Plano Diretor Municipal Castanheira de Pêra

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Plano Diretor Municipal Castanheira de Pêra"

Transcrição

1 Plano Diretor Municipal Castanheira de Pêra M a r ç o C â m a r a M u n i c i p a l d e C a s t a n h e i r a d e P ê r a A V A L I A Ç Ã O A M B I E N T A L E S T R A T É G I C A R E L A T Ó R I O A M B I E N T A L _ Lugar do Plano, Gest ão do Territ ório e Cult ura Av. Araújo e Silva, Aveiro t el. / fax lug ardoplano@lugardoplano.p t

2 ÍNDICE 1. Introdução Metodologia da Avaliação Ambiental Objeto de Avaliação e Enquadramento da proposta de revisão do Plano Objeto de Avaliação Alternativas à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Enquadramento para a Avaliação Ambiental Estratégica da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas Análise e Avaliação Estratégica por Fator Crítico para a Decisão Quadro de Referência Estratégico Relação entre o Quadro de Referência Estratégico e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Contribuição dos Fatores Ambientais para a Determinação dos Fatores Críticos para a Decisão FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E COMPETITIVIDADE Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - QUALIDADE AMBIENTAL Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus Objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos Esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO PATRIMÓNIO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 1

3 Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Diretrizes para Seguimento FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - RISCOS AMBIENTAIS Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Situação Existente e Análise de Tendências Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Diretrizes para Seguimento Quadro de Governança para a Ação Orientações para a implementação de um Plano de Controlo Considerações Finais Referências Bibliográficas Anexos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 2

4 LISTA DE ACRÓNIMOS AAE Avaliação Ambiental Estratégica ENCNB Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade ENDS Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável ENE Estratégia Nacional para a Energia FA Fatores Ambientais FCD Fatores Críticos de Decisão IGT Instrumentos de Gestão Territorial PGRH do Tejo Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas que integram a Região Hidrográfica 5 (RH5) (Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo) PDM Plano Diretor Municipal PEAASAR II Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II PENDR Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural PENT Plano Estratégico Nacional do Turismo PEPS Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos PERSU 2020 Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos 2020 PMDFCI Castanheira de Pera Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndio de Castanheira de Pera PMEPC - Castanheira de Pera Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Castanheira de Pera PMOT Planos Municipais de Ordenamento do Território PNA Plano Nacional da Água PNAAS Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde PNAC Plano Nacional de Alterações Climáticas PNPOT Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território PNUEA Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água PRN 2000 Plano Rodoviário Nacional PROF - PIN Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte PPROT - C Proposta de Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro PSRN 2000 Plano Setorial da Rede Natura 2000 QE Questões Estratégicas QRE Quadro de Referência Estratégico RA RFC Relatório dos Fatores Críticos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 3

5 1. Introdução A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) de planos e programas é um procedimento obrigatório em Portugal e um instrumento da política de ambiente cuja obrigatoriedade de aplicação decorre da publicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), o qual consagra no ordenamento jurídico nacional os requisitos legais europeus estabelecidos pela Diretiva 2001/42/CE, de 25 de Junho. A adaptação do regime de avaliação ambiental aos Instrumentos de Gestão Territorial surge no quadro legislativo nacional com a publicação do Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, que altera e republica o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, por sua vez alterado e republicado pelo Decreto- Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, incorporando a análise sistemática dos efeitos ambientais nos procedimentos de elaboração, alteração, revisão, assim como no acompanhamento, participação pública e aprovação dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT). O procedimento de AAE, de acordo com o disposto no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), consiste na identificação, descrição e avaliação dos eventuais impactes significativos no ambiente resultantes de um plano ou programa, realizada durante um procedimento de preparação e elaboração de um plano ou programa e antes do mesmo ser aprovado ou submetido ao procedimento legislativo, concretizada na elaboração de um relatório ambiental e na realização de consultas, e a ponderação dos resultados obtidos na ponderação da decisão final sobre o plano ou programa e a divulgação pública de informação respeitante à decisão final. A Avaliação Ambiental Estratégica visa estabelecer um nível elevado de proteção do ambiente e promover a integração das questões ambientais e de sustentabilidade nas diversas fases de preparação e desenvolvimento de políticas, planos e programas, designadamente instrumentos de gestão territorial, que assegurem uma visão estratégica e contribuam para processos de decisão ambientalmente sustentáveis. A Avaliação Ambiental Estratégica pode contribuir para (Partidário, 2012): Assegurar uma perspetiva estratégica, sistémica e alargada em relação às questões ambientais, dentro de um quadro de sustentabilidade; Contribuir para a identificação, seleção e discussão de opções de desenvolvimento para decisões mais sustentáveis (interrelacionando sempre as questões biofísicas, sociais, institucionais e económicas); m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 4

6 Detetar oportunidades e riscos estratégicos nas opções em análise e facilitar a consideração de processos cumulativos; Sugerir programas de seguimento, através de gestão estratégica e monitorização; Assegurar processos transparentes e participativos que envolvem todos os agentes relevantes através de diálogos, e promover decisões mais integradas relativamente ao conjunto de pontos de vista mais relevantes. O presente relatório ambiental constitui um importante contributo do processo de AAE para a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Castanheira de Pera, concretizando a recomendação exposta no Artigo 5.º da Diretiva 2001/42/CE (com transposição no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) sempre que seja necessário proceder a uma avaliação ambiental, deve ser elaborado um relatório ambiental no qual serão identificados, descritos e avaliados os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do plano ou programa e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objetivos e o âmbito de aplicação territorial respetivos. O relatório ambiental deve incluir as informações que razoavelmente possam ser necessárias, tendo em conta os conhecimentos e métodos de avaliação disponíveis, o conteúdo e o nível de pormenor do plano ou do programa e a sua posição no processo de tomada de decisões. No presente caso, a integração de aspetos que visam garantir a sustentabilidade ambiental da proposta de revisão do presente PDM efetua-se essencialmente numa fase de análise dos efeitos esperados sobre a concretização das opções do Plano, através da indicação de diretrizes de seguimento e da especificação de medidas e ações que integram as orientações para a implementação de um Plano de Controlo no Relatório Ambiental. Em termos estruturais, após uma introdução geral ao enquadramento e objetivos da Avaliação Ambiental Estratégica, o presente relatório apresenta no Capítulo 2 os aspetos metodológicos associados ao processo de Avaliação Ambiental Estratégica. O Capítulo 3 destaca o objeto de avaliação do presente estudo, identifica as opções estratégicas e respetivos objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, descreve as alternativas que estiveram na base da tomada de decisão pelo modelo de gestão territorial agora proposto e ainda apresenta o enquadramento para a AAE da presente proposta de revisão. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 5

7 O resultado dos pareceres emitidos pelas entidades com responsabilidades ambientais específicas, relativos ao Relatório de Fatores Críticos (RFC), é enunciado no Capítulo 4 Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas. No Capítulo 5 apresenta-se o Quadro de Referência Estratégico (QRE) definido para a presente proposta de revisão, a relação entre o QRE e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do PDM e a contribuição dos Fatores Ambientais para a determinação dos Fatores Críticos de Decisão (FCD). Este capítulo apresenta ainda uma avaliação dos Fatores Críticos de Decisão, tendo em consideração a situação existente e a análise das principais tendências sem considerar a revisão do Plano, sendo posteriormente analisados os efeitos esperados com a concretização das opções da proposta do Plano, de acordo com um conjunto de indicadores previamente definidos, com o intuito de verificar de que forma as opções do Plano contribuem para atingir os objetivos de sustentabilidade ambiental. Para cada FCD foram identificadas oportunidades e ameaças decorrentes da execução do plano em análise, assim como foram definidas diretrizes de seguimento, que serão concretizadas mais adiante nas medidas propostas no âmbito das orientações para a implementação de um Plano de Controlo. O Capítulo 6 apresenta o Quadro de Governança para a Ação com indicação das principais entidades/agentes intervenientes com responsabilidade em todo o processo de acompanhamento do Plano. O Capítulo 7 contempla as orientações para a implementação de um Plano de Controlo, a ter em consideração pela autarquia na execução do PDM em análise. Por fim, o Capítulo 8 apresenta uma síntese dos aspetos mais importantes identificados no âmbito da presente Avaliação Ambiental Estratégica. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 6

8 2. Metodologia da Avaliação Ambiental AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera A Avaliação Ambiental Estratégica da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera desenvolve-se em diversos momentos, com recurso a metodologias próprias, e articulados entre si, conforme se evidencia na figura seguinte. Definição do Âmbito e do Alcance da Avaliação Ambiental Estratégica Integra o Relatório de Fatores Críticos Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas De acordo com o disposto no n.º 3, do artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (*) Análise e Avaliação Ambiental das Opções Estratégicas da Proposta de Revisão do PDM Integra o e respetivo Resumo Não Técnico Consulta Pública De acordo com o disposto no artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (*) Elaboração da Declaração Ambiental De acordo com o disposto no artigo 10.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (*) Acompanhamento da Execução do Plano e Monitorização da AAE De acordo com o disposto no artigo 11.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (*) Figura 2.1 Metodologia da Avaliação Ambiental Estratégica (*) - Com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio A Avaliação Ambiental Estratégica segue, metodologicamente, as linhas de orientação presentes no Guia de Melhores Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica (Partidário, 2012) e no documento de Orientação elaborado pela Direção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 7

9 intitulado Guia da Avaliação Ambiental Estratégica dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (DGOTDU, 2008). DEFINIÇÃO DO ÂMBITO E DO ALCANCE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA O processo de AAE da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera iniciou-se com a determinação dos Fatores Críticos de Decisão. Em termos metodológicos, a fase de delimitação do âmbito e do alcance promoveu as seguintes iniciativas: Reconhecimento das opções estratégicas de desenvolvimento e respetivos objetivos estratégicos; Reconhecimento de base territorial das referidas opções estratégicas e respetivas implicações ambientais; Reconhecimento dos problemas, ameaças e oportunidades em função do enquadramento territorial existente e dos objetivos estratégicos do Plano; Definição do Quadro de Referência Estratégico para o PDM de Castanheira de Pera; Identificação e caraterização das questões ambientais relevantes para o PDM de Castanheira de Pera promovendo a seleção dos fatores ambientais relevantes, com base nos elementos de diagnóstico que suportam a elaboração do Plano, na legislação e na informação de base aplicável; Identificação e caraterização das questões ou domínios que devam ser avaliados, em matéria de sustentabilidade ambiental, recorrendo a indicadores; Definição dos objetivos de sustentabilidade tendo em consideração a avaliação de impactes de todas as intervenções que se pretendem concretizar na área do Plano. Nesta AAE, o momento de definição do âmbito, expresso pelo Relatório de Fatores Críticos, implicou: A determinação do âmbito da avaliação ambiental a realizar, através do processo de análise que permitiu identificar os Fatores Críticos de Decisão e respetivos domínios de análise; A determinação do alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no Relatório Ambiental, através do estabelecimento de indicadores que permitam caracterizar a situação de referência e realizar um diagnóstico relativo a potenciais riscos ou oportunidades decorrentes dos efeitos associados às opções estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 8

10 Os Fatores Críticos para a Decisão constituem os temas mais importantes a serem abordados no âmbito da AAE e identificam os aspetos que deverão ser considerados na tomada de decisão. O objetivo da definição dos FCD é assegurar a focagem da AAE, estabelecendo o alcance da avaliação de forma a perceber o enquadramento em que esta se realiza. O estabelecimento dos Fatores Críticos de Decisão pressupôs a análise integrada dos seguintes elementos: Quadro de Referência Estratégico (QRE), contexto macro-político nacional em matéria de ambiente e sustentabilidade; Questões Estratégicas Fundamentais, também designadas por Opções Estratégicas (QE), identificadas na proposta de plano com potenciais implicações ambientais; Fatores Ambientais (FA), pertinentes para a avaliação. A determinação dos FCD resulta, numa primeira fase, da interação entre os objetivos do Quadro de Referência Estratégico preconizado e as Opções Estratégicas definidas na proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. A análise de interação entre os objetivos dos instrumentos do Quadro de Referência Estratégico e as Opções Estratégicas determina o grau de convergência das opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, com os objetivos de ambiente e sustentabilidade preconizados nos instrumentos do QRE: Relação forte (evidencia que os objetivos do QRE se encontram contemplados nas opções estratégicas da proposta de revisão do PDM); Relação média (evidencia que os objetivos do QRE se encontram apenas parcialmente contemplados nas opções estratégicas da proposta do PDM); Relação fraca (evidencia a existência de objetivos do QRE que não se encontram devidamente contemplados nas opções estratégicas da proposta de revisão do PDM); Não aplicável - n.a. (evidencia que os objetivos do QRE não se aplicam às opções estratégicas da proposta de revisão do PDM). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 9

11 Esta análise permitiu evidenciar as questões de sustentabilidade ambiental que se prefiguram como determinantes para integrarem os FCD que devem ser avaliados, por forma a contribuir para o processo de tomada de decisão e promover o alcance do(s) objetivo(s) de sustentabilidade ambiental pretendidos na execução do PDM de Castanheira de Pera. Da análise das relações existentes entre as duas componentes referidas e da integração dos Fatores Ambientais (FA), definidos no quadro legislativo 1, considerados importantes nesta avaliação, resultaram os Fatores Críticos de Decisão, que reúnem os aspetos de ambiente e sustentabilidade relevantes que servirão de base para a tomada de decisão (Figura 2.2). QRE QE FCD FA Figura 2.2. Representação esquemática em Diagrama de Venn da definição dos FCD (adaptado de Partidário, 2007) Os Fatores Críticos de Decisão constituem os temas mais importantes a serem abordados no âmbito da AAE e identificam os aspetos que deverão ser considerados na tomada de decisão. O objetivo da definição dos FCD é assegurar a focagem da AAE, estabelecendo o alcance da avaliação de forma a perceber o enquadramento em que esta se realiza. Definidos os FCD, identificaram-se os domínios de avaliação, que refletem o âmbito das questões pertinentes associadas a cada fator crítico e estruturam uma abordagem temática. Para cada domínio de avaliação foram indicados os objetivos de sustentabilidade que convergem para os objetivos preconizados nos instrumentos que constituem o Quadro de Referência Estratégico para a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Os FCD foram concretizados ainda em critérios de avaliação e indicadores. Os critérios de avaliação especificam os FCD, fornecendo detalhes sobre o que significam os FCD, as questões relevantes consideradas prioritárias e incluídas nos FCD. Os critérios permitem suportar a análise prevista para o presente e contribuir para avaliar a sustentabilidade da estratégia preconizada nos 1 Fatores ambientais definidos na alínea e) do n.º 1, do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 10

12 objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, facilitando a avaliação e possibilitando uma tomada de decisão consciente e adequada. Os indicadores são métricas da avaliação, quantitativos ou qualitativos (Partidário, 2012). Para cada indicador de avaliação definido, foi ainda considerada: a unidade de avaliação de referência para a AAE; a fonte de informação utilizada (entidade responsável pela disponibilização da informação relevante para a avaliação do respetivo indicador). CONSULTA ÀS ENTIDADES COM RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO N.º 3, DO ARTIGO 5.º, DO DECRETO-LEI N.º 232/2007, DE 15 DE JUNHO (COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI N.º 58/2011, DE 4 DE MAIO) A Câmara Municipal promove a consulta sobre o âmbito da AAE (Relatório de Fatores Críticos) às entidades com responsabilidades ambientais específicas (no mínimo), às quais possam interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano (de acordo com o n.º 2, do artigo 75.º-A do Decreto- Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, conjugado com o n.º 3, do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). As entidades a consultar são, nos termos do n.º 3, do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o Instituto da Água, as Administrações de Região Hidrográfica, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, as Autoridades Regionais de Saúde e/ou os municípios da área abrangida pelo objeto em estudo. No entanto, não obstante o referido, importa salientar que a seleção das entidades a consultar varia de acordo com o IGT em estudo, sendo determinada em função do âmbito e dos objetivos da avaliação, assim como das atribuições e competências legais de cada instituição. Desta forma, nem todas as entidades referidas no diploma têm necessariamente de ser consultadas e, por outro lado, podem ser consultadas outras entidades não referidas no respetivo diploma. Cabe à Câmara Municipal ponderar e decidir que entidades devem ser consultadas, em cada caso concreto (DGOTDU, 2008). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 11

13 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS OPÇÕES ESTRATÉGICAS DA PROPOSTA DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE CASTANHEIRA DE PERA O presente serve de base à segunda fase do processo de AAE da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. A metodologia de AAE adotada para a caraterização e análise de cada um dos FCD definidos envolveu a integração dos seguintes elementos: Caraterização da situação existente e análise das principais tendências na ausência da execução do Plano; Análise dos efeitos esperados com a implementação do Plano; Avaliação estratégica de oportunidades e ameaças; Proposta de diretrizes de seguimento; Estabelecimento de um quadro de governança para a ação; Estabelecimento de orientações para a implementação de um plano de controlo para acompanhamento do processo. Na análise da situação existente e das principais tendências, associada a cada um dos FCD, recorre-se a uma análise do tipo SWOT 2, pretendendo-se efetuar um diagnóstico de referência, sem considerar a implementação da proposta de revisão do Plano, identificando, para isso, um conjunto de pontos fortes e fracos e as relações entre estes ao nível das principais áreas de desenvolvimento local, e determinar na envolvente económica, social, patrimonial e ambiental do município, aspetos potenciadores e opositores ao desenvolvimento sustentável. No que se relaciona com a análise dos efeitos esperados, com o intuito de aferir de que forma a implementação do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera em avaliação contribui para a concretização de metas e objetivos ambientais definidos nos diferentes instrumentos de referência considerados relevantes, realiza-se uma análise pormenorizada do Quadro de Referência Estratégico definido, tendo em vista avaliar em que medida o Plano contribui ou conflitua com os objetivos delineados nos diferentes instrumentos estratégicos. São ainda identificadas as relações de contribuição das opções estratégicas inerentes à proposta de revisão do Plano, para a promoção de cada um dos indicadores definidos para os FCD. 2 O termo SWOT é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 12

14 A avaliação estratégica das principais ameaças e oportunidades é desenvolvida com o intuito de evidenciar os eventuais constrangimentos e potencialidades expectáveis com a implementação do PDM de Castanheira de Pera em avaliação. Com base nos indicadores definidos e nos efeitos previsíveis que a implementação do Plano pode ter sobre estes, são identificadas diretrizes de seguimento, que correspondem a orientações ou recomendações a implementar na fase de execução da proposta, visando reforçar os princípios e objetivos de sustentabilidade, refletindo-se nas orientações para a implementação de um plano de controlo. No estabelecimento das orientações para a implementação de um plano de controlo, identificaram-se indicadores de sustentabilidade, medidas de gestão ambiental a adotar e o posicionamento do município de Castanheira de Pera face a metas estabelecidas em documentos estratégicos. A execução deste plano é crucial para acompanhar o ciclo de planeamento e programação, servindo para monitorizar as diferentes fases da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. Há ainda lugar à definição de um quadro de governança para o PDM de Castanheira de Pera em avaliação, que permite identificar as entidades e os agentes que se considera terem um papel primordial na operacionalização, monitorização e gestão das ações previstas no Plano, garantindo o cumprimento dos objetivos relativos aos FCD e das diretrizes propostas. CONSULTA PÚBLICA, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ARTIGO 7.º, DO DECRETO- LEI N.º 232/2007, DE 15 DE JUNHO (COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI N.º 58/2011, DE 4 DE MAIO) Antes da aprovação do Plano e do respetivo, a Câmara Municipal promove novamente a consulta às entidades com responsabilidades ambientais específicas, para emissão de parecer (de acordo com o n.º 2, do artigo 75.º-A do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, conjugado com o n.º 3, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). Concluído o período de acompanhamento, a Câmara Municipal procede à abertura de um período de discussão pública, através de Aviso a publicar no Diário da República, tendo como objetivo recolher sugestões formuladas por associações, organizações ou grupos não governamentais, ou outras pessoas interessadas. A consulta pública e o prazo de duração são publicitados através de meios eletrónicos (página da internet da Câmara Municipal), e divulgados através da comunicação social. Durante o período de discussão pública, o projeto de Plano e respetivo, assim como os pareceres da m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 13

15 Comissão de Acompanhamento ou da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e os demais pareceres eventualmente emitidos, estão disponíveis ao público na Câmara Municipal, e noutros locais indicados pela autarquia (n.º 3, do artigo 77.º, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, articulado com os n.º 6, 7 e 8, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto- Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL Do processo de AAE resulta uma declaração ambiental, elaborada pela entidade responsável pela elaboração do Plano (no presente caso a Câmara Municipal de Castanheira de Pera) que reflete a forma como as considerações ambientais foram tidas em consideração durante a preparação e elaboração do Plano, incorporando orientações para a implementação do Plano de Controlo e as medidas de controlo. Esta declaração deverá conter: Uma síntese relativa às considerações ambientais do relatório ambiental que foram integradas no plano; As observações apresentadas pelas entidades consultadas na discussão pública e o resultado da respetiva ponderação; As razões que fundaram a aprovação do PMOT à luz de outras alternativas razoáveis, abordadas aquando da respetiva elaboração (se aplicável); As medidas de controlo previstas. Após a aprovação da Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, a Declaração Ambiental deverá ser enviada à Agência Portuguesa do Ambiente, acompanhada do respetivo Plano (no caso deste ainda não ter sido objeto de publicação em Diário da República) e às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas (ERAE). Posteriormente, esta informação será disponibilizada ao público pela Câmara Municipal de Castanheira de Pera (entidade responsável pela elaboração do plano), através da respetiva página da Internet, podendo ser igualmente disponibilizada na página da Internet da Agência Portuguesa do Ambiente. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 14

16 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO PLANO E MONITORIZAÇÃO DA AAE Numa fase posterior, a Câmara Municipal de Castanheira de Pera deverá avaliar e controlar os efeitos significativos no ambiente decorrentes da aplicação / execução do plano, verificando se estão a ser cumpridas as medidas constantes da Declaração Ambiental, utilizando os indicadores de execução do plano. Para isso, deverá ser desenvolvido um conjunto de ações (DGOTDU, 2008), nomeadamente: Implementar um esquema ou programa para controlo da execução do plano, verificação das medidas previstas na declaração ambiental, e monitorização dos seus efeitos no ambiente; Monitorizar os efeitos da execução do plano no ambiente através de indicadores previamente selecionados; Elaborar estudos em função do que foi estabelecido durante a elaboração do Plano ou de acordo com as necessidades que se venham a definir. Os resultados do controlo devem ser divulgados pela Câmara Municipal através de meios eletrónicos, atualizados com uma periodicidade mínima anual, e remetidos anualmente à Agência Portuguesa do Ambiente (artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 15

17 3. Objeto de Avaliação e Enquadramento da proposta de revisão do Plano 3.1. Objeto de Avaliação O objeto de avaliação do presente corresponde à Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. O PDM em vigor, ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 84/94, de 20 de Setembro, entra em processo de revisão 3 atendendo ao facto de durante o seu período de vigência se terem identificado problemas que decorreram naturalmente da transição de uma situação e gestão, para outra em que se definiram regras de ocupação e uso do território municipal ou de alguns erros ou imprecisões do actual PDM das quais se destacam: Cartografia de elaboração do Plano à escala 1/25000 o que não permite uma boa leitura e, consequentemente, uma boa gestão do Plano; Discrepância entre a planta de ordenamento e de condicionantes; Zonas de povoamento dispersas e de aglomerados não considerados como tal, tendo ficado inseridos noutras classes de espaços; Limites de áreas de povoamento disperso e de perímetros urbanos desfasados da situação real; Em algumas classes de espaço, alguns dos parâmetros urbanísticos tem-se revelado desajustados ao tipo de ocupação prevista no plano (Aviso da Elaboração da Revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera). Neste contexto revela-se de extrema importância proceder à revisão do PDM no sentido de promover a sua adequação a perspetivas de desenvolvimento económico e social, e o atendimento a questões de sustentabilidade ambiental. Constitui-se, assim, objetivo da presente revisão do PDM promover um equilíbrio entre as expectativas e estratégias de desenvolvimento municipal e as orientações contidas em instrumentos orientadores para a definição de opções de política, designadamente com o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, bem como de outros Instrumentos de política sectorial de âmbito nacional. O PDM, mais do que um instrumento de gestão territorial, assume-se como um instrumento de vertente estratégica cuja sua finalidade extravasa a definição dos Perímetros Urbanos. Mais do que vincular o crescimento do território importa definir quais os objetivos basilares que o PDM de Castanheira de Pera preconiza no seu modelo territorial, assim temos (Relatório do Plano, 2015): Aumentar a competitividade económica do Concelho, através do reforço dos espaços destinados às atividades económicas; 3 de acordo com Aviso n.º 6778/2002 (2.ª série) - AP (D.R. n.º 171, Série II, Apêndice n.º 98/2002 de ) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 16

18 Reforçar a centralidade da vila de Castanheira de Pera; Reforçar a rede de complementaridades dos aglomerados urbanos; Contrariar o isolamento dos aglomerados rurais, promovendo a equidade territorial, com níveis de serviço às populações e acessibilidades qualificadas; Promover a qualificação e contrariar o despovoamento do solo rural; Manter e requalificar espaços com vocação privilegiada para o recreio e lazer associado à valorização do património arquitetónico, arqueológico e natural, com o intuito de potenciar, a nível económico e turístico a individualidade do Concelho, preservando a sua memória coletiva; Aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal, através da promoção da sustentabilidade do solo rural, contribuindo para a sua revitalização económica e social; Prevenir e minimizar riscos ambientais; Reforço das acessibilidades internas e com o município vizinhos. Neste contexto, as linhas de força de natureza estratégica da Proposta de Revisão do Plano Director Municipal de Castanheira de Pera, podem ser sistematizadas nas seguintes opções estratégicas 4 : Organização Espacial e Requalificação Urbana Desenvolvimento Sócio - Económico e Competitividade Conservação e consolidação da Rede de Equipamentos e Infra-Estruturas Preservação e Valorização dos Recursos Naturais e Culturais e Prevenção dos Riscos A decisão de elaboração da proposta de revisão do PDM da Câmara Municipal, acompanha o sentido das decisões dos municípios vizinhos de Figueiró dos Vinhos e de Pedrógão Grande. Deve ser salientada a opção conjunta dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, que através da constituição da Associação de Municípios PEFICA, promoveram o lançamento do concurso público conjunto para elaboração da revisão dos respetivos PDM s. A constituição desta associação revela a preocupação e a sensibilidade para as questões da atuação conjunta, na procura de economias de escala, sinergias e dinâmicas em rede, com carácter intermunicipal, 4 A relação entre as opções estratégicas definidas e os respetivos objetivos estratégicos são apresentados no Quadro m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 17

19 que contribui para o desenvolvimento integrado dos três concelhos, que apresentam realidades locais similares em termos de cultura de apropriação e vivências dos espaços e condições naturais idênticas, possibilitando desta forma a obtenção de objetivos comuns a nível estratégico de desenvolvimento. NECESSIDADE DE REVISÃO DO PDM A decisão de elaboração da revisão do PDM de Castanheira de Pera foi publicitada em Diário da República, através do Aviso n.º 6778/2002 5, apresentando os seguintes fundamentos: O PDM de Castanheira de Pera foi publicado no Diário da República a 20 de setembro de 1994, estando em vigor desde essa data. Ao longo do seu período de vigência, foram surgindo problemas de diversa ordem: Alguns decorrem naturalmente da transição de uma situação de gestão, para outra em que se definiram regras de ocupação e uso do território municipal; Outros decorrem de alguns erros ou imprecisões do atual PDM. No presente caso, a gestão quotidiana de processos colocou diversos tipos de problemas, sendo os mais graves os que genericamente se descrevem: 1) Cartografia de elaboração do Plano à escala 1/25000 o que não permite uma boa leitura e, consequentemente, uma boa gestão do Plano; 2) Discrepância entre a planta de ordenamento e de condicionantes; 3) Zonas de povoamento dispersas e de aglomerados não considerados como tal, tendo ficado inseridos noutras classes de espaços; 4) Limites de áreas de povoamento disperso e de perímetros urbanos desfasados da situação real; 5) Em algumas classes de espaço, alguns dos parâmetros urbanísticos tem-se revelado desajustados ao tipo de ocupação prevista no plano. Opções Estratégicas e Objetivos Estratégicos da Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera No decurso do processo de AAE, os objetivos estratégicos da proposta de revisão do plano, designados na proposta de regulamento, foram contemplados, adaptados e incorporados no quadro de objetivos mais específicos que assiste à análise de Avaliação Ambiental, conforme o Quadro 2. 5 Aviso n.º 6778/2002 (2.ª série) - AP (D.R. n.º 171, Série II, Apêndice n.º 98/2002 de ), pp 45. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 18

20 O Quadro seguinte estabelece a relação entre as opções estratégicas e os respetivos objetivos estratégicos. Quadro Opções Estratégicas e Objetivos Estratégicos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera Opções Estratégicas Objectivos Estratégicos Definir orientações adequadas às especificidades dos modelos e padrões de povoamento e às características das estruturas urbanas existentes, valorizando o sistema urbano multipolar e os ganhos de escala associados a uma complementaridade de funções. Organização Promover a sustentabilidade do território com base nos recursos territoriais, ambientais e Espacial e sinergias existentes. Requalificação Reforçar a função urbana de Castanheira de Pera. Urbana Promover um adequado planeamento e ordenamento do concelho de Castanheira de Pera. Promover uma política de requalificação, com a participação da população. Desenvolvimento Sócio - Económico e Competitividade Conservação e consolidação da Rede de Equipamentos e Infra-Estruturas Preservação e valorização natural e cultural Dar expressão territorial à estratégia de desenvolvimento local, incentivando modelos de atuação baseados na concertação entre a iniciativa pública e privada, na concretização dos instrumentos de gestão territorial. Promover um desenvolvimento sustentado de Espaços Industriais / Armazenagem, Serviços e Logística, de vertente intermunicipal. Promover a rentabilização e ordenamento florestal. Criar bases para o desenvolvimento do turismo e lazer associado à floresta e aos recursos hídricos (praias fluviais). Desenvolvimento e aproveitamento do turismo em espaço natural. Criar novas áreas de aptidão turística em articulação com o património natural e cultural. Potenciar e fomentar os atores de desenvolvimento. Maximizar os fatores geográficos e as infra-estruturas existentes. Promover o desenvolvimento social do concelho. Promover a equidade territorial através da manutenção, beneficiação e qualificação do sistema da rede rodoviária. Assegurar níveis adequados de serviço de infra-estruturas (sistemas de abastecimento de águas e sistemas de tratamento de águas residuais, entre outros), essencial para a qualidade de vida das populações. Promover a conservação e consolidação do sistema municipal de equipamentos públicos. Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas. Promover novas oportunidades de investimento e desenvolvimento em torno da qualidade do património construído, cultural e natural..proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recursos naturais. Salvaguardar os valores naturais associados ao Sítio da Rede Natura Serra da Lousã. Prevenir e minimizar riscos ambientais. Estabelecer percursos articulados de paisagem. Preservar e o Património Histórico (nomeadamente o centro histórico). Preservar, valorizar e divulgar o Património Cultural, nomeadamente o património histórico (centro histórico) e o património arqueológico. Estruturar uma perspetiva de proteção para o solo rural, conduzindo a um modelo de intervenção de valoração e rentabilização das atividades agroflorestais e seus aglomerados rurais, aproveitando novas oportunidades nos domínios das energias renováveis, empreendimentos turísticos e condicionando o povoamento disperso m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 19

21 O desenvolvimento territorial da política de ordenamento da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera deverá ter como principais vetores, por um lado a requalificação do atual território urbano, e por outro, a conservação e aproveitamento do potencial associado aos recursos naturais do concelho Alternativas à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera A revisão do PDM de Castanheira de Pera encontra-se suportada por um vasto conjunto de estudos de suporte dos quais se destacam os Relatórios Setoriais que caracterizam e analisam o território, demonstrando as evoluções das diferentes dinâmicas e perspetivando o desenvolvimento futuro das mesmas. A construção do Modelo Territorial e da Estrutura de Ordenamento teve por base a própria essência do processo de planeamento e que se pode traduzir na procura incessante do equilíbrio entre o modelo de ocupação humana presente no território e o sistema biofísico que lhe serve de suporte. Estas análises foram ainda suportadas pelo envolvimento e participação dos atores locais com o intuito de perceber e conhecer a evolução pretendida para o território. Pela análise exaustiva, argumentação e justificações apresentadas nos diferentes documentos que suportam a revisão do PDM de Castanheira de Pera, não foram consideradas alternativas à estratégia proposta considerando-se que a mesma responde às melhores opções a serem tomadas para o desenvolvimento do território concelhio Enquadramento para a Avaliação Ambiental Estratégica da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera constitui um Instrumento de Gestão do Território de âmbito municipal, integrado nos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), para os quais o quadro legislativo nacional prevê a aplicação de Avaliação Ambiental Estratégica. Devem ser aplicados à revisão do PDM os mesmos critérios utilizados para a sujeição de um PDM em elaboração a AAE, uma vez que, de acordo com o n.º 7 do Artigo 96.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro), a revisão dos instrumentos de gestão territorial deve seguir (com as devidas adaptações) os procedimentos estabelecidos para a sua elaboração, aprovação, ratificação e publicação. De acordo com a alínea c, do n.º 2 do artigo 86.º, o, produto da Avaliação Ambiental Estratégica, deve integrar o conteúdo documental que acompanha o Plano Diretor Municipal. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 20

22 Pelo exposto, a revisão do PDM de Castanheira de Pera encontra-se abrangida pelo regime de Avaliação Ambiental Estratégica de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, conjugado ainda com o disposto na alínea a, do n.º 1, do artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 21

23 4. Consulta às Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas Conforme disposto no n.º 3, do artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), conjugado com o disposto no n. o 2, do Artigo 75.º-A, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redação, a entidade responsável pela elaboração do Plano, neste caso a Câmara Municipal de Castanheira de Pera, [...] solicita parecer sobre o âmbito da avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório ambiental às entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, seja susceptível de interessar os efeitos ambientais resultantes da sua aplicação o qual deverá ser emitido no prazo de 20 dias tratando-se de um Plano Diretor Municipal, e ser considerado para efeitos da elaboração do Relatório Ambiental. Neste âmbito, a consulta efetuada teve por base o Relatório de Fatores Críticos, o qual correspondeu ao resultado do primeiro momento da presente AAE, com o objetivo de determinar o âmbito e o alcance da informação ambiental a tratar no, através da identificação do conjunto de Fatores Críticos de Decisão, dos respetivos critérios de sustentabilidade e dos indicadores que suportam a caraterização da situação de referência e a análise de efeitos esperados com a aplicação do Plano. As entidades consultadas e que emitiram parecer, no âmbito do RFC, encontram-se listadas no Quadro 4.1. Quadro 4.1. Entidades Consultadas pela Câmara Municipal de Castanheira de Pera no âmbito da determinação do âmbito e do alcance da informação ambiental a tratar no Entidade Consultada (ERAE) Resposta Comentário (S/N) (S/N) Agência Portuguesa do Ambiente (1) S N Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro S S Instituto da Água, I.P. (2) S N Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P. S S Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. (3) S N Autoridade Florestal Nacional S S Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade S S (1) A Agência Portuguesa do Ambiente encaminhou o processo para a CCDRC (2) O Instituto da Água, I.P. encaminhou o processo para a Administração da Região Hidrográfica do Tejo. (3) A Administração Regional de Saúde do Centro do Centro encaminhou o processo para a Autoridade de Saúde Concelhia No Quadro 4.2 apresenta-se o sumário das sugestões, comentários e/ou assuntos abordados nos pareceres emitidos pelas entidades consultadas (os pareceres podem ser consultados no Anexo I). Todas as m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 22

24 sugestões mereceram especial atenção, tendo sido na sua maioria consideradas na elaboração do presente relatório. Quadro Sumário das sugestões, comentários e/ou assuntos abordados nos pareceres apresentados pelas entidades consultadas Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado Observações (s) pela ERAE Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) A entidade sugere que sejam inseridos no QRE: O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o Programa Operacional Regional do Centro (PORC) e o Plano Municipal de Emergência (PME). No que se refere aos fatores ambientais, considera a entidade que não ficou evidenciada a metodologia ou os critérios que foram adotados na sua seleção. Os indicadores definidos devem ser adequados à informação disponível e adaptados à possibilidade da sua mensuração se traduzir em unidade de medida. A entidade sugere o ajustamento entre objetivos de sustentabilidade e indicadores, nomeadamente no que se refere aos seguintes domínios: Ordenamento do Território e Qualidade de Vida (no FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade ). O Ruído deve ser avaliado associando os indicadores dos mapas de ruído e os relatórios sobre a recolha de dados acústicos, de forma a permitir aferir evolução/alteração do ambiente sonoro. Em relação ao domínio da Energia, tendo sido considerada a utilização de fontes de energia renovável, deverão ser evidenciados indicadores precisos no âmbito da energia eólica, solar e geotérmica, entre outras. A entidade considera que o FCD Riscos Ambientais assume particular relevância num território marcadamente rural, onde as áreas classificadas como espaços florestais são significativas. O eucalipto tem uma presença forte, para além de uma grande mancha de matos e pastagens no norte do concelho. Deste modo, deverão ser acautelados os parâmetros referentes aos objetivos de sustentabilidade e indicadores associados, para evitar potenciais impactes ambientais negativos e potenciar a contribuição dos recursos florestais para fixação das populações ao meio rural. Não foram incluídos o QREN nem o PORC, no QRE, no entanto foi incluído o PROT-C, de âmbito regional e foram ainda considerados o PENDR e o PME, de âmbito municipal. Todos os Fatores Ambientais definidos no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, foram atendidos na AAE da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Considerando as características do território e o alcance das opções estratégicas do plano, conjugado com a tipologia dos objetivos de sustentabilidade adotados pela AAE para a proposta de PDM, foram identificadas relações significativas com todos os FA legalmente definidos e sobre os quais a avaliação incidirá. Os indicadores foram revistos e reformulados de forma a serem robustos e mensuráveis. Além disso, foram revistos todos os objetivos dos domínios referidos e ajustados os indicadores aos mesmos. Foram acrescentados e analisados novos indicadores ao domínio do Ruído conforme sugerido pela entidade. No domínio da Energia foi desenvolvida uma análise relativa às energias renováveis existentes no concelho, nomeadamente ao nível da mini-hídrica e da energia eólica, assim como foi feito o enquadramento deste tipo de energia ao nível da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. A análise realizada no âmbito da AAE pressupõe a definição de diretrizes de seguimento bem como de orientações de gestão para a prossecução do definido pela revisão do PDM. Estas foram definidas no âmbito do FCD Riscos Ambientais bem como de todos os FCD definidos. Deste modo, a monitorização e o acompanhamento da implementação do plano permitirão avaliar o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no âmbito da AAE para cada FCD. Destaca-se ainda que o próprio regulamento do Plano e o PMDFCI são instrumentos cruciais na gestão do território e só a sua efetiva implementação contribuirá m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 23

25 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela ERAE AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Observações para a minimização dos efeitos dos incêndios florestais. Administração da Região Hidrográfica do Tejo (atual Agência Portuguesa do Ambiente - APA) A entidade considera que no âmbito do FCD Ordenamento do Território, para além das condicionantes identificadas deverá também ser considerada a servidão de Domínio Hídrico. Para além da sua identificação, o relatório ambiental deverá caracterizar as condicionantes em presença, no que diz respeito à sua expressão no concelho, grau de conservação, conflitos existentes, entre outros aspetos que venham a ser considerados relevantes para o concelho de Castanheira de Pera. A entidade considera ainda que deverá ser referido de que forma a proposta de revisão do PDM visa a proteção destas áreas, garantindo, entre outros aspetos, diretrizes de ordenamento, incluindo áreas non aedificandi. O FCD do Ordenamento do Território deverá ainda contemplar todas as zonas protegidas definidas ao abrigo da Lei da Água, presentes no concelho, designadamente, zonas balneares (para a época balnear de 2009): Corga (designada) e Rocas (em estudo), pelo que deverá ser acautelada a existência de conflitos e identificada a forma como a presente revisão do PDM considera a sua preservação e valorização. Quanto ao FCD Riscos Ambientais, e especificamente no que diz respeito ao risco de cheia, entende-se que a avaliação a desenvolver deverá incluir uma identificação e caracterização de pontos críticos e dos respetivos riscos para pessoas e bens, sendo que deverá ser dada especial importância à análise relativa à existência, ou não, de conflitos decorrentes da sobreposição dos limites das zonas ameaçadas pelas cheias com aglomerados urbanos. A entidade considera ainda que o deverá apresentar, para os FCD identificados, as características das zonas suscetíveis de serem significativamente afetadas, os aspetos pertinentes do estado atual da área de desenvolvimento do plano e a sua provável evolução se o plano não for aplicado. O relatório ambiental deverá, também, identificar descrever e avaliar os eventuais efeitos significativos, sobre o ordenamento do território e os recursos hídricos, as suas alternativas razoáveis, bem como medidas de minimização e controlo, destinadas a prevenir, reduzir e, tanto quanto possível, eliminar quaisquer efeitos adversos no ambiente resultantes da aplicação do plano e que venham a ser identificados. Sendo o domínio público hídrico uma servidão e restrição de utilidade pública, merece um tratamento atento na definição da reserva ecológica nacional. Como tal, quer o regime jurídico da REN, quer o regime jurídico específico de servidão de Domínio Hídrico salvaguardam e garantem a preservação e a manutenção das áreas a ele afeto. Neste sentido, estas questões foram tidas em conta na análise da condicionante REN. As zonas balneares foram consideradas no FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. Ainda, de forma a ir ao encontro desta questão, foram contempladas e analisadas todas as zonas protegidas definidas ao abrigo da lei da Água, no âmbito do FCD Qualidade Ambiental. A análise dos conflitos da proposta de ordenamento com as condicionantes do território é realizada no item Oportunidades e Ameaças no âmbito do FCD Riscos Ambientais. Esta análise é garantida pela metodologia de avaliação seguida, traduzindo-se a estrutura do Relatório Ambiental nos subcapítulos Situação Existente e Análise de Tendências, Efeitos Esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera e Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera e Diretrizes de Seguimento, subcapítulos estes desenvolvidos para cada um dos Fatores Críticos identificados e objeto de análise. Autoridade Florestal Nacional (AFN) (atual Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas ICNF) O parecer da entidade relativamente ao Relatório de Fatores Críticos em análise é favorável. Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) (atual Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas - ICNF) No Quadro n.º 5 relação forte entre os FA e os FCD definidos (pág. 18), a entidade considera que, no Esta questão foi tida em consideração no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 24

26 Sugestões, Comentários e/ou Assunto (s) Abordado (s) pela ERAE contexto da região Centro (PENT), pela existência de fatores distintivos (património natural) assume uma importância determinante, cujas principais ações a desenvolver passam pela recuperação das paisagens naturais, assegurando a transversalidade através do reforço da qualidade do serviço, do ordenamento do território e da proteção do ambiente. Assim, deverá ser considerada a relação entre os fatores ambientais (FA) Biodiversidade, Fauna e Flora com o Fator Crítico de Decisão (FCD) Desenvolvimento Turístico. Quadro n.º 6 Relação entre os FCD e os instrumentos de referência ambiental definidos (pág. 19) a entidade considera que deve ser alvo de análise a relação do Ordenamento do território, desenvolvimento regional e competitividade e do Desenvolvimento turístico com a ENCNB e o PSRN2000, que se justifica pela percentagem de território concelhio classificado (45%). Quadro n.º 10 Principais indicadores do FCD Desenvolvimento Turístico (pág. 28) a entidade sugere a inclusão de um indicador relativo ao objetivo de sustentabilidade Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural (no domínio Património Natural ). No Anexo II Relação entre o Quadro de Referência Estratégico definido e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera ENCNB (pág. 49 e 50) No Anexo II - PSRN2000 (pág. 56) A entidade considera que a ligação dos objetivos Desenvolvimento sócio-económico e competitividade e Preservação e valorização dos recursos naturais e culturais deverá ser definida como Ligação Forte para todos os objetivos da PSRN2000. Observações Esta questão foi tida em consideração no âmbito do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade e Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. Esta questão foi atendida no âmbito do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza. Esta questão foi atendida no âmbito do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza. Esta questão foi atendida no âmbito do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza. De acrescentar que, reflexo da evolução dos trabalhos de pesquisa efetuada, surgiram novos elementos cuja integração no relatório ambiental se considerou pertinente. Pelo exposto, o relatório ambiental incorporou algumas questões não identificadas no RFC, designadamente: Critérios de avaliação, associados a cada um dos indicadores; Novos objetivos de sustentabilidade e novos indicadores. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 25

27 5. Análise e Avaliação Estratégica por Fator Crítico para a Decisão Conforme exposto no Relatório de Fatores Críticos, e abordado detalhadamente no capítulo referente à metodologia do presente, a determinação dos FCD resultou numa primeira fase, da interação entre os objetivos do Quadro de Referência Estratégico preconizado e as Opções Estratégicas definidas na proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. Da integração das relações existentes entre os objetivos referidos anteriormente e os Fatores Ambientais considerados mais relevantes no âmbito da presente AAE, resultaram os Fatores Críticos de Decisão que, neste âmbito, reúnem os aspetos de ambiente e sustentabilidade mais significativos e que servirão de base para a tomada de decisão Quadro de Referência Estratégico O Quadro de Referência Estratégico estabelece as orientações da política ambiental e de sustentabilidade, definidas a nível regional, nacional, europeu e internacional, relevantes para a AAE. A seleção dos instrumentos de referência que definem o Quadro de Referência Estratégico, para o plano em avaliação, foi efetuada no âmbito do Relatório de Fatores Críticos e permitiu identificar os objetivos de sustentabilidade que devem ser considerados no desenvolvimento das opções do Plano. Os instrumentos identificados e analisados como precursores de orientações estratégicas para a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera encontram-se identificados no Quadro Quadro Quadro de Referência Estratégica para a AAE da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera Instrumento Acrónimo Âmbito Nacional Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território PNPOT O PNPOT constitui o guia orientador do sistema de gestão territorial e da política de ordenamento do território, sendo também um instrumento chave de articulação desta política com a política de desenvolvimento económico e social, em coerência com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e com as diversas intervenções com incidência territorial, designadamente as consideradas no Quadro de Referência Estratégico Nacional para o próximo período de programação financeira comunitária QREN Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável ENDS A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) para o período 2005/15 consiste num conjunto coordenado de atuações que, partindo da situação atual de Portugal, com as suas fragilidades e potencialidades, permitam num horizonte de 12 anos assegurar um crescimento económico célere e vigoroso, uma maior coesão m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 26

28 Instrumento Acrónimo social, e um elevado e crescente nível de proteção e valorização do ambiente. Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade ENCNB A Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ENCNB) foi acolhida na ordem jurídica portuguesa através da resolução do Conselho de Ministros nº 152/2001, de 11 de Outubro, vigorando até Plano Nacional de Alterações Climáticas PNAC O Programa Nacional para as Alterações Climáticas configura o instrumento de política do Governo que suporta o cumprimento do Protocolo de Quioto pelo Estado Português. Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde PNAAS O Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde tem como desígnio melhorar a eficácia das políticas de prevenção, controlo e redução de riscos para a saúde com origem em fatores ambientais, promovendo a integração do conhecimento e a inovação, contribuindo também, desta forma, para o desenvolvimento económico e social do país. Plano Sectorial da Rede Natura 2000 PSRN2000 O Plano Sectorial da Rede Natura 2000 constitui um instrumento de gestão territorial na concretização da política nacional de conservação da diversidade biológica, visando a salvaguarda e valorização das ZPE e dos Sítios, do território continental, bem como a manutenção das espécies e habitats num estado de conservação favorável nestas áreas. Estratégia Nacional para a Energia ENE A estratégia para o sector energético constitui um fator importante de crescimento da economia portuguesa e da sua competitividade, para além de ser uma peça vital ao desenvolvimento sustentável do País. Plano Nacional da Água PNA O Plano Nacional da Água define as orientações de âmbito nacional para a gestão integrada das águas, fundamentadas em diagnóstico da situação atual e na definição de objetivos a alcançar através de medidas e ações, de acordo com o Decreto-Lei nº 45/94 de 22 de Fevereiro. Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas PEAASAR II Residuais II O Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II estabelece as orientações e fixa os objetivos de gestão e proteção dos valores ambientais associados aos recursos hídricos no horizonte Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água PNUEA O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água tem como principal finalidade a promoção do uso eficiente da água em Portugal, especialmente nos sectores urbano, agrícola e industrial, contribuindo para minimizar os riscos de escassez hídrica e para melhorar as condições ambientais nos meios hídricos. Plano de Gestão das Bacias que integram a Região Hidrográfica 5 - Plano de PGRH do Tejo Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) é um plano sectorial que assenta numa abordagem conjunta e interligada de aspetos técnicos, económicos, ambientais e institucionais, envolve os agentes económicos e as populações diretamente interessadas, tem em vista estabelecer de forma estruturada e programática uma estratégia racional de gestão e utilização da bacia hidrográfica, em articulação com o ordenamento do território e a conservação e proteção do ambiente. Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos PERSU 2020 O PERSU 2020 estabelece a visão, os objetivos, as metas globais e as metas específicas por Sistema de Gestão de RU, as medidas a implementar no quadro dos resíduos urbanos no período 2014 a 2020, bem como a estratégia que suporta a sua execução, contribuindo para o cumprimento das metas nacionais e comunitárias nesta matéria. Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural PEND Rural O Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural (PEN - DR) define a Estratégia Nacional para a Agricultura e o Desenvolvimento Rural. Plano Rodoviário Nacional PRN 2000 O atual Plano Rodoviário Nacional (Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de retificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto) define uma rede nacional, que desempenha funções de interesse nacional e internacional. Plano Estratégico Nacional do Turismo PENT m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 27

29 Instrumento Acrónimo O Plano Estratégico Nacional do Turismo serve de base à concretização de ações definidas para o crescimento sustentado do Turismo nacional nos próximos anos. Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos PEPS A Proposta para Estratégia de Proteção dos Solos configurará o instrumento de política do Governo que suporta o cumprimento dos objetivos de proteção e prevenção da degradação dos solos bem como da sua utilização sustentável. Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior PROF - PIN O Plano Regional de Ordenamento da Floresta do Pinhal Interior Norte vincula os instrumentos de política sectorial que incidem sobre os espaços florestais e visa enquadrar e estabelecer normas específicas de uso, ocupação, utilização e ordenamento florestal, por forma a promover e garantir a produção de bens e serviços e o desenvolvimento sustentado destes espaços. Âmbito Regional Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro PROT-C O Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro é o instrumento de gestão territorial que estabelece a definição para o uso, ocupação e transformação do solo, a integração das políticas sectoriais no ordenamento do território e na coordenação das intervenções e as orientações para a elaboração dos PMOT. Outros Planos Plano Municipal de Defesa da Floresta e Combate a Incêndio de Castanheira de Pera PMDFCI Castanheira de Pera Os PMDFCI desenvolvem as orientações de planeamento Nacional e Regional segundo as normas da Portaria nº 139/2006 de 25 de Outubro e as orientações técnicas estabelecidas pela DGRF. Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Castanheira de Pera (1) PMEPC Castanheira de Pera Os planos de emergência de proteção civil são documentos formais nos quais as autoridades de proteção civil, nos seus diferentes níveis, definem as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil. A reposição da normalidade das áreas afetadas constitui outro dos seus objetivos, de forma a minimizar os efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre as pessoas, bens e o ambiente. (1) Instrumentos acrescentados ao QRE, determinados na fase de Relatório de Fatores Críticos e inseridos no âmbito da elaboração do presente. Os quadros que sintetizam os objetivos de sustentabilidade dos instrumentos de referência que constituem o QRE, para a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, são apresentados no Anexo II Relação entre o Quadro de Referência Estratégico e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera A análise de interação entre os objetivos dos instrumentos do Quadro de Referência Estratégico (apresentados no Anexo II) e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera (identificadas no Capítulo 3), expressa-se em tabelas de dupla entrada, elaboradas no âmbito do Relatório de Fatores Críticos, as quais podem ser consultadas no Anexo III do presente Relatório Ambiental. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 28

30 Conforme exposto detalhadamente no capítulo relativo à metodologia, esta análise permitiu evidenciar as questões de sustentabilidade ambiental que se prefiguram como determinantes para integrarem os FCD a serem avaliados, por forma a contribuir para o processo de tomada de decisão e promover o alcance do(s) objetivo(s) de sustentabilidade ambiental pretendidos na execução da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Neste contexto, a identificação de relações fracas a médias determinará a introdução de medidas que promovam o alcance do(s) objetivo(s) de sustentabilidade ambiental pretendidos, as quais serão monitorizadas numa fase de seguimento Contribuição dos Fatores Ambientais para a Determinação dos Fatores Críticos para a Decisão. A determinação dos fatores ambientais relevantes para a proposta do Plano é orientada pelos fatores ambientais indicados no quadro legislativo da AAE, sendo a sua escolha condicionada pelo reconhecimento prévio das especificidades do território abrangido, ou implicado, pelo Plano, conjugada com o conhecimento das opções e objetivos estratégicos definidos pelo Plano. Da análise das relações de convergência expressas nas tabelas anteriormente referidas, e apresentadas no Anexo III, e da integração dos Fatores Ambientais relevantes para a área de incidência da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, resultou a determinação dos Fatores Críticos de Decisão. Para a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera foram definidos os seguintes Fatores Críticos para a Decisão: Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Biodiversidade e Conservação da Natureza Qualidade Ambiental Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Riscos Ambientais O Quadro apresenta uma breve descrição de cada um dos fatores críticos de decisão definidos. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 29

31 Quadro Descrição dos Fatores Críticos de Decisão definidos Fatores Críticos para a Decisão Descrição Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Biodiversidade e Conservação da Natureza Qualidade Ambiental Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Riscos Ambientais Refere-se à organização espacial do território e à forma como esta é capaz de estabelecer equilíbrios, integradores e respeitadores, entre o modelo de ocupação urbana e os sistemas biofísico, ambiental e paisagístico. Pretende ainda contribuir para o fortalecimento económico e social do município, com vista a fomentar aglomerados e lugares atrativos e socialmente coesos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes do concelho. Atende aos aspetos relacionados com a integridade da conservação dos ecossistemas e restantes valores naturais associados, e à forma como os recursos naturais são chamados a contribuir para a valorização do território. Atende à análise dos aspetos relacionados com a integridade da qualidade física do ambiente, tendo em conta a salvaguarda da saúde humana das populações. Identifica os elementos e conjuntos construídos que representam testemunhos da história da ocupação e do uso do território, atende à forma como os valores culturais contribuem para a valorização do território e como podem potenciar o desenvolvimento do setor do turismo. Atende à análise e avaliação da possibilidade de ocorrência de situações de risco, quer estas tenham origem em processos naturais quer sejam decorrentes das diferentes atividades desenvolvidas. O Quadro permite verificar a relação estabelecida entre os Fatores Ambientais considerados mais relevantes e os FCD definidos. Quadro Relação entre os FA estabelecidos na alínea e) do n.º 1 do Artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) e os FCD definidos Ordenamento do Património FCD Território, Biodiversidade Qualidade Cultural e Riscos Desenvolvimento e Conservação Ambiental Desenvolvimento Ambientais FA Regional e da Natureza Turístico Competitividade Biodiversidade X X Fauna X X Flora X X Património Cultural X X Atmosfera X Água X X X X Solo X X X Fatores Climáticos X Paisagem X X X Bens Materiais X X X População X X X Saúde Humana X X X m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 30

