PARA A DESCRIÇÃO DA ORDENAÇÃO DE CLÍTICOS NA ESCRITA NORTE-RIO-GRANDENSE DO SÉCULO XIX

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1 PARA A DESCRIÇÃO DA ORDENAÇÃO DE CLÍTICOS NA ESCRITA NORTE-RIO-GRANDENSE DO SÉCULO XIX Fernanda Eliza Silva Galdino Kássia Kamilla de Moura Willame Santos de Sales Bolsistas de Iniciação Científica/Departamento de Letras/UFRN Marco Antonio Martins Departamento de Letras/Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem/UFRN RESUMO Nesta pesquisa, descrevemos e analisamos, a partir dos pressupostos teóricos da sociolinguística variacionista, os padrões de colocação dos pronomes clíticos em textos escritos por brasileiros nascidos no Rio Grande do Norte (RN), observando os seguintes contextos: (i) orações finitas não-dependentes em que o verbo é antecedido por um sujeito lexical, um advérbio ou um sintagma preposicional (contextos XV); (ii) orações finitas não-dependentes em que o verbo está na primeira posição absoluta (contextos V1); e (iii) orações com complexos verbais. Os resultados obtidos mostram que a escrita de norte-rio-grandenses nascidos no curso do referido século revela padrões empíricos bastante diversificados: (i) em contexto V1, a ênclise é categórica; (ii) em contexto XV com X advérbio, ocorre variação com inclinação ao uso da próclise; se X é um sintagma preposicional, há uma ligeira inclinação ao uso da ênclise; (iii) em contexto SV, com S sintagma nominal ou pronome pessoal, ocorre variação com tendência à ênclise; se S é pronome interrogativo, a próclise é categórica; se S é pronome indefinido ou demonstrativo, ênclise e próclise ocorrem em igual número; e se S é um sujeito complexo, a ênclise parece ser categórica; e, por fim, (iv) em orações com complexos verbais também se verifica a variação, porém o fenômeno (ênclise ou próclise) tende a ocorrer em relação ao verbo não-finito com predominância do uso da ênclise. 1 INTRODUÇÃO Significativos trabalhos em sociolinguística variacionista, linguística histórica ou sintaxe diacrônica foram e vêm sendo desenvolvidos no Brasil no sentido de constituir corpora variados para o estudo de aspectos linguísticos, sociais e históricos do processo de formação do Português Brasileiro (CASTILHO, 1998; MATTOS E SILVA, 2001). Nesse sentido, no âmbito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), criou-se o projeto de pesquisa A sintaxe da ordem no português escrito no Rio Grande do Norte do século 19: clíticos em contextos XV, que se insere no empreendimento de busca, seleção e análise de textos, escritos por brasileiros, a fim de viabilizar o estudo da história do português escrito, no cenário brasileiro. Este trabalho é um resultado inicial dos esforços empreendidos no mencionado projeto. Nele, apresentamos uma descrição e análise dos padrões empíricos de colocação de pronomes clíticos em cinco peças de teatro escritas por brasileiros nascidos no estado do Rio Grande do Norte (RN) no curso do século 19, considerando,

