e Evidência Econômica, Passo Fundo, v.7, n.13, p AGENDA 21, Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro, 1992.Disponível em < Acesso em 18 jan BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Instrução Normativa. IN nº 005, de 21 de maio de Disponível em Acesso em 16 jul BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Instrução Normativa. IN nº 189, de 23 de setembro de Disponível em < Acesso em 15 jul BRASIL, Ministério da Pesca e Aquicultura. Disponível em Acesso em 16 jul BRASIL, Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca. Lei N de 29 de junho de Disponível em < Acesso em 17 jul BRASIL, Prefeitura Municipal de Macaé. Disponível em < Acesso em 16 jan BRASIL, Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura, Disponível em Acesso em: 20 jan BORGHETTI, J. R Estimativa da pesca e aquicultura de água doce e marinha. Instituto de Pesca, Série Relatório Técnico, n. 3, p BOTSFORD, L. W.; CASTILLA, J. C.; PETERSON, C. H The Management of Fisheries and Marine Ecosystems. Science, v.277, p CASTELLO, L Re-pensando o estudo e o manejo da pesca no Brasil. Pan- American Journal of Aquatic Sciences, v.3, n.1, p CASTILHO, A. L.; PIE, M. R.; FRANSOZO A.; PINHEIRO A. P.; COSTA R. C The relationship between environmental variation and species abundance in shrimp communities (Crustacea: Decapoda: Penaeoidea) in south-eastern Brazil. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, v. 88, p CASTRO-FILHO, B. M.; BRANDINI, F. & PIRES-VANIN, A. M. S O mar costeiro do Brasil. Scientific American Brasil, v.1, n.12, p COSTA, R. C Biologia e distribuição ecológica das espécies de camarões Dendrobranchiata (Crustacea: Decapoda) na região de Ubatuba (SP) f. Tese (Doutorado em Zoologia), Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP. 12

35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA, R. C.; FRANSOZO, A.; CASTILHO, A. L.; FREIRE, F. A. M Annual, seasonal and spatial variation of abundance of Artemesia longinaris (Decapoda, Penaeoidea) in a region a southeastern region of Brazil. Journal of Marine Biological Association of United Kingdom, v. 85, n. 1, p D INCAO, F.; VALENTINI, H.; RODRIGUES, L. F Avaliação da pesca de camarões nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Atlântica, Rio Grande, v. 24, n. 2, p FAO, The State of World Fisheries and Aquaculture, p. 26. FAO, Review of the state of world marine fishery resources. Food and Agriculture Organization, Rome, p.235. FRANSOZO, V. N Morfologia dos caracteres sexuais Secundários e caracterização gonadal Masculina em Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea, Dendrobranchiata, Penaeoidea) f. Dissertação (Mestrado em Zoologia), Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu, SP. HAIMOVICI, M.; VASCONCELLOS, M.; KALIKOSKI, D. C.; ABDALAH, P.; CASTELLO, J. P. & HELLEBRANDT, D Diagnóstico da Pesca no Litoral do Estado do Rio Grande do Sul. P: In: A pesca marinha estuarina no Brasil no início do século XXI: recursos, tecnologias, aspectos socioeconômicos e institucionais. Editora universitária UFPA, p.186. KALIKOSKI, D; VASCONCELLOS, M. & LAVKULICH, L Fitting institutions to ecosystems: the case of artisanal fisheries management in the estuary of Patos Lagoon. Marine Policy, v.26, p OLIVEIRA, Z. O. P Pesca artesanal: Problemas sociais e econômicos dos pescadores de Guaiúba. Imbituba (SC). 48 f. Monografia (Graduação em Geografia) - Fundação de Ensino Pólo Geoeducacional do Vale do Itajaí, Itajaí, SC. PAIVA, M. P Recursos pesqueiros estuarinos marinhos do Brasil. Edições UFC. Fortaleza, p PAPESCA, Pesquisa-ação na cadeia produtiva da pesca em Macaé. Relatório de Pesquisa 2. Soltec/Pólo Náutico/NUPEM-UFRJ. REIS, E. G. & D INCAO The present status of artisanal fisheries of extreme southern Brazil: an effort towards community based management. Ocean & Coasta Management, v. 43, p VALENTINI, H.; D`INCAO, F.; RODRIGUES, L. F.; REBELO-NETO, J. E.& RAHN, E Análise da pesca do camarão-rosa ( Penaeus paulensis e Penaeus brasiliensis) nas regiões sudeste e sul do Brasil. Atlântica, Rio Grande, v.13, n. 1, p