32 O Quadro revela a relação de associação dos FA aos FCD determinados na AAE da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, refletindo o âmbito da sua análise. Desta forma, as questões relacionadas com o Património Cultural, a Água, o Solo, a Paisagem, os Bens Materiais, a População e a Saúde Humana serão consideradas na análise do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. No FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza serão considerados os fatores ambientais Biodiversidade, Fauna, Flora e Água. Por outro lado, os FA Atmosfera, Água, Solo, População e Saúde Humana serão considerados na abordagem ao FCD Qualidade Ambiental. A acrescentar a estes, serão ainda analisados os fatores ambientais Biodiversidade, Flora, Fauna, Património Cultural, Paisagem e Bens Materiais aquando da avaliação do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. No FCD Riscos Ambientais, serão tidos em consideração os FA referentes à Água, Solo, Fatores Climáticos, Paisagem, Bens Materiais, População e Saúde Humana. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 31

33 5.4. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E COMPETITIVIDADE Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera apresenta um conjunto de vetores estratégicos de desenvolvimento territorial que pretendem identificar e refletir sobre o conjunto de problemas e potencialidades existentes no município. Estes vetores estratégicos, deverão constituir o suporte para a definição e implementação de políticas e de projetos estruturantes no território. Sendo o PDM o principal instrumento de gestão territorial a nível municipal, no processo da sua revisão e no âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica é essencial a análise de um Fator Crítico para a Decisão dedicado ao Ordenamento do Território, Competitividade e Desenvolvimento Regional. A análise deste FCD pretende identificar as potencialidades e/ou constrangimentos que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera terá ao nível da organização territorial do concelho, tendo em conta os objetivos estratégicos definidos para esta revisão, sendo a análise balizada pelos objetivos de sustentabilidade definidos nesta AAE. Estes objetivos de sustentabilidade pretendem contribuir para um melhor e mais equilibrado ordenamento e estruturação do território e para um posicionamento estratégico e uma capacidade competitiva mais forte do município face ao enquadramento regional onde se insere. Neste contexto e no âmbito da análise deste FCD, definiram-se dois grandes domínios de avaliação, de forma a permitir um enquadramento da análise suportada nos objetivos de sustentabilidade definidos, que se ilustram no quadro que se segue. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 32

34 Quadro Domínios de Avaliação e Objetivos de Sustentabilidade do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Domínio de Avaliação Objetivos de Sustentabilidade Ordenamento do Território Fomentar o desenvolvimento sustentável, através da organização espacial do território Promover um correto ordenamento biofísico e paisagístico, tendo em conta as condicionantes existentes Incentivar processos de regeneração e requalificação urbana Promover a criação de centralidades urbanas Melhorar e potenciar o quadro das acessibilidades intraconcelhias Competitividade e Desenvolvimento Regional Aumentar a competitividade e atratividade do município no contexto regional Estruturar e infraestruturar espaços vocacionados para a instalação de atividades económicas Fomentar o desenvolvimento sustentável, racionalizando e qualificando os espaços para a implantação e desenvolvimento de atividades económicas Criar condições para a atração e fixação de novas empresas, inovadoras e competitivas no contexto regional Criar novos postos de emprego, diminuindo a taxa de desemprego Promover os recursos agrícolas e florestais, aproveitando as características rurais do território De forma a auxiliar o nível de pormenorização da análise que se pretende efetuar, definiram-se os seguintes critérios de avaliação e respetivos indicadores para este FCD (Quadro ), através dos quais, numa primeira abordagem, se irá proceder à caraterização da situação de referência e análise de tendências num cenário de não implementação da atual proposta de revisão do PDM. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 33

35 Quadro Domínios de avaliação, critérios de avaliação, principais indicadores associados ao FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade FCD Domínio Critério Indicadores Unidade Fonte Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Ordenamento do Território Uso do Solo Ordenamento Biofísico e paisagístico Solo Rural Área Município Solo Urbano Área Município Planos Municipais de Ordenamento do Território N.º e tipo DGOTDU/ Município Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (2) N.º e Tipo Município REN existente / Proposta Área Município RAN existente / Proposta Área Município Espaço Florestal Área Município Espaço Agrícola Área Município Estrutura Ecológica Municipal (1) Área Município Rede Natura 2000 Área Município Regime florestal Área Município Acessibilidades e Rede Viária km Município Transportes Transportes tipologia Município Espaços empresariais/industriais infraestruturados Área Município Dinâmica Empresarial Taxa de ocupação dos espaços industriais (1) % Município Atividades Económicas instaladas no Concelho Nº INE Competitividade e População residente por grupos etários N.º INE Desenvolvimento População residente, segundo a qualificação académica N.º INE Regional Evolução da População Ativa por Atividades Económicas N.º INE Empregabilidade Taxa de Atividade % INE Taxa de Desemprego % INE Estruturas de apoio à formação profissional N.º Município 1 - Indicador decorrente da proposta de revisão do PDM, sendo analisado na avaliação da implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera 2 - Indicador a ser analisado na fase de execução do Plano, usado para seguimento no Plano de Controlo m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 34

36 Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo será efetuada a caraterização da situação existente no município de Castanheira de Pera, tendo em conta os diversos indicadores definidos para cada domínio do Fator Crítico para a Decisão Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. Será utilizada para esta análise a informação contida em diversos documentos estratégicos referentes ao município de Castanheira de Pera, bem como os estudos já efetuados para a revisão do PDM. Além disso, será também utilizada a informação estatística disponibilizada pelo INE. Posteriormente será efetuada uma breve análise de tendências que tem como objetivo apresentar a evolução previsível do município de Castanheira de Pera, sem no entanto considerar a execução da proposta de revisão do PDM. SITUAÇÃO EXISTENTE Domínio: Ordenamento do Território Solo Rural e Solo Urbano O Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera foi publicado pela primeira vez em Diário da República através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 84/94, de 20 de Setembro. Na data da publicação do atual PDM, o regime jurídico em vigor não estabelecia a diferenciação entre Solo Urbano e Solo Rural, tal como o faz, atualmente, o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT). Assim, a classificação do solo dividia-se nas seguintes classes de espaço: Espaços naturais Espaços culturais Espaços agrícolas Espaços florestais Espaços urbanos Espaços urbanizáveis Espaços industriais, de serviços e armazenagem Espaços canais Espaços de equipamentos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 35

37 Plano Municipais de Ordenamento do Território AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Além do Plano Diretor Municipal, atualmente em revisão, existe apenas um Plano de Urbanização PU de Castanheira de Pera, publicado em 25 de Agosto de REN A Reserva Ecológica Nacional foi criada pelo Decreto-Lei n.º 321/83, de 5 de Junho, e instituída pelo Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 213/92, de 12 de Outubro. Recentemente procedeu-se a uma revisão do Regime Jurídico da REN, através do Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto. De acordo com este diploma legal, A REN é uma restrição de utilidade pública, à qual se aplica um regime territorial especial que estabelece um conjunto de condicionamentos à ocupação, uso e transformação do solo, identificando os usos e as acções compatíveis com os objectivos desse regime nos vários tipos de áreas. A Reserva Ecológica do Município de Castanheira de Pera representava cerca de 2886,63 ha, no PDM em vigor, correspondente a cerca de 43,23% da área do município facto que revela a importância do sistema biofísico na organização e no ordenamento do modelo de ocupação deste território. RAN A Reserva Agrícola Nacional foi instituída através do Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho, com a nova redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 274/92 de 12 de Dezembro, visando proteger áreas com maior aptidão agrícola. A RAN publicada pelo PDM em vigor ocupava cerca de 287,5 há, correspondendo a 4,3% da área municipal. No entanto, no processo de revisão do PDM, foi necessário proceder-se à sua redelimitação, processo que tem acompanhado o desenvolver dos trabalhos da revisão do PDM e que tem sido acompanhado e aferido pela DRAPC e CCDR-C. O relatório do Plano da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera refere a necessidade de compatibilizar as áreas que constituem esta servidão com a proposta de ordenamento, procurando servir tanto os objetivos da RAN como os objetivos da constituição e formação de uma estrutura urbana concelhia que sirvam os interesses do desenvolvimento integrado do Município (Relatório do Plano, 2015). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 36

38 Espaço Florestal O Espaço Florestal do município de Castanheira de Pera ocupa cerca de 48% da área total do concelho, apresentando-se com grande importância para a economia do concelho. Este espaço florestal divide-se em espaço florestal de produção (as áreas florestais que se destinam ao aproveitamento do potencial produtivo) e espaço florestal de conservação (as áreas de usos ou vocação florestal sensível e que apresentam fatores de risco de erosão e/ou de incêndio). Espaço Agrícola O Espaço Agrícola do município de Castanheira de Pera representa cerca de 616,5 ha, perfazendo um total de 9,2% da área total do município (PMDFCI, 2014) e surge associado aos diversos agregados populacionais. Rede Natura 2000 O Município de Castanheira de Pera apresenta cerca de 3026ha da sua área classificada ao abrigo do Plano Sectorial da Rede Natura, pertencente ao Sítio de Interesse Comunitário da Serra da Lousã (PTCN0060), sendo esta classificação devida ao interesse paisagístico da Serra e à importância dos habitats naturais e semi-naturais e das espécies faunísticas que aí ocorrem. Esta área corresponde a cerca de 45% da área total do município e a cerca de 20% do total do sítio. Refere-se ainda que é um sítio incluído nas áreas beneficiadas por Planos de Intervenção (AGRIS Ação 7.1.) de recuperação e valorização do Património, da Paisagem e dos núcleos populacionais em meio rural. Um desses planos corresponde ao PI de Pera em Castanheira de Pera (Ficha de caracterização do Sítio, Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/00 de 5 de julho). Regime Florestal De acordo com o Relatório do Plano, as áreas de Regime Florestal do município de Castanheira de Pera perfazem cerca de 1993ha, correspondendo a 38% da área florestal e a 29,9% da área do concelho. No entanto, esta área encontra-se sob gestão de diferentes entidades, ainda que sobrepostas. Assim, pode referir-se que a área de regime florestal de Castanheira de Pera é gerida pela Assembleia de Compartes dos Baldios de Castanheira de Pera e Coentral e pelo ICNF. Estas áreas possuem planos de gestão florestal. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 37

39 Rede Viária A mobilidade e as vias de comunicação constituem importantes fatores de localização e de atração de investimentos. O município de Castanheira de Pera apresenta uma localização que se considera de charneira, uma vez que faz fronteira entre os distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco. Neste sentido, a sua rede viária apresenta algumas debilidades. No entanto, apesar do município não apresentar na sua área itinerários principais, este está rodeado pelo IC3 e IC8 que permitem facilitar o acesso a Castanheira de Pera. O município é assim servido por Estradas Nacionais, Regionais, Municipais e Caminhos Municipais. O quadro que se segue identifica a hierarquização da rede viária de Castanheira de Pera. Quadro Hierarquização da rede viária de Castanheira de Pera Fonte: Estudo de caraterização da rede viária (Revisão do PDM, 2009) Hierarquização viária Identificação da Via Rede Nacional Complementar IC3; IC8; EN Estradas Regionais ER 347; ER 236 EM 508; EM 509; EM 510; EM 512; EM 518; EM 519; EM 599 Rede Municipal Local CM 1148, CM 1149, CM 1150, CM 1151, CM 1154, CM1155, CM 1156, CM , CM , CM , CM 1157 e CM Transportes Relativamente aos transportes rodoviários coletivos de nível municipal, este encontra-se muito associado ao transporte escolar, sendo a sua frequência maior em época escolar. No entanto, existem algumas carreiras normais com passagem por Castanheira de Pera (Estudo de caracterização da rede viária da Revisão do PDM, 2015), nomeadamente entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. Domínio: Competitividade e Desenvolvimento Regional Espaços empresariais/industriais infraestruturados No PDM em vigor, estes espaços correspondiam aos Espaços industriais, de serviços e de armazenagem. Este espaço referia-se à Zona Industrial da Ervedeira, no entanto esta não teve concretização territorial. Atividades Económicas instaladas no concelho No que diz respeito ao número e tipo de empresas existentes com sede no município de Castanheira de Pera, e de acordo com os dados do INE, verifica-se que entre 2005 e 2012 houve um decréscimo de cerca de 16,2% de empresas no município, tal como se verifica no quadro que se segue. Pela análise do quadro m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 38

40 seguinte, verifica-se uma forte predominância para as empresas de comércio por grosso e a retalhos; reparação de veículos automóveis e motociclos (31,3%), de Alojamento, restauração e similares (11,9%) e de construção (11,5%). Quadro Empresas, por município de sede, segundo a Classificação das Atividades Económicas, Rev. 3 (Fonte: Atividade económica (Divisão - CAE Rev. 3) Empresas (N.º) N.º % N.º % Total Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca Indústrias extrativas Indústrias transformadoras Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição Construção Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos Transportes e armazenagem Alojamento, restauração e similares Atividades de informação e de comunicação Atividades imobiliárias Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares Atividades administrativas e dos serviços de apoio Educação Atividades de saúde humana e apoio social Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas Outras atividades de serviços População residente por grupos etários Tendo como objetivo verificar a atratividade de um concelho para a fixação da população, é necessário analisar a evolução da população residente. Desta forma, verifica-se pelo quadro que se segue, que no município de Castanheira de Pera se tem registado um contínuo decréscimo demográfico. No período intercensitário 1991 e 2001 apresentou uma variação negativa de 16% e entre 2001 e 2011 voltou a verificar-se um decréscimo de 14,5%. Apesar desta menor diminuição, verifica-se que o concelho de Castanheira de Pera é um concelho que se pode incluir nos caracterizados pela interioridade e que têm tendência para repelir a população que neles habita. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 39

41 Quadro Variação da População Residente entre 1991 e 2011 (Fonte: Área Geográfica Variação População ( ) População Residente % Portugal Centro (NUT 2002) Pinhal Interior Norte Castanheira de Pera No que diz respeito à população residente por grupos etários, verifica-se através das pirâmides etárias que cada vez é menor a população com menos de 40 anos. A análise destas pirâmides vem confirmar a repulsão que tem sido sentida neste território. Figura Pirâmides Etárias da População residente em Castanheira de Pera (2001 e 2011) (Fonte: População residente, segundo a qualificação académica Cada vez mais é reconhecida a importância da qualificação da população no desenvolvimento do local onde estão inseridas. Assim, é importante perceber como se distribui a população residente do município, segundo a qualificação académica que possui. Pelo gráfico que se apresenta, verifica-se que o nível de qualificação académica ou nível de instrução da população de Castanheira de Pera é ainda bastante baixo, sendo que 70% da população possui apenas o ensino básico. É ainda de destacar a elevada percentagem de população que não tem qualquer nível de escolaridade completo, atingindo os 10% de população. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 40

42 Figura População residente, segundo a qualificação académica Relativamente à qualificação académica da população, tendo em conta a sua formação superior, verificase que na sua maioria, a população tem uma formação de professores e ciências da educação, sendo seguidos pelos formados em comércio e administração. Quadro Nível de escolaridade mais elevado completo (2011) (Fonte: Sem nível de escolaridade completo Com nível de escolaridade completo Nível de escolaridade mais elevado completo 731 Licenciatura 119 Mestrado Formação de professores e ciências da educação 29 Artes 2 Ensino básico 2000 Letras 8 Letras 1 1.º ciclo 1190 Ciências sociais e do comportamento 14 Ciências sociais e do comportamento 2.º ciclo 356 Jornalismo e informação 4 Ciências da vida 1 3.º ciclo 454 Comércio e administração 17 Arquitetura e construção 2 Ensino secundário 294 Direito 8 Total 3191 Ensino pós-secundário 20 Ciências da vida 1 Ensino superior 146 Ciências físicas 2 Bacharelato 20 Matemáticas e estatísticas 2 Formação de professores e ciências da educação 7 Ciências informáticas 2 Ciências sociais e do comportamento 1 Engenharia e técnicas afins 4 Comércio e administração 2 Indústrias de transformação e de tratamento Direito 1 Arquitetura e construção 5 Ciências da vida 2 Agricultura, silvicultura e pesca 3 Engenharia e técnicas afins 2 Saúde 7 Arquitetura e construção 1 Serviços sociais 7 Saúde 3 Serviços pessoais 2 Serviços de segurança 1 Serviços de segurança m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 41

43 Evolução da População Ativa por Atividades Económicas No que diz respeito à evolução da população ativa por sector de atividade, nos períodos censitários 2001 e 2011 verificou-se a existência de algumas alterações nos quantitativos de população em cada sector. Contrariando o que se passa na sub-região em que o município se encontra inserido, verifica-se uma ligeira subida da população ativa do sector primário. Este facto fica a dever-se, muito possivelmente à forte componente florestal do município. Já no sector secundário, verificou-se uma acentuada diminuição dos ativos, passando de perto de 47% da população ativa para 36,6%. No sector terciário, como é comum, verificou-se um aumento da população ativa, quer no terciário social, quer no terciário económico. Quadro População ativa por sector de atividade (%) (Fonte: Sector primário Sector secundário Sector terciário (social) Sector terciário (económico) Portugal Centro Pinhal Interior Norte Castanheira de Pêra Taxa de Atividade e Taxa de Desemprego Relativamente aos indicadores taxa de atividade e taxa de desemprego, verifica-se que houve uma diminuição destes dois indicadores. O indicador, taxa de atividade permite definir a relação entre a população ativa e a população total, num determinado território. Verifica-se pela análise do quadro seguinte que a taxa de atividade diminui entre 2001 e O mesmo aconteceu com a taxa de desemprego. Contrariando o que se passa no resto do país, a taxa de desemprego diminui de 16,6% para 14,4%, mantendo-se no entanto mais elevada do que na sub-região em que o município se insere. Quadro Taxa de atividade e Taxa de desemprego Unidade Geográfica Taxa de atividade (%) Taxa de desemprego (%) Portugal Centro Pinhal Interior Norte Castanheira de Pera m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 42

44 Estruturas de apoio à formação profissional AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera As estruturas de apoio à formação profissional são, hoje, essenciais a qualquer processo de desenvolvimento municipal. O município de Castanheira de Pera encontra-se sob influência do Centro de Emprego e Formação Profissional de Leiria, existindo uma delegação em Figueiró dos Vinhos (Serviço de Emprego de Figueiró dos Vinhos) e que está inserido na Delegação Regional do Centro. Análise SWOT A análise SWOT pretende traçar o diagnóstico geral e o resumo das caraterísticas ambientais e das tendências existentes ao nível do concelho de Castanheira de Pera reunindo, para isso, um conjunto de elementos positivos e negativos, os quais, por sua vez, ocasionam um conjunto de ameaças e oportunidades associadas ao FCD em análise. Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade, para o concelho de Castanheira de Pera, sem a implementação da proposta de revisão do PDM Forças Fraquezas Localização estratégica no espaço de intermediação / espaço charneira: transição Norte / Sul Litoral / Interior Grande variedade de paisagens: montanha, floresta, cursos de água, praias fluviais, albufeiras, aldeias tradicionais Localização geográfica Diminuição da população residente Envelhecimento da população residente Rede viária regional deficitária Rede de transportes municipais inexitente Nível de qualificação académica da população ainda Importantes áreas naturais, nomeadamente os relativamente baixo ecossistemas ribeirinhos e a floresta autóctone Diminuição da taxa de desemprego Tendência para a diminuição do número de empresas no concelho Oportunidades Ameaças Aproveitamento das potencialidades da floresta Melhoria dos espaços públicos e consequente melhoria da qualidade de vida Aproveitamento dos espaços de interesse natural para o desenvolvimento de percursos que promovem a sustentabilidade ambiental e uma melhoria da qualidade de vida das populações Potencial abandono da produção silvícola Tendência para declínio demográfico e abandono e desertificação de aglomerados tradicionais Abandono de áreas agrícolas Baixa capacidade de atração de investimentos e população ANÁLISE DE TENDÊNCIAS No que se refere ao FCD em análise, verifica-se que, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, não se preveem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência. O município encontra-se atualmente a perder população a um ritmo significativo, sendo que mantendo as condições atuais esse processo poderá tornar-se ainda mais gravoso. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 43

45 Existem alguns indicadores que poderão evoluir de forma negativa, nomeadamente as atividades económicas instaladas no município, a taxa de ocupação dos espaços industriais, a população residente e a taxa de atividade. A taxa de desemprego também está atualmente a diminuir, sendo neste caso um fator positivo. No entanto, sendo que o processo de desenvolvimento do novo PDM de Castanheira de Pera pressupõe um ordenamento mais correto do solo rural e urbano e consequentemente a melhoria dos espaços públicos, a execução destas políticas municipais poderão levar a uma evolução positiva do território. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera FCD Domínio Critério Indicadores Unidade Solo Rural Uso do Solo Solo Urbano Planos Municipais de Ordenamento do Território, Competitividade e Desenvolvimento Regional Ordenamento do Território Competitividade e Desenvolvimento Regional Ordenamento Biofísico e paisagístico Acessibilidades E Transportes Dinâmica Empresarial Empregabilidade Ordenamento do Território REN existente / Proposta RAN existente / Proposta Espaço Florestal Espaço Agrícola Rede Natura 2000 Regime florestal Rede Viária Transportes Espaços empresariais/industriais infraestruturados Taxa de ocupação dos espaços industriais Atividades Económicas instaladas no Concelho População residente por grupos etários População residente, segundo a qualificação académica Evolução da População Ativa por Atividades Económicas Taxa de Atividade Taxa de Desemprego Estruturas de apoio à formação profissional - Indicador evolui de forma positiva (relativamente à situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 44

46 Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do Plano e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Os objetivos estratégicos assumidos na proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera consubstanciam efeitos positivos e negativos ao nível dos indicadores selecionados para a análise do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. O próximo quadro sistematiza essa mesma análise dos efeitos esperados, com a aplicação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre os indicadores estabelecidos para o FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 45

47 Quadro Avaliação dos efeitos dos objetivos estratégicos da proposta da revisão do PDM de Castanheira de Pera, nos indicadores estabelecidos para o FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Ordenamento do Território Solo Rural Solo Urbano Planos Municipais de Ordenamento do Território REN existente / Proposta RAN existente / Proposta Espaço Florestal Regime Florestal Espaço Agrícola Estrutura Ecológica Municipal Rede Natura 2000 A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera permite estruturar e consolidar quer o solo rural, quer o solo urbano, promovendo a qualificação das principais centralidades urbanísticas. Os objetivos estratégicos do plano referem a necessidade de revitalizar o tecido urbano concelhio e a promoção de um desenvolvimento urbano mais compacto, pelo que se espera um efeito significativo A própria revisão do PDM de Castanheira de Pera assume-se como o principal plano municipal de ordenamento municipal do território pois é o único instrumento de gestão territorial de escala municipal que abrange todo o território do município. A proposta de revisão do PDM Castanheira de Pera impõe um quadro de ordenamento mais regulador e mais equilibrado, do quadro de usos e ocupações do solo. Assim, é esperado deste processo de revisão um maior grau de preocupação com a defesa e preservação das áreas mais sensíveis do ponto de vista ambiental e paisagístico. Efeito significativo. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera classifica e qualifica o Solo Rural ajustando essa classificação aos usos e vocações dominantes do solo. O espaço agrícola é defendido e preservado e o espaço florestal é ordenado de acordo com as orientações do PROF-PIN e as áreas classificadas encontram-se identificadas e servem de base ao desenvolvimento de propostas de qualificação ambiental e paisagística. A definição desta estrutura permite enquadrar no PDM e no processo de gestão municipal as atuais preocupações e orientações de política nacional e local em matéria de valorização do sistema biofísico. Efeito positivo significativo. Os objetivos estratégicos da revisão do PDM incorporam a preocupação da proteção e defesa da zona lagunar e revitalização de áreas naturais estruturantes degradadas pertencentes à SIC Serra da A nova proposta de Perímetro Urbano implica a reclassificação de Solo Rural em Solo Urbano pelo que é inevitável o consumo de solo Rural devido a processos de urbanização, sejam urbanos sejam empresariais. - O processo de reclassificação do solo necessário à redefinição dos perímetros urbanos implicou o consumo de solos anteriormente integrados quer em REN quer em RAN. O processo de reclassificação do solo necessário à redefinição dos perímetros urbanos implicou a destruição e o consumo de solos que anteriormente apresentavam um uso e uma ocupação florestal e agrícola. - - m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 46

48 Competitividade e Desenvolvimento Regional AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Lousã. A revisão do PDM permitirá sistematizar, hierarquizar Rede Viária e estabelecer prioridades na execução de uma rede viária estruturada e coerente que favoreça a estrutura e o ordenamento do território, garantindo a qualidade de - Transportes vida da população mas também a atração e fixação de novos investimentos. O mesmo se prevê para a rede de transportes. Espaços A execução das propostas da revisão do PDM de empresariais/industriais Castanheira de Pera permitirão a implementação de infraestruturados políticas de estruturação, infraestruturação e Taxa de ocupação dos espaços qualificação dos espaços de atividades económicas que, - industriais por sua vez, motivarão a atração e fixação de mais Atividades Económicas unidades empresariais e de mais investimento e gerarão instaladas no Concelho maior capacidade de emprego. População residente por grupos etários População residente, segundo a qualificação académica Evolução da População Ativa por Atividades Económicas Taxa de Atividade Taxa de Desemprego Estruturas de apoio à formação profissional A concretização do modelo de ordenamento e estratégico da revisão do PDM de Castanheira de Pera permitirá aumentar o nível de qualidade de vida, o que suscitará a oportunidade de aumentar a população residente concelhia, bem como atrair população mais jovem, pelo que é esperado um efeito significativo. Estes indicadores apresentam alguma independência relativamente ao processo de elaboração do PDM. No entanto é expectável que a implementação do PDM de Castanheira de Pera induza sobre eles dinâmicas positivas. A implementação de políticas de estruturação, infraestruturação e qualificação dos espaços de atividades económicas poderá conduzir à existência de efeitos positivos no aumento da população ativa e empregada, diminuição da taxa de desemprego e no aumento de oportunidades de realização de ações de formação profissional, ou mesmo, na criação de estruturas vocacionadas exclusivamente para esse fim. (-) Não são esperados efeitos negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre os indicadores m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 47

49 Pela análise do quadro anterior, verifica-se que os objetivos do plano terão um efeito positivo sobre a maioria dos indicadores definidos para este FCD Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico Neste Fator Crítico para a Decisão promove-se a análise dos efeitos esperados do planeamento e execução da Proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, o qual visa, essencialmente, desenvolver e criar espaços estruturados e infra-estruturados, com capacidade para potenciar e dinamizar a economia local, melhorando a qualidade de vida das suas populações e fomentando a organização espacial do território. A execução da revisão do PDM de Castanheira de Pera integra princípios de sustentabilidade que se articulam, perfeitamente, com os instrumentos de política regional e nacional, nomeadamente, no Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro. A integração destas preocupações no processo de revisão do PDM e o consequente processo de execução e de implementação produzirá efeitos nas dinâmicas de desenvolvimento, quer a nível urbanístico, como ambiental e socioeconómico. Com o intuito de verificar como a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera contribui para a concretização de metas e objetivos de sustentabilidade definidos nos diferentes instrumentos de referência estratégicos considerados relevantes para este FCD, foi realizada a análise que se concretiza no quadro que se segue. Os resultados reportam-se apenas aos objetivos sobre os quais se verifica um efeito positivo (+) ou negativo (-), permitindo reconhecer potenciais conflitos para os quais se deverá avaliar a possibilidade de introduzir medidas de mitigação. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 48

50 Quadro Contribuição da proposta da revisão do PDM de Castanheira de Pera para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito PNPOT ENDS ENCNB Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos. Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infraestruturas de suporte à integração e à coesão territoriais; Assegurar a equidade territorial no provimento de infraestruturas e de equipamentos coletivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social; Expandir as redes e infraestruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública; FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade A proposta de plano evidencia uma preocupação de conciliação entre os sistemas construídos e os sistemas naturais ao delimitar áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização ambiental dos espaços, bem como ao definir e conciliar uma Estrutura Ecológica Municipal. A proposta de plano define espaços destinados à implantação e desenvolvimento de atividades económicas e recorre ainda à localização estratégica destas atividades promovendo uma maior competitividade ao estabelecer parecerias na criação de parques empresariais intermunicipais. A revisão do PDM tem como principal objetivo equilibrar as expectativas e estratégias de desenvolvimento municipal e as orientações contidas nos principais documentos orientadores para a definição de opções de política. Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, ativa e responsável + dos cidadãos e das instituições Preparar Portugal para a Sociedade de Conhecimento + A proposta de plano integra estas preocupações ao definir como objetivos Crescimento sustentado e competitividade à escala global + Melhor Ambiente e Valorização do Património + Mais equidade, igualdade de oportunidades e coesão social + Melhor conectividade internacional do país e valorização equilibrada do território Promover a investigação científica e o conhecimento sobre o património natural, bem como a monitorização de espécies, habitats e ecossistemas Desenvolver em todo o território nacional ações específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico e dos elementos notáveis do património geológico, geomorfológico e paleontológico estratégicos a promoção da sustentabilidade do território com base nos recursos territoriais, ambientais e sinergias existentes; a promoção do desenvolvimento social do concelho; a promoção de condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas; a preservação do património; a proteção e salvaguarda dos valores naturais, nomeadamente associados ao Sítio Rede Natura Serra da Lousã. A proposta de plano e de modelo territorial procuram integrar estas preocupações, evidenciando um equilíbrio com o sistema biofísico, integrando-o e fazendo-o parte determinante do processo de desenvolvimento estratégico municipal. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 49

51 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito PSRN2000 PEAASAR II Promover a integração política de conservação da natureza e do princípio da utilização sustentável dos recursos biológicos na política de ordenamento do território e nas diferentes políticas sectoriais Promover a educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade Assegurar a informação, sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil Estabelecer um conjunto de orientações estratégicas para a gestão do território das ZPE e Sítios considerando os valores naturais que nele ocorrem, com vista a garantir a sua conservação a médio e longo prazo Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais das ZPE e Sítios, orientando a uma macro-escala a fixação dos usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território a efetuar, posteriormente, através da inserção das normas e orientações nos instrumentos de gestão territorial que vinculam diretamente os particulares (planos municipais e planos especiais de ordenamento do território Estabelecer diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação, a definir nos planos de ordenamento que vinculam as entidades privadas, nos quais deverão ser fixados e zonados os usos do território e os regimes de gestão, com vista à utilização sustentável do território Servir cerca de 95% da população total do País com sistemas públicos de abastecimento de água Servir cerca de 90% da população total do País com sistemas públicos de saneamento de águas residuais urbanas, sendo que em cada sistema integrado o nível de atendimento desejável deve ser de, pelo menos, 70% da população abrangida Garantir a recuperação integral dos custos incorridos dos serviços FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade A proposta de plano integra estas preocupações ao definir como objetivos: Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas; Promover novas oportunidades de investimento e desenvolvimento em torno da qualidade do património construído, cultural e natural; Proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recursos naturais; Salvaguardar os valores naturais associados ao Sítio da Rede Natura Serra da Lousã; Prevenir e minimizar riscos ambientais. Atualmente o município apresenta a totalidade da sua população servida por sistemas de abastecimento de água e 99% da população servida por sistemas de drenagem e estações de tratamento de águas residuais, sendo objetivo da presente proposta Assegurar níveis adequados de infraestruturas (sistemas de abastecimento de aguas e sistemas de tratamento de águas residuais) essencial para a qualidade de vida das populações). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 50

52 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Contribuir para a dinamização do tecido empresarial privado nacional e local + PEND Rural PRN PEPS PROT-C Cumprir os objetivos decorrentes do normativo nacional e comunitário de proteção do ambiente e saúde pública Aumentar a competitividade dos sectores agrícola e + florestal. Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos + recursos naturais. Revitalizar económica e socialmente as zonas rurais + Introdução de significativas inovações relativamente ao PRN85, potenciando o correto e articulado funcionamento do sistema de transportes rodoviários, o desenvolvimento de potencialidades regionais, a redução do custo global dos + transportes rodoviários, o aumento da segurança da circulação, a satisfação do tráfego internacional e a adequação da gestão da rede Prevenir uma maior degradação do solo e preservar as suas funções Reabilitar os solos degradados, garantindo um nível de funcionalidade mínimo coerente com a sua utilização atual e prevista, tendo assim igualmente em conta os custos da reabilitação do solo Definir as opções estratégicas de base territorial para o desenvolvimento da região Centro, contemplando, designadamente a concretização das opções constantes dos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, no respeito pelos princípios gerais da coesão, da equidade, da competitividade, da sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território Definir as opções estratégicas de base territorial para o desenvolvimento da região Centro, contemplando, designadamente a protecção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais A proposta de plano reconhece a importância dos recursos agrícolas e florestais, propondo usos sustentáveis que potenciem o desenvolvimento municipal. A proposta de plano contribui positivamente para o alcance deste objetivo uma vez que apresenta como objetivo estratégico a promoção da equidade territorial com níveis adequados de serviço às populações e acessibilidades qualificadas. A proposta de plano contribui positivamente, uma vez que apresenta como objetivo estratégico a promoção da sustentabilidade do território com base nos recursos territoriais, ambientais e sinergias existentes. Os objetivos da revisão do PDM de Castanheira de Pera preveem a organização territorial do concelho num contexto regional, evidenciando uma preocupação relativa às especificidades dos modelos e padrões de povoamento e às características das estruturas urbanas existentes, valorizando o sistema urbano multipolar e os ganhos de escala associados a uma complementaridade de funções. Evidencia ainda uma preocupação relativamente à gestão eficiente do património natural e construído ao definir como opções estratégicas a valorização e preservação dos recursos naturais e culturais, bem como a requalificação territorial e urbana. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 51

53 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito Definir as opções estratégicas de base territorial para o desenvolvimento da região Centro, contemplando, designadamente o aproveitamento do potencial turístico, dando projecção internacional ao património natural, cultural e paisagístico Definir as opções estratégicas de base territorial para o desenvolvimento da região Centro, contemplando, designadamente a mobilização do potencial agro-pecuário e a valorização dos grandes empreendimentos hidro-agrícola Definir o modelo de organização do território regional, tendo em conta a necessidade de valorizar a natureza multipolar da rede urbana para o desenvolvimento de um sistema urbano verdadeiramente policêntrico, reforçando a integração entre sistemas urbanos sub-regionais Reforçar o potencial de desenvolvimento dos grandes corredores de transporte nacionais e transeuropeus que atravessam a região, modernizando infra-estruturas, estimulando complementaridades entre centros urbanos e melhorando as articulações com as redes intra-regionais Identificar a estrutura de protecção e valorização ambiental, integrando as áreas classificadas (incluindo os imperativos decorrentes da Rede Natura 2000) e outras áreas ou corredores ecológicos relevantes do ponto de vista dos recursos, valores e riscos naturais e da estruturação do território Proteger e valorizar o património arquitectónico e arqueológico, condicionando o uso dos espaços inventariados e das suas envolventes Desenvolver novas formas de relação urbano - rural, com base na diversificação de funções dos espaços rurais e na organização de uma rede de centros de excelência em espaço rural FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade A proposta de plano pretende promover um desenvolvimento sustentado do território numa vertente intermunicipal, aproveitando as sinergias existentes entre os municípios vizinhos e potenciando as acessibilidades intrarregionais. A proposta de plano apresenta como grande opção estratégica a valorização e preservação e valorização natural e cultural, contribuindo assim para a prossecução destes objetivos. Os objetivos da revisão do PDM de Castanheira de Pera preveem a organização territorial do concelho num contexto regional, evidenciando uma preocupação relativa às especificidades dos modelos e padrões de povoamento e às características das estruturas urbanas existentes, m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 52

54 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito PROF PIN Definir orientações e propor medidas para o uso, ocupação e transformação do solo adequadas às especificidades dos modelos e padrões de povoamento, às características das estruturas urbanas e às exigências dos novos factores de localização de actividades, em particular para contrariar os fenómenos de urbanização e edificação difusa para fins habitacionais ou instalação de actividades não rurais Definir orientações e propor medidas para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes Promover e garantir um desenvolvimento sustentável dos espaços florestais Promover e garantir o acesso à utilização social da floresta, promovendo a harmonização das múltiplas funções que ela desempenha e salvaguardando os seus aspectos paisagísticos, recreativos, científicos e culturais Constituir um diagnóstico integrado e permanentemente actualizado da realidade florestal da região Estabelecer a aplicação regional das directrizes estratégicas nacionais de política florestal nas diversas utilizações dos espaços florestais, tendo em vista o desenvolvimento sustentável Estabelecer a interligação com outros instrumentos de gestão territorial, bem como com planos e programas de relevante interesse, nomeadamente os relativos à manutenção da paisagem rural, à luta contra a desertificação, à conservação dos recursos hídricos e à estratégia nacional de conservação da natureza e da biodiversidade Definir normas florestais ao nível regional e a classificação dos espaços florestais de acordo com as suas potencialidades e restrições Potenciar a contribuição dos recursos florestais na fixação das populações ao meio rural FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade valorizando o sistema urbano multipolar e os ganhos de escala associados a uma complementaridade de funções. Evidencia ainda uma preocupação relativamente à gestão eficiente do património natural e construído ao definir como opções estratégicas a valorização e preservação dos recursos naturais e culturais, bem como a requalificação territorial e urbana. A proposta de plano reconhece a importância dos recursos agrícolas e florestais, propondo usos sustentáveis que potenciem o desenvolvimento municipal. A proposta de plano da revisão do PDM de Castanheira de Pera tem uma contribuição positiva para o alcance destes objetivos, uma vez que os planos sectoriais prevalecem sobre os planos municipais de ordenamento do território. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 53

55 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito PMDFCI- CP PMEPC-CP FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Aumentar a resiliência do território aos Incêndios Florestais + A proposta de revisão do plano em análise está em consonância com o Reduzir a incidência dos incêndios + objetivo do PROF-PIN, uma vez que refere a necessidade de se prevenir e minimizar os riscos ambientais e promover condições de utilização Melhorar a eficácia e a eficiência do ataque e da gestão dos + sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os incêndios efeitos decorrentes das alterações climáticas Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade + A proposta de revisão do plano em análise está em consonância com o objetivo do PMEPC-CP uma vez que refere a necessidade de se prevenir e minimizar os riscos ambientais e promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os + efeitos decorrentes das alterações climáticas m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 54

56 A elaboração e execução da revisão do PDM de Castanheira de Pera permite uma melhor e mais adequada organização territorial ao estabelecer e desenhar uma estrutura de desenho urbano coerente e integrada e permite, ainda, definir um conjunto de regras urbanísticas que orientarão as condições de uso e ocupação do território, bem como a programação faseada das redes de infraestruturas gerais, garantindo, assim, a racionalização ótima do espaço e dos meios disponíveis de investimento público. Espera-se, assim, do processo de implementação da revisão do PDM de Castanheira de Pera, uma contribuição positiva no alcance das metas estratégicas do QRE, no que diz respeito ao fator crítico Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade. O PDM terá, ainda, como principais contributos: a) uma maior organização espacial, definindo o regime do uso do solo e garantindo a racionalização e potencialização, dos espaços, dos recursos e das oportunidades presentes no contexto regional. b) uma distribuição mais equilibrada e mais qualificada, das diversas funções de um território Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera A análise de oportunidades e ameaças previstas com a execução da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera (suportada pela análise anterior dos efeitos esperados) é apresentada de forma sumária no Quadro , evidenciando as questões que decorrem dos principais impactes significativos, positivos e negativos, produzidos pela referida proposta. Quadro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera no que respeita ao FCD Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Oportunidades Ameaças Melhoria do estado de ordenamento do território contribuindo para um maior equilíbrio entre os diversos usos e funções e o sistema biofísico Possibilidade de executar um desenho urbano estruturado, coerente e atrativo Área florestal de grande importância natural e socioeconómica Criação e requalificação de espaços vocacionados para a instalação de atividades económicas Diminuição da população residente Tendência para a desertificação dos aglomerados populacionais mais isolados Tendência para o declínio e o abandono das práticas agrícolas tradicionais em regime de complementaridade e progressiva florestação de terrenos com atual uso agrícola Aumento dos níveis de impermeabilização do solo m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 55

57 Oportunidades estruturados e infraestruturados Possibilidade de incentivar e fortalecer o desenvolvimento das práticas agrícolas de complementaridade, associadas aos aglomerados tradicionais de cariz mais rural Promoção de uma capacidade atrativa do município no que respeita aos seus valores naturais Ameaças Baixa capacidade de atração de população e novas atividades empresariais No que diz respeito a este fator crítico as ameaças prendem-se essencialmente com a diminuição da população residente que se tem vindo a verificar. Além disso, apenas se destaca a necessidade de se inutilizar algum solo classificado como rural, pela necessidade de criar novas áreas urbanizadas o que, por sua vez, irá aumentar os níveis de impermeabilização do solo. No entanto os potenciais efeitos positivos significativos resultantes do processo de revisão do PDM de Castanheira de Pera (analisados anteriormente neste FCD) permitem criar oportunidades para o concelho ao nível do ordenamento, desenvolvimento territorial e competitividade. Do ponto de vista do ordenamento territorial, o balanço entre as ameaças e as oportunidades é favorável à proposta de elaboração de revisão do PDM de Castanheira de Pera uma vez que potencia a organização espacial do território e contribui para uma afirmação da competitividade da base económica local, indo de encontro às metas e orientações estratégicas propostas pelos diferentes programas e políticas de âmbito nacional, regional e local Diretrizes para Seguimento As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que podem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, no que respeita ao ordenamento do território, e que melhor integram os princípios e objetivos da sustentabilidade. É desejável que o processo de avaliação e monitorização da execução e implantação da proposta deva constituir um processo contínuo e continuado ao longo do tempo. Neste contexto, com base nos indicadores identificados e nos efeitos previsíveis que a implementação da proposta de revisão do plano pode ter sobre estes, sugerem-se algumas recomendações para que a proposta possa contribuir de forma positiva para o alcance dos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 56

58 objetivos de sustentabilidade definidos para o FCD Ordenamento do Território Desenvolvimento Regional e Competitividade : Garantir e incentivar a afirmação de uma imagem urbana agradável e atrativa onde a qualidade dos espaços públicos, a linguagem arquitetónica e as caraterísticas tipomorfológicas do edificado, o acesso aos principais equipamentos de utilização coletiva e acesso a todas as infraestruturas, constituam elementos marcantes da qualidade do espaço; Assegurar a execução, qualificação e tratamento das áreas verdes e dos espaços públicos; Controlar a edificabilidade no Solo Rural e a instalação de funções que possam revelar incompatibilidades com a promoção e valorização do espaço agrícola; Criar condições que promovam a fixação da população jovem no concelho, nomeadamente em termos de emprego; Criar condições para a fixação de empresas no concelho, disponibilizando todas as infraestruturas e, em especial, as ambientais e as tecnológicas; Garantir boas condições de acessibilidade para todos em todos os edifícios que instalem serviços direcionados para o público; Fomentar a organização de ações de formação profissional bem como a sua frequência, nas áreas de maior necessidade e em articulação com as necessidades sentidas pelo tecido empresarial local; Promover políticas de qualificação progressiva da população ativa desempregada; Desenvolver ações de sensibilização para a proteção da floresta; Promover a conservação e valorização da biodiversidade e do património natural, nomeadamente o território integrado na Rede Natura; Definir orientações para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes; Estabelecer um correto ordenamento, utilização e gestão do território do município criando espaços urbanos e urbanizáveis devidamente estruturados e infraestruturados, que reflitam um equilíbrio e o respeito pelo sistema biofísico. Concluindo, espera-se que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera contribua para promover níveis de dinâmica e de desenvolvimento económico municipal desejáveis, m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 57

59 potenciando os fatores e as oportunidades de desenvolvimento que decorrem da localização geográfica do município, do quadro de acessibilidades existente e programadas, da tradição e da dinâmica industrial e empresarial e da recente aposta na qualificação e valorização dos seus valores paisagísticos e ambientais. Estas orientações devem ser objeto de análise e de avaliação, no Relatório sobre o estado do ordenamento a nível local, a submeter a apreciação da Assembleia Municipal, tal como determina o n.º 3 do artigo 146.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 58

60 5.5. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos A execução de um Plano Municipal de Ordenamento do Território assenta em opções de natureza estratégica, que deverão ser suportadas pelas orientações de instrumentos de referência estratégica (QRE), que refletem as indicações de um conjunto de políticas sectoriais de âmbito nacional, regional e municipal, e cuja implementação local deve constituir um desígnio de sustentabilidade municipal. Neste contexto, para a conservação e valorização da biodiversidade, e do património natural no geral, interessa focar estrategicamente a avaliação num conjunto de matérias consideradas significativas para a prossecução das políticas de natureza ambiental, com particular incidência nas de conservação da biodiversidade, tomando em consideração os valores naturais mais significativos presentes no território municipal e o seu enquadramento no contexto mais regional. Neste contexto definiram-se vários domínios de avaliação para o Fator Crítico de Decisão (FCD) em análise Biodiversidade e Conservação da Natureza (Quadro ), para os quais se apresentam os respetivos objetivos de sustentabilidade que surgem enquadrados nas orientações e objetivos estratégicos definidos nos diversos instrumentos que constituem o Quadro de Referência Estratégico definido no Capítulo 5.1. Quadro Domínios de avaliação definidos para o FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza e respetivos objetivos de sustentabilidade Domínio Objetivos de sustentabilidade Promover a valorização e assegurar a conservação do património natural em áreas classificadas Conservar habitats prioritários Áreas Classificadas Manter a biodiversidade, evitando perdas irreversíveis Estrutura Ecológica Municipal Gestão, Conservação e Valorização da Floresta Proteger e valorizar a paisagem, principalmente em áreas classificadas Evitar perda nos valores naturais da área classificada Promover as funções e serviços dos sistemas que integram a Estrutura Ecológica Municipal (EEM) Promover a gestão sustentável e a conservação da floresta Controlar a proliferação de espécies vegetais não indígenas invasoras com risco ecológico conhecido Fomentar oportunidades de fruição sustentável em áreas de floresta naturalseminatural Castanheira de Pera integra, numa área significativa do seu concelho, a área classificada Sítio Serra da Lousã (PTCON0060) incluída na Rede Natura Concorreram para a sua m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 59

61 classificação o estado de conservação de diversos habitats naturais e a ocorrência de espécies faunísticas e florísticas protegidas, associadas tanto ao ecossistema florestal quanto ao aquático, para as quais se torna necessário garantir um estado de conservação favorável. No concelho de Castanheira de Pera desenvolve-se uma significativa rede hidrológica, na qual a Ribeira de Pera se assume como principal sistema fluvial. Afluente do Rio Zêzere, atravessa o concelho no sentido Norte Sul. Trata-se de sistema fluvial um alimentado por uma rede de pequenos cursos de água onde se destacam a destacam as ribeiras do Cavalete, Coentral Grande e das Quelhas. A ribeira de Mega percorre o extremo Noroeste do concelho. Com dependência direta dos cursos de água, e dos ecossistemas ribeirinhos no geral, estabelecem-se comunidades faunísticas e florísticas de inquestionável valor ecológico, cuja preservação é imprescindível para a manutenção da biodiversidade bem como para ancorar atividades lúdicas que permitam a valorização do território. Importa assim reconhecer os valores em presença e ainda as práticas de conservação e proteção que lhe são dedicadas. Por seu turno, este concelho insere-se no espaço considerado como uma das maiores manchas verdes contínuas da Europa. A floresta constitui uma riqueza estratégica nacional. É consensual o reconhecimento do valor que os espaços florestais assumem na conservação da natureza, da biodiversidade e da paisagem, promovendo o equilíbrio ambiental ao nível da regularização do ciclo da água, da qualidade do ar, da defesa contra a erosão do solo e de uma forma geral na manutenção de áreas naturais. Reconhecida a importância da floresta na proteção dos recursos naturais, serão também considerados aspetos relacionados com a Gestão e Conservação da Floresta no decurso da análise do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza. Os sistemas florestal e aquático, para além da importância ecológica que detêm, são responsáveis por um elevado potencial paisagístico do município. As paisagens da Serra da Lousã e do vale percorrido pelas Ribeiras de Pera e de Quelhas, são valorizados através da implementação de trilhos de visitação com pontos de fruição paisagística e de lazer. Assegurar a adequada manutenção e gestão destas componentes, em termos de conservação da natureza, biodiversidade e elementos paisagísticos, concorrerá para a valorização do território. Realça-se igualmente a importância que assume a Estrutura Ecológica Municipal pelo facto de integrar o conjunto de áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização ambiental dos espaços enquadráveis no território do concelho de Castanheira de Pera, nomeadamente as áreas delimitadas no âmbito da Rede Natura 2000, RAN, REN, do Regime Florestal e Domínio Hídrico, de modo a valorizar as suas potencialidades biofísicas e a constituir uma rede que assegure o equilíbrio ecológico do concelho, bem como, a defesa e a valorização dos elementos patrimoniais e paisagísticos relevantes, a proteção das zonas de maior sensibilidade biofísica e a promoção dos sistemas de lazer e recreio. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 60

62 É neste contexto, e seguindo as orientações e objetivos estratégicos definidos nos diferentes instrumentos identificados no QRE que se identificam vários domínios de avaliação para o FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza, apresentando-se os respetivos objetivos de sustentabilidade e indicadores (Quadro ) que expressam o nível de pormenorização da análise estratégica a efetuar, mediante o reconhecimento da natureza de informação disponível. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 61

63 Quadro Domínios de avaliação definidos para o FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza, respetivos critérios de avaliação e indicadores FCD Domínio de Avaliação Critério de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Área do município integrada no Sistema Nacional de RCM n.º 115-A/2008 e Tipo, ha e % Áreas Classificadas ICNF RCM n.º 115-A/2008, Habitats prioritários N.º e tipo ICNF e Município RCM n.º 115-A/2008, Ações de conservação de habitats N.º e tipo ICNF e Município Conservação do património RCM n.º 115-A/2008, natural em áreas do SNAC Espécies com estatuto de proteção N.º, espécie / tipo ICNF, LVVP,e Município RCM n.º 115-A/2008, Espécies ameaçadas N.º e espécie / tipo ICNF e Município Áreas Classificadas RCM n.º 115-A/2008, Ações de conservação de espécies N.º e espécie / tipo ICNF e Município Biodiversidade e Conservação da Natureza Proteção e valorização do património natural em áreas do SNAC Ações de manutenção/gestão de elementos de valorização da paisagem (galerias ripícolas, regadios tradicionais) Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados N.º e tipo N.º e tipo Relatório da Revisão do PDM (2015) e Município Relatório da Revisão do PDM (2015) e Município Plano de gestão para Área Classificada N.º ICNF Estrutura Ecológica Municipal Promoção do contínuo natural Áreas/sistemas biofísicos integrados em espaços de EEM* Tipo e ha Município Gestão, Conservação e Valorização da Floresta Gestão sustentável da floresta Zonas de Intervenção Florestal N.º e ha PGF e Município m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 62

64 FCD Domínio de Avaliação Critério de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Espaços Florestais de conservação* ha PGF e Município Área de floresta com plano(s) de ação e/ou gestão proposto(s) N.º e ha PGF e Município Áreas de distribuição das espécies vegetais invasoras 1 Espécie, N.º e ha PGF e Município Ações de controlo de espécies vegetais invasoras 1 Espécie, N.º e ha PGF e Município Parques e percursos devidamente equipados e sinalizados, em áreas florestais N.º Município *- Indicador a ser analisado na fase de execução do Plano, usado para seguimento no Plano de Controlo - Indicador com lacuna de informação analisado na fase de seguimento da implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera (RCM Resolução de Conselho de Ministros; ICNF Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; LVVP - Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, PGF - Plano de Gestão Florestal) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 63

65 Constitui objetivo de análise no presente FCD - Biodiversidade e Conservação da Natureza - a avaliação dos impactes de natureza estratégica decorrentes da execução das opções da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre um conjunto de domínios, que se revelam importantes para a conservação e valorização do património natural do território em causa, designadamente: Áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas; Estrutura Ecológica Municipal; e Gestão, Conservação e Valorização da Floresta. No âmbito do presente FDC - Biodiversidade e Conservação da Natureza - pretende-se efetuar um diagnóstico da situação atual dos valores naturais, com significativo valor para a conservação da natureza e da biodiversidade, no município de Castanheira de Pera com especial enfoque na área abrangida pela Área Classificada, usando, sempre que a informação disponível o permitiu, os domínios de avaliação e indicadores apresentados no Quadro É igualmente objetivo da AAE analisar as oportunidades e riscos sobre os valores naturais identificados que poderão decorrer da aplicação da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo, no âmbito do presente FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza, tendo por base os indicadores definidos em fase de Relatório de Fatores Críticos bem como as considerações/sugestões apresentadas pelas ERAE, em sede de consulta pública, promove-se uma caraterização da situação atual do território do município de Castanheira de Pera, efetuando-se igualmente uma análise de tendências relativa a cada um dos domínios de análise propostos e expressos no quadro anterior, sem contudo considerar a atual proposta de revisão do PDM conforme metodologia recomendada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA, 2007). SITUAÇÃO EXISTENTE Domínio de Avaliação: Áreas Classificadas Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas O Sistema Nacional de Áreas Classificadas (instituído pelo Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Junho, diploma que estabelece o regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade) é constituído pelas Áreas Protegidas, integradas na Rede Nacional de Áreas Protegidas, pelas áreas classificadas que integram a Rede Natura 2000, e ainda por outras áreas classificadas ao abrigo de compromissos internacionais assumidos pelo Estado Português (como m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 64

66 por exemplo Biótopos Corine, Importante Bird Areas, ou Sítios Ramsar). O Sistema Nacional de Áreas Classificadas integra assim áreas consideradas nucleares para a conservação da natureza e da biodiversidade. No concelho de Castanheira de Pera (Figura ), o património natural, de reconhecido valor para a conservação da natureza e da biodiversidade, foi integrado no Sítio PTCON0060 Serra da Lousã. É classificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2000, de 5 de Julho, tendo sido designado como sítio de importância comunitária (SIC), nos termos da Decisão da Comissão n. o 2006/613/CE, de 19 de Julho que adota a lista dos SIC da região biogeográfica mediterrânica, estando por esta via inserido na Rede Natura Para além desta área classificada, o território concelhio não detém outras áreas do Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC), de acordo com o conceito apresentado no diploma que define o regime jurídico da conservação da natureza (Decreto-Lei n.º 142/2008 de 24 de Julho). O Sítio Serra da Lousã PTCON0060, possui uma área de ha que se projeta integralmente sobre a NUT III do Pinhal Interior Norte. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 65