2 na recolha e análise dos dados, três contextos sintáticos específicos: (i) orações finitas não-dependentes em que o verbo é antecedido por um advérbio ou um sintagma preposicional e orações finitas não dependentes em que o verbo é precedido por um sujeito realizado sintagma nominal, sujeito pesados ou pronomes (contexto XV); (ii) orações finitas não-dependentes em que o verbo está na primeira posição absoluta (contextos V1); e (iii) orações com complexos verbais. Os objetivos gerais deste trabalho são: (1) apresentar o banco de dados, por nós organizado, que é constituído de textos escritos no RN, com vistas à disponibilização de fonte de estudo sobre a(s) variedade(s) sociolinguística(s) encontradas na escrita norte-rio-grandense; e (2) descrever e analisar os padrões empíricos de colocação de clíticos em contextos XV, V1 e em complexos verbais nos textos selecionados. Para tanto, consideramos a metodologia da sociolinguística variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968). 2 CORPUS Conforme já mencionado anteriormente, o corpus da pesquisa é constituído de cinco peças teatrais escritas por autores norte-rio-grandenses nascidos no século 19. A escolha dessa tipologia de texto justifica-se pelo fato de a escrita, nesse gênero textual, aproximar-se da oralidade. Fazem parte do corpus os seguintes textos: Providência (1904), Brasileiros e Portugueses (1905) e A Louca da montanha (1906), de Manuel Segundo Wanderley; A mortalha de rosas (1927) de Ezequiel Wanderley; Pelas Grades (2008), de Jorge Fernandes de Oliveira. 3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS Vários trabalhos têm sido conduzidos no intuito de explicitar e sistematizar os conhecimentos acerca do fenômeno da variação linguística. Esta pesquisa, portanto, não está alicerçada no vazio, mas faz parte de um todo congruente cujo objetivo maior é contribuir para o tratamento científico do tema. Nesse sentido, elegemos algumas considerações que julgamos importantes na fundamentação teórica deste trabalho, os quais passamos a expor. No que diz respeito aos pressupostos da teoria da variação e mudança linguística, Weinreich, Labov e Herzog, (WLH, doravante), (1968) diz que o lugar da mudança linguística é a comunidade de fala (o grupo social). Para os autores, fatores linguísticos e sociais estão fortemente correlacionados no desenvolvimento da mudança linguística. WLH sugerem um modelo de língua que acomode os fatos de uso variável e seus determinantes sociais e estilísticos, o qual não só leva a descrições mais adequadas da competência linguística como naturalmente suscita uma teoria de mudança linguística que ultrapassa os paradoxos estéreis contra os quais a linguística histórica tem se debatido por mais de meio século. Assim, a variação não é aleatória, desregrada, caótica. Pelo contrário, se mostra como um acontecimento motivado, tanto por fatores linguísticos (estruturais) quanto extralinguísticos (sem ligação direta com a língua). Essa concepção é de suma importância para a validade dos estudos que aqui empreendemos, pois partimos do princípio de que a

3 heterogeneidade lingüística basicamente se configura como um campo de batalha em que duas (ou mais) maneiras de se dizer a mesma coisa (chamadas de variantes linguísticas ) se enfrentam em um duelo de contemporização, por sua subsistência e coexistência, ou, mais fatalisticamente, em um combate sangrento de morte. (Tarallo, 2007, p.05), Mas esse duelo não é uma espécie de vale-tudo. Pelo contrário, se submete a regras, condicionantes, fatores internos e externos à língua. A sociolinguística, enquanto área que estuda a língua em seu uso real, levando em consideração as relações entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística, se propõe exatamente a sistematizar esses conhecimentos que outrora eram tidos como caóticos. Essa nova postura de estudos, por sua vez, nasce da aceitação da ideia de que não é possível estudar a língua enquanto sistema autônomo e abstrato, isolado do contexto social em que é produzido, conforme afirmam Cezario e Votre (2008, p.141). No que tange à sintaxe de colocação de clíticos, alguns estudos têm sido empreendidos e merecem nosso destaque. Galves & Abaurre (2002), que tomam como base os dados do corpus do Projeto da Gramática do Português Falado, afirmam que tende a desaparecer no PB o clítico puramente acusativo (o/a), em virtude de sua natureza fonológica fraca e da concorrência das formas alternativas uso do pronome tônico e objeto nulo. Por ser seu uso adquirido durante a escolarização e, deste modo, integrado ao léxico tardiamente, o seu desaparecimento não é ainda absoluto, mas se consubstancia numa tendência bastante forte. Quanto ao uso do pronome tônico você, continuam as autoras, esta forma concorre com o uso do clítico na segunda pessoa [te], assim como a gente concorre com nos e para você concorre com lhe, o que reduz a ocorrência dos referidos clíticos em relação ao me e ao se. Todas essas constatações permitem afirmar que o paradigma dos clíticos é, assim, praticamente reduzido às formas (me, te, se, lhe, nos); De acordo com Lobo (2002), em seu estudo acerca da colocação dos clíticos no PB, com base em amostra extraída do Projeto NURC 1, de língua falada,, a regra geral é a próclise, sendo a ênclise favorecida pelo se indeterminador e categórica com infinitivo. De acordo ainda com a mencionada autora, a conjunção subordinante não constitui um fator categórico de próclise; o uso da ênclise também pode ser atribuído ao contato com a escrita, sendo extremamente marginal no caso das orações finitas. Para Lobo (2002), a ocorrência da colocação pré-verbal na norma oral culta brasileira não reflete, EM SIM E POR SI, padrões vernáculos do PB, sendo reflexo recuperado de uma perda diacrônica através da escolarização. Este fato sociolinguístico é também acompanhado de uma consequência sociolinguística, ou seja, a elevação da colocação pós-verbal à condição de variante de prestígio. Segundo a autora, os estudos revelam que a ocorrência da colocação pós-verbal do clítico parece ter os seus dias contados mesmo na fala dos brasileiros escolarizados em situação formal de comunicação, fato este que está longe de ser vivenciado pelo PE (Português Europeu), visto que a gramática do PE segue a Lei Tobler-Mussafia, a qual consiste na impossibilidade de ocorrência de pronomes clíticos em posição inicial absoluta da oração. De tal modo, o verbo ocupa a primeira posição e o pronome ocupa a posição pós-verbal, conforme o 1 Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta.

