INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO

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1 NATALIA GIROTTO INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO UNICID SÃO PAULO 2012

2 Ficha Elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID G527i Girotto, Natalia. Incidência de lesões em jogadores de handebol: um estudo de coorte prospectivo. / Natalia Girotto. --- São Paulo, p. Bibliografia Dissertação (Mestrado) Universidade Cidade de São Paulo - Orientador: Prof. Dr. 1. Traumatismos em atletas. 2. Esportes. 3. Epidemiologia. 4. Fisioterapia. I. Título. CDD

3 NATALIA GIROTTO INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo como requisito exigido para obtenção do título de mestre sob orientação do Prof. Dr. Alexandre Dias Lopes e coorientação da Profª Ms. Maria Rita Cardoso Gomes. Área de concentração: Avaliação, Intervenção e Prevenção em Fisioterapia. COMISSÃO JULGADORA: Prof. Dr. Alexandre Dias Lopes Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) Prof. Dr. Alberto de Castro Pochini Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Prof. Dr. Richard Eloin Liebano Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

4 SUMÁRIO CAPÍTULO 1: Contextualização Introdução Apresentação dos estudos envolvidos na dissertação Referências CAPÍTULO 2: Incidência de lesões em jogadores de handebol durante o Campeonato Paulista 2011: um estudo de coorte prospectivo Resumo Abstract Introdução Métodos Resultados Discussão Conclusão Referências Anexo CAPÍTULO 3: Incidência de lesões em jogadores de handebol durante o Campeonato da Liga Nacional 2011: um estudo de coorte prospectivo Resumo Introdução Métodos Resultados Discussão Conclusão Referências... 62

5 Anexos CAPÍTULO 4: Considerações Finais Importância dos resultados e implicações para pesquisas futuras Material Suplementar...72 Instruções aos autores Revista Brasileira de Medicina do Esporte (RBME) Deferimento do Comitê de Ética em Pesquisa... 85

6 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente as pessoas mais importantes da minha vida, minha família, não tenho palavras para descrever o amor, o carinho, e a gratidão que sinto por vocês. Vocês são meu alicerce e digo-lhes que sem vocês nada disso seria possível. Mãe e Pai a distância que existe entre nós nunca influenciou e nunca influenciará em nossas vidas. Obrigada por acreditarem no meu potencial e estarem sempre presentes, me apoiando com suas palavras amigas. Amo vocês eternamente. Mah, você é a melhor irmã do mundo, esta conquista também pertence a você. Obrigada pelas tardes de sábado em São Paulo, estar ao seu lado é alegria garantida, te amo muito. Família Tavares, vocês me proporcionaram durante estes anos a melhor hospedagem de São Paulo. Não somos irmãs de sangue, mas tenho uma consideração por vocês inexplicável, amo cada uma de vocês, Débora, Lilica, Angela, Daiana, e é claro que não poderia esquecer da minha mãe Cida e o meu pai Tatá. Tia Ana, sou eternamente grata por você, pelo seu carinho, preocupação, amor, por sua ajuda, independente da hora e do dia. Pelo aconchego da sua casa e cama quentinha. Obrigada por tudo que você me proporcionou, te amo. Agradeço a todos os professores do Programa de Mestrado da Universidade Cidade de São Paulo, pelo conhecimento em todas as áreas. Em especial ao professor, orientador e amigo Dr. Alexandre Dias Lopes, por ter acreditado no meu potencial e não medir esforços para me ajudar. Alê sou eternamente grata a você. Obrigada de coração.

7 Agradeço ao grupo SPRunIG pelo apoio de todas as manhãs de quinta-feira, com ricas discussões de artigos e também pela alegria e companhia. Em especial ao um grande amigo, Luiz Carlos Hespanhol Junior, te admiro muito. Obrigada por tudo, tudo mesmo. Desejo a você muito sucesso. Gostaria de agradecer a minha co-orientadora profª. Ms. Maria Rita Cardoso Gomes, obrigada por abrir as portas do handebol para a realização da nossa pesquisa. Por fim tenho que agradecer essa conquista a Deus, obrigada por estar ao meu lado em todo momento.

8 8 - CAPÍTULO 1 - CONTEXTUALIZAÇÃO

9 9 1.1 INTRODUÇÃO A Dinamarca, Alemanha e Suécia são considerados os pioneiros do handebol. Em 1917, Max Heiser formulou as regras oficiais de handebol feminino. Dois anos mais tarde, Karl Schelenz acrescentou e propôs as regras para os homens 1. Nos anos 20 do século passado, após a I Grande Guerra Mundial, o handebol chegou no Brasil trazido por imigrantes alemães. No estado de São Paulo o esporte obteve seu maior desenvolvimento. Em 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol 2, primeira federação estadual criada no país. O handebol é um jogo que permite o contato físico entre os atletas. Os principais movimentos são os dribles, os passes e arremessos. É jogado em recinto fechado por ambos os gêneros 3. Um jogo de handebol é caracterizado por repetidos movimentos de corrida com acelerações, arrancadas, saltos e rápidas mudanças de direção 4. Vários autores analisaram a incidência de lesões no handebol, porém para a maioria dos autores os resultados são difíceis de serem comparados porque os estudos são muito heterogêneos, pois utilizam diferentes definições de lesões, além de períodos de acompanhamento e diferentes tipos de atletas (por exemplo, estudos com atletas recreacionais e estudos com atletas profissionais) 5-8. Em 1988 foi realizado um dos primeiros estudos prospectivos sobre o handebol. Neste estudo os pesquisadores avaliaram jogadores de equipes dinamarquesas, com idade entre 7 e 18 anos, observando a incidência de 10 lesões/1000 horas de jogo 9. Outro estudo realizado com jogadores de handebol no ano 1996, também em equipes dinamarquesas avaliaram retrospectivamente jovens jogadores com idade de 16 a 18 anos e constataram uma alta incidência de 41 lesões/1000 horas de jogo 7.