36 CAPÍTULO I Distribuição Ecológica do Camarão Sete- Barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeoidea) no Litoral de Macaé-RJ 14

37 Capítulo I - RESUMO RESUMO O presente trabalho tem como objetivo verificar a abundância do camarão Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) na região compreendida entre a Praia da Barra e Praia Campista na cidade de Macaé, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, bem como relevância da profundidade e dos fatores abióticos como a temperatura, a salinidade, a granulometria e o teor de matéria orgânica do sedimento, na sua distribuição espacial e temporal. As amostragens foram realizadas mensalmente no período de março de 2008 a fevereiro de 2010, em seis transectos de profundidade que variaram de 5 a 45 metros. Foram obtidas amostras de água para determinação da temperatura e da salinidade e amostras de sedimento para determinação da granulometria e teor de matéria orgânica. Os valores médios de salinidade variaram entre 29,0±1,00 (Março de 2009) e 39,0±1,00 (Outubro de 2009). A temperatura apresentou máxima de 24,5 C (Maio de 2008 e Abril de 2009) e mínima de 17,0 C (Novembro de 2009). Diferentemente do esperado para regiões costeiras, no sedimento amostrado nos transectos distribuídos na Área Interna houve predomínio de areia média e areia fina e, a Área Externa caracterizou-se por sedimento composto em sua maioria por silte e argila. A espécie permaneceu na região durante todo o ano, sobretudo nas áreas mais rasas em que a temperatura apresentou-se mais adequada ao seu desenvolvimento. A alta abundância registrada no inverno e na primavera de ambos os anos deveu-se a gradativa estabilização da população em decorrência do retorno das condições adequadas ao seu estabelecimento. Dentre estas condições a temperatura mostrou-se como fator determinante não só na abundância quanto na distribuição da espécie em estudo na região de Macaé. Palavras-chave: Xiphopenaeus kroyeri, distribuição, abundância, fatores abióticos 15

38 Capítulo I - ABSTRACT ABSTRACT The study aimed to investigated the spatial and temporal distribution and abundance of the shrimp Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) in the region between Barra beach and Campista beach, in the city of Macaé (RJ), north coast of the state of Rio de Janeiro due to the influence depth and environment factors such as temperature, salinity, grain size and organic matter content of the sediment. Samples were performed monthly from March 2008 to February 2010 on six transects of depth ranging from 5 to 45 meters. The bottom water samples were obtained to determine the temperature and salinity and sediment samples to analyze the grain size and organic matter content of each transect. The average values of salinity ranged from 29.0 ±1.00 (Mar/09) and 39.0 ±1.00 (Oct/09). The temperature presented maximum 24.5 C (May/08 and Apr/09) and minimum 17.0 C (Nov/09). Unlike expected for coastal regions, in the sediment sampled in transects distributed inside area predominated medium and fine sand and it was observed a sediment composed mostly of silt and clay in transects outside area. The species remained in the region throughout the year, especially in shallower areas where the temperature was most appropriated for their development. The high abundance recorded in the winter and spring of both years was due to the gradual stabilization of the population due to the return of suitable conditions for their establishment. Among these conditions the temperature showed up as a determining factor in the abundance and distribution of this species in the region of Macaé. Key-words: Xiphopenaeus kroyeri, distribution, abundance, environment factors 16