4 esquema (V-cl). Entretanto, se o verbo está precedido por algum elemento acentuado, no qual possa se ancorar, o clítico apresenta-se enclítico ao elemento que precede o verbo, conforme o esquema: (X-clV). Numa perspectiva diacrônica, Martins & Coelho (2009) e Martins (2007), em estudo sobre as construções XV e a colocação de clíticos, com base em dados da amostra do Projeto Variação Linguística Urbana da Região Sul do Brasil (VARSUL), concluem que, no século XIX, existe uma ocorrência equilibrada do uso de ênclise e próclise, com tendência ao aumento do uso desta. Isso, na visão dos autores, reflete uma competição de diferentes gramáticas: (i) a do PB, em que a próclise é o padrão; (ii) a do PE, na qual a ênclise é a variante padrão; e (iii) a do Português Clássico, que parece não impor restrições à natureza do constituinte que pode ocupar a posição pré-verbal. A despeito desses estudos descritivos, gramáticas tradicionais consultadas, especialmente Cunha & Cintra (2008), do Português do Brasil, continuam afirmando que o padrão de colocação de pronomes clíticos é a ênclise, tal qual ocorre no Português Europeu, conforme a gramática de Mira Mateus et all (2003). No que respeita ao contexto V1, não se admite outra possibilidade de ocorrência senão a ênclise; em contextos XV (X realizado por um advérbio ou por um sintagma preposicional), a próclise seria o padrão, uma vez que o pronome clítico teria em que se apoiar (Lei Tobler-Mussafia). No contexto SV, autores como Mira Mateus et all (2003) temos como padrão esperado para contextos em que o sujeito é realizado por Sintagmas nominais (SN) ou um pronome pessoal é a ênclise, excetuando-se, apenas, quando o sujeito é realizado por sintagmas pronominais (ex. pronomes interrogativo, demonstrativo, indefinido). Na visão de Cunha & Cintra (2008), o padrão para sujeitos realizados por um SN é ênclise e para sujeitos realizados por sintagmas pronominais o padrão esperado é a próclise. Gramáticos do PB, como Perini, 2010; Castilho, 2010, afirmam que a próclise é a forma normal padrão em contextos que o sujeito é realizado por um SN (Sintagma Nominal) ou um SP (sintagma pronominal). Em Complexos verbais, autores como Cunha & Cintra (2008) e Mira Mateus et all (2003) afirmam que a ênclise é a forma padrão do PE, caso não ocorra a presença de proclitizadores na estrutura. 4 RESULTADOS E ANÁLISE A seguir, são apresentados os resultados preliminares da análise do corpus da pesquisa. 4.1 Contextos V1 Considerando apenas as orações principais e primeiras coordenadas, foram registradas 253 ocorrências do fenômeno: 252 (99,6%) são de ênclise e apenas 1 (0,04%) de próclise. O único caso de próclise se dá em contexto de primeira coordenada, o que, tradicionalmente, favorece a ocorrência da ênclise. Abaixo, seguem exemplos extraídos da amostra. 252 ocorrências de ênclise

