Universidade Federal do Rio de Janeiro A ORDEM DOS CLÍTICOS PRONOMINAIS: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA DA ESCRITA ESCOLAR DO RIO DE JANEIRO

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1 Universidade Federal do Rio de Janeiro A ORDEM DOS CLÍTICOS PRONOMINAIS: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA DA ESCRITA ESCOLAR DO RIO DE JANEIRO Adriana Lopes Rodrigues Coelho 2011

2 2 A ORDEM DOS CLÍTICOS PRONOMINAIS: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA DA ESCRITA ESCOLAR DO RIO DE JANEIRO Adriana Lopes Rodrigues Coelho Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira Rio de Janeiro Fevereiro de 2011

3 3 A ORDEM DOS CLÍTICOS PRONOMINAIS: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA DA ESCRITA ESCOLAR DO RIO DE JANEIRO Adriana Lopes Rodrigues Coelho Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Examinada por: Presidente, Professora Doutora Silvia Rodrigues Vieira UFRJ Professora Doutora Maria Eugênia Lamoglia Duarte UFRJ Professora Doutora Christina Abreu Gomes UFRJ Professor Doutor Afrânio Gonçalves Barbosa UFRJ, Suplente Professora Doutora Ângela Marina Bravin dos Santos UFRRJ, Suplente Rio de Janeiro Fevereiro de 2011

4 4 Rodrigues Coelho, Adriana Lopes. A ordem dos clíticos pronominais: uma análise sociolingüística da escrita escolar do Rio de Janeiro/ Adriana Lopes Rodrigues Coelho. Rio de Janeiro: UFRJ/FL, xv, 163f.:il.;31cm Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira Dissertação (Mestrado) UFRJ/ FL/ Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, 2011 Referências Bibliográficas: f Ordem. 2. Clíticos. 3. Colocação Pronominal. 4. Sociolingüística. I. Vieira, Silvia Rodrigues. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas. III. Título.

5 5 A minha família, razão de todas as lutas, motivo de todas as vitórias.

6 6 AGRADECIMENTOS Em primeiríssimo lugar, agradeço a Deus, presença constante, responsável por todas as maravilhas que acontecem em minha vida, fazendo-me entender cada momento difícil que se apresentou na trajetória acadêmica como um passo importante na construção de uma carreira abençoada; confiando na providência divina, muitas vezes, nos momentos de extrema exaustão, continuei acreditando que a vitória seria certa. A minha mãe, Rosangela, primeira orientadora de minha vida, tendo realizado um EXCELENTE trabalho; agradeço pelo incentivo constante ao progresso na vida acadêmica, pelos ensinamentos e valores repassados, pela confiança em minhas escolhas, pelo carinho imensurável e pelo amor incondicional. O seu apoio é um dos alicerces desta dissertação! A meu pai, Sebastião, que de seu jeito particular, sempre se mostrou orgulhoso de cada vitória alcançada, por reconhecer todo o meu esforço e por estar sempre pronto para qualquer ajuda que lhe fosse possível prestar. A meu marido, Anderson Dimitri, o biólogo que mais sabe sobre clíticos pronominais e sobre a sociolinguística Laboviana neste mundo, por ter, desde a época do vestibular, acreditado em mim, por inúmeras vezes, muito mais do que eu mesma e por estar sempre pronto para falar: Lembra que você falava que não iria conseguir? Agora, olha só aonde você chegou. Marido, obrigada por estar ao meu lado e enlouquecer junto a mim a cada dia! A minha irmã, Alessandra, pela dedicação que MUITAS vezes tomou traços maternais, por estar sempre presente em minha vida, pelas inúmeras noites de luzes acessas em proveito de meus estudos, pela vibração com as vitórias e apoio nos momentos difíceis e, ainda, pelo valioso auxílio com os gráficos. A meu irmão, Alessandro, por ser o maior divulgador de todas as minhas conquistas e, agora, mesmo morando num reino tão tão distante, torcer para o alcance de mais uma vitória.

7 7 Agradeço a Silvia Rodrigues por todos os ensinamentos e exemplos passados dia-a-dia, por ter me apresentado o universo científico e mostrado, da melhor maneira possível, o brilho da pesquisa linguística; agradeço por toda orientação, compreensão e inúmeras palavras de motivação, principalmente, nesta reta finalíssima. Às professoras Maria Eugênia e Christina Abreu por aceitarem compor a banca, assim como ao professor Afrânio Gonçalves e à professora Ângela Bravin pela gentileza de aceitarem se disponibilizar como suplentes. Às professoras Dinah Callou, Maria Cecília Mollica, Violeta Rodrigues, Aparecida Lino, Silvia Rodrigues, Márcia Machado, Lucia Helena e Maria Eugênia, que, ao longo da realização do mestrado, contribuíram com as brilhantes disciplinas ministradas, despertando o interesse por diversos temas que se pudessem relacionar com a presente investigação e, ainda, estando sempre dispostas a qualquer orientação que lhes fosse solicitada. A Maria de Fátima, amiga de todas as horas e companheira de toda esta jornada, desde a iniciação científica, sempre pronta para dizer que tudo vai dar certo ; uma verdadeira parceira com quem pretendo continuar a compartilhar inúmeras aventuras acadêmicas e diversas experiências de vida. Aos amigos do grupo de pesquisa e àqueles que tomaram rumos diferentes do meu com o fim da graduação, pois fazem parte de cada pedacinho desta conquista; estiveram presentes em viagens, congressos, apresentações etc dando força nos momentos de tensão e muitas risadas, até mesmo quando não era adequado! Ciente de que são incontáveis os amigos que fizeram parte minha trajetória acadêmica, agradeço a Priscila Santos, a Cristina Márcia, a Danielly Cassimiro, a Olívia Maia, a Alessandra de Paula, a Maíra Paiva e a Vinícius Maciel que podem representar todos, pelo espírito de companheirismo que pudemos partilhar.