67 Figura Âmbito Territorial da Área Classificada -Sítio Serra da Lousã (PTCON0060) e sua delimitação do concelho de Castanheira de Pera, adaptado de ICNF). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 66

68 De acordo com a caracterização realizada no Plano Sectorial da Rede Natura 2000 a serra da Lousã representa a extremidade Sudoeste da cordilheira central, exibindo linhas de cumeada entre os 800 e os 1200 metros, com declives acentuados (originando encostas íngremes e vales muito encaixados, por vezes quase inacessíveis) nas vertentes a Norte e suaves a Sul onde, respectivamente, se fazem sentir as influências climáticas atlântica e mediterrânica (Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008). O Sítio PTCON0060 Serra da Lousã é partilhado pelos municípios de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã e Miranda do Corvo. No concelho de Castanheira de Pera (Quadro ), o Sítio da Serra da Lousã ocupa 3026,28ha, área que corresponde a 45% do território concelhio que se expandem pela extremidade norte do concelho. Por seu turno, a representatividade da área do Sítio no concelho de Castanheira de Pera relativamente à área total do Sítio: PTCON0060 Serra da Lousã é de 20%. Quadro Expressão territorial do Sítio Serra da Lousã (PTCON0060) nos concelhos integrados pela Área Classificada (Fonte: Adaptado de PSRN2000). Concelho Área % do Concelho % do Sítio no (ha) Classificado Concelho Castanheira de Pêra 3026,28 45% 20% Figueiró dos Vinhos 2455,36 14% 16% Góis 4539,51 17% 30% Lousã 3788,20 27% 25% Miranda do Corvo 1348,23 11% 9% Habitats prioritários A Rede Natura 2000 tem como objetivo geral contribuir para assegurar a biodiversidade no território da União Europeia através da conservação dos habitats naturais 6 e da fauna e da flora selvagens, designadamente os classificados ao abrigo da Diretiva n. o 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio (Diretiva Habitats), transposta para o direito interno pelo Decreto -Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto -Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro. Neste contexto, foram designados habitats naturais de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de Zonas Especiais de Conservação, e, de entre estes, um conjunto de habitats prioritários 7. 6 Entende-se por «Habitats naturais» as áreas terrestres ou aquáticas naturais ou seminaturais que se distinguem por características geográficas abióticas e bióticas; 7 Entende-se por «Tipos de habitat natural prioritários» os tipos de habitat natural ameaçados de extinção e existentes no território nacional, que se encontram assinalados com asterisco * no anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24 de Fevereiro. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 67

69 No concelho de Castanheira de Pera, durante o processo de proposta de classificação do Sítio da Serra da Lousã, foram identificadas áreas com expressão de habitats naturais de interesse comunitário e também com representatividade de alguns tipos de habitats naturais prioritários (Quadro designadamente áreas de urzais-tojais meso-higrófilos e higrófilos (4020* 8 ), bosques ripícolas de amieiro (91E0*) e comunidades de matos altos de lauroides (5230*). Quadro Lista de habitats naturais e semi-naturais relevantes para a conservação da natureza e da biodiversidade (identificados no anexo B-I do Decreto-Lei n.º 140/99 de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005) com distribuição referida para o Sítio Serra da Lousã. Os habitats prioritários encontram-se destacados a negrito e marcados com asterisco a seguir ao código pelo qual são reconhecidos. Na coluna CP é assinalada a ocorrência dos habitats para o concelho de Castanheira de Pêra. Código CP 3260 Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion 3280 Cursos de água mediterrânicos permanentes da Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribeirinhas de Salix e Populus alba 4020* Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix X 4030 Charnecas secas europeias X 5230* Matagais arborescentes de Laurus nobilis X 6430 Comunidades de ervas altas higrófilas das orlas basais e dos pisos montano a alpino X 6510 Prados de feno pobres de baixa altitude (Alopecurus pratensis, Sanguisorba officinalis) 8130 Depósitos mediterrânicos ocidentais e termófilos 8220 Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica 8230 Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-Scleranthion ou da Sedo albi- X Veronicion dillenii 91E0* Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion X incanae, Salicion albae) 91B0 Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia 9230 Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica X 9260 Florestas de Castanea sativa X 92A0 Florestas-galerias de Salix alba e Populus alba X 9330 Florestas de Quercus suber 9340 Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia Os habitats prioritários de ocorrência provável desenvolvem-se maioritariamente associados a zonas húmidas. Têm proteção especial de acordo com o Decreto-Lei nº 140/99 de 24 de Abril Anexo B-I,: Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix; Matagais arborescentes de Laurus nobilis; Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae). 8 Habitats prioritários, designados ao abrigo da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio (Diretiva Habitats) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 68

70 O Habitat Prioritário Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix (4020*) corresponde, na proposta de designação portuguesa, aos Urzais-tojais mesohigrófilos e higrófilos. De acordo com a informação contida nas fichas de caracterização ecológica e de gestão do PSRN2000 este habitat encontra-se representado, de forma pontual, em quase todo o País, embora seja claramente mais frequente no Noroeste e nas áreas montanhosas de Trás-os- Montes, que correspondem aos territórios mais chuvosos. A sua manutenção e conservação ganha particular importância enquanto refúgio para a biodiversidade e como regulador do ciclo da água, juntamente com a vegetação turfófila, a qual frequentemente circunda. O seu grau de conservação encontra-se dependente do maneio e tipo de uso a que se encontra sujeito, designadamente pela ação do pastoreio nos espaços de montanha. Constituem ameaças a queima, a drenagem e o sobre-pastoreio. Também a drenagem, sem carga pastoril, conduz à substituição dos urzais-tojais higrófilos pelos seus congéneres mesofilos. O habitat prioritário Matagais arborescentes de Laurus nobilis (5230*), corresponde na proposta de designação portuguesa, às Comunidades de matos altos de lauroides. De acordo com a informação contida nas fichas de caracterização ecológica e de gestão do PSRN2000 este habitat naturalmente pouco frequente em Portugal continental, encontra-se representado tanto na região biogeográfica Atlântica como na Mediterrânica. Importante na prestação de serviços como a prevenção de fenómenos catastróficos, na formação e retenção do solo, na polinização, enquanto refúgio da biodiversidade, entre outros de natureza estética e cultural. O seu grau de conservação encontra-se dependente da capacidade de controlo das ameaças que se lhe impõem. Constituem ameaças a ocupação de solo para outros fins, os incêndios, a invasão por espécies exóticas, a sua colheita para uso ornamental e/ou comercial, a diminuição dos níveis tróficos de água e até de forma natural a progressão da sucessão. O Habitat Prioritário Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno- Padion, Alnion incanae, Salicion albae) (91E0*) corresponde na proposta de designação portuguesa aos Bosques ripícolas ou paludosos de amieiros, salgueiros ou bidoeiros. De acordo com a informação contida nas fichas de caracterização ecológica e de gestão do PSRN2000 este habitat encontra-se representado em todo o País associados a margens de cursos de água permanentes (galerias ripícolas). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 69

71 De um modo geral encontram-se num relativo bom estado de conservação, constituindo normalmente ameaça o abandono da gestão tradicional dos amiais localizados na margem de lameiros e de outros terrenos agrícolas, bem como ações inadequadas de limpeza das margens dos cursos de água, ou ainda a construção de obras de hidráulica. Ações de conservação de habitats De acordo com o inscrito na página oficial do instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, IP.) este organismo público enquadra nas suas competências a intervenção na gestão da Conservação da Natureza e da Biodiversidade através de ações de conservação ativa e de ações de suporte. Para a área territorial em causa, não são conhecidas ações de conservação ativa que tenham decorrido com o objetivo de promover especificamente a conservação dos habitats naturais prioritários com expressão no concelho de Castanheira de Pera. São no entanto realizadas ações de suporte, designadamente as que se constituem de natureza regulamentar, de avaliação de incidências ambientais e de ordenamento do território, como as que decorrem da avaliação ambiental sobre projetos e do acompanhamento da revisão do PDM enquanto Entidade com Responsabilidade Ambiental Específica (ERAE). Espécies com estatuto de proteção Sustentado igualmente na informação do Plano Sectorial da Rede Natura 2000, e de acordo com os elementos fornecidos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), são apresentadas no Quadro as espécies cuja ocorrência é indicada para o Sítio Serra da Lousã, com indicação das espécies de distribuição provável para o concelho de Castanheira de Pera. Quadro Espécies da Fauna relevantes para a conservação da biodiversidade (espécies presentes no anexo B-II 9 e espécies presentes no anexo B-IV 10 do Decreto-Lei n.º 140/99 de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005) identificadas para o Sítio Serra da Lousã, com indicação das espécies de distribuição provável para o concelho de Castanheira de Pera assinalada na coluna CP. ANEXOS CÓDIGO ESPÉCIE ESPÉCIE do Decreto-Lei n.º 140/99 CP de 24 de Abril 1083 Lucanus cervus II 9 Espécies animais e vegetais presentes no anexo B-II: Espécies animais e vegetais de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação. 10 Espécies animais e vegetais de interesse comunitário que exigem uma proteção rigorosa. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 70

72 CÓDIGO ESPÉCIE ESPÉCIE ANEXOS do Decreto-Lei n.º 140/99 CP de 24 de Abril 1116 Chondrostoma polylepis II X 1123 Rutilus alburnoides II X 1135 Rutilus macrolepidotus II 1172 Chioglossa lusitanica II, IV X 1259 Lacerta schreiberi II, IV X 1355 Lutra lutra II, IV X As espécies com distribuição no SIC - Serra da Lousã para as quais se pretende garantir um elevado estado de conservação são espécies que se encontram dependentes da qualidade dos ecossistemas aquáticos e dos ecossistemas ribeirinhos a eles associados. Na ictiofauna é evidenciada a presença de Boga (Chondrostoma polylepis) e de Ruivaco (Rutilus alburnoides, atualmente designada por Squalius alburnoides) nos principais cursos de água conforme leitura possibilitada pela cartografia dos valores naturais disponibilizada pelo ICNF. Espécies ameaçadas A Boga (Chondrostoma polylepis) e o Ruivaco (Rutilus alburnoides, atualmente designada por Squalius alburnoides), são espécies de ictiofauna endémicas da Península Ibérica. A Boga, sendo uma espécie relativamente abundante, de acordo com o Livro vermelho de Vertebrados de Portugal (LVVP, 2006) não é uma espécie ameaçada, tendo o estatuto de pouco preocupante. No entanto relativamente à abundância e distribuição do Ruivaco a informação disponível indicia que é uma espécie ameaçada, estando-lhe atribuído o estatuto de ameaça de vulnerável 11. Sendo ciprinídeos, estes peixes encontram na poluição aquática um forte fator de ameaça, constituindo também ameaças a sobre-exploração dos recursos hídricos, nomeadamente, extração de materiais inertes; a regularização dos sistemas hídricos; a destruição da vegetação ribeirinha e ainda a introdução ou o fomento de espécies animais não autóctones de maior comercial ou desportivo. A Salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitânica), espécie endémica da Península Ibérica, enfrenta o estatuto de ameaça de vulnerável. As populações de Salamandra-lusitânica, dependente da proximidade aos ecossistemas ribeirinhos, apresentam fragmentação elevada e um declínio continuado da área de ocorrência, assistindo-se à degradação o da qualidade do seu habitat, muito devido à destruição dos habitats circundantes dos rios e ribeiros, em particular a 11 Estatuto de ameaça de Vulnerável - Taxon que se considera como enfrentando um risco de extinção na natureza elevado m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 71

73 vegetação ribeirinha, à agricultura intensiva, à substituição das florestas caducifólias por florestas de produção de espécies não indígenas e à urbanização desordenada. O Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), espécie endémica da Península Ibérica igualmente dependente da proximidade aos ecossistemas ribeirinhos, apresenta uma distribuição praticamente contínua a Norte do rio Tejo, com alguns isolados populacionais no centro e Sul. A nível nacional, apesar de alguns trabalhos evidenciarem uma tendência populacional em regressão e uma distribuição fragmentada (PSRN2000, 2006), de acordo com o Livro vermelho de Vertebrados de Portugal (LVVP, 2006) não é uma espécie ameaçada, tendo o estatuto de pouco preocupante. Como fatores de ameaça são apontadas as obras de regularização dos sistemas hídricos por destruição da vegetação ripícola, a construção de barragens da qual decorre a submersão de habitats, os fogos florestais e ainda a poluição. Em estrita associação ao ecossistema aquático também ocorre a Lontra (Lutra lutra), que em Portugal, de acordo com o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, não é uma espécie ameaçada, tendo o estatuto de pouco preocupante (LVVP, 2006). Em declínio na maioria dos países da Europa, em Portugal as populações estão estáveis apresentando uma distribuição generalizada de Norte a Sul do país. Constituem fatores determinantes na escolha e ocupação do território o grau de coberto vegetal, as condições de locais para abrigo e refúgio, a disponibilidade de presas, a perturbação humana e a altitude. A regularização dos sistemas hídricos, barragens, a sobre-exploração dos recursos hídricos, a poluição aquática, pesticidas e fertilizantes na agricultura, a destruição da vegetação ripícola, a mortalidade acidental por atropelamento, morte por afogamento em artes de pesca e a perseguição direta. Os fatores de ameaça mais significativos correspondem a ações de destruição da vegetação ripícola que reduz as condições de abrigo nas margens, a poluição da água, a morte por afogamento em artes de pesca ou por atropelamento e ainda a caça para comercialização da sua pele apesar de constituir um ato ilegal. Ações de conservação de espécies Para o concelho de Castanheira de Pera não são reconhecidas ações que tenham visado a conservação direta de espécies. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 72

74 Ações de manutenção/gestão de elementos de valorização da paisagem (galerias ripícolas, regadios tradicionais) Para o concelho de Castanheira de Pera não são reconhecidas ações que tenham visado especificamente a manutenção/gestão de elementos de valorização da paisagem, para além das práticas agrícolas seculares que se desenvolvem nas férteis margens ribeirinhas, essencialmente da Ribeira de Pera, que têm permitido a manutenção das estruturas de regadio tradicionais, agora valorizadas enquanto elemento de valorização paisagística. Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados Relativamente às dinâmicas de lazer associadas aos valores naturais existentes no território de Castanheira de Pera o município implantou em área de Rede Natura 2000 o Percurso da Ribeira de Quelhas, de tipo circular e com uma extensão de cerca de 5 Km. Desenvolve-se na maior parte da sua extensão em ambiente natural que permite explorar os valores e paisagens naturais, numa articulação com o património edificado. Não apresenta equipamentos de suporte à visitação, no entanto o portal da Câmara Municipal faz a sua divulgação e possibilita uma descrição detalhada do percurso. Plano de gestão para Área Classificada De acordo com a informação disponível, não se encontra aprovado ou em elaboração um plano de gestão para a Área Classificada da Serra da Lousã. Deve-se contudo salientar que para o Perímetro Florestal de Castanheira de Pera se encontra aprovado um Plano de Gestão Florestal que tem responsabilidades em matéria de conservação dos valores naturais do espaço que encerra. Domínio de Avaliação: Gestão, Conservação e Valorização da Floresta Zonas de Intervenção Florestal De acordo com a informação disponível, não se encontram publicadas Zonas de Intervenção Florestal para o concelho de Castanheira de Pera. Área de floresta com plano(s) de ação e/ou gestão proposto(s) De acordo com o diploma legal que aprova o regime jurídico dos planos de ordenamento, de gestão e de intervenção de âmbito florestal (Decreto-Lei n.º 16/2009, de 14 de Janeiro), o Plano m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 73

75 de Gestão Florestal é um instrumento de administração de espaços florestais que, de acordo com as orientações definidas no PROF, determina, no espaço e no tempo, as intervenções de natureza cultural e de exploração dos recursos, visando a produção sustentada dos bens e serviços por eles proporcionado e tendo em conta as atividades e os usos dos espaços envolventes. Devendo, de acordo com a alínea c do n.º 3. do Artigo 15.º do mesmo diploma, integrar no seu conteúdo um Programa de gestão da biodiversidade, sempre que estejam abrangidos por áreas classificadas, de forma a orientar o modelo de exploração a seguir. De facto, o Perímetro Florestal de Castanheira de Pera encontra-se maioritariamente definido em área classificada do Sítio de Importância Comunitária da Serra da Lousã. Neste sentido, o PGF - Perímetro Florestal de Castanheira de Pera, tem como responsabilidade acrescida permitir a manutenção em bom estado de conservação dos valores naturais da área para a qual é proposto, compatibilizando as intervenções previstas no PGF com a conservação da biodiversidade. Áreas de distribuição das espécies vegetais invasoras A ocorrência de espécies vegetais exóticas invasoras é reconhecido como um problema genérico das áreas de ocupação florestal no território nacional. O Plano de Gestão Florestal identifica as espécies vegetais exóticas invasoras (Acacia dealbata, A. melanoxylon e Hackea sericea) como ameaças para os habitats naturais e ainda como um problema na proliferação dos fogos florestais. No entanto, apesar da sua importância, não existe um mapeamento das áreas de ocorrência das espécies florestais exóticas invasoras no sentido de acompanhar a evolução das mesmas com vista à avaliação da necessidade de tomar medidas de controlo. Consequentemente também não se encontram elaborados planos orientados especificamente para o seu controlo e/ou erradicação. Ações de controlo de espécies vegetais invasoras De acordo com a informação disponível, não se conhecem no concelho de Castanheira de Pera. Foram no entanto efetuadas ações de sensibilização para o controlo das espécies exóticas na Serra da Lousã. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 74

76 Parques e percursos devidamente equipados e sinalizados, em áreas florestais Na vertente de exploração dos espaços naturais e semi-naturais, para além do já referido Percurso da Ribeira de Quelhas, de tipo circular e com uma extensão de cerca de 5 Km, com divulgação na página oficial da Câmara Municipal: - Percurso Temático: Nas Fragas da Ribeira de Quelhas - Percurso Pedestre; Início/Terminus: Coentral; Percurso Circular; Extensão: 5Km; Dificuldade: elevada a muito elevada; Declives muito acentuados; Observação do ecossistema das Ribeiras de Pera e das Quelhas, seu afluente. Paralelamente existem outros percursos frequentemente usados para atividades de desporto de natureza que não se encontram sinalizados, mas que são objeto de exploração por parte de empresas de animação turística com intervenção no território concelhio: - Percurso Temático: Da Ribeira de Pena aos Penedos de Góis Percurso Misto (pedestre e/ou veículo todo o terreno); Início/Terminus: Ponte de Pena (a pé) Casa da Guarda Florestal de Albergaria (veículo); Percurso circular; Extensão: 10 km em viatura e 6,5 km a pé. - Percurso Temático: Pelos Encantos do Coentral - Locais: Ribeira das Quelhas, Vale da Silveira e Coentral; Extensão: sem informação. - Percurso Temático: Romaria ao Santo António da Neve - Percurso Misto (pedestre e/ou veículo todo o terreno); Início/terminus: Casa da Guarda Florestal de Porto Espinho; Percurso circular; Extensão: cerca de 20 km. - Ancorada numa zona ribeirinha com envolvente florestal, um carvalhal de árvores centenárias, foi implementado o Parque de Merendas Carvalhal do Corga e a Praia Fluvial de Poço Corga. É uma área de recreio e lazer, complementada com infra-estruturas de apoio que contemplam restaurante e parque de campismo. - Na dicotomia da exploração dos elementos água e floresta, encontra-se o Parque de Merendas do Ameal, no Ameal, na proximidade de uma fonte de águas límpidas e frescas e o Parque de Merendas Fonte das Bicas, no Coentral, tirando partido do sistema fluvial e da envolvente florestal de castanheiros seculares. - Em pleno espaço florestal foi implementado o Parque de Merendas São João da Mata, em São João da Mata. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 75

77 Análise SWOT A análise SWOT, apresentada no quadro seguinte, pretende traçar o diagnóstico geral e tendências de evolução provável no cenário de não implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD - Biodiversidade e Conservação da Natureza Forças Fraquezas Iniciativas de promoção e de divulgação do património natural ainda incipientes Fraca expressão de ações de sensibilização ecológica Integração no SIC Serra da Lousã Fracas dinâmicas de valorização do património Património Natural de reconhecido valor natural Sistema Biofísico com interesse paisagístico Inexistência de ações de monitorização do grau de conservação dos habitats naturais e das espécies protegidas Floresta com espécies não autóctones e com espécies invasoras não controladas Oportunidades Ameaças Enquadramento normativo legal de proteção da Natureza Sector do turismo de natureza emergente Inexistência de um Plano de Gestão para a Área Classificada Inserção num contínuo de mancha florestal, constituída em grande parte dor espécies resinosas ou com elevado potencial de inflamabilidade, potenciando o risco de incêndio ANÁLISE DE TENDÊNCIAS A presente análise de tendências (decorrente de uma obrigação legal, conforme alínea b, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) tem em consideração a evolução provável do estado do ambiente na ausência da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 76

78 Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera Tendência Domínio de FCD Critério de Avaliação Indicadores de evolução Avaliação sem PDM Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas Habitats prioritários Conservação do património natural em áreas do SNAC Ações de conservação de habitats Espécies com estatuto de proteção Biodiversidade e Conservação da Natureza Áreas Classificadas Estrutura Ecológica Municipal Outras áreas com interesse para a conservação da natureza Proteção e valorização do património natural em áreas do SNAC Promoção do contínuo natural l Gestão sustentável da floresta Espécies ameaçadas Ações de conservação de espécies Ações de manutenção/gestão de elementos de valorização da paisagem (galerias ripícolas, regadios tradicionais) Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados Plano de gestão para Área Classificada Áreas/sistemas biofísicos integrados em espaços de EEM* Zonas de Intervenção Florestal Espaços Florestais de conservação* Área de floresta com plano(s) de ação e/ou gestão proposto(s) Áreas de distribuição das espécies vegetais invasoras Ações de controlo de espécies vegetais invasoras Parques e percursos devidamente equipados e sinalizados, em áreas florestais - Indicador evolui de forma positiva (relativamente à situação de referência) - Indicador mão apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) n.a. A evolução provável do estado do ambiente, na ausência da implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e tomando em consideração os indicadores definidos, não será expectável de ter alteração significativa relativamente ao descrito na situação de referência. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 77

79 Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Biodiversidade e Conservação da Natureza A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera que poderão ser observados ao nível dos indicadores definidos. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados por alguns indicadores selecionados para a análise do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza, sistematizados no Quadro m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 78

80 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD - Biodiversidade e Conservação da Natureza Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos Área do município integrada no Sistema Nacional de - Áreas Classificadas Áreas Classificadas Habitats prioritários A revisão do PDM cria condições para a integração das áreas - Ações de conservação de classificadas na planta de condicionantes, facilitando assim a aplicação de um conjunto de ações convergentes com as orientações - habitats Espécies com estatuto de de gestão previstas pelo PSRN2000. Através do articulado do - proteção regulamento da proposta de revisão do PDM, relativo à Rede Natura, Espécies ameaçadas são determinadas ações, atividades e usos do solo, que garantem a - manutenção e/ ou promoção do estado de conservação favorável dos Ações de conservação de valores naturais de interesse comunitário, nas áreas do concelho - espécies Ações de manutenção/gestão integradas na Rede Natura de elementos de valorização da paisagem (galerias - ripícolas, regadios tradicionais) Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados Plano de gestão para Área Classificada A valorização dos espaços ribeirinhos e florestais, deve ser conseguida através da emergência de dinâmicas de turismo de natureza e apoiadas em trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados, permitindo atividades de sensibilização para - a conservação da natureza e de educação ambiental. Estas dinâmicas podem ser enquadradas no inscrito no regulamento do PDM, designadamente nos usos admitidos no Espaço de Floresta de Conservação. A necessidade de manter os valores naturais que estão na origem da designação do SIC Serra da Lousã num estado de conservação favorável, implica a necessidade de elaboração e de implementação de um Plano de Gestão, integrando as orientações de gestão referidas no Plano Sectorial da Rede Natura bem como orientações específicas para espécies. Este plano de gestão deverá ser elaborado para todo o SIC Serra da Lousã, incluindo na sua gestão a participação de todos os municípios abrangidos pela área classificada. Contudo, a revisão do PDM por si só não constitui um fator decisivo para que a elaboração do m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 79

81 Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos plano de gestão se concretize. Estrutura Ecológica Municipal Áreas/sistemas biofísicos integrados em espaços de EEM A proposta de revisão do PDM prevê a definição da estrutura ecológica, reconhecida como fundamental na proteção e valorização ambiental dos espaços rurais e urbanos, através da integração de áreas, valores e sistemas fundamentais que a compõem, permitindo a criação de um continuum natural que possa funcionar como corredor ecológico para determinadas espécies. Zonas de Intervenção Florestal Espaço florestal de A delimitação e regulamentação de Espaços Florestais de conservação Conservação, integrado na categoria de Espaço Florestal nesta Área de floresta com proposta de revisão do PDM, conjugado com a execução do já Gestão, plano(s) de ação e/ou aprovado Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal de Conservação e gestão proposto(s) Castanheira de Pera (com incidência territorial sobre uma parte Áreas de distribuição das Valorização da significativa da Área Classificada), permitirá atuar sobre os fatores de espécies vegetais invasoras Floresta ameaça reconhecidos, convergindo para a manutenção em bom estado Ações de controlo de de conservação da floresta e dos valores naturais que encerra. Desta espécies vegetais invasoras forma promover-se-á a compatibilização da conservação da Parques e percursos biodiversidade com a usufruição sustentável dos espaços florestais. devidamente equipados e sinalizados, em áreas florestais (-) Não são esperados efeitos positivos/negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre os indicadores m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 80

82 No Domínio Áreas Classificadas Importa salientar que de acordo com o previsto no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, bem como no Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000) (Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008 de 21 de Julho), qualquer PMOT que incida territorialmente sobre Áreas Classificadas (SIC ou ZPE) deverá integrar as condicionantes expressas nas orientações de gestão do referido Plano Sectorial na elaboração do seu normativo regulamentar. A proposta de revisão PDM poderá contribuir de forma significativa para a conservação do património natural do Concelho se concretizar para a área abrangida pelo SIC - Serra da Lousã o que se encontra previsto no Plano Sectorial para a Área Classificada no seu território administrativo. O PSRN200 determina a adoção de medidas de gestão específicas para os valores naturais cuja presença foi determinante para a classificação da área e sua integração na Rede Natura Pelo exposto, deverá a proposta de revisão do PDM integrar no seu regulamento as condicionantes que se considerem pertinentes para assegurar a salvaguarda dos valores naturais em causa. De forma a auxiliar a transposição das referidas orientações de gestão para o normativo específico da proposta de revisão do PDM elaborou-se o quadro , no qual, para cada valor natural, ou grupos de valores naturais, com ocorrência na Área Classificada do Concelho de Castanheira de Pera, são apresentadas as orientações de Gestão do PSRN2000 para a conservação das espécies e habitats. Quadro Indicação das orientações de gestão previstas no PSRN2000 relativamente a cada valor natural e/ou grupos de valores naturais. Orientações de Gestão constantes no Habitats e espécies alvo PSRN2000 SIC Serra da Lousã Conservar e recuperar vegetação ribeirinha autóctone Condicionar intervenções nas margens e leito de linhas de água Monitorizar, manter / melhorar qualidade da água Condicionar captação de água Condicionar drenagem Orientações dirigidas para os ecossistemas ribeirinhos Chioglossa lusitanica; Chondrostoma polylepis; Lacerta schreiberi; Lutra lutra; Rutilus alburnoides 5230*; 91E0*; 9230; 92A0; Chioglossa lusitanica; Chondrostoma polylepis; Lacerta schreiberi; Lutra lutra; Rutilus alburnoides; 5230*; Chioglossa lusitanica; Lacerta schreiberi; Lutra lutra Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides; Chioglossa lusitanica; Chondrostoma polylepis; Lutra lutra; Rutilus alburnoides 4020*; 91E0* Chioglossa lusitanica Silvicultura m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 81

83 Orientações de Gestão constantes no PSRN2000 SIC Serra da Lousã Habitats e espécies alvo Adotar práticas silvícolas específicas 91E0*; 9230; 9260; 92A0 Promover a regeneração natural 91E0*; 9230; 9330; 9340 Condicionar a florestação 4020*; 5230* Reduzir risco de incêndio Adotar práticas de pastoreio específicas 6430 Manter práticas de pastoreio extensivo 4030 Salvaguardar de pastoreio *; 91E0*; 9230; Chioglossa lusitanica; Chondrostoma polylepis; Lacerta schreiberi; Lutra lutra; Rutilus alburnoides Agricultura e pastorícia Condicionar a intensificação agrícola Chioglossa lusitanica Condicionar expansão do uso agrícola 4020*; 5230* Condicionar uso de agroquímicos /adotar Chioglossa lusitanica; Lacerta schreiberi técnicas alternativas Condicionar uso de agroquímicos /adotar técnicas alternativas em áreas contíguas ao habita Outros condicionamentos específicos a 4020* práticas agrícolas Conservar / promover sebes, bosquetes e Lutra lutra arbustos Construção e infraestruturas Condicionar a construção de infraestruturas Apoiar tecnicamente o alargamento de estradas e a limpeza de taludes, com vista à salvaguarda de espécies Condicionar expansão urbano-turística Condicionar construção de açudes em zonas sensíveis Condicionar construção de barragens em zonas sensíveis Melhorar transposição de barragens /açudes Assegurar caudal ecológico Reduzir mortalidade acidental Incrementar sustentabilidade económica de atividades com interesse para a conservação Chioglossa lusitanica; Chondrostoma polylepis; Lacerta schreiberi; Lutra lutra; Rutilus alburnoides 4030; 5230* Chioglossa lusitanica; Lacerta schreiberi Chioglossa lusitanica; Lacerta schreiberi 4030; 5230*; Chioglossa lusitanica; Lutra lutra 5230*; 91E0*; Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides 5230*; 91E0*; Chondrostoma polylepis; Lacerta schreiberi; Rutilus alburnoides Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides Chondrostoma polylepis; Lutra lutra; Rutilus alburnoides; Lutra lutra Outros usos e actividades 9230; 9260 Regular dragagens e extração de inertes Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides Interditar deposições de dragados ou Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides outros aterros Ordenar acessibilidades 4030; 5230 Interditar circulação de viaturas fora dos 5230* caminhos estabelecidos Ordenar prática de desporto da natureza Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides Orientações específicas Impedir introdução de espécies não 4030; 5230*; Chioglossa lusitanica; Chondrostoma autóctones /controlar existentes polylepis; Rutilus alburnoides Impedir introdução de espécies não autóctones /controlar existentes/ (remover espécies vegetais exóticas pelo menos Lacerta schreiberi numafaixa de 50 m para cada lado das linhas de água) Condicionar ou interditar corte, colheita e 5230* m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 82

84 Orientações de Gestão constantes no PSRN2000 SIC Serra da Lousã Habitats e espécies alvo captura de espécies Criar alternativas à colheita de espécies, promovendo o seu cultivo 5230* Criar novos locais de reprodução, conservar/recuperar os existentes Chioglossa lusitanica Manter / recuperar habitats contíguos 91E0* Chondrostoma polylepis; Rutilus alburnoides Efetuar gestão por fogo controlado 4030 De forma a refletir a aplicação espacial das orientações de gestão agregadas à distribuição de ocorrência dos valores naturais para os quais têm incidência, é apresentada nas figuras que se seguem a Distribuição dos valores naturais com estatuto de proteção identificados no SIC Serra da Lousã. A análise da distribuição provável dos valores naturais considerados para a classificação do SIC, permite-nos reconhecer que com exceção do verificado para a distribuição provável do Lagartode-água (Lacerta Shreiberi) e da Salamandra-dourada (Chioglossa lusitânica) no Concelho de Castanheira de Pera, a atual proposta de ordenamento não apresenta conflito com a necessidade de promover a salvaguarda do estado de conservação da biodiversidade. As áreas propostas de expansão do perímetro urbano não incidem sobre a área de ocorrência provável das espécies e ou dos habitats naturais. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 83

85 Figura Distribuição provável de agregados de habitats no Sítio Serra da Lousã, no Concelho de Castanheira de Pera (adaptado de ICNF). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 84

86 Figura Distribuição provável dos valores naturais Rutilus alburnoides, Chondrostoma polylepis e Lutra lutra no Sítio Serra da Lousã, no Concelho de Castanheira de Pera (adaptado de ICNF). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 85

87 Figura Distribuição provável dos valores naturais Lacerta Shreiberi e Chioglossa lusitânica no Sítio Serra da Lousã, no Concelho de Castanheira de Pera (adaptado de ICNF). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 86

88 No caso das espécies Lagarto-de-água e Salamandra-dourada, apesar do aparente conflito detetado na Figura , a sua distribuição real pode não corresponder ao da área indicada, dado a metodologia de marcação da área de distribuição se ter baseado na observação pontual de especimens se ter traduzido na marcação de uma quadrícula de 10km x10km. Desta forma, conjugado ainda com o facto das espécies em causa se encontrarem dependentes de habitats naturais com características bastante específicas, não é provável que as áreas propostas de expansão do perímetro urbano colidam com áreas de ocorrência efetiva destas espécies. Importa salientar que a manutenção do estado de conservação dos valores naturais que assistiram à classificação do SIC - Serra da Lousã deveria ser considerada no âmbito de um plano de gestão para toda a Área Classificada. com a participação dos Municípios sobre os quais o SIC se desenvolve, aplicando o previsto no Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n. o 49/2005, de 24 de Fevereiro. Este diploma legal prevê na alínea a) do número 3 do artigo 7.º que para as Áreas Classificadas podem ser definidas medidas complementares de conservação através da aprovação de Planos de gestão que contemplem medidas e ações de conservação adequadas (...). Apesar de não constituir uma obrigatoriedade, a elaboração de um Plano de Gestão para todo o SIC - Serra da Lousã permitiria estabelecer o enquadramento das medidas conducentes à conservação das espécies da flora, da fauna e dos habitats naturais, tendo em conta a integração de vertentes de desenvolvimento económico e social das áreas abrangidas. A elaboração do Plano de Gestão para a Área Classificada constituiria uma forma de garantir (...) a gestão ambiental do território, num quadro de valorização do património natural e de adequado usufruto do espaço e dos recursos(...) conforme previsto no regime jurídico da conservação da natureza (Decreto-lei n.º 142/2008 de 24 de Junho). No Domínio Estrutura Ecológica Municipal As componentes integradas na Estrutura Ecológica Municipal detêm várias valências. A EEM inclui áreas que pelas suas características orográficas implicam a necessidade de proteção dos solos e da rede hidrográfica, de terrenos arborizados ou cuja arborização é conveniente ou necessária para o bom regime das águas, ou para a fixação e conservação do solo, áreas sensíveis tais como zonas ribeirinhas, áreas de infiltração máxima e zonas declivosas, áreas que são constituídas por solos de maiores potencialidades agrícolas, ou que tenham sido objeto de investimentos para aumentarem a sua capacidade produtiva, bem como por áreas de valor ecológico e paisagístico de proteção e conservação dos habitats. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 87

89 Neste sentido, a figura da Estrutura Ecológica Municipal, se bem delimitada, vem permitir a salvaguarda de valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização ambiental dos espaços rurais e até urbanos. (Através da sua regulamentação específica nos PMOT, e de acordo com o novo regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, são definidos os parâmetros de ocupação e de utilização do solo assegurando a compatibilização das funções de proteção, regulação e enquadramento com os usos produtivos, o recreio e o bem-estar das populações ). A EEM de Castanheira de Pera (Figura ) desempenha um papel fundamental ao nível da manutenção dos serviços ecológicos, tais como o suporte de espécies e habitats protegidos, e de processos biofísicos contribuindo para a qualidade do ar e da água, para a proteção contra a erosão, contra as cheias e para a recarga de aquíferos, promovendo a manutenção do equilíbrio ecológico, proteção e valorização ambiental do concelho, além de proporcionar bem-estar e qualidade de vida às populações humanas. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 88

90 Figura Expressão da Estrutura Ecológica Municipal, desagregada nas suas componentes biofísicas, no Concelho de Castanheira de Pera. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 89

91 No Domínio da Gestão, Conservação e Valorização da Floresta A Floresta constitui em si mesma um ecossistema, no qual se ancoram diversas funções tão diversificadas quanto a de conservação da natureza e da biodiversidade, a de produção de recursos florestais, a de suporte a dinâmicas de lazer, para além dos serviços que presta como no ciclo da água, do carbono, do oxigénio, ou de ser um importante sumidouro de carbono. Promover a gestão sustentável e a conservação da floresta é um desígnio que deve estar inscrito nos modelos de desenvolvimento de qualquer território que detenha uma forte componente florestal, principalmente quando coexiste com áreas de reconhecido valor para a Conservação da Natureza. Efetivamente, no território concelhio já se encontra em execução um Plano de Gestão Florestal (PGF) para a área definida pelo perímetro florestal de Castanheira de Pera, que no seu modelo de exploração contempla diversas funções identificadas pelo PGF. Deverá contudo ser garantida a compatibilização das intervenções previstas no PGF evitando os possíveis conflitos espaço-temporais que poderão advir da sobreposição espacial de diversas funções admitidas no perímetro florestal (ex. Função de conservação vs Função de silvopastorícia, caça e pesca, ou Função de conservação vs Função de Enquadramento paisagístico e recreio). Considera-se também que, tendo sido identificada a proliferação de espécies de plantas exóticas e infestantes, a mesma deveria ser objeto de ações de controlo no sentido de minimizar o impacte negativo que as mesmas impõem na conservação da floresta autóctone e ainda no fator acrescido que representam para o risco de incêndio Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico No presente capítulo será promovida uma análise que visa evidenciar a forma como o modelo de desenvolvimento proposto pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, que se traduz nas suas opções e objetivos estratégicos definidos e mais concretamente no seu Regulamento, contribui para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no Quadro de Referência Estratégico. Esta análise permitirá avaliar em que medida o objeto de estudo converge positivamente (+) (criando oportunidades), é indiferente (0), ou conflitua (-) (criando ameaças) com os objetivos delineados pelos instrumentos do QRE definido para a presente proposta de revisão do Plano e com afinidade com o presente FCD (Quadro ). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 90

92 Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos. + A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera reconhece a importância da conservação e valorização da biodiversidade e do património natural no modelo estratégico de desenvolvimento proposto na revisão do PDM. São evidentes na proposta de regulamento as preocupações para com a salvaguarda do SIC - Serra da Lousã e manutenção dos seus valores naturais num estado de conservação favorável, designadamente através da indicação da necessidade de se aplicarem as medidas previstas pelo PSRN2000 enquanto orientações de gestão. Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável Melhor ambiente e Valorização do Património - Conservação da natureza e da biodiversidade articulada com as políticas sectoriais e de combate à desertificação + Como indicado anteriormente, a proposta de regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera, no articulado do seu regulamento relativo ao território inserido em Rede Natura define um conjunto de ações, atividades e usos do solo que garantam a conservação da natureza e biodiversidade do concelho, preconizando este objetivo da ENDS. Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade Promover a investigação científica e o conhecimento sobre o património natural, bem como a monitorização de espécies, habitats e ecossistemas. 0 Nas opções do Plano não se reconhecem propostas convergentes com a promoção da investigação científica e do conhecimento sobre o património natural, bem como a monitorização de espécies, habitats e ecossistemas. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 91

93 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Constituir a Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN) e o Sistema Nacional de Áreas Classificadas, integrando a Rede Nacional de Áreas Protegidas. Promover a valorização das áreas protegidas e assegurar a conservação do seu património natural, cultural e social. Assegurar a conservação e a valorização do património natural dos sítios e das zonas de proteção integrados no processo da Rede Natura 2000 Desenvolver em todo o território nacional ações específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico e dos elementos notáveis do património geológico, geomorfológico e paleontológico. Promover a integração da política de conservação da natureza e do princípio da utilização sustentável dos recursos biológicos na política de ordenamento do território e nas diferentes políticas sectoriais O conceito da RFCN foi também trabalhado pelo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial 12, através do estabelecimento da figura da Estrutura Ecológica Municipal (EEM). a EEM delimitada no âmbito da proposta de revisão do PDM enquadra áreas da Rede Natura 2000, RAN, REN e do Regime Florestal, Domínio Hídrico, e ainda áreas com aptidão turística e de recreio e lazer, para além de um conjunto de valores patrimoniais e culturais. A EEM foi delimitada de modo a constituir uma rede que assegure o equilíbrio ecológico do concelho e a valorizar as suas potencialidades biofísicas, e bem como fomentar a defesa e a valorização dos elementos patrimoniais e paisagísticos relevantes, a proteção das zonas de maior sensibilidade biofísica e a promoção dos sistemas de lazer e recreio. Como referido anteriormente, a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no seu regulamento, no domínio relativo à Rede Natura 2000, destaca a necessidade de manter e/ou promover o estado de conservação favorável dos valores naturais de interesse comunitário, designadamente através: Da aplicação das orientações de gestão definidas para este Sítio de Importância Comunitária; da interdição, nas áreas do concelho integrada na Rede Natura 2000, de diversas ações, atividades e usos do solo; do condicionamento, dependente de autorização do ICNF de diversas ações, atividades e usos do solo; do favorecimento de determinadas ações, atividades e usos do solo. Pelo exposto, considera-se que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera garante a prossecução dos objetivos da ENCNB. 12 Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial- publicado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 92

94 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Assegurar a informação, sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil 0 Nas opções do Plano não se reconhecem propostas convergentes com o fomento ativo do conhecimento e envolvimento da população nas questões de natureza ecológica. Plano Nacional da Água Plano Estratégico Nacional de Desenvolvim ento Rural Plano Sectorial da Rede Natura 2000 Proteção, conservação e requalificação dos meios hídricos e dos ecossistemas associados Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais Estabelecer um conjunto de orientações estratégicas para a gestão do território das ZPE e Sítios considerando os valores naturais que nele ocorrem, com vista a garantir a sua conservação a médio e longo prazo É reconhecida preocupação com a proteção do meio hídrico na proposta de regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera, impondo a observância das disposições legais e regulamentares referentes a servidões administrativas e restrições de utilidade pública em vigor, designadamente aos Recursos Hídricos Nas áreas abrangidas pela SIC Serra da Lousã, encontramos também regulamentação para diversas ações, atividades e usos do solo, de forma a garantir a proteção, conservação do meio hídrico. O Plano integra nas suas linhas estratégicas a promoção da sustentabilidade dos espaços rurais, indicando como Objetivo Estratégico - Estruturar uma perspetiva de proteção para o solo rural, conduzindo a um modelo de intervenção de valoração e rentabilização das atividades agroflorestais e seus aglomerados rurais, aproveitando novas oportunidades nos domínios das energias renováveis, empreendimentos turísticos e condicionando o povoamento disperso. Como referido nos objetivos relativos à ENCNB, proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no seu regulamento, no domínio relativo à Rede Natura 2000, destaca a necessidade de manter e/ou promover o estado de conservação favorável dos valores naturais de interesse comunitário, designadamente através: Da aplicação das orientações de gestão definidas para este Sítio de Importância Comunitária; da interdição, nas áreas do concelho integrada na Rede Natura 2000, de diversas ações, atividades e usos do solo; m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 93

95 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Estabelecer o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais das ZPE e Sítios, orientando a uma macro-escala a fixação dos usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território a efetuar, posteriormente, através da inserção das normas e orientações nos instrumentos de gestão territorial que vinculam diretamente os particulares (planos municipais e planos especiais de ordenamento do território) Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats naturais e semi-naturais e das espécies de flora e fauna, presentes nos Sítios e ZPE Estabelecer diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação, a definir nos planos de ordenamento que vinculam as entidades privadas, nos quais deverão ser fixados e zonados os usos do território e os regimes de gestão, com vista à utilização sustentável do território do condicionamento, dependente de autorização do ICNF de diversas ações, atividades e usos do solo; do favorecimento de determinadas ações, atividades e usos do solo. Pelo exposto, considera-se que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera garante a prossecução dos objetivos da PSRN2000. O Plano identifica e representa cartograficamente os limites do SIC-Serra da Lousã do concelho, no entanto não transpões para a cartografia a distribuição dos habitats naturais e semi-naturais e das espécies de flora e fauna, presentes no SIC. O estabelecimento de diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação deverá ser efetuado no plano de gestão a elaborar o para o SIC- Serra da Lousã, em conjunto com os municípios que partilham o território desse SIC- Serra da Lousã. No território concelhio, a área definida pelo perímetro florestal de Castanheira de Pera tem em execução um Plano de Gestão Florestal, o qual apresenta um Programa de Gestão da Biodiversidade que contempla a identificação e distribuição dos valores naturais para os quais implica a aplicação das orientações de gestão previstas pelo PSRN2000. Deverá contudo ser garantida a compatibilização das intervenções previstas no PGF evitando os possíveis conflitos espaço-temporais que poderão advir da sobreposição espacial de diversas funções admitidas no perímetro florestal (ex. Função de conservação vs Função de silvopastorícia, caça e pesca, ou Função de conservação vs Função de Enquadramento paisagístico e recreio). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 94

96 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Definir as medidas que garantam a valorização e a manutenção num estado de conservação favorável dos habitats e espécies, bem como fornecer a tipologia das restrições do uso do solo, tendo em conta a distribuição dos habitats a proteger Definir, para cada Sítio e ZPE, os projetos a sujeitar a avaliação de impacte ambiental ou a análise de incidências ambientais Qualidade da água Promover o bom estado das massas de água através da proteção, melhoria e recuperação da qualidade dos recursos hídricos da região mediante a prevenção dos processos de degradação e a redução gradual da poluição, visando assim garantir uma boa qualidade da água para os ecossistemas e diferentes usos A prossecução deste objetivo do PSRN2000 é garantida pela proposta de regulamento da revisão deste PDM, que define, no articulado relativo à Rede Natura 2000, ações, atividades e usos do solo combatíveis com a manutenção e promoção do estado de conservação dos valores naturais do concelho. A prossecução deste objetivo do PSRN2000 é garantida pela proposta de regulamento da revisão deste PDM, que determina: Nas áreas integradas na Rede Natura 2000, devem ser objeto de avaliação de incidências ambientais as ações previstas nos termos da legislação em vigor e em conformidade com o Plano sectorial da Rede Natura 2000 A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera tem como objetivos estratégicos Proteger, conservar e valorizar ( ) os recursos naturais objetivo este que contribui para a conservação dos recursos hídricos. Apresenta como objetivo estratégico Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas. Por seu turno, na proposta de Regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera, na secção relativa a Áreas Inseridas em Rede Natura 2000, determina A monitorização, manutenção e melhoramento da qualidade da água através do tratamento dos efluentes domésticos, agrícolas, pecuários e industriais e controlo do despejo de efluentes não tratados e focos de poluição difusa, sendo transversal a várias secções do regulamento a referência a restrições de atividades e usos do solo convergentes com a prevenção dos processos de degradação deste elemento natural. Plano Regional de Ordenamento da Floresta do Pinhal Interior Norte Promover e garantir um desenvolvimento sustentável dos espaços florestais Estabelecer a aplicação regional das diretrizes estratégicas nacionais de política florestal nas diversas utilizações dos espaços florestais, tendo em vista o desenvolvimento sustentável + + A revisão do PDM de Castanheira de Pera considerou na sua elaboração as orientações inscritas no Plano Regional de Ordenamento da Floresta do Pinhal Interior Norte. A aplicação da opção estratégica do PDM Estruturar uma perspetiva de proteção para o solo rural, conduzindo a um modelo de intervenção de valoração e rentabilização das atividades agroflorestais e seus aglomerados rurais, aproveitando novas oportunidades nos domínios das energias renováveis, empreendimentos turísticos e condicionando o povoamento disperso traduz-se num conjunto vasto de aspetos regulamentares com incidência no Espaço Florestal convergente com os objetivos estratégicos do PROFPIN. Destacam-se ainda os artigos do Regulamento da revisão do PDM, os quais vinculam obrigações de gestão m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 95

97 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro Estabelecer a interligação com outros instrumentos de gestão territorial, bem como com planos e programas de relevante interesse, nomeadamente os relativos à manutenção da paisagem rural, à luta contra a desertificação, à conservação dos recursos hídricos e à estratégia nacional de conservação da natureza e da biodiversidade A concretização das opções constantes dos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, no respeito pelos princípios gerais da coesão, da equidade, da competitividade, da sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território. A proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais O aproveitamento do potencial turístico, dando projeção internacional ao património natural, cultural e paisagístico do espaço florestal em áreas da Rede Natura 2000 e condicionalismos à edificação e regras de florestação. Os objetivos do PROT-C aqui evidenciados vêm tradução no modelo estratégico de desenvolvimento da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. As opções estratégicas da proposta de revisão do PDM Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas e Promover novas oportunidades de investimento e desenvolvimento em torno da qualidade do património construído, cultural e natural permitem atender a questões de natureza económica, social e ambiental que convergem para a promoção da coesão social, da equidade, da competitividade, da sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território. É reconhecida preocupação com a proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais na proposta de regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera, impondo a observância das disposições regulamentares referentes a servidões administrativas e restrições de utilidade pública em vigor aos Recursos Hídricos, bem como na regulamentação de diversas ações, atividades e usos do solo, de forma a garantir a proteção, conservação do meio hídrico e do Espaço Florestal. Relativamente às dinâmicas de lazer associadas ao património natural, cultural e paisagístico do Concelho serem consideradas no modelo de desenvolvimento que a proposta de Plano definiu, as mesmas não assumem uma dimensão de âmbito internacional. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 96

98 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Identificar a estrutura de proteção e valorização ambiental, integrando as áreas classificadas (incluindo os imperativos decorrentes da Rede Natura 2000) e outras áreas ou corredores ecológicos relevantes do ponto de vista dos recursos, valores e riscos naturais e da estruturação do território. Definir orientações e propor medidas para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes + + O cumprimento deste objetivo será alcançado com a concretização da Estrutura Ecológica Municipal (EEM) proposta nesta revisão do PDM de Castanheira de Pera, a qual integra um conjunto de áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção ambiental tais como áreas delimitadas pela Rede Natura 2000, áreas afetas ao regime da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e do Regime Florestal e do Domínio Público Hídrico. Desta forma, contemplando áreas que expressam condicionantes, traduz-se num espaço que contribui para a preservação das funções e serviços ecológicos vitais para o equilíbrio ambiental do município. A proposta de regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera define diferentes categorias de uso do solo, para as quais determina orientações para um adequado ordenamento. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 97

99 A análise do quadro anterior permite verificar que os objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal Castanheira de Pera terão, na sua maioria, uma contribuição positiva para o alcance dos objetivos estratégicos dos instrumentos definidos no QRE, no que diz respeito ao FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza. De fato, ao nível dos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera constata-se uma relação de convergência com a generalidade dos objetivos propostos nos diversos instrumentos de cariz ambiental definidos no QRE, facto reforçado através do regulamento da proposta do Plano. Na proposta de Plano, contudo, não são identificados elementos que permitam reconhecer uma contribuição positiva na Promoção da investigação científica e do conhecimento sobre o património natural, bem como a monitorização de espécies, habitats e ecossistemas, objetivo estratégico inscrito na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade. No entanto, este objetivo, apesar de poder ser impulsionado por um eventual investimento do município na consolidação do conhecimento sobre o seu Património Natural, de forma a fundamentar ações de conservação e potenciar dinâmicas sustentadas de valorização desse mesmo Património, constitui efetivamente mais uma competência de instituições públicas com recursos técnicos e humanos habilitados para o efeito. Quanto aos objetivos estratégicos impostos pelo Plano Sectorial da Rede Natura 2000: Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats naturais e semi-naturais e das espécies de flora e fauna, presentes nos Sítios e ZPE e Estabelecer diretrizes para o zonamento das áreas em função das respetivas caraterísticas e prioridades de conservação, a definir nos planos de ordenamento que vinculam as entidades privadas, nos quais deverão ser fixados e zonados os usos do território e os regimes de gestão, com vista à utilização sustentável do território, a proposta de Plano assume que em toda a área territorial do Concelho abrangida pelo SIC Serra da Lousã, para a qual apresenta delimitação cartográfica ajustada à escala do Plano, se deverão aplicar os usos e condicionantes à ocupação definidos na proposta de regulamente, os quais, na maioria, traduzem as orientações inscritas no Plano Sectorial da Rede Natura Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera As oportunidades e as ameaças constituem a avaliação da forma como a biodiversidade e conservação da natureza será afetada com a implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Neste contexto, procede-se à identificação das oportunidades e ameaças m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 98

100 resultantes dos principais impactes estratégicos, positivos e negativos, relacionados com as ações inerentes à proposta de revisão do referido PDM. Quadro Oportunidades e Ameaças resultantes da execução da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no que respeita ao FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza Oportunidades Ameaças Aplicação do normativo legal relativo ao Plano Setorial da Rede Natura 2000 Manutenção das espécies e habitats naturais presentes no SIC Serra da Lousã em estado favorável de Risco de não implementação de um Plano conservação, através da correta aplicação das de gestão para o SIC Serra da Lousã orientações de gestão definidas pelo PSRN2000 Contínuo florestal com risco de incêndio Dinâmicas de turismo de Natureza Integração de Castanheira de Pera em redes de acontecimentos e de atividades com interesse para o Turismo Sustentável de forte vertente natural Diretrizes para Seguimento As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que pretendem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, no que respeita à Biodiversidade e Conservação da Natureza. Recomenda-se: A aplicação, na Área Classificada, das orientações de gestão inscritas no Plano Setorial da Rede Natura 2000; Considerar o investimento na manutenção e valorização de áreas naturais como o garante da sustentabilidade de atividades de turismo em espaço natural; Incentivar ações de monitorização do grau de conservação dos habitats naturais e das espécies protegidas; Incentivar a execução de ações específicas de conservação para dos habitats naturais e espécies protegidas; A implementação de trilhos mistos (pedestres e motorizados) em RN2000, deverá acautelar a incidência de impactes sobre os valores naturais aí presentes relativamente aos possíveis benefícios que a sua utilização poderá proporcionar no âmbito da valorização do território, e seguir as orientações de gestão para os diferentes habitats Definição e obrigação de cumprimento de regras de boa conduta que preservem os recursos naturais por forma a não comprometer a qualidade, a viabilidade e a sustentabilidade desses recursos e destinos de turismo em espaços naturais; m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 99