5 Ex.1: D. Leonor Abra-ME o coração e nele encontrará o nome de meu salvador. (Brasileiros e Portugueses Segundo Wanderley, 1968, p.77) Ex.2: Lucia - Desculpem-ME, senhores. Na escola do sofrimento não nos acostumam ensinar as regras da civilidade. (A Louca da Montanha Segundo Wanderley, p.02) 1 ocorrência de próclise Ex.3: André E verdade... Mas, um dia, a mulher que o amava, miseravelmente seduzida, esqueceu que ia ser minha e SE jogou ao mundo. (A mortalha de rosas Ezequiel Wanderley, 1927, p.31) 4.2 Contextos XV No caso do contexto XV, em que X é realizado por um sintagma preposicional ou um advérbio, foram registradas 20 ocorrências, sendo 12 de próclise (60%) e 8 de ênclise (40%), conforme discriminado abaixo, incluindo exemplos: a) X realizado por um advérbio 17 ocorrências 11 ocorrências de próclise Ex.4: Jorge Não; sinto apenas não poder oferecer-te o auxílio de minha espada neste gradioso cometimento. O destino coloca-nos em campos opostos. A nossa honra assim O exige. (Brasileiros e Portugueses Segundo Wanderley, 1968, p.17) Ex.5: Commendador Lá SE vai o caldo entornado, outra vez! (A mortalha de rosas Ezequiel Wanderley, 1927, p.17) 6 ocorrências de ênclise Ex.6: João É como o escárnio da carta anônima! [...]! Agora faz-me bem o canto! (Pelas Grades Jorge Fernandes, 2008, p.11) b) X realizado por um sintagma preposicional 3 ocorrências 1 ocorrências de próclise Ex.7: Roberto Em tempo ME pagarás. Se escapaste às balas das carabinas não escaparás à ponta de meu punhal! (sai) (toque de fogo) (Brasileiros e portugueses Segundo Wanderley, p.53) 2 ocorrências de ênclise Ex.8: André A princípio, revoltei-me contra as suas lagrimas. (A mortalha de rosas Ezequiel Wanderley, 1927, p.31) Ex.9: Roberto Não tem que vem. O diabo desta vez desmanchou-me a igrejinha. (Brasileiros e portugueses Segundo Wanderley, p.76) Os dados expostos acima podem ser mais bem visualizados nas tabelas e gráficos abaixo:

6 RESULTADOS PRELIMINARES - CONTEXTOS V1 E XV OCORRÊNCIA Contexto 1ª Posição Absoluta X=Advérbio X=Sintagma Preposicional Próclise 1 (0,4%) 11 (64,7%) 1 (33,3) Ênclise 252 (99,6%) 6 (35,3%) 2 (66,7%) Total 253 (100%) 17 (100%) 3 (100%) Nº Total de Dados Coletados 273 Tabela 1 Ocorrências de ênclise e próclise por contexto/percentual Gráfico 1 Ocorrências de ênclise e próclise por contexto/números absolutos

7 4.3 Contexto SV Considerando o contexto SV, com orações finitas não dependentes em que o verbo é precedido por um sujeito realizado sintagma nominal, sujeito pesados ou pronomes, foram registradas 97 ocorrências do fenômeno: 74 (76,3%) são de ênclise e 23(23,7%) de próclise. Abaixo, seguem exemplos extraídos da amostra. a) Sujeito realizado por um SN -35 ocorrências 6 ocorrências de próclise Ex.10: D. Leonor Obedeço. O futuro SE encarregará de responder por mim. (Brasileiros e portugueses - Segundo Wanderley, P.14); 29 ocorrências de ênclise Ex.11: Visconde O fanatismo cega-te. (A Providência- Segundo Wanderley, 1904, p. 91). b) Sujeito realizado por um pronome pessoal -49 ocorrências 8 ocorrências de próclise Ex.12: 2º Literato Eu TE afirmo que isto é puro endecassyllabo. (A Providência - Segundo Wanderley, 1904, p. 75). 41 ocorrências de ênclise Ex.13: Lucia - Senhor, entregue-me o meu filhinho. Elle pertence-me. Não posso separar-me d elle. Eu morreria de dor e de saudades. (A Louca da Montanha - Segundo Wanderley -1906); c) Sujeito realizado por um pronome interrogativo -7 ocorrências (todas de próclise) 7 ocorrências de próclise Ex.14: Visconde E quem ME salvará da miséria? Quem ME salvará da ignomínia?(a Providência - Segundo Wanderley, 1904, p. 99); Ex.15: Condessa - E que razões TE assistem para falares desta maneira. (A mortalha de rosas- Ezequiel Wanderley, 1927, p.9). d) Sujeito realizado por um pronome indefinido-2 ocorrências 1 ocorrência de próclise Ex.16: D. Leonor Tudo isto desaparece, tudo SE esvai, tudo isto é uma mentira, é uma ilusão, é uma sarcasmo revoltante, quando o tufão do desengano arrebata traiçoeiramente as pétalas perfumadas das rosas da esperança para arremessá-las ao charco da degradação. (Brasileiros e Portugueses - Segundo Wanderley, P.62); 1 ocorrência de ênclise Ex.17: General Amanhã... ou seremos cadáveres e nada precisamos, ou seremos vitoriosos e teremos tudo. Coronel, o inimigo ataca-nos no ultimo de nossos redutos. É preciso que vendamos caras as nossas vidas. É mister vingar a todo transe o suplicio de Abreu e Lima, elevar bem alto o ideal de Tiradentes e dizer como Francisco