8 8 A todos os senhores e senhoras alto padrão do QT-4/2011, os melhores oficiais da MB; amizade recente, que se constrói no difícil momento em que estamos aprendendo a ser homens de verdade ; pela compreensão e incentivo diário, por, não deixar tocar o desespero nos picos de cansaço, incentivando-me sempre a vencer o combate, continuar a desenvolver o trabalho na marca e dar o pronto desta dissertação. Agradeço aos campanhas por sempre me fazer lembrar que quando o corpo não aguenta, a moral é que sustenta e que, logo logo, eu me lembrarei que esta fase é, na verdade, uma corridinha mixuruca, que não dá nem pra cansar, pois, no fim das contas, chegarei, até mesmo, a me a perguntar: que será isso, meu Deus? Por fim, agradeço a todos os amigos, familiares e colaboradores que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.

9 9 Parte desta investigação foi fomentada pelo apoio financeiro do CNPq (março de 2010 a fevereiro de 2011).

10 10 SINOPSE Investigação sociolinguística Laboviana da ordem dos clíticos pronominais em contextos de complexos verbais na modalidade escrita do Português do Brasil atual. Análise de dados de redações escolares, considerando textos dissertativos e narrativos de alunos com diferenciados níveis de escolaridade, matriculados em turmas regulares das redes pública e privada de ensino do Estado do Rio de Janeiro.

11 11 RESUMO A ORDEM DOS CLÍTICOS PRONOMINAIS: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA DA ESCRITA ESCOLAR DO RIO DE JANEIRO Adriana Lopes Rodrigues Coelho Orientadora: Silvia Rodrigues Vieira Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de pós-graduação em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas. O presente trabalho caracteriza-se pela investigação dos padrões de ordem dos clíticos pronominais em lexias verbais complexas na escrita escolar brasileira. Para tanto, vale-se de corpus da modalidade escrita do gênero redação escolar, que compreende textos narrativos e dissertativos, produzidos por alunos de diferenciados níveis de escolaridade, de turmas regulares das redes pública e privada de ensino do Estado do Rio de Janeiro. Busca-se determinar quais os contextos linguísticos e extralinguísticos que exercem influência na escolha do falante pela colocação pré-complexo verbal ou cl V1 V2 (se pode analisar), intra-complexo verbal com hífen ou V1-cl V2 (pode-se analisar), intra-complexo verbal sem hífen ou V1 cl V2 (pode se analisar) ou póscomplexo verbal ou V1 V2-cl (pode analisar-se). A pesquisa segue as orientações teórico-metodológicas da Sociolinguística Laboviana (WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1972, 1978, 1994) e, quanto ao tema da cliticização pronominal, dos parâmetros propostos por Klavans (1985); a respeito da relação que se configura entre a escrita e a oralidade, o estudo conta com as reflexões presentes em Kato (2005), Bortoni-Ricardo (2004) e Pagotto (1998).Para o tratamento estatístico dos dados coletados, lança-se mão do pacote de programas GOLDVARB (versão 2001). Os resultados obtidos por meio desta investigação, em respeito às variáveis linguísticas, demonstraram, independentemente da forma do verbo principal dos complexos verbais, a preferência dos alunos pela variante V1 cl V2. Em complexos formados por infinitivo, em particular, verificou-se a produtiva ligação do clítico indeterminador/apassivador a V1 (em próclise ou ênclise) em contextos de auxiliares modais, além do emprego da variante V1 V2-cl condicionado ao uso do clítico o/a. No âmbito extralingüístico, os textos narrativos mostraram-se favorecedores da variante V1 cl V2; as variantes V1-cl V2 e V1 V2-cl apresentaram maiores índices de aplicação em textos de alunos da rede privada, sobretudo naqueles produzidos por alunos do 9º ano do ensino fundamental. Tais resultados podem contribuir para o reconhecimento do padrão de ordem do clítico pronominal na variedade brasileira da língua portuguesa, e, ainda, revelar características próprias da escrita escolar, auxiliando, dessa maneira, a atividade docente. Palavras-Chave: Morfossintaxe, clíticos, colocação pronominal, lexias verbais complexas, Sociolinguística, escrita escolar

12 12 ABSTRACT THE PRONOMINAL CLITICS ORDER: A SOCIOLINGUISTIC ANALYSIS OF THE SCHOOL WRITING IN RIO DE JANEIRO Adriana Lopes Rodrigues Coelho Supervisor: Silvia Rodrigues Vieira Abstract da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de pós-graduação em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas. This essay is characterized by the investigation of pronominal clitics order standards in the complex verbal lexias in Brazilian school writing. For this purpose, the research uses a written corpus which includes the narrative and the essay textual typologies. Such school compositions were produced by students from different levels of education who study in regular classes of public and private schools in Rio de Janeiro. We seek to determine the linguistic and extra linguistic factors which exert influence on the choice of the speaker by variant pre-verbal complex or cl V1 V2 (se pode analisar), intra-complex verbal with hyphen or V1-cl V2 (pode-se analisar), intracomplex verbal without hyphen or V1 cl V2 (pode se analisar) or post-verbal complex or V1 V2 -cl (pode analisar-se). The research follows the theoretical and methodological approaches of Sociolinguistics Labovian (Weinreich, Labov & Herzog, 1968; Labov, 1972, 1978, 1994) and, regarding the pronominal clitization issue, parameters proposed by Klavans (1985). The relationship that takes shape between writing and orality, the study relies on the reflections found in Kato (2005), Bortoni-Ricardo (2004) and Pagotto (1998). For the statistical treatment of data collected, throws up hand the package of programs GOLDVARB (version 2001). The results obtained through this investigation, in respect to the linguistic variables, showed that, regardless of the shape of the main verb of the verbal complex, the preference of students for variant cl V1 V2. In complexes formed by the infinitive, in particular, there has been a productive binding of indefinite / passivated clitic V1 (in proclisis or enclitic) in contexts of modal auxiliaries, besides the use of variant V1-V2 cl conditioning the use of the clitic / a. Under extra linguistic factors, the narrative texts proved to be favoring the variant V1 cl V2; variants V1-cl V1 and V2 V2-cl had higher rates of use in texts of students from private, especially those produced by students of the 9th year of elementary school.these results may contribute to the recognition of the pronominal clitics order standards in Brazilian and also reveal characteristics of writing school, helping in this way, the teaching activity. Keywords: Morphosyntax, clitics, Sociolinguistic, complex verbal forms, school writing.