39 Capítulo I - INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1.1. Caracterização da espécie em estudo O Xiphopenaeus kroyeri é um importante recurso pesqueiro marinho de águas rasas. Ele ocorre em toda a costa do Atlântico Ocidental desde a Virgínia (EUA) até o Rio Grande do Sul (Brasil), e no Pacífico Oriental de Sinaloa (México) até Paita (Peru) (COSTA et al., 2003). A espécie foi descrita pela primeira vez por Heller (1862) e citada por Bosch (1863) como Penaeus kroyeri. Burkenrdad (1943) propôs a modificação do nome genérico para Xiphopenaeus, assim a espécie passou a chamar-se Xiphopenaeus kroyeri. A espécie possui vários nomes vernaculares, nos Estados Unidos é conhecido como seabob shrimp, na Venezuela é chamado de camarón blanco, na Guiana Francesa de coarse shrimp e large prawn, no Suriname é conhecido como Redi Sara-Sara e Bigi Sara-Sara, no norte do Brasil é chamado de camarão chifrudo e no restante do país de camarão sete-barbas (HOLTHUIS, 1980). A espécie X. kroyeri está inserida no subfilo Crustacea e pertence a uma de suas seis classes, Malacostraca. Nesta encontra-se a ordem Decapoda que é um grupo bastante conhecido não só pela sua importância comercial como pela alta capacidade adaptativa (MARTIN & DAVIS, 2001). Os Decapoda subdividem-se em duas subordens: os Pleocyemata e os Dendrobranchiata. Os indivíduos que pertencem ao segundo agrupamento apresentam os três primeiros pares de pereópodos quelados; as fêmeas, durante a reprodução, liberam os ovos diretamente na coluna d água; e as brânquias são do tipo dendrobrânquias, ou seja, com ramificações bisseriadas (PÉREZ-FARFANTE & KENSLEY, 1997). A subordem Dendrobranchiata possui sete famílias, sendo a 17

40 Capítulo I - INTRODUÇÃO Penaeidae (superfamília Penaeoidea) a que possui mais representantes, dentre eles o X. kroyeri. O camarão X. kroyeri apresenta carapaça e abdome glabros. Possuem rostro longo, sinuoso, estiliforme e armado geralmente com dentes dorsais agrupados formando uma crista sobre os olhos. Apresentam dente epigástrico, espinhos hepáticos e antenais. O flagelo antenal é muito mais longo do que o corpo. A escama antenal estende-se além da extremidade do pedúnculo antenular. Os exopoditos do segundo e terceiro maxilípedes são delgados. Possuem o quarto e o quinto pereiópodes alongados, flageliformes e dátilos com muitos artículos. O quarto, quinto e sexto somitos abdominais possuem carena dorsais com um pequeno dente dorsal na parte posterior e carena alta e bem marcada no sexto somito. As fêmeas possuem télico com placa anterior mediana larga e par de receptáculos seminais cobertos por uma bolsa. Os machos possuem petasma formado na região do primeiro par de pleópodos pela união dos endopoditos modificados e com expansões laterais em forma de asas (D INCAO, 1995) Distribuição espaço-temporal Determinados fatores abióticos como a salinidade, a granulometria, a disponibilidade de alimento, e a temperatura são parâmetros fundamentais na distribuição espaço-temporal dos camarões marinhos (BOSCHI, 1963; CHEN & CHEN, 2002; COSTA et al., 2005, 2007). Principalmente para os camarões peneídeos, a temperatura é considerada um parâmetro determinante na distribuição temporal destes organismos. Estudos realizados por Costa et al. (2005) demonstraram que altas abundâncias da espécie Pleoticus muelleri são registradas em períodos em que a 18