8 I na batalha de Paiva: Tudo perdeu-se menos a honra. (Brasileiros e Portugueses - Segundo Wanderley, P.43). e) Sujeito realizado por um pronome demonstrativo-2 ocorrências 1 ocorrência de próclise Ex.18: Barão - Oh! Esta mulher ME precipita. (quer avançar para Lucia). (A Louca da Montanha - Segundo Wanderley -1906); 1 ocorrência de ênclise Ex.19: D.Leonor Oh! É demais! Este cinismo revolta-me. (Brasileiros e Portugueses - Segundo Wanderley, P.21). f) Sujeito complexo (ou pesado) -2 ocorrências (ambas de ênclise) 2 ocorrências de ênclise Ex.20: Agente O homem que tem um seguro sente-se forte para a luta, porque vê na sua apólice a felicidades de sua família. (A Providência - Segundo Wanderley, 1904, p. 21) Ex.21: Coronel Nada de recuar. A sorte está lançada. Se ficarmos esmagados na luta, resta-nos o consolo de legarmos aos nossos descendentes a verdade de nossas crenças, a pureza de nossos princípios, a magestade de nosso exemplo. Quem tomba com honra levanta-se com glória. Quem sucumbe por uma idéia ressuscita na posteridade. (Brasileiros e Portugueses - Segundo Wanderley, P.40).

9 Por contextos, os dados expostos acima podem ser mais bem visualizados nas tabelas e gráficos abaixo: RESULTADOS PRELIMINARES - CONTEXTOS SV CONTEXTO SV Próclise Ênclise Total Sintagma Nominal 6 (17,2%) 29 (82,8%) 35 (100%) Pron. Pessoal/Tratamento 8 (20%) 40 (80%) 48 (100%) Pron. Interrogativo 7 (100%) 0 (0%) 7 (100%) Pron. Indefinido 1 (50%) 1 (50%) 2 (100%) Pron. Demonstrativo 1 (50%) 1 (50%) 2 (100%) Sujeito Complexo 0 (0%) 2 (100%) 2 (100%) TOTAIS (100%) Tabela 2 Ocorrências de ênclise e próclise por tipo de sujeito/percentual Gráfico 2 Ocorrências de ênclise e próclise por tipo de sujeito/números absolutos

10 4.4 Complexos Verbais Considerando os complexos verbais em que o clítico pode estar anteposto ou posposto ao verbo finito (V1) ou não-finito (V2), foram registradas 80 ocorrências do fenômeno: 67(83,75%) de ênclise e 13 (16,25%) de próclise, sendo 8 de ênclise à V1(11,9%) e 59 de ênclise à V2 (88. 1%). Com relação ao fenômeno da próclise, registraram-se 8 ocorrências de próclise à V1 (61,5 %) e 5 ocorrências à V2 (38,5%). Abaixo, seguem exemplos extraídos da amostra. a) Ênclise/Próclise ao verbo finito-16 ocorrências 8 ocorrências de próclise Ex.22: Antônio Mesmo assim, que por lá ficasse... Quem LH A tivesse comido a carne que lhe roesse os ossos... (A mortalha de rosas, Ezequiel Wanderley, 1927, p. 6); 8 ocorrências de ênclise Ex.23: 1 jornalista Pode-SE discutir sem virulência. Combater sem azedume, corrigir sem perversidade. (A Providência, Segundo Wanderley, 1904, p. 49). b) Ênclise/Próclise ao verbo não-finitivo -64 ocorrências 5 ocorrências de próclise Ex.24: C. Viana Eu é que não posso ME conformar com esta resolução. (A Providência, Segundo Wanderley, 1904, p. 84); 59 ocorrências de ênclise Ex.25: João Vai agora chamá-lo (Pelas Grades, Jorge Fernandes. 2008, p. 11).

