A QUESTÃO DE GÊNERO E SEUS REBATIMENTOS NAS RECONFIGURAÇÕES DA(S) FAMÍLIA(S) CONTEMPORÂNEA(S)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A QUESTÃO DE GÊNERO E SEUS REBATIMENTOS NAS RECONFIGURAÇÕES DA(S) FAMÍLIA(S) CONTEMPORÂNEA(S)"

Transcrição

1 1 A QUESTÃO DE GÊNERO E SEUS REBATIMENTOS NAS RECONFIGURAÇÕES DA(S) FAMÍLIA(S) CONTEMPORÂNEA(S) Thayse Carla Barbosa Ribeiro Adathiane Farias de Andrade Universidade Federal da Paraíba-UFPB Resumo O presente trabalho visa realizar uma breve análise sobre a contribuição das questões de gênero a partir da emersão do movimento feminista no Brasil ocorrido na segunda metade do século XX - no redimensionamento das estruturas e configurações das famílias contemporâneas. Na sociedade atual, percebe-se a emergência de novos arranjos familiares e este fato indubitavelmente tem forte relação com a busca da igualdade entre os sexos, como também com as condições de produção e reprodução da sociedade capitalista. Através da pesquisa bibliográfica e documental, discutir-se-á ao longo do texto que a crescente presença desses novos arranjos na sociedade (famílias monoparentais femininas e masculinas, chefiadas pela mulher, casais homossexuais com filhos, casais heterossexuais ou homossexuais, etc) não sinaliza o fim da família, como o senso comum insiste em afirmar, tendo como referencial a família nuclear burguesa com sua hierarquia estabelecida o homem acima da mulher e os dois acima dos filhos. O que vem se dando é a reconfiguração do que é ser família e a luta das mulheres por igualdade tem papel mais que relevante nesse processo. Palavras-chave: gênero; família; mulher; novos arranjos familiares. Inicialmente, faz-se oportuno esclarecer que a questão de gênero mencionada neste trabalho diz respeito nada menos à emersão do gênero como categoria de análise para a compreensão de como se constroem as relações que se estabelecem historicamente entre homens e mulheres, na definição de papéis que competem a um e outro sexo. Para Joan Scott, o gênero é uma maneira de se referir às origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas dos homens e das mulheres. Para Quad (apud Xavier 2008, p.2), gênero é um conceito que pode ser entendido ao lado da luta das mulheres por seus direitos. Dessa forma, a emersão dessa questão - enquanto desvendamento da desnaturalização da situação de opressão em que sempre viveram as mulheres em relação aos homens, nas mais diversas sociedades tem sua expressão

2 2 mais significativa na segunda metade do século XX, nas sociedades ocidentais, levando movimento feminista a ter como reivindicação central a igualdade jurídica, política e econômica entre homens e mulheres. A reivindicação das feministas por igualdade trouxe à tona questionamentos sobre as estruturas das relações sociais, questionamentos dos quais instituições históricas como a família não poderiam escapar. De acordo com Coelho (2002, p. 63), de forma especial, as mulheres são destacadas em todos os estudos de família como propulsoras de mudanças neste espaço, e isso se deve às transformações que ocorreram na esfera familiar a partir da consciência adquirida pelas mulheres na luta por seus direitos. Breve análise da família no contexto brasileiro do século XX Especialistas apontam que as mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais que ocorrem na sociedade atual fazem com que surjam novas formas de se construir as relações humanas. E a família não está imune a tais mudanças. O modelo de família, que na sociedade burguesa, particularmente no Brasil durante o século XX caracterizou-se pelo arranjo nuclear 1 - não reflete uma ordem natural. Permeado pelas relações de gênero, tal modelo trata-se de uma construção que serve tanto para naturalizar um determinado arranjo social, quanto para manter o universo discursivo daí advindo (CECCCARELLI, 2006, p.322). Assim, é necessário desconstruir a aparência de naturalidade da concepção de família, passando a compreendê-la como uma criação humana mutável, que se apresenta de forma distinta em outras sociedades e em diferentes momentos históricos. Estudiosos apontam que, gestado na Europa do século XVIII, o modelo de família nuclear consolidou-se e tornou-se funcional ao sistema capitalista - cujos traços 1 A família nuclear estabelece a separação nítida dos papéis que devem ser desempenhados pelo homem e pela mulher. Ao homem cabe o papel de provedor da família, a quem pertence a rua, o trabalho fora do lar, o espaço público. A mulher reina no espaço privado da casa, é a rainha do lar, a quem cabe a responsabilidade pelo cuidado com os filhos e o marido.

