Procedimento para Avaliação da Radiação de Fuga. Professora Edna Carla da Silva
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- Vergílio Gesser Salgado
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1 Procedimento para Avaliação da Radiação de Fuga Professora Edna Carla da Silva
2 Somente profissionais cadastrados pela Vigilância Sanitária possuem a capacidade técnica reconhecida para executar e analisar as medidas relativas à proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Não aceite que outro indivíduo compareça ao seu estabelecimento para a execução de medidas. Caso isto ocorra, denuncie à Vigilância Sanitária. 2
3 Radiação de fuga ou de vazamento é a radiação não pertencente ao feixe útil mas que consegue atravessar o cabeçote e/ou sistema de colimação do equipamento. Os níveis de radiação de fuga devem ser avaliados na instalação do equipamento ou ainda sempre que o tubo de Raios-X, a blindagem do cabeçote ou o sistema de colimação forem modificados. 3 Equipamento Odontológico Convencional Equipamento de Mamografia Equipamento Médico Convencional
4 Testes de Radiação de Fuga Objetivo: Verificar se os níveis da radiação de fuga detectados a 1 m do ponto focal estão de acordo com as restrições estabelecidas na legislação. 4
5 Ajuste do centro do feixe Cabo disparador com 2 m Suporte de cabeçote ajustável Absorção de mesa ou porta chassi 1,2 mm de alumínio a 100 kvp 5
6 Instrumental (1) Monitor de Radiação e Câmara de Ionização de 100 cm 2 de área sensível, sem dimensões lineares superiores a 10 cm, com tempo de resposta adequada e devidamente calibrados. Detectores com outras dimensões podem ser aceitáveis, desde que o procedimento a ser adotado preveja as correções geométricas pertinentes. (2) Placas de chumbo (uma camada deci-redutora * ). (3) Trena e tripé para segurar a câmara de ionização. * A Camada Deci-Redutora (CDR), ou seja, a espessura necessária para atenuar em 1/10 o feixe de fótons incidentes, é também muito utilizada no cálculo de espessura de blindagem.
7 Frequência mínima: Na instalação do equipamento e a cada quatro anos. Excepcionalmente: Após modificações ou reformas na cúpula do equipamento ou troca do tubo de raios X. 7
8 Metodologia (1) Fechar o colimador do equipamento de raios X e cobri-lo com as placas de chumbo. (2) Escolher uma técnica de operação que forneça o maior kvp e a maior corrente anódica possíveis para operação do tubo em regime contínuo (fluoroscopia). Caso isso não seja possível, selecionar o maior valor de mas possível para a tensão selecionada, cuidando para que o tempo de exposição seja adequado ao tempo de resposta da câmara de ionização operando em modo integrado. (3) Posicionar o detector a 1 m do ponto da cúpula de raios X que será avaliado. (4) Repetir para vários pontos em torno da cúpula. (5) Fazer a leitura em modo integrado. X (Integrado)
9 Interpretação dos Resultados (1) Comparar os valores obtidos com os níveis de radiação de fuga estabelecidos na legislação (Quadro 1.1). (2) Registrar a conformidade com os níveis de radiação de fuga em cada ponto avaliado. 9
10 Exemplo Prático As medidas de dose foram destinadas à verificação dos níveis de radiação a que são expostos os técnicos em radiologia, funcionários de áreas adjacentes à sala do aparelho e demais indivíduos do público. Os valores de restrição para dose externa foram extraídos da Portaria 453, Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União em 01/06/1998, a qual estabelece requisitos para uso de equipamentos emissores de raios-x. 10
11 Restrição de Dose Área Livre Área Controlada 0,5 msv/ano 5,0 msv/ano 11
12 12
13 A sala onde se encontra o mamógrafo e o painel de comando é considerada área controlada e as áreas circunvizinhas devem ser classificadas como áreas livres, exceto para esta instalação, na qual uma sala vizinha é o local de controle de um tomógrafo computadorizado. Para fins de restrição de dose, o valor de dose externa anual não deve ser superior a 5 msv para áreas controladas e 0,5 msv para áreas livres. 13
14 O feixe de radiação foi direcionado para um objeto espalhador (fantoma de mama CBR) simulando uma mama no centro do campo de radiação. As medidas foram obtidas pela exposição da câmara de ionização ao feixe secundário de radiação situado a uma altura de 160 cm. Em todas as leituras foram utilizados fatores de correção para temperatura e pressão. Utilizou-se a tensão de 30 kv e carga de 50 mas. 14
15 A técnica utilizada para a realização das medições foi de 30 kvp e 50 mas. Todas as leituras foram corrigidas pelo fator de correção de temperatura e pressão. 15
16 16
17 17
18 Todos os pontos apresentam valores de radiação de fuga abaixo do limite previsto na portaria, indicando que a cúpula apresenta blindagem adequada. A Portaria 453 estabelece que a taxa de kerma no ar para as condições de teste de fuga não deve ser superior a 1,0 mgy/hora. Resultado: Satisfatório. 18
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