101 Melhorar as práticas agrícolas, com particular destaque para as que se realizam próximo de cursos de água, com vista à conservação de corredores ribeirinhos e da fauna aquática; Condicionar ações de limpeza e corte de árvores em zonas ribeirinhas com vista à conservação da vegetação ripícola e salvaguarda dos habitats naturais presentes; Controlar a presença e proliferação de espécies vegetais não indígenas invasoras, no concelho em geral, mas com especial incidência e prioridade nas áreas com maior valor ecológico; Promover a utilização de espécies autóctones nas plantações nos espaços públicos como forma de valorizar o património e a identidade natural do concelho; A execução do PGF - Perímetro Florestal de Castanheira de Pera, deverá garantir a manutenção em bom estado de conservação dos valores naturais da área para a qual é proposto, compatibilizando as intervenções previstas no PGF com a conservação da biodiversidade, evitando os possíveis conflitos espaço-temporais que poderão advir da sobreposição espacial de diversas funções admitidas no perímetro florestal (ex. Função de conservação vs Função de silvopastorícia, caça e pesca, ou Função de conservação vs Função de Enquadramento paisagístico e recreio) Em território abrangido pela área classificada deverão ser analisadas as pretensões de ações e de implementação de projetos tomando em consideração a tabela de condições e critérios de avaliação de incidências ambientais que se encontra divulgada para o Sítio PTCON0060 Serra da Lousã na Ficha do Sítio, em função do recomendado no PSRN2000 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho), aplicando-se para a avaliação de impacte ambiental o procedimento definido Decreto- Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 197/2005, de 8 de Novembro); As situações sujeitas a Análise de Incidências Ambientais, são enquadradas pelo disposto no Artigo 10.º do Decreto-Lei n.140/99, de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, devendo ser respeitado o indicado na tabela de condições e critérios de avaliação de incidências ambientais que se encontra divulgada para o Sítio PTCON0060 Serra da Lousã na Ficha do Sítio, em função do recomendado no PSRN2000 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 100

102 5.6. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - QUALIDADE AMBIENTAL Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus Objetivos A qualidade ambiental contribui decisivamente para a valorização territorial e através desta para o crescimento económico e competitividade (Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto 13 ), constituindo um fator importante para a saúde pública, qualidade de vida da população humana e para o equilíbrio dos ecossistemas. Quando os critérios de qualidade ambiental são desde cedo introduzidos como desígnios a garantir através dos Instrumentos de Ordenamento do Território contribui-se para o desenvolvimento sustentável e o alcance de elevados níveis de competitividade. Reconhecendo-se que a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera preconiza ações que envolvem direta e indiretamente questões determinantes para a qualidade ambiental, procede-se no âmbito da avaliação do presente FCD à sua análise, contextualizada por uma caraterização da situação atual da área sob influência do Plano, de forma a que, antecipadamente, e se necessário, possam ser projetadas intervenções mitigadoras ou planeadas medidas corretivas para as ações que eventualmente congreguem potenciais impactes ambientais negativos. Neste âmbito, as questões que se anteveem como relevantes, ao nível deste FCD, são a gestão de resíduos, a salvaguarda da qualidade dos recursos hídricos e da qualidade do ar, a prevenção da poluição sonora e o uso eficiente de energia. A necessidade de assegurar uma gestão adequada de resíduos e minimizar a sua produção contribuiu para a definição do domínio Resíduos. Atendendo à necessidade de ter em conta as recomendações inscritas em documentos referenciais de política ambiental, foi considerado como objetivo de sustentabilidade a promoção de uma política adequada de gestão de resíduos. A análise de um domínio relacionado com a Água surge pela necessidade de salvaguardar o bom estado dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Por outro lado, a água, enquanto recurso indispensável à maioria das atividades económicas, apresenta uma influência direta na saúde humana e na qualidade de vida das populações, nomeadamente ao nível dos sistemas de abastecimento de água, de drenagem e tratamento de águas residuais. De forma a tornar mais sustentável o setor, deverá ainda ser garantida uma elevada eficiência do seu uso. Neste sentido, consideraram-se como principais objetivos de sustentabilidade a proteção e conservação dos recursos hídricos, a promoção de um consumo eficiente e racional do recurso água e a satisfação das necessidades das populações ao nível das infra-estruturas básicas, 13 Aprova a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 101

103 assegurando os serviços de abastecimento de água e de drenagem e de tratamento de águas residuais com elevado nível de qualidade. Os municípios detêm responsabilidades ao nível da prevenção do ruído e controlo da poluição sonora, com vista à salvaguarda da saúde humana e bem-estar das populações. Neste âmbito, o domínio de avaliação relacionado com o Ruído foi considerado relevante para a presente análise tendo sido para tal definido como objetivo de sustentabilidade Assegurar a emissão de níveis de ruído que não perturbem a saúde humana e o bem-estar das populações. A Qualidade do Ar é o termo que se usa, normalmente, para traduzir o grau de poluição no ar que respiramos ( A poluição atmosférica origina um conjunto de impactes ao nível da degradação da qualidade do ar, danos ao nível da saúde humana (ao nível do sistema respiratório e cardiovascular) e do equilíbrio dos ecossistemas, entre outros. Neste contexto, pela sua importância na salvaguarda da melhoria da qualidade de vida das populações foi considerado o domínio de avaliação Ar. Por forma a avaliar e reduzir os efeitos neste domínio serão definidos como objetivos de sustentabilidade a gestão adequada da qualidade do ar bem como a redução dos seus níveis de poluição e ainda, quando for aplicável, a redução dos gases com efeito de estufa e o aumento na oferta de modos de transporte sustentáveis e alternativos. A crescente perceção do problema das alterações climáticas e de outras exigências ambientais permitiram evidenciar a necessidade de Portugal tornar o seu consumo energético mais eficiente e racional, principalmente no que diz respeito ao consumo direto de fontes de energia não renovável (petróleo). Neste contexto foi considerado importante incorporar o domínio de avaliação Energia, considerando-se relevante o estabelecimento de objetivos de sustentabilidade que pretendam promover o aumento da eficiência energética bem como a racionalização na utilização da energia, salientando-se a importância da utilização de fontes renováveis na produção de energia como fator a contribuir para a redução da dependência energética. O Quadro apresenta os domínios de avaliação definidos para o FCD Qualidade Ambiental, e associa-lhes os objetivos de sustentabilidade que se pretendem atingir. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 102

104 Quadro Domínios de avaliação e respetivos objetivos de sustentabilidade definidos para o FCD Qualidade Ambiental Domínio Objetivos de Sustentabilidade Resíduos - Promover uma política adequada de gestão de resíduos Água Ruído Ar Energia - Garantir a proteção e conservação dos recursos hídricos - Garantir serviços adequados de abastecimento de água para consumo humano - Promover um consumo eficiente e racional do recurso água - Garantir serviços adequados de drenagem e de tratamento de águas residuais - Promover uma gestão eficiente das águas pluviais e residuais - Assegurar a emissão de níveis de ruído que não perturbem a saúde humana e o bemestar das populações - Assegurar uma gestão adequada da qualidade do ar que salvaguarde a saúde pública - Contribuir para a redução da poluição atmosférica - Contribuir para a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa - Aumentar a oferta de modos de transporte sustentáveis e alternativos - Promover o aumento da eficiência energética - Utilização racional de energia - Promover a utilização de fontes de energia renovável (nomeadamente energias solar e térmica) De forma a auxiliar o nível de pormenorização da análise que se pretende efetuar sobre o FCD - Qualidade Ambiental, identificaram-se para os domínios de avaliação, os respetivos critérios de avaliação e indicadores (Quadro ). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 103

105 Quadro Domínios de avaliação, critérios de avaliação, principais indicadores associados ao FCD - Qualidade Ambiental FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Qualidade Ambiental Resíduos Água Ruído Destino final dos resíduos produzidos Poluição da água/contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Infra-estruturação ao nível do abastecimento de água Cumprimento dos padrões de qualidade da água para abastecimento público Infra-estruturação ao nível da drenagem e tratamento de águas residuais Gestão eficiente das águas residuais Uso eficiente da água Poluição sonora Produção de resíduos sólidos urbanos Ton/hab Município Valorização de resíduos sólidos urbanos % INE Sistemas de recolha seletiva N.º Município Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos N.º Município Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos INE / Município Qualidade da água superficial Classe APA Qualidade da água subterrânea Classe APA Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos 1 INE/ Município Consumo de água m 3 INE População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo % INE Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais % INE % INE Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais 1 INE Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais % INSAAR Percentagem de água (residual tratada, bruta e de consumo humano) usada na rega 1 % Município Perdas no sistema de abastecimento % Município/ERSAR Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água N.º Município População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais N.º Município Reclamações por incomodidade sonora 1 N.º Município Planos de redução de ruído 1 N.º Município m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 104

106 FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Investimento ao nível da proteção do ruído 1 INE/ Município Qualidade do ar Classe CCDRC Poluição atmosférica / Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites. N.º CCDRC Contaminação do ar e cumprimento dos requisitos Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Ar N.º APA legais Licenças de Emissão Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar 1 INE/ Município Mobilidade sustentável Projetos com adoção de soluções que tenham em vista a mobilidade sustentável 1 N.º Município Matriz energética Consumo de energia (energia elétrica e gás natural) kwh/ano DGEG Eficiência energética Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética N.º Município Energia Adesão à produção de energia Produção de energia, a nível local, através de recursos tep Município através de fontes renováveis renováveis (nomeadamente energia hídrica e eólica) (INE Instituto Nacional de Estatística; DRAPC Direção Regional da Agricultura e Pescas do Centro; CCDRC Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro; APA Agência Portuguesa do Ambiente; DGEG Direção-Geral de Energia e Geologia) 1 - Indicador com lacuna de informação analisado na fase de seguimento da implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 105

107 Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo pretende-se caracterizar a situação ambiental atual do concelho de Castanheira de Pera, desenvolvendo-se posteriormente uma análise de tendências relativa a cada um dos indicadores de análise propostos, sem contudo considerar a implementação da proposta de revisão do Plano. SITUAÇÃO EXISTENTE Serão abordados, separadamente, os domínios de avaliação relativos a: Resíduos, Água, Ruído, Ar e Energia, tendo sido desenvolvida uma abordagem assente em cada um dos indicadores considerados. Domínio: Resíduos Produção de resíduos sólidos urbanos A produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) assume níveis particularmente preocupantes nos países desenvolvidos, onde a melhoria das condições de vida promoveu o aumento do consumo, surgindo a necessidade de promover a valorização dos RSU, em detrimento da sua deposição em aterro. Com base na informação disponível no Relatório do Estado do Ambiente (REA, 2014), a principal operação de gestão de resíduos urbanos continuou a ser, em 2013, a deposição em aterro (43%), seguindo-se a valorização energética (22%), o tratamento mecânico e biológico (7%) e a valorização orgânica (2%). A responsabilidade pela recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos indiferenciados é da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, a quem cabe a responsabilidade de manter a rede de pontos de deposição de proximidade, a recolha dos resíduos sólidos indiferenciados, e o respetivo transporte para a estação de transferência (localizada em Ansião). A figura seguinte permite constatar a ocorrência de um incremento da produção de RSU entre 2001 e 2008, de 866 ton de RSU para 1099 ton, respetivamente, e uma consequente diminuição na produção de RSU produzidos no concelho, entre 2010 e 2013, de 1151 ton para 793 ton de RSU. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 106

108 Figura Resíduos sólidos urbanos indiferenciados produzidos no concelho de Castanheira de Pera, entre 2001 e 2013 (INE, 2015) Ao nível da densidade populacional é um facto que esta tem tido, nos últimos anos, uma diminuição contínua, pelo que poderá estar na origem da diminuição da produção de RSU registada, entre 2010 e Por outro lado, importa salientar que a autarquia tem vindo a implementar ações de sensibilização ambiental junto da população e dos seus munícipes, nomeadamente com distribuição de folhetos informativos sobre os RSU, sendo que realiza ainda ações de sensibilização de gestão de resíduos nas diferentes freguesias do concelho. Valorização de resíduos sólidos urbanos Relativamente à recolha seletiva de resíduos, tratamento e respetivo destino final, esta é da responsabilidade da ERSUC Resíduos Sólidos do Centro, SA, também proprietária dos equipamentos de recolha seletiva. Dos resíduos produzidos em 2013 (793 ton), cerca de 86 ton (aproximadamente 10%) foram recolhidos de forma seletiva. O quadro seguinte apresenta a quantidade de resíduos sólidos urbanos encaminhados para aterro e para reciclagem, no ano de Quadro Destino e quantidade dos resíduos produzidos no concelho de Castanheira de Pera, em 2013 (INE, 2015) Destino dos resíduos Quantidade (Toneladas) Recolha indiferenciada 244 Recolha seletiva 86 Total 793 m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 107

109 Quanto aos resíduos recolhidos de forma seletiva, a totalidade tem como destino a valorização multimaterial. Relativamente aos resíduos indiferenciados, ao tipo de destino dos resíduos, constata-se que cerca de 30% ainda são encaminhados para aterro, mas a solução de valorização orgânica dos resíduos indiferenciados já começa a ter alguns resultados favoráveis, conforme se pode verificar pelo quadro seguinte. Quadro Tipo de destino dos resíduos indiferenciados produzidos no concelho de Castanheira de Pera, em 2013 (INE, 2015) Destino dos resíduos Quantidade (Toneladas) Aterro 244 Valorização energética 0 Valorização orgânica 449 Valorização multimaterial 15 Total 707 Todas as povoações do concelho possuem vidrões, mas apenas as mais numerosas dispõe de ecopontos. Na Vila de Castanheira da Pera, no entanto, grande parte da população ainda não adquiriu hábitos de separar e de colocar o lixo nos contentores próprios, uma vez que a massa de resíduos recolhidos nos ecopontos é muito inferior ao esperado. No Quadro apresenta-se a quantidade de resíduos recolhida de forma seletiva, por fileira, no concelho de Castanheira de Pera, entre 2010 e Quadro Quantidade de resíduos recolhida de forma seletiva no concelho de Castanheira de Pera, por fileira, entre 2010 e 2013 (INE, 2015) Resíduos recolhidos de forma Quantidade recolhida (Toneladas) seletiva Vidro 116,268 53,780 53,260 48,300 Papel e cartão 28,915 27,135 25,848 21,551 Embalagens 13,173 13,081 13,964 11,899 Pilhas 0 0, Total 158,356 94,041 93,072 81,750 Pelo quadro apresentado podemos aferir que o vidro e o papel/cartão são os resíduos mais recolhidos de forma seletiva. De acordo com os dados constata-se uma diminuição acentuada ao nível da recolha seletiva do vidro, entre 2010 e 2011, e menos acentuada mas contínua, até O papel e cartão, assim como as embalagens, também registaram uma diminuição ao nível da recolha, entre 2010 e m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 108

110 Sistemas de recolha seletiva O sistema de recolha seletiva do concelho de Castanheira de Pera integra 33 ecopontos, os quais se encontram distribuídos por diferentes pontos das freguesias do concelho, conforme consta no Quadro Quadro Localização dos ecopontos no concelho de Castanheira de Pera (Relatório de Avaliação). Localidade Bolo Castanheira de Pera Coentral do Fojo Coentral Grande Fiteira Fontão Gestosa Moita Mouredos Pera Poço Corga Rapos Sapateira Sarnadas Sarzedas de São Pedro Torgal Troviscal Vilar Estrada Principal Localização do Ecoponto Bombas Casa da Publicidade Centro de Saúde Correios Ernesto M. David Escolas Estada da GNR Estrada Principal Frente Quase Bar Praia Fluvial Restaurante Lagar do Lago Restaurante Castanheirense Super Docemel Traseiras do Millennium BCP Estrada Principal Largo Estrada Principal Estrada para Penela Cruzamento Escola Primária Estrada Principal Estrada do Restaurante Europa Associação Moinho Estrada Principal Estrada Principal Estrada Principal Estrada Principal Estrada Principal Largo Estrada Principal Centro Ao nível da recolha seletiva, o município tem vindo a promover uma melhoria na recolha de resíduos, com reforço do número de ecopontos e introdução de novos equipamentos. Conforme já referido anteriormente, todas as medidas implementadas relacionadas com os resíduos têm sido acompanhadas por campanhas de sensibilização à população. De facto, o sucesso de uma gestão eficiente dos RSU passa pelo envolvimento e responsabilização dos cidadãos em geral, pelo que as ações de sensibilização e educação ambiental apresentam neste fator um papel indispensável. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 109

111 Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos Nos últimos anos tem-se assistido a uma forte campanha de sensibilização para a separação dos resíduos, em especial, os que são recicláveis ou valorizáveis. Neste âmbito a Câmara Municipal de Castanheira de Pera dispõe de folhetos informativos sobre gestão de resíduos sólidos urbanos e sobre ecopontos, sendo que realiza ações de sensibilização sobre esta matéria nas diferentes freguesias do concelho. Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Relativamente ao investimento municipal ao nível da gestão de resíduos, a Câmara Municipal de Castanheira de Pera apresentou um investimento na ordem dos 1.000, em O Quadro seguinte mostra a evolução do investimento camarário nesta área, entre 2009 e Quadro Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos, entre 2009 e 2013 (INE, 2015). Ano Investimento municipal ( ) Destino Material de transporte para a recolha de resíduos ( ) e Equipamento básico de recolha de resíduos (3.000 ) Equipamento básico de recolha de resíduos Material de transporte para a recolha de resíduos Material de transporte para a recolha de resíduos Equipamento básico de recolha de resíduos Domínio: Água A área do território do concelho de Castanheira de Pera encontra-se inserida na bacia hidrográfica do rio Tejo, mais especificamente na bacia hidrográfica do Zêzere. A bacia hidrográfica do rio Tejo, de forma alongada, ocupa entre os rios peninsulares o primeiro lugar em área e o terceiro em extensão do seu curso principal. Em território nacional os principais afluentes do rio Tejo são o rio Sorraia, na margem esquerda e o rio Zêzere, na margem direita, com km 2 e km 2 de área de drenagem, respetivamente. Os grandes afluentes do rio Tejo na margem direita, Erges, Aravil, Pônsul, Ocreza e Zêzere, drenam a zona do Maciço Hespérico, acidentada, montanhosa e com pluviosidade relativamente elevada, se for excluída a área oriental da Beira Baixa. Estes rios possuem uma significativa expressão, tanto em extensão como em área drenada, formando vales encaixados, transversais ao curso do rio principal (PGRH, 2014). A principal linha de água no concelho de Castanheira de Pera é a ribeira de Pera, afluente do rio Zêzere, que atravessa o concelho no sentido Norte-Sul. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 110

112 A ribeira de Pera com uma extensão de 21,5 km, é alimentada por um conjunto vasto de pequenas linhas de água, de entre as quais se destacam as ribeiras do Cavalete, Coentral Grande e das Quelhas. A ribeira de Mega também faz parte da rede hidrográfica do concelho, apresentando um cumprimento próximo dos 4 km, localizada na parte Este deste, que confina com o concelho de Góis (PMDFCI, 2011). Ribeira de Pera Ribeira Mega Figura Rede hidrográfica do concelho de Castanheira de Pera (Geosnirh, 2015) Uma parte significativa das linhas de água existentes no concelho correspondem a simples escoamentos, não constituindo cursos fluviais permanentes. As características xistosas de grande parte do subsolo concelhio influem na sinuosidade das vias e na presença de uma densa rede de sulcos e ravinas que constituem canais de escoamento hidrográfico. O escoamento de água na rede hidrográfica do concelho de Castanheira de Pera situa-se entre 800 e 1000 mm em praticamente toda a extensão do seu território, à exceção de uma pequena porção, a Sul, onde o escoamento varia entre os 600 e 800 mm (Relatório setorial Caracterização Biofísica, 2015). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 111

113 Qualidade da água superficial AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera De acordo com informação disponível na APA, no concelho de Castanheira de Pera não existe nenhuma estação de monitorização inserida na Rede de Qualidade da Água Superficial, nem existe nenhuma estação localizada nas principais massas de água superficial que atravessam o concelho, a ribeira de Pera e a ribeira de Mega. Assim sendo, optou-se por efetuar uma análise tendo como base informação constante no PGRH (2012) relativa ao estado ecológico e químico da ribeira de Pera. Conforme se pode constatar pela figura seguinte, a ribeira de Pera encontra-se classificada com um Bom estado ecológico. Figura Estado ecológico das massas de água naturais (PGRHT, 2012). Relativamente ao estado químico da ribeira de Pera, esta também se encontra classificada com Bom estado, conforme se constata na figura seguinte. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 112

114 Figura Estado químico das massas de água naturais (PGRHT, 2012). Qualidade da água subterrânea Os recursos hídricos subterrâneos desempenham um papel fundamental tanto no abastecimento das populações, como no abastecimento da agricultura e indústria. É reconhecido o papel importante que estes recursos apresentam, mesmo em zonas onde as águas subterrâneas são escassas, pois podem ser fundamentais, na ausência de outros recursos hídricos economicamente mobilizáveis, permitindo assegurar o abastecimento de núcleos urbanos ou industriais de pequena dimensão, de explorações agro-pecuárias e do regadio de pequenas explorações agrícolas ( A distribuição dos recursos hídricos subterrâneos em Portugal continental está intimamente relacionada com as ações geológicas que moldaram o nosso território. Nas bacias mesocenozóicas, ocupadas essencialmente por rochas detríticas ou carbonatadas, pouco ou nada afetadas por fenómenos de metamorfismo, encontram-se os aquíferos mais produtivos e com recursos mais abundantes ( A figura seguinte apresenta o enquadramento do concelho de Castanheira de Pera na Unidade Hidrogeológica do Maciço Antigo. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 113

115 Figura Enquadramento do concelho de Castanheira de Pera na Unidade Hidrogeológica correspondente (SNIRH, 2015). O concelho de Castanheira de Pera insere-se na sua totalidade na unidade hidrogeológica do Maciço Antigo, na Massa de Água Subterrânea correspondente ao Maciço Antigo Indiferenciado da Bacia do Tejo. O Maciço Antigo é constituído essencialmente por rochas eruptivas e metassedimentares que em termos gerais podem ser consideradas como materiais com escassa aptidão hidrogeológica e pobre em recursos hídricos subterrâneos, embora possam ser importantes as captações subterrâneas existentes nos concelhos para abastecimento das populações. Segundo Almeida, C. [et al] (2000), a circulação nestes tipos litológicos (rochas granitoides, xistos e grauvaques), é na sua maioria, relativamente superficial, condicionada pela espessura da camada de alteração e pela rede de fraturação resultante da descompressão dos maciços. Esta massa de água subterrânea referente ao Maciço Antigo Indiferenciado da Bacia do Tejo encontra-se classificada em Bom estado químico, conforme se pode constatar pela figura que se segue. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 114

116 Figura Estado químico da Massa de Águas Subterrâneas do Maciço Indiferenciado na Bacia do Tejo (PGRHT, 2012). De modo a desenvolver uma análise mais detalhada da caracterização da qualidade da água subterrânea do concelho em estudo, recorreu-se ainda à base de dados disponível no SNIRH. Neste contexto foi identificada uma captação de água subterrânea existente no concelho de Castanheira de Pera, que pertence à Rede de Vigilância da Qualidade das Águas Subterrâneas (Figura e Quadro ). Figura Localização da estação de monitorização da qualidade da água subterrânea (264/C66) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 115

117 O quadro seguinte apresenta a classificação da qualidade da água subterrânea 14 e o parâmetro responsável por essa mesma classificação. Quadro Captação de água subterrânea existente no concelho de Castanheira de Pera, pertencente à Rede de Vigilância da Qualidade das Águas Subterrâneas (Fonte: SNIRH, 2015) Classificação da qualidade da Captação de N.º do Unidade Sistema água água SNIRH Hidrogeológica Aquífero Maciço Antigo Furo Vertical 264/C66 Maciço Antigo >A3 - Fluoretos A2 - ph Indiferenciado A análise do quadro anterior permite constatar que o concelho de Castanheira de Pera apresentou, em 2010, uma contaminação das águas subterrâneas por Fluoretos, no entanto o SNIRH não dispõe de dados mais recentes para esta estação. Importa ainda salientar que, de acordo com informação do Relatório do Plano (2015), existem 18 captações de água subterrânea destinadas ao abastecimento público com perímetros de proteção delimitados e regulamentados conforme estipulado no Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro (alterado pelo Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio), da responsabilidade da Câmara Municipal, e 10 captações da responsabilidade da Águas do Centro. Quadro Captações de água subterrânea para abastecimento público (Fonte: Relatório do Plano, 2015) Designação da captação Sistema Zona de proteção Entidade responsável Mina da Selada das Casas (Quelhas) Coentral Grande Imediata Câmara Municipal Fonte das Bicas Coentral Grande Imediata Câmara Municipal Mina do Coentral das Barreiras Coentral das Barreiras Imediata Câmara Municipal Mina das Sarnadas Sarnadas Imediata Câmara Municipal Mina da Carvalheira Camelo Imediata Câmara Municipal Pardieiros Botelhas Imediata Câmara Municipal Furo de Botelhas Botelhas Imediata Câmara Municipal Mina do Terreiro da Serra Palheira Imediata Câmara Municipal Fontão Fontão Imediata Câmara Municipal Fontão/Várzea II Troviscal Imediata Câmara Municipal Mina do Souto Escuro Rapos Imediata Câmara Municipal Furo de São João da Mata Estaleiro Municipal Imediata Câmara Municipal Mina do Carriçal Carriçal Imediata Câmara Municipal Mina da Ortiga Ortiga Imediata Câmara Municipal Mina de Porto Videira Porto Videira, Serra e Casal Imediata Câmara Municipal 14 A Classificação da Qualidade da Água Subterrânea é efetuada de acordo com o Anexo I do Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto e baseia-se nos parâmetros analíticos determinados pelo programa de monitorização de vigilância operada pela CCDR. A cada categoria corresponde um sistema de tratamento distinto, de forma a tornar as águas aptas para consumo humano (A1 Tratamento físico e desinfecção, A2 Tratamento físico e químico e desinfecção, A3 Tratamento físico, químico, de afinação e desinfecção). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 116

118 Designação da captação Sistema Zona de proteção Entidade responsável Mina da Sapateira Sapateira Imediata Câmara Municipal Furo da Sapateira Sapateira Imediata Câmara Municipal Mina do Torgal Torgal Imediata Câmara Municipal Fonte da Telha de Cima Castanheira de Pera Imediata Águas do Centro Mina Cabril/Fonte da Prata Ameal Imediata Águas do Centro Mina Conqueiro 1/Mina nº 1 de Conqueiro Castanheira de Pera Imediata Águas do Centro Mina do Conqueiro 2 Castanheira de Pera Imediata Águas do Centro Poço do Pinçal Castanheira de Pera Imediata Águas do Centro Furo do Pinçal Castanheira de Pera Imediata Águas do Centro Furo de Vilar Vilar Imediata Águas do Centro Furo de Valseá Valseá Imediata Águas do Centro Poço da Gestosa Gestosas Imediata Águas do Centro Mina de Ameal Ameal Imediata Águas do Centro Ao nível da presente análise, importa ainda analisar o definido na Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, que estabelece o enquadramento para a gestão das águas superficiais, designadamente as águas interiores, de transição e costeiras, e das águas subterrâneas ( ) e define, na alínea jjj) do artigo 4.º, como Zonas Protegidas: i) As zonas designadas por normativo próprio para a captação de água destinada ao consumo humano ou a protecção de espécies aquáticas de interesse económico; ii) As massas de água designadas como águas de recreio, incluindo zonas designadas como zonas balneares; iii) As zonas sensíveis em termos de nutrientes, incluindo as zonas vulneráveis e as zonas designadas como zonas sensíveis; iv) As zonas designadas para a protecção de habitats e da fauna e da flora selvagens e a conservação das aves selvagens em que a manutenção ou o melhoramento do estado a água seja um dos factores importantes para a sua conservação, incluindo os sítios elevantes da rede Natura 2000; v) As zonas de infiltração máxima. O quadro seguinte apresenta o enquadramento das zonas protegidas identificadas para o concelho de Castanheira de Pera, ao abrigo da Lei da Água. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 117

119 Quadro Enquadramento do concelho de Castanheira de Pera nas Zonas Protegidas definidas pela Lei da Água Alínea jjj) do artigo 4.º, da Proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera Lei n.º 58/2008, de 29 de Dezembro As zonas designadas por normativo próprio para a captação de água destinada ao consumo humano ou a proteção de espécies aquáticas de interesse económico As massas de água designadas como águas de recreio, incluindo zonas designadas como zonas balneares As zonas sensíveis em termos de nutrientes, incluindo as zonas vulneráveis e as zonas designadas como zonas sensíveis As zonas designadas para a proteção de habitats e da fauna e da flora selvagens e a conservação das aves selvagens em que a manutenção ou o melhoramento do estado da água seja um dos fatores importantes para a sua conservação, incluindo os sítios relevantes da rede Natura 2000 As zonas de infiltração máxima. Conforme referido anteriormente, existem 18 captações de água subterrânea para abastecimento público com perímetros de proteção aprovados em normativo próprio, da responsabilidade da Câmara Municipal, e 10captações de água subterrânea para abastecimento público da responsabilidade da Águas do Centro. De acordo com informação constante no SNIRH, existe uma zona balnear no concelho designada de Corga. - O concelho de Castanheira de Pera não se insere em nenhuma Zona Sensível, de acordo com o Decreto-Lei n.º 198/2008, de 8 de Outubro. - O concelho de Castanheira de Pera não integra nenhuma Zona Vulnerável, de acordo com o estipulado na Portaria n.º 164/2010, de 16 de Março. O concelho de Castanheira de Pera integra uma área de reconhecido valor natural, incluída na Rede Natura 2000 [Sítio Serra da Lousã (PTCON0060)]. Esta temática foi analisada de forma mais pormenorizada no FCD Conservação da Natureza e Biodiversidade. De acordo com a Planta de Condicionantes da proposta de revisão do PDM, o concelho apresenta uma extensa predominância de áreas de máxima infiltração. Esta temática será analisada no âmbito do FCD Riscos Ambientais. Consumo de água Relativamente ao consumo de água, verifica-se que este registou um ligeiro aumento ao nível concelhio, entre 2005 e 2009, de 52 m 3 /hab para 53 m 3 /hab (INE, 2015). População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo No concelho de Castanheira de Pera a rede de abastecimento de água em alta é gerida pelas Águas do Centro, SA, detentora da concessão de gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais de Raia, Zêzere e Nabão, por um período de 30 anos. Este Sistema Multimunicipal foi dimensionado para garantir o fornecimento de água, em quantidade e em qualidade. Tratando-se de um sistema de adução em alta, apenas distribui a água até aos pontos de entrega, sendo a distribuição domiciliária da responsabilidade do município. O Sistema Multimunicipal de Raia, Zêzere e Nabão, abrange uma área de km 2 com uma rede adutora de 1169 km, com 519 pontos de entrega e 9 Estações de Tratamento de Agua m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 118

120 (ETA). O concelho de Castanheira de Pera, em conjunto com o de Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Sertã, são servidos pela ETA do Cabril que foi dimensionada para servir uma população residente de habitantes. A ETA tem uma capacidade de produção de água potável de m3/dia. Atualmente o concelho de Castanheira de Pera, abastecido pelo subsistema do Cabril, conta com sete reservatórios (Relatório de Avaliação, 2014). Figura Representação esquemática do sistema de abastecimento de água do Cabril (fonte: Águas do Centro, 2015). De acordo com dados do INE o município de Castanheira de Pera apresenta a totalidade da população servida por sistema de abastecimento de água para consumo (INE, 2015), sendo este um indicador bastante satisfatório e inclusivamente acima das metas definidas em documentos estratégicos, o que demonstra um bom desempenho do município a este nível. Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação A rede de abastecimento de água que serve o concelho de Castanheira de Pera apresenta qualidade controlada. A entidade Águas do Centro, SA mantém um programa de monitorização sistemática da qualidade da água, procedendo a análises periódicas de numerosos parâmetros indicadores da qualidade da água. Através deste programa, a Águas do Centro cumpre a legislação nacional em vigor neste domínio, garantindo água de qualidade ( O quadro seguinte apresenta a qualidade (n.º de análises) das águas para consumo humano, no concelho de Castanheira de Pera, de acordo com os dados disponíveis no INE. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 119

121 Quadro Qualidade (n.º de análises) das águas para consumo humano relativa ao ano de 2013 (INE, 2015) Análises regulamentares obrigatórias Análises realizadas obrigatórias Análises em falta Análises realizadas com o valor paramétrico Análises em cumprimento do valor paramétrico Análises em incumprimento do valor paramétrico Pela análise do quadro anterior é possível aferir que todas as análises regulamentares obrigatórias são realizadas, e cerca de 97% das análises realizadas à água tratada estão em cumprimento com o valor paramétrico. Apesar do município ainda não cumprir com a meta definida no PEAASAR II, de 99%, tem revelado uma melhoria constante nos últimos anos. População servida por sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais Como referido anteriormente o concelho de Castanheira de Pera integra o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais de Raia, Zêzere e Nabão. O sistema de saneamento é constituído por uma rede de coletores e emissários de 202 km, com 81 Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Fazendo parte deste sistema existe no concelho uma ETAR que foi projetada para proceder à recolha e tratamento dos efluentes das localidades de Castanheira de Pera. Dimensionada para servir uma população de 4878 habitantes-equivalentes, a ETAR tem uma capacidade de tratamento de 898 m 3 /dia de águas residuais. Figura Sistema de Saneamento básico de Castanheira de Pera (Fonte: Águas do Centro, 2015) De acordo com informação disponível no INE, a taxa de cobertura da rede de drenagem de águas residuais, no concelho de Castanheira de Pera encontrava-se, em 2009, nos 99%. No que se refere à rede de tratamento de águas residuais, a taxa de cobertura do território concelhio foi m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 120

122 igualmente, no ano de 2009, de 99%. Ambos os valores são bastante satisfatórios e enquadramse nas metas definidas em documentos estratégicos, o que demonstra um bom desempenho do município a este nível. Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais A descarga de águas pluviais nos sistemas de águas residuais constitui atualmente um problema ambiental (e também económico) uma vez que pode originar a perda de eficiência das respetivas ETAR. Salienta-se neste contexto que, de acordo com informação disponível no INSAAR (relativa a 2008), toda a rede de drenagem de águas residuais 15 existente no concelho de Castanheira de Pera é do tipo separativa, pelo que não se prevê a afluência de águas pluviais aos sistemas de águas residuais. Perdas no sistema de abastecimento As perdas de água que ocorrem nos sistemas de abastecimento têm muitas vezes origem em roturas resultantes da falta de estratégias municipais ao nível da reabilitação, ou da rega de espaços públicos e jardins, cuja água utilizada é proveniente da rede de abastecimento (e portanto de boa qualidade), não sendo este volume contabilizado. De acordo com informação constante no Relatório Sectorial Ambiente (2015), o sistema de abastecimento público de água em alta apresenta perdas reais de água na ordem dos 1,6m 3 /(km.dia), o que revela a qualidade do serviço boa e a eficiência do sistema, enquanto que o sistema em baixa registou perdas de água reais na ordem dos 157 l/(ramal.dia), o que revela uma qualidade de serviço insatisfatória para sistemas em baixa. As perdas reais de água revelam para o concelho uma situação de desperdício de água o que se traduz numa falta de eficiência do sistema, podendo a entidade promover oportunidades de melhoria com ganhos ambientais e económicos. Relativamente a ocorrência de avarias nas condutas que originam perdas de água e eventuais falhas no abastecimento, a qualidade do serviço é considerada boa. Conforme informação da ERSAR (2011), um número significativo de entidades gestoras apresenta uma percentagem elevada de perdas de água. Considera-se haver claras oportunidades de melhoria, sendo importante que as entidades gestoras implementem metodologias de redução das perdas de água. 15 Rede separativa de drenagem de águas residuais - constituída por dois coletores distintos, um destinado às águas residuais domésticas e/ou industriais e outro à drenagem de águas pluviais ou similares. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 121

123 Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água A Câmara Municipal de Castanheira de Pera dispõe de folhetos informativos relativos à poupança de água que distribui pelos seus munícipes de forma a torná-los mais conscientes na necessidade de promover o uso eficiente da água. Domínio: Ruído Os Planos Municipais de Ordenamento do Território asseguram a qualidade do ambiente sonoro, promovendo a distribuição adequada dos usos do território, tendo em consideração as fontes de ruído existentes e previstas (n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro). Os municípios detêm competências ao nível da elaboração dos Mapas de Ruído e na prevenção da poluição sonora, tendo em vista a salvaguarda da saúde e o bem-estar das populações. De facto, de acordo com o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro (que aprova o Regulamento Geral do Ruído - RGR) as câmaras municipais elaboram mapas de ruído para apoiar a elaboração, alteração e revisão dos planos diretores municipais. O diploma referido anteriormente estabelece que em função da classificação de uma zona como mista ou sensível, devem ser respeitados os seguintes valores limite de exposição: a) As zonas mistas não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior superior a 65 db(a), expresso pelo indicador L den e superior a 55 db(a), expresso pelo indicador L n b) As zonas sensíveis não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior superior a 55 db(a), expresso pelo indicador L den e superior a 45 db(a), expresso pelo indicador L n Relativamente ao tráfego rodoviário, de acordo com informação constante no Mapa de Ruído (2014), este constitui indiscutivelmente a fonte ruidosa mais relevante do concelho de Castanheira de Pera. De acordo com esta fonte, a principal fonte ruidosa, embora com volumes de tráfego pouco significativos, é a EN236-1, que atravessa o concelho e que permite a ligação rodoviária ao IC8 e aos concelhos vizinhos. Seguindo em termos de magnitude de tráfego a Rua João Bebiano, a Rua Silva Bernardes e a Avenida de São Domingos (Mapa de Ruído, 2009). Relativamente ao ruído industrial e ao ruído de tráfego aéreo, verificou-se que estes não têm impacto sonoro relevante sobre a população local. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 122

124 População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais Um Mapa de Ruído deve, para além de permitir uma visão qualitativa da distribuição geográfica dos níveis sonoros de uma determinada área, fornecer indicadores quantitativos da população exposta ao ruído. Conforme referido no Mapa de Ruído, a partir de dados sobre densidades populacionais do concelho e das suas freguesias, distribuiu-se a população residente pelos recetores sensíveis proporcionalmente ao volume de cada edifício. Da associação dos níveis sonoros da fachada mais exposta e da população residente em cada edifício estimou-se as percentagens de exposição da população às diferentes classes de níveis de ruído (RNT Atualização do Mapa de Ruído de Castanheira de Pera, 2009), cujos valores são apresentados no quadro que se segue. Quadro Estimativas (em %) de população exposta a diferentes intervalos de níveis sonoros, para os indicadores de ruído Lden e Ln (RNT Atualização do Mapa de Ruído de Castanheira de Pera, 2014) CLASSES DE NÍVEIS DE RUÍDO AMBIENTE LAEQ, SITUAÇÃO ATUAL (SA) LDEN SITUAÇÃO FUTURA (SF) VARIAÇÃO (SA-SF) SITUAÇÃO ATUAL (SA) [db(a)] < > LN SITUAÇÃO FUTURA (SF) VARIAÇÃO (SA-SF) Do quadro anterior a coloração da tabela pretende confrontar os valores obtidos com os limites estabelecidos no RGR para zonas sensíveis (sombreado verde) e zonas mistas (sombreado amarelo). A área de sombreado vermelho marca níveis sonoros que excedem ambos os critérios. Da sua análise depreende-se que a quase totalidade da população está exposta a níveis de ruído ambiente compatíveis com zonas mistas [Lden<65 db(a) e Ln<55 db(a] e 90% da população está em locais com níveis sonoros compatíveis com zonas sensíveis, relativamente aos descritores Lden e Ln. Assim, constata-se que os níveis de ruído ambiente característicos da área concelhia não configuram situações conflituosas no que diz respeito à exposição da população a níveis de ruído considerados excessivos (tanto para o indicador de ruído Lden como para o Ln). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 123

125 Domínio: Ar Qualidade do ar A qualidade do ar é um elemento relevante do ambiente, determinante para a saúde pública e para o equilíbrio dos ecossistemas. Os efeitos negativos resultantes da deterioração da qualidade do ar repercutem-se negativamente na saúde pública e no bem-estar das populações.de acordo com informação disponível na CCDRC, relativa às Zonas e Aglomerações definidas para a região Centro, o concelho de Castanheira de Pera pertence à Zona Centro Interior, sendo a Estação de Monitorização de Fundão, do tipo Rural Regional, a representativa deste município (Figura ). Figura Delimitação das Zonas e Aglomerações definidas para a Região Centro e respetivas estações de monitorização (Qualar/APA, 2015) Esta estação de monitorização entrou em funcionamento em 2003, localiza-se no concelho do Fundão, na freguesia de Salgueiro e apresenta as caraterísticas indicadas no Quadro Quadro Caraterização da estação de monitorização do Fundão (Qualar/APA, 2015) Tipo de Tipo de Data Zona Concelho/Freguesia NOx O3 PM10 PM2,5 SO2 Ambiente influência início Centro Rural Fundão/Salgueiro Fundo Sim Sim Sim Sim Sim Interior Regional (NOx Óxidos de Azoto; O3 Ozono; PM10 Partículas em Suspensão <10 µm; PM10 Partículas em Suspensão <2,5 µm; SO2 Dióxido de Enxofre) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 124

126 O índice de qualidade do ar de uma determinada área resulta da média aritmética calculada para cada um dos poluentes medidos em todas as estações da rede dessa área. Os valores assim determinados são comparados com as gamas de concentrações associadas a uma escala de cores, sendo os piores poluentes responsáveis pelo índice. A Figura apresenta o número de dias associado ao índice de qualidade do ar da Zona Centro Interior, registado na Estação de Castanheira de Pera, em muito bom bom médio fraco mau Figura Número de dias associado aos índices de qualidade do ar da Zona Centro Interior, registado na estação de Castanheira de Pera (2013) (Qualar/APA, 2015) Da análise do Quadro anterior verifica-se que o índice registado em maior número de dias, na Zona Centro Interior, no ano de 2012, foi o índice Bom. Todas as estações de medição encontram-se equipadas com analisadores automáticos que permitem a monitorização em contínuo de vários poluentes. O Quadro apresenta os valores médios registados dos parâmetros chave para avaliação da qualidade do ar. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 125

127 Quadro Valores médios anuais (base horária) de poluentes registados em 2013 (Qualar/APA, 2015). Parâmetro Símbolo Unidades Média Anual 2013 Dióxido de Azoto NO 2 μg/m 3 5,2 Ozono O 3 μg/m 3 68 Dióxido de Enxofre SO 2 μg/m 3 0,5 Partículas < 10 µm PM 10 μg/m 3 11,4 Partículas < 2,5 µm PM 10 μg/m 3 5,2 Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites O Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro, define Valores Limite 16, Valores Alvo 17 e Valores Limiar de Alerta 18 para os diversos poluentes. De acordo com CCDRC (2013) a ultrapassagem dos Valores Limite (definidos como parâmetros estatísticos anuais), obrigará à execução de Planos e Programas integrados, com vista à redução dos valores em causa, de modo que lhes seja dado cumprimento nas Zonas e Aglomerações. No que toca à ultrapassagem dos Valores Limiar de Alerta, obriga a legislação a que, nos casos em que se verifique risco da sua ocorrência, sejam elaborados Planos de Ação de Curto Prazo, com o objetivo de reduzir as ultrapassagens e/ou limitar a sua duração. No que respeita aos dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites, a estação do Fundão (em 2013) apresentou um reduzido número de excedências aos parâmetros de qualidade do ar registados (Quadro ). Quadro Número de excedências para os parâmetros de qualidade do ar, na estação do Fundão em 2013 (Qualar/APA, 2015). Designação Valor Ref. N.º de Excedências (µg/m 3 ) 2013 Ozono - Limiar de Alerta à população Ozono - Limiar de Informação à população Dióxido de Enxofre Limiar de Alerta Dióxido de Azoto Limiar de Alerta Partículas <10μm 50 1 Ozono: Limiar de Informação e Limiar de Alerta (três horas consecutivas) Dióxido de Enxofre: Limiar de Alerta (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro) Dióxido de Azoto: Limiar de Alerta (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro) Partículas <10μm: Proteção da Saúde Humana Base Diária (Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de Fevereiro) 16 Valor Limite representa um nível de poluentes na atmosfera, fixado com base em conhecimentos científicos, cujo valor não pode ser excedido, durante períodos previamente determinados, com o objetivo de evitar, prevenir ou reduzir os efeitos nocivos na saúde humana e ou no meio ambiente. 17 Valor Alvo representa um nível fixado com o objetivo de evitar a longo prazo efeitos nocivos para a saúde humana e ou meio ambiente, a ser alcançado, na medida do possível, num período determinado. 18 Limiar de Alerta representa um nível de poluentes na atmosfera acima do qual uma exposição de curta duração apresenta riscos para a saúde humana a partir do qual devem ser adoptadas medidas imediatas. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 126

128 Da análise dos dados constata-se que apenas foi registada uma ultrapassagem para o poluente Partículas, (com 53 µg/m 3 ), tendo esta ultrapassagem ocorrido no dia 4 de Setembro de Sobre esta matéria, de acordo com CCDRC (2013), para o ano 2013 irá ser efetuada a identificação dos casos de excedências registados, com o objetivo de avaliar os episódios ocorridos com uma origem não antropogénica, isto é, identificar os casos de ultrapassagem ao VL de PM10 que resultaram da ocorrência de fenómenos naturais, nomeadamente o transporte de partículas provenientes dos desertos do Norte de Africa, incêndios florestais, entre outros, para que estes casos devidamente comprovados e aceites pela União Europeia, não sejam contabilizados para efeitos da verificação do cumprimento dos Valores Limite. Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Como forma de garantir o cumprimento eficaz dos objetivos estabelecidos no Protocolo de Quioto, relativos às emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), a União Europeia aprovou o mecanismo de Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), que constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa. A consulta da informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, relativa aos Títulos de Emissão de Gases com Efeito de Estufa emitidos no período permitiu verificar que não existem instalações sujeitas ao CELE no concelho de Castanheira de Pera. Domínio: Energia Consumo de energia De acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o consumo de energia elétrica no concelho de Castanheira de Pera registou, em 2012, um valor de kwh, tendo ocorrido uma ligeira diminuição relativamente ao ano de 2011, que registou um consumo na ordem dos kwh. Ao nível do consumo de energia elétrica, por setor de atividade, importa referir que, tendo como base informação disponível na DGEG, o setor que apresentou maior expressão no consumo de energia elétrica, no concelho de Castanheira de Pera, no ano de 2012, foi o Consumo Doméstico, responsável por 32% do consumo total de energia elétrica, seguido do sector da Fabricação de Têxteis, responsável por 20% desse consumo. Relativamente ao gás natural, o concelho de Castanheira de Pera não dispõe atualmente deste tipo de energia. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 127

129 Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética No que concerne aos projetos com adoções de soluções de eco-eficiência energética, a Câmara Municipal de Castanheira de Pera promoveu as seguintes iniciativas: - Redução de iluminação pública (100 luminárias). - Substituição de lâmpadas de vapor de mercúrio por lâmpadas de vapor de sódio (com a consequente redução de potência). Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis (nomeadamente energia hídrica e energia eólica) De acordo com o Relatório Sectorial Ambiente (2015), relativamente às infraestruturas energéticas, no concelho existe um aproveitamento hidroelétrico e quatro parques eólicos. No que concerne ao aproveitamento hidroelétrico, este situa-se no Safrujo localizado na Ribeira de Pera. Pertence à empresa RIBEIRAPERA Sociedade para o Desenvolvimento de Castanheira de Pera, EM, SA., iniciou a sua produção em 1996, e conta com 0,05 MW de potência instalada. Ao nível da produção de energia através da energia eólica, segundo a DGGE (2015), em Portugal, devido à sua situação geográfica e geomorfologia, apenas nas montanhas a velocidade e a regularidade do vento é suscetível de aproveitamento energético. A maior parte dos locais com essas características situam-se a norte do rio Tejo, e a sul junto à Costa Vicentina e Ponta de Sagres, sendo raros na extensa planície alentejana. No concelho de Castanheira de Pera existem os seguintes parque eólicos: Parque Eólico da Lousã - Fiada de 9 aerogeradores no limite com o concelho da Lousã. Parque Eólico da Lousã II 2 aerogeradores no limite poente com Figueiró dos Vinhos. Parque Eólico Coentral-Safra 16 aerogeradores no coentral com uma orientação sudoeste. Parque Eólico da Ortiga 5 aerogeradores no limite poente do concelho com Figueiró dos Vinhos. A figura seguinte apresenta a localização dos parques eólicos existentes no concelho. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 128

130 Figura Infraestruturas energéticas existentes no concelho de Castanheira de Pera (Fonte: DGGE, 2015) Análise SWOT A análise SWOT, apresentada no quadro seguinte, pretende traçar o diagnóstico geral e o resumo das caraterísticas ambientais e das tendências existentes ao nível do concelho de Castanheira de Pera. A análise SWOT toma como referência todo o território municipal e identifica as tendências de evolução provável no cenário de não implementação da proposta de revisão do PDM (Quadro ). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 129

131 Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD - Qualidade Ambiental. Forças Fraquezas Diminuição da produção de resíduos sólidos urbanos indiferenciados. Rede de ecopontos distribuída por todo o concelho. Totalidade da população servida por sistemas de abastecimento de água para consumo humano. Monitorização da qualidade da água para consumo humano. Diminuição da recolha seletiva de Elevada taxa de população servida por sistemas de papel/cartão e embalagens, entre 2010 e drenagem e tratamento de águas residuais Principal massa de água superficial apresenta um Baixo nível de preocupações de Bom estado ecológico e Bom estado químico. sensibilização e proteção ambiental. Massa de água subterrânea apresenta um Bom estado químico. Cerca de 99% da população é servida por sistemas de drenagem de águas residuais e por estações de tratamento de águas residuais. Totalidade da rede de drenagem de águas residuais é do tipo separativa. Oportunidades Ameaças Crescente apetência para as temáticas e questões relacionadas com o ambiente. Aumento do tráfego rodoviário. Baixa sensibilização ecológica e ambiental. ANÁLISE DE TENDÊNCIAS A presente análise de tendências (decorrente de uma obrigação legal, conforme alínea b, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio) tem em consideração a evolução provável do estado do ambiente na ausência da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. De uma forma geral, na ausência da implementação da proposta de revisão do PDM de castanheira de Pera, não se preveem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência ao nível dos diversos domínios de avaliação analisados. O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera Tendência de Critérios de FCD Domínio Indicadores evolução sem Avaliação PDM Qualidade Ambiental Resíduos Destino final dos resíduos produzidos Produção de resíduos sólidos urbanos Valorização de resíduos sólidos urbanos Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 130

132 FCD Domínio Critérios de Avaliação Indicadores Tendência de evolução sem PDM Sistemas de recolha seletiva Poluição da água/contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Qualidade da água superficial Qualidade da água subterrânea Infra-estruturação ao nível do abastecimento de água Consumo de água População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo Água Ruído Cumprimento dos padrões de qualidade da água para abastecimento público Infra-estruturação ao nível da drenagem e tratamento de águas residuais Gestão eficiente das águas residuais Uso eficiente da água Poluição sonora Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais Perdas no sistema de abastecimento Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais Qualidade do ar Ar Poluição atmosférica / Contaminação do ar e cumprimento dos requisitos legais Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites. Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Energia Matriz energética Eficiência energética Adesão à produção de energia através de fontes renováveis Consumo de energia (energia elétrica) Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis - Indicador evolui de forma positiva (relativamente a situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 131

133 Efeitos Esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Qualidade Ambiental A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera que poderão ser observados ao nível dos indicadores definidos. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados por alguns indicadores selecionados para a análise do FCD Qualidade Ambiental, que são sistematizados no Quadro m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 132

134 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD - Qualidade Ambiental Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos Resíduos Água Produção de resíduos sólidos urbanos - A proposta de revisão do PDM prevê uma melhoria ao nível Valorização de resíduos sólidos do sistema de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, - urbanos acompanhado de um consequente aumento dos níveis de Ações de educação/sensibilização na - separação seletiva de resíduos sólidos urbanos, sendo que, área dos resíduos para isso, a autarquia pretende continuar a apostar nas ações Sistemas de recolha seletiva - de sensibilização ambiental. Assim considera-se este efeito - significativo. Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Qualidade da água superficial Qualidade da água subterrânea Consumo de água - População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo - - A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera prevê o desenvolvimento de ações que visem a preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, nomeadamente a reabilitação da rede hidrográfica dentro dos perímetros urbanos e ainda a promoção de ações de educação e sensibilização ambiental. Considera-se este efeito como positivo e significativo, uma vez que o concelho apresenta uma rede hidrográfica que precisa de ser preservada. Por outro lado, uma vez que 99% da população concelhia é servida por sistemas de drenagem e estações de tratamento de águas residuais, não é expectável a contaminação das linhas de água presentes no concelho. Com a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera prevê-se uma redução do consumo de água, uma vez que estão previstas ações relacionadas com o uso eficiente da água. Por este motivo considera-se este efeito como significativo. Atualmente a totalidade da população do concelho de Castanheira de Pera é servida por sistemas de abastecimento de água sendo que, com a presente proposta de revisão, a Câmara Municipal pretende manter esta situação através da execução de um conjunto de obras de requalificação na rede de águas, assim como diversas obras de reparação nos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 133

135 Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos reservatórios. Ruído Ar Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais - Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem - A presente proposta de revisão prevê a continuidade do programa de controlo da qualidade da água para consumo humano existente no concelho. Perspetiva-se um efeito esperado positivo uma vez que se pretende promover a renovação gradual das redes de saneamento de forma a manter os níveis elevados de população servida por sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais, verificados atualmente. Perdas no sistema de abastecimento - A proposta de revisão prevê a concretização de um conjunto Intervenções qualitativas de de medidas relacionadas com o uso eficiente da água, - promoção do uso eficiente da água nomeadamente ações de sensibilização. População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais Qualidade do ar A proposta de revisão do presente PDM pretende reforçar os espaços destinados às atividades económicas, através da criação de uma UOPG (de Dórdio), que irá receber futuras unidades industriais que se pretendam instalar no concelho. Assim sendo, o aumento previsto de área industrial pode contribuir para um aumento dos níveis de ruído. No entanto, por imposições legais, as unidades industriais instaladas ou a instalar deverão garantir níveis sonoros que não excedam os limites legais. Assim sendo considera-se este efeito pouco significativo. Conforme referido no indicador anterior, o aumento previsto de área industrial decorrente da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera pode contribuir para a degradação da qualidade do ar do - - m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 134

136 Domínios Indicadores Efeitos esperados negativos Efeitos esperados positivos Dias com parâmetros de qualidade do ar acima dos limites. Energia Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Consumo de energia (energia elétrica e gás natural) Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis (nomeadamente energia hídrica e eólica) concelho. No entanto, por imposições legais, as unidades industriais instaladas ou a instalar deverão garantir (caso seja aplicável) a instalação de um adequado sistema de tratamento de efluentes gasosos, pelo que se considera este efeito como negativo, no entanto, pouco significativo. (-) Não são esperados efeitos positivos/negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre os indicadores - - A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera pretende promover uma redução ao nível do consumo de energia através da implementação de projetos eco-eficientes, dando continuidade às iniciativas que se encontram a promover atualmente nomeadamente a redução de iluminação pública e a substituição de lâmpadas de vapor de mercúrio por lâmpadas de vapor de sódio com a consequente redução e potência. Este efeito é considerado como significativo. Importa sobre esta matéria referir que o regulamento da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera apresenta um artigo relativo a Recursos energéticos renováveis, onde se prevê a possibilidade de localização e construção de centrais de biomassa, unidades de valorização orgânica, parques eólicos, mini-hídricas ou outras instalações de produção e energia a partir de fontes renováveis. Apresenta ainda como empreendimentos de carácter estratégico, possíveis investimentos na área das energias renováveis. Este efeito é considerado como significativo. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 135