13 13 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A abordagem prescritivo-normativa A abordagem descritiva proposta por PERINI A abordagem didática A perspectiva de diversos estudos lingüísticos A ordem dos clíticos pronominais sob a ótica da diacronia ou de sincronias passadas A ordem dos clíticos pronominais em estudos sincrônicos FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Teoria da variação e mudança A cliticização pronominal A relação oralidade-escrita METODOLOGIA A descrição do corpus Etapas da pesquisa A descrição das variáveis A variável dependente A concepção de complexo verbal As variáveis independentes As variáveis independentes extralinguísticas As variáveis independentes linguísticas O tratamento dos dados...100

14 14 5. ANÁLISE DOS DADOS Produtividade das ocorrências A ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais Distribuição dos dados pela variável dependente Complexos verbais com gerúndio Complexos verbais com particípio Complexos verbais com infinitivo Distribuição dos dados pelas variáveis extralinguísticas Distribuição dos dados pelas variáveis linguísticas CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA...160

15 15 LISTA DE TABELAS, GRÁFICOS E QUADROS TABELAS: 1. Número de ocorrências de clíticos pronominais nos textos, de acordo com o modo de organização discursiva predominante Número de ocorrências de clíticos pronominais a depender da forma do verbo principal Distribuição geral dos dados pelos fatores da variável dependente Distribuição dos dados pelos fatores da variável dependente de acordo com a forma do verbo principal A ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais formados por gerúndio distribuição dos dados de acordo com o modo de organização discursiva dos textos Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com particípio consoante a variável dependente e o modo de organização discursiva Distribuição geral dos dados de infinitivo pelas variantes da variável dependente Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o nível de escolaridade dos alunos Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o sexo dos alunos Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o tipo de instituição de ensino Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o modo de organização discursiva predominante Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a presença/ausência de elementos intervenientes no complexo verbal Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o tipo de clítico Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a forma do verbo auxiliar Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o tipo de complexo verbal...143

16 Distribuição dos dados da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o elemento antecedente ao grupo clítico-complexo verbal GRÁFICOS: 1. Distribuição geral dos dados pelos fatores da variável dependente Distribuição dos dados de infinitivo pelos fatores da variável dependente Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o nível de escolaridade dos alunos Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o sexo dos alunos Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o tipo de instituição de ensino. alunos Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante a variável dependente e o modo de organização predominante nos textos Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o tipo de clítico Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o tipo de complexo verbal Distribuição dos dados de ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais com infinitivo consoante o elemento antecedente ao grupo clítico-complexo verbal QUADROS: 1. Pronomes pessoais: retos e oblíquos Composição do corpus...75

17 17 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho constitui uma análise de cunho variacionista a respeito da colocação pronominal na escrita escolar considerando a variedade brasileira da língua portuguesa. Como objeto de estudo específico desta investigação, tem-se a ordem dos clíticos pronominais em contextos de complexos verbais, em textos do gênero redação escolar. Como complexos verbais, compreendem-se, nesta pesquisa, diversas construções formadas por duas ou mais formas verbais nas quais se observa algum grau de integração sintático-semântica e em relação às quais se pode detectar a mobilidade do clítico pronominal. No que concerne à fundamentação teórico-metodológica, este estudo orienta-se pelos preceitos da Sociolingüística Laboviana (WEINREICH, LABOV e HERZOG, 1968) e, quanto ao tema da cliticização pronominal, pelos parâmetros propostos por Klavans (1985). A metodologia adotada, assim como as descrições e as observações feitas a partir da análise dos dados, segue as orientações presentes nessas referências. Ademais, para respaldar a interpretação das questões relativas ao modo de organização textual, o estudo conta com as orientações presentes em Charaudeau (2008) e Marcuschi (2008). O principal objetivo desta pesquisa é averiguar quais os contextos linguísticos e extralinguísticos que estejam relacionados à colocação pronominal em complexos verbais, buscando identificar, portanto, quais são os fatores que exercem influência na escolha do falante pela colocação pré-complexo verbal ou cl V1 V2 (se pode analisar), intra-complexo verbal com hífen ou V1-cl V2 (pode-se analisar), intra-complexo verbal sem hífen ou V1 cl V2 (pode se investigar) ou pós-complexo verbal ou V1 V2-cl (pode investigar-se). Para o tratamento do fenômeno em questão, conta-se com corpus especialmente formado para esta investigação, o qual é constituído por uma coletânea de textos narrativos e dissertativos produzidos por alunos matriculados em turmas de ensino regular das redes privada e pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro. Sendo a ordem dos clíticos pronominais na língua portuguesa tema submetido a ampla discussão, especialmente em se tratando de contextos com formas verbais simples, pretende-se contribuir para o debate privilegiando as ocorrências de clíticos em complexos verbais. Tendo em vista que é necessário aprofundar o conhecimento a respeito do uso da cliticização pronominal em estruturas que comportem mais de uma