10 10 Em 1997, foi realizado um estudo prospectivo que acompanhou por duas temporadas atletas de handebol noruegueses de três diferentes divisões 10. Foi mensurada a incidência das lesões do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) e Ligamento Cruzado Posterior (LCP) em ambos os gêneros. Foi observado uma alta taxa de incidência entre os atletas da 1ª divisão quando comparados aos atletas das outras duas divisões. Foram registradas 93 lesões (87 lesões do LCA e 6 lesões do LCP). O gênero feminino obteve uma maior taxa de incidência de lesões (63%) quando comparado com as taxas nos homens (37%). Nesse estudo o risco de lesão foi registrado por 1000 horas de jogos e treinos. As atletas da 1ª divisão obtiveram uma taxa de lesão de 1,62/1000 horas, na 2ª divisão uma taxa de 1,82/1000 horas e 0,72/1000 horas na 3ª divisão. Entre os homens foi observado uma taxa de lesão de 0,54/1000 horas para os atletas da 1ª divisão, 0,84/1000 horas para os atletas da 2ª divisão e 0,27/1000 horas para os jogadores da 3ª divisão 10. No estudo realizado por Olsen e col. (2006), teve o objetivo de verificar o padrão de lesões em equipes jovens de ambos os gêneros de handebol na Noruega, foi realizado um estudo de coorte prospectivo com dois métodos diferentes de registro. Um método de registro foi feito durante as partidas realizado pelo delegado da partida após colher informações com os técnicos das equipes participantes. O 2º método foi feito pela comissão técnica das equipes participantes, com o objetivo de reportar todas as lesões que ocorreram durante os treinos e jogos durante uma temporada 11. O método de registro de partidas observou que das 50 lesões referidas, 49 foram lesões agudas e apenas uma lesão foi por sobrecarga. Não se observou diferenças na taxa de lesão entre gêneros. A metade das lesões ocorreu nas articulações dos joelhos e tornozelos (29% e 21% respectivamente). Os tipos de lesão mais comumente relatadas foram a entorse (35%), seguido pela contusão

11 11 (33%). O método de registro técnico, realizado pela comissão técnica verificou 118 lesões, sendo que 93 (79%) lesões foram relatas como agudas e 25 (21%) por sobrecarga. O principal local acometido foi a região do joelho (15 lesões durante os jogos e nove durante os treinos). O tipo mais comum de lesão foi a entorse 38%, seguido pela contusão 16%. A incidência de lesões agudas foi de 2,3/1000 horas de exposição (2,4/1000 horas para mulheres e 1,9/1000 horas para os homens) 11. Outro estudo prospectivo realizado na Noruega em 1998, verificou a incidência de lesões entre os gêneros de atletas de equipes amadoras ou semi-profissionais durante três temporadas 12. Foi verificado 28 lesões do LCA, sendo que 23 lesões ocorreram nas mulheres (0,31/1000horas) e cinco ocorreram em homens (0,06/1000horas). O mecanismo da lesão de 25 lesões ocorreu sem contato físico com outros atletas e apenas três lesões ocorreram após o contato físico. A incidência de lesões foi cinco vezes maior no gênero feminino, assim como as lesões ocorreram em um número 30 vezes maior em jogos do que em treinos 12. Um estudo realizado na Alemanha em 1998, acompanhou prospectivamente 16 equipes amadoras e semi-profissionais por um ano. Os autores desse estudo relataram que das 91 lesões observadas, 70 lesões ocorreram em jogos (77%) e 21 lesões em treinos (23%). A taxa de incidência observada foi de 14,3/1000 horas para jogos e 0,6/1000 horas para treinos. As lesões ocorreram 24 vezes mais em jogos do que em treinamentos. O principal tipo de lesão foi entorse com 46%, e o local mais acometido foi o joelho, de 18 (19,8%) das 91 lesões. A média de afastamento dos jogadores devido à lesão foi de três semanas 13. Um estudo retrospectivo de handebol realizado por Tsigilis e Hatzimanouil (2005), realizado com jogadores de equipes gregas do gênero masculino, reportou dados referentes à três divisões. Os autores observaram as taxas de incidência de

12 12 lesão de 216 equipes (72 equipes da 1ª divisão, 72 equipes da 2ª divisão e 72 equipes que participaram somente de campeonatos locais). Os jogos realizados na 1ª divisão apresentaram taxa de lesão 0,96 lesões/1000 horas, na 2ª divisão taxas de 1,02 lesões/1000 horas de jogos e 1,44 lesões/1000 horas de jogos para campeonatos locais. Os resultados deste estudo mostram que a porcentagem dos jogadores lesionados foi elevada (42,6%) 14. Até o momento não são encontrados estudos prospectivos realizado com praticantes brasileiros de handebol. Essa dissertação tem como objetivos: 1) Identificar a incidência de lesões musculoesqueléticas em jogadores de elite handebol. 2) Traçar o perfil das lesões musculoesqueléticas.

13 APRESENTAÇÃO DOS ESTUDOS ENVOLVIDOS NA DISSERTAÇÃO O capítulo 2 e o capítulo 3 desta dissertação apresentam um estudo de coorte prospectivo realizado durante os dois principais campeonatos brasileiros da temporada de O capítulo 2 refere-se a um estudo com acompanhamento do Campeonato Paulista de Handebol. Esse estudo foi submetido para a Revista Brasileira de Medicina do Esporte (RBME) (normas para submissão na seção material suplementar desta dissertação). O capítulo 3 refere-se a um estudo com acompanhamento durante o Campeonato da Liga Nacional. Este estudo está em fase de preparação para submissão. As considerações finais da dissertação, enfatizando e discutindo os principais resultados encontrados nos estudos relacionados à esta dissertação estão no Capítulo 4, que também procurou discorrer sobre a importância dos resultados observados nessa dissertação, além de implicações para futuras pesquisas.

14 REFERÊNCIAS 1. Federação Internacional de Handebol (Accessed 2012, at 2. Confederação Brasileira de Handebol (Accessed 2012, at 3. Vlak T, Pivalica D. Handball: the beauty or the beast. Croatian medical journal 2004;45: Ronglan LT, Raastad T, Borgesen A. Neuromuscular fatigue and recovery in elite female handball players. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2006;16: Langevoort G, Myklebust G, Dvorak J, Junge A. Handball injuries during major international tournaments. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2007;17: Seil R, Rupp S, Tempelhof S, Kohn D. [Injuries during handball. A comparative, retrospective study between regional and upper league teams]. Sportverletzung Sportschaden : Organ der Gesellschaft fur Orthopadisch- Traumatologische Sportmedizin 1997;11: Wedderkopp N, Kaltoft M, Lundgaard B, Rosendahl M, Froberg K. Injuries in young female players in European team handball. Scandinavian journal of medicine & science in sports 1997;7: Yde J, Nielsen AB. Sports injuries in adolescents' ball games: soccer, handball and basketball. British journal of sports medicine 1990;24: Nielsen AB, Yde J. An epidemiologic and traumatologic study of injuries in handball. International journal of sports medicine 1988;9: Myklebust G, Maehlum S, Engebretsen L, Strand T, Solheim E. Registration of cruciate ligament injuries in Norwegian top level team handball. A prospective study covering two seasons. Scandinavian journal of medicine & science in sports 1997;7: Olsen OE, Myklebust G, Engebretsen L, Bahr R. Injury pattern in youth team handball: a comparison of two prospective registration methods. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2006;16:

15 Myklebust G, Maehlum S, Holm I, Bahr R. A prospective cohort study of anterior cruciate ligament injuries in elite Norwegian team handball. Scandinavian journal of medicine & science in sports 1998;8: Seil R, Rupp S, Tempelhof S, Kohn D. Sports injuries in team handball. A oneyear prospective study of sixteen men's senior teams of a superior nonprofessional level. The American journal of sports medicine 1998;26: Tsigilis N, Hatzimanouil D. Injuries in handball: Examination of the risk factors. European Journal of Sport Science 2005;5:

16 16 - CAPÍTULO 2 - INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL DO CAMPEONATO PAULISTA 2011: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO

17 17 INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL DURANTE O CAMPEONATO PAULISTA 2011: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO Natalia Girotto 1, Luiz Carlos Hespanhol Junior 1, Maria Rita Cardoso Gomes 2, Alexandre Dias Lopes 1 1- Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo - SP 2- Professora Mestre dos Cursos de Saúde Coletiva e Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo - SP NOME E ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Natalia Girotto tel.: (11) Rua Cesário Galeno, 448/475 São Paulo, SP CEP: girotto.natalia@gmail.com

18 RESUMO Introdução: O handebol é um esporte com grande solicitação do aparelho musculoesquelético com frequentes contatos físicos entre os jogadores. Assim, pode ser esperada uma considerável taxa de incidência de lesões. Objetivo: Identificar a incidência de lesões musculoesqueléticas em jogadores de elite de handebol participantes do Campeonato Paulista durante a temporada de 2011, e traçar o perfil destas lesões. Métodos: Oito equipes participaram do estudo, sendo cinco equipes femininas (n=79) e três equipes masculinas (n=46). No total, 125 atletas foram acompanhados durante a participação do Campeonato Paulista 2011, realizado entre maio e novembro. Semanalmente as equipes foram contatadas para informar os dados referentes ao volume de treinamento, número de jogos e informações sobre as lesões musculoesqueléticas ocorridas no período. Resultados: Durante a temporada foi constatado um total de 99 lesões em 61 jogadores com uma incidência de 48,8% ou 4,7 lesões/1000 horas de exposição. As lesões mais comumente relatadas entre as equipes femininas e masculinas foram as entorses (27,3%, n=27). O membro inferior foi o principal segmento corporal que apresentou lesão, sendo a articulação do tornozelo o principal local acometido com 19,2% (n=19) das lesões. A maioria das lesões ocorreram devido ao contato físico com os adversários (41,4%, n=41). As lesões tiveram uma taxa de 2,8/1000 horas de treino e 34,1/1000 horas de jogo entre as mulheres e 2,0/1000 horas de treino e 40,0/1000 horas de jogo entre os homens. Conclusão: A incidência de lesões foi de 48,8% (n=61) e o número de lesões por 1000 horas durante os jogos foi mais alta em comparação com as lesões ocorridas durante os treinos. As principais lesões ocorreram na extremidade inferior, principalmente na articulação do tornozelo, e o tipo de lesão que prevaleceu foi a entorse.

19 Palavras-Chave: Epidemiologia, Lesões Esportivas, Fisioterapia. 19

20 ABSTRACT Introduction: Handball leads to a high load in the musculoskeletal tissues. Physical contact between players is common in this sport that contribute to this high load. Therefore, there is a high incidence of injuries in handball players. Objective: To describe the musculoskeletal injuries in the elite handball players participating of the Paulista Championship during the 2011 season. Methods: Eight teams participated in this prospective cohort study: five female teams (n=79) and three male teams (n=46). Overall, 125 athletes were followed during the Paulista Championship 2011 held between May and November. The teams were contacted to report data relating to the volume of training, games and information on injuries each week during the season. Results: During the season 99 injuries were recorded in 61 handball players with the incidence of 48,8% or 4,7 injuries/1000 hours of exposure. The most common type of injuries recorded in male and female teams were sprains (27,3%, n=27). The most common anatomic location affected by the injuries was the ankle (19,2%, n=19). The majority of injuries occurred due to physical contact with the opponents (41,4%, n=41). The incidence rate of injury in games was 34,1 injuries/1000 hours of exposure for women and 40 injuries/1000 hours of exposure for men. Conclusion: The incidence of injuries was 48,8% (n=61) and injuries were higher during games than during training. The majority of injuries occurred at the lower limb, especially in ankle. The major type of injury was sprain. Keywords: Epidemiology, Sports Injuries, Physiotherapy.

21 INTRODUÇÃO O handebol é um dos esportes mais populares na Europa após o futebol, voleibol e basquetebol 1. O potencial de lesões nesta modalidade está relacionado às constantes colisões entre os jogadores e repetidos saltos. Além do fato, das regras do handebol permitirem um contato físico significativo, em comparação a outros esportes 2,3. Alguns estudos foram feitos com o objetivo de se verificar a incidência das lesões no handebol 2,4-7. Grande parte dos estudos sobre handebol foram realizados em países escandinavos 5,6,8-12, o que limita a extrapolação dos resultados observados nesses estudos para a população de países que apresentam características muito distintas dos países nórdicos. A criação de um projeto que vise a prevenção de lesões esportivas necessita primeiramente estabelecer quais são as principais lesões da modalidade e qual é a extensão da lesão. Após determinada as principais lesões para a população em questão, é necessário estabelecer a etiologia e o mecanismo das lesões, para então propor medidas preventivas, assim como avaliar a eficácia das medidas preventivas propostas 13. O estudo proposto é o primeiro estudo de coorte prospectivo realizado no Brasil na modalidade de handebol, cujo objetivo foi o de estabelecer quais são as principais lesões musculoesqueléticas dos jogadores de handebol de elite brasileiros.