137 Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico No presente capítulo será promovida uma análise que visa evidenciar a forma como o modelo de desenvolvimento da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, que se traduz nas suas opções e objetivos estratégicos e mais concretamente no seu Regulamento, contribui para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no Quadro de Referência Estratégico. Neste contexto, pretendem-se avaliar os efeitos significativos no ambiente resultantes da implementação da proposta de revisão do Plano atendendo aos objetivos de proteção ambiental estabelecidos a nível internacional, comunitário ou nacional que sejam pertinentes para o Plano ou programa e a forma como estes objetivos e todas as considerações ambientais foram tomadas em consideração durante a sua elaboração (alínea d, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto- Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). A presente proposta de revisão do PDM implica uma estratégia de desenvolvimento da autarquia que tenha em consideração as questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental, refletidas nos instrumentos considerados importantes na presente AAE, e cujos objetivos e metas se pretendem alcançar com a concretização da presente proposta de revisão, nomeadamente: a ENDS, a ENE, o PNAC, PNA, o PNAAS, o PNUEA, o PEAASAR II, o PERSU 2020, a PEPS e o PGRHT. Esta análise permitirá avaliar em que medida o objeto de estudo contribui (+) (criando oportunidades) ou conflitua (-) (criando ameaças) com os objetivos delineados pelos instrumentos do QRE definido para a presente proposta de revisão do Plano (Quadro ). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 136

138 Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD - Qualidade Ambiental QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável Estratégia Nacional para a Energia Programa Nacional para as Alterações Climática Melhor Ambiente e Valorização do Património: Combate às alterações climáticas, Gestão integrada da água e seu aproveitamento eficiente, Gestão integrada do ar, Gestão integrada dos resíduos Melhor Ambiente e Valorização do Património - Gestão integrada da água e seu aproveitamento eficiente Melhor Ambiente e Valorização do Património - Gestão integrada dos resíduos Garantir o cumprimento dos compromissos assumidos por Portugal no contexto das políticas europeias de combate às alterações climáticas Promover o desenvolvimento sustentável criando condições para o cumprimento das metas de redução Reforçar a monitorização nos diversos setores e alargar o esforço do cumprimento do Protocolo de Quioto, através de medidas nos setores não A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera contribui para o alcance deste objetivo uma vez que apresenta como objetivo estratégico Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas. Esta proposta converge com a prioridade estratégica inerente à ENDS relativa à gestão integrada da água, uma vez que pretende promover a gestão dos recursos hídricos com as políticas setoriais e com as políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera converge com o objetivo relacionado com a gestão integrada dos resíduos uma vez que apresenta como objetivo estratégico Assegurar níveis adequados de serviço de infra-estruturas nomeadamente infra-estruturas de recolha de resíduos sólidos urbanos. De referir ainda que o município pretende continuar a promover a introdução de novos equipamentos de recolha de resíduos, sempre que tal se afigure necessário, sendo este procedimento acompanhado por constantes campanhas de sensibilização à população, com vista à diminuição da produção de resíduos e ao aumento de resíduos encaminhados para a reciclagem. De uma forma geral, a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera contribui para o alcance destes objetivos uma vez que apresenta como objetivo estratégico Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas Por outro lado, a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera contribui ainda para o alcance dos objetivos do PNAC no sentido em que prevê a execução de projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética, refletindo desta forma um esforço do município para convergir para a eco-eficiência e sustentabilidade ambiental. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera tem ainda como objetivo estratégico Promover um desenvolvimento sustentado de Espaços Industriais/Armazenagem, Serviços e Logística, de vertente intermunicipal. Assim, ao nível da instalação de atividades industriais e empresariais, estas deverão garantir uma adequada gestão das emissões gasosas produzidas, de forma a não afetar a qualidade do ar do concelho. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 137

139 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental abrangidos pelo Comércio Europeu Limite de Emissão Acautelar que os diversos setores desenvolvam um esforço de monitorização apertado de modo + a garantir a execução das diferentes medidas Plano Nacional da Água Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde Aumento da produtividade da água e promoção do seu uso racional Proteção, conservação e requalificação dos meios hídricos e dos ecossistemas associados Satisfação das necessidades das populações e do desenvolvimento económico e social do país Intervir ao nível dos fatores ambientais para promover a saúde da pessoa e das comunidades a eles expostos Sensibilizar, educar e formar os profissionais e a população em geral, por forma a minimizar os riscos para a saúde associados a fatores ambientais A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera encontra-se em sintonia com este objetivo do PNA uma vez que prevê a realização de ações de sensibilização relativas ao uso eficiente da água. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera tem como objetivos estratégicos Proteger, conservar e valorizar ( ) os recursos naturais, objetivo este que contribui para a conservação dos recursos hídricos. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera contribui ainda para o alcance deste objetivo uma vez que apresenta como objetivo estratégico Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas. Atualmente o município apresenta a totalidade da sua população servida por sistemas de abastecimento de água e 99% da população servida por sistemas de drenagem e estações de tratamento de águas residuais, sendo objetivo da presente proposta Assegurar níveis adequados de infraestruturas (sistemas de abastecimento de aguas e sistemas de tratamento de águas residuais) essencial para a qualidade de vida das populações). A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera encontra-se em sintonia com este objetivo do PNA uma vez que prevê ainda que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PEAASAR II. Ao nível da educação e informação, o município tem como objetivos estratégicos Promover uma política de requalificação, com a participação da população, Proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recursos naturais e Potenciar e fomentar os atores de desenvolvimento. Neste contexto, a proposta de revisão do PDM em análise está em sintonia com o objetivo do PNAAS. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 138

140 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental Meta no consumo urbano propõe-se atingir, ao fim de um período de 10 anos, uma + eficiência de utilização da água de 80% Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais II Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos II Servir cerca de 95% da população total do país com sistemas públicos de abastecimento de água Servir cerca de 90% da população total do país com sistemas públicos de saneamento de águas residuais urbanas, sendo que em cada sistema integrado o nível de atendimento desejável deve ser de pelo menos 70% da população abrangida Obter níveis adequados de qualidade do serviço, mensuráveis pela conformidade dos indicadores de qualidade do serviço definidos pela entidade reguladora Aumentar a produtividade e a competitividade do setor através de soluções que promovam a ecoeficiência Prevenção da produção e perigosidade dos RU Aumento da preparação para reutilização, da reciclagem e da qualidade dos recicláveis Redução da deposição de RU em aterro A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera encontra-se em sintonia com este objetivo do PNUEA uma vez que prevê que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PNUEA. Atualmente o município apresenta a totalidade da sua população servida por sistemas de abastecimento de água e 99% da população servida por sistemas de drenagem e estações de tratamento de águas residuais, sendo objetivo da presente proposta Assegurar níveis adequados de infraestruturas (sistemas de abastecimento de águas e sistemas de tratamento de águas residuais) essencial para a qualidade de vida das populações). A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera encontra-se ainda em sintonia com este objetivo uma vez que prevê que a implementação das propostas constantes e decorrentes do presente plano devem observar o conjunto de orientações e princípios que se encontram definidos no PEAASAR II. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera converge com o objetivo relacionado com a gestão integrada dos resíduos uma vez que apresenta como objetivo estratégico Assegurar níveis adequados de serviço de infra-estruturas nomeadamente infra-estruturas de recolha de resíduos sólidos urbanos. De referir ainda que o município pretende continuar a promover a introdução de novos equipamentos de recolha de resíduos, sempre que tal se afigure necessário, sendo este procedimento acompanhado por constantes campanhas de sensibilização à população, com vista à diminuição da produção de resíduos e ao aumento de resíduos encaminhados para a reciclagem. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 139

141 QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Qualidade Ambiental Reabilitar os solos degradados, garantindo um nível de funcionalidade mínimo coerente com a sua utilização atual e + prevista, tendo assim igualmente em conta os custos da reabilitação do solo Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Quantidade de Água - Garantir a gestão sustentável da água, baseada na gestão racional dos recursos disponíveis e na otimização da eficiência da sua utilização, de modo a assegurar a disponibilidade de água para a satisfação das necessidades dos ecossistemas, das populações e das atividades económicas Qualidade da água Promover o bom estado das massas de água através da proteção, melhoria e recuperação da qualidade dos recursos hídricos da região mediante a prevenção dos processos de degradação e a redução gradual da poluição, visando assim garantir uma boa qualidade da água para os ecossistemas e diferentes usos. + + A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera contribui para o alcance deste objetivo uma vez que apresenta como objetivo estratégico Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera está em consonância com este objetivo uma vez que tem como objetivo estratégico Promover a sustentabilidade do território com base nos recursos territoriais, ambientais e sinergias existentes. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera tem como objetivos estratégicos Proteger, conservar e valorizar ( ) os recursos naturais objetivo este que contribui para a conservação dos recursos hídricos. A proposta de revisão do presente PDM contribui ainda para o alcance destes objetivos uma vez que apresenta como objetivo estratégico Promover condições de utilização sustentável do solo, do ar e dos recursos hídricos, tendo em consideração os efeitos decorrentes das alterações climáticas. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 140

142 A análise do quadro anterior permite verificar que os objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera terão uma contribuição positiva para o alcance dos objetivos estratégicos dos instrumentos definidos no QRE, no que diz respeito ao FCD - Qualidade Ambiental. De facto, ao nível dos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera constata-se uma relação de convergência com os objetivos propostos nos diversos instrumentos de cariz ambiental definidos no QRE, facto reforçado através do regulamento da proposta do Plano, obrigando ao cumprimento de determinadas medidas que garantem a eco-eficiência e sustentabilidade ambiental das propostas decorrentes do presente Plano Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera As oportunidades e as ameaças constituem a avaliação da forma como a qualidade ambiental será afetada com a implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Neste contexto, o quadro seguinte identifica as oportunidades e as ameaças resultantes dos principais impactes estratégicos, positivos e negativos, relacionados com as ações inerentes à proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Quadro Oportunidades e Ameaças resultantes da execução da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no que respeita ao FCD Qualidade Ambiental Oportunidades Ameaças Melhoria do desempenho ambiental do município com aposta na criação de modelos de gestão empresarial mais sustentáveis do ponto de vista ambiental Aumento dos níveis de consciencialização ambiental por parte das populações, uma vez que se prevê o desenvolvimento de projetos Criação de uma UOPG (Dórdio) para relacionados com a sensibilização e educação ambiental, nos vários domínios instalação de futuras unidades industriais (com implicações ao nível da produção de Melhoria do sistema de gestão de RSU resíduos industriais, águas residuais, Aposta em intervenções que promovam o uso eficiente da água emissões gasosas e poluição sonora) Possível aumento do tráfego rodoviário Aposta em intervenções que promovam a ecoeficiência energética (para iluminação) Aposta em investimentos na área das energias renováveis Requalificação da rede hidrográfica dentro dos perímetros urbanos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 141

143 As oportunidades e ameaças referidas no quadro apresentado anteriormente serão analisadas seguidamente de forma mais pormenorizada, com vista a encontrar soluções que visem minimizar as ameaças e realçar as oportunidades identificadas. A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera prevê uma melhoria do desempenho ambiental do município, através da aposta no desenvolvimento sustentado de Espaços Industriais / Armazenagem, Serviços e Logística, de vertente intermunicipal. A este respeito importa salientar que a estratégia inerente à proposta de revisão do PDM passa pela aposta num modelo de desenvolvimento económico, assente na adoção das melhores tecnologias disponíveis, que tenha como base de desenvolvimento o princípio da eco-eficiência e sustentabilidade ambiental, para os diversos domínios. Neste contexto importa realçar que a proposta de regulamento prevê que nas áreas de Espaços de Atividades Económicas correspondentes a áreas específicas de ocupação industrial, de armazenagem, serviços e comércio a instalação de atividades insalubres, poluentes, ruidosas ou incomodativas nas parcelas confinantes com edifícios de uso habitacional e de estabelecimentos hoteleiros existentes deve adotar medidas minimizadoras, nomeadamente a criação de cortinas arbóreas e arbustivas ou outro tipo de soluções que garantam a adequada compatibilização de usos. Por outro lado, o documento supramencionado refere ainda que os efluentes produzidos, provenientes da atividade industrial, devem ser alvo de tratamento prévio antes da sua descarga na rede pública ou meio recetor, por meio de soluções adequadas e em conformidade com a legislação em vigor. De referir ainda que é interesse da Câmara Municipal de Castanheira de Pera dar continuidade aos programas de sensibilização ambiental que atualmente se desenvolvem no concelho, de forma a aumentar os níveis de consciencialização ambiental por parte das populações. Por outro lado, de uma forma geral, a instalação de atividades empresariais e industriais na área afeta à proposta de revisão do PDM potencia um aumento na produção de resíduos sólidos urbanos, constituindo-se uma ameaça neste sentido. De acordo com a hierarquia das operações de gestão de resíduos, definido pelo diploma que estabelece o regime geral da gestão de resíduos (artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro), a deposição de resíduos em aterro constitui a última opção de gestão, justificando-se apenas quando seja técnica e financeiramente inviável a prevenção, a reutilização, a reciclagem e outras formas de valorização. Neste contexto, a autarquia pretende continuar a promover campanhas de educação e sensibilização ambiental, com o intuito de fomentar uma mudança de atitude por parte dos cidadãos de forma a aumentar as taxas de resíduos encaminhados para a reciclagem. Para isso, pretende equipar o concelho com novos equipamentos de recolha, pelo que se prevê que sejam m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 142

144 criadas as condições para promover uma melhoria no sistema de gestão de RSU a nível concelhio. Relativamente aos impactes resultantes da laboração de atividades industriais, mais propriamente no que se refere aos resíduos industriais produzidos pelas unidades industriais implantadas ou a implantar na área territorial em análise, estas deverão promover a sua recolha, armazenamento e encaminhamento para destino final adequado, de acordo com o n.º 1, do Artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. Ao nível do consumo de água, registou-se um aumento, entre os anos de 2005 e 2009, conforme informação constante no capítulo referente à Situação Existente. Neste contexto, considera-se importante fomentar intervenções que visem o uso eficiente da água sendo que, a este nível, a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera prevê, como forma de promover a utilização racional e eficiente do recurso água, a execução de ações de sensibilização relativas ao uso eficiente da água. A aposta em intervenções que visam o uso eficiente da água, motivada pelos alicerces inerentes à sustentabilidade ambiental, favorece a imagem do concelho. Ao nível da qualidade do ar, o previsível aumento da atividade industrial, acompanhado do previsível aumento do tráfego rodoviário, pode conduzir a uma situação de degradação da qualidade do ar do concelho. De facto, a implementação da presente proposta poderá ter influência na qualidade do ar da área envolvente, devido ao aumento de tráfego rodoviário, com emissão de poluentes para a atmosfera (nomeadamente CO 2). Por outro lado, acresce referir que, relativamente à ampliação de áreas industriais, no caso de se instalarem unidades industriais que potenciem a emissão de poluentes para a atmosfera, estas deverão instalar sistemas de tratamento adequados, tendo em consideração o cumprimento da legislação em vigor. No que concerne ao consumo de energia, a presente proposta de revisão do PDM pretende desenvolver uma aposta no sentido de tornar o concelho mais eficiente do ponto de vista energético, assumindo a possibilidade de concretização de projetos que promovam a utilização racional da energia, tais como a redução da iluminação pública e o aproveitamento a substituição de lâmpadas de vapor de mercúrio por lâmpadas de vapor de sódio, com a consequente redução a potência. Estas ações permitirão diminuir a fatura energética do município e contribuir para diminuir o consumo de combustíveis fósseis, promovendo o combate às alterações climáticas. Relativamente à aposta em investimentos na área das energias renováveis, importa salientar que o regulamento considera como empreendimentos de carácter estratégico todos aqueles a que seja reconhecido interesse público estratégico pelo seu especial impacto na ocupação do território, pela sua importância para o desenvolvimento económico e social do concelho, ou m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 143

145 pela sua especial funcionalidade, nomeadamente investimentos na área das energias renováveis. Por outro lado, de realçar que o município considera como estratégia para aumentar os níveis de sustentabilidade do sistema, em termos de mobilidade, a Introdução de veículos movidos a energias alternativas. No que concerne à afetação dos recursos hídricos superficiais, a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal prevê a recuperação dos cursos de água existentes dentro do perímetro urbano. Também as ações de reabilitação e preservação dos cursos de água promovidas pela autarquia contribuem, de certa forma, para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos superficiais. Relativamente ao ruído importa salientar que a presente revisão do PDM possibilita ao município elaborar o Mapa de Ruído, tendo como base o novo enquadramento legal a este nível, com a identificação de conflitos relativamente às zonas sensíveis e mistas. Passa assim a existir uma regulamentação específica relativa ao zonamento acústico do concelho. No caso específico de Castanheira de Pera, o Mapa de Ruído (2014) identificou o tráfego rodoviário como a principal fonte de ruído do concelho, embora com volumes de tráfego pouco significativos. No entanto, a este respeito importa referir que, a manter-se a tendência atual do aumento do volume de tráfego nos principais eixos viários do concelho de Castanheira de Pera, a qualidade do ambiente sonoro do concelho não tenderá a ficar comprometida. No entanto, caso se verifiquem aumentos de tráfego, a situação poderá alterar-se. Quanto ao ruído industrial verificou-se que este não tem impacto sonoro relevante sobre a população local. Por outro lado, para que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera possa contribuir de forma positiva para o alcance dos objetivos de sustentabilidade, seria indispensável promover a responsabilidade ambiental das unidades/empresariais industriais instaladas ou a instalar no concelho fomentando, nomeadamente, a implementação de sistemas de gestão ambiental. Reforça-se, por último, que os projetos que venham a ser incluídos neste PDM, e que estejam abrangidos pelo instrumento de Avaliação de Impacte Ambiental, terão naturalmente de ser sujeitos ao procedimento legal previsto, sendo que todos os impactes ambientais decorrentes da implementação desses mesmos projetos deverão ser tidos em consideração, com o pormenor que este instrumento exige. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 144

146 Diretrizes para Seguimento AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que podem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no que respeita à qualidade ambiental, e que melhor integram os princípios e objetivos da sustentabilidade. Relativamente ao domínio Resíduos recomenda-se que se atue no sentido de: Aumentar a taxa de separação de resíduos, através da realização de campanhas de sensibilização ambiental dirigidas a vários tipos de público-alvo e do reforço do número de ecopontos. Assegurar que o surgimento de novas atividades económicas seja acompanhado pela implementação de um sistema de gestão de resíduos adequado, que responda às necessidades das unidades instaladas. As unidades industriais deverão ter em conta as boas práticas de gestão de resíduos, considerando o Princípio da Responsabilização e deverão cumprir os princípios da gestão de resíduos relativamente à redução, reutilização, reciclagem e recuperação dos resíduos produzidos. No que respeita ao uso eficiente da água existem algumas medidas que a Câmara Municipal deverá fomentar, nomeadamente: Promover o uso sustentável da água, através de ações de sensibilização dirigidas a diferentes tipos de público-alvo. Garantir intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água, no que diz respeito ao uso urbano (de acordo com as medidas previstas no PNUEA). Por outro lado, de realçar que os recursos hídricos devem ser considerados como elementos a valorizar e preservar, aquando da execução da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. De acordo com a Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, o ordenamento e planeamento dos recursos hídricos visam compatibilizar, de forma integrada, a utilização sustentável desses recursos com a sua proteção e valorização, bem como com a proteção de pessoas e bens contra fenómenos extremos associados às águas. Neste contexto, é responsabilidade da CM reabilitar a rede hidrográfica dentro dos perímetros urbanos. Relativamente ao ruído é possível, através da análise efetuada ao mapa de ruído, definir o nível de ocupação do solo prevista para uma determinada zona, evitando a instalação de utilizações do tipo sensível (escolas, hospitais, entre outros) em áreas mais ruidosas, compatibilizando-se desta forma o uso do solo com os níveis de ruído existentes ou previstos. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 145

147 De modo a acautelar uma eventual degradação da qualidade do ar no concelho de Castanheira de Pera recomenda-se o seguinte: Fomentar a execução de projetos que contribuam para a mobilidade sustentável. No que respeita à energia, recomenda-se que se atue no sentido de: Fomentar a implementação de sistemas industriais mais eficientes do ponto de vista energético. Fomentar a produção de energia a partir de fontes de energia renovável. Fomentar a realização de ações de sensibilização junto da população relativas à utilização eficiente da energia. Deverão ainda ser respeitadas as orientações definidas no Plano de Controlo, onde são definidos os indicadores, objetivos de sustentabilidade e medidas de gestão ambiental que deverão ser tidas em consideração, aquando da execução do Plano, para que se garantam elevados níveis de sustentabilidade. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 146

148 5.7. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO PATRIMÓNIO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Castanheira de Pera é um concelho que possui variadíssimos recursos, tanto em termos naturais como socioculturais, o que lhe confere uma posição competitiva face às novas dinâmicas turísticas. No que diz respeito aos valores naturais, são várias as potencialidades que se podem aí encontrar, nomeadamente a presença de elementos da Serra da Lousã, as praias fluviais, percursos pedestres, entre outros. Relativamente ao património histórico-cultural, também apresenta algum valor, sendo necessário apostar na sua requalificação, valorizando-os e dotando o município de infraestruturas de qualidade. Neste sentido, apresentam-se no quadro seguinte os seguintes objetivos de sustentabilidade para o fator crítico em análise Quadro Domínio de avaliação definido para o FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico, e respetivos objetivos de sustentabilidade Domínio de Avaliação Desenvolvimento Turístico Patrimonial Natural e Cultural Objetivos de Sustentabilidade Estruturar e Infraestruturar Espaços Vocacionados para Atividades Turísticas Incentivar a prática do turismo sustentável aproveitando o potencial do património natural e paisagístico Melhorar a qualidade de vida dos habitantes do concelho através da Qualificação do Espaço Público e da rede de equipamentos de utilização coletiva Promover a valorização do património histórico e cultural Conservar e valorizar o património cultural e edificado do concelho Conservar e valorizar o património natural do concelho A avaliação deste fator pretende identificar os aspetos que as ações preconizadas na proposta de revisão do PDM poderão desenvolver e que poderão ter influência direta ou indireta no património natural e cultural local. Para isso, identificaram-se domínios de avaliação e indicadores, que auxiliam o nível de pormenorização da análise que se pretende efetuar (Quadro ) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 147

149 Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Desenvolvimento Turístico Património Natural e Cultural AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Quadro Relação entre os domínios de análise considerados para o FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico, com os critérios de avaliação e os principais indicadores estabelecidos FCD Domínio Critério de Avaliação Indicadores Unidade Fonte Áreas com Aptidão Turística N.º Município Percursos Pedestres N.º Município Qualificar a rede de N.º e Município Unidades de Alojamento Infraestruturas e Tipologia /RNAT equipamentos de Praias Fluviais e Parques de cariz turístico Lazer N.º Município Equipamentos Utilização N.º e Coletiva Tipologia Município Imóveis Classificados N.º Município /DGPC Sítios Arqueológicos N.º Município /DGPC Preservação/ Valorização do Património Cultural e Natural Atividades de Turismo de Natureza/Turismo Rural (1) N.º Município Lista de intervenções de valorização Área Município paisagística/ambiental (1) Eventos culturais N.º Município (1) Indicador a ser analisado na fase de execução do Plano, usado para seguimento no Plano de Controlo Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo pretende-se caracterizar o município de Castanheira de Pera, desenvolvendo uma análise de tendências relativa a cada um dos domínios de análise propostos, tendo por base os indicadores definidos, sem contudo considerar a atual proposta de revisão do PDM. SITUAÇÃO EXISTENTE Domínio: Desenvolvimento Turístico Áreas Com aptidão Turística Castanheira de Pera é um município com fortes potencialidades turísticas, entre áreas montanhosas, zonas ribeirinhas e património histórico-cultural. Além disso, é detentor de um conjunto de tradições, gastronomia e cultural rural local que assumem um papel preponderante nas definições de modelos de desenvolvimento do turismo. No PDM em vigor existiam 4 áreas de aptidão turística identificadas em planta de ordenamento, no entanto, nenhuma teve concretização territorial. Eram elas as AAT Casa dos Cantoneiros, Cumeada, Valinho e Alto da Fonte. Apesar disso, considera-se existir outras áreas no território, consideradas como importantes para o desenvolvimento turístico: Serra da Lousã, tanto pela sua riqueza biológica como pela qualidade e diversidade de paisagens que oferece m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 148

150 Ermida de Santo António da Neve, a mais de mil metros de altitude Albufeira da Barragem do Cabril Barragem de Santa Luzia Margens da Ribeira de Quelhas Praias Fluviais da Corga e das Rocas Percursos Pedestres Circuito da Vila de Pera, onde se podem descobrir diversos imóveis de interesse Aldeia do Coentral Percursos Pedestres e Circuitos Turísticos Reconhecendo a importância dos seus Recursos Naturais e Culturais, os quais podem permitir a prática de atividades turísticas sustentáveis, ligadas à exploração e/ou conservação da natureza, a Câmara Municipal de Moimenta da Beira definiu já um percurso pedestre e um circuito turístico. O percurso pedestre designa-se por Percurso da Ribeira das Quelhas e desenvolvesse em cerca de 5km naquela que é uma das mais belas ribeiras desta zona, a Ribeira das Quelhas. As suas fragas imponentes fazem com que as águas se despenhem de grandes altitudes. Ainda explora o verdejante Vale da Silveira, com as suas construções em ruínas e o seu ribeiro de águas calmas, seguindo pela levada até ao Coentral, aldeia serrana, escondida nas vertentes da serra, com as suas casas e pormenores pitorescos. ( O circuito turístico designa-se Pelos Encantos da Vila de Castanheira de Pera, desenvolvendose em 8 etapas: jardins da Casa da Crianaça Rainha D. Leonor; Igreja Matriz de Castanheira de Pera; Espelho de Água/Piscinas Fluviais; Zona Pitoresca da Vila; Zona Antiga da Vila; Mural e as Avenidas Verdes; Ponte dos Esconhais e parque Azul; as Casas Apalaçadas. Este circuito permite assim o contacto com o principal património histórico-cultural existente na vila e Castanheira de Pera. Unidades de alojamento Relativamente à tipologia de empreendimentos turísticos, tal como definidos pelo Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março, existe em Castanheira apenas um Estabelecimento Hoteleiro (3 estrelas), com 21 quartos, e um Empreendimento de Turismo no Espaço Rural (casa de campo), com 5 quartos. No entanto, de acordo com a página do município de Castanheira de Pera m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 149

151 existem cinco unidades alojamento: a Villa Praia (bungalows) da Praia das Rocas, em Castanheira de Pera; o Hotel do Lagar do Lago, no Sítio do Carvalhal; a Casa Ribeira de Pena (Turismo Rural), em Castanheira de Pera, a Quinta dos Esconhais (Turismo Rural), em Esconhais; e a Casa de Hóspedes D. Delfina, em Castanheira de Pera. Parece começar a existir uma preocupação em aumentar a oferta turística neste município, apostando principalmente em alojamentos diferenciadores, que aproveitem as potencialidades do município, para que o sector turístico se possa afirmar como uma das suas vertentes estratégicas. Praias Fluviais e Parques de Lazer São duas as praias fluviais existentes em Castanheira de Pera: a Praia Fluvial das Rocas e a Praia Fluvial do Poço da Corga. A praia Fluvial das Rocas é um complexo de lazer e animação, que conta com um conjunto de equipamentos, nomeadamente uma piscina circular, uma piscina de ondas, um restaurante e um bar. Além disso, possui ainda embarcações de recreio, veleiros ancorados (que constituem uma forma alternativa de alojamento) e bungalows (Relatório do Plano). A praia Fluvial do Poço da Corga apresenta-se também infraestruturada e equipada (com restaurante e Parque de merendas), mas esta praia tem uma função diferente da Praia das Rocas. Pretende ser um espaço mais natural, de fruição dos elementos naturais e da ruralidade existente. Além destas, surgem outros locais ribeirinhos que proporcionam momentos de lazer e de desfrute da natureza, nomeadamente a Ribeira de Pera e a Ribeira das Quelhas. Equipamentos de Utilização Coletiva O Município de Castanheira de Pera apresenta já um conjunto de equipamentos que se pode considerar satisfatório para as necessidades do concelho. De acordo com fonte do município (ww.cm-castanheiradepera.pt), apresenta-se o seguinte quadro, onde se dividem os equipamentos em Equipamentos sociais, Equipamentos Socioculturais, Desportivos e Recreativos, e Equipamentos de Saúde e Equipamentos Escolares. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 150

152 Quadro Equipamentos de Utilização Coletiva Equipamentos de Utilização Coletiva Equipamentos Sociais Equipamentos Socioculturais, Desportivos e Recreativos Equipamentos de Saúde Equipamentos Escolares Equipamentos de Prevenção e Segurança N.º Santa Casa da Misericórdia, com lar e Centro de Dia Casa da Criança Rainha D. Leonor (com valência de creche e Jardim de Infância) Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Castanheira de Pera (ATL) Centro Paroquial de Solidariedade da Freguesia do Coentral (com valências de Centro de Dia e ATL) Cercicaper Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Castanheira de Pera Assoc. Cultural e Desportiva das Gestosas Atlético Clube Recreativo Mocidade do Vilar Centro Recreativo Convívio da Gestosa Cimeira Casa de Convívio de Camelo Casa de Convívio de Pisões Centro Cultural e Recreativo das Sarnadas Centro Cultural e Recreativo do Coentral Pequeno Centro de Instrução e Recreio União Coentralense Associação Cultural e Recreativa da Moita Associação Cultural e Recreativa União Perense União Recreativa Sapateirense Rancho Infantil da União Sapateirense Associação Cultural e Desportiva Soeirense Associação Cultural e Recreativa União Sarzedense Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Carregal Fundeiro Sport Castanheira de Pera e Benfica Casa do Povo de Castanheira de Pera Amicaper Rancho Folclórico Neveiros do Coentral SADESIL Serviço de Apoio ao Desenvolvimento Económico, Social e Iniciativas Locais Pinhais do Zêzere Associação para o Desenvolvimento Centro de Saúde de Castanheira de Pera (com Serviço de Atendimento Permanente SAP) Jardim de Infância de Castanheira de Pera Jardim de Infância de Bolo Casa da Criança Rainha D. Leonor Escola do EB 1 de Castanheira de Pera Escola EB1 do Bolo Escola EB 2,3 de Castanheira de Pera GNR Bombeiros Pela análise do quadro anterior, e tendo em conta o decréscimo populacional que Castanheira de Pera tem vindo a sentir, parece-nos que os equipamentos existentes são suficientes para a população existente. Apenas se nota alguma carência ao nível da saúde, uma vez que não existe uma extensão de saúde na freguesia de Coentral. Outra carência notada é a falta de Escola de nível secundário. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 151

153 Relativamente aos equipamentos de prevenção e segurança, refere-se que no relatório de avaliação do Plano Diretor Municipal se refere que não foi construído o novo quartel de Bombeiros. Património cultural e edificado Imóveis Classificados / Sítios Arqueológicos O concelho de Castanheira de Pera apenas apresenta um Imóvel classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP), designado por Poços da Neve e Capela de Santo António da Neve. No entanto, existem outros valores arquitetónicos e históricos considerados importantes a nível local, nomeadamente as casas eruditas apalaçadas do séc. XVIII e XIX do núcleo antigo da vila de Castanheira de Pera, bem como os conjuntos pitorescos arquitetónicos do Coentral e de Pera. Relativamente aos sítios arqueológicos, existem 4 sítios identificados, os quais se apresentam no quadro seguinte. Quadro Sítios Arqueológicos em Castanheira de Pera (DGPC, 2015) Designação Tipo de Sítio Concelho/Freguesa Lajedo Arte Rupestre Castanheira de Pera/ Castanheira de Pera Ponte de Pedra / Ponte das Cabras Ponte Castanheira de Pera/ Castanheira de Pera Safra 2 Mamoa Castanheira de Pera/ Coentral Sarzeda de São Pedro Achado Isolado Castanheira de Pera/ Castanheira de Pera Eventos culturais O município de Castanheira de Pera desenvolve todos os anos um conjunto de iniciativas de cariz religioso e histórico-cultural, permitindo desta forma uma interação com a sua população. (Quadro ). Quadro Eventos Culturais realizados no concelho de Castanheira de Pera Tipologia Eventos Culturais Festa em honra do Mártir S. Sebastião e Bodo Coentral no sábado seguinte ao dia do Santo (20 de Janeiro) Romaria ao Santo António da Neve Santo António da Neve no domingo seguinte ao dia de Santo António (13 de Junho) Festa em honra de Santa Luzia Gestosa Cimeira no 1.º Domingo de Julho Cariz Religioso Festa de S. Domingos Castanheira de Pera no 1.º Domingo de Agosto Festa em honra de Nossa Senhora do Amparo Camelo no 1.º Domingo de Agosto Festa em honra de Nossa Senhora da Nazaré Coentral Grande no dia 15 de Agosto Festa em honra do Mártir S. Pera no 2.º Domingo de Agosto m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 152

154 Tipologia Cariz Históricocultural Sebastião Festa em honra de Nossa Senhora da Guia Festa do Senhor Festa em honra de S. Pedro Festa em honra de S. Nicolau Festa em honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso Feira Medieval Feira Anual de Castanheira de Pera Feira do Livro e da Multimédia Feira de Rua - A Castanha, o Mel e a Neve Comemorações do Aniversário do Concelho de Castanheira de Pera Grande Prémio de Atletismo Eventos Culturais Sapateira no 3.º Domingo de Agosto Castanheira de Pera no último Domingo de Agosto Sarzedas de S. Pedro no 1.º Domingo de Setembro Troviscal no 2.º domingo de Setembro Moita no 3.º Domingo de Setembro Castanheira de Pera em Julho Avenidas Verdes, em Castanheira de Pera, nos dias 21 e 22 de Julho Castanheira de Pera em Agosto Coentral no último fim-de-semana de Outubro Castanheira de Pera, em 4 de Julho Organizado pela Casa do Povo de Castanheira de Pera e habitualmente inserido nas Comemorações do Aniversário do Concelho Análise SWOT A análise SWOT, apresentada no quadro que se segue, pretende traçar um diagnóstico geral e o resumo das tendências existentes ao nível do Concelho de Castanheira de Pera no que concerne ao Desenvolvimento Turístico e património Natural e Cultural. Esta análise identifica as tendências de evolução provável no cenário de não implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera (Quadro ). Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Forças Fraquezas Riqueza em património natural e arquitetónico Fracas acessibilidades que podem motivar pouca Existência de algum edificado com interesse procura municipal Fraca capacidade de alojamento e de proporcionar Existência de percursos dinamizados pelo outros interesses pode não potenciar possíveis município (um percurso pedestre e um efeitos positivos resultantes de maiores dinâmicas circuito histórico) de procura Aposta em eventos histórico-culturais por Inexistência de um plano integrado de parte da Autarquia desenvolvimento turístico Aposta na valorização e infraestruturação de praias fluviais Oportunidades Ameaças Condições naturais favoráveis ao estabelecimento de percursos Ecoturismo e turismo rural como possibilidades a explorar Equipamentos à disposição das populações numa perspetiva territorialmente equilibrada Tradições históricas e culturais do concelho Não preservação e conservação do património edificado Perda da identidade concelhia pelo esquecimento da cultura Falta de capacidade regeneradora da população, assim como da vitalidade social e económica Falta de interesse por parte da população em m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 153

155 como fator dinamizador da vida sócioeconómica local e capaz de contribuir para o desenvolvimento da atividade turística do concelho Aposta no setor do turismo, nomeadamente no turismo de natureza, Implementação de rotas e percursos pelas áreas naturais, nomeadamente pelas aldeias rurais e pela Serra da Lousã Aproveitamento das zonas ribeirinhas para atividades de recreio e lazer requalificar um Centro Histórico muito degradado Degradação e eventual abandono por parte da população ANÁLISE DE TENDÊNCIAS A presente análise de tendências tem em consideração a evolução provável do estado do ambiente na ausência da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. De uma forma geral, não se preveem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência ao nível dos diversos domínios de avaliação e indicadores analisados. O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera Tendência de FCD Domínio Critério Indicadores evolução sem revisão do PDM Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Desenvolvime nto Turístico Património Natural e Cultural Qualificar a rede de Infraestruturas e equipamentos de cariz turístico Preservação/ Valorização do Património Cultural e Natural Áreas com Aptidão Turística Percursos Pedestres Unidades de Alojamento Praias Fluviais e Parques de Lazer Equipamentos Utilização Coletiva Imóveis Classificados Sítios Arqueológicos Eventos culturais - Indicador evolui de forma positiva (relativamente à situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 154

156 Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Património Cultural e Desenvolvimento Turístico A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera que poderão ser observados ao nível dos indicadores definidos. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados por alguns indicadores selecionados para a análise do FCD Desenvolvimento Turístico, que são sistematizados no Quadro m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 155

157 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Domínio Indicadores Efeitos Esperados Positivos Efeitos Esperados Negativos Áreas com Aptidão A proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera apresenta enquanto objetivo Turística estratégico Criar novas áreas de aptidão turística em articulação com o património natural e cultural, bem como o Desenvolvimento e aproveitamento do turismo em - espaço natural. Com a materialização destes objetivos pretende-se assegurar o Percursos Pedestres desenvolvimento do sector do turismo, considerando-se assim um efeito positivo Desenvolvimento Turístico Património Natural e Cultural Unidades Alojamento de Atividades de Turismo de Natureza/Turismo Rural Equipamentos Utilização Coletiva Imóveis Classificados Sítios Arqueológicos Praias Fluviais e Parques de Lazer Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental Eventos culturais significativo. A proposta de revisão do PDM considera como objetivo Potenciar e fomentar os atores de desenvolvimento e ainda Dar expressão à estratégia de desenvolvimento local, incentivando modelos de atuação baseados na concertação entre a iniciativa pública e privada. Neste sentido, a materialização destes objetivos permitirá o desenvolvimento de novas unidades de alojamento, considerando-se um efeito positivo. Os objetivos estratégicos Criar bases para o desenvolvimento do turismo e lazer associado à floresta e aos recursos hídricos (praias fluviais) e Desenvolvimento e aproveitamento do turismo em espaço natural e Estruturar uma perspetiva de proteção para o solo rural, conduzindo a um modelo de intervenção de valoração e rentabilização das atividades agroflorestais e seus aglomerados rurais, aproveitando novas oportunidades nos domínios das energias renováveis, empreendimentos turísticos e condicionando o povoamento disperso permitirão o desenvolvimento de atividades de natureza e de turismo rural, potenciando o desenvolvimento socioeconómico do concelho. Efeito esperado positivo. O objetivo estratégico Promover a conservação e consolidação do sistema municipal de equipamentos públicos garantirá um efeito esperado positivo a nível dos equipamentos de utilização coletiva. Os objetivos estratégicos Promover novas oportunidades de investimento e desenvolvimento em torno da qualidade do património construído, cultural e natural ; Proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recursos naturais ; Salvaguardar os valores naturais associados ao Sítio da Rede Natura Serra da Lousã ; Prevenir e minimizar riscos ambientais ; Estabelecer percursos articulados de paisagem ; Preservar e o Património Histórico (nomeadamente o centro histórico) ; Preservar, valorizar e divulgar o Património Cultural, nomeadamente o património histórico (centro histórico) e o património arqueológico ; e Criar bases para o desenvolvimento do turismo e lazer associado à floresta e aos recursos hídricos (praias fluviais), permitirão garantir um efeito esperado positivo do PDM sobre estes indicadores. (-) Não são esperados efeitos negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre os indicadores A criação de novas unidades de alojamento poderá ter um efeito negativo, se não forem tidas em conta as características naturais e socioculturais dos locais m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 156

158 Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico No presente capítulo será promovida uma análise que visa evidenciar a forma como o modelo de desenvolvimento proposto pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, que se traduz nas suas opções e objetivos estratégicos e mais concretamente no seu Regulamento, contribui para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade estabelecidos no Quadro de Referência Estratégico. Neste contexto, pretende-se avaliar os efeitos significativos no ambiente resultantes da implementação da proposta de revisão do Plano atendendo aos objetivos de proteção ambiental estabelecidos a nível internacional, comunitário ou nacional que sejam pertinentes para o Plano ou programa e a forma como estes objetivos e todas as considerações ambientais foram tomadas em consideração durante a sua elaboração (alínea d, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto- Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). Esta análise permitirá avaliar em que medida o objeto de estudo contribui (+) (criando oportunidades) ou conflitua (-) (criando ameaças) com os objetivos delineados pelos instrumentos do QRE definido para a presente proposta de revisão do Plano (Quadro ). Os instrumentos do QRE considerados como relevantes para a análise do património cultural e desenvolvimento turístico foram o PNPOT e o PENT. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 157

159 Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico QRE Objetivos Estratégicos Efeito FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território Plano Estratégico Nacional do Turismo Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos. Estratégia de produtos - Consolidar e desenvolver 10 produtos turísticos estratégicos (Sol e Mar, Touring Cultural e Paisagístico, City Break, Turismo de Negócios, Turismo de Natureza, Turismo Náutico, Saúde e Bem-Estar, Golfe, Resorts Integrados e Turismo Residencial, e Gastronomia e Vinhos). Eventos - Dinamizar um calendário nacional de eventos que assegure o reforço da notoriedade do destino e o enriquecimento da experiência do turista (Mega eventos, Grandes eventos promocionais, Animação local). Qualidade urbana, ambiental e paisagística - Tornar a qualidade urbana, ambiental e paisagística numa componente fundamental do produto turístico para valorizar e qualificar o destino Portugal A proposta de plano evidencia uma preocupação de conciliação entre os sistemas construídos e os sistemas naturais ao delimitar áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização ambiental dos espaços, bem como ao definir e conciliar uma Estrutura Ecológica Municipal. No âmbito do desenvolvimento turístico, a proposta de plano evidencia uma preocupação em potenciar os recursos naturais, criando bases para o desenvolvimento do turismo e lazer associado à floresta e aos recursos hídricos. Para além dos objetivos estratégicos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, que permitirão potenciar o setor do turismo e as atividades de recreio e lazer, as próprias caraterísticas biofísicas do concelho permitem que o município integre redes de acontecimentos e de atividades com interesse para o turismo sustentável, nomeadamente através do desenvolvimento do turismo de natureza e da melhoria da qualidade urbana, ambiental e paisagística. Pelo referido anteriormente, considera-se que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera contribui para a prossecução dos objetivos do PENT uma vez que pretende promover a valorização do património histórico e cultural e dos valores locais. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 158

160 Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera As oportunidades e as ameaças constituem a avaliação da forma como o património natural e cultural será afetado com a implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Neste contexto, procede-se à identificação das oportunidades e ameaças que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera poderá provocar ao nível do FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico. O quadro seguinte identifica as oportunidades e as ameaças resultantes dos principais impactes estratégicos, positivos e negativos, relacionados com as ações inerentes à proposta de revisão do referido PDM. Quadro Oportunidades e Ameaças resultantes da execução da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no que respeita ao FCD Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Oportunidades Ameaças Potencial natural do concelho que poderá contribuir para o desenvolvimento e promoção do turismo de natureza Aposta no turismo diferenciado, encontrando modelos inovadores e que tirem partido da singularidade dos elementos naturais paisagísticos, patrimoniais e culturais presentes a nível concelhio que sejam potenciadores do desenvolvimento económico sustentável do concelho Dinamização dos espaços verdes, jardins existentes Degradação do património cultural devido à e zonas ribeirinhas falta de conservação Dinamização das praias fluviais existentes Falta de capacidade regeneradora da Desenvolvimento e promoção do turismo população, assim como da vitalidade social e gastronómico económica Desenvolvimento do turismo que possibilite uma projeção e visibilidade do Concelho que contribuirá para potenciar as atividades económicas e sociais Preservação da identidade concelhia, dinamização cultural e criação de uma cultura local que valorize o seu património Desenvolvimento de campanhas de sensibilização que enalteçam as caraterísticas únicas do concelho, orientadas para os valores da qualidade de vida e bem-estar m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 159

161 Diretrizes para Seguimento AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações que podem contribuir para o acompanhamento dos efeitos da proposta revisão do PDM de Castanheira de Pera no que respeita ao Desenvolvimento Turístico e Património Cultural, e que melhor integram os princípios e objetivos da sustentabilidade. Neste sentido, o concelho de Castanheira de Pera deverá tomar medidas no sentido de preservar o seu património natural e cultural, o que irá traduzir-se em mais-valias em termos turísticos para o concelho, nomeadamente: Conservar os equipamentos culturais e de recreio e lazer; Promover iniciativas de sensibilização da população para a preservação dos espaços verdes de recreio e de lazer; Definir uma estratégia de desenvolvimento turístico, de recreio e lazer para o concelho; Promover o turismo de natureza e o turismo rural como atividade diferenciadora e promotora do desenvolvimento sustentável; Incentivar, mobilizar e envolver os agentes e investidores locais no desenvolvimento de projetos de turismo de natureza e turismo rural; Promover e valorizar o património arqueológico, arquitetónico e cultural; Promover ações de reabilitação do património cultural; Promover as tradições e os costumes populares do município. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 160

162 5.8. FATOR CRÍTICO PARA A DECISÃO - RISCOS AMBIENTAIS Descrição do Fator Crítico para a Decisão e seus objetivos Qualquer ação executada pelo Homem tem um efeito sobre o Ambiente, efeito este que pode degradar a qualidade ambiental ou alterar as características paisagísticas de um território de forma significativa. Estes efeitos podem contribuir direta ou indiretamente para a ocorrência de situações de risco ambiental. A gestão de risco é um processo contínuo e dinâmico e deve identificar e avaliar os riscos associados às diferentes atividades desenvolvidas. A tomada de medidas adequadas para gerir os riscos e, consequentemente, prevenir ou reduzir o impacto de potenciais acidentes ou situações de emergência deve assumir elevada importância em qualquer processo de gestão. Sendo assim, a previsão e prevenção de riscos ambientais deverá ser um dos fatores cruciais na análise e avaliação dos diferentes planos territoriais. A proposta em análise reporta à revisão do PDM de Castanheira de Pera e pretende avaliar os impactes dos seus objetivos em função das características da região. Os espaços florestais na sub-região do Pinhal Interior Norte correspondem a uma considerável área, cerca de 83%, sendo que o Concelho de Castanheira de Pera integra nestes 1481,8ha de área classificada como de regime florestal o que representa 22,2% da área total concelhia. O eucalipto tem uma presença muito forte no concelho registando ainda a presença de uma mancha forte de matos e pastagens na parte norte do Concelho. Verifica-se ainda a existência de Arvoredos e de Povoamentos Florestais de Valor Especial, mais concretamente árvores de interesse público na freguesia do Coentral, em Castanheira de Pera e Pinheiro-bravo na sede do mesmo concelho. Importa ainda referir a presença da Serra da Lousã, enquanto fator de enquadramento entre os Concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, sendo um importante fator na dinamização e preservação do espaço florestal dada a sua importância enquanto valor natural. Esta tão extensa área florestal e as características que integra acarretam em si a possibilidade de ocorrência de incêndios florestais dado que o risco de incêndio no Concelho de Castanheira de Pera está classificado de Alto a Muito Alto. Estas florestas já contemplam a existência de planos de previsão e prevenção face à ocorrência destes eventos, no entanto, devido à sua importância e dimensão, também a própria autarquia deverá acompanhar e prevenir estas situações. Para além da possibilidade de risco de incêndio florestal, o risco de incêndio antrópico também é uma realidade. Qualquer ação humana poderá desenrolar uma situação destas características que poderá originar a degradação do património edificado. Sendo assim, é essencial a inclusão dos Incêndios enquanto FCD na avaliação do PDM de Castanheira de Pera. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 161

163 A área do território do Concelho de Castanheira de Pera encontra-se incluída na bacia hidrográfica do Rio Zêzere que, por sua vez, integra a bacia hidrográfica do Rio Tejo. A rede hidrográfica é bastante densa, com vales profundos, encostas demasiado expostas à ação dos agentes erosivos, e obviamente com acrescidas dificuldades de desenvolvimento. Uma parte significativa destas linhas de água corresponde, no entanto, a simples escoamentos, não constituindo cursos fluviais permanentes. O escoamento de água na rede hidrográfica do Concelho de Castanheira de Pera situa-se entre 800 e 1000 mm em praticamente toda a extensão do seu território, à exceção de uma pequena porção, a Sul, onde o escoamento varia entre os 600 e 800mm. Dada a presença de tão extensa rede hidrográfica e sendo a mesma vetor de desenvolvimento da região, bem como de valor paisagístico do território, torna-se importante a sua preservação, nomeadamente no que se refere à probabilidade de ocorrência de risco de cheia. Em termos morfológicos o concelho caracteriza-se por uma acentuada desigualdade em termos de altimetria: na zona Norte do Concelho as altitudes ultrapassam os 1000 metros e na zona Sul são da ordem dos 400 a 700 metros. Ao nível dos solos, o Concelho de Castanheira de Pera integra solos das classes cambissolos e litossolos, apresentando estas classes características que intervêm em taxas de infiltração e impermeabilização. Sendo assim, a conjugação destas características com as da hidrografia poderão desenvolver a possibilidade de risco de erosão, fator pelo qual se justifica a inclusão deste risco. Ainda a salientar que a proposta em análise reporta a uma revisão de PDM. Desta forma, e como poderá ocorrer a implantação de novas zonas industriais/empresariais, torna-se importante a avaliação de riscos industriais, os quais devem integrar, por exemplo, as situações de derrame, explosões e incêndios. As condições de trabalho são essenciais ao bom desenvolvimento da atividade económica e a minimização de eventos de riscos que possam contribuir para a degradação do património edificado e para uma redução do lucro das indústrias e empresas são de salvaguardar. Para além destes aspetos, ainda o facto destas situações contribuírem para uma degradação da qualidade do ambiente e paisagística do Concelho. Para além do exposto importa ainda referir o risco de sismicidade apresentada pelo Concelho de Castanheira de Pera. Este encontra-se numa zona de transição cuja intensidade sísmica máxima é de grau 6, em praticamente toda a extensão do seu território, sendo de grau 7 na pequena parte Sul. Relativamente à sismicidade histórica, o Concelho de Castanheira de Pera insere-se também numa zona de transição, sendo a maior parte do seu território, a Sul, a intensidade máxima verificada de grau 8, verificando-se a Norte, em área de menor dimensão, a intensidade máxima de grau 7. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 162

164 Em suma, para o FCD - Riscos Ambientais os domínios em análise são: Incêndio, Cheias, Erosão, Acidentes Industriais e Sismicidade. A salvaguarda da ocorrência destes domínios contribuirá para a garantia da prevenção do risco para os ecossistemas e para o Homem bem como o seu controlo e acompanhamento devido contribuirão para o desenvolvimento de uma região mais sustentável. Para auxiliar o nível de pormenorização da análise estratégica que se pretende efetuar identificaram-se os vários domínios de avaliação, objetivos de sustentabilidade e indicadores associados face ao FCD - Riscos Ambientais, que se apresentam no Quadro seguinte. Quadro Domínios de avaliação definidos para o FCD Riscos Ambientais, e respetivos objetivos de sustentabilidade Domínio de Avaliação Objetivos de Sustentabilidade Prevenir a ocorrência de incêndios florestais e em edifícios Incêndio Erosão Cheias Acidentes Industriais Sismicidade Aumentar a resiliência do território aos incêndios florestais Prevenção da elevada impermeabilização do solo Reduzir a influência dos incêndios na saúde pública e nos ecossistemas Aumentar os níveis de proteção no solo Manter e recuperar processos ecológicos chave Minimizar a ocorrência de acidentes geomorfológicos Aumentar os níveis de proteção do solo Diminuir os efeitos de ocorrência de cheias Manter e recuperar processos ecológicos chave Prevenir a ocorrência de derrames para o solo Prevenir a ocorrência de situações de explosão Minimizar os efeitos na população exposta à ocorrência de acidentes industriais Prevenir as consequências provocadas por um sismo A salvaguarda da ocorrência destes domínios contribuirá para a garantia da prevenção do risco para os ecossistemas e para o Homem bem como o seu controlo e acompanhamento devido contribuirão para o desenvolvimento de uma região mais sustentável. Para auxiliar o nível de pormenorização da análise estratégica que se pretende efetuar identificaram-se os vários domínios de avaliação, critérios e indicadores associados face ao FCD Riscos Ambientais, que se apresentam no Quadro seguinte. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 163

165 Quadro Relação entre os diversos domínios de análise considerados para o FCD - Riscos Ambientais, com os critérios de avaliação e os principais indicadores estabelecidos FCD Domínio Critério de avaliação Indicadores Unidade Fonte Riscos Ambientais Incêndio Cheias Erosão Acidentes Industriais Sismicidade Grau de risco de incêndios Classe PMDFCI Recursos florestais Área ardida ha ICNF Risco de incêndio ICNF Edifícios e estado de conservação Número de ocorrências de incêndio (florestal e em edifícios) N.º Município Meios de prevenção e socorro Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a INCF N.º incêndios Município Levantamento dos edifícios de categoria de risco 3 e 4 do RJ-SCIE* N.º Município Estratégias de minimização de Número de ações/programas previstos nos Eixos Estratégicos do ocorrência de incêndios N.º Município PMDFCI de Castanheira de Pera cumpridos* Situação climatológica Precipitação mm Município Grau de impermeabilização Área impermeabilizada* ha Município Uso do solo em zonas inundáveis * Tipologia Município Efeitos da ocorrência de cheias e Edifícios sensíveis em áreas de risco de cheia/inundação * N.º Município inundações sobre bens materiais Zonas densamente povoadas * N.º Município Medidas de defesa contra risco de cheia implementadas * N.º Município Situações de cheias ou inundação Ocorrência de cheias N.º Município Áreas inundadas* ha Município Tipologia Uso do solo em áreas com risco de erosão Caraterísticas do solo de uso Município Topografia % Município Elaboração de cartografia de risco* - Município Eventos de erosão Número de eventos de ocorrência de erosão* N.º Município Medidas de contenção face á ocorrência de erosão* N.º Município Situações de derrame Número de ocorrências de derrame * N.º Município Solo contaminado Área de terreno afetada em resultado de ocorrência de derrame * ha Município Situações de explosão Número de ocorrências de explosão * N.º Município Grau de impermeabilização afeto a espaço industrial Ocorrência de sismo Área do concelho ocupada por espaço industrial ha Município Intensidade sísmica do concelho Grau Município Elaboração de cartografia de risco sísmico do concelho* - Município Ações de sensibilização/divulgação sobre procedimentos de atuação face N.º Município à ocorrência de sismos* (PMDFCI Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios; AFN Autoridade Florestal Nacional; SCIE Segurança Contra Incêndios em Edifícios) * - Indicador com lacuna de informação, analisado na avaliação da implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 164