18 18 forma verbal em diversos gêneros textuais, o trabalho vale-se da redação escolar, de modo a oferecer aos docentes informações que fundamentem as diretrizes teóricometodológicas quanto ao referido tema no ensino da língua portuguesa como língua materna. O interesse pelo contexto escolar reveste-se de fundamental importância particularmente em casos como o do Brasil, em que, muitas vezes, a norma adotada se encontra distante da norma praticada cotidianamente. Dessa maneira, o objetivo geral deste estudo é cooperar para o maior conhecimento dos padrões de uso referentes à ordem dos pronomes átonos em relação aos complexos verbais, na variedade brasileira da língua portuguesa, especificamente na escrita escolar. Como objetivos específicos, listam-se (i) descrever a realidade lingüística dos textos escolares no que concerne à ordem dos clíticos pronominais; (ii) atestar os contextos favorecedores da aplicação de cada uma das variantes da ordem dos clíticos pronominais; (iii) verificar se há interferência da educação formal na escrita produzida pelos alunos, buscando evidenciar, no que se refere à posição dos pronomes átonos, a trajetória de implementação dos traços normativos ao longo do curso escolar. Com a análise a ser realizada, busca-se responder aos seguintes questionamentos, motivadores desta investigação: a) Quais são os padrões lingüísticos referentes à ordem dos clíticos pronominais em contextos de complexos verbais, na modalidade escrita do português do Brasil, revelado a partir da análise do corpus? b) Que variáveis lingüísticas apresentam relevância ao condicionamento do fenômeno? Em que medida o contexto morfossintático influencia o fenômeno da colocação pronominal em contextos de complexos verbais? c) Que variáveis extralingüísticas são representativas no condicionamento do fenômeno? Há diferenças significativas na ordem do clítico pronominal no que se refere ao nível escolar do informante? As hipóteses estabelecidas como possíveis respostas aos questionamentos supracitados são as seguintes: a) O padrão lingüístico revelado a partir da escrita escolar demonstraria normas de uso diferentes daquelas prescritas nos manuais consultados, revelando que os textos dos alunos não se restringem a demonstrar as formas implementadas pela tradição gramatical, mas refletem aspectos que advêm da norma vernacular e se inserem inevitavelmente na escrita; acredita-se, ainda, que tal aspecto seja menos evidente nos textos de alunos de nível escolar mais avançado, em virtude de estarem há mais tempo

19 19 em contato com as formas características do padrão culto idealizado e divulgado em meio escolar. b) quanto ao aspecto estrutural, acredita-se que a forma do verbo principal, a presença de elementos antecedentes ao grupo clítico-complexo verbal e o tipo de clítico possam exercer influência no condicionamento do fenômeno; c) quanto ao aspecto social, o nível de escolaridade do aluno configuraria traços característicos na escrita acerca do tema abordado; as redações de alunos do 3º ano do ensino médio apresentariam maior produtividade das variantes contempladas pela tradição gramatical, o que refletiria uma implementação gradativa dos traços normativos na manifestação lingüística dos alunos. No que concerne à estrutura desta dissertação, o presente estudo está organizado em seis capítulos incluindo-se este de introdução. O capítulo 2 refere-se à revisão bibliográfica, apresentando as obras consultadas, estudos descritivos realizados acerca do tema da cliticização pronominal, compêndios gramaticais e materiais didáticos. Essa revisão permite observar como o tema da ordem dos clíticos pronominais tem sido contemplado em diferentes abordagens. No capítulo 3, apresentam-se os fundamentos teóricos nos quais se baseia esta pesquisa, sendo estes referentes à Sociolinguística Laboviana, linha a partir da qual se desenvolveu a análise relativa a variação e mudança; ao conceito de cliticização pronominal e às reflexões realizadas por alguns autores acerca da relação existente entre a escrita e a oralidade. No capítulo 4, apresenta-se a metodologia empregada para a realização deste trabalho. Nesse capítulo, expõem-se a descrição do corpus de análise, as etapas da realização da pesquisa, a descrição da variável dependente, os fatores linguísticos e extralinguísticos controlados e os procedimentos adotados para a interpretação dos resultados. O capítulo 5 corresponde à descrição dos resultados obtidos, com base na interpretação dos índices absolutos e percentuais, de modo a demonstrar o comportamento da ordem dos clíticos pronominais em complexos verbais e o que se pode observar a respeito do condicionamento do fenômeno por meio dos fatores controlados.

20 20 O capítulo 6 apresenta as conclusões que se puderam tecer a respeito das normas objetivas do português do Brasil, quanto à ordem dos clíticos pronominais no contexto de lexias verbais complexas, revelando o padrão escrito praticado nos textos dos alunos. Expõem-se, ainda nesse capítulo, as considerações finais, procedendo à retomada de conceitos e resultados para que se possa evidenciar a relevância da investigação realizada e os aspectos que devem ser aprofundados.

21 21 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. A abordagem prescritivo-normativa Como um dos objetivos desta pesquisa é investigar a interferência, na escrita escolar, dos traços normativos implementados pela escola, faz-se necessário apresentar o tratamento do tema proposto na abordagem de algumas gramáticas consideradas tradicionais, que servem de base à formulação de materiais pedagógicos. Para que se pudesse observar como é proposto o modelo de norma a respeito da colocação do pronome átono, buscaram-se referências como Bechara (1999 [1928]), Cunha & Cintra (2001 [1985]) e Lima (2006 [1972]) referências tradicionais no que se refere ao estudo da língua portuguesa. Nas obras observadas, a descrição da ordem dos clíticos pronominais em casos de locuções verbais 1 dá-se imediatamente após a seção destinada à colocação pronominal em contextos de lexias verbais simples. Observe-se a seguir como o tema da colocação pronominal é apresentado nas referências analisadas. Quando tratam do contexto das lexias verbais simples, Bechara (1999), Cunha & Cintra (2001) e Lima (2006) apresentam três possibilidades de colocação do pronome átono em relação ao núcleo verbal: próclise clítico pronominal anteposto ao verbo, mesóclise clítico pronominal no interior do verbo, posição recomendada para os casos em que os verbos se encontram nas formas do futuro do presente ou no futuro do pretérito em estruturas sem elemento dito atrator, e ênclise clítico pronominal posposto ao verbo. Para ilustrar as referidas posições que o clítico pronominal pode assumir em relação ao verbo, seguem as opções: (i) (ii) (iii) próclise: (não) se investiga; mesóclise: investigar-se-ia ; e ênclise: investiga-se. Os autores concordam ao afirmar que, na língua portuguesa, a ênclise seria a posição normal do pronome átono em relação ao verbo, mas apresentam contextos nos _ 1 Nesta análise, conforme se detalha no capítulo referente à metodologia, foram consideradas não só as estruturas classificadas tradicionalmente como locuções verbais, mas também todas as estruturas nas quais se pôde verificar determinado grau de integração sintático-semântica entre duas ou mais formas verbais, sendo possível a alternância da posição do clítico em relação a qualquer das formas verbais sem que fosse modificado o valor referencial em questão.