22 MÉTODOS Das 16 equipes inscritas (8 equipes femininas e 8 masculinas) no Campeonato Paulista adulto, oito equipes participaram do estudo (5 equipes femininas, n= 79; e 3 equipes masculinas, n= 46). No total, 125 atletas foram acompanhados durante a participação do Campeonato Paulista 2011, que foi realizado entre maio e novembro de 2011 (aproximadamente sete meses). Três equipes se recusaram a participar do estudo e outras cinco equipes não foram elegíveis para participarem do estudo, pois estavam participando de outros campeonatos simultaneamente ao período de realização deste estudo. Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Cidade de São Paulo (protocolo ), assim como autorizado pela Federação Paulista de Handebol (FPHb). O primeiro contato foi feito pessoalmente com os membros da comissão técnica (fisioterapeutas, técnicos e/ou auxiliares técnicos), com o objetivo de explicar como a pesquisa seria conduzida. Posteriormente se obteve através dos pesquisadores do estudo ou por membros da comissão técnica, os dados pessoais de cada atleta e objetivou coletar (nome, idade, altura, peso, membro dominante e as informações sobre lesões pregressas em até seis meses antes do início do estudo). Para o registro de exposição de treinos e jogos os membros da comissão técnica das equipes participantes receberam uma planilha e foram orientados a preencher semanalmente essa planilha com as informações referentes ao volume de treinamentos e jogos (carga horária dos treinamentos e jogos, número de treinos, treinos de musculação e treinos físicos assim como o número de jogos). Também foram registradas pelos membros da comissão técnica (fisioterapeutas, técnicos e/ou auxiliares técnicos) todas as lesões que ocorreram durante as sessões de

23 23 treinamento ou durante as partidas de handebol, a descrição da localização anatômica e classificação do tipo da lesão 14. Informações adicionais sobre a característica das lesões referidas no período foram adquiridas, como o registro da posição do jogador, o tipo de piso onde ocorreu a lesão, o mecanismo da lesão (com contato físico, sem contato ou por sobrecarga), a situação da lesão (treino ou jogo) e se houve ou não recorrência desta lesão (até dois meses, de dois a 12 meses ou acima de um ano). Semanalmente entrávamos em contato através de ligações telefônicas ou por com os responsáveis de cada equipe, com intuito de registrar o tempo de exposições de treinos e jogos, além do registro das lesões que ocorreram nesse período. A definição de lesão recorrente e outras definições pertinentes ao estudo estão descritas na tabela 1. Análise Estatística Foram realizadas análises descritivas das características pessoais e do treinamento dos jogadores, da localização anatômica e do tipo de lesões referidas pelos fisioterapeutas, técnicos e/ou auxiliares técnicos). A normalidade dos dados contínuos foi realizada pela inspeção visual dos histogramas. Os dados que tiveram distribuição normal foram apresentados por média e desvio padrão, e os que apresentaram uma distribuição normal foram apresentados por mediana e intervalo interquartil. A taxa de incidência de lesões foi calculada em função do número de lesões ocorridas durante o estudo dividido pela soma das horas de exposição em treinos, jogos ou total (treinos e jogos), sendo expressa em quantidade de lesões por 1000 horas de exposição. Foi calculado o risco relativo das características das lesões (lesão em treino, lesão em jogo, tipo de piso, mecanismo da lesão e lesão

24 24 prévia referida) em função do gênero. Todas as análises foram realizadas pelo software SPSS versão 17.0.

25 RESULTADOS Foram registradas ao todo 99 lesões, em 61 atletas (48,8%) dos 125 jogadores participantes do estudo, sendo 41 mulheres (67,2%) e 20 homens (32,8%). A prevalência de lesão musculoesquelética relacionada à prática do handebol nos últimos seis meses que antecederam o estudo foi de 54,4% (n = 68). A descrição dos indivíduos que participaram do estudo está descrita em detalhes na tabela 2. Tabela 1. Definições de termos utilizados no estudo População Jogadores (masculino e feminino) que participam do Campeonato Paulista de handebol no ano de Lesão musculoesquelética Lesão por sobrecarga Lesão com contato Lesão sem contato Gravidade da lesão Recorrência da lesão Lesões prévias Dor de origem musculoesquelética relacionada à prática de handebol que levou a interrupção ou a perda de treino ou jogo; ou que levou o atleta a procurar por atendimento médico 15. Lesão causada por sobrecarga repetida sem a existência de um evento responsável pelo início da lesão 6. Lesão resultante de um evento específico associada a um trauma direto 6. Lesão resultante de um evento específico não associada a um trauma direto. Tempo de afastamento do atleta causado pela lesão. Lesões Leves (0 a 1 dia), Moderadas (2 a 7 dias) ou Lesões Graves (acima de 7 dias). Repetição de uma lesão como a mesma característica de uma lesão observada anteriormente no mesmo local anatômico. A lesão recorrente foi divida em três períodos: de 0 a 2 meses, 2 a 12 meses, ou mais de 12 meses. Lesão anterior ao início do estudo que levou o jogador a interrupção ou a perda de jogo ou treino de handebol até seis meses antes de iniciar o estudo 9.

26 26 Tabela 2. Descrição das características dos jogadores de handebol durante o período de acompanhamento do estudo (sete meses) Total Mulheres Homens (n = 125) (n = 79) (n = 46) Idade (anos) 21,0 (19,0) 21,0 (19,0) 20,0 (20,0) Peso (kg) 73,8 (12,5) 67,1 (7,4) 85,2 (11,2) Altura (m) 1,75 (9,2) 1,70 (5,3) 1,84 (7,4) IMC (Kg/cm²) 23,3 (2,5) 22,6 (2) 24,5 (2,7) Membro Dominante Destro 86,4% (108) 91,1% (72) 78,3% (36) Canhoto 13,6% (17) 8,9% (7) 21,7% (10) Lesão durante o acompanhamento Sim 48,8% (61) 51,9% (41) 43,5% (20) Não 51,2% (64) 48,1% (38) 56,5% (26) Lesão prévia (6 meses) Sim 54,4% (68) 43,0% (34) 73,9% (34) Não 45,6% (57) 57,0% (45) 26,1% (12) Todos os dados contínuos estão expressos em média e desvio padrão, exceto a idade que está expressa por mediana e intervalo interquartil. Todos os dados categóricos estão expressos em porcentagem e frequência. A tabela 3 descreve as características das lesões apresentadas pelos jogadores durante os treinamentos e/ou jogos no período de realização do acompanhamento. Foi verificado que das 99 lesões observadas no estudo, 20 foram lesões recorrentes em ambos os gêneros. A tabela 4 descreve os principais locais acometidos durante o campeonato nos jogadores de elite. A tabela 5 descreve os principais tipos de lesões que acometeram os jogadores durante o período de acompanhamento do estudo. A tabela 6 refere-se à porcentagem das lesões para cada posição de jogo. Na tabela 7 é possível observar o número de lesões, tempo de exposição e taxa de lesão a cada 1000 horas dos jogadores participantes do estudo. Na tabela 8 é possível verificar o risco relativo das características das lesões em ambos os gêneros.