11 Os dados expostos acima podem ser mais bem visualizados nas tabelas e gráficos abaixo: RESULTADOS PRELIMINARES COMPLEXOS VERBAIS COMPLEXOS VERBAIS Próclise Ênclise Total V1 Verbo finito 8(61,5%) 8(11,9%) 16 (20%) V2 Verbo não-finito 5 (38,5%) 59 (88,1%) 64 (80%) Total de Ocorrências 13 (100%) 67 (100%) 80 (100%) Tabela 3 Ocorrências de ênclise e próclise/percentual Gráfico 3 Ocorrências de ênclise e próclise por contexto/números absolutos 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como visto, é sabido que a próclise é a opção (quase) generalizada na gramática do PB, independente do contexto sintático, conforme Lobo (2002), Perini (2010), Galves e Abaurre (2002) e Martins (2007, 2009). Nesse sentido, os resultados obtidos com esta pesquisa mostram que a escrita de norte-rio-grandenses nascidos no curso do século 19 revela padrões empíricos bastante diversificados. Dados preliminares dão conta de que: (i) em contexto V1, a ênclise é categórica; (ii) em contexto XV com X advérbio, ocorre variação com inclinação ao uso da próclise; se X é um sintagma preposicional, há uma ligeira inclinação ao uso da ênclise; (iii) em contexto SV com S sintagma nominal (SN) ou pronome pessoal (SP), ocorre variação com tendência à ênclise; se S é pronome interrogativo, a próclise é categórica; se S é pronome indefinido

12 ou demonstrativo, ênclise e próclise ocorrem em igual número; e se S é um sujeito complexo, a ênclise parece ser categórica. Podemos justificar que a ênclise que aparece nos textos escritos no Brasil do século 19, mais especificamente nos contextos quando o sujeito é realizado por SN ou SP, ocorre pela imposição da norma brasileira que tem o português europeu como padrão em um momento de mudança, do português clássico, para o português brasileiro. E, por fim, os dados dão conta ainda de que (iv) em orações com complexos verbais também se verifica a variação, porém o fenômeno (ênclise ou próclise) tende a ocorrer em relação ao verbo não-finito com predominância do uso da ênclise. É importante reforçar que as análises aqui apresentadas estão ainda em fase inicial. Ademais, salienta-se que, para dar continuidade à pesquisa, os resultados encontrados serão confrontados, em trabalhos futuros, aos padrões atestados na escrita de brasileiros norte-rio-grandenses e de brasileiros nascidos na Bahia (CARNEIRO, 2005) e em Santa Catarina (MARTINS, 2009), no mesmo período. REFERÊNCIAS CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, CARNEIRO, Zenaide de Oliveira Novais. Cartas Brasileiras ( ): um estudo lingüístico-filológico. Campinas, SP: [s.n.], CEZARIO, Maria Maura; VOTRE, Sebastião. Sociolinguística. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.). Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, COELHO, Izete Lehmkuhl; MARTINS, Marco Antonio. A diacronia em construções xv na escrita catarinense. In: Fórum Linguístico. Florianópolis, v.6, n.1 (73-90), jan-jun, CUNHA, Celso; CINTRA, Luís Filipe Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, FERNANDES, Jorge. Pelas Grades. In: ARAÚJO, Humberto Hermenegildo de. Velhos escritos de Jorge Fernandes. Natal: Fundação Capitania das Artes, GALVES, Charlotte; ABAURRE, Maria Bernadete Marques. Os clíticos no português brasileiro: elementos para uma abordagem sintático-fonólogica. In: CASTILHO, Ataliba, T. de. et al. (orgs.). Gramática do português falado. Campinas, SP: Editora da Unicamp, LOBO, Tânia. A sintaxe dos clíticos: o século XVI, o século XX e a constituição da norma padrão. In: MATOS E SILVA, Rosa Virginia; Machado filho, Américo Venâncio Lopes (orgs). O português quinhentista: Estudos linguísticos. Salvador: EDUFBA, MARTINS. Marco Antonio. Clíticos em complexos verbais em português. Veredas Online PPG LINGUÍSTICA/UFJF. Juiz de Fora.. Clíticos e sujeitos pré-verbais: gramáticas do português no Brasil dos séculos 19 e 20. Cadernos de pesquisa em lingüística (PUCRS), v. 3, p , Competição de gramáticas do português na escrita catarinense dos séculos 19 e 20. Tese de Doutorado, Programa de pós-graduação em Linguística/UFSC, MATEUS, Maria Helena Mira et all. Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa: Caminho, PERINI, Mário Alberto. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial TARALLO, Fernando. Pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 2007.

13 WANDERLEY, Ezequiel. A mortalha de rosas. In: O meu theatro. Natal: Imprensa Diocesana, Coletânea de seis peças. WANDERLEY, Manuel Segundo. Brasileiros e Portugueses. Rio de Janeiro: Gráfica Editora do Livro LTDA, Providência. Fortaleza: Militão Bivar & Cia., A Louca da Montanha. Manuscrito do Autor, WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Trad. Marcos Bagno. São Paulo. Parábola: 2006.

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