22 22 quais se dê preferência à colocação proclítica, sendo estes: (i) verbos antecedidos por pronomes e advérbios interrogativos, por outros advérbios (como bem, mal, ainda, já, sempre, aqui) e pronomes indefinidos (como tudo, alguém, outro, qualquer), e por palavras negativas, sem pausa, sinalizada ou não por sinal gráfico; (ii) com gerúndio regido da preposição em; (iii) em orações iniciadas por palavras exclamativas ou denotativas de desejo; (iv) em orações subordinadas desenvolvidas, mesmo estando oculta a conjunção subordinativa; (v) em orações optativas; (vi) em orações dispostas em ordem inversa, iniciando-se por objeto direto ou predicativo (caso indicado somente por Cunha & Cintra (2001). Cabe, ainda, destacar que, a respeito das formas nominais, Cunha & Cintra prescrevem que não se adjunge o pronome clítico ao verbo em forma de particípio quando desacompanhado do verbo auxiliar (CUNHA & CINTRA 2001; 311); nesse caso, os autores recomendam o uso da forma oblíqua regida por preposição (dada a mim a explicação). Quanto aos contextos nos quais figuram as formas nominais gerúndio e infinitivo, Cunha & Cintra (2001) e Lima (2006) mencionam a tendência à colocação enclítica, sobretudo quando se trata de infinitivos acompanhados de clíticos acusativos e/ou sendo regidos pela preposição a. Com base no que expõem a respeito dos contextos de lexias verbais simples, os autores apresentam os aspectos que delineiam a ordem dos clíticos pronominais com relação aos complexos verbais, dando atenção às devidas peculiaridades. Para os contextos de mais de uma forma verbal, apresentam, de modo geral, as seguintes posições nas quais pode figurar o clítico pronominal: (i) (ii) (iii) próclise ao verbo auxiliar: (não) se está investigando; ênclise ao verbo auxiliar: está-se investigando; e ênclise ao verbo principal: está investigando-se. De acordo com os autores, quando o verbo principal figura nas formas nominais gerúndio ou infinitivo, pode-se dar, como regra geral, a ênclise ao verbo auxiliar ou ao principal; quando o verbo principal está na forma nominal particípio, a ênclise a este é vetada nesse caso, prescreve-se que o clítico deve ser posicionado em próclise ou em ênclise ao verbo auxiliar. Em relação à próclise ao verbo auxiliar, Cunha & Cintra (2001) e Bechara (1999) consideram as mesmas condições para as quais se dá preferência a essa

23 23 colocação em contextos de um único verbo; a colocação enclítica do pronome átono, tanto em relação ao verbo auxiliar como em relação ao verbo principal, ficaria reservada, portanto, aos casos em que não se verificam tais condições. Quanto à anteposição do pronome ao verbo auxiliar, Lima (2006) não apresenta qualquer comentário específico; na seção destinada à colocação dos pronomes átonos em contextos de locuções verbais, apresenta apenas a listagem das diferentes possibilidades de posicionamento do clítico em relação ao tipo de locução verbal, que se diferencia pela forma nominal em que se encontra o verbo principal. O autor não esclarece se considera os mesmos casos de favorecimento da próclise em contextos de lexias simples para os contextos de mais de uma forma verbal, mas apresenta exemplo de colocação pronominal proclítica ao verbo auxiliar, sem que haja, em contexto anterior, qualquer dos elementos tradicionalmente reconhecidos por atrair o pronome, como se verifica nas sentenças O presidente lhe quer falar ainda hoje e as visitas se foram retirando (Cf. Lima 2006:454). Em todas as referências, constam subseções destinadas a retratar as características próprias que se podem observar quanto à ordem dos clíticos pronominais no Brasil, demonstrando-se que a colocação dos pronomes átonos na variedade brasileira da língua portuguesa apresenta padrões diferenciados daqueles que se observam na variedade européia da língua, principalmente no que se refere ao colóquio normal, como afirmam Cunha & Cintra (2001). Observem-se, a seguir, os aspectos, apontados por Bechara (1999) e Cunha & Cintra (2001), que podem ser tomados como características do português do Brasil no âmbito da colocação pronominal: (i) (ii) (iii) (iv) a possibilidade de se iniciarem períodos com pronomes átonos; a preferência pela colocação proclítica em orações absolutas, principais e coordenadas, iniciadas por palavras diferentes daquelas para as quais se recomenda tal colocação; a possibilidade de se posporem pronomes a verbos conjugados nos tempos do futuro (do presente ou do pretérito); em locuções verbais, a colocação proclítica ao verbo principal. A possibilidade de se colocar, na variedade brasileira do português, o pronome antes do verbo principal, sem que se ligue por hífen ao auxiliar, ganha destaque nas referências investigadas. Bechara (1999) e Lima (2006) demonstram a ocorrência da