27 27 Tabela 3. Descrição das características das lesões nos jogadores de handebol durante o período de acompanhamento do estudo. Total Mulheres Homens Gravidade da lesão (n = 99) (n = 70) (n = 29) 0 a 1 dia (leve) 35,3% (35) 41,4% (29) 20,7% (6) 2 a 7 dias (moderada) 39,4% (39) 35,7% (25) 48,3% (14) > 7 dias (grave) 25,3% (25) 22,9% (16) 31,0% (9) Tipo de piso Cimento 64,7% (64) 74,3% (52) 41,4% (12) Madeira 24,2% (24) 17,1% (12) 41,4% (12) Sintético/emborrachado 11,1% (11) 8,6% (6) 17,2% (5) Situação da lesão Treino 50,5% (50) 51,4% (36) 48,3% (14) Inicio 26,0% (13) 22,2% (8) 35,7% (5) Meio 28,0% (14) 30,6% (11) 21,4% (3) Final 46,0% (23) 47,2% (17) 42,9% (6) Jogo 49,5% (49) 48,6% (34) 51,7% (15) 1º tempo 32,6% (16) 32,4% (11) 33,3% (5) 2º tempo 67,4% (33) 67,6% (23) 66,7% (10) Mecanismo de lesão Contato 41,4% (41) 38,6% (27) 48,3% (14) Sem contato 38,4% (38) 40,0% (28) 34,5% (10) Sobrecarga 20,2% (20) 21,4% (15) 17,2% (5) Posição do jogador Armação 51,6% (51) 57,2% (40) 37,9% (11) Ponta 22,2% (22) 17,1% (12) 34,5% (10) Goleiro 17,2% (17) 17,1% (12) 17,2% (5) Pivô 9,0% (9) 8,6% (6) 10,4% (3) Recorrência de lesão Total (n=20) Mulheres (n=13) Homens (n=7) Nos últimos 2 meses 25% (5) 23,1% (3) 28,6% (2) 2 a 12 meses 60% (12) 61,5% (8) 57,1% (4) > 12 meses 15% (3) 15,4% (2) 14,3% (1) Os dados estão apresentados com porcentagem e frequência. As lesões ocorridas na Situação de Treino estão categorizadas em Início (1/3 inicial do treino), Meio (2/3 médio do treino) e Final (3/3 final do treino). As lesões recorrentes possui um N diferente devido a não ter ocorrido com todos os jogadores do estudo.

28 28 Tabela 4. Descrição do local anatômico das lesões observadas no estudo. Local Anatômico Total (n=99) Mulheres (n=70) Homens (n=29) Face 2,0% (2) 2,9% (2) Cabeça 2,0% (2) 2,9% (2) Coluna lombar 7,1% (7) 7,1% (7) 6,9% (2) Pelve 1,0% (1) 1,4% (1) Membro Superior Ombro/clavícula 15,2% (15) 15,7% (11) 13,8% (4) Cotovelo 1,0% (1) 3,4% (1) Punho 2,0% (2) 2,9% (2) Mão 1,0% (1) 1,4% (1) Dedos 11,1% (11) 11,3% (8) 10,4% (3) Polegar 7,1% (7) 5,7% (4) 10,4% (3) Membro Inferior Região inguinal 2,0% (2) 2,9% (2) Coxa 10,1% (10) 10,0% (7) 10,4% (3) Joelho 14,2% (14) 18,6% (13) 3,4% (1) Perna 3,0% (3) 2,9% (2) 3,4% (1) Tendão calcâneo 1,0% (1) 1,4% (1) Tornozelo 19,2% (19) 12,9% (9) 34,5% (10) Pé/dedos 1,0% (1) 3,4% (1) Os dados estão apresentados com porcentagem e frequência.

29 29 Tabela 5. Descrição dos tipos de lesões observadas no estudo. Tipo de Lesão Total (n = 99) Mulheres (n = 70) Homens (n = 29) Entorse 27,3% (27) 22,9% (16) 37,9% (11) Joelho 5,1% (5) 7,1% (5) Tornozelo 19,2% (19) 12,9% (9) 34,5% (10) Contusão/hematoma/equimose 18,2% (18) 21,4% (15) 10,4% (3) MMSS 10,1% (10) 12,9% (9) 3,4% (1) MMII 6,1% (6) 7,1% (5) 3,4% (1) Tendinopatia 16,2% (16) 15,7% (11) 17,2% (5) Ombro 9,1% (9) 7,1% (5) 13,8% (4) Joelho 5,1% (5) 7,1% (5) Lesão Muscular 15,1% (15) 15,7% (11) 13,8% (4) Luxação/subluxação 7,1% (7) 4,3% (3) 13,8% (4) Fratura 7,1% (7) 7,1% (5) 6,9% (2) Câimbra ou espasmos 3,0% (3) 4,3% (3) Pinçamento/impacto 2,0% (2) 2,9% (2) Concussão 2,0% (2) 2,9% (2) Ruptura ligamentar # 1,0% (1) 1,4% (1) Laceração/abrasão/lesão pele 1,0% (1) 1,4% (1) Os dados estão apresentados com porcentagem e frequência. # A lesão de ruptura ligamentar referida está relacionada à lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) observada no estudo. Lesão muscular: distensões/ruptura muscular/estiramento

30 30 Tabela 6. Porcentagens de lesões para cada posição. Mulheres Homens Armação Ponta Pivô Goleiro Armação Ponta Pivô Goleiro Entorse Joelho 1,4% (1) 5,7% (4) Tornozelo 7,1% (5) 2,9% (2) 1,4% (1) 13,8% (4) 17,2% (5) 7,0% (2) Contusão/hematoma/equimose MMSS 10,0% (7) 2,9% (2) 3,5% (1) MMII 5,7% (4) 1,4% (1) 3,5% (1) Tendinopatia Ombro 2,9% (2) 1,4% (1) 2,9% (2) 3,5% (1) 3,5% (1) 7,0% (2) Joelho 5,7% (4) 1,4% (1) Lesão muscular* 7,1% (5) 4,3% (3) 2,9% (2) 7,0% (2) 7,0% (2) 3,5% (1)