166 Situação Existente e Análise de Tendências Neste capítulo pretende-se efetuar uma caraterização da atual situação de referência para o território abrangido pelo PDM em análise, sistematizada nos domínios de análise considerados no FCD Riscos Ambientais. Será efetuada igualmente uma abordagem a questões de âmbito territorial mais abrangente, mediante a identificação de relações possíveis com o Plano. Trata-se de uma caraterização sintética, efetuada com base na informação considerada pertinente para a AAE, contida nos diferentes documentos estratégicos. SITUAÇÃO EXISTENTE Povoamentos florestais, risco de incêndio e área ardida As florestas desempenham um papel fundamental na regularização dos caudais hídricos, protegem os solos contra a erosão e aumentam o grau de infiltração de água nos solos, promovendo a diminuição do escoamento das águas pluviais. A quase totalidade do Concelho de Castanheira da Pera está ocupado por florestas, com cerca de 48,12%, seguindo-se os improdutivos com 15,68% e os incultos com cerca de 14,7% (PMDFCI, 2011). A floresta tem um grande impacto na economia do Concelho, sendo a sua destruição uma perda irreparável, não só em termos económicos, mas também sociais, ecológicos e paisagísticos. Por outro lado a floresta, em toda a sua complexidade, ultrapassa largamente o interesse local, sendo por isso importante conseguir tratá-la, geri-la e defendê-la da melhor forma possível. Considerando os incultos e os improdutivos como área florestal, esta ocupa 78,47% da área do Concelho. As áreas agrícolas aparecem associadas aos diversos agregados populacionais, predominando na zona Centro e Sul do Concelho, com 9,2%. As áreas sociais com 6,5% e o uso com menor representatividade são as superfícies aquáticas, com 5,8%. Observa-se também que a freguesia de Castanheira de Pera é a que possui a maior representatividade de todas as classes de uso, destacando-se a classe de uso florestal com 1810 ha. Quadro Uso e ocupação do solo no concelho de Castanheira de Pera (PMDFCI,2011) Uso e ocupação do solo (ha) Freguesias Áreas Superfícies Agricultura Floresta Improdutivos Incultos sociais aquáticas Castanheira de Pera 409, , , , , ,900 Coentral 24,273 72, ,721 3,197 83,384 46,676 Total 433, , , ,41 980, ,576 m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 165

167 Na caracterização da ocupação atual do solo, para os 6676,086 ha da área do concelho, criaramse 6 classes de classificação. Esta classificação tem como objetivo agrupar zonas homogéneas, em relação à temática do projeto (PMDFCI, 2011). O concelho de Castanheira de Pera conta ainda com cerca de 1994 ha de floresta pertencentes ao Perímetro Florestal da Lousã. A figura seguinte permite a visualização da ocupação do solo. Figura Carta de Ocupação do Solo (PMDFCI, 2011) O Decreto-Lei n.º 205/99, de 9 de Junho, definiu o processo de elaboração, aprovação e execução dos Planos de Gestão Florestal (PGF), sendo que o Decreto-Lei n.º 16/2009, de 14 de Janeiro, aprova o regime jurídico dos planos de ordenamento, de gestão e de intervenção de âmbito florestal, incluindo-se na sua tipologia de planos os PGF. Estes, definidos como instrumentos de administração de espaços florestais, regulam as intervenções de natureza cultural e/ou de exploração e visam a produção sustentada dos bens ou serviços originados em espaços florestais, determinada por condições de natureza económica, social e ecológica. No Concelho de Castanheira de Pera, as áreas sob gestão da Assembleia de Compartes dos Baldios de Castanheira de Pera e Coentral, bem como o perímetro florestal de Castanheira de Pera sob gestão da Autoridade Florestal Nacional AFN, possuem planos de gestão florestal. A Assembleia de Compartes de Castanheira de Pera administra 543,41 ha de floresta no Concelho, a Assembleia de Compartes do Coentral administra 1434,202 ha e o ICNF 1993,587 m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 166

168 ha. No entanto, como existe sobreposição destas áreas, o Concelho de Castanheira de Pera possui cerca de 1993,6 ha de área sob planos de gestão, correspondendo a 38% da área florestal e a 29,9% da área do Concelho. Figura Instrumentos de Gestão Florestal (PMDFCI, 2011) Em termos de Defesa da Floresta Contra Incêndios, a presença destas áreas no Concelho é de extrema importância, pelo facto de existir ordenamento florestal e por este ser efetuado de forma profissional por estas entidades, o que facilita o combate em caso de incêndio. O Perímetro Florestal de Castanheira de Pera pertence à Cordilheira Central, enquadrando-se, nas elevações que separam a bacia do Rio Mondego e do Rio Zêzere, fazendo a continuação da cumeada Sul da Serra da Lousã. Em termos de ocupação florestal, a figura seguinte demonstra a distribuição no concelho. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 167

169 Figura Ocupação Florestal (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015) Através da figura demonstra-se que o eucalipto tem uma presença muito forte no concelho, existindo ainda uma mancha forte de matos e pastagens na parte norte, com pinheiro bravo também presente nomeadamente em áreas a nascente e poente. Atualmente a ocupação florestal do concelho pode-se considerar sobre dois ângulos distintos: áreas privadas e públicas. Existe um claro domínio do eucalipto nas áreas privadas, existindo ainda povoamentos de pinhal bravo em estado adulto, com alguma representatividade (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015). Existem contudo, muitos povoamentos mistos de pinheiro bravo com eucalipto, mas normalmente com um domínio do eucalipto em número e tamanho. Esses pinheiros são assim praticamente asfixiados no meio do eucaliptal, ao que se lhes atribui um potencial produtivo demasiado baixo. Há ainda outro tipo de povoamentos mistos, aqueles em que é o pinheiro bravo adulto que domina o estrato arbóreo, com muitos mais eucaliptos a preencherem em muitos casos, todo o estrato subarbóreo e arbustivo. De salientar, que este tipo de povoamentos, regra geral, possui elevadas quantidades de material combustível acumulado, atingindo evidentemente grandes índices de risco de incêndio. Duma forma geral, os pinhais existentes, são os que restam das antigas plantações e um ou outro, oriundo de uma normal regeneração natural, que é resultado, mais da apatia patenteada por alguns proprietários e que por isso m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 168

170 mesmo, depois não fazem os tão necessários desbastes, entre outras possíveis e desejáveis operações silvícolas (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015). Nas áreas públicas a atitude tem sido substancialmente diferente. O eucalipto desaparece e abundam as áreas de pinheiro bravo provenientes de regeneração natural, ou mesmo plantadas em parte da área do perímetro florestal. Outro aspeto de importância é a existência ainda de muita área inculta (matos), sobretudo no terço norte do concelho. No perímetro florestal (limite da Lousã), existe ainda uma área constituindo um povoamento misto, mais adulto, com Pinus sylvestris, Pinus nigra, Bétula celtibérica, Thuya plicata, Chamaecyparis lawsoniana e várias espécies dos géneros: Quercus L., Cupressus L., e Abies Mill. Em parte da área do perímetro foi executada a sua rearborização não só com pinheiro bravo, mas também com várias outras espécies florestais. Por todo o concelho podemos encontrar espécies como; freixos, salgueiros, amieiros, choupos, carvalhos, castanheiros, sobreiros, etc.; isoladamente, formando pequenos núcleos ou de bordadura aos cursos de água e rede viária. Também tem existido uma reposição natural, nomeadamente através de aves, de sementes de carvalho, sobreiro e até de algumas cerejeiras e castanheiros; que após corte final de um qualquer povoamento florestal, aparecem em grande número num repovoamento natural e de oportunidade temporal de enorme êxito. A Acácia dealbata (mimosas), já aparece com alguma abundância nalguns locais, não atingindo ainda um grau de infestação preocupante. De qualquer modo, vão-se multiplicando os locais ao longo de todo o concelho sobretudo à beira de estradas e caminhos que esta espécie extremamente invasora vem alastrando com maior sucesso (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015). Com a monocultura do eucalipto e os incêndios florestais que têm assolado toda a região, o habitat natural das espécies cinegéticas tem vindo a ser destruído e modificado a uma velocidade estonteante. Assim torna-se importante analisar o risco e a perigosidade de incêndio no território. As figuras seguintes demonstram esta classificação. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 169

171 Figura Carta de Risco de Incêndio (PMDFCI, 2011) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 170

172 Figura Carta de Perigosidade de Incêndio (PMDFCI, 2011) Pela análise do mapa de perigosidade de incêndio, verifica-se que a zona Norte e Oeste do Concelho é onde existe a maior concentração de áreas com classes de perigosidade de incêndio Muito Alta. As classes de perigosidade Muito Baixa e Baixa ocorrem principalmente nas zonas dos aglomerados populacionais e Ribeira de Pera. A perigosidade Média e Alta ocorrem por toda a área do Concelho, sendo mais frequente na área da freguesia de Castanheira de Pera. Em termos morfológicos, observa-se que a classe de perigosidade Muito Alta ocorre nas zonas de maior altitude, onde se concentram as áreas com declives mais acentuados (> 15%) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 171

173 abrangendo a zona do Coentral e a parte Oeste da Freguesia de Castanheira de Pera (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015). Ainda nesta temática, observando a figura seguinte facilmente se perceciona que o concelho tem sido consecutivamente assolado pelos incêndios florestais. Ter-se-á que refletir e delinear uma política estratégica de prevenção e mesmo de sensibilização de modo a que a floresta seja preservada e as suas populações possam usufruir deste bem tão precioso. Assim, ocorreram nos últimos 10 anos (período de referência compreendido entre ) várias situações de incêndio, sendo que a distribuição anual da área ardida no concelho de Castanheira de Pera no período compreendido entre 2003 e 2013 é a que se apresenta de seguida (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015). Figura Distribuição das áreas ardidas no concelho de Castanheira de Pera entre (Relatório Sectorial Caracterização Florestal, 2015) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 172

174 A análise da figura permite perceber que a extensão da área ardida é significativa no concelho de Castanheira de Pera, constatando-se que este é muito afetado pelo problema dos incêndios florestais. Constata-se ainda que, para o período de análise, as zonas mais afetadas no concelho de Castanheira de Pera ocorreram a noroeste e a oeste, resultado das características de ocupação do solo naquelas áreas. No quadro seguinte apresenta-se a discriminação para o período referido para a área ardida e o número de ocorrências. Quadro Distribuição anual de área ardida e número de ocorrências no concelho de Castanheira de Pera (ICNF, ) Ano Número Fogachos Incêndios Ocorrências Área povoamentos 0,2534 0,0715 3,525 90,585 10, ,8101 0,387 51,5405 ha Área matos 0, ,0252 1, ,221 1, ,8919 1,187 7,036 Área florestal 0, ,0967 5,42 223,806 12, ,702 1,574 58,5765 Analisando a repartição de área ardida por tipo de coberto vegetal no período , o quadro demonstra um predomínio de área ardida de povoamentos florestais face à área ardida de matos. O ano de 2011 sobressai como aquele em que a área ardida de povoamentos florestais foi maior no período Não existem dados disponíveis no que se refere à ocorrência de incêndios em edifícios. Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a incêndios O concelho de Castanheira de Pera conta com os seguintes agentes (Relatório Sectorial - Rede de Equipamentos, 2015): posto da GNR e bombeiros. O Posto local da GNR (dependente funcionalmente do Destacamento de Pombal), localizado na Avenida S. Domingos e com uma irradiação extensiva a todo o território concelhio, conta atualmente com 11 efetivos (dados de Fevereiro 2004). Segundo o estabelecido nas Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, o número de efetivos de um Posto deve variar entre 15 e 50, consoante a densidade populacional, sem, no entanto, avançar com um quantitativo de referência. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 173

175 No que se refere às missões de socorro, nomeadamente o socorro às vítimas de acidentes rodoviários, a urgência pré-hospitalar, o combate a incêndios, a intervenção em cheias e inundações, entre outras missões, estas são asseguradas pelas corporações de bombeiros. As corporações de bombeiros inserem-se no associativismo voluntário, e só nos aglomerados com uma população superior a habitantes é que legalmente é exigido um corpo de bombeiros profissionais. No Concelho de Castanheira de Pera, estas missões são asseguradas pela Associação de Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, fundada em 1948, conta atualmente com cerca de 1100 associados, e está integrada no Centro de Coordenação Distrital de Leiria. A Corporação conta com um total de 134 homens, dos quais apenas 4 são bombeiros efetivos e 130 em regime de voluntariado. Os meios humanos são referenciados no quadro que se segue. Quadro Caracterização dos meios humanos/bombeiros (Relatório Sectorial - Rede de Equipamentos) Meios Humanos/Bombeiros Número Bombeiros em regime de voluntariado 130 Bombeiros efetivos 4 Auxiliares administrativos 1 Em termos de recursos materiais, os Bombeiros de Castanheira de Pera dispõe de 6 viaturas de combate a incêndio (5 florestais e uma especial), 6 viaturas de saúde (2 de emergência e 4 automacas), e uma viatura auxiliar. Apontam, contudo, a necessidade de obterem mais duas ambulâncias e um carro de combate a incêndio florestal (Relatório Sectorial - Rede de Equipamentos, 2015). Cheias e erosão Dada a influência que a precipitação tem sobre o clima de uma região, quer intensificando o desenvolvimento vegetativo das plantas, tanto herbáceas como lenhosas, quer afetando o regime hidrológico dos cursos de água existentes ou ainda contribuindo para a destruição da camada arável dos solos mal protegidos, é fundamental averiguar até certo ponto, a média anual das precipitações totais e como estão repartidas ao longo dos meses do ano, por forma a permitir um planeamento de reservatórios, valas e valetas e também dos sistemas de drenagem. No concelho de Castanheira de Pera observa-se que o valor total da precipitação é de 1051,7 mm, sendo os meses mais pluviosos, Dezembro e Janeiro, com uma precipitação média de 152,3 mm e de 162,3 mm, respectivamente. Relativamente à precipitação máxima diária, o valor m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 174

176 mais elevado durante o período considerado foi atingido em Outubro com 100,9 mm. Constatase que os meses em que as temperaturas médias são mais altas são os mesmos em que o número médio de dias com precipitação é menor, o que vai provocar uma dessecação das plantas e daí advém a sua maior inflamabilidade (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). Figura Valores médios anuais de precipitação (mm) no concelho de Castanheira de Pera no período entre (PMDFCI, 2011) Analisando os dados relativos aos diversos postos, verifica-se que a precipitação total anual apresenta uma fraca oscilação: 1210,7 mm, em Góis, e 1220,7 mm, em Lousã. Entretanto, e segundo os dados fornecidos pelo Atlas do Ambiente, a precipitação no Concelho de Castanheira de Pera apresenta valores entre os 1400 e 1600 mm em toda a extensão do território municipal, com exceção de uma pequena faixa a sul onde se registam precipitações entre 1200 e 1400 mm (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). Em termos hidrológicos, o Concelho de Castanheira de Pera encontra-se inserido na bacia hidrográfica do Rio Zêzere. O principal afluente deste rio é a Ribeira de Pera que atravessa o Concelho no sentido Norte/Sul, com uma extensão de 21,5 km. A Ribeira de Pera é alimentada por um conjunto vasto de pequenas linhas de água, de entre as quais se destacam as Ribeiras do Cavalete, Coentral Grande e das Quelhas. A Ribeira de Mega, também faz parte da rede hidrográfica do Concelho, com um comprimento próximo dos 4 km, localizada na parte Este deste, que confina com o Concelho de Góis (PMDFCI, 2011) m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 175

177 Figura Rede hidrográfica do concelho de Castanheira de Pera (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). A linha de cumeada na parte Sudeste da Serra da Lousã estabelece simultaneamente o limite Norte do Concelho e a delimitação da fronteira entre as vertentes de drenagem do Mondego e do Tejo. A rede hidrográfica é bastante densa, dando à paisagem um constante entrecortado, com vales profundos, encostas demasiado expostas à ação dos agentes erosivos, e obviamente com acrescidas dificuldades de desenvolvimento. Uma parte significativa destas linhas de água devem corresponder a simples escoamentos, não constituindo cursos fluviais permanentes. As características xistosas de grande parte do subsolo concelhio influem na sinuosidade das vias e na presença de uma densa rede de sulcos e ravinas que constituem canais de escoamento hidrográfico (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). Para análise do domínio Cheias torna-se importante analisar a geomorfologia do concelho. O Concelho de Castanheira de Pera situa-se na unidade morfo-estrutural mais antiga do continente, o Maciço Antigo ou Hespérico ou Soco Hercínico, apresentando formações geológicas de génese remota. Geologicamente, todo o Concelho é praticamente constituído pelo Complexo Xisto Grauváquico, com o aparecimento de granitos na zona do Coentral. Também, e mais para Sul, é frequente verem-se associações destes xistos com quartzitos, por vezes m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 176

178 bastante duras. De uma forma geral, a Norte do Concelho, o solo é menos profundo, mesmo com o aparecimento de alguns, poucos mas com algum significado, afloramentos rochosos, notando-se também, e de uma forma geral, uma superior dureza desses xistos (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). Assim (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015) no Concelho existem: - Formações Sedimentares e Metamórficas: Está representado pelo Complexo Xisto grauváquico que cobre a maior parte do Concelho, e que se apresenta em camadas bastante dobradas e inclinadas. - Rochas Eruptivas e Plutónicas: Existe um afloramento granítico no setor Norte do Concelho na zona em que este afloramento contacta com o Complexo Xisto grauváquico, aparecem orlas metamórficas geralmente constituídas por Rochas de natureza xistosa (xistos micáceos, mosqueados, luzentes, etc.). Em termos litológicos, o Concelho de Castanheira de Pera apresenta no seu território a presença de duas unidades pedológicas: cambissolos na sua parte Norte e Oeste, e litossolos na zona central e Sul. Figura Unidades pedológicas no concelho de Castanheira de Pera (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015) Os Cambissolos, por definição, são solos pouco desenvolvidos e, por isso, apresentam alteração química e física em grau não muito avançado, porém suficiente para o desenvolvimento de cor ou de estrutura, sendo que a estrutura da rocha ou material parental não deve ocupar mais do que 50% de seu volume total (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 177

179 Os Litossolos, como solos esqueléticos / incipientes que são, apresentam nulo ou muito fraco desenvolvimento de perfil devido a recente exposição da rocha-mãe à ação dos processos de formação do solo ou, mais vulgarmente, por causa da atuação da erosão acelerada que ocasiona a remoção do material de textura mais fina à medida que ele se vai formando. A desintegração física predomina imenso sobre a alteração química, sendo por isso o solo grandemente constituído por fragmentos de rocha, grosseiros, não muito meteorizados (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). Relativamente ao Concelho de Castanheira de Pera, o seu território tem uma disposição geográfica que se estende predominantemente na direção Norte - Sul, e situa-se nos planaltos da vertente Sul da Serra da Lousã, que constitui a extremidade Sudoeste daquele que é o mais importante bloco montanhoso de Portugal, a Cordilheira Central. Não menos importante é a análise do declive do concelho. Devido ao caráter acidentado do terreno, mesmo montanhoso, o concelho de Castanheira de Pera apresenta uma variação altimétrica muito acentuada, com cotas que vão desde os 340 m junto à ribeira de Pera (a sul do concelho), até aos 1200 m no Castelo do Trevim, ponto mais elevado na serra da Lousã (localizado a norte do concelho). A sua paisagem é caracterizada por um constante entrecortado, com vales profundos, encostas demasiado expostas à ação dos agentes erosivos e, obviamente, com dificuldades de comunicação. Pelo que se disse, compreende-se que o seu território apresente desigualdades altimétricas consideráveis. No setor Norte do Concelho, as altitudes ultrapassam os 1000 m, na vertente Sul da Serra da Lousã, enquanto na área Meridional, e junto à Ribeira de Pera, a hipsometria não excede os 500 m. Assim, pode-se afirmar que existe uma oposição em termos morfológicos entre as partes Norte e Sul de Castanheira de Pera. A área Setentrional caracteriza-se por maiores altitudes e declives mais acentuados, e a área Meridional apresenta altimetrias e declives menos significativos (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 178

180 Figura Carta hipsométrica do concelho de Castanheira de Pera (Relatório Sectorial Caracterização Física, 2015) Resultado destas caraterísticas o concelho apresenta na condicionante da Reserva Ecológica Nacional uma extensa mancha. A área do território classificada como REN possui 1338,3ha. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 179

181 Figura Carta de Condicionantes em vigor ( PÊRA&TI=PDM&IDIGT=145&TP=TODOS) DE m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 180

182 Resultado destas características a ocorrência quer de inundações ou cheias quer de erosão são um risco no território. Não existem, no entanto, dados disponíveis no que se refere à ocorrência de cheias e áreas inundadas ou de erosão. Área do concelho ocupada por espaço industrial e ocorrências de acidentes Segundo dados do INE de 2013 (atualização de 10 de Outubro de 2014) a superfície de uso industrial do solo identificado nos PMOT é de 16,1ha. Nestes espaços e resultado das atividades praticadas podem resultar um conjunto de situações de risco com influência em bens e pessoas, pelo que importa que cada indústria avalie os seus riscos e defina planos de prevenção e atuação face a eventuais ocorrências. Não existem, no entanto, dados disponíveis a este nível. Sismicidade no concelho A sismicidade de uma região encontra-se diretamente relacionada com a distribuição das magnitudes dos sismos que nela ocorrem, estando estes diretamente relacionados com a movimentação subterrânea das placas tectónicas, da atividade vulcânica e do deslocamento de gases no interior da superfície terrestre. A sismicidade pode ser indicada através da intensidade sísmica, medida qualitativa que descreve a extensão dos efeitos produzidos pelos sismos na superfície terrestre, nas populações, construções e ambiente. Para ilustrar a intensidade sísmica recorre-se à utilização da escala de Mercalli modificada. Por outro lado, a sismicidade pode ser indicada também através da magnitude sísmica, pelo que se recorre à utilização da escala de Richter. No que se refere ao Concelho de Castanheira de Pera, este encontra-se numa zona de transição cuja intensidade sísmica máxima é de grau 6, em praticamente toda a extensão do seu território, sendo de grau 7 na pequena parte Sul. Relativamente à sismicidade histórica, o Concelho de Castanheira de Pera insere-se também numa zona de transição, sendo que a maior parte do seu território, a Sul, apresenta uma intensidade máxima de grau 8, verificando-se a Norte, em área de menor dimensão, uma intensidade máxima de grau 7. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 181

183 Figura Sismicidade Histórica. Isossistas de Intensidades Máximas. Escala de Mercalli Modificada no concelho de Castanheira de Pera (Relatório Sectorial Sistema Biofísico, 2015) (Fonte: Instituto de Meteorologia, Atlas do Ambiente. Direção-Geral do Ambiente. Instituto do Ambiente.) Desta forma, a sismicidade no território de Castanheira de Pera apresenta intensidades que variam entre (Relatório de Caracterização Biofísica, 2015): Grau 6 (bastante forte) Sentido por todas as pessoas. Provoca o início do pânico nas populações. As loiças e vidros das janelas partem-se. Objetos ornamentais, livros, etc., caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam. As árvores e arbustos são visivelmente agitados. Produzem-se leves danos nas habitações. Grau 7 (muito forte) É difícil permanecer de pé. Os objetos pendurados tremem. As mobílias partem. As chaminés fracas partem ao nível do terço superior. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, parapeitos soltos e ornamentos arquitetónicos. Há estragos limitados em edifícios de boa construção, mas importantes e generalizados nas m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 182

184 construções mais fortes. Facilmente percetível pelos condutores de automóveis. Desencadeia pânico geral nas populações. Grau 8 (ruinoso) Afeta a condução dos automóveis. Torção e queda de chaminés, monumentos, torres e reservatórios elevados. Danos acentuados em construções sólidas. Os edifícios de muito boa construção sofrem alguns danos. Fraturas no chão húmido e nas vertentes escarpadas. Análise SWOT A análise SWOT, apresentada de seguida, pretende traçar o diagnóstico geral e o resumo das caraterísticas ambientais e das tendências existentes ao nível do concelho de Castanheira de Pera no que se refere ao FCD - Riscos Ambientais. A análise SWOT toma como referência todo o território municipal e identifica as tendências de evolução provável no cenário de não implementação da proposta de revisão do PDM. Quadro Análise SWOT no âmbito do FCD Riscos Ambientais Forças Fraquezas Grande variedade de paisagens: montanha, floresta, cursos de água, praias fluviais, albufeiras Áreas naturais de elevado valor ambiental com forte diversidade ecológica e paisagística valorizada pela Serra da Lousã, as Albufeiras do Cabril e de Castelo de Bode, o Rio Zêzere, as Ribeiras de Alge, de Pera, de Mega. Plano Intermunicipal da Floresta (PEFICA) Existência de um Plano Municipal de Emergência do concelho Grande dinâmica de investimento nos espaços florestais Oportunidades Aplicação do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios Aplicação do Plano de Emergência Municipal Potencial para o recreio nos espaços florestais e com grande interesse paisagístico com a existência de atividades de recreio Elevado potencial produtivo para o desenvolvimento de floresta de folhosas autóctone; potencial para a exploração de produtos não-lenhosos Floresta: recurso natural importante e principal fonte de receitas Recuperação e valorização paisagística dos vales e linhas de água Território com extensa mancha florestal Alto risco de incêndios florestais Dispersão do tecido industrial Aumento da área impermeabilizada Condicionantes várias com elevada presença no concelho Elevado risco de erosão, em virtude da zona montanhosa, com classes de declives entre 11 e 20% Ameaças Floresta promíscua: mistura de diferentes tempos e espaços; pinheiro bravo, eucalipto, acácias Abandono das zonas mais periféricas e isoladas, e das atividades tradicionais, da vigilância e cuidados ativos / passivos dos solos agrícolas e florestais, pela concentração nos núcleos mais urbanos Risco de incêndio, florestal e industrial Risco de acidentes industriais, como explosão e derrames Risco de inundação e cheia Risco de erosão Risco de sismo m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 183

185 ANÁLISE DE TENDÊNCIAS AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera A realização da análise de tendências atende à evolução provável prevista para o território na ausência da proposta de elaboração, alteração e/ou revisão de um qualquer plano ou programa que esteja sujeito à AAE, sendo um processo decorrente do estabelecido na alínea b, n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio). Na ausência da implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, e mantendo-se as estratégias e políticas já estabelecidas, não se prevêem alterações significativas relativamente à tendência caracterizada na situação de referência ao nível dos diversos domínios de avaliação analisados. O quadro que se segue apresenta um resumo da tendência de evolução de cada indicador, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM. Quadro Avaliação da tendência de evolução de cada indicador do FCD Riscos Ambientais, na ausência de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera FCD Domínio Critério de avaliação Indicadores Tendência de evolução sem PDM Grau de risco de incêndios Recursos florestais Risco de incêndio Área ardida Edifícios e estado de Número de ocorrências de conservação incêndio (florestal e em Riscos Ambientais Incêndio Cheias Meios de prevenção e socorro Estratégias de minimização de ocorrência de incêndios edifícios) Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a incêndios Número de ações/programas previsto nos Eixos Estratégicos do PMDFCI cumpridos Situação climatológica Precipitação n.a.* Grau de impermeabilização Área impermeabilizada Uso do solo em zonas Efeitos da ocorrência de cheias e inundações sobre bens materiais inundáveis Edifícios sensíveis em áreas de risco de cheia/inundação Zonas densamente povoadas Situações de cheias ou inundação Ocorrência de cheias Áreas inundadas Erosão Aumentar os níveis de proteção do solo Manter e recuperar processos ecológicos chave Uso do solo Topografia Minimizar a ocorrência de acidentes geomorfológicos Número de eventos de erosão Acidentes Industriais Grau de impermeabilização afeto a espaço industrial Área do concelho ocupada por espaço industrial Sismicidade Ocorrência de sismo Intensidade sísmica do concelho n.a.* m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 184

186 FCD Domínio Critério de avaliação Indicadores Ações de sensibilização/divulgação sobre procedimentos de atuação face à ocorrência de sismos - Indicador evolui de forma positiva (relativamente a situação de referência) - Indicador não apresenta alteração (relativamente à situação de referência) - Indicador evolui de forma negativa (relativamente à situação de referência) * n.a.- não aplicável Tendência de evolução sem PDM Efeitos esperados da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e os indicadores definidos para o Fator Crítico para a Decisão Riscos Ambientais A análise dos efeitos esperados pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera será efetuada tendo por base os efeitos significativos das opções estratégicas (e objetivos estratégicos correspondentes) assumidas pela proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. Assim, as opções estratégicas e respetivos objetivos da proposta de revisão do PDM em análise podem consubstanciar diferentes contributos ou conflitos ao nível dos elementos caracterizados pelos indicadores selecionados para a análise do FCD Riscos Ambientais. No quadro seguinte apresentam-se os resultados desta análise. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 185

187 Quadro Efeitos esperados negativos e positivos identificados para os indicadores definidos no âmbito do FCD Riscos Ambientais Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos Grau de risco de incêndios n.a.* Incêndio Área ardida Número de ocorrências de incêndio (florestal e em edifícios) Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a incêndios Levantamento dos edifícios de categoria de risco 3 e 4 do RJ- SCIE Número de ações/programas previstos nos Eixos Estratégicos do PMDFCI de Castanheira de Pera cumpridos A proposta de revisão do PDM assume princípios e objetivos de sustentabilidade bem como de preservação e manutenção da qualidade do espaço natural que integra o território. A componente florestal, sendo um importante valor natural deve ser conservada, sendo tal aspeto umas das preocupações expressas pela revisão do PDM. Deste modo, os efeitos esperados para os indicadores apresentados são positivos e significativos. Não sendo apontadas orientações específicas que respondam ao indicador apresentado, em virtude das suas funções e intervenção na sociedade e no território, espera-se um efeito positivo significativo na medida em que a segurança pública deverá ser mantida e os meios de prevenção e combate à ocorrência de incêndios deverão satisfazer o cumprimento do estabelecido no PMDFCI bem como no PME. Não existe uma orientação específica que vise a concretização deste indicador, no entanto, decorrente das ações e responsabilidades da autarquia, bem como das opções estratégicas que visam a qualificação urbana, é espectável que sejam planeados e desenvolvidos diagnósticos de reconhecimento por forma a definir programas de atuação direcionados para as necessidades. Assim, pese embora não de forma direta, a proposta do plano permitirá contribuir de forma positiva para o cumprimento deste indicador. Espera-se que as ações que até então têm vindo a ser desenvolvidas pela autarquia neste domínio tenham uma continuidade, resultando numa maior consciencialização dos cidadãos no que se refere às questões relacionadas com a temática dos incêndios bem como uma maior colaboração aquando da ocorrência de incêndios. Deste modo, considera-se que o efeito é positivo e significativo. Cheias Precipitação n.a.* m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 186

188 Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos Área impermeabilizada - É de esperar que se verifique um aumento da área impermeabilizada no concelho, fruto do desenvolvimento económico e social que se pretende alcançar, sendo para tal necessário, em grande parte dos casos, promover a edificação em novos espaços. Inevitavelmente, este facto alterará as funções naturais do solo, diminuindo a sua capacidade de infiltração e promovendo o escoamento superficial. Sendo assim, considera-se que o efeito esperado é significativo mas não relevante. Uso do solo em zonas O concelho de Castanheira de Pera é atravessado pela Ribeira inundáveis de Pera, a qual atravessa a vila. Assim, em áreas contíguas a - Edifícios sensíveis em áreas de espaço residencial, em situação de evento extremo, risco de cheia/inundação considera-se que os efeitos poderão ser significativos sobre pessoas e bens. Deste modo, importa que as ações de limpeza e manutenção nestas áreas possuam uma rotina e que sejam Zonas densamente povoadas - efetivamente executadas (limpeza das sarjetas ou desobstrução de canais de drenagem) por forma a que os efeitos sejam minimizados. Acidentes Industriais Medidas de defesa contra risco de cheia implementadas Ocorrência de cheias Áreas inundadas Número de ocorrências de derrame A proposta de revisão do PDM visa prevenir e minimizar riscos ambientais, situação que favorecerá o acompanhamento do indicador apresentado. Ainda, e sendo também objetivo o estabelecimento de equilíbrios entre o sistema biofísico, e naturalmente as suas condicionantes, com o desenvolvimento económico e social, serão de esperar que sejam desenvolvidas ações que visem a minimização dos efeitos face à ocorrência de cheias/inundação. Desta forma, o efeito sobre este indicador será positivo e significativo. Espera-se que os efeitos ao nível dos indicadores apresentados sejam positivos e significativos, resultado das regras de ordenamento do território impostas pela revisão do PDM. É, no entanto, de todo impossível prever se face à ocorrência de eventos extremos imprevisíveis, estas serão o garante da segurança total de bens e pessoas. As indústrias a instalar futuramente no concelho serão alocadas na UOPG do Dórdio, a qual se rege por princípios de Pese embora a instalação de futuras indústrias se venha a localizar em espaços próprios, em caso de ocorrência de m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 187

189 Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos sustentabilidade ambiental e eco-eficiência dando cumprimento ao objetivo de promoção do desenvolvimento económico amigo Área de terreno afetada em e respeitador do ambiente. Deste modo, é de prever que também resultado de ocorrência de os mecanismos de gestão de acidentes industriais destas áreas derrame permitam uma redução destas ocorrências, pelo que se considera que o efeito é positivo e significativo. Erosão Número de ocorrências de explosão Área do concelho ocupada por espaço industrial Uso do solo em área com risco de erosão Topografia Elaboração de cartografia de risco - A proposta de revisão do PDM não prevê o desenvolvimento de atividades urbanísticas em áreas com risco de erosão, pelo que o indicador sofrerá um efeito positivo. Estas áreas estão em solos com usos florestal, na sua maioria, pelo que assumem especial interesse as atividades de reflorestação e minimização da ocorrência de incêndios florestais como forma de minimizar, de forma indireta, a ocorrência de erosão. Para tal, o PMDFCI assume-se como um instrumento de valor para que os efeitos sobre o indicador sejam positivos. n.a.* A proposta de revisão do PDM não apresenta nenhum objetivo específico que vise a concretização do indicador apresentado, no entanto, atendendo aos meios atualmente disponíveis para gestão do território bem como às responsabilidades e atribuições da autarquia, é de esperar que sejam definidas ações que levem à elaboração de cartografia de risco específica. Não havendo uma relação direta entre os objetivos da proposta de revisão do PDM e o indicador, considera-se, no entanto, que o efeito será positivo quando forem desenvolvidos os mecanismos de responsabilidade da autarquia no que concerne às atividades ligadas à proteção acidentes de maior gravidade e dimensão/expansão, o efeito poderá ser negativo e significativo em resultado das caraterísticas de um território com extensa predominância de áreas de máxima infiltração. Este facto poderá levar a que grandes derrames venham a contaminar, para além do solo, as águas subterrâneas. - O concelho conta com uma dispersão do tecido industrial pelo que será criada uma UOPG para instalação de futuras indústrias. Assim, e no que diz respeito à ocupação do solo, a proposta de revisão do PDM prevê um aumento da área ocupada por espaço industrial. Este indicador terá um efeito negativo uma vez que haverá uma alteração das funções básicas do solo. - - m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 188

190 Domínios Indicadores Efeitos esperados positivos Efeitos esperados negativos civil. Números de eventos de erosão Espera-se que os efeitos ao nível do indicador apresentado sejam positivos e significativos, resultado das regras de ordenamento do território impostas pela revisão do PDM. É, no entanto, de todo impossível prever se face à ocorrência de eventos extremos imprevisíveis, estas serão o garante da segurança total de bens e pessoas. - Não estando previstas ações específicas que permitam assumir o cumprimento deste indicador, a própria implementação do Medidas de contenção face à estabelecido no PDM e PMDFCI assumirá esta função, podendo ocorrência de erosão vir a ser definidas outras medidas em função das características e - necessidades do território, facto que permite inferir sobre um efeito positivo. Sismicidade Intensidade sísmica do concelho Elaboração de cartografia de risco sísmico do concelho Ações de sensibilização/divulgação sobre os procedimentos de atuação face à ocorrência de sismos n.a.* A proposta de revisão do PDM não tem apresenta nenhum objetivo específico que vise a concretização do indicador apresentado, no entanto, atendendo aos meios atualmente disponíveis para gestão do território bem como às responsabilidades e atribuições da autarquia, é de esperar que sejam definidas ações que levem à elaboração de cartografia de risco específica. Não havendo uma relação direta entre os objetivos da proposta de revisão do PDM e o indicador, considera-se, no entanto, que o efeito será positivo quando forem desenvolvidos os mecanismos de responsabilidade da autarquia no que concerne às atividades ligadas à proteção civil. É de esperar que as campanhas desenvolvidas pela Proteção Civil ao nível da sensibilização e divulgação, bem como de preparação para a ocorrência destes eventos se desenvolvam, considerando-se que existe um maior conhecimento dos procedimentos face à ocorrência de sismos e por conseguinte uma melhoria dos meios e mecanismos de atuação bem como de participação da população. Por este facto considera-se que os efeitos do indicador serão positivos e significativos. (-) Não são esperados efeitos positivos/negativos resultantes do processo de revisão do PDM de Castanheira de Pera sobre o indicador - - m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 189

191 Análise da relação entre as opções estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e os objetivos de sustentabilidade do Quadro de Referência Estratégico Com o intuito de avaliar a importância deste FCD e a forma como este contribui para o cumprimento do estabelecido no Quadro de Referência Estratégico em termos de sustentabilidade, apresentam-se no quadro seguinte os resultados da análise efetuada sobre esta relação. Os resultados reportam-se apenas aos objetivos sobre os quais se verifica um efeito positivo (+) ou negativo (-). Importa desde já mencionar que, aquando da definição dos objetivos da revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, foram desde logo tidos em consideração critérios de sustentabilidade ambiental, estando prevista a integração de medidas ambientais na concretização dos mesmos, nomeadamente nas opções estratégicas Organização Espacial e Requalificação Urbana, Desenvolvimento Socio-Económico e Competitividade e Preservação e Valorização Natural e Cultural. Desta forma, é de esperar uma contribuição francamente positiva no cumprimento dos objetivos dos planos e referenciais estratégicos com aplicação na área de intervenção do PDM de Castanheira de Pera em revisão. Refere-se ainda que, resultado de um maior conhecimento do território e dos objetivos da proposta de revisão do plano, se considera importante a introdução do PME como instrumento de referência no domínio de avaliação da ocorrência de riscos ambientais. Sendo assim, colmata-se esta lacuna e a análise que se segue já integra os objetivos daquele instrumento. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 190

192 Quadro Contribuição da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera para o alcance dos objetivos de sustentabilidade do QRE, no âmbito do FCD Riscos Ambientais QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Riscos Ambientais Plano Nacional da Política de Ordenamento Territorial Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos + A revisão do PDM de Castanheira de Pera contribuirá para a promoção deste objetivo através da concretização dos objetivos expressos na opção estratégica Preservação e valorização natural e cultural, nomeadamente o que atende à prevenção da degradação ambiental e minimização das vulnerabilidades do território, estando estas associadas quer ao espaço florestal quer à rede hidrográfica. Sobre este aspeto, destacam-se ainda os artigos do Regulamento da revisão do PDM, os quais vinculam obrigações de gestão do espaço florestal em áreas da Rede Natura 2000 e condicionalismos à edificação e regras de florestação. Também a opção estratégica que visa a Organização Espacial e Requalificação Urbana, na implementação do objetivo Promover a sustentabilidade do território com base nos recursos territoriais, ambientais e sinergias existentes contribuirá para a concretização deste objetivo. Ressalva-se que no domínio das suas responsabilidades de proteção civil a autarquia deve prevenir também a ocorrência de riscos. Ainda no domínio dos riscos ambientais, devem ainda considerar-se as orientações expostas nas diretrizes de seguimento, que contemplam a prevenção, monitorização e acompanhamento dos riscos ambientais. Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável Economia sustentável, competitiva e orientada para as atividades do futuro Gestão eficiente e preventiva do ambiente e do património natural + + O cumprimento do objetivo Promover um desenvolvimento sustentado de Espaços Industriais/Armazenagem, Serviços e Logística, de vertente intermunicipal expresso na opção estratégica Desenvolvimento Sócio- Económico e Competitividade contribuirá para a prossecução deste objetivo. A integração de modelos de gestão mais sustentável contribuirá para o desenvolvimento de uma economia também mais sustentável dado que serão considerados critérios ambientais e de risco aquando da avaliação económica das atividades. A alocação de atividades económicas num espaço próprio levará a que estas se rejam por princípios de gestão mais eficiente e mais amiga do ambiente, desenvolvendo-se assim uma economia sustentável e com maior margem de competição. O cumprimento das opções estratégicas do plano, sem exceção, contribuirá para dar cumprimento a este objetivo. As diferentes vertentes ambientais estão consideradas em todas as opções estratégicas definidas e atende-se assim a uma gestão mas efetiva do ambiente e do património. Em estreita relação com o FCD Riscos Ambientais destacam-se as questões associadas à gestão e proteção florestal e contra incêndio bem como à gestão da ocorrência de acidentes industriais vinculada por instrumentos municipais específicos (PMDFCI e PME). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 191

193 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Riscos Ambientais Plano Nacional de Alterações Climáticas Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde Plano Estratégico para o Desenvolvim ento Rural Reforçar a monitorização nos diversos setores e alargar o esforço de cumprimento do Protocolo de Quioto, através de medidas nos setores não abrangidos pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão Acautelar que os diversos setores desenvolvam um esforço de monitorização apertado de modo a garantir a execução das diferentes medidas Intervir ao nível dos fatores ambientais para promover a saúde da pessoa e das comunidades a eles expostos Promover a adequação de políticas e a comunicação do risco Aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal Não havendo um objetivo estratégico da proposta de revisão do PDM que permita responder a este objetivo em específico, salienta-se que a atual revisão se rege pelos instrumentos de gestão ambiental em aplicação e que, de forma indireta, o objetivo que visa Promover um desenvolvimento sustentado de Espaços Industriais/Armazenagem, Serviços e Logística, de vertente intermunicipal contribuirá para o alcance dos objetivos. Desta forma, salvaguardar-se-á a avaliação dos impactes ambientais bem como a minimização dos mesmos, sendo a componente atmosférica um dos fatores de análise. Assume neste contexto, especial importância a alocação das indústrias nos devidos espaços industriais, sendo que a sua implantação neste espaço as obriga ao cumprimento de regras e padrões ambientais e de sustentabilidade que permitirão a melhoria da qualidade ambiental não só no parque como também no concelho. Dever-se-á ainda atender às diretrizes de seguimento e às necessidades de monitorização e acompanhamento dos fatores identificados como promotores de riscos ambientais, nomeadamente no que se refere à possibilidade de incêndio. Sendo adotado um modelo de gestão mais sustentável nos diversos domínios ambientais, como é expresso nas opções e nos objetivos estratégicos da revisão do PDM, e adotadas as diretrizes de seguimento propostas, a proposta de revisão do PDM tenderá a responder a este objetivo dado que deverá salvaguardar os fatores ambientais e minimizar a ocorrência de riscos. Não se verificam quaisquer relações entre as opções ou objetivos estabelecidos, nem no Regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera, que permitam afirmar que existirá uma contribuição para o cumprimento deste objetivo no âmbito do FCD - Riscos Ambientais. Ao nível do município existem outros instrumentos, como sejam o PMDFCI de Castanheira de Pera e o PME os quais integram medidas de sensibilização e informação à população, devendo assim dar-se cumprimento ao neles estabelecido de forma a colmatar esta lacuna. Destacase ainda a necessidade de uma maior promoção da participação e envolvimento dos cidadãos nos domínios da informação e da tomada de decisão. Este objetivo, em específico para o setor florestal, será alcançado pelo plano na medida em que o desenvolvimento e dinamização deste setor são claramente um objetivo estratégico para o desenvolvimento do território. Tal compatibiliza-se com o cumprimento da opção estratégica Desenvolvimento Socio-Económico e Competitividade nomeadamente no cumprimento do seu objetivo que visa Promover a rentabilização e ordenamento florestal. Para o setor agrícola, o cumprimento deste objetivo não é direto uma vez que não se verifica nenhum objetivo específico que atenda ao aumento da competitividade deste setor. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 192

194 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Riscos Ambientais Plano Nacional da Água Proposta para a Estratégia de Proteção dos Solos Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais Proteção, conservação e requalificação dos meios hídricos e dos ecossistemas associados Prevenir uma maior degradação do solo e preservar as suas funções nas situações em que o solo é utilizado e as suas funções são exploradas, sendo, portanto, necessário tomar medidas relativas aos modelos de utilização e gestão de solos Prevenir uma maior degradação do solo e preservar as suas funções nas situações em que o solo funciona como sumidouro/recetor dos efeitos de atividades humanas ou fenómenos ambientais, sendo necessário tomar medidas na fonte O Plano prevê a conservação dos espaços naturais bem como a promoção de arranjos paisagísticos, os quais contribuirão para dar cumprimento a este objetivo. Este objetivo será atingido com a implementação do expresso na opção estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural. A implementação do Plano contribuirá para o cumprimento deste objetivo desde que sejam tidas em consideração as medidas de prevenção e minimização propostas face à probabilidade de ocorrência de eventos de risco ambiental. O cumprimento deste objetivo será assegurado pela prossecução dos objetivos estratégicos da revisão do PDM que visa Proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recursos naturais o qual se integra na opção estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural. Desta forma, conseguir-se-á compatibilizar as intervenções no território, com a proteção dos recursos hídricos existentes bem como com a minimização das ocorrências de eventos de riscos. Destaca-se ainda o Regulamento da proposta de revisão do PDM como um importante instrumento de gestão territorial o qual impõe restrições à utilização de zonas inundáveis. Qualquer ação/atividade sobre o solo tem um impacte negativo uma vez que este deixa de conseguir realizar as suas funções naturais. No presente caso verifica-se a preocupação de minimização destes efeitos a qual será conseguida concretizando os diferentes objetivos estratégicos definidos bem como o estabelecido no Regulamento da Revisão do PDM de Castanheira de Pera. Mesmo assim, face às funções naturais, bem como às caraterísticas e condicionantes presentes no território (extensa área ameaçada por cheia, zonas de máxima infiltração), considera-se que os efeitos negativos se sobrepõem às medidas previstas. No entanto, o território já se encontra intervencionado e é impossível deslocalizar na totalidade atividades e funções humanas já estabelecidas de longa data, pelo que a preocupação demonstrada para a realização das atividades futuras é já um reflexo de consciencialização de erros passados pretendendo a mitigação dos efeitos das actuais ações. Sendo assim, peso embora se verifique um efeito negativo no solo resultado das atividades humanas preconizadas, o articulado do Regulamento contribuirá para minimizar os efeitos que venham a ser gerados. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 193

195 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Riscos Ambientais Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte A concretização das opções constantes dos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional, no respeito pelos princípios gerais da coesão, da equidade, da competitividade, da sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território A proteção, valorização e gestão sustentável dos recursos hídricos e florestais Definir orientações e propor medidas para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes Promover e garantir um desenvolvimento sustentável dos espaços florestais Potenciar a contribuição dos recursos florestais na fixação das populações ao meio rural Dar-se-á cumprimento aos objetivos apresentados na medida em que a revisão do PDM de Castanheira de Pera em análise atende a princípios de sustentabilidade ambiental nos diversos domínios de intervenção. Destacamse dos objetivos expressos na opção estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural, nomeadamente o que atende à valorização do património natural estando esta associada ao espaço florestal e à rede hidrográfica. Sobre este aspeto, destaca-se ainda o Regulamento da proposta de revisão do PDM, os quais vinculam obrigações de gestão do espaço florestal, condicionalismos à edificação e regras de florestação. Também a opção estratégica que visa o Desenvolvimento Sócio-Económico e Competitividade, na implementação do objetivo Promover um desenvolvimento sustentado de Espaços Industriais/Armazenagem, Serviços e Logística de vertente intermunicipal contribuirá para a concretização deste objetivo dado que pretende a atração de atividades económicas à UOPG a instalar. Ainda no domínio dos riscos ambientais, devem considerar-se as orientações expostas nas diretrizes de seguimento, que contemplam a prevenção, monitorização e acompanhamento dos riscos ambientais. Desta forma contribuir-se-á para a prossecução da proteção e valorização dos recursos naturais (hídricos, florestais e outros), nomeadamente na gestão do risco de incêndio e inundação. O cumprimento deste objetivo não é direto uma vez que não se verifica nenhum objetivo específico que atenda à definição de medidas específicas para o setor. No entanto, resultado do património florestal presente no concelho e dos objetivos de valorização do património natural, considera-se que por esta via o objetivo será cumprido. Decorrente do cumprimento do estabelecido na opção estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural considera-se que dar-se á cumprimento ao presente objetivo. Destaca-se o Regulamento da revisão do PDM, o qual vincula obrigações de gestão do espaço florestal, condicionalismos à edificação e regras de florestação. Salienta-se que, sendo o PDM um instrumento de ordenamento do território, e dado que na atual revisão do PDM de Castanheira de Pera se integram questões que atendem à gestão do espaço florestal, o presente objetivo estará assegurado. A referir ainda o PMDFCI de Castanheira de Pera como o instrumento de gestão territorial neste domínio e que não sendo âmbito especifico da revisão do PDM integra as responsabilidades da autarquia no que se refere à gestão florestal, pelo que este objetivo será sempre cumprido. A prossecução destes objetivos será alcançada visto que a revisão do PDM de Castanheira de Pera em análise integra no seu objetivo estratégico Promover a sustentabilidade do território com base nos recursos territoriais, ambientais e sinergias existentes atendendo-se assim à adoção de um modelo de gestão sustentável e à integração dos princípios de sustentabilidade ambiental do espaço florestal do concelho. Refere-se ainda o PMDFCI de Castanheira de Pera como um importante instrumento municipal na gestão florestal, sobretudo na sua preservação e conservação. Desta forma, o município dará cumprimento a estes objetivos na medida em que conservando e preservando o m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 194

196 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Riscos Ambientais Otimização funcional dos espaços florestais assente no aproveitamento das suas potencialidades Prevenção de potenciais constrangimentos e problemas Eliminar as vulnerabilidades dos espaços florestais espaço florestal permitirá que este esteja disponível para usufruto das suas funções. Decorrente do cumprimento do estabelecido na opção estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural, nos objetivos que atendem a Proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recursos naturais bem como Prevenir e minimizar riscos ambientais contribuir-se-á para a prossecução destes objetivos. Para além da proposta de revisão do PDM, será também tida em consideração a componente florestal, sendo esta monitorizada pela aplicação do PMDFCI de Castanheira de Pera e sujeita a regras de minimização dos efeitos da implantação do plano sobre estes valores. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Rio Tejo Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Castanheira de Pera Gestão de riscos e valorização do Domínio Hídrico - Assegurar uma gestão integrada do domínio hídrico, procedendo à prevenção e mitigação dos efeitos provocados por riscos naturais ou antropogénicos, com especial enfoque para as cheias, secas e poluição acidental. Aumentar a resiliência do território aos Incêndios Florestais Reduzir a incidência dos incêndios Melhorar a eficácia e a eficiência do ataque e da gestão dos incêndios A revisão do PDM de Castanheira de Pera é suportada pela opção estratégica que visa a Preservação e Valorização Natural e Cultural. Esta opção integra um conjunto de objetivos estratégicos que visam a preservação das condições naturais sendo de destacar aqui os seguintes objetivos estratégicos Proteger, conservar e valorizar a paisagem e os recurso naturais e Prevenir e minimizar riscos ambientais. O cumprimento destes objetivos permitirá dar cumprimento ao objetivo de sustentabilidade. Conseguir-se-á, assim, compatibilizar as intervenções no território, com a proteção dos recursos hídricos existentes bem como com a minimização das ocorrências de eventos de riscos, nomeadamente, de inundações. A prossecução destes objetivos será alcançada visto que a revisão do PDM em análise integra um objetivo específico que atende à valorização do património natural, o qual se integra na opção estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural. No Regulamento que suporta a atual revisão de PDM são também expressos princípios de gestão do espaço natural. Refere-se o cumprimento do estabelecido no PMDFCI de Castanheira de Pera bem como para outras medidas definidas pelo Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndio. Desta forma, será tida em consideração a componente florestal, sendo esta monitorizada pela aplicação das ações estabelecidas no PMDFCI de Castanheira de Pera, bem como assegurada a execução e manutenção das faixas de gestão de combustível, complementada por uma gestão mais eficaz dos espaços florestais envolventes. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 195

197 QRE Objetivos de Sustentabilidade Efeito FCD Riscos Ambientais Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Castanheira de Pera Promoção da informação das populações através de ações de sensibilização, tendo em vista a sua preparação, a assunção de uma cultura de autoproteção e o entrosamento na estrutura de resposta a emergência. Diminuição da perda de vidas e bens, atenuando ou limitando os efeitos de acidentes graves ou catástrofes e restabelecimento o mais rapidamente possível, das condições mínimas de normalidade. - + Não se verificam quaisquer relações entre as opções ou objetivos estabelecidos, nem no Regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera, que permitam afirmar que existirá uma contribuição para o cumprimento deste objetivo no âmbito do FCD- Riscos Ambientais. No entanto, o PME em si, integra medidas de sensibilização e informação à população, devendo assim dar-se cumprimento ao nele estabelecido de forma a colmatar esta lacuna. Destaca-se ainda a necessidade de uma maior promoção da participação e envolvimento dos cidadãos nos domínios da informação e da tomada de decisão. Sendo adotado um modelo de gestão mais sustentável nos diversos domínios ambientais, como é expresso nas opções e nos objetivos estratégicos da revisão do PDM, nomeadamente na Opção Estratégica Preservação e Valorização Natural e Cultural e adotadas as diretrizes de seguimento propostas, a proposta de revisão do PDM tenderá a responder a este objetivo dado que deverá salvaguardar os fatores ambientais, minimizar a ocorrência de riscos e assim diminuir a perda de vidas e bens. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 196