24 24 colocação proclítica ao verbo principal; nesse caso, o pronome deixaria de estar ligado ao verbo auxiliar, assim como ocorre na variedade européia, e passaria a se ligar ao verbo principal, sem hífen, quando este, de fato, o rege (vem me dizer). Bechara (1999) acrescenta, ainda, que apesar de tal posição ter se estabilizado no Brasil, tendo sido, em razão disso, mais observada do que a colocação enclítica, a próclise ao verbo principal não foi aceita pela gramática clássica, salvo nos casos em que o infinitivo é precedido de preposição, como exemplifica o próprio autor: Começou a lhe falar (Cf. Bechara, 1999: 590). A fim de justificar a colocação proclítica do pronome átono ao verbo principal, Cunha & Cintra (2001), assim como Bechara (1999), utilizam-se do comentário do Prof. Martins de Aguiar de modo a demonstrar que o que rege a posição dos pronomes átonos é, de fato, um conjunto de fatores: Numa frase como ele vem me ver geral em Portugal, literária no Brasil, o fator lógico deslocou o pronome me do verbo vem, para adjudicá-lo ao verbo ver, por ser ele determinante, objeto direto, do segundo e não do primeiro. Isto é, deixou a língua falada no Brasil de dizer vem-me ver (fator histórico, por ser mera continuação do esquema geral português) para dizer vem me-ver (escrito sem hífen, que também vigia na língua, ligando-se o pronome ao verbo que o rege (fator lógico). (apud BECHARA, 1999: 591) Cabe destacar que Lima (2006) apresenta a possibilidade de colocação proclítica ao verbo principal sem que se faça qualquer observação. Em outras palavras, enquanto, para Bechara (1999) e Cunha & Cintra (2001), existem, em termos gerais, três diferentes possíveis posições do pronome em contextos de complexos verbais, sem que se considerem as peculiaridades que se observam no português do Brasil, para Lima (2006) existem quatro. A respeito da referida próclise ao verbo principal, verifica-se importante ressalva nos manuais consultados; os autores declaram ser tal fenômeno característica do português brasileiro. São relevantes as considerações de Lima (2006) em afirmar que se trata de sintaxe brasileira que se consagrou na língua literária, a partir (ao que parece) do Romantismo (LIMA, 2006: 455). O autor destaca, ainda, o fato de que tal colocação não tem agasalho (LIMA, 2006: 455) quando se trata do clítico acusativo (o, a, os, as), conferindo razão ao volume fonético deste pronome, que se mostra reduzido quando comparado aos outros clíticos pronominais. Como se pôde observar, a colocação proclítica do pronome ao verbo principal apresenta-se na abordagem tradicional, de modo geral, como característica do colóquio brasileiro ; nesse discurso, verifica-se a noção da condescendência com as situações

25 25 informais, apresentada por Pagotto (1998). Essa proposta relaciona-se ao fato de que as gramáticas tendem a apresentar aspectos que se revelam no PB por meio da descrição de um português que se permite falar, bastante diferente daquele que se verifica na modalidade escrita, sustentado pela manutenção de um padrão culto idealizado, que serve, na verdade, para acentuar as diferenças que se estabelecem hoje em dia, não somente pelas relações de poder, mas, sobretudo, pela oposição entre grupos sociais, discernindo o falante escolarizado do não escolarizado. Em se tratando do PB, o tema da clíticização pronominal é extremamente produtivo para que se discutam as diferenças que se podem observar entre os padrões de uso praticado pelos falantes e o padrão culto prescrito pelos manuais tradicionais. Cabe destacar que diversos estudos já realizados (Cf. seção 2.4) revelam que o colóquio não pode ser considerado um detalhe na realidade linguística do português brasileiro a ponto de chegar à conclusão de que a intenção da instrução formal é fazer com que falantes que freqüentam a escola possam adquirir um padrão de colocação diferente daquele que já dominam. Aos moldes do que se verificou ao longo da história do PE, conforme expõe Pagotto (1998), a postulação de uma norma culta que seja verdadeiramente do PB depende do reconhecimento dos fatos lingüísticos que se revelam no português aqui falado e, assim, a tradição gramatical deixará de preconizar a implementação de uma norma culta no Brasil que se constrói a partir do modelo lusitano. De modo geral, a fim de sintetizar as informações apresentadas, pode-se dizer que, em meio à tradição gramatical, se prescreve como certo o que, de acordo com os autores, corresponde à colocação normal do pronome os seguintes aspectos: (a) no âmbito das lexias verbais simples: (i) a colocação enclítica do pronome, quando se trata das formas finitas não antecedidas das chamadas partículas atratoras excetuando-se aquelas em tempos de futuro (prescreve-se a colocação mesoclítica, nesses caso) e das formas nominais infinitivo e gerúndio, rejeitando-se a adjunção de pronome átono às formas participiais, para as quais se prescreve o uso da forma oblíqua do pronome regida por preposição; e (ii) a colocação proclítica do pronome ao verbo em contextos descritos como propiciadores da anteposição do pronome, em razão de características morfossintáticas da sentença em que figuram (com a presença de partículas atratoras);

26 26 (b) no âmbito dos complexos verbais: (i) a ênclise ao verbo auxiliar (quando o verbo principal se apresenta em qualquer das formas nominais) ou ao principal (quando este se apresenta nas formas nominais gerúndio e infinitivo, rejeitando-se, assim como o que se recomenda para os contextos de lexias simples, a ligação do clítico ao particípio), e (ii) a colocação proclítica ao verbo auxiliar, restrita aos mesmos contextos morfossintáticos que favorecem a próclise quando se trata de um único verbo. Não se pode deixar de mencionar que as prescrições apresentadas pelos autores acerca da colocação pronominal apresentam determinadas limitações, em virtude de terem por base uma tradição filológica cujas origens se concentram na tradição grega e de não negarem esforços para implementarem uma norma culta que se espelha no padrão europeu. Os resultados com os quais se pode contar atualmente (Cf. seção 2.4) permitem visualizar que, em se tratando do português do Brasil, não se justifica determinar, por exemplo, que é rejeitada a ligação do clítico ao particípio ainda que proclítica; ou que a colocação proclítica (ao verbo auxiliar, no caso dos complexos verbais) somente se dá na presença dos elementos listados como favorecedores dessa colocação. Diversos estudos podem mostrar que a colocação pronominal no PB revela um padrão bastante diferenciado desse que se idealiza com base na variedade europeia da língua, atingindo índices de aplicação em contextos amplamente diversificados que extrapolam os limites das prescrições tradicionais. Por fim, cabe dizer que, no âmbito da colocação pronominal em complexos verbais, os resultados já obtidos e os que se apresentam nesta investigação demonstram que o pronome não figura solto entre os dois verbos, sem ligação por hífen ao auxiliar ; antes, ocorre de fato a próclise ao verbo principal (que não se restringe à oralidade, mas se incorpora na escrita) e é esse um dos fatores que podem caracterizar o padrão de colocação pronominal brasileiro A abordagem descritiva proposta por PERINI Nesta seção, apresenta-se a abordagem descritiva desenvolvida por Mario A. Perini em Gramática descritiva do português Brasileiro (2001 [1995]) e Gramática do português brasileiro (2010), a respeito dos aspectos lingüísticos que possam caracterizar a norma de uso do português do Brasil acerca dos clíticos pronominais. Na Gramática descritiva do português Brasileiro (PERINI, 2001 [1995]), o enfoque dado ao tema concentra-se no posicionamento dos clíticos pronominais na