31 31 Tabela 7. Número de lesões, tempo de exposição e taxa de lesão por 1000 horas de exposição dos jogadores participantes do estudo. Numero de lesões Exposição horas Taxa de lesão* Mulheres Total número de lesões ,0 Lesões em jogos ,5 34,1 Lesões em treinos ,5 2,8 Homens Total número de lesões ,25 4,0 Lesões em jogos ,25 40,0 Lesões em treinos ,0 *A taxa da lesão é expressa em número de lesões por 1000 horas de exposição. Tabela 8. Risco relativo das características das lesões Mulheres RR (IC 95%) Homens RR (IC 95%) Lesões prévias 1,76 (0,96 a 3,22) 2,00 (0,70 a 5,63) Lesões em treinos 1,03 (0,80 a 1,33) 0,91 (0,49 a 1,68) 1/3 inicial 0,81 (0,50 a 1,29) 1,58 (0,64 a 3,85) 2/3 médio 1,13 (0,79 a 1,60) 0,70 (0,22 a 2,14) 3/3 final 1,05 (0,74 a 1,48) 0,88 (0,35 a 2,16) Lesões em jogos 0,96 (0,74 a 1,24) 1,09 (0,59 a 2,01) 1º tempo 0,98 (0,66 a 1,47) 1,03 (0,42 a 2,51) 2º tempo 1,01 (0,67 a 1,51) 0,96 (0,39 a 2,36) Tipo do piso Madeira 0,64 (0,42 a 0,98)* 2,20 (1,23 a 3,93)* Sintético/emborrachado 0,75 (0,43 a 1,30) 1,66 (0,80 a 3,46) Cimento 1,57 (1,12 a 2,22)* 0,38 (0,20 a 0,71)* Mecanismo da lesão Contato 0,88 (0,67 a 1,16) 1,32 (0,71 a 2,42) Sem contato 1,07 (0,83 a 1,37) 0,84 (0,44 a 1,61) Sobrecarga 1,07 (0,80 a 1,44) 0,82 (0,35 a 1,88) RR: risco relativo. IC 95%: intervalo de confiança a 95%. O risco relativo da variável lesões prévias foi calculado pelo total de participantes. O risco relativo para as outras variáveis foi calculado entre os gêneros. *Risco Relativo estatisticamente significante.

32 DISCUSSÃO As principais lesões ocorreram na extremidade inferior, principalmente na articulação do tornozelo para o gênero masculino e articulação do joelho para o gênero feminino. O principal tipo de lesão foi a entorse para ambos os gêneros. A taxa de lesão observada foi muito maior nos jogos do que as taxas de lesão ocorridas em treinamentos. O principal mecanismo de lesão relatado foi o contato do atleta com o adversário para ambos os gêneros. A posição do jogador em que mais foram observadas as lesões foi a de armador tanto para o gênero feminino, quanto para o masculino. As taxas de lesões em jogos foram consideravelmente mais elevadas do que as taxas de lesão referidas em treino, assim como diversos outros também observaram em estudos sobre lesões no handebol 2,4,9,10, Acreditamos que o maior número de lesões observadas em jogos possa ser atribuído a uma maior solicitação e estresse do jogador, principalmente do sistema musculoesquelético, quando comparada as demandas do aparelho locomotor durante uma sessão de treinamento. Outro fator importante que pode se observar é que durante os jogos há uma maior quantidade de movimentos em que ocorre o contato físico dos jogadores 2. A região do tornozelo foi a região com o maior número de lesões observadas durante o período de acompanhamento do estudo para o gênero masculino, e a região do joelho foi a região onde se observou mais lesões para o gênero feminino. Grande parte dos estudos sobre handebol relatam que o joelho e tornozelo são os locais anatômicos mais acometidos entre os praticantes de handebol 1,2,4-6,9. Foi observada em nosso estudo elevadas taxas de entorse de tornozelo em ambos os gêneros, assim como em outros estudos sobre o handebol, que relatam que a

33 33 principal lesão observada foi a entorse de tornozelo 5,7 Todas as lesões relatadas em nosso estudo na região do tornozelo ocorreram devido à entorse. Como os gestos esportivos do handebol exigem constantes mudanças de direções, movimentos rápidos de giros, movimentos de aceleração, parada brusca, saltos e aterrissagens com apenas um pé 19, acreditamos que esses gestos possam contribuir para as elevadas taxas de entorse de tornozelo observadas no estudo. A principal lesão registrada foi a entorse, porém as lesões referidas como contusões também foram significantes neste estudo. Dois estudos sobre handebol registraram a contusão como principal tipo de lesão 1,20. Acreditamos que estas lesões ocorreram principalmente pelo frequente contato físico entre os adversários 2. As lesões referidas como tendinopatia ocorreram principalmente na região do ombro e joelho, acreditamos que estas lesões ocorreram principalmente devido a um excesso de repetições de gestos esportivos 21, como arremessos e aterrissagens. As lesões por sobrecarga representou aproximadamente um terço de todas as lesões observadas em estudo sobre fatores de risco em praticantes de handebol 9. As lesões musculares obtiveram uma alta incidência no nosso estudo, acreditamos que estas lesões ocorrem normalmente devido aos jogadores desenvolverem fadiga neuromuscular durante um período de cinco dias de treinamentos consecutivos ou até mesmo durante torneios de alto nível 22. Grande parte das lesões observadas na nossa pesquisa ocorreram na superfície de cimento, diferente do que foi observado em outro estudo realizado com jogadores de handebol europeu, que verificou que as lesões ocorreram mais nas superfícies artificiais (pisos emborrachados) 23. A diferença observada pode ser explicada pelo fato que o estudo em questão é norueguês, país onde há um enorme

34 34 predomínio de quadras sintéticas, diferentemente das superfícies das quadras de handebol do estado de São Paulo, que na sua maioria são de cimento. A posição que apresentou mais lesões foi a posição de armação. As principais lesões dos armadores foram entorses de tornozelo e as contusões nos membros superiores. Um estudo realizado sobre os principais gestos esportivos executados por jogadores de handebol registrou que a posição da armação foi a que realizou o maior número de gestos esportivos (recepções, passes, arremessos e fintas) durante os jogos 21, o que pode acarretar maior sobrecarga do aparelho musculoesquelético dos armadores. Foi observado que as jogadoras que treinavam ou jogavam em superfície de cimento apresentaram maior risco de lesão. Para o gênero masculino o piso de madeira apresentou maior risco de lesão. Acreditamos que houve essa diferenciação de tipo de piso para ocorrência de lesões se deva ao fato que o gênero masculino as superfícies de madeira são mais predominantes, diferentemente das equipes femininas, cujo o piso predominante observado foi o de cimento. Quantas as limitações desse estudo, apontamos o restrito número de equipes participantes, não verificamos se os jogadores utilizavam órteses no decorrer dos treinamentos e jogos. Sugerimos que futuros estudos possam investigar os fatores de risco de lesões em uma população maior. Acreditamos que os resultados deste estudo possa contribuir para um melhor entendimento de quais são os principais locais anatômicos acometidos e principais tipos de lesões de jogadores de handebol de elite brasileiros. Vale ressaltar que o acompanhamento das equipes e dos seus respectivos atletas foi realizado semanalmente, com o intuito de diminuir o risco de

35 35 viés de memorização, proporcionado assim uma melhor qualidade das informações reportadas pelas equipes 24.