41 Capítulo I - INTRODUÇÃO temperatura da água se encontra mais baixa. O mesmo ocorre para espécie A. longinaris na região de Ubatuba. Nos estudos realizados nesta mesma região, a espécie X. kroyeri ocorreu nos meses de outono e inverno quando a temperatura se encontra acima dos 21 C (NAKAGAKI & NEGREIROS-FRANSOZO, 1998; COSTA et al., 2007). A temperatura também pode atuar diretamente na migração dos adultos para locais mais apropriados a reprodução, como, por exemplo, do peneídeo Rimapenaeus constrictus (Stimpson, 1874) que em meses mais frios penetram em regiões costeiras onde a temperatura é mais elevada (COSTA& FRANSOZO, 2004). Em se tratando da salinidade Schimidt-Nielsen (2002) dividiram as espécies em dois grandes grupos de acordo com a capacidade de homeostase destes indivíduos com o habitat. As espécies eurialinas são aquelas que suportam uma grande variação da concentração salina na água, e as espécies estenoalinas são as que apresentam uma tolerância limitada às variações na concentração do meio. As variações de temperatura e salinidade no litoral do Brasil ocorrem principalmente devido à duas correntes, uma proveniente do norte (Corrente do Brasil), que transporta águas tropicais (T>20 C, S>36) caracterizadas por alta temperatura e salinidade, e outra proveniente do sul (Corrente das Malvinas), caracterizada por baixa temperatura e salinidade (T<15 C, S<34) (CASTRO-FILHO & MIRANDA, 1998). Em determinadas épocas do ano, primavera e verão, devido à confluência de ambas, entre as latitudes de 25 S a 45 S do Atlântico Sul Ocidental, origina-se a ACAS (T<18 C, S<36), representando parte da convergência subtropical. A passagem dessa massa de água fria (ACAS) na costa de Cabo Frio intensifica o fenômeno da ressurgência que ocorre nesta região. Esta ressurgência é favorecida 19

42 Capítulo I - INTRODUÇÃO pelos ventos costeiros e pela quebra da plataforma continental impulsionada pelo padrão do meandro e atividade vortex da Corrente do Brasil (CASTRO-FILHO & MIRANDA, 1998; CAMPOS et al., 2000). A ressurgência altera as condições físicas não só da região de Cabo Frio, mas de regiões próximas como Macaé, provocando um aumento na concentração de nutrientes na água e consequentemente, gerando um aumento na produtividade primária de toda esta área da costa. Cada espécie prefere um tipo de habitat de acordo com sua fase de vida. Os habitats preferenciais de juvenis de peneídeos estão ligados, principalmente, aos sedimentos ricos em algas, pequenos crustáceos, foraminíferos, poliquetas, moluscos e fragmentos vegetais (DALL et al., 1990; MANTELATTO & FRANSOZO, 1999; BRANCO, 2005). Os adultos geralmente preferem habitats com sedimento mais lamoso. A distribuição diferencial entre jovens e adultos evita a sobreposição de nichos e a competição por alimentos (MACIA, 2004; LOPES, 2008). Segundo Dall et al. (1990) os Penaeoidea têm preferência por sedimentos composto por partículas menores, com alto teor de silte e argila por facilitar o processo de enterramento. Alguns indivíduos desta ordem geralmente se enterram no substrato durante o dia e emergem a noite evitando assim, potenciais predadores e reduzindo o gasto energético. Estudos populacionais realizados no litoral norte do Estado de São Paulo com X. kroyeri demonstraram que locais com sedimento mais lamoso foram determinantes em sua distribuição espacial (CASTRO et al., 2005; COSTA et al., 2007), no entanto Freire (2005) demonstrou que a espécie permanece desenterrada a maior parte do dia. Somers (1987) observou que adultos de Penaeus esculentus (Haswell, 1879), associaram-se positivamente aos substratos arenosos e 20