27 27 sentença. Perini deixa claro que não se deve desprezar o exame realizado pelas gramáticas tradicionais, mas também que não se pode abrir mão de uma análise crítica sobre tal exame, considerando-se os aspectos que integram o padrão de uso da língua portuguesa corrente. Em virtude disso, essa gramática descritiva é considerada, pelo próprio autor, uma tentativa de descrição da variedade culta escrita brasileira da língua portuguesa, tomando por base textos jornalísticos e científicos. Segundo Perini (2001 [1995]), há determinada instabilidade a respeito do julgamento realizado acerca da cliticização pronominal em meio aos falantes da variedade brasileira da língua portuguesa. O autor declara que, embora os princípios envolvidos no tema sejam bastante simples, ocorrem grandes discussões a respeito da posição dos pronomes átonos em determinadas construções. Tais discussões, decorrentes da inegável diferença entre os padrões brasileiros e europeus, revelam que os falantes vacilam quando se encontram diante da situação em que a variedade padrão entra em confronto com os traços lingüísticos característicos do uso do português do Brasil. Perini (2001 [1995]) destaca que os clíticos figuram sempre ligados ao verbo, sendo este auxiliar (Aux) ou o próprio núcleo do predicado (NdP), distinguindo duas posições possíveis: próclise e ênclise. De acordo com o autor, a chamada mesóclise é apenas um caso especial de ênclise, que aparece quando o NdP ou o Aux está no futuro do presente ou do pretérito (PERINI, 2001: 229). Não se pode deixar de mencionar que o autor destaca a improdutividade da colocação enclítica do pronome, chegando a afirmar que a ênclise está desaparecendo do português do Brasil (PERINI, 2001: 230); de acordo com o autor, tende-se a reconhecer que, no português do Brasil, o pronome clítico se coloca sempre antes do verbo. Para mostrar as possibilidades de posicionamento do clítico pronominal em relação ao verbo na escrita brasileira, Perini (2001) apresenta os casos de restrição à próclise e à ênclise. Desse modo, em relação à próclise, o autor aponta como mal formulada, nos textos escritos, a oração que contenha o pronome em posição proclítica em início de estrutura oracional não subordinada ou, ainda, logo após elemento topicalizado; quanto à ênclise, aponta a oração que contenha gerúndio precedido da preposição em, quando associada a um particípio e, ainda, quando a oração se inicia por um elemento que possa exercer um potencial de atração do pronome; nos demais

28 28 casos, registra que se dá o uso da próclise ou da ênclise indiferentemente (Cf. Perini, 2001 [1995]: ). Perini (2001 [1995]) reconhece a grande dificuldade em determinar os elementos que efetivamente exercem atração do clítico pronominal e aponta que há diferenças, nesse aspecto, a serem observadas entre os compêndios gramaticais. Segundo o autor, apesar de serem considerados, normalmente, como proclisadores, os pronomes relativos e interrogativos e os itens não, nunca, só, até, mesmo e também, tudo, nada, alguém, ninguém e o que (complementizador), nem sempre o são os SNs acompanhados de prédeterminantes (todos, ambos), os SNs iniciados por qualquer, nenhum, bem, mal ainda, já e sempre. Quanto à lista dos elementos proclisadores, o autor argumenta que devemos deixá-la em aberto, em virtude da falta de estudos detalhados 2, mas sugere a aplicação de testes com pessoas que dominam a linguagem padrão e a realização de levantamentos em textos para que se analisem os itens que, aparentemente, se comportam como elementos proclisadores. No que concerne aos complexos verbais, Perini (2001 [1995]) propõe que, no padrão brasileiro, da mesma maneira que se admite a ênclise ao verbo auxiliar (Aux) e ao verbo principal (NdP), é admitida a próclise a ambos os verbos. Então, reproduzindose os exemplos dados pelo autor, as possibilidades de colocação do clítico pronominal no português do Brasil quando se trata de um predicado complexo seriam as que se seguem: (a) Minhas primas se estão comportando bem. (b) Minhas primas estão-se comportando bem. (c) Minhas primas estão se comportando bem. (d) Minhas primas estão comportando-se bem. Das possibilidades de colocação previstas, o autor propõe que a próclise ao verbo principal seja mais freqüente do que a próclise ao verbo auxiliar e, até mesmo, do que a ênclise a qualquer um dos verbos. Com base nessa proposta, postula a seguinte generalização:... a posição natural do clítico, quando o predicado é complexo, é a próclise ao NdP... (PERINI, 2001:231). _ 2 A época de publicação da obra (1995), o panorama da pesquisa linguística a respeito do tema poderia ser diferenciado do que se apresenta atualmente; já se pode contar com diversos resultados obtidos por pesquisadores que puderam demonstrar atuação de diferentes elementos como possíveis propiciadores da colocação proclítica, assim como se apresenta na subseção 2.4.