198 A análise do quadro anterior permite verificar que os objetivos estratégicos inerentes à proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera terão uma contribuição positiva para o alcance dos objetivos estratégicos dos instrumentos definidos no QRE, no que diz respeito ao FCD Riscos Ambientais. Refere-se, no entanto, que no caso do cumprimento dos objetivos do PNAAS e da PEPS se verificam conflitos com a implementação da revisão do PDM de Castanheira de Pera. No primeiro caso por inexistência de objetivos na revisão do atual plano que atendam à comunicação do risco e no segundo por conflitos inerentes às alterações das funções naturais do solo. Salienta-se, mesmo assim, que o plano procura minimizar os efeitos decorrentes destas situações. Destaca-se ainda o Regulamento da proposta de revisão do Plano, como um instrumento que integra questões de sustentabilidade, nomeadamente no que se refere ao domínio dos riscos ambientais, obrigando ao cumprimento de determinadas medidas que garantam a gestão e sustentabilidade ambiental das ações previstas para a área de intervenção afeta à proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. O seu cumprimento contribuirá de forma direta para a redução da ocorrência de riscos na fase de execução do Plano por via da consagração de medidas de prevenção da degradação ambiental. Sendo assim, embora os objetivos estratégicos do plano não pressuponham a minimização dos riscos ambientais, estes acabam por estar incluídos, direta ou indiretamente, por via da sustentabilidade ambiental e decorrendo do cumprimento da legislação ambiental específica. Um aspeto menos positivo diz respeito ao facto de não ter sido possível fazer qualquer tipo de relação entre as opções e objetivos estratégicos e Regulamento da revisão do PDM de Castanheira de Pera com o domínio Sismicidade definido no FCD Riscos Ambientais. Considera-se que este estaria associado à comunicação do risco, que não é estabelecida com o PNAAS pois estamos perante um risco natural que dificilmente poderá ter algum controlo por parte do Homem. Neste sentido, importa realçar as funções da Proteção Civil Municipal, que vão para além dos objetivos da revisão do PDM de Castanheira de Pera, e que têm em permanência o dever de informar os cidadãos como actuar em caso de ocorrência destes eventos. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 197

199 Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Com a proposta de revisão do PDM em análise, pretende-se organizar o espaço atendendo aos objetivos estratégicos de desenvolvimento, conservação e preservação dos recursos bem como de gestão territorial, promovendo um Concelho sustentável e de qualidade. Para o FCD Riscos Ambientais, e para a concretização da presente proposta de revisão ao PDM, estudaram-se as oportunidades e as ameaças decorrentes das possíveis alterações que o Plano permitirá concretizar no território. Pretende-se desta forma analisar os aspetos mais positivos bem como os negativos em resultado da revisão do PDM, como se apresenta no quadro seguinte. Quadro Oportunidades e Ameaças da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera no que respeita ao FCD Riscos Ambientais Oportunidades Ameaças Risco de incêndio florestal e sobre património Criação de novos pólos de desenvolvimento edificado por ação antrópica económico com um aumento da competitividade do Em consequência do ponto anterior, redução da concelho capacidade e dos índices de sumidouro de carbono Adoção de boas práticas ambientais em todas as Possibilidade de ocorrência de cheia/inundação fases de construção, exploração e desativação das face às caraterísticas do território em análise unidades industriais a instalar Mobilização dos solos face à implementação de Desenvolvimento de uma economia mais novos projetos sustentável Risco de erosão dos solos em consequência da Preservação e valorização da floresta ocorrência de incêndios Preservação da componente florestal e garantia Risco de derrame e explosão em consequência das caraterísticas locais das atividades a instalar na UOPG e da gestão da Recuperação e valorização paisagística das mesma bem como de outras unidades industriais linhas de água como objetivo de potenciar o setor dispersas no concelho turístico Risco de ocorrência de sismo A presente proposta de revisão do PDM pretende uma valorização do território em estudo através da melhoria das condições económicas e sociais, do reordenamento do espaço e suas infra-estruturas bem como da promoção das suas caraterísticas naturais e paisagísticas como vetor de desenvolvimento turístico e aumento da competitividade na região. Esta proposta de revisão do PDM dará suporte à criação de novas zonas empresariais e industriais, que se pretendem que promovam o desenvolvimento económico e social da região, e que aumentem a competitividade daquele território. A implantação destes novos pólos empresariais atrairá novos investimentos e criará, consequentemente, um aumento das oportunidades de emprego bem como da diversidade da oferta laboral, facto que incentivará a fixação das populações e estimulará a economia do concelho. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 198

200 No entanto, e resultado das caraterísticas biofísicas do concelho, importa analisar cada uma das condicionantes e perceber qual o efeito do plano nas mesmas. As condicionantes associadas ao risco de incêndio e à probabilidade de ocorrência de cheias deverão ser alvo de acompanhamento adequado e monitorização para fazer face à probabilidade de degradação do ambiente natural. A implantação de novas estruturas ou equipamentos deverá ter em conta estas condicionantes naturais como forma de minimizar os efeitos das ações e a aumentar a conservação e preservação dos recursos, bem como servir de vetores de ordenamento no território naquela região. As ações previstas prevêem uma conservação e valorização dos valores naturais do território, dentro dos quais a componente florestal. No entanto, existem riscos associados, como sejam o de incêndio. Esta possibilidade acarretará destruição da biodiversidade bem como efeitos ao nível económico e social. Em consequência da ocorrência de incêndios também se registará uma degradação ao nível dos solos e das suas caraterísticas. Na sequência destes eventos de incêndios florestais a dimensão da floresta sofrerá uma redução, facto que contribuirá para uma redução das quantidades de carbono capturadas, o que irá interferir com o equilíbrio entre emissão e captura de CO 2. Estando hoje todas as regiões prementes em virtude dos cenários de emissão de gases com efeito de estufa e das suas consequências, este aspeto torna-se essencial e serve como vetor de atuação face à prevenção de todas estas situações de risco. Todas as medidas de prevenção de incêndio devem ser estudadas e implementado um plano de prevenção e emergência face ao incêndio, com soluções de contingência em virtude de cenários distintos. Ainda a referir que a implantação de novas estruturas ou equipamentos deverá ter em conta este risco e deverá atender ao estabelecido nos instrumentos com influências neste domínio como forma de minimizar os efeitos das ações e aumentar a conservação e preservação dos recursos, bem como servir de vetores de ordenamento no território naquela região. Salienta-se neste contexto o PMDFCI de Castanheira de Peras como um instrumento de gestão territorial no âmbito da preservação da floresta, nomeadamente nos seus elementos da Carta de Risco e das linhas orientadoras para a execução e manutenção das faixas de gestão de combustível aquando da intenção de execução de um qualquer projeto. Outras medidas podem ser tomadas na prevenção de incêndios como manter certas áreas sem árvores (em zonas mais sensíveis) e optar por usar espécies que são mais resistentes aos fogos (e.g. bétola, carvalho roble) na envolvente das populações aquando da florestação. Um fator importante a considerar é a necessidade de sensibilizar, informar e controlar as populações acerca das espécies de árvores que podem e/ou devem plantar nos seus terrenos de forma a obter um esquema contra incêndios mais amplo (considerando toda a área florestada como um todo) e eficaz. Desta forma pode controlar-se a crescente exploração dos eucaliptos incentivando-se o cultivo de outras espécies, que possam estar em risco de extinção, recuperando as espécies m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 199

201 naturais dos locais e ao mesmo tempo formar descontinuidades que previnem a rápida propagação dos incêndios. Deve ter-se em conta o valor da floresta dado a sua grande potencialidade a nível ambiental, económico e humano e como tal deve ser protegida e mantida. Desta forma novas normas abrangendo as ideias delineadas nas frases anteriores podem ser inseridas no regulamento do PDM no que respeita às áreas ocupadas por floresta. É necessário, também, criar um conjunto de infra-estruturas de apoio, nomeadamente postos de vigia com vigilantes, aeródromos, pontos de água terrestre, ponto de água mistos, ponto de água aéreo. Para além destes equipamentos de apoio, deve haver uma rede estratégica de infraestruturas viárias que abranjam todo o concelho, tal como caminhos e aceiros e estradas e caminhos florestais acessíveis aos carros dos bombeiros. Ressalva-se, no entanto, que as ações definidas no PMDFCI de Castanheira já estão em implementação bem como as diversas ações de sensibilização e informação que a autarquia desenvolve junto da população em geral com o intuito de alertar para os benefícios da presença do espaço florestal e de como este poderá ser conservado. Ainda sobre aquele instrumento importa referir que a sua elaboração, execução e revisão (por períodos de 5 anos ou anual) decorre de exigência legal, dando a Câmara Municipal cumprimento a este facto. Desta forma, dado o prazo de revisão, e como o PDM tem um tempo de vigência superior (10 anos), importa que aquele instrumento e os objetivos do PDM se acompanhem mutuamente, e que cada um deles seja reflexo do outro, pelo que se atenta para a necessidade de adaptação aquando de alterações/revisões realizadas. O PMDFCI de Castanheira de Pera (2011) refere que o concelho apresenta uma área significativa ocupada por espaços florestais (floresta e matos). Além disso, por vezes, em termos de continuidade das manchas florestais, verifica-se a existência de extensões com elevada continuidade (povoamentos com áreas superiores a 25 ha área mínima para a elaboração de PGF sendo por isso motivo de atenção nessas situações, devido ao risco que representam em termos de continuidade dos incêndios, aumentando assim a probabilidade de ocorrência de incêndios em maior extensão de área. Deste modo importa conhecer a perigosidade e o risco de incêndio no concelho e analisar os conflitos face à proposta de urbanização prevista com a revisão do PDM. Na figura que se segue apresenta-se a análise de conflitos entre a proposta de ordenamento da revisão do PDM com a perigosidade no concelho de Castanheira de Pera. Salienta-se no entanto que não se torna possível realizar a mesma análise para o risco de incêndio uma vez que a metodologia para definição desta condicionante do território inviabiliza esta análise. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 200

202 Figura Mapa de análise de conflitos entre perigosidade de incêndio e solo urbanizável no concelho de Castanheira de Pera A Figura demonstra que não existem conflitos com a proposta com os espaços urbanizáveis, quer residencial quer nos espaços de atividades económicas e mesmo com a m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 201

203 UOPG do Dórdio prevista. Assim, e segundo os termos previstos no n.º 2 do artigo 16º do Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, a construção de edificações para habitação, comércio, serviços e indústria fora das áreas edificadas consolidadas é proibida, designadamente nos terrenos classificados nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) com risco de incêndio das classes alta ou muito alta, sem prejuízo das infra-estruturas definidas nas redes de defesa da floresta contra incêndios (RDFCI), não se verificam quaisquer restrições. Dever-se-á, mesmo assim, atender a medidas de prevenção e minimização face a ocorrências de incêndio, nomeadamente ao cumprimento do definido no PMDFCI bem como às condições gerais de edificabilidade definidas na proposta de regulamento da revisão do PDM. De igual forma, o Plano Municipal de Emergência deverá atender a estes riscos sob pena de danos em pessoas e bens. Não se impondo nenhum imperativo legal nestes conflitos, eles não devem ser menosprezados e deverão ser evidenciados aquando da execução dos diferentes projetos. Ainda nestes domínios, importa verificar da existência de conflitos entre a proposta de ordenamento com a ocorrência de áreas ardidas nos últimos 10 anos, a qual se demonstra na figura seguinte. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 202

204 Figura Mapa de análise de conflitos entre os incêndios ocorridos nos últimos 10 anos e o solo urbanizável no concelho de Castanheira de Pera Da análise da figura constata-se que não existem conflitos entre os incêndios ocorridos nos últimos 10 anos e a proposta urbanística da revisão do PDM. Destaca-se ainda que, o próprio regulamento da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera nos artigos que vinculam às condições gerais de edificabilidade e áreas percorridas por incêndios refere esta restrição legal a cumprir caso se verifique esta incompatibilidade. Face às caraterísticas biofísicas do território, os riscos de ocorrência de cheia e erosão representam um condicionalismo que merece especial destaque em todo o processo de m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 203

205 ordenamento do território bem como de projeção de novas unidades, edifícios ou equipamentos, os quais, potenciados pela impermeabilização do solo e consequente perda de capacidade de infiltração das águas pluviais, poderão levar ao desenvolvimento daqueles eventos. O sistema biofísico da REN integra a identificação deste risco e como tal apresenta-se na figura seguinte o atual espaço REN definido para o concelho de Castanheira de Pera bem como outras condicionantes identificadas. Figura Carta de REN A figura permite constatar que uma extensa área do concelho apresenta risco de erosão estando também presentes áreas classificadas como cabeceiras de linha de água. A referir ainda que as zonas ameaçadas por cheias acompanham os leitos de cursos de água, sem que no entanto tenha m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 204

206 expressão significativa. Face a estas caraterísticas, é importante analisar os possíveis efeitos decorrentes da proposta urbanística apresentada pela revisão do PDM. Para tal, visualize-se a figura seguinte. Figura Carta de análise de conflitos entre a proposta urbanística da revisão do PDM e a REN Da análise da figura constata-se a existência de alguns conflitos, os quais foram identificados no âmbito da proposta de revisão do PDM. Na continuidade dos trabalhos de revisão do Plano foi já proposta a sua exclusão conforme consta na planta de exclusões da REN (Janeiro 2015) encontrando-se essa matéria atualmente em apreciação por parte da CNREN. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 205

207 A presente revisão do PDM visa também uma requalificação do espaço, com melhoria e implantação de infra-estruturas e equipamentos. A este nível poder-se-á associar uma alteração do solo. Sendo assim, será de contabilizar as caraterísticas do solo e as suas condicionantes aquando da decisão de novos projetos em virtude das caraterísticas do território. Para tal requerse a adoção de medidas e técnicas de conservação adequadas, eficazes e eficientes face à implantação de projetos futuros. Reforça-se assim a importância da existência de um plano de emergência para avaliação dos riscos que defina linhas orientadoras e medidas que promovam a minimização dos efeitos acaso da ocorrência destes eventos. Desta forma garantir-se-á que os ecossistemas naturais e património edificado e a implantar não sejam gravemente afetados pela ocorrência de situações de emergência, quer por ocorrência natural quer pelo facto de poderem advir do aumento da afluência humana de que passará a ser alvo aquele território. A revisão do PDM de Castanheira de Pera tem como um dos seus objetivos executar uma nova zona industrial, a UOPG do Dórdio a qual congregará novas atividades industriais. Esta UOPG apresentará assim a probabilidade de ocorrência de derrames ou de explosões. Estes riscos estão intimamente relacionados com as atividades industriais e com a gestão das mesmas. Sendo assim, a prevenção e minimização destas ocorrências deverão estar previstas em planos e procedimentos de emergência, bem como em planos de recuperação de espaços contaminados ou destruídos. A proposta de Regulamento define desde logo um conjunto de orientações e obrigatoriedades na gestão das áreas de atividades económicas atendendo a estas e outras questões que promovam a sustentabilidade ambiental, devendo garantir-se o seu cumprimento bem como de outra legislação aplicável e com relevância na área. Ainda, a UOPG terá um plano específico que regulará o seu funcionamento, sendo neste expressas de forma mais detalhada os critérios e condições de implantação. De igual modo, no plano de emergência do concelho deverão também ser traduzidas estas preocupações uma vez que os mesmos integram as medidas de mitigação do risco. Resultado da dispersão industrial no concelho e da preocupação da autarquia em preservar o ambiente e garantir a segurança das suas populações, estes aspetos assumem-se como ferramentas de gestão do território que permitem o desenvolvimento económico a par com um contributo para a sustentabilidade. Importa também fazer uma nota à presença de áreas inundáveis no concelho as quais se localizam em áreas classificadas como espaço verde, mas que são contíguas a espaço urbanizado classificado como espaço residencial. Deste modo, e resultado da proximidade a estes últimos, e sob pena de em caso de eventos extremos poderem ocorrer danos sobre pessoas m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 206

208 e bens, torna-se necessário garantir o cumprimento das ações de limpeza e desobstrução de canais de drenagem por forma a minimizar os efeitos destas ocorrências. Ainda relacionado com as caraterísticas do território em análise um outro aspeto que merece atenção é o risco de sismicidade. Pese embora não se ter registado até à data nenhum evento que mereça destaque e tenha gerado efeitos significativos na região, não se poderá esquecer a localização do concelho sobre uma falha que, em caso de movimento, poderá destruir parte do território. Sendo assim, aquando da implantação de novos projetos, este aspeto deverá ser tido em consideração bem como a minimização dos seus efeitos na possibilidade de ocorrência de um evento desta natureza Diretrizes para Seguimento As diretrizes de seguimento constituem orientações ou recomendações, que podem contribuir para um acompanhamento dos efeitos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera e que melhor integram os princípios da sustentabilidade. Com base nos indicadores identificados, e nos efeitos previsíveis que a implementação da proposta de revisão do PDM poderá ter sobre estes, foram identificadas medidas de minimização e/ou prevenção dos efeitos bem como de monitorização face à execução do mesmo. As diretrizes para seguimento serão apresentadas por domínio, ao nível do: risco de incêndio, risco de cheia, erosão, acidentes industriais e sismicidade. Risco de Incêndio Apresentam-se de seguida as medidas de acompanhamento a ter em conta face à possibilidade de ocorrência de risco de incêndio: Avaliação periódica do risco de incêndio no concelho e divulgação do mesmo; Implementação das medidas e ações estabelecidas nos planos de prevenção e combate a incêndios florestais e sobre património edificado (quer no que se refere a dotação de meios - pontos de água, equipas de prevenção, sistemas de alerta e combate, equipamentos disponíveis, etc. ou realização de atividades específicas); Elaboração de relatórios de situações de risco e/ou emergência face à probabilidade/ocorrência de incêndio florestal ou sobre património edificado, com avaliação do espaço ardido (número de acontecimentos, área ardida, edifícios afetados, população humana afetada), tempos de resposta dos meios de intervenção (min) bem como das perdas patrimoniais em consequência de incêndio (euros); m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 207

209 Adoção de técnicas construtivas dos edifícios que contribuam para o aumento da resistência destes ao risco de incêndio. Dever-se-á também garantir o cumprimento dos requisitos legais, nomeadamente no que se refere às obrigatoriedades estabelecidas no Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RG-SCIE) (Decreto-lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro). Risco de Cheia Ao nível dos riscos de cheia e inundação devem ser equacionadas algumas medidas que previnam estes riscos naturais, nomeadamente: Estabelecimento do zonamento do risco de cheia com identificação clara das fragilidades e condicionamentos daquelas zonas bem como estabelecimento de um plano de prevenção, alerta e minimização dos efeitos face à ocorrência de eventos desta natureza; Os processos de licenciamento de obras devem assegurar que as intervenções nas linhas de água sejam amplas e não apresentem estrangulamentos por via de construção de travessias, para que a água que converge rapidamente para as depressões, oriundas das áreas adjacentes, tenha condições para uma rápida drenagem para os grandes cursos de água; Assegurar que áreas adjacentes a zonas a intervencionar apresentem setores permeáveis significativos, nomeadamente, assegurar a manutenção e/ou criação de espaços verdes, permitindo desta forma a infiltração da água da chuva; As linhas de drenagem devem ser libertas de qualquer intervenção e limpas com alguma regularidade, pois poderão ser importantes durante episódios de forte intensidade de precipitação. Erosão Resultado das características biofísicas do território, para o risco de erosão devem ser consideradas as seguintes orientações: Implementação de medidas estruturais que envolvam microdrenagem, macrodrenagem, estabilização de talvegues e taludes e medidas não estruturais (preventivas) como por exemplo realizar o planeamento urbano e a gestão do uso do solo nas áreas identificadas com risco de erosão; m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 208

210 Sempre que se registar a necessidade de uma nova construção, deverão ser tidas em consideração as medidas que acautelem os processos erosivos do solo devendo para tal, quando necessário, ser equacionadas medidas de estabilização de taludes, contemplando as necessárias intervenções de reflorestação; Deverão ser asseguradas todas as condições de estabilidade sobretudo ao nível da abertura de taludes e aterros construídos; Estes mesmos taludes e aterros devem manter funcionais todas as estruturas de drenagem construídas. A sua reflorestação evitará a escorrência das águas, garantindo a sua estabilidade e diminuindo os riscos de erosão; Fomentar a reabilitação ecológica da área florestal e outras onde tal seja possível através da implementação de um plano de requalificação do coberto vegetal, designadamente nas áreas de REN classificadas como áreas com risco de erosão; Deve ainda ser tida em consideração a implementação de medidas de prevenção da erosão hídrica e de proteção do solo já que estas contribuem para a redução do risco de cheias. Acidentes Industriais Dado que estes riscos integram a probabilidade de risco de derrame, de explosão ou de incêndio, propõem-se as seguintes medidas: Sempre que se justificar, proceder à instalação de bacias de retenção; O pavimento das instalações deverá ser impermeável e anti-derrapante e possuir uma ligeira inclinação que permita o fácil escoamento em situações de ocorrência de derrame; As regras e boas práticas de armazenagem de produtos químicos ou outros, bem como de resíduos e óleos devem ser salvaguardadas, devendo estes locais, quando for necessário, possuir extração forçada de ar; Todos os produtos químicos utilizados devem ser acompanhados pelas respetivas fichas de segurança; Os locais de armazenamento devem estar isolados da exposição direta ao sol e deverão possuir também uma ventilação adequada de modo a evitar a acumulação de vapores tóxicos; m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 209

211 Os locais de trabalho devem estar dotados dos meios necessários para um combate eficaz a incêndios, preferivelmente, instalação de meios automáticos de deteção e extinção de incêndios e adicionalmente, os meios manuais, ex.: extintores; Deverão ser criados planos de manutenção periódica dos equipamentos; Deverão existir sistemas adequados de extração de gases e vapores; Deverá ser assegurado o planeamento, realização e registo de programas de manutenção e inspeções regulares que assegurem que o equipamento e instalações se mantêm adequadas aos riscos e com as caraterísticas com que foram concebidas, construídas e instaladas; Deverão ser realizadas inspeções regulares dos meios de proteção contra explosões, incluindo: vias de evacuação, meios de combate a incêndios, meios de deteção de incêndios, meios de deteção de atmosferas explosivas, selagens das tubagens elétricas; Consoante a natureza e a finalidade dos locais a proteger dos efeitos de um acidente num edifício contendo produtos que oferecem risco de fogo ou de explosão, assim se devem distinguir, por ordem crescente de exigências de segurança, a identificação e estudo dos perigos e avaliação dos riscos medidas técnicas de projeto, os sistemas de segurança, a construção, a seleção de substâncias químicas, de operação e de manutenção e a inspeção sistemática da instalação; Atuar ao nível da conceção e métodos de funcionamento das instalações, de maneira a eliminar vapores, gases ou poeiras inflamáveis, e adotar procedimentos corretos de evacuação; Garantir a instalação de dispositivos para detetar aumentos da pressão finos recipientes e de sistemas automáticos de redução de gases, destinados a evitar explosões; Garantir a articulação entre PMDFCI e o PME. Ressalva-se ainda que aquando da concretização das atividades nos espaços industriais se deverão atender aos instrumentos que as regulam sendo que estes serão função das suas caraterísticas, nomeadamente: Para os Espaços de Atividades Económicas em Solo Urbanizado, ou seja, nas áreas correspondentes às zonas industriais já existentes, a concretização das operações urbanísticas será assegurada através de operações de loteamento e/ou procedimentos de licenciamento individualizado, nos termos previstos no regime jurídico da urbanização e da edificação (RJUE); m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 210

212 Nos Espaços de Atividades Económicas em Solo Urbanizável a concretização das intervenções será precedida de Plano de Urbanização, Plano de Pormenor ou Unidade de Execução, e; Para a UOPGs a concretização de futuras propostas conducentes à instalação de novas zonas industriais/empresariais será precedida de enquadramento em Planos de Urbanização ou Planos de Pormenor, podendo estes instrumentos de gestão territorial reportar-se à totalidade ou a parte da área da UOPG, conforme previsto no regulamento do Plano. Assim, deverão ser atendidas todas as obrigatoriedades, medidas e boas práticas de gestão a serem definidas naqueles instrumentos. Sismicidade No que concerne às medidas de acompanhamento face ao risco de ocorrência de sismos, as mesmas são: Estabelecimento de regras adequadas à construção anti-sísmica, em função dos índices de intensidades de perigosidade do concelho; Estabelecimentos de planos de prevenção e emergência face à ocorrência de sismos; Promoção de ações de informação e sensibilização da população e instituições; Promoção da realização de exercícios de simulacro. Importa ainda referir que se torna importante a informação e sensibilização das populações e entidades face às caraterísticas biofísicas do concelho e às possibilidades de risco decorrentes das mesmas. A Câmara Municipal de Castanheira de Pera deve preparar e disponibilizar informação, garantindo a sua divulgação e atualização. Este aspeto é crucial pois permitirá às populações uma atuação rápida e eficaz em situação de risco. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 211

213 6. Quadro de Governança para a Ação O quadro de governança para a ação constitui um suporte fundamental para o sucesso do processo de implementação da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, uma vez que identifica as responsabilidades institucionais dos vários intervenientes na AAE, em todo o processo de implementação do próprio Plano. Entendendo-se a governança como o conjunto de regras, processos e práticas relativas ao exercício do poder, em relação à responsabilidade, transparência, coerência, eficiência e eficácia (Partidário 2012), pretendeu-se estabelecer um quadro de governança que garanta o cumprimento dos objetivos definidos para cada um dos FCD, bem como a concretização das diretrizes propostas. São assim identificadas as entidades e os agentes com competências específicas na operacionalização, monitorização e gestão das ações previstas na futura implementação do PDM em avaliação (Quadro 6.1). Quadro Quadro de Governança para a Ação Entidades Agência Portuguesa do Ambiente Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, IP Autoridade Nacional de Proteção Civil Administração Regional da Saúde do Centro, IP Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro GNR SEPNA - Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente Ações - Manter atualizados os resultados da monitorização da qualidade da água. - Dar cumprimento ao estabelecido no âmbito do Decreto-Lei n.º 115/2010, de 22 de Outubro, mantendo a informação atualizada e disponível. - Fomentar e apoiar os processos de participação pública. - Manter atualizados e divulgar os relatórios provisórios dos incêndios florestais. - Fomentar a elaboração e coordenar um plano de gestão para a área classificada. - Disponibilizar informação relativa ao estado de conservação dos valores naturais em Área Classificada. - Monitorizar o estado de conservação dos valores naturais em Área Classificada. - Orientar operações de remoção de espécies não indígenas com carácter invasor em Área Classificada. - Acompanhar e apoiara fase de monitorização do Plano. - Acompanhar a fase de monitorização do Plano. - Garantir o acompanhamento na articulação das orientações e das políticas regionais de proteção civil com o Plano Municipal de Emergência. - Colaborar na informação e divulgação dos riscos de cheias/inundação bem como de acidentes graves e sismos. - Acompanhar a fase de monitorização do Plano. - Manter atualizados os resultados da monitorização da qualidade do ar. - Fomentar e apoiar os processos de participação pública. - Acompanhar a fase de monitorização do Plano. - Garantir a prossecução de ações de fiscalização na Área Classificada do Município de Castanheira de Pera. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 212

214 Entidades Câmara Municipal de Castanheira de Pera ERSUC Resíduos Sólidos do Centro, SA Juntas de Freguesia População em geral Ações - Desenvolver processos de participação pública. - Garantir a execução da solução urbanística do Plano de uma forma integrada no suporte biofísico. - Tratar os espaços não edificados e garantir um enquadramento paisagístico adequado. - Prestar apoio e informação ao nível da procura e oferta de emprego. - Promover ações de formação e valorização profissional. - Articular com todas as entidades intervenientes no processo de AAE para que a implementação das ações previstas no PDM decorram de forma sustentável. - Cumprir as medidas que venham a ser impostas na Declaração Ambiental. - Fomentar e apoiar os processos de participação pública. - Garantir e acompanhar a recolha dos resíduos recolhidos de forma seletiva. - Operacionalização de operações de gestão de resíduos. - Fomentar diferentes formas de participação pública. - Contribuir para o alcance das metas estabelecidas. - Participar ativamente nos processos de consulta pública. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 213

215 7. Orientações para a implementação de um Plano de Controlo Para que a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera apresente uma contribuição efetiva e positiva para o desenvolvimento sustentável local, regional e global, foram desenvolvidas orientações para a implementação de um Plano de Controlo que visam assegurar a garantia de cumprimento das diretrizes de planeamento, de gestão, de monitorização e avaliação, na fase de execução do plano. Nestas orientações encontram-se incluídas a maioria das medidas preconizadas anteriormente, na fase de avaliação de cada um dos FCD analisados. Neste contexto, as orientações para a implementação de um Plano de Controlo inserem-se na Fase de Seguimento do processo da AAE, uma vez que pretendem acompanhar o ciclo de planeamento, programação e execução do PDM de Castanheira de Pera. Para cada um dos indicadores, foram definidas medidas de gestão ambiental a desenvolver durante a execução do Plano, que permitirão ao município atingir as metas de sustentabilidade que profetizou, alcançando deste modo as metas definidas em documentos estratégicos. Importa que a aplicação das orientações definidas seja monitorizada através dos indicadores de avaliação estratégica previamente selecionados, com o objetivo de garantir a eficácia e eficiência na execução do Plano. Tendo em conta o referido no Artigo 11.º da Diretiva 2001/42/CE, de 25 de Junho, e no Artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto- Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), os resultados do previsto no Plano de Controlo deverão ser atualizados com uma periodicidade mínima anual pela entidade responsável pela elaboração do Plano (Câmara Municipal de Castanheira de Pera), serão divulgados pela entidade referida através de meios eletrónicos e posteriormente remetidos à Agência Portuguesa do Ambiente. Na sequência da monitorização anual exigida, deverá ser realizada uma nova ponderação relativa à evolução de cada indicador, e deverão ser avaliadas as medidas preconizadas, de forma a alcançar as metas pretendidas, prevendo-se que a reunião de informação adicional possa conduzir à revisão, adição ou ajuste destas mesmas medidas e metas, correspondendo este momento a uma revisão do Plano de Controlo da fase de seguimento. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 214

216 A Figura 7.1 resume e identifica as etapas que devem ser seguidas durante a Fase de Seguimento do Plano. Definição de Medidas e Metas para cada indicador Desenvolvimento das Medidas previstas Sim Alcance das Metas Revisão Não Adição e/ou ajuste de Medidas Figura Esquema concetual das etapas que constituem o Plano de Controlo da Fase de Seguimento O Quadro 7.1 apresenta os objetivos de sustentabilidade, os indicadores considerados pertinentes para a fase de acompanhamento e seguimento das diferentes fases de implementação da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, e define as medidas de gestão ambiental a desenvolver. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 215

217 Quadro 7.1. Orientações para a implementação do Plano de Controlo: Indicadores de sustentabilidade e medidas de gestão ambiental FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Ordenamento do Território Solo Rural Solo Urbano Planos Municipais de Ordenamento do Território Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Fomentar o desenvolvimento sustentável, através da organização espacial do território Promover a criação de centralidades urbanas Incentivar processos de regeneração e requalificação urbana Fomentar o desenvolvimento sustentável, através da organização espacial do território Promover um correto ordenamento biofísico e paisagístico, tendo em conta as condicionantes existentes Uso do Solo Ordenamento Biofísico e paisagístico Unidades Operativas de Planeamento e Gestão REN existente / Proposta RAN existente / Proposta Espaço Florestal Espaço Agrícola Estrutura Ecológica Municipal Rede Natura 2000 Regime florestal - Garantir e incentivar a afirmação de uma imagem urbana agradável e atrativa onde a qualidade dos espaços públicos, a linguagem arquitetónica e as caraterísticas tipomorfológicas do edificado, o acesso aos principais equipamentos de utilização coletiva e acesso a todas as infraestruturas, constituam elementos marcantes da qualidade do espaço - Assegurar a execução, qualificação e tratamento das áreas verdes e dos espaços públicos - Controlar a edificabilidade no Solo Rural e a instalação de funções que possam revelar incompatibilidades com a promoção e valorização do espaço agrícola - Promover o correto ordenamento e gestão destas unidades operativas, através da realização de Planos de Urbanização, Planos de Pormenor ou Unidades de Execução - Salvaguardar, Preservar e Valorizar cada um dos Subsistemas que integram a REN - Salvaguardar os Solos Agrícolas em especial os classificados como integrantes da RAN - Desenvolver ações de sensibilização para a proteção da floresta; - Promover a conservação e valorização da biodiversidade e do património natural, nomeadamente o território integrado na Rede Natura - Definir e valorizar a Estrutura Ecológica Municipal - Preservar e valorizar as áreas pertencentes ao SIC Serra da Lousã - Sensibilizar a população para a conservação e valorização do património natural e edificado do concelho - Estabelecer um correto ordenamento, utilização e gestão do território do município criando espaços urbanos e urbanizáveis devidamente estruturados e infraestruturados, que reflitam um equilíbrio e o respeito pelo sistema biofísico m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 216

218 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas - Definir orientações para um adequado ordenamento agrícola e florestal do território, bem como de salvaguarda e valorização da paisagem, das áreas protegidas ou classificadas e de outras áreas ou corredores ecológicos relevantes Melhorar e potenciar o quadro das acessibilidades intraconcelhias Acessibilidades Transportes e Rede Viária Transportes - Garantir boas condições de acessibilidade para todos em todos os edifícios que instalem serviços direcionados para o público - Promover um correto ordenamento, gestão e manutenção da Rede Viária e dos transportes coletivos intra e interconcelhia Competitividade e Desenvolvimento Regional Aumentar a competitividade e atratividade do município no contexto regional Estruturar e infraestruturar espaços vocacionados para a instalação de atividades económicas Fomentar o desenvolvimento sustentável, racionalizando e qualificando os espaços para a implantação e desenvolvimento de atividades económicas Criar condições para a atração e fixação de novas empresas, inovadoras e competitivas no contexto regional Dinâmica Empresarial Espaços empresariais/industriais infraestruturados Taxa de ocupação dos espaços industriais Atividades Económicas instaladas no Concelho - Criar condições para a fixação de empresas no concelho, disponibilizando todas as infraestruturas e, em especial, as ambientais e as tecnológicas - Promover o correto ordenamento e gestão das áreas destinadas a espaços empresariais e industriais, tendo em conta a legislação que se possa aplicar de acordo com as indústrias a implantar - Promover políticas seletivas e diversificadas de atração e de fixação de novas atividades económicas Criar novos postos de emprego, diminuindo a taxa de desemprego Promover os recursos agrícolas e florestais, aproveitando as características rurais do território Empregabilidade População residente por grupos etários População residente, segundo a qualificação académica Evolução da População Ativa por Atividades Económicas Taxa de Atividade Taxa de Desemprego Estruturas de apoio à formação profissional - Criar condições que promovam a fixação da população jovem no concelho, nomeadamente em termos de emprego - Fomentar a organização de ações de formação profissional bem como a sua frequência, nas áreas de maior necessidade e em articulação com as necessidades sentidas pelo tecido empresarial local - Promover políticas de qualificação progressiva da população ativa desempregada m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 217

219 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Áreas Classificadas Promover a valorização e assegurar a Área do município integrada no conservação do património natural em áreas Sistema Nacional de Áreas classificadas Classificadas Biodiversidade e Conservação da Natureza Conservar habitats prioritários Manter a biodiversidade, evitando perdas irreversíveis Proteger e valorizar a paisagem, principalmente em áreas classificadas Evitar perda nos valores naturais da área classificada, Estrutura Ecológica Municipal Conservação do património natural em áreas do SNAC Valorização do património natural em áreas do SNAC Habitats prioritários Ações de conservação de habitats Espécies com estatuto de proteção Espécies ameaçadas Ações de conservação de espécies Ações de manutenção/gestão de elementos de valorização da paisagem (galerias ripícolas, regadios tradicionais) Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados Plano de gestão para Área Classificada - Fomentar a implementação de ações de monitorização do estado de conservação das espécies e dos habitats existentes - Fomentar a implementação de ações de conservação das espécies e dos habitats prioritários sempre que, fundamentadamente pelo seu estado de conservação se justifique - Elaborar um programa de valorização do património natural e paisagístico enquadrado em rotas, percursos e redes de atividades e de acontecimentos - Fomentar o planeamento e execução de programas de sensibilização ecológica e de ações de educação ambiental - Fomentar o planeamento e execução de programas de turismo de natureza sustentáveis, suportados em trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados - Promover a divulgação do património natural e paisagístico - Fomentar a elaboração e implementação de um Plano de Gestão para o SIC Serra da Lousã, integrando as orientações de gestão específicas para espécies e habitats deste SIC, referidas no Plano Sectorial da Rede Natura 2000 Promover as funções e serviços dos sistemas que integram a Estrutura Ecológica Municipal (EEM) Promoção do contínuo natural Áreas/sistemas biofísicos integrados em espaços de EEM - Promover ações de conservação dos sistemas biofísicos, e dos elementos, que integram a EEM - Promover a reflorestação com espécies autóctones de reduzida combustibilidade nos espaços que compõem a EEM m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 218

220 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Gestão, Conservação e Valorização da Floresta Qualidade Ambiental Promover a gestão sustentável e a conservação da floresta Controlar a proliferação de espécies vegetais não indígenas invasoras com risco ecológico conhecido Fomentar oportunidades de fruição sustentável em áreas de floresta naturalseminatural Resíduos Promover uma política adequada de gestão de resíduos Gestão sustentável da floresta Destino final dos resíduos produzidos Zonas de Intervenção Florestal Espaços Florestais de conservação Área de floresta com plano(s) de ação e/ou gestão proposto(s) Áreas de distribuição das espécies vegetais invasoras Ações de controlo de espécies vegetais invasoras Parques e percursos devidamente equipados e sinalizados, em áreas florestais Produção de Resíduos Sólidos Urbanos Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos Sistemas de recolha seletiva - Garantir a compatibilização das intervenções previstas no PGF evitando os possíveis conflitos espaço-temporais que poderão advir da sobreposição espacial de diversas funções admitidas no perímetro florestal (ex. Função de conservação vs Função de silvopastorícia, caça e pesca, ou Função de conservação vs Função de Enquadramento paisagístico e recreio) - Promover ações de controlo das espécies de plantas exóticas e infestantes - Fomentar o planeamento e execução de programas de turismo de natureza sustentáveis, suportados em trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados - Monitorizar os resíduos valorizáveis e os que vão para aterro - Melhorar o sistema de recolha de resíduos indiferenciados - Valorizar os resíduos recicláveis (Papel/cartão, vidro e embalagens) produzidos pelos grandes produtores (Escolas, comércios, indústrias, serviços e infra-estruturas municipais) - Promover e incrementar melhores condições para o destino adequado dos resíduos passíveis de reciclagem, criando novas infra-estruturas como pontos para recolha de óleos usados (para eletrodomésticos de pequena dimensão) - Promover a compostagem doméstica, nomeadamente nas freguesias rurais - Erradicar possíveis depósitos ilegais de resíduos existentes - Promover ações de sensibilização relativas à implementação de boas práticas de gestão de resíduos sólidos urbanos no âmbito da recolha seletiva e promoção da redução, reutilização e reciclagem dos resíduos produzidos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 219

221 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Água Garantir a proteção e conservação dos recursos hídricos Garantir serviços adequados de abastecimento de água para consumo humano Garantir serviços adequados de drenagem e de tratamento de águas residuais Poluição da água/contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Infra-estruturação ao nível do abastecimento de água Cumprimento dos padrões de qualidade da água para abastecimento público Infra-estruturação ao nível da drenagem e tratamento de águas residuais Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos Qualidade da água superficial e subterrânea Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos Consumo de água População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação População servida por sistema de drenagem e tratamento de águas residuais Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais - Promover um investimento adequado ao nível da recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos, quando tal se considerar necessário - Promover ações de sensibilização de preservação dos recursos hídricos, assim como ações de sensibilização relativas à implementação de boas práticas de gestão dos recursos hídricos - Promover um investimento adequado ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, quando tal se considerar necessário - Assegurar o uso racional e eficiente da água - Promover ações de sensibilização relativas à poupança de água - Estabelecer um programa de monitorização do consumo de água - Assegurar a qualidade e quantidade da água para consumo humano - Assegurar que a população afeta à área territorial abrangida pelo PDM é servida por sistemas de abastecimento de água - Efetuar obras diversas ao nível do sistema de abastecimento de água para consumo humano, sempre que necessário (substituição de condutas de água e construção de depósitos de água) - Implementação do Programa de Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano, de acordo com o Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto, nos sistemas de abastecimento que ainda não se encontram abrangidos - Monitorização contínua de todos os componentes que fazem parte do sistema de abastecimento - Assegurar que a população afeta à área territorial abrangida pelo PDM é servida por sistemas de drenagem e de tratamento de águas residuais - Assegurar que os sistemas de drenagem e de tratamento de águas residuais se encontram a funcionar de forma adequada - Promover a renovação gradual das redes de saneamento m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 220

222 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Promover uma gestão eficiente das águas pluviais e residuais Promover um consumo eficiente e racional do recurso água Gestão eficiente das águas residuais Uso eficiente da água Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais Percentagem de água (residual tratada, bruta e de consumo humano) usada na rega Perdas no sistema de abastecimento Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água - Corrigir as situações que potencialmente ponham em risco a saúde pública ou que sejam danosas para o meio ambiente, implementando as medidas/ações/intervenções que conduzam a uma percentagem de pelo menos 99% de resultados que estejam em conformidade com a legislação, relativamente ao número total de análises realizadas à qualidade da água - Promover ações que visem a utilização eficiente e racional da água - Nos edifícios públicos, substituição ou adaptação de torneiras convencionais (lavatórios, etc) por dispositivos mais eficientes e com menor caudal de água (torneira com redutor de caudal, com dispositivo arejador, com fecho automático, etc) 1 - Adequação de procedimentos na lavagem de pavimentos (utilização de mangueiras com dispositivos de controlo de caudal na extremidade de modo a permitir o rápido corte ou diminuição de caudal sem ter de se efetuar deslocação à torneira de alimentação do sistema) 1 - Utilização de limpeza a seco de pavimentos - substituição (parcial) de lavagem de pavimentos com água (mangueira), por métodos de limpeza a seco (vassoura / varredura automática) 1 - Realização de manutenção periódica dos sistemas de rega de forma a eliminar fugas 1 - Programação da altura da rega (antes das 8h00 e depois das 18h00), de forma a evitar perdas 1 - Selecionar espécies vegetais autóctones com resistência à seca e eliminar periodicamente espécies infestantes 1 - Efetivação da rega somente quando necessário (eventual instalação de sensores) 1 - Substituição de sistemas de rega menos eficientes por sistemas de rega de baixo consumo (no caso de zonas relvadas sistema de aspersão, no caso de jardins sistema gota-a-gota) 1 - Limitação ou proibição de utilização de água do sistema público de abastecimento, na lavagem de pavimentos, em jardins e similares, em piscinas, lagos, espelhos de água, campos desportivos campos de golfe e outros espaços verdes de recreio, m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 221

223 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas em períodos de escassez 1 - Promover ações de sensibilização de poupança de água Ruído Assegurar a emissão de níveis de ruído que não perturbem a saúde humana e o bem-estar das populações Ar Assegurar uma gestão adequada da qualidade do ar que salvaguarde a saúde pública Contribuir para a redução da poluição atmosférica Contribuir para a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa Energia Promover o aumento da eficiência energética Utilização racional de energia Promover a utilização de fontes de energia renovável Poluição sonora Poluição atmosférica / Contaminação do ar e cumprimento dos requisitos legais Matriz energética Eficiência energética População exposta a níveis sonoros superiores aos limites legais Reclamações por incomodidade sonora Planos de redução de ruído Investimento ao nível da proteção do ruído Qualidade do ar Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar Projetos com adoção de soluções que tenham em vista a mobilidade sustentável Consumo de energia (energia elétrica e gás natural) Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética - Elaboração de Planos municipais de Redução de Ruído nas zonas sensíveis ou mistas com ocupação exposta a ruído ambiente exterior superior ao legalmente estabelecido (RGR) - Fiscalizar o cumprimento das normas previstas no Regulamento Geral do Ruído (RGR) - Promover um investimento adequado ao nível da proteção de ruído, quando tal se considerar necessário - Promover um conjunto de ações que visem diminuir a emissão de GEE e controlar a emissão de poluentes para a atmosfera, nomeadamente a utilização de meios de transporte mais sustentáveis (nomeadamente a ciclovia) - Assegurar o cumprimento dos valores-limite estipulados para os poluentes regulamentados - Promover um investimento adequado ao nível da proteção da qualidade do ar, quando tal se considerar necessário - Fomentar a multimodalidade nas deslocações urbanas, isto é, o incentivo à transferência do modo de transporte individual para os modos de transportes coletivo, pedonal e ciclista - Fomentar a utilização dos transportes coletivos - Fomentar a implementação de sistemas industriais mais eficientes do ponto de vista energético em edifícios e espaços públicos - Fomentar a implementação de sistemas de gestão de energia, através da avaliação de consumos em edifícios e espaços públicos - Fomentar a racionalização e utilização de energia nomeadamente quando se verificar a necessidade de m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 222

224 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Desenvolvimento Turístico Estruturar e Infraestruturar Espaços Vocacionados para Atividades Turísticas Incentivar a prática do turismo sustentável aproveitando o potencial do património natural e paisagístico Melhorar a qualidade de vida dos habitantes do concelho através da Qualificação do Espaço Público e da rede de equipamentos de utilização coletiva Património Natural e Cultural Promover a valorização do património histórico e cultural Conservar e valorizar o património cultural e edificado do concelho Conservar e valorizar o património natural do concelho Adesão à produção de energia através de fontes renováveis Qualificar a rede de Infraestruturas e equipamentos de cariz turístico Preservação/Valorização do Património Cultural e Natural Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis Áreas com Aptidão Turística Percursos Pedestres Unidades de Alojamento Praias Fluviais e Parques de Lazer Equipamentos Utilização Coletiva Imóveis Classificados Sítios Arqueológicos cumprimento do Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE) - Fomentar investimentos na área das energias renováveis - Promover a introdução de veículos movidos a energias alternativas - Promover ações de sensibilização junto da população relativas à alteração de comportamentos e ao combate ao desperdício dos usos de energia em todas as suas vertentes, fomentando uma alteração de hábitos, essencial para garantir o bem-estar das populações, a competitividade da economia e a qualidade do ambiente - Definir Percursos Pedestres e/ou Pistas Cicláveis que potenciem a promoção e a conservação dos sistemas naturais - Criar o roteiro de sítios com interesse ambiental e paisagístico do município de Castanheira de Pera - Promover iniciativas de sensibilização da população para a preservação dos espaços verdes de recreio e de lazer - Definir uma estratégia de desenvolvimento turístico, de recreio e lazer para o concelho - Promover o turismo de natureza e o turismo rural como atividade diferenciadora e promotora do desenvolvimento sustentável - Promover uma correta gestão e utilização dos equipamentos de utilização coletiva integrando-os numa rede de espaços e percursos públicos que permitam a sua articulação - Estabelecer boas práticas para a conservação do património cultural. - Definir uma estratégia de desenvolvimento do turismo sustentável para o município que envolva estratégias de animação ao nível cultural e de promoção do património arquitetónico e arqueológico. - Promover a correta gestão e definição de espaços naturais m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 223

225 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Incêndio Reduzir a ocorrência de incêndios florestais Recursos florestais Edifícios e estado de conservação Atividades de Turismo de Natureza/Turismo Rural 1 Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental Eventos culturais Área ardida Número de ocorrências de incêndio - Criar uma rede de sítios e de acontecimentos com interesse para o turismo, o recreio e o lazer. - Desenvolvimento de campanhas de comunicação que divulguem as ofertas turísticas do concelho, através do recurso a multimédia e redes sociais interativas. - Promover as tradições e os costumes populares do município - Definir uma estratégia de desenvolvimento do turismo sustentável para o município que envolva estratégias de animação ao nível cultural e ambiental, e de promoção do património natural, arquitetónico e arqueológico - As estabelecidas no PMDFCI de Castanheira de Pera - Assegurar o cumprimento do estabelecido no Regulamento do PDM de Castanheira de Pera no que reporta às condições de edificabilidade em espaço florestal - Garantir a dinamização das atividades dos serviços de proteção civil nos domínios da sensibilização e informação Riscos Ambientais Reduzir a ocorrência de incêndios Meios de prevenção e socorro Estratégias de minimização de ocorrência de incêndios Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a incêndios Levantamento dos edifícios de categoria de risco 3 e 4 do RJ- SCIE - Garantir a existência de corporações de bombeiros que respondam às necessidades - Garantir a identificação e levantamento das necessidades de cumprimento no RJ-SCIE para os edifícios das categorias de risco 3 e 4 - Garantir o cumprimento do Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (RJ-SCIE) e legislação complementar Número de ações/programas previstos nos Eixos Estratégicos do PMDFCI de Castanheira de Pera cumpridos - As estabelecidas no PMDFCI de Castanheira de Pera - Garantir a dinamização das atividades do gabinete técnico florestal m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 224

226 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas Cheias Aumentar os níveis de proteção do solo dentro do perímetro urbano Diminuir a possibilidade de ocorrência de cheias/inundação dentro do perímetro urbano Erosão Manter práticas adequadas de utilização e conservação do solo Aumentar os níveis de proteção do solo Diminuir a probabilidade de ocorrência de erosão Grau impermeabilização de Situações de cheias ou inundação Efeitos da ocorrência de cheias e inundações sobre bens materiais Características do solo Eventos de erosão Área impermeabilizada Ocorrência de cheias/inundação Áreas inundadas Uso do solo em zonas inundáveis Edifícios sensíveis em áreas de risco de cheia/inundação Zonas densamente povoadas em áreas com risco de cheia/inundação Medidas de defesa contra risco de cheia implementadas Uso do solo em áreas com risco de erosão Ocorrência de erosão Medidas de contenção face à ocorrência de erosão - Garantir o cumprimento de boas práticas de proteção do solo e dos ecossistemas no que se refere a solos com caraterísticas passíveis de inundação, em fase de construção e de seguimento de projetos - Promoção da salvaguarda de ocupações ou atividades em zonas de cabeceiras de linhas de água que prejudiquem a infiltração das águas e acelerem o escoamento superficial - Garantia das condições de adequado funcionamento hidráulico e hidrológico dos cursos de água em situação de leito normal ou de cheia - Sempre que se esgotarem as possibilidades de adoção de medidas não estruturais deverá ser estudada a viabilidade técnica e económica da minimização dos efeitos das cheias e inundações através da adoção de medidas estruturais, nomeadamente bacias de retenção, laminagem de cheia e diques de proteção - Salvaguardar que as zonas ameaçadas pelas cheias delimitadas no âmbito da REN, se articulam com as demarcadas no âmbito do Plano Municipal de Emergência - Garantir a dinamização das atividades dos serviços de proteção civil nos domínios da sensibilização e informação - Garantir o cumprimento de boas práticas de conservação e preservação do solo em fase de construção e seguimento de projetos - Garantir o cumprimento de boas práticas de conservação e preservação do solo em fase de construção e seguimento de projetos. - Controlar os processos de erosão fluvial através da manutenção e/ou promoção da vegetação ripícola, entre outros processos. - Assegurar a conservação do solo, a manutenção do equilíbrio dos processos morfogenéticos e pedogenéticos, a regulação do ciclo hidrológico através da promoção da infiltração em detrimento do escoamento superficial e a redução da perda do solo com colmatação dos solos a jusante e assoreamento das m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 225

227 FCD Objetivos de sustentabilidade Critério Indicadores Medidas massas de água. - Garantir o estabelecido no PMDFCI de Castanheira de Pera no que se refere à reflorestação. Sismicidade Prevenir as consequências provocadas por um sismo Acidentes Industriais Prevenir a ocorrência de derrames e explosão, bem como os seus efeitos 1 Medidas propostas no âmbito do PNUEA Ocorrência de sismo Situações de derrame Solo contaminado Situações de explosão Elaboração de cartografia de risco sísmico do concelho Ações de sensibilização/divulgação sobre procedimentos de atuação face à ocorrência de sismos Número de ocorrências de derrame Área de terreno afetada em resultado de ocorrência de derrame Número de ocorrências de explosão - Elaborar a cartografia de risco sísmico para o concelho - Estabelecer e monitorizar a implementação de um plano de sensibilização sobre regras de atuação face à possibilidade de ocorrência de sismos - Garantir a dinamização das atividades dos serviços de proteção civil nos domínios da sensibilização e informação - Garantir o cumprimento do estabelecido no PME e no Regulamento de Planos de Pormenor - Garantir o cumprimento de boas práticas de conservação e preservação do solo em fase de construção e seguimento de projetos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 226

228 O Quadro seguinte dá continuidade ao Plano de Controlo estabelecido no Quadro 7.1, focando os indicadores de sustentabilidade definidos e o posicionamento do município de Castanheira de Pera face a metas estabelecidas, quer em documentos estratégicos, quer pela própria autarquia. Apesar de não ter sido possível obter o valor base, para todos os indicadores identificados, considera-se importante, em alguns casos particulares, desenvolver estudos que garantam a informação necessária para a fase de monitorização, pelo que foram incluídos no Quadro 7.2. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 227

229 Quadro 7.2. Orientações para a implementação do Plano de Controlo: Indicadores de sustentabilidade e posicionamento do Município FCD Indicador Unidade Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade Ordenamento do Território Solo Rural Solo Urbano UOPG Solo Urbanizado Solo Urbanizável Valor Base para o município Ano a que se refere o Valor Base / Fonte Periodicidade Metas pretendidas para o Município Espaço Agrícola de Produção Área /CMCP Anual Espaço Florestal de Produção Área /CMCP Anual Espaço Florestal de Conservação Área /CMCP Anual Aglomerados Rurais Área /CMCP Anual Áreas de edificação dispersa Área /CMCP Anual Espaços Centrais Área /CMCP Anual 4.94 Espaços Residenciais Área /CMCP Anual Espaços de Atividades Económicas Área /CMCP Anual 8.49 Espaços Verdes Área /CMCP Anual Espaços Urbanos de Baixa Densidade Área /CMCP Anual Equipamentos Espaços de Uso de Utilização Área /CMCP Anual 9.61 Especial Coletiva Área Turística Área /CMCP Anual 2.42 Espaços residenciais Área /CMCP Anual Espaços de Atividades Económicas Área /CMCP Anual Espaços de Uso Especial (Equipamentos) Área /CMCP Anual 2.29 Espaços Urbanos de Baixa Densidade Área /CMCP Anual Plano de Pormenor da Zona Industrial de Dórdio Área /CMCP Anual 7.3 Plano de Urbanização da Vila de Castanheira de Pera Área /CMCP Anual Planos Municipais de Ordenamento do Território N.º e tipo 1; PU 2015/DGTerrito rio Anual 2 REN Proposta Área /Relatório exclusões Anual RAN Proposta Área /CMCP Anual m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 228