36 CONCLUSÃO Durante o período de realização do estudo foi possível observar uma elevada taxa de incidência de lesões relacionada à prática do handebol durante os jogos. O principal local acometido foi o tornozelo para o gênero masculino e o joelho para o gênero feminino, e o principal tipo de lesão observado foi a entorse para ambos os gêneros. As lesões ocorreram principalmente após contato físico para ambos os gêneros, o principal tipo de piso que mais ocorreram às lesões foi o piso de cimento para ambos os gêneros, e a posição do jogador que mais referiu lesão foi a armação também para ambos os gêneros..

37 REFERÊNCIAS 1. Langevoort G, Myklebust G, Dvorak J, Junge A. Handball injuries during major international tournaments. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2007;17: Seil R, Rupp S, Tempelhof S, Kohn D. Sports injuries in team handball. A oneyear prospective study of sixteen men's senior teams of a superior nonprofessional level. The American journal of sports medicine 1998;26: Rozzi SL, Lephart SM, Gear WS, Fu FH. Knee joint laxity and neuromuscular characteristics of male and female soccer and basketball players. The American journal of sports medicine 1999;27: Wedderkopp N, Kaltoft M, Lundgaard B, Rosendahl M, Froberg K. Injuries in young female players in European team handball. Scandinavian journal of medicine & science in sports 1997;7: Dirx M, Bouter LM, de Geus GH. Aetiology of handball injuries: a case--control study. British journal of sports medicine 1992;26: Olsen OE, Myklebust G, Engebretsen L, Bahr R. Injury pattern in youth team handball: a comparison of two prospective registration methods. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2006;16: Andren-Sandberg A, Lindstrand A. Injuries sustained in junior league handball. A prospective study of validity in the registration of sports injuries. Scandinavian journal of social medicine 1982;10: Hoeberigs JH, van Galen WC, Philipsen H. Pattern of injury in handball and comparison of injured versus noninjured handball players. International journal of sports medicine 1986;7: Moller M, Attermann J, Myklebust G, Wedderkopp N. Injury risk in Danish youth and senior elite handball using a new SMS text messages approach. British journal of sports medicine 2012;46: Myklebust G, Maehlum S, Engebretsen L, Strand T, Solheim E. Registration of cruciate ligament injuries in Norwegian top level team handball. A prospective study covering two seasons. Scandinavian journal of medicine & science in sports 1997;7:

38 Myklebust G, Maehlum S, Holm I, Bahr R. A prospective cohort study of anterior cruciate ligament injuries in elite Norwegian team handball. Scandinavian journal of medicine & science in sports 1998;8: Olsen OE, Myklebust G, Engebretsen L, Bahr R. Injury mechanisms for anterior cruciate ligament injuries in team handball: a systematic video analysis. The American journal of sports medicine 2004;32: van Mechelen W, Hlobil H, Kemper HC. Incidence, severity, aetiology and prevention of sports injuries. A review of concepts. Sports Med 1992;14: Alonso JM, Junge A, Renstrom P, Engebretsen L, Mountjoy M, Dvorak J. Sports injuries surveillance during the 2007 IAAF World Athletics Championships. Clinical journal of sport medicine : official journal of the Canadian Academy of Sport Medicine 2009;19: Fuller CW, Ekstrand J, Junge A, Andersen TE, Bahr R, Dvorak J, Hagglund M, McCrory P, Meeuwisse WH. Consensus statement on injury definitions and data collection procedures in studies of football (soccer) injuries. British journal of sports medicine 2006;40: Nielsen AB, Yde J. An epidemiologic and traumatologic study of injuries in handball. International journal of sports medicine 1988;9: Yde J, Nielsen AB. Sports injuries in adolescents' ball games: soccer, handball and basketball. British journal of sports medicine 1990;24: Jorgensen U. Epidemiology of injuries in typical Scandinavian team sports. British journal of sports medicine 1984;18: Frisch A, Croisier JL, Urhausen A, Seil R, Theisen D. Injuries, risk factors and prevention initiatives in youth sport. British medical bulletin 2009;92: Asembo JM, Wekesa M. Injury pattern during team handball competition in east Africa. East African medical journal 1998;75: Hespanhol Junior LC, Girotto N, Alencar TN, AD L. Principais gestos esportivos executados por jogadores de handebol. Revista Brasileira de Ciências do Esporte 2012;34: Ronglan LT, Raastad T, Borgesen A. Neuromuscular fatigue and recovery in elite female handball players. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2006;16:

39 Olsen OE, Myklebust G, Engebretsen L, Holme I, Bahr R. Relationship between floor type and risk of ACL injury in team handball. Scandinavian journal of medicine & science in sports 2003;13: Twellaar M, Verstappen FT, Huson A. Is prevention of sports injuries a realistic goal? A four-year prospective investigation of sports injuries among physical education students. The American journal of sports medicine 1996;24:

40 ANEXO 1 AUTORIZAÇÃO DA FEDERAÇÃO PAULISTA DE HANDEBOL 40

41 41 ANEXO 2 QUESTIONÁRIO DA COLETA DE DADOS Questionário da Linha de Base Nome Idade Altura Peso Membro dominante História da lesão Direito Esquerdo Local anatômico Tipo de lesão 1 ( ) ( ) 2 ( ) ( ) 3 ( ) ( ) 4 ( ) ( ) 5 ( ) ( ) 6 ( ) ( ) 7 ( ) ( ) 8 ( ) ( ) 9 ( ) ( ) 10 ( ) ( ) Questionário das Informações Semanais de Treinos e Jogos Nº de treinos Duração do treino vezes/semana Horas dias/semana vezes/semana Musculação Nº de jogos Duração do jogo Jogou mais Jogou menos Não Jogou ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

42 42 Questionário das Incidências das Lesões Nome Posição de jogo Data da lesão Situação da lesão Lesão em jogo Lesão em treino Treino Jogo 1º Tempo 2º Tempo Início Meio Final 1 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 7 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 10 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Tipo de piso Local anatômico Tipo de lesão Mecanismo de lesão Madeira Sintético Cimento Contato Sem contato Sobrecarga ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Gravidade da lesão Houve recorrência de lesão? 0 dias 2-7 dias > 7 dias < 2 meses 2-12 meses >12 meses ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