43 Capítulo I - INTRODUÇÃO P.semisulcatus (De Haan, 1844), preferiram fundos lamosos, porém os juvenis dessas espécies compartilharam o mesmo habitat. A distribuição diferencial entre jovens e adultos pode ocorrer a fim de evitar a sobreposição de nichos e competição por alimentos (MACIA, 2004; LOPES, 2008). Outras espécies de camarões do gênero Penaeus Frabricius (1789) como P. indicus (Fenneropenaeus indicus (H. Milne Edwards, 1837)), P. merguiensis (Fenneropenaeus merguiensis (DeMaan,1888)) e P. setiferus (Litopenaeus setiferus (Linnaeus,1767)), não buscam se enterrar em sedimentos mais finos por serem incapazes de reverter o fluxo de água que passa nas câmaras branquiais (PENN, 1984). Assim, ao se enterrarem em regiões com predominância de silte e argila, estes camarões facilmente sofreriam de entupimento da câmara branquial por lama (CASTILHO, 2004). A combinação dos efeitos causados pelas correntes e pelas características oceanográficas resultam em um forte mecanismo capaz de trazer águas frias e ricas em nitrato da ACAS para perto da costa (ACHA et al.,2004), alterando as condições físicas bem como aumentando a concentração de nutrientes na água (VALENTIN, 1984) e a produtividade primária na região sudeste do Brasil, principalmente em Cabo Frio (RJ)(23 o S) (DE LÉO & PIRES-VANIN, 2006). Estas características ambientais distintas ligadas à sazonalidade da ACAS entre Cabo Frio (RJ, Brasil) e regiões adjacentes como Macaé (RJ) e demais localidades do sudeste do país podem refletir em padrões distribucionais distintos das comunidades megabentônicas com mudanças na composição de espécies e dominância de espécieschave 21

44 Capítulo I - OBJETIVO 2. OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a distribuição ecológica do camarão Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) na região compreendida entre a Praia da Barra e Praia Campista na cidade de Macaé, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, durante o período de março de 2008 a fevereiro de Objetivos Detalhados: (i) Caracterizar a abundância espacial e temporal da espécie Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862); (ii) Caracterizar a distribuição espacial e temporal da espécie em estudo correlacionando-os com a profundidade e com os seguintes fatores abióticos: temperatura, salinidade, granulometria e teor de matéria orgânica do sedimento. 22

45 ÁREA DE ESTUDO 3. ÁREA DE ESTUDO O município de Macaé (RJ) está localizado no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, onde está situada a APA do Arquipélago de Santana. O Arquipélago é composto pelas Ilhas de Santana, do Francês, da Ponta das Cavalas, do Ilhote Sul e demais rochedos e lajes. A origem da região remonta ao Cretáceo, sendo formada por rochas gnaisses, granitóides e podendo estar cobertas por depósitos de diversas fases de sedimentação do Pleistoceno (RADAM, 1983). A região é marcada pelo vento de Nordeste (NE) que é dominante durante o verão, e dada à orientação particular do litoral fluminense, o mesmo afasta a água costeira em direção ao alto mar favorecendo a aproximação e afloramento da ACAS, uma massa de água fria e rica em nutrientes. Os ventos de Sudoeste (SO) dominam durante o inverno e as águas costeiras assumem sua posição usual por sobre a plataforma continental (EMILSSON, 1961; MOREIRA DA SILVA, 1977; GONZALEZ- RODRIGUES et al., 1992). A área costeira de Macaé (RJ) é fortemente influenciada pelas Águas Centrais do Atlântico Sul (ACAS) e pelo fenômeno de ressurgência que ocorre em Cabo Frio, que fazem com que esta região tenha características bem peculiares no que se refere a temperatura da água, disponibilidade de nutrientes e diversidade de organismos. O presente estudo foi realizado em seis pontos determinados de acordo com a profundidade, sendo 5, 10, 15 metros de profundidade, denominados neste trabalho como Área Interna por estarem posicionados entre o litoral e o Arquipélago de Santana; e 25, 35, 45 metros de profundidade, denominados de Área Externa por estarem posicionados após o Arquipélago (Tabela 1). Estes transectos estão localizados 23

46 ÁREA DE ESTUDO paralelamente a linha da costa de Macaé (RJ) (22 22 S O), entre a Praia da Barra e a Praia Campista (figura 1). Tabela 1: Posição geográfica dos transectos da Área Interna (5, 10 e 15 metros) e da Área Externa (25, 35 e 45 metros) na costa de Macaé, RJ. Transecto Latitude Longitude 5 metros S W Área Interna 10 metros S W 15 metros S W 25 metros S W Área Externa 35 metros S W 45 metros S W 24