3 3 gerais são a industrialização, a urbanização, o trabalho remunerado como necessário para o aumento do consumo e no âmbito sócio-cultural, o individualismo. Este tipo de organização traz a redução da família e constitui-a, prioritariamente, como unidade consumidora, em que o homem deve vender a sua força de trabalho para poder garantir a sua sobrevivência, a de sua mulher e de sua prole. A convivência familiar, neste tipo de arranjo, dá-se fundamentalmente no espaço do privado, com caráter intimista e individualista. A supremacia adulta masculina sobre os demais sujeitos no arranjo nuclear demonstra que, nele, o patriarcado constitui-se como a base das relações familiares. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que houve transformações profundas na sociedade contemporânea relacionadas à ordem econômica, à organização do trabalho e ao fortalecimento da lógica individualista (MIOTO, 2000, p. 218). Em conseqüência disso, ocorreram mudanças radicais na organização das famílias, particularmente no contexto brasileiro, devido ao empobrecimento acelerado, aos movimentos migratórios e também à escassez da prestação de serviços públicos direcionados à família. Nas famílias pauperizadas, a partir de fins do século XIX e início do século XX, as mulheres e crianças eram convocadas a deixar a esfera restrita do lar para irem em busca da sobrevivência, trabalhando nas indústrias para complementar a renda do homem marido e pai, que não era suficiente para a satisfação das necessidades familiares. Tal fenômeno, dentre outros, contribuiu para trazer mudanças significativas nas estruturas das famílias ao longo do século, com um enxugamento do grupo familiar e também com o aumento das variedades de arranjos familiares. Na esfera cultural, principalmente a partir da segunda metade do século XX, os casamentos não aconteciam mais prioritariamente por interesses econômicos, como acontecia com as famílias de posses, em séculos anteriores. Uma realidade trazida à tona pela família nuclear pelo menos entre as elites do país, uma vez que nas camadas populares presume-se que já ocorria dessa forma, dado que não possuíam riquezas para conservar através de casamentos convenientes, presente na concepção cristã de matrimônio, é a realização do casamento baseado no sentimento, em que duas pessoas resolvem compartilhar uma vida em comum, com vistas a estruturar uma

4 4 família com filhos e envelhecerem juntas. As famílias pobres, com casais ligados por outros motivos que não a conservação de riquezas, por serem menos cobradas quanto aos exemplos que deveriam dar perante a sociedade, desintegravam-se com maior freqüência, ou seja, estavam mais sujeitas a separações e, consequentemente, a constituírem arranjos familiares diferenciados, como famílias refeitas após o primeiro casamento, uniões consensuais, famílias monoparentais 2. Observa-se que atualmente essa realidade faz-se presente em todas as classes sociais. Num processo em que teve papel preponderante tanto as modificações na esfera sócio-econômica da sociedade capitalista como na esfera política e cultural - com a emersão das questões de gênero e a reivindicação das mulheres por igualdade - gradativamente as modificações na esfera da família passaram a ser visíveis para a sociedade. Porém, apesar de tais mudanças, que iam refletindo-se também no plano da legislação brasileira (como a aprovação da Lei do Divórcio, em 1977), apenas a partir da Constituição de 1988 é que estabelece-se a igualdade formal, em direitos e obrigações, entre a mulher e o homem, que será reiterada 14 anos depois pelo Código Civil de 2002, o qual segundo Pimentel (2002, p.27), inova na medida em que elimina normas discriminatórias de gênero, como por exemplo, [...] ao introduzir expressamente conceitos como o de direção compartilhada, em vez de chefia masculina da sociedade conjugal; como o de poder familiar compartilhado, no lugar da prevalência paterna no pátrio poder; [...] permite ao marido usar o sobrenome da mulher [...] e em alguns outros aspectos. De acordo com esta mesma autora, foi o movimento social organizado de mulheres que após longos anos de luta conquistou esta igualdade. As mulheres contribuíram de forma valiosa ao processo constituinte (de 1986 a 1988) e conseguiram que [...] a igualdade de direitos de homens e mulheres fosse estabelecida na Constituição Federal de 1988, inclusive na parte área de família (2002, p.30 grifos originais). 2 A expressão famílias monoparentais foi utilizada, segundo Nadine Lefaucher, na França, desde a metade dos anos setenta, para designar as unidades domésticas em que as pessoas vivem sem cônjuge, com um ou vários filhos com menos de 25 anos e solteiros (VITALE, 2002, p. 47).

5 5 Percebe-se assim, a contribuição do questionamento sobre as relações de gênero historicamente constituídas no processo social de reconfiguração das relações na esfera da família, na luta constante pela superação do dogma da superioridade masculina. Essa reconfiguração das relações na esfera familiar tem rebatimentos também na reconfiguração dos próprios arranjos familiares, alternativos ao modelo nuclear formado por pai, mãe e filhos. Essa realidade levou, principalmente após a década de 1960, a um discurso ideológico de declínio da instituição família. Porém, constata-se hoje que o que realmente houve foi o declínio do modelo da família perfeita composta pelo casal, unidos pelo amor que durará até a morte, com filhos obedientes e bem-educados, tornados bons cidadãos no futuro. A família em si não perdeu suas funções clássicas de cuidar e educar. Nas palavras de Sawaia (2007, p. 41), ela continua sendo, para o bem ou para o mal, a mediação entre o indivíduo e a sociedade. A contribuição da relação mulher e trabalho na reconfiguração das famílias contemporâneas No atual contexto percebe-se que as famílias são instituições que apresentam diversas características que vêm se modificando ao longo do tempo. Dessa forma, não se pode eleger um único modelo que represente a família na contemporaneidade, devido à estruturação de novos arranjos familiares resultantes das inúmeras transformações econômicas e sociais, como também das mudanças ligadas ao novo papel da mulher na sociedade, que tem relação fundamental com o ingresso feminino no mercado de trabalho. Em relação a esse ingresso das mulheres no mercado, Coelho (2002, p. 70) afirma que o maior ganho [...] foi, sem dúvida, a percepção feminina sobre o significado do trabalho, como possibilidade emancipadora em sua vida. O ingresso e manutenção no mercado de trabalho [...] representa