43 43 ANEXO 3 TABELA DE CLASSIFICAÇÃO E CÓDIGOS DE LESÃO Para Lesões Parte do Corpo Lesionada - Localização da Lesão Cabeça e Tronco Membro Superior Membro Inferior 1 face (incluindo olhos, orelha e nariz) 11 ombro / clavícula 21 quadril 2 cabeça 12 braço (anterior/posterior) 22 região inguinal 3 pescoço / coluna cervical 13 cotovelo (anterior/posterior) 23 coxa (anterior/posterior) 4 coluna torácica 13 cotovelo (medial/lateral) 24 joelho (anterior/posterior) 5 esterno / costelas 14 ante-braço (anterior/posterior) 24 joelho (medial/lateral) 6 coluna lombar 15 punho (anterior/posterior) 25 perna (anterior/posterior) 7 abdômen 16 mão (anterior/posterior) 26 tendão calcâneo 8 pelve / sacro / nádega 17 dedos (anterior/posterior) 27 tornozelo (medial/lateral) 18 polegar (anterior/posterior) 28 pé/dedos (anterior/posterior) Tipo de Lesão Diagnóstico 1 concussão (independente da perda de consciência) 11 contusão / hematoma / equimose 2 fratura (traumática) 12 tendinopatia 3 fratura por estresse (sobrecarga) 13 artrite / sinovite / bursite 4 outras lesões ósseas 14 fascite / lesão aponeurótica 5 luxação, subluxação 15 pinçamento/ impacto 6 ruptura tendinosa 16 laceração / abrasão / lesão pele 7 ruptura ligamentar 17 avulsão dental / fratura dental 8 entorse (lesão da articulação e/ou ligamentos) 18 lesão nervosa / lesão medular 9 lesão de meniscos ou cartilagem 19 câimbra ou espasmos 10 distensões / ruptura muscular / estiramento 20 outros

44 44 - CAPÍTULO 3 - INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL DO CAMPEONATO LIGA NACIONAL 2011: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO

45 45 INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE HANDEBOL DO CAMPEONATO DA LIGA NACIONAL 2011: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO Natalia Girotto 1, Luiz Carlos Hespanhol Junior 1, Maria Rita Cardoso Gomes 2, Alexandre Dias Lopes 1 1- Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo SP 2- Professora Mestre dos Cursos de Saúde Coletiva e Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), São Paulo - SP

46 RESUMO Introdução: A dinâmica e o desenvolvimento do handebol ao longo do tempo aumentou a solicitação do aparelho musculoesquelético, consecutivamente aumentou o interesse de técnicos e fisioterapeutas de se conhecer as principais lesões que acometem os praticantes deste esporte Objetivo: Identificar a incidência de lesões musculoesqueléticas em jogadores de handebol de elite, e traçar o perfil destas lesões. Métodos: Treze equipes de handebol da Liga Nacional participaram da pesquisa (n=215 atletas). Primeiramente foram coletados os dados pessoais e de lesões prévias nos últimos 6 meses para compor a linha de base do estudo. Os atletas foram acompanhados durante a temporada de 2011 (junho a novembro) e semanalmente foram coletados dados referentes a volume de treinos e jogos, e ainda dados referentes a lesões musculoesqueléticas e suas características (tipo e localização). Resultados: Durante a temporada foi constatado um total de 208 lesões em 138 atletas. As lesões mais comumente relatadas entre todas as equipes femininas e masculinas foram as distensões, rupturas ou estiramentos musculares (25%, n=52), as tendinopatias (19,7%, n=41) e as entorses (15,4%, n=32). Os locais anatômicos mais frequentemente afetados foram o joelho (17,8%, n=37), o ombro ou clavícula (17,3%, n=36) e o tornozelo (12,1%, n=25), sendo que estas lesões ocorreram em sua maioria devido ao contato com os adversários (41,8%, n=87). Conclusão: A incidência de lesões musculoesqueléticas nos jogadores de handebol de elite foi de 64,2% ou 4,4 lesões /1000 horas de exposição. As principais lesões ocorreram nas articulações do joelho, ombro e tornozelo. A lesão muscular foi a principal lesão acometendo ¼ de todas as lesões, seguida pela tendinopatia e entorse. Foi verificado que a incidência da taxa de lesão em jogos foi mais alta quando comparada com a taxa de lesão em treinamentos.

47 Palavras-chave: Lesões no esporte, Epidemiologia, Fisioterapia 47

48 INTRODUÇÃO O handebol foi jogado pela primeira vez no final do século XIX, sendo introduzido nas Olimpíadas em Atualmente, o handebol é um dos esportes mais populares na Europa, praticado por homens, mulheres e crianças de todas as idades 1, assim como milhares de praticantes no Brasil 2. O potencial de lesões durante a prática do handebol é causado pelas constantes colisões entre os jogadores, mudanças constantes de direção e repetidos saltos 3. Diversos autores analisaram a incidência das lesões no handebol em jogadores de diversos países, porém os resultados são difíceis de serem comparados devido aos diferentes delineamentos de estudos utilizados. Geralmente os estudos apresentam definições de lesão distintas, além de realizarem um período de acompanhamento também diferente 4-7. Até o momento não são encontrados na literatura estudos prospectivos que foram realizados com atletas brasileiros de handebol, portanto, até o momento não sabemos quais são as principais lesões que acometem os praticantes de handebol brasileiros de elite. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é o de identificar a incidência das lesões musculoesqueléticas em praticantes de handebol de elite e traçar o perfil das lesões.

49 MÉTODOS Quatorze equipes brasileiras foram inscritas no Campeonato da Liga Nacional de Handebol. Treze equipes decidiram participar deste estudo. Das 13 equipes participantes, sete são equipes femininas e seis são equipes masculinas, totalizando 215 atletas. Os atletas foram acompanhados semanalmente por um período de aproximadamente seis meses (junho à novembro) durante a temporada de Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Cidade de São Paulo (protocolo ) e autorizado pela Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). O primeiro contato foi feito pessoalmente com os membros da comissão técnica (fisioterapeutas, técnicos e/ou auxiliares técnicos), com o objetivo de explicar como a pesquisa seria conduzida. Posteriormente se obteve através dos pesquisadores do estudo ou por membros da comissão técnica, os dados pessoais de cada atleta e objetivou coletar (nome, idade, altura, peso, membro dominante e as informações sobre lesões pregressas em até seis meses antes do início do estudo). Para o registro de exposição de treinos e jogos os membros da comissão técnica das equipes participantes receberam uma planilha e foram orientados a preencher semanalmente essa planilha com as informações referentes ao volume de treinamentos e jogos (carga horária dos treinamentos e jogos, número de treinos, treinos de musculação e treinos físicos assim como o número de jogos). Também foram registradas pelos membros da comissão técnica (fisioterapeutas, técnicos e/ou auxiliares técnicos) todas as lesões que ocorreram durante as sessões de treinamento ou durante as partidas de handebol, a descrição da localização anatômica e classificação do tipo da lesão 8. Informações adicionais sobre a

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