29 29 A respeito da colocação proclítica ao verbo auxiliar, o autor menciona que essa posição é cada vez mais rara no padrão brasileiro, mas se manifesta em determinados casos que merecem atenção, como aqueles em que o primeiro verbo, mesmo não sendo tradicionalmente considerado auxiliar, abriga o clítico pronominal (Ela me sabe agradar), não se podendo negar a aceitabilidade mais ou menos reduzida desse tipo de colocação, quando o auxiliar vem acompanhado de uma preposição, como em Ela se deixou de maquiar/ Ela se continuou a maquiar (Cf. Perini, 2001:232) De modo geral, no que se refere à ordem dos pronomes clíticos tanto nos predicados simples como nos predicados complexos, Perini (2001) deixa claro que se fazem necessários resultados científicos que sirvam a evidenciar o comportamento do padrão brasileiro acerca do tema. Na Gramática do português brasileiro (PERINI, 2010), a descrição realizada pelo autor se faz com base na língua falada, desenvolvendo uma análise dos fenômenos que de fato se verificariam no português do Brasil. Para que melhor seja explicitado o teor da obra à qual se faz referência, observem-se as palavras do autor:... aqui estou descrevendo a língua falada padrão. Uma variedade uniforme e socialmente aceita em todo o país (...) descrevo uma espécie de compromisso baseado na norma urbana, não na norma ditada pelas gramáticas e ensinada nas escolas, mas na norma tacitamente aceita e praticada pela população do país (...) gramática da língua falada diariamente nas ruas e reproduzida nas novelas de TV, no teatro e no cinema nacional. (PERINI, 2010: 44-45) 3. Perini (2010), com base no que identifica como o português do sudeste do Brasil, confere ênfase ao tratamento dos pronomes pessoais, devido ao particular comportamento de tais itens no PB, sobretudo no que se refere aos pronomes oblíquos, que, de acordo com o autor, são um bicho-papão da gramática tradicional do português (p. 115). Além de observações sobre o posicionamento dos pronomes, o autor faz uma importante apreciação de como se apresenta o quadro pronominal do PB, apontando que determinadas formas pronominais demonstradas pela tradição gramatical _ 3 Apesar do que expõe Perini (2010) a respeito da língua padrão que descreve, cabe mencionar que, nesta pesquisa, não se considera a existência de uma variedade linguística que se sobreponha às outras a ponto de ser aceita em todo país, nem ao menos que haja uma única variedade que possa caracterizar o português falado na região sudeste. Acredita-se que as variedades linguísticas são reflexo do universo sócio-cultural em que o falante se insere, sendo, portanto, a realidade linguística heterogênea e diversificada, nos domínios estilísticos, sociais e geográficos, o que não impossibilita a existência de interinfluência de diferentes padrões de uso, favorecendo a identificação de formas entre falantes de diversos grupos.

30 30 não se manifestam, de fato, nessa variedade da língua; o autor propõe, ainda, que, na atual norma de uso do PB oral, não se manifestam formas oblíquas correspondentes a todas as formas retas dos pronomes pessoais verificados. O autor começa por demonstrar que, na verdade, o quadro dos pronomes oblíquos no PB se encontra bastante reduzido, sendo tais pronomes, além do reflexivo se, formas alternantes de algumas das formas retas. Observe-se, abaixo, a reprodução do quadro apresentado pelo autor (p.116): Quadro 1: Pronomes pessoais: retos e oblíquos (PERINI, 2010:116) Forma Reta Forma Oblíqua Eu Me, mim, -migo Você, (tu) Te, (-tigo), (ti), (lhe) Ele, Ela Nós Nos, (-nosco) Vocês Eles, elas Reflexivo Se Verifica-se que, para os pronomes ele/ela, vocês, eles/elas, não se apresentam as correspondentes formas oblíquas. Dessa maneira, no exemplo dado pelo autor, a seguir reproduzido, pode-se verificar um pronome pessoal em sua forma reta desempenhando a função de complemento do verbo na sentença e não a de sujeito, comportamento não reconhecido tradicionalmente: Eu encontrei ela no cinema. Perini faz, ainda, uma importante ressalva em relação ao clítico te, cujo uso também se manifestaria no PB em concorrência com a forma reta correspondente. Perini (2010) faz, ainda, algumas observações a respeito dos pronomes lhe e vos. Segundo o autor, o pronome átono lhe é usado somente em algumas regiões dentre as quais não se poderia incluir o sudeste, mas, geralmente, como equivalente ao clítico te; para o clítico vos, considerando-se tanto a modalidade escrita como a oral, seria demonstrada uma situação de total desuso no PB.

31 31 Em relação à ordem dos clíticos pronominais na sentença, Perini (2010) declara que, no PB, essas formas sempre aparecem antes do verbo e, com isso, apresenta a seguinte regra para o fenômeno: O pronome oblíquo (sem preposição) se posiciona sempre antes do verbo principal da oração. (PERINI, 2010: 119). O autor deixa claro que, ao mencionar o termo verbo principal na regra apresentada, trata também dos casos nos quais há um verbo auxiliar A abordagem didática Considerou-se importante para o desenvolvimento desta pesquisa averiguar como se apresenta o tema da cliticização pronominal em materiais didáticos, já que se investiga, aqui, a escrita escolar. Dessa maneira, recorreu-se à análise do tema nos onze livros didáticos avaliados e aprovados pelo processo de seleção do PNLEM/2009 (Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio), dentre os quais os professores da rede pública deveriam escolher quais obras utilizar como ferramenta de apoio à prática pedagógica; os livros, escolhidos em 2008, passaram a ser entregues às instituições de ensino para utilização a partir de Para que se pudesse traçar um perfil das obras que compunham o programa, fezse uso, ainda, do próprio Catálogo do Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio: PNLEM/2009. O referido catálogo constitui ferramenta que serve para auxiliar os professores e outros membros da equipe pedagógica das escolas no processo de escolha dos livros a serem utilizados. A opção em utilizar as obras recomendadas pelo PNLEM/2009 para que se pudesse averiguar como o tema é abordado sob a ótica didática justifica-se pelo fato de a avaliação dos livros, nesse programa, ter sido realizada por uma equipe de professores pesquisadores de universidades brasileiras, dentre eles especialistas em língua portuguesa, linguística e literatura brasileira. No catálogo supracitado, apresentam-se as resenhas resultantes da avaliação, sendo salientados aspectos sobre os conceitos, a metodologia empregada na abordagem dos temas gramaticais e os princípios éticos veiculados nas obras. Para que a análise aqui apresentada se fizesse de modo objetivo, optou-se por escolher, dentre as onze obras que compunham o programa, três que, segundo a análise global dos compêndios, podem representar as tendências no tratamento do tema da ordem dos pronomes, sob a ótica didática. Com base nas obras escolhidas Magalhães

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