6 para muitas mulheres uma realização pessoal, por ser um espaço construído individualmente, no qual se sentem valorizadas como pessoas. 6 Apesar da perspectiva de independência e emancipação das mulheres através do trabalho, com a ampliação dos espaços para sua atuação (que não só o doméstico), Mendes (2002) alerta para o fato de que é preciso situar o contexto sócioeconômico e político em que as mulheres estão inseridas e que as fazem ingressar no mercado de trabalho, tornando-se fundamental conhecer se isto está se dando como processo de emancipação ou exploração. Sobre isso, discutir-se-á um pouco mais adiante, com a problematização sobre mulheres chefes de família. Novos arranjos familiares: breves considerações Szymanski (2002, p.10 grifos nossos), citando Kaslow, diz que pode-se identificar alguns tipos de composição familiar, diferentes entre si, a saber: 1) Família nuclear, incluindo duas gerações com filhos biológicos; 2) Famílias extensas, incluindo três ou quatro gerações; 3) Casais [sem filhos]; 4) Famílias monoparentais, chefiadas por pai ou mãe; 5) Casais homossexuais com ou sem crianças; 6) Famílias reconstituídas depois do divórcio; 7) Várias pessoas vivendo juntas, sem laços legais, mas com forte compromisso mútuo. De acordo com Ceccarelli (2006, p. 323), os novos arranjos familiares abalam a hegemonia do modelo de família tradicional e, por extensão, obriga-nos a reavaliar os papéis de gênero, o que coloca em questão a ordem simbólica vigente. O que nos chama a atenção para o desenvolvimento deste trabalho é que a proporção de famílias em que a pessoa de referência é uma mulher é crescente, sendo uma das expressões mais evidentes das mudanças do papel feminino na sociedade. Cabe observar que as famílias chefiadas por mulheres não são necessariamente monoparentais, o que indica que o modelo de família de chefia masculina com filhos vai

7 aos poucos deixando de ser o modelo predominante de organização familiar brasileira. Segundo o documento Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça (2008), desenvolvido pelo Governo Federal através da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) junto ao Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), que traz dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), observa-se um aumento na proporção de famílias monoparentais chefiadas por mulheres, que passou de 22,3% em 1993 para 33% em Já dentre as famílias formadas por casais com filhos em que a pessoa de referência é a mulher, o número subiu de 3,4% em 1993 para 18,3% em Este fato tem forte relação com o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho, situação que se torna cada vez mais constante na atualidade, traduzindo-se na mudança de gênero na manutenção da família. Porém há que se considerar que essa realidade tem um recorte de classe marcante: é nas camadas mais pobres da população que ocorre uma grande concentração de famílias chefiadas por mulheres, em decorrência da situação de pobreza e miséria vivenciada, em que o fenômeno do desemprego estrutural atinge de forma expressiva a população masculina. Além disso, estudos e pesquisas demonstram que as mulheres continuam ganhando menos que os homens 3. Como afirma Mendes (2002, p. 2) a relação trabalho e emancipação feminina parece convergir mais nas camadas médias do que nas camadas populares. Esta autora observa que nas camadas populares o elemento motivador e primordial dessas mulheres ingressarem no mercado de trabalho decorre, na maioria das vezes, da luta pela sobrevivência. As mulheres das camadas mais pobres, além de possuírem um baixo nível de escolaridade e qualificação, estão inseridas em grande parte no mercado informal, em péssimas condições de trabalho e salários. Já as mulheres provenientes das camadas médias e altas são geralmente melhor instruídas e qualificadas para enfrentar as novas exigências do mercado (ibidem). 7 3 De acordo com a Síntese PNAD 2007, além do recorte de gênero, essa realidade possui ainda um recorte de cor/raça, com expressiva desvantagem para as pessoas negras: Em 2007, enquanto as mulheres brancas ganhavam, em média, 62,3% do que ganhavam homens brancos, as mulheres negras ganhavam 67% do que recebiam os homens do mesmo grupo racial e apenas 34% do rendimento médio de homens brancos (2007, p. 33).

8 8 De acordo com Garcia et al (apud MATTOSINHOS, 2006) a inserção feminina no mercado de trabalho lança luz para a compreensão das rápidas mudanças na estrutura familiar, entre outros fatores, por afetar seu tamanho em decorrência da baixa fecundidade 4, por provocar alterações na hierarquia interna destituindo o elemento masculino da condição de provedor e também por acelerar a formação e desintegração dos laços familiares em virtude de uma maior autonomia econômica da mulher decorrente de seu trabalho. Chama a atenção, ainda no Retrato das Desigualdades, o pequeno crescimento do número de famílias monoparentais masculinas (de 2,1% em 1993 para 2,7% em 2006). O documento afirma que embora tímido, esse crescimento é um indício de mudanças comportamentais no que se refere aos padrões hegemônicos da masculinidade brasileira. O que significa dizer que, no âmbito das relações de gênero, ainda que lentamente, os homens têm assumido a responsabilidade tanto pela provisão, tarefa tradicionalmente considerada masculina, quanto pelo cuidado com os filhos, tarefa esta tradicionalmente relegada às mulheres. Além dessas configurações, há também os casais que optam por não ter filhos e que nem por esse motivo deixam de ser considerados como uma família. Também há o crescimento do número de pessoas que moram sozinhas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da PNAD, o percentual de domicílios com um único morador passou de 9,5% em 2001 para 10,9% em Fazendo um recorte de gênero, Mattosinhos (2006) mostra, comparando os Censos de 1960 e 2000, que, em números absolutos, as mulheres que moram sozinhas apresentaram crescimento de em 1960 para em 2000, sendo resultado de diversos fatores, dentre eles, o já citado ingresso feminino no mercado de trabalho, aumento das separações conjugais, aumento da expectativa de vida 4 Até 1960, a taxa de fecundidade total estimada para o país era um pouco superior a seis filhos por mulher. [...] esse número foi reduzindo ao longo dos anos, chegando a, aproximadamente, 2,4 filhos por mulher em De acordo com a Síntese dos Indicadores (2000) do IBGE, a intensificação da esterilização feminina também exerceu um papel importante nesse processo (MATTOSINHOS, 2006, p. 25)

9 9 (principalmente para as mulheres). Curioso é observar que mesmo esse arranjo, chamado pela autora de arranjo unipessoal é considerado, na PNAD, como família 5. Considerações Finais O objetivo deste trabalho foi explicitar, de forma breve, a relação existente entre a emersão da questão de gênero como construção social das relações entre os sexos o que levou as mulheres a questionarem os papéis que historicamente lhe foram atribuídos, circunscritos ao âmbito de subalternidade à figura masculina na reconfiguração das famílias na contemporaneidade, que vem ao longo do tempo estruturando-se em modelos alternativos ao arranjo nuclear. Esse fenômeno teve seus desdobramentos fortemente ligados ao crescimento da inserção feminina no mercado de trabalho bem como à possibilidade de uma maior liberdade sexual das mulheres, com o advento de métodos contraceptivos eficazes. Inegavelmente que a reconfiguração das famílias contemporâneas não se reduz ao esforço que empreenderam as mulheres para que a sociedade viesse a despertar para o fato da desnaturalização da condição de subserviência a que foram relegadas; porém, esse processo - que enquanto tal não está acabado, apesar das conquistas já alcançadas - não deve ter sua importância negligenciada. Cresce o número de famílias monoparentais, de casais com filhos em que a mulher é a pessoa de referência, casais sem filhos, casais homossexuais com filhos, famílias refeitas após o primeiro casamento, pessoas morando sozinhas, etc. Por esse motivo, estudiosos da área afirmam que não se faz conveniente, na análise sobre família, recorrer ao reducionismo de se eleger um modelo como o ideal. Atualmente, não se pode trabalhar com a categoria família com a perspectiva de que esta deva possuir uma determinada configuração para que seja considerada como tal. Antes, devese ter clareza quanto à existência hoje das várias famílias, que, apesar dos diversos arranjos, continuam exercendo na sociedade o papel de cuidado, socialização e 5 Considerou-se como família o conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, que residissem na mesma unidade domiciliar e, também, a pessoa que morasse só em uma unidade domiciliar (SÍNTESE PNAD 2007, p.32).

10 10 educação entre seus membros, principalmente daqueles mais vulneráveis, o que vai de encontro à ideia de que esta instituição está em decadência, ou mesmo desaparecendo. O que é preciso compreender, como diz Goldani (2002, p. 33), é que as famílias contemporâneas demonstram [...] sua enorme capacidade de adaptação e mudança. Sabe-se que as mudanças sociais que dizem respeito às relações de gênero, com estereótipos tão entranhados na subjetividade das pessoas faz com que transformações e mudanças nesse âmbito se processem de forma lenta, inclusive na consciência de grande parte das próprias mulheres. No entanto, a luta feminista por igualdade trouxe conquistas significativas, que abalaram as estruturas do patriarcado e refletiram diretamente em vários aspectos da sociedade. De acordo com Nascimento (apud MATTOSINHOS, 2006), cada mudança ocorrida nos últimos cinqüenta anos - política, econômica, tecnológica, cultural - teve sua parcela de contribuição no formato das famílias atuais, porém um aspecto se faz inegável: para ele, as mulheres foram as principais protagonistas das modificações ocorridas na família nas últimas décadas do século XX. Referências BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: síntese de indicadores IBGE: Rio de Janeiro, CECCARELLI, Paulo Roberto. As repercussões das novas organizações familiares nas relações de gênero. Cronos, Natal-RN, v.7, n.2, p , jul./dez Disponível em:< Acesso em 20 jul 2009 COELHO, Virgínia Paes. O trabalho da mulher, relações familiares e qualidade de vida. In: Revista Serviço Social e Sociedade n 71. Famílias. São Paulo: Cortez, GOLDANI, Ana Maria Família, Gênero e Políticas: famílias brasileiras nos anos 90 e seus desafios como fator de proteção. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 19, n. 1, jan/jun. Disponível em: < go_29_48.pdf> Acesso em 20 jul 2009

11 11 MATTOSINHOS, Márcia Chamerelli Pessanha. A Nova Dinâmica Familiar: características dos arranjos unipessoais no Brasil. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, MENDES, Mary Alves. Mulheres Chefes de Família: a complexidade e ambigüidade da questão. Disponível em: < pdf > Acesso em 25 ago 2009 MIOTO, Regina Célia Tamaso. O trabalho dos Assistentes Sociais e as Políticas Sociais: cuidados dirigidos à família e segmentos sociais vulneráveis. Módulo 4, CFESS ABEPESS CEAD/NED UNB, PIMENTEL, Sílvia. Perspectivas jurídicas da família: o novo Código Civil e a violência familiar. In: Revista Serviço Social e Sociedade n 71. Famílias. São Paulo: Cortez, PINHEIRO, Luana et al. Retrato das desigualdades de gênero e raça. SPM, IPEA, UNIFEM: Brasília, Disponível em: < > Acesso em 20 jul 2009 SAWAYA, Bader. Família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política, perigos e oportunidades. In: ACOSTA, Ana Rojas. VITALLE. Maria Amalia Faller. Família: redes, laços e políticas públicas. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2007 SCOTT, Joan. Gênero: categoria útil para a análise histórica. Disponível em: < Acesso em 20 jul 2009 SZYMANSKI, Heloísa. Viver em família como experiência de cuidado mútuo: desafios de um mundo em mudança. In: Revista Serviço Social e Sociedade n 71. Famílias. São Paulo: Cortez, VITALE, Maria Amalia Faler. Famílias monoparentais: indagações. In: Revista Serviço Social e Sociedade n 71. Famílias. São Paulo: Cortez, XAVIER, Sônia Maia Teles. E por falar em mulheres... Disponível em: < Acesso em 01 set 2009

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA Bruna Caroline Joinhas- brunajoinhas@hotmail.com Joelma Barbosa de Souza- jobarbosa_souza@hotmail.com Juliana Carolina Jorge juliana_carolina_jorge@outlook.com Tatiana Bueno

Leia mais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais PESSOA DE REFERÊNCIA NA FAMÍLIA (FAMÍLIA MONOPARENTAL FEMININA) NO BRASIL Adriele de Souza da Silva: adrielesilva4@gmail.com; Jessica Fernanda Berto: jfb2191@gmail.com; Aparecida Maiara Cubas da Silva:

Leia mais

A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, local para o exercício da cidadania, possibilidade p

A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, local para o exercício da cidadania, possibilidade p , famílias A família representa o espaço de socialização, de busca coletiva de estratégias de sobrevivência, local para o exercício da cidadania, possibilidade para o desenvolvimento individual e grupal

Leia mais

EDITORIAL. v. 6, n.1, p. 1-24, jan./jun Revision, v. 1, p , 1998.

EDITORIAL. v. 6, n.1, p. 1-24, jan./jun Revision, v. 1, p , 1998. EDITORIAL Família é um termo muito utilizado, mas difícil de captar em toda a sua complexidade. Nos estudos de família há limitações, tanto no aspecto teórico quanto na perspectiva empírica, em relação

Leia mais

Mulheres chefes de Família de bairros populares de Joinville/ SC 1995 a 20071

Mulheres chefes de Família de bairros populares de Joinville/ SC 1995 a 20071 Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Mulheres chefes de Família de bairros populares de Joinville/ SC 1995 a 20071 Sara Simas (UDESC) História Regional;

Leia mais

Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça 1995 a 2015

Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça 1995 a 2015 Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça 1 O Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, estudo que o Ipea produz desde 2004 em parceria com a ONU Mulheres, tem como objetivo disponibilizar dados sobre

Leia mais

IBGE mostra que desigualdade de gênero e raça no Brasil perdura

IBGE mostra que desigualdade de gênero e raça no Brasil perdura IBGE mostra que desigualdade de gênero e raça no Brasil perdura As mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana. Em 2015, a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas,

Leia mais

Família e Políticas Públicas: Limites e Possibilidades de Atuação do Assistente Social

Família e Políticas Públicas: Limites e Possibilidades de Atuação do Assistente Social Família e Políticas Públicas: Limites e Possibilidades de Atuação do Assistente Social Ms. Camila Felice Jorge Assistente Social da PMSP, professora do Centro Brasileiro Ítalo Brasileiro, com grande vivência

Leia mais

Interfaces da Questão Social, Gênero e Oncologia

Interfaces da Questão Social, Gênero e Oncologia 3ª Jornada de Serviço Social do INCA Direitos Sociais e Integralidade em Saúde Interfaces da Questão Social, Gênero e Oncologia Letícia Batista Silva Assistente Social HCII/INCA Rio de Janeiro, 1 de julho

Leia mais

As Famílias. Giddens capitulo 7

As Famílias. Giddens capitulo 7 As Famílias Giddens capitulo 7 Alguns conceitos Família um grupo de pessoas diretamente unidas por conexões parentais, cujos membros adultos assumem a responsabilidade pelo cuidado de crianças. Laços de

Leia mais

MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA ATENDIDAS PELO CRAS DE ALTO PARANÁ.

MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA ATENDIDAS PELO CRAS DE ALTO PARANÁ. MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA ATENDIDAS PELO CRAS DE ALTO PARANÁ. Hosana de Oliveira Baracho, zaninha_oliver@hotmail.com Maria Inez Barboza Marques (Orientadora), e-mail: marques@sercomtel.com.br (UNESPAR/Campus

Leia mais

Disciplina: Enfermagem da Família Profª Márcia F. Pereira UNIP- Curso Enfermagem 5º semestre

Disciplina: Enfermagem da Família Profª Márcia F. Pereira UNIP- Curso Enfermagem 5º semestre Disciplina: Enfermagem da Família Profª Márcia F. Pereira UNIP- Curso Enfermagem 5º semestre Família: origens históricas Na maior parte da história da humanidade, o indivíduo viveu, em quase todas as sociedades

Leia mais

Estrutura familiar e dinâmica social

Estrutura familiar e dinâmica social Estrutura familiar e dinâmica social Introdução Neste trabalho pretendendo tratar minuciosamente sobre o conceito e relevância social do parentesco; a família enquanto grupo específico e diferenciado de

Leia mais

Dia Internacional da Família 15 de maio

Dia Internacional da Família 15 de maio Dia Internacional da Família 15 de maio 14 de maio de 14 (versão corrigida às 16.3H) Na 1ª página, 5º parágrafo, 3ª linha, onde se lia 15-65 anos deve ler-se 15-64 anos Famílias em Portugal As famílias

Leia mais

Família e trabalho: os desafios da equidade para as famílias metropolitanas na recuperação da economia nos anos 2000

Família e trabalho: os desafios da equidade para as famílias metropolitanas na recuperação da economia nos anos 2000 MONTALI, L. Família e trabalho: os desafios da equidade para as famílias metropolitanas na recuperação dos anos 2000. In: Turra, C.M.; e Cunha, J.M.P. (Org.). População e desenvolvimento em debate: contribuições

Leia mais

O Desmonte da Previdência Social e as Mulheres. Brasília, 09 de março de 2017

O Desmonte da Previdência Social e as Mulheres. Brasília, 09 de março de 2017 O Desmonte da Previdência Social e as Mulheres Brasília, 09 de março de 2017 Considerações gerais A despeito dos avanços verificados nessas últimas décadas: Ampliação do ingresso de mulheres e homens no

Leia mais

Participação da mulher no mercado de trabalho

Participação da mulher no mercado de trabalho e desigualdade da renda domiciliar per capita no Brasil: 1981-2002 PET-Economia UnB 29 de abril de 2015 Rodolfo Hoffmann Sobre os autores Sobre o Graduação em Agronomia (1965) Mestrado em Ciências Sociais

Leia mais

PROGRAMA DA DISCIPLINA CARGA HORÁRIA. SSO h. OBRIG. 2018/1

PROGRAMA DA DISCIPLINA CARGA HORÁRIA. SSO h. OBRIG. 2018/1 NOME DISCIPLINA FAMÍLIA GRUPOS E REDES PROGRAMA DA DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CÓDIGO DISCIPLINA PRÉ- REQUISIT O OBRIG. / OPT. PERIODO SSO 000 0 h. OBRIG. 2018/1 PROFESSOR: GILSA HELENA BARCELLOS e-mail:gilsahb@terrra.com.br

Leia mais

ASPECTOS SOBRE AS EXPRESSÕES DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM ALTO PARANÁ/ PR E MIRADOR/ PR

ASPECTOS SOBRE AS EXPRESSÕES DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM ALTO PARANÁ/ PR E MIRADOR/ PR ASPECTOS SOBRE AS EXPRESSÕES DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM ALTO PARANÁ/ PR E MIRADOR/ PR Maísa Machado Antônioe Sylvia Caroline Zerbato acadêmicas do curso de Serviço Social da UNESPAR/ Paranavaí, Priscila

Leia mais

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO I. A EVOLUÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho Início do século XIX: Mantedora do lar e educadora dos filhos -

Leia mais

O IDOSO COMO CUIDADOR: UMA NOVA PERSPECTIVA DE CUIDADO DOMICILIAR

O IDOSO COMO CUIDADOR: UMA NOVA PERSPECTIVA DE CUIDADO DOMICILIAR O IDOSO COMO CUIDADOR: UMA NOVA PERSPECTIVA DE CUIDADO DOMICILIAR João Paulo Fernandes Macedo (UFC dalijoao@gmail.com) INTRODUÇÃO:As famílias brasileiras estão passando por mudanças estruturais, sociais

Leia mais

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS NOVEMBRO DE 2012 A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS A sociedade brasileira comemora, no próximo dia 20 de novembro, o Dia da

Leia mais

O novo papel da família

O novo papel da família conceito O termo família é derivado do latim famulus, que significa escravo doméstico. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem

Leia mais

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV O perfil das mulheres de 10 anos e mais de idade no Distrito Federal e na Periferia Metropolitana de Brasília - PMB segundo a ótica raça/cor 2010 Lucilene Dias Cordeiro 1 1 Secretaria de Estado de Educação

Leia mais

Estrutura FAMILIAR E DINÂMICA SOCIAL Sandra Almeida Área de Integração

Estrutura FAMILIAR E DINÂMICA SOCIAL Sandra Almeida Área de Integração Estrutura FAMILIAR E DINÂMICA SOCIAL Sandra Almeida 21115 Área de Integração 1 CONCEITO DE FAMÍLIA 2 3 RELAÇÕES DE PARENTESCO ESTRUTURAS FAMILIARES/MODELOS DE FAMÍLIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA 4 5 FUNÇÕES

Leia mais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais AS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL Caroline Silva dos Santos - karoliny_silva_santos@hotmail.com Daiane Souza da Silva -day-sborges@hotmail.com Débora Brasilino - deboratr_brasilino@hotmail.com

Leia mais

CONCEITUAÇÃO DE FAMÍLIA E SEUS DIFERENTES ARRANJOS 1

CONCEITUAÇÃO DE FAMÍLIA E SEUS DIFERENTES ARRANJOS 1 CONCEITUAÇÃO DE FAMÍLIA E SEUS DIFERENTES ARRANJOS 1 Maria Letícia Grecchi Pizzi 2 RESUMO: A família mostra-se como um dos lugares privilegiados da construção social da realidade, é através dela que iniciamos

Leia mais

CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES

CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES Um desafio para a igualdade numa perspectiva de gênero Ituporanga 30/04/04 Conferência Espaço de participação popular para: Conferir o que tem sido feito

Leia mais

Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA)

Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA) Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA) Brasília, 7 de março de 2007 OBJETIVOS QUESTÕES !"#$"$#%&#!!'"()* Visão geral das tendências de crescimento da população brasileira e dos componentes deste

Leia mais

IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES

IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES TERESA MANECA LIMA SÍLVIA ROQUE DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES APENAS UMA QUESTÃO DE SEXO? SEXO GÉNERO SEXO: conjunto de características biológicas e reprodutivas

Leia mais

CAPÍTULO 1 CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E PARTICIPAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR

CAPÍTULO 1 CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E PARTICIPAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR CAPÍTULO 1 CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E PARTICIPAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR 5 Os avanços na medicina, as reestruturações da legislação e a quebra de muitos preconceitos são elementos que vêm motivando novas

Leia mais

Gênero e Saúde: representações e práticas na luta pela saúde da mulher

Gênero e Saúde: representações e práticas na luta pela saúde da mulher Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Gênero e Saúde: representações e práticas na luta pela saúde da mulher Elaine Ferreira Galvão (UEL) Gênero; Saúde

Leia mais

Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações

Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações Thalita Aguiar Siqueira* 1 (PG), Marcelo de melo (PQ) Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Anápolis de ciências sócio-econômicas e

Leia mais

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente Entrevista por Daniela Araújo * Luíza Cristina Silva Silva militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente é estudante do curso de Geografia na

Leia mais

CONFIGURAÇÕES FAMILIARES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DOS JOVENS DO SEC. XXI

CONFIGURAÇÕES FAMILIARES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DOS JOVENS DO SEC. XXI CONFIGURAÇÕES FAMILIARES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DOS JOVENS DO SEC. XXI Danielly Silva Melo 1 ; Letícia Rayne Souza Teles 1 ; Roberta Maria Arrais Benício 2 Escola de Ensino

Leia mais

8 dados que mostram o abismo social entre negros e brancos

8 dados que mostram o abismo social entre negros e brancos 8 dados que mostram o abismo social entre negros e brancos Fonte: Exame.com São Paulo - A população negra brasileira ainda enfrenta um abismo de desigualdade. São os negros as maiores vítimas da violência

Leia mais

A MULHER NA CIÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

A MULHER NA CIÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS 1 A MULHER NA CIÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Educação, Linguagem e Memória Daniela Maçaneiro Alves 1 (daniela.alves@unesc.net) Introdução A mulher tem na história um papel importantíssimo mesmo que,

Leia mais

Estrutura Populacional

Estrutura Populacional Estrutura Populacional A estrutura populacional consiste na divisão dos habitantes, de acordo com aspectos estruturais, possibilitando sua análise por meio: da idade (jovens, adultos e idosos); do sexo

Leia mais

desigualdade étnica e racial no Brasil INDICADORES DA Apresentação:

desigualdade étnica e racial no Brasil INDICADORES DA Apresentação: INDICADORES DA desigualdade étnica e racial no Brasil Apresentação: O mês de novembro é o mês da Consciência Negra e no dia 20 comemora-se o dia da Consciência Negra, data da morte de Zumbi dos Palmares,

Leia mais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais DESIGUALDADE DE GÊNERO: UMA QUESTÃO DE NATUREZA IDEOLÓGICA Failon Mitinori Kinoshita (Acadêmico) failonpr2016@gmail.com Italo Batilani (Orientador), e-mail: batilani@hotmail.com Universidade Estadual do

Leia mais

Rendimento de todas as fontes Participação na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, segundo o tipo de rendimento (%)

Rendimento de todas as fontes Participação na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, segundo o tipo de rendimento (%) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Rendimento de todas as fontes PNAD contínua ISBN 978-85-240-4453-3 IBGE, 2018 A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua

Leia mais

O MERCADO DE TRABALHO EM 2011

O MERCADO DE TRABALHO EM 2011 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2012 O MERCADO DE TRABALHO EM 2011 Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego podem

Leia mais

ESTRUTURA FAMILIAR E DINÂMICA SOCIAL

ESTRUTURA FAMILIAR E DINÂMICA SOCIAL O QUE É A FAMÍLIA? Família surgiu em Roma para identificar um novo grupo social que surgiu entre tribos latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também escravidão legalizada. A família caracteriza

Leia mais

FEMINISMO. Luta das mulheres pela igualdade

FEMINISMO. Luta das mulheres pela igualdade FEMINISMO Luta das mulheres pela igualdade Bases do feminismo moderno (TEORIA FEMINISTA) Concentração na luta com o patriarcado A teoria feminista defende que a dominação masculina e subordinação feminina

Leia mais

Título do projeto: Direitos Humanos e Empresas: O direito a não discriminação em função do gênero e raça nas empresas 1.

Título do projeto: Direitos Humanos e Empresas: O direito a não discriminação em função do gênero e raça nas empresas 1. Área: DIREITO Pesquisador responsável (ou coordenador do projeto do grupo): PAULA MONTEIRO DANESE E-mail: PAULA.DANESE@USJT.BR Outros docentes envolvidos no projeto: Professor (a) e-mail: Título do projeto:

Leia mais

GÊNERO E RAÇA NO ACESSO AOS CARGOS DE CHEFIA NO BRASIL 2007

GÊNERO E RAÇA NO ACESSO AOS CARGOS DE CHEFIA NO BRASIL 2007 GÊNERO E RAÇA NO ACESSO AOS CARGOS DE CHEFIA NO BRASIL 2007 Bárbara Castilho 1 Estatísticas evidenciam desigualdades sociais entre homens e mulheres e entre indivíduos de distintas características de cor

Leia mais

Especial. Sergipe CORESE SIRECOM. Sindicato dos Representantes Comerciais. 8 de março. Dia Internacional da Mulher. core-se.org.br. sirecomse.com.

Especial. Sergipe CORESE SIRECOM. Sindicato dos Representantes Comerciais. 8 de março. Dia Internacional da Mulher. core-se.org.br. sirecomse.com. Especial 8 de março core-se.org.br sirecomse.com.br 8 de março Especial Conheça as principais lutas e conquistas das mulheres Desde o final do Século XIX, as mulheres mobilizaram-se no Brasil e no mundo

Leia mais

A FUNÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

A FUNÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA A FUNÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Adriana da Silva 1 Jaqueline Garcia Valéria Patrícia Turim Schulz Amália Madureira Paschoal 2 INTRODUÇÃO: O presente trabalho apresenta a família

Leia mais

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD Idosos atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) que vivem em domicílios com outros rendimentos: perfil sociodemográfico e comparação com os idosos que vivem em domicílios com presença de

Leia mais

REDAÇÃO Caminhos Para Diminuição Da Pobreza No Brasil

REDAÇÃO Caminhos Para Diminuição Da Pobreza No Brasil REDAÇÃO Caminhos Para Diminuição Da Pobreza No Brasil INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo

Leia mais

SSO CARGA HORÁRIA:

SSO CARGA HORÁRIA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURIDÍCAS E ECONÔMICAS COLEGIADO DE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL Av. Fernando Ferrari s/n - Campus Universitário Goiabeiras 29060-900 Vitória - ES -

Leia mais

Boletim Especial ABRIL MARÇO Emprego Doméstico no Distrito Federal, em 2016

Boletim Especial ABRIL MARÇO Emprego Doméstico no Distrito Federal, em 2016 EMPREGO DOMÉSTICO NO DISTRITO FEDERAL Boletim Especial ABRIL - 2017 MARÇO - 2012 Emprego Doméstico no Distrito Federal, em 2016 Um novo formato vem se delineando na inserção das empregadas domésticas no

Leia mais

RSOS /2016. de redação o único corrigido. 04.

RSOS /2016. de redação o único corrigido. 04. VESTIBULAR CUR RSOS SUPERIORES 2016/2 Edital 044 /2016 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES 01. Antes do início da prova, confira com atenção o caderno de redação. Verifique se as páginas estão em ordem numérica

Leia mais

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: DESAFIOS PARA AS. Solange Kanso IPEA Novembro/2010

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: DESAFIOS PARA AS. Solange Kanso IPEA Novembro/2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS PÚBLICASP Solange Kanso IPEA Novembro/2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL É o aumento na proporção de pessoas idosas, como resultado dos

Leia mais

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde Fernanda Lopes Rio de Janeiro, maio de 2011 O mandato do UNFPA

Leia mais

Interseccionalidade nas Ciências Sociais

Interseccionalidade nas Ciências Sociais Interseccionalidade nas Ciências Sociais Autora: Ilane Cavalcante Lobato Alves da Silva 2º semestre/ 2017 Texto Teórico A sociedade é composta por diferentes tipos de agrupamentos e organizações. A partir

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA DE MINAS GERAIS PELA PNAD 2013

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA DE MINAS GERAIS PELA PNAD 2013 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA DE MINAS GERAIS PELA PNAD 2013 Eleusy Natália Miguel Universidade Federal de Viçosa, eleusy.arq@gmail.com INTRODUÇÃO Observa-se o exponencial crescimento da população

Leia mais

Ano I Nº 6 Março de 2005 Trabalho e renda da mulher na família

Ano I Nº 6 Março de 2005 Trabalho e renda da mulher na família Ano I Nº 6 Março de 2005 Trabalho e renda da mulher na família Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos Introdução Altas e crescentes taxas de desemprego, precarização das condições

Leia mais

Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010

Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010 Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010 Prof. José Eustáquio Diniz Alves Escola Nacional de Ciências Estatísticas Doutor em Demografia e Professor Titular da ENCE/1BGE 31 de março de 2010

Leia mais

Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias

Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias RESUMO Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias As transformações demográficas se intensificaram na segunda metade do século XX em todo o país e se encontram em curso nas

Leia mais

Famílias monoparentais: um enfoque demográfico a partir dos dados da PNAD 2015

Famílias monoparentais: um enfoque demográfico a partir dos dados da PNAD 2015 I SEMINÁRIO NACIONAL: FAMÍLIA E POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL GT 5 FAMÍLIA, GERAÇÃO E TRABALHO Famílias monoparentais: um enfoque demográfico a partir dos dados da PNAD 2015 Leiliane Souza Bhering 1 Márcia

Leia mais

A ascensão da mulher no mercado de trabalho

A ascensão da mulher no mercado de trabalho A ascensão da mulher no mercado de trabalho Proposta de redação: Há uma considerável inserção de senhoras e senhoritas no mercado de trabalho, fruto da falência dos modelos tradicionais civilizatórios.

Leia mais

5 Referências Bibliográficas

5 Referências Bibliográficas 74 5 Referências Bibliográficas ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.. A Dialética do Trabalho. São Paulo: Expressão Popular,

Leia mais

A formação e a diversidade cultural da população brasileira; Aspectos demográficos e estrutura da população brasileira.

A formação e a diversidade cultural da população brasileira; Aspectos demográficos e estrutura da população brasileira. A formação e a diversidade cultural da população brasileira; Aspectos demográficos e estrutura da população brasileira. A formação e a diversidade cultural da população brasileira Os primeiros habitantes

Leia mais

ESTRUTURA E DINÂMICA DO SETOR PROVEDOR DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS EMPREGOS E SALÁRIOS NA DÉCADA DE 1990

ESTRUTURA E DINÂMICA DO SETOR PROVEDOR DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS EMPREGOS E SALÁRIOS NA DÉCADA DE 1990 Isabel Caldas Borges