47 ÁREA DE ESTUDO Figura 1: Mapa evidenciando o litoral de Macaé (RJ) e a posição dos pontos de amostragem da Área Interna (5, 10 e 15m) e da Área Externa (25, 35, 45m). 25

48 Capítulo I - MATERIAL E MÉTODOS 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Amostragem As amostragens foram realizadas mensalmente, no período de março de 2008 a fevereiro de A fim de padronizar os meses de amostragem com as estações do ano foi adotado: outono (março, abril e maio); inverno (junho, julho e agosto); primavera (setembro, outubro e novembro) e verão (dezembro, janeiro e fevereiro). As amostragens foram realizadas com uma embarcação camaroeira de pesca, equipada com uma rede de arrasto de fundo do tipo otter-trawl, com abertura de 4,5 m, 20 mm entrenós na panagem e 15 mm no ensacador (figura 2). Os arrastos foram realizados por um período de 15 min/transecto com a embarcação em velocidade constante de 2,1 milhas/náuticas por cerca de 1 km de extensão. Figura 2: Embarcação camaroeira utilizada nas amostragens em Macaé, RJ. 27

49 Capítulo I - MATERIAL E MÉTODOS Os camarões capturados foram triados ainda na embarcação e armazenados em sacos plásticos etiquetados e acondicionados em caixas térmicas contendo gelo triturado. No Laboratório Multidisciplinar do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (RJ) (NUPEM/UFRJ), todos os indivíduos capturados foram identificados em nível de espécie de acordo com Pérez-Farfante & Kensley (1997) e Costa et al. (2003). Para a espécie X. kroyeri (figura 3) foram obtidos os pesos úmidos totais (em gramas) de cada transecto. Em seguida, foi retirada aleatoriamente uma subamostra de 300g e os indivíduos contados. Com os dados da subamostra e de acordo com a biomassa total, estimou-se o número total de indivíduos em cada transecto. Figura 3: Vista lateral de um exemplar de Xiphopenaeus kroyeri. 28

50 Capítulo I - MATERIAL E MÉTODOS Em cada um dos transectos foram coletadas amostras de água de superfície e de fundo utilizando-se uma garrafa de Van Dorn (figura 4) com o objetivo de aferir a temperatura (⁰C), medida com um termômetro simples de mercúrio, e a salinidade, medida por meio de um refratômetro óptico. A profundidade foi obtida com o auxilio de ecobatímetro. O sedimento foi amostrado em cada transecto e em todas as estações do ano através da utilização de um pegador do tipo Van Veen (0,06m 2 )(figura 5). As amostras de sedimento foram etiquetadas e mantidas congeladas. Figura 4: Garrafa de Van Dorn utilizada para amostragem de água de superfície e fundo. 29

51 Capítulo I - MATERIAL E MÉTODOS Figura 5: Pegador de Van Veen utilizado para amostragem de sedimento Análises laboratoriais No Laboratório de Biologia de Camarões Marinhos e de Água Doce (LABCAM) da Universidade Estadual Paulista, cada amostra de sedimento foi inicialmente descongelada e submetida à estufa por 72 horas para secagem. Em seguida, retirou-se 10g para a análise do teor de matéria orgânica. Cada amostra foi acondicionada em cadinho de porcelana e incinerada a uma temperatura de 500 C em uma mufla por 3 horas. A quantidade de matéria orgânica presente em cada amostra correspondeu à diferença entre os pesos inicial e final. Os valores de matéria orgânica foram expressos em porcentagem (MANTELATTO& FRANSOZO, 1999). Para análise da granulometria, após ter sido descongelado e submetido a uma estufa a 70 C por 72 horas, retirou-se três subamostras de 100g às quais se adicionou 250mL de uma solução de NaOH 0,2N por cerca de uma hora a fim de que o silte e a 30

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