230 FCD Indicador Unidade Valor Base para o município Ano a que se refere o Valor Base / Fonte Periodicidade Metas pretendidas para o Município Estrutura Ecológica Municipal Área - - Anual * Rede Natura 2000 Área /CMCP Anual 3026 Regime florestal Área /CMCP Anual 1993 Rede Viária km - - Anual * Transportes tipologia - - Anual * Competitividade e desenvolvimento regional Taxa de ocupação dos espaços industriais % - - Anual * Atividades Económicas instaladas no Concelho Nº /INE Anual Aumentar População residente por grupos etários População residente, segundo a qualificação académica Evolução da População Ativa por Atividades Económicas 0-14anos N.º /INE Anual Aumentar anos N.º /INE Anual Aumentar anos N.º /INE Anual Aumentar Mais de 65 anos N.º /INE Anual Aumentar Sem nível de escolaridade completo N.º /INE Anual Diminuir 1º ciclo N.º /INE Anual Aumentar Ensino Básico 2º ciclo N.º /INE Anual Aumentar 3º ciclo N.º /INE Anual Aumentar Ensino Secundário N.º /INE Anual Aumentar Ensino Pós-secundário N.º /INE Anual Aumentar Bacharelato N.º /INE Anual Aumentar Licenciatura N.º /INE Anual Aumentar Ensino Superior Mestrado N.º /INE Anual Aumentar Doutoramento N.º /INE Anual Aumentar Setor Primário % /INE Anual * Setor Secundário % /INE Anual * Setor Terciário Social % /INE Anual * Económico % /INE Anual * Taxa de Atividade % /INE Anual Aumentar Taxa de Desemprego % /INE Anual Diminuir Estruturas de apoio à formação profissional N.º /IEFP Anual Aumentar m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 229

231 FCD Indicador Unidade Áreas Classificadas Área do município integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas Tipo, ha e % Valor Base para o município Sítio PTCON0060 Serra da Lousã 3026,28ha em CP 45% do território de CP 3 habitats prioritários: Ano a que se refere o Valor Base / Fonte RCM n.º 115- A/2008 e ICNF Periodicidade Anual Metas pretendidas para o Município Manter Biodiversidade e Conservação da Natureza Habitats prioritários Ações de conservação de habitats Espécies com estatuto de proteção N.º e tipo N.º e tipo N.º, espécie / tipo 4020* (Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix); 5230*( Matagais arborescentes de Laurus nobilis) 91E0*( Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno- Padion, Alnion incanae, Salicion albae)) Indiretas: AIA e AIncA, Acompanhamento da revisão do PDM 5 Espécies com estatuto de proteção: Chondrostoma RCM n.º 115- A/2008, ICNF e Município RCM n.º 115- A/2008, ICNF e Município RCM n.º 115- A/2008, ICNF e Município Anual Anual Anual Manter Plano de gestão para toda a área classificada Manter m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 230

232 FCD Indicador Unidade Espécies ameaçadas Ações de conservação de espécies Ações de manutenção/gestão de elementos de valorização da paisagem (galerias ripícolas, regadios tradicionais) N.º e espécie / tipo N.º e espécie / tipo Valor Base para o município polylepis Rutilus alburnoides Chioglossa lusitanica Lacerta schreiberi Lutra lutra, 2 Espécies ameaçadas (Rutilus alburnoides Chioglossa lusitanica) 0 N.º e tipo 0 Trilhos de interpretação devidamente equipados e sinalizados N.º e tipo 0 Ano a que se refere o Valor Base / Fonte RCM n.º 115- A/2008, ICNF, LVVPe Município RCM n.º 115- A/2008, ICNF e Município Relatório da Revisão do PDM (2015) e Município Relatório da Revisão do PDM (2015) e Município Periodicidade Anual Metas pretendidas para o Município Manter Anual * Anual * Anual * Plano de gestão para Área Classificada N.º 0 ICNF Anual * Estrutura Ecológica Municipal Áreas/sistemas biofísicos integrados em espaços de EEM Tipo e ha - Município Anual * Gestão, Conservação e Valorização da Floresta Zonas de Intervenção Florestal N.º e ha 0 Área de floresta de conservação N.º e ha - Área de floresta com plano(s) de ação e/ou gestão proposto(s) N.º e ha 1 PGF e Município PGF e Município PGF e Município Anual * Anual * Anual 1 m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 231

233 FCD Indicador Unidade Áreas de distribuição das espécies vegetais invasoras Ações de controlo de espécies vegetais invasoras Parques e percursos devidamente equipados e sinalizados, em áreas florestais Resíduos Espécie, N.º e ha Espécie, N.º e ha Valor Base para o município - - Ano a que se refere o Valor Base / Fonte PGF e Município PGF e Município Periodicidade Metas pretendidas para o Município Anual * Anual * N.º 0 Município Anual * Produção de resíduos sólidos urbanos Ton/ano / INE Anual Reduzir 5% Qualidade Ambiental Valorização de resíduos sólidos urbanos % / INE Anual Aumentar 5% Ações de educação/sensibilização na área dos resíduos N.º /CMCP Anual Manter Sistemas de recolha seletiva (ecopontos) N.º /CMCP Anual Manter Investimento municipal ao nível da gestão de resíduos /INE Anual * Água Qualidade da água superficial Classe Ribeira de Pera: Bom Estado Ecológico e Bom Estado Químico 2012/PGRHT Anual * Maciço Antigo Indiferenciado da 2012/PGRHT Anual * Bacia do Tejo: Bom Qualidade da água subterrânea Classe Estado Químico Furo 264/C66: >A3 (Fluoretos) 2010/SNIRH- APA Anual * Investimento municipal ao nível da preservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos - - Anual * Consumo de água m 3 /hab /INE Anual Reduzir em 5% População servida por sistemas de abastecimento de água para consumo % /INE Anual 100 Análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam de acordo com a legislação % /INE Anual 99 m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 232

234 FCD Indicador Unidade Valor Base para o município Ano a que se refere o Valor Base / Fonte Periodicidade Metas pretendidas para o Município População servida por sistemas de drenagem de águas residuais % /INE Anual 95 População servida por sistemas de tratamento de águas residuais % /INE Anual 95 Investimento municipal ao nível da gestão das águas residuais Milhares de - - Anual * Águas pluviais afluentes aos sistemas de drenagem de águas residuais Percentagem de água usada na rega Perdas reais no sistema de abastecimento público de água % / CMCP Anual 0 Residual tratada % - - Anual 0 % (de água Bruta % - - Anual de consumo Consumo humano % - - Anual humano) em alta m 3 /(km.dia) 1,6 2015/CMCP Anual Manter em baixa l/(ramal.dia /CMCP Anual Diminuir em 5% Intervenções qualitativas de promoção do uso eficiente da água N.º /CMCP Anual Manter Ruído <55 db (A) % 90 Anual * População exposta a Lden db (A) % /Mapa de Anual * níveis sonoros >65 db (A) % 1 Ruído de Anual * superiores aos limites <45 db (A) % 90 Castanheira de Anual * legais Ln db (A) % 9 Pera Anual * >55 db (A) % 1 Anual * Reclamações por incomodidade sonora N.º - - Anual * Planos de redução de ruído N.º - - Anual * Investimento ao nível da proteção do ruído - - Anual * Ar Qualidade do ar Classe Bom Anual Manter Dias com Ozono Limiar de Alerta à população N.º 0 Anual 0 parâmetros de Ozono Limiar de Informação à população N.º /Qualar- Anual 0 qualidade do ar Dióxido de Azoto Alerta N.º 0 APA Anual 0 acima dos Dióxido de Enxofre - Alerta N.º 0 Anual 0 limites Partículas <10μm N.º 1 Anual 0 Número de empresas sujeitas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão N.º /APA Anual Manter m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 233

235 FCD Indicador Unidade Valor Base para o município Ano a que se refere o Valor Base / Fonte Periodicidade Metas pretendidas para o Município Investimento ao nível da proteção da qualidade do ar - - Anual * Projetos com adoção de soluções que tenham em vista a mobilidade sustentável N.º - - Anual 1 Energia Consumo de energia elétrica Kwh/ano /DGEG Anual Reduzir em 5% Projetos com adoção de soluções de eco-eficiência energética N.º /CMCP Anual Manter Produção de energia, a nível local, através de recursos renováveis Desenvolvimento Turístico tep/ano - - Anual * Património Cultural e Desenvolvimento Turístico Áreas com aptidão Turística N.º /CMCP Anual * Percursos Pedestres N.º /CMCP Anual 5 Unidades de Alojamento N.º /CMCP Anual Aumentar Praias Fluviais (infraestruturadas) N.º /CMCP Anual * Parques de Lazer N.º /CMCP Anual * Sociais N.º /CMCP Anual Manter Equipamentos de Socioculturais, Desportivos e Recreativos N.º /CMCP Anual Manter Utilização Saúde N.º /CMCP Anual Coletiva Escolares N.º /CMCP Anual Manter Manter Prevenção e Segurança N.º /CMCP Anual Manter Património Natural e Cultural Imóveis Classificados N.º /DCPC Anual Aumentar Sítios Arqueológicos N.º /DCPC Anual Aumentar Atividades de Turismo de Natureza/Turismo Rural N.º /CMCP Anual * Lista de intervenções de valorização paisagística/ambiental N.º /CMCP Anual Identificar Eventos culturais Caris Religioso N.º /CMCP Anual Cariz Histórico-cultural N.º /CMCP Anual Manter Manter m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 234

236 FCD Indicador Unidade Riscos Ambientais Risco Incêndio Valor Base para o município Ano a que se refere o Valor Base / Fonte Periodicidade Metas pretendidas para o Município Florestal /ICNF Número de ocorrências de incêndio Nº/ano Anual 0 Edifícios - - Área florestal ardida ha/ano 58, /ICNF Anual 0 Levantamento dos edifícios de categoria de risco 3 e 4 do RJ- SCIE Número de ações/programas previstos nos Eixos Estratégicos do PMDFCI de Castanheira de Pera cumpridos Nº/ano /CMCP Anual * Nº /CMCP Anual As definidas no plano operacional anual Agentes de proteção civil e outras entidades envolvidas no combate a incêndios Nº /CMCP Anual 2 Risco Cheia Área impermeabilizada ha /CMCP Anual * Áreas inundadas ha/ano /CMCP Anual 0 Ocorrência de cheias/inundação Nº/ano /CMCP Anual 0 Edifícios sensíveis em áreas com risco de cheias/inundação Nº /CMCP Anual 0 Zonas densamente cheias/inundação povoadas em áreas com risco de Nº /CMCP Anual 0 Medidas de defesa contra risco de cheia implementadas Nº /CMCP Anual * Erosão Número de eventos de ocorrência de erosão Nº /CMCP Anual 0 Medidas de contenção face à ocorrência de erosão Nº /CMCP Anual * Sismicidade Ações de sensibilização/divulgação sobre procedimentos de atuação face à ocorrência de sismos Nº/ano /CMCP Anual As definidas pela Proteção Civil Municipal Acidentes Industriais Área do concelho ocupada por espaço industrial ha 16, /CMCP Anual * m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 235

237 FCD Indicador Unidade Valor Base para o município Ano a que se refere o Valor Base / Fonte Periodicidade Metas pretendidas para o Município Número de ocorrências de derrame Nº/ano /CMCP Anual 0 Área de terreno afetada em resultado de ocorrência de derrame ha/ano /CMCP Anual 0 Número de ocorrências de explosão Nº/ano /CMCP Anual 0 - Não existe informação * Indicadores importantes para efeitos de monitorização, na Fase de Acompanhamento/Seguimento do Plano (não tendo sido atribuída nenhuma meta), recomendando-se, quando necessário, a elaboração de estudos de suporte à sua caraterização. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 236

238 8. Considerações Finais O presente relatório serve de base à segunda fase do processo de AAE da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. A caraterização do objeto de avaliação foi desenvolvida tendo por base a informação disponível, estando metodologicamente adaptada ao grau de maturidade dos trabalhos da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera. No processo de AAE foram tidas em consideração quatro Opções Estratégicas da proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera: Organização Espacial e Requalificação Urbana, Desenvolvimento Sócio-Económico e Competitividade, Conservação e consolidação da Rede de Equipamentos e Infra-estruturas e Preservação e valorização natural e cultural. Estas opções e os respetivos objetivos estratégicos, associadas ao conhecimento dos fatores ambientais determinantes para a área, e ainda a um conjunto de instrumentos que constituem o Quadro de Referência Estratégico para o plano, suportaram a determinação dos cinco FCD analisados: Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Competitividade ; Biodiversidade e Conservação da Natureza ; Qualidade Ambiental ; Património Cultural e Desenvolvimento Turístico e Riscos Ambientais. No decurso da avaliação de cada FCD foi garantida a integração de objetivos de sustentabilidade identificados nos instrumentos que constituem o Quadro de Referência Estratégico para a AAE. De facto, ao nível das opções estratégicas da proposta de revisão do PDM denota-se a convergência com os objetivos propostos nos diversos instrumentos de cariz ambiental definidos no QRE, facto reforçado através do regulamento da proposta de revisão do Plano, obrigando ao cumprimento de determinadas medidas que garantam a sustentabilidade ambiental. Na avaliação efetuada não foram evidenciados/identificados impactes ambientais negativos significativos que não possam ser alvo da aplicação de medidas de gestão ambiental, subjacentes à aplicação das diretrizes de seguimento, e apresentadas nas orientações para a implementação de um Plano de Controlo. Salienta-se que a proposta de orientações de seguimento apresentada no para cada FCD assenta numa lógica de sustentabilidade que permitirá ao Município fazer uma leitura permanente e ambientalmente correta dos efeitos da execução do Plano. Evidencia-se, ainda, a importância do acompanhamento da implementação do PDM de Castanheira de Pera, de forma a monitorizar a evolução dos principais indicadores de sustentabilidade face a metas estabelecidas em documentos estratégicos, que poderão ter influência direta nas questões relacionadas com o ordenamento do território e na qualidade ambiental da área de análise. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 239

239 O presente relatório, acompanhado do Resumo Não Técnico, estará sujeito a consulta pública e será submetido à apreciação das entidades com responsabilidades ambientais específicas, juntamente com os restantes documentos que integram a proposta de revisão do PDM de Castanheira de Pera, para recolha de sugestões, que serão tidas em consideração na emissão da Declaração Ambiental e na preparação da versão final do PDM de Castanheira de Pera. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 238

240 9. Referências Bibliográficas AAE da Proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera Agência Portuguesa do Ambiente. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Relatório Técnico Parte 2 Caracterização e Diagnóstico da Região Hidrográfica. Agosto Agência Portuguesa do Ambiente. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Fichas de Diagnóstico. Agosto Agência Portuguesa do Ambiente. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Fichas de Medidas. Agosto Agência Portuguesa do Ambiente. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo Repositório de Mapas. Agosto Agência Portuguesa do Ambiente (2010). SIDS Portugal. Indicadores-Chave ISBN Agência Portuguesa do Ambiente (2014). Relatório do Estado do Ambiente ISBN Almeida, C. [et al]. (2000). Sistemas Aquíferos de Portugal Continental. Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio (estabelece o regime a que fica sujeita a avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente). Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro (estabelece as bases de Ordenamento do Território). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 239

241 Direção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (2003). Guia para a Avaliação Estratégica de Impactes em Ordenamento do Território. Coleção Estudos 9. Lisboa: MCOTA-DGOTDU. Direção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (2008). Guia de Avaliação Ambiental dos Planos Municipais de Ordenamento do Território Documentos de orientação DGOTDU 01/2008. Lisboa: DGOTDU. ISBN OECD DAC (2006). Good Practice Guide on applying Strategic Environmental Assessment (SEA) in Development Cooperation. OECD. Paris. Partidário, Maria do Rosário. Guia de Boas Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica. Amadora. Agência Portuguesa do Ambiente; ISBN Partidário, MR (2012). Guia de Melhores Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica Orientações Metodológicas para um pensamento estratégico em AAE. Agência Portuguesa do Ambiente e Redes Energéticas Nacionais. Lisboa. Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Relatório da Qualidade do Ar na Região Centro Coimbra. SIAM Alterações Climáticas em Portugal. Cenários, Impactos e Medidas de Adaptação Projeto SIAM II. F. D. Santos e P. Miranda (Editores). Gradiva, Lisboa Legislação e Regulamentação que suporta o Quadro de Referência Estratégico definido: Resolução do Conselho de Ministros n.º 11/95, de 10 de Fevereiro - Aprova o Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera (PDM Castanheira de Pera). Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro (estabelece o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial). Resolução do Conselho de Ministros n.º 151/2001, de 11 de Outubro Aprova a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ENCNB). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 240

242 Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, recentemente alterado pelo Decreto-Lei n.º156-a/2013, de 8 de Novembro - procede à transposição para o ordenamento jurídico português da Diretiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de Abril, relativa à conservação das aves selvagens (diretiva aves) e da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens (diretiva habitats). Decreto-Lei n.º 112/2002, de 17 de Abril Aprova o Plano Nacional da Água (PNA). Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de 30 de Junho Aprova o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água Bases e Linhas Orientadoras (PNUEA). Decreto Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho - Aprova o Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte (PROF PIN). Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2006, de 23 de Agosto Aprova o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC). Resolução do Conselho de Ministros n.º 147/2006, de 2 de Novembro Aprova o Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural (PENDR). Despacho MAOT DR n.º 2339/2007, publicado no DR, 2ª Série, de 14 de Fevereiro - Aprovação do PEAASAR , 28 de Dezembro de 2006 Aprovação da estratégia para o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais para o período Resolução do Conselho de Ministros n.º 112/2005, de 30 de Junho e Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto - Aprova a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e o respetivo Plano de Implementação, incluindo os indicadores de monitorização (PIENDS). Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro (rectificado pelas declarações n.º 80-A, de 7 de Setembro de 2007 e n.º 103-A/2007, de 2 de Novembro de 200) aprova o Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT). Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/2008, de 4 de Junho - Aprova o Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde (PNAAS). Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho Aprova o Plano Setorial da Rede Natura 2000 (PSRN 2000). Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2010, de 15 de Abril Aprova a Estratégia Nacional de Energia 2020 (ENE). m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 241

243 Resolução do Conselho de Ministros n.º 16-F/2013, de 22 de Março Aprova o Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Tejo (PGBHT). Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2013, de 16 de Abril Aprova o Plano Estratégico Nacional do Turismo para (PENT). Portaria n.º 187-A/2014, de 17 de Setembro - Aprova o Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU 2020). Webgrafia (Sites consultados): m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 242

244 10. Anexos Anexo I Pareceres das entidades consultadas no âmbito do Relatório de Fatores Críticos. Anexo II Principais Instrumentos do Quadro de Referência Estratégico e respetivos Objetivos Estratégicos. Anexo III Relação entre o Quadro de Referência Estratégico definido e as Opções Estratégicas da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera. m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 243

245 Anexo I Pareceres das entidades consultadas no âmbito do Relatório de Fatores Críticos m u n i c í p i o d e c a s t a n h e i r a d e p ê r a l u g a r d o p l a n o, g e s t ã o d o t e r r i t ór i o e c u l t u r a 244

246

247

248

249

250

251

252

253

254

255

Plano Diretor Municipal Figueiró dos Vinhos

Plano Diretor Municipal Figueiró dos Vinhos Plano Diretor Municipal Figueiró dos Vinhos J u n h o 2015 M u n i c í p i o d e F i g u e i r ó d o s V i n h o s A v a l i a ç ã o A m b i e n t a l E s t r a t é g i c a R e l a t ó r i o A m b i e

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL Pllano Diirector Muniiciipall de Coiimbra 2.ª Alteração AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL Janeiro 2010 A presente Declaração Ambiental (DA), que integra o procedimento de Avaliação Ambiental

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA. RELATÓRIO DE DEFINIÇÃO DE ÂMBITO. Formulário Consulta ERAE

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA. RELATÓRIO DE DEFINIÇÃO DE ÂMBITO. Formulário Consulta ERAE Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo Direção Regional do Turismo AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE DEFINIÇÃO DE ÂMBITO. Formulário Consulta ERAE Outubro 2017 Avaliação Ambiental

Leia mais

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O DISPENSA DE PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA M u n i c í p i o d e M o n t e m o r - o - N o v o S e r v

Leia mais

Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência

Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência O PU-VL10 possui uma área com cerca de 41,9 ha, inscrevendo-se integralmente na Unidade Operativa

Leia mais

Conferência comemorativa Avaliação Ambiental Estratégica Uma década depois: desafios e oportunidades. Linda Irene Pereira CCDR LVT

Conferência comemorativa Avaliação Ambiental Estratégica Uma década depois: desafios e oportunidades. Linda Irene Pereira CCDR LVT Avaliação Estratégica do Plano Regional e Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo Virtualidades e constrangimentos na fase de seguimento Conferência comemorativa Avaliação Estratégica Uma década

Leia mais

As Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas. O Papel da CCDR. Carla Velado Junho 2011

As Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas. O Papel da CCDR. Carla Velado Junho 2011 As Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas O Papel da CCDR Carla Velado Junho 2011 1 Agenda A importância da AAE no processo de Planeamento Competências da CCDR enquanto ERAE Quais os PMOT

Leia mais

Assunto: 1ª Alteração do Plano de Pormenor da Cidade Desportiva Justificação para não sujeição a avaliação ambiental estratégica

Assunto: 1ª Alteração do Plano de Pormenor da Cidade Desportiva Justificação para não sujeição a avaliação ambiental estratégica PLANO DE PORMENOR DA CIDADE DESPORTIVA ALTERAÇÃO NOVEMBRO DE 2015 Assunto: 1ª Alteração do Plano de Pormenor da Cidade Desportiva Justificação para não sujeição a avaliação ambiental estratégica Data:

Leia mais

Câmara Municipal de Vagos Dezembro de 2010

Câmara Municipal de Vagos Dezembro de 2010 Fundamentação para a Elaboração da Alteração ao Plano de Pormenor da Zona Industrial de Vagos & Justificação para a não sujeição da Alteração ao Plano de Pormenor da Zona Industrial de Vagos a Avaliação

Leia mais

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE SALVAGUARDA DO CENTRO HISTÓRICO DE SINES A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE SALVAGUARDA DO CENTRO HISTÓRICO DE SINES A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE SALVAGUARDA DO CENTRO HISTÓRICO DE SINES A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA CÂMARA MUNICIPAL DE SINES DEPARTAMENTO DE AMBIENTE, PLANEAMENTO E URBANISMO

Leia mais

PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA

PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA MARÇO 2017 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO 3 1.1. NOTA INTRODUTÓRIA 3 1.2. ENQUADRAMENTO LEGAL 3 II. PROPOSTA

Leia mais

Revisão do Plano Diretor Municipal de Armamar Relatório de Ponderação dos Resultados da Discussão Pública

Revisão do Plano Diretor Municipal de Armamar Relatório de Ponderação dos Resultados da Discussão Pública Revisão do Plano Diretor Municipal de Armamar Relatório de Ponderação dos Resultados da Discussão Pública O Douro, rio e região é a realidade mais séria que temos Miguel Torga Ficha técnica Autoria Câmara

Leia mais

ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA COVILHÃ AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA

ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA COVILHÃ AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA COVILHÃ AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA SETEMBRO 2017 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO 3 1.1. NOTA INTRODUTÓRIA 3 1.2. ENQUADRAMENTO LEGAL

Leia mais

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DO PNAC 2020/2030

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DO PNAC 2020/2030 Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC2020/2030) Avaliação do âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho 1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DO PNAC 2020/2030 O Programa

Leia mais

MUNICÍPIO DE ALPIARÇA

MUNICÍPIO DE ALPIARÇA MUNICÍPIO DE ALPIARÇA Deliberação de não sujeição a avaliação ambiental estratégica da alteração do Plano de Pormenor da Zona de Os Águias Mário Fernando A. Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça,

Leia mais

Plano Diretor Municipal Castanheira de Pera

Plano Diretor Municipal Castanheira de Pera Plano Diretor Municipal Castanheira de Pera M a i o 2 0 1 5 C â m a r a M u n i c i p a l d e C a s t a n h e i r a d e P e r a AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA _ RESUMO NÃO TÉCNICO Lugar do Plano, Gestão

Leia mais

Alteração REGULAMENTO Plano Diretor Municipal. Qualificação Ambiental AGOSTO Praça Municipal, Arcos de Valdevez

Alteração REGULAMENTO Plano Diretor Municipal. Qualificação Ambiental AGOSTO Praça Municipal, Arcos de Valdevez Alteração REGULAMENTO Plano Diretor Municipal M U N I C Í P I O D E A R C O S D E V A L D E V E Z Qualificação Ambiental D I V I S Ã O D E D E S E N V O L V I MENTO E C O N Ó M I C O E U R B A N I S M

Leia mais

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DE EQUIPAMENTOS E USO TURÍSTICO A NORTE DE ALJEZUR TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DE EQUIPAMENTOS E USO TURÍSTICO A NORTE DE ALJEZUR TERMOS DE REFERÊNCIA PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DE EQUIPAMENTOS E USO TURÍSTICO A NORTE DE ALJEZUR TERMOS DE REFERÊNCIA 1. ENQUADRAMENTO A Área de Intervenção Especifica de Equipamentos e Uso Turístico

Leia mais

ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DA PALMEIRA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA

ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DA PALMEIRA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DA PALMEIRA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA SETEMBRO 2017 Pág. 2 de 10 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 3 2. ENQUADRAMENTO LEGAL 4 3. O PLANO PORMENOR DA PALMEIRA DESCRIÇÃO GERAL

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-NOVO

CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-NOVO CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-NOVO PLANO DE INTERVENÇÃO EM ESPAÇO RURAL NO LOCAL DA REBOLA JUSTIFICAÇÃO DA NÃO SUJEIÇÃO A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Fevereiro de 2011 JUSTIFICAÇÃO DA NÃO SUJEIÇÃO

Leia mais

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM Janeiro 2010 Fundamentação para a Elaboração do Plano de Pormenor do Conjunto das Azenhas do Boco Termos de Referência Índice 1. Introdução 2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento

Leia mais

ALTERAÇÃO AO PLANO DE PORMENOR DA ZONA DE EXPANSÃO SUL-NASCENTE DA CIDADE DE SINES JUSTIFICAÇÃO PARA NÃO SUJEIÇÃO A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

ALTERAÇÃO AO PLANO DE PORMENOR DA ZONA DE EXPANSÃO SUL-NASCENTE DA CIDADE DE SINES JUSTIFICAÇÃO PARA NÃO SUJEIÇÃO A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA PLANO DE PORMENOR DA ZONA DE EXPANSÃO ALTERAÇÃO FEVEREIRO DE 2016 Assunto: Alteração ao Plano de Pormenor da Zona de Expansão Sul-Nascente da Cidade de Sines Justificação para não sujeição a avaliação

Leia mais

Avaliação Ambiental Estratégica: Âmbito e Alcance

Avaliação Ambiental Estratégica: Âmbito e Alcance Revisão do PDM de Vila Real de Santo António Avaliação Ambiental Estratégica: Âmbito e Alcance Pedro Bettencourt 1 1 Geólogo, Director-Geral NEMUS, Gestão e Requalificação Ambiental Vila Real de Santo

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS POR CONVITE

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS POR CONVITE REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS POR CONVITE PRIORIDADE DE INVESTIMENTO: INVESTIMENTO NA CONSERVAÇÃO, PROTECÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PATRIMÓNIO

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS PRIORIDADE DE INVESTIMENTO: INVESTIMENTO NA CONSERVAÇÃO, PROTECÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PATRIMÓNIO CULTURAL

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS PRIORIDADE DE INVESTIMENTO: INVESTIMENTO NA CONSERVAÇÃO, PROTECÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PATRIMÓNIO NATURAL

Leia mais

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA HERDADE DO TELHEIRO TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA HERDADE DO TELHEIRO TERMOS DE REFERÊNCIA PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA HERDADE DO TELHEIRO TERMOS DE REFERÊNCIA Introdução O presente documento constitui os Termos de Referência para enquadramento da elaboração do Plano de Intervenção

Leia mais

Avaliação Ambiental de Planos Municipais de Ordenamento do Território a integração da agenda ambiental e da sustentabilidade no planeamento local

Avaliação Ambiental de Planos Municipais de Ordenamento do Território a integração da agenda ambiental e da sustentabilidade no planeamento local Avaliação Ambiental de Planos Municipais de Ordenamento do Território a integração da agenda ambiental e da sustentabilidade no planeamento local JOÃO CABRAL FAUTL 2011 A integração da agenda ambiental

Leia mais

2.ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE PENAFIEL TERMOS DE REFERÊNCIA

2.ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE PENAFIEL TERMOS DE REFERÊNCIA 2.ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE PENAFIEL TERMOS DE REFERÊNCIA 2.ª Revisão PDM fevereiro 2019 Termos de Referência 1 de 10 Í N D I C E INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO LEGAL... 3 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS...

Leia mais

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DA PAISAGEM OCEANO (LOTEAMENTO PAISAGEM OCEANO) TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DA PAISAGEM OCEANO (LOTEAMENTO PAISAGEM OCEANO) TERMOS DE REFERÊNCIA PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DA PAISAGEM OCEANO (LOTEAMENTO PAISAGEM OCEANO) TERMOS DE REFERÊNCIA 1. ENQUADRAMENTO O Loteamento Paisagem Oceano, titulada pelo Alvará nº 1/83 de 8/11/1983,

Leia mais

1.ª alteração à 1.ª revisão do Plano Diretor Municipal de Penela. Fundamentação para a dispensa de Avaliação Ambiental Estratégica

1.ª alteração à 1.ª revisão do Plano Diretor Municipal de Penela. Fundamentação para a dispensa de Avaliação Ambiental Estratégica Termos de referência da 1.ª alteração à 1.ª revisão do Plano Diretor Municipal de Penela e Fundamentação para a dispensa de Avaliação Ambiental Estratégica PROPOSTA Setembro de 2018 Índice 1. Introdução...

Leia mais

TERMOS DE REFERÊNCIA E OPORTUNIDADE

TERMOS DE REFERÊNCIA E OPORTUNIDADE DIVISÃO DE URBANISMO, PLANEAMENTO E REABILITAÇÃO URBANA 1.ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE POMBAL 1.ª ALTERAÇÃO JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO A AVALIAÇÃO AMBIENTAL E JANEIRO / 2017 ÍNDICE ÍNDICE...

Leia mais

O Planeamento do. Gestão e ordenamento do território

O Planeamento do. Gestão e ordenamento do território O Planeamento do Território em Portugal Gestão e ordenamento do território Henrique Miguel Pereira Enquadramento jurídico Constituição da República Lei de Bases do Ambiente (Lei 11/1987) Lei de Bases de

Leia mais

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio Avaliação e Controlo dos Efeitos Significativos ifi no Ambiente decorrentes da Aplicação dos Apoios do QREN Paulo Areosa Feio Directiva 2001/42/CE relativa aos efeitos de certos planos e programas no ambiente

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE CHAVES PLANO DE PORMENOR DA FONTE DO LEITE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA. Declaração Ambiental

CÂMARA MUNICIPAL DE CHAVES PLANO DE PORMENOR DA FONTE DO LEITE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA. Declaração Ambiental CÂMARA MUNICIPAL DE CHAVES PLANO DE PORMENOR DA FONTE DO LEITE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Novembro de 2009 Câmara Municipal de Chaves Plano de Pormenor da Fonte do Leite ÍNDICE i) Forma como as considerações

Leia mais

Relatório de Fundamentação de Isenção de Avaliação Ambiental Estratégica.

Relatório de Fundamentação de Isenção de Avaliação Ambiental Estratégica. Alteração dos artigos 15º, 16º, 29º, 33º, 34º, 46º, 47º, 50º, 54º, 70º, 71ºe 75º e revogação dos artigos 9º,13º, 21º e 67º do Regulamento do Plano de Urbanização de Almeirim. (PUA) Relatório de Fundamentação

Leia mais

PLANO DE PORMENOR PARA A UOPG 13 (DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA MEIA PRAIA)

PLANO DE PORMENOR PARA A UOPG 13 (DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA MEIA PRAIA) PLANO DE PORMENOR PARA A UOPG 13 (DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA MEIA PRAIA) TERMOS DE REFERÊNCIA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOS DEPARTAMENTO DE PLANEAMENTO E GESTÃO URBANÍSTICA 2010 1. ENQUADRAMENTO LEGAL DO PLANO

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA O UP4 DE SANTARÉM - PROPOSTA DE PLANO

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA O UP4 DE SANTARÉM - PROPOSTA DE PLANO AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA O UP4 DE SANTARÉM - PROPOSTA DE PLANO OUTUBRO - 2010 2 AAE DO PLANO DE URBANIZAÇÃO UP4 SANTARÉM Índice 1. Introdução... 4

Leia mais

Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental

Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental Documento de Trabalho Área sectorial Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental Designação do documento Diagnóstico Estratégico/Visão Contacto da equipa Data 03 07 Equipa: Hipólito Bettencourt,

Leia mais

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DA ENAAC 2020

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DA ENAAC 2020 Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020) Avaliação do âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho 1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DA ENAAC 2020 A Estratégia

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS PRIORIDADE DE INVESTIMENTO: INVESTIMENTO NA CONSERVAÇÃO, PROTECÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PATRIMÓNIO CULTURAL

Leia mais

MUNICÍPIO DE VILA POUCA DE AGUIAR

MUNICÍPIO DE VILA POUCA DE AGUIAR MUNICÍPIO DE VILA POUCA DE AGUIAR DIVISÃO DE AMBIENTE E URBANISMO ELABORAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DA EXPANSÃO NORTE DE VILA POUCA DE AGUIAR TERMOS DE REFERÊNCIA [Unidade Operativa de Planeamento e Gestão

Leia mais

Vital Rosário Licenciado em Urbanismo Adjunto da Coordenação do PROT OVT

Vital Rosário Licenciado em Urbanismo Adjunto da Coordenação do PROT OVT http://consulta-protovt.inescporto.pt/ Vital Rosário Licenciado em Urbanismo Adjunto da Coordenação do PROT OVT PENICHE * 06 DE NOVEMBRO DE 2008 PROT: O QUE É É um instrumento de desenvolvimento territorial

Leia mais

Plano Diretor Municipal Figueiró dos Vinhos

Plano Diretor Municipal Figueiró dos Vinhos Plano Diretor Municipal Figueiró dos Vinhos J u n h o 2015 M u n i c í p i o de F i g u e i r ó d o s V i n h o s A v a l i a ç ã o A m b i e n t a l E s t r a t é g i c a R e s u m o N ã o T é c n i c

Leia mais

Região do Médio Tejo. Características e Desafios

Região do Médio Tejo. Características e Desafios Região do Médio Tejo Características e Desafios 09 março 2015 A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo Território e Municípios A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo Atribuições e Competências das

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA 1/7 CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA PLANO DE PROMENOR DA UNOP 1 de TROIA PP UNOP 1 ALTERAÇÃO TERMOS DE REFERÊNCIA JANEIRO DE 2013 ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DA UNOP 1 de TROIA 2/7 TERMOS DE REFERÊNCIA

Leia mais

PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ Alteração TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ Alteração TERMOS DE REFERÊNCIA Plano de Urbanização da Grande Covilhã (PUGC) T E R M O S D E R E F E R Ê N C I A Pág. 1 de 5 PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ Alteração TERMOS DE REFERÊNCIA ABRIL DE 2016 1 ÍNDICE GERAL 1. ENQUADRAMENTO

Leia mais

REVISÃO PDM _ MIRA SINTESE PROGRAMÁTICA DO PROCESSO DE REVISÃO DO PDM PROPOSTA DE COLABORAÇÃO 1/17

REVISÃO PDM _ MIRA SINTESE PROGRAMÁTICA DO PROCESSO DE REVISÃO DO PDM PROPOSTA DE COLABORAÇÃO 1/17 REVISÃO PDM _ MIRA PROPOSTA DE COLABORAÇÃO SINTESE PROGRAMÁTICA DO PROCESSO DE REVISÃO DO PDM 1/17 Índice 1 - Proposta de Preço 2 - Nota justificativa do preço proposto 3 - Preço Total e Condições de pagamentos

Leia mais

1. Introdução Avaliação ex-ante como ponto de partida Principais objectivos Avaliação de natureza operacional 3

1. Introdução Avaliação ex-ante como ponto de partida Principais objectivos Avaliação de natureza operacional 3 1. Introdução 2 2. Avaliação ex-ante como ponto de partida 2 3. Principais objectivos 3 3.1. Avaliação de natureza operacional 3 3.2. Avaliação de natureza estratégica 4 4. Implementação 4 4.1. Avaliação

Leia mais

Alcochete 2030: Visão e Estratégia. Construindo o Futuro: Agenda Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável

Alcochete 2030: Visão e Estratégia. Construindo o Futuro: Agenda Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável Alcochete 2030: Visão e Estratégia Construindo o Futuro: Agenda Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável Alcochete 2030: Visão e estratégia A. O processo B. A síntese do diagnóstico C. A visão e

Leia mais

Plano de Urbanização da Cidade de Estarreja

Plano de Urbanização da Cidade de Estarreja Município de Estarreja Plano de Urbanização da Cidade de Estarreja Declaração Ambiental A presente Declaração Ambiental do Plano de Urbanização da Cidade de Estarreja (PUCE) visa dar cumprimento do artigo

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO N.º CENTRO

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO N.º CENTRO REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS POR CONVITE PI 6.3 PRODUTOS TURÍSTICOS INTEGRADOS DE BASE INTERMUNICIPAL AVISO N.º CENTRO-14-2016-16 O Mérito do Projeto

Leia mais

Avaliação Ambiental Estratégica

Avaliação Ambiental Estratégica Engenharia Civil, 5º ano / 9º semestre Engenharia do Território, 4º ano / 8º semestre Avaliação Ambiental Estratégica IMPACTE AMBIENTAL 13 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Âmbito dos Instrumentos

Leia mais

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO ASSISTÊNCIA TÉCNICA REGULAMENTO ESPECÍFICO ASSISTÊNCIA TÉCNICA CÓDIGO DO AVISO: POVT-73-2014-82 9

Leia mais

1ª REVISÃO DO. Programa de Execução PROPOSTA DE PLANO

1ª REVISÃO DO. Programa de Execução PROPOSTA DE PLANO 1ª REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE VILA FLOR CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FLOR Programa de Execução PROPOSTA DE PLANO agosto de 2017 I N D I C E PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO Página

Leia mais

O Sistema Nacional de Indicadores de Ordenamento do Território e a sua articulação com outros sistemas de indicadores

O Sistema Nacional de Indicadores de Ordenamento do Território e a sua articulação com outros sistemas de indicadores O Sistema Nacional de Indicadores de Ordenamento do Território e a sua articulação com outros sistemas de indicadores Vitor Campos Director-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano Porquê

Leia mais

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL P L A N O D I R E T O R M U N I C I P A L DO S E I X A L R E V I S Ã O PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL E VALORIZAÇÃO AMBIENTAL 27 DE FEVEREIRO DE 2014 VISÃO ESTRATÉGICA PARA O MUNICÍPIO EIXOS ESTRUTURANTES

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Resumo Não Técnico

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Resumo Não Técnico Plano Director Municipal de Amares AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Resumo Não Técnico Outubro de 2011 Câmara Municipal de Amares Índice 1. Introdução... 1 2. Objecto de avaliação... 2 3. Quadro de Referência

Leia mais

Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente da Aplicação dos Apoios QREN POVT

Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente da Aplicação dos Apoios QREN POVT Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente da Aplicação dos Apoios QREN POVT 1. Da Programação Exercício ex-ante da AAE promoveu a integração e salvaguarda das questões ambientais e do desenvolvimento

Leia mais

Avaliação Ambiental Estratégica Relatório Ambiental. PGRH-Açores 2016-2021. Anexo I

Avaliação Ambiental Estratégica Relatório Ambiental. PGRH-Açores 2016-2021. Anexo I Anexo I Diretivas Diretiva Quadro da Água (DQA) Diretiva Quadro Estratégia Marinha (DQEM) Diretiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2000, que estabelece um quadro de

Leia mais

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS ESTRUTURA ECOLÓGICA DO MUNICIPIO DE SETÚBAL

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS ESTRUTURA ECOLÓGICA DO MUNICIPIO DE SETÚBAL GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS Estrutura da apresentação: 1. Enquadramento 2. Objetivos 3. Metodologia 4. Estrutura Ecológica Municipal (EEM) 5. Compatibilização com o PROTAML 6. Corredores Ecológicos 7.

Leia mais

1ª Alteração PP Parque Empresarial Proença-a-Nova JUSTIFICATIVO DA DECISÃO DA NÃO QUALIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES PARA EFEITOS DE SUJEIÇÃO DO PROCEDIMENTO

1ª Alteração PP Parque Empresarial Proença-a-Nova JUSTIFICATIVO DA DECISÃO DA NÃO QUALIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES PARA EFEITOS DE SUJEIÇÃO DO PROCEDIMENTO 1ª Alteração PP Parque Empresarial Proença-a-Nova JUSTIFICATIVO DA DECISÃO DA NÃO QUALIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES PARA EFEITOS DE SUJEIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL A 1ª ALTERAÇÃO AO PLANO DE PORMENOR

Leia mais

MUNICÍPIO DE ALENQUER

MUNICÍPIO DE ALENQUER MUNICÍPIO DE ALENQUER IX Reunião da Comissão de Acompanhamento 3 de Novembro REVISÃO DO ponto de Situação Trabalhos / Estudos concluídos 1. Estudos de Caracterização (inclui rede natura, mapa de ruído

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE AVEIRO DECLARAÇÃO AMBIENTAL. Plano de Pormenor de Parte da Zona Industrial de Cacia

CÂMARA MUNICIPAL DE AVEIRO DECLARAÇÃO AMBIENTAL. Plano de Pormenor de Parte da Zona Industrial de Cacia DECLARAÇÃO AMBIENTAL Plano de Pormenor de Parte da Zona Industrial de Cacia CÂMARA MUNICIPAL DE AVEIRO julho de 2013 Índice 1. Introdução... 3 2. Forma como as considerações ambientais foram integrados

Leia mais

ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL TERMOS DE REFERÊNCIA

ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL TERMOS DE REFERÊNCIA ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL TERMOS DE REFERÊNCIA DIVISÃO DE PLANEAMENTO E GESTÃO URBANÍSTICA NOVEMBRO DE 2016 ÍNDICE 1. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO... 2 2. ENQUADRAMENTO LEGAL

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis OBJECTIVOS AMBIENTAIS E ESTRATÉGICOS E PROGRAMA DE MEDIDAS 12 de Setembro de 2011 ÍNDICE DA APRESENTAÇÃO 1. ENQUADRAMENTO OBJECTIVOS

Leia mais

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE VALE DO GROU TERMOS DE REFERÊNCIA 1/8

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE VALE DO GROU TERMOS DE REFERÊNCIA 1/8 PLANO DE URBANIZAÇÃO DE VALE DO GROU TERMOS DE REFERÊNCIA 1/8 Índice 1. Introdução 2. Enquadramento legal do plano 3. Enquadramento territorial da área de intervenção 4. Oportunidade da elaboração do plano

Leia mais

Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo da Região Autónoma da Madeira (PSOEM-Madeira) Subárea 2 da ZEE Um Mar com Futuro

Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo da Região Autónoma da Madeira (PSOEM-Madeira) Subárea 2 da ZEE Um Mar com Futuro Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo da Região Autónoma da Madeira (PSOEM-Madeira) Subárea 2 da ZEE Um Mar com Futuro 1ª Reunião Plenária da Comissão Consultiva da Madeira 8 de abril de

Leia mais

RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO DE PARECERES OUTUBRO DE 2017

RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO DE PARECERES OUTUBRO DE 2017 PLANO DE PORMENOR DO PENELI PARQUE EMPRESARIAL PARA NOVAS ESTRATÉGIAS DE LOCALIZAÇÃO DO INVESTIMENTO RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO DE PARECERES OUTUBRO DE 2017 GPUP_Pl_01.01 / outubro de 2017 PP PENELI Ponderação

Leia mais

Plano Director Municipal Monção

Plano Director Municipal Monção Plano Director Municipal Monção J u n h o 2 0 0 8 C â m a r a M u n i c i p a l d e M o n ç ã o Avaliação Ambiental Estratégica Relatório Ambiental Lugar do Plano, Gestão do Território e Cultura Rua de

Leia mais

ANEXOS. Anexo I - Relatório Ambiental. Plano de Ordenamento da Albufeira do Ermal Fase 4 Declaração Ambiental

ANEXOS. Anexo I - Relatório Ambiental. Plano de Ordenamento da Albufeira do Ermal Fase 4 Declaração Ambiental ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...3 2. FORMA COMO AS CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS E O RELATÓRIO AMBIENTAL FORAM INTEGRADOS NO POA DO ERMAL...3 3. OBSERVAÇÕES APRESENTADAS DURANTE A CONSULTA REALIZADA NOS TERMOS DOS ARTIGO

Leia mais

1 TERMOS DE REFERÊNCIA (Artigo 74.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial)

1 TERMOS DE REFERÊNCIA (Artigo 74.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial) município de Arcos de Valdevez Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território 1 TERMOS DE REFERÊNCIA (Artigo 74.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial) O presente documento, consubstancia

Leia mais

Plano de Pormenor da Praia Grande. Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território

Plano de Pormenor da Praia Grande. Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território Índice 1. Localização e Termos de referência 2. Eixos Estratégicos e Objetivos 3. Enquadramento legal 4. Diagnóstico 5. Proposta 6. Concertação

Leia mais

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O TERMOS DE REFERÊNCIA M u n i c í p i o d e M o n t e m o r - o - N o v o S e r v i ç o P l a n e a m e n t o e O r d e n

Leia mais

TERMOS E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS DE PÓS-AVALIAÇÃO

TERMOS E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS DE PÓS-AVALIAÇÃO TERMOS E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS DE PÓS-AVALIAÇÃO O presente documento estabelece os termos e as condições para a realização das auditorias a efetuar no âmbito da Pós-Avaliação de projetos

Leia mais

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA UOPG3 DE HOTELARIA TRADICIONAL ALVOR - PORTIMÃO TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA UOPG3 DE HOTELARIA TRADICIONAL ALVOR - PORTIMÃO TERMOS DE REFERÊNCIA PLANO DE URBANIZAÇÃO DA UOPG3 DE HOTELARIA TRADICIONAL TERMOS DE REFERÊNCIA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTIMÃO 2012 Índice 1 Introdução; 2 Enquadramento territorial da área de Intervenção; 3 Enquadramento Jurídico;

Leia mais

temos um plano para si!

temos um plano para si! temos um plano para si! PDM Plano Director Municipal de Manteigas objectivos 1. como chegámos à proposta de Plano 2. a proposta de Plano 3. o Programa de Execução do Plano 4. debate e esclarecimentos sobre

Leia mais

Contratualizar ou municipalizar?

Contratualizar ou municipalizar? Contratualizar ou municipalizar? 1 As CIM destinam -se à prossecução dos seguintes fins públicos: a) Promoção do planeamento e da gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e ambiental

Leia mais

ACTA DA 41.ª REUNIÃO SECTORIAL NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PDM DE VILA NOVA DE GAIA (13 DE JUNHO DE 2007)

ACTA DA 41.ª REUNIÃO SECTORIAL NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PDM DE VILA NOVA DE GAIA (13 DE JUNHO DE 2007) ACTA DA 41.ª REUNIÃO SECTORIAL NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PDM DE VILA NOVA DE GAIA (13 DE JUNHO DE 2007) A 41.ª Reunião Sectorial do PDM de Vila Nova de Gaia, em que participaram representantes da CCDR-N,

Leia mais

APOIO AO EMPREENDEDORISMO)

APOIO AO EMPREENDEDORISMO) PLANO DE PORMENOR - EXPANSÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE ALJUSTREL (CONSOLIDAÇÃO E CONCLUSÃO DAS INFRAESTRUTURAS DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO) TERMOS DE REFERÊNCIA 1. Introdução 2. Oportunidade da elaboração

Leia mais

Os Recursos Geológicos na Região do Norte: Ambiente e Ordenamento do Território

Os Recursos Geológicos na Região do Norte: Ambiente e Ordenamento do Território Os Recursos Geológicos na Região do Norte: Ambiente e 9 de Outubro de 2008 ISEP Recursos Geológicos: Pressupostos Instrumentos Programáticos de Instrumentos Programáticos de Ordenamento Sectorial Acção

Leia mais

Ordenamento do Espaço Rural

Ordenamento do Espaço Rural Ordenamento do Espaço Rural Ano lectivo 2005/2006 Capítulo 4 Ordenamento do Espaço Rural 1 4.1 A Política Nacional de Ordenamento do Território 2 Ordenamento do Território Assenta no sistema de gestão

Leia mais

O sistema de gestão territorial Âmbito territorial Tipos de Instrumentos de Gestão Territorial

O sistema de gestão territorial Âmbito territorial Tipos de Instrumentos de Gestão Territorial Sumário O sistema de gestão territorial Âmbito territorial Tipos de Instrumentos de Gestão Territorial Caracterização dos Instrumentos de Gestão Territorial (IGT) Objectivos e conteúdos Composição Exemplos

Leia mais

Utilização da COS no Município de LEIRIA. LUISA GONÇALVES

Utilização da COS no Município de LEIRIA. LUISA GONÇALVES Utilização da COS no Município de LEIRIA LUISA GONÇALVES lgoncalves@cm-leiria.pt abril 2018 I Revisão do Plano Diretor Municipal II Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios III- Análise das

Leia mais

1. Introdução / Enquadramento Legal Orientações Sectoriais Situações de Conflito 3. Localização das Áreas de Conflito 4

1. Introdução / Enquadramento Legal Orientações Sectoriais Situações de Conflito 3. Localização das Áreas de Conflito 4 Gestão Integrada de Projectos e Planeamento ÍNDICE 1. Introdução / Enquadramento Legal 2 2. Orientações Sectoriais 3 3. Situações de Conflito 3 Localização das Áreas de Conflito 4 Quadro Síntese com a

Leia mais

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA PRAIA DA TOCHA (REVISÃO)

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA PRAIA DA TOCHA (REVISÃO) PLANO DE URBANIZAÇÃO DA PRAIA DA TOCHA (REVISÃO) DISCUSSÃO PÚBLICA RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO ABRIL 2012 1. O ENQUADRAMENTO LEGAL DO PERÍODO DA DISCUSSÃO PÚBLICA A elaboração da Revisão do Plano de Urbanização

Leia mais

Delimitação da Reserva Ecológica do Município de Fornos de Algodres. Áreas da REN afetadas Fim a que se destina Síntese da Fundamentação

Delimitação da Reserva Ecológica do Município de Fornos de Algodres. Áreas da REN afetadas Fim a que se destina Síntese da Fundamentação Diário da República, 1.ª série N.º 93 13 de maio de 2016 1565 Delimitação da Reserva Ecológica do Município de Fornos de Algodres (n.º de Ordem) Áreas da REN afetadas Fim a que se destina Síntese da Fundamentação

Leia mais

REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ARGANIL AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RESUMO NÃO TÉCNICO VOLUME 7

REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ARGANIL AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RESUMO NÃO TÉCNICO VOLUME 7 REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ARGANIL VOLUME 7 AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RESUMO NÃO TÉCNICO NOVEMBRO 2012 Índice 1. Introdução... 5 2. Metodologia da Avaliação Ambiental Estratégica... 6

Leia mais

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE URBANO

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE URBANO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE URBANO PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA ECO XXI PERCURSO. O Município do Fundão iniciou a sua participação no programa ECO XXI no ano 2007.. Participou nos anos 2008, 2009,

Leia mais

EIXO PRIORITÁRIO V ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Convite Público à Apresentação de Candidaturas no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Governação

EIXO PRIORITÁRIO V ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Convite Público à Apresentação de Candidaturas no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Governação EIXO PRIORITÁRIO V ASSISTÊNCIA TÉCNICA Convite Público à Apresentação de Candidaturas no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Governação EIXO PRIORITÁRIO V ASSISTÊNCIA TÉCNICA Convite Público à

Leia mais

PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA

PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA 2007-2013 Outubro de 2008 Plano de do aprovado em 23 De Dezembro de 2008 pela Comissão 1 ÍNDICE 1. AVALIAÇÃO DO PROGRAMAS OPERACIONAIS 2007-2013...3

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE POLÍTICAS E MEDIDAS

RELATÓRIO SOBRE POLÍTICAS E MEDIDAS RELATÓRIO SOBRE POLÍTICAS E MEDIDAS NO ÂMBITO DO ARTIGO 13.º, ALÍNEA 1 (A) DO REGULAMENTO (UE) N.º 525/2013 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO E ARTIGO 20.º DO REGULAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DA COMISSÃO

Leia mais

ÁREAS DE EQUIPAMENTO:

ÁREAS DE EQUIPAMENTO: lii \l)vo LI'? _ (\.Â.~ ~o ~'2-.1~ ~ c:.. _. Proposta de alteração (\ I PROPOSTA DE AL TE AÇÃO DO PDM DE ílhavo ÁREAS DE EQUIPAMENTO: I - ANTECEDENTES 1.1 - Deliberação de CMII participação preventiva

Leia mais

1.ªREVISÃO DO PDM DE PROENÇA-A-NOVA. Avaliação Ambiental Estratégica Relatório Ambiental

1.ªREVISÃO DO PDM DE PROENÇA-A-NOVA. Avaliação Ambiental Estratégica Relatório Ambiental 1.ªREVISÃO DO PDM DE PROENÇA-A-NOVA Avaliação Ambiental Estratégica JANEIRO 2015 ÍNDICE DE TEXTO 1. INTRODUÇÃO... 6 1.1. Enquadramento Legal... 6 1.2. Objetivos da AAE... 7 1.3. Conteúdo do... 8 2. FASEAMENTO

Leia mais

PROGRAMA DE EXECUÇÃO REVISÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE PAREDES. Maio 2015

PROGRAMA DE EXECUÇÃO REVISÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE PAREDES. Maio 2015 REVISÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE PAREDES PROGRAMA DE EXECUÇÃO I Câmara Municipal de Paredes Parque José Guilherme Telef. 255788800 Fax 255782155 Maio 2015 Programa de Execução Introdução O

Leia mais

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA VILA SANTA TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA VILA SANTA TERMOS DE REFERÊNCIA PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA VILA SANTA TERMOS DE REFERÊNCIA Estremoz, Fevereiro de 2016 1. INTRODUÇÃO Nos termos do disposto no n.º 5 do artigo 2.º, do artigo 69.º e artigo 76.º do D.L. n.º

Leia mais

Proteção Civil e o Ordenamento do Território

Proteção Civil e o Ordenamento do Território Proteção Civil e o Ordenamento do Território Carlos Cruz Proteção Civil e o Ordenamento do Território A proteção civil é a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Ciências Sociais e Ambiente 3º ano, 1º semestre

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Ciências Sociais e Ambiente 3º ano, 1º semestre Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente 3º ano, 1º semestre Risco, vulnerabilidade e desastre (II) 1 ANÁLISE HAZARD VULNERABILIDADE ACÇÃO RESPOSTA GESTÃO DO RISCO Sumário 1 Política pública e gestão

Leia mais

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA 1. Introdução 2. Oportunidade da elaboração do Plano 3. Enquadramento do plano nos instrumentos de gestão territorial 4.

Leia mais

Existência de equipas de Sapadores Florestais. Existência de investigação das causas de incêndios.

Existência de equipas de Sapadores Florestais. Existência de investigação das causas de incêndios. CADERNO FICHA 8. PREVENÇÃO 8.4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS O presente documento constitui uma Ficha que é parte integrante de um Caderno temático, de âmbito mais alargado, não podendo, por isso, ser interpretado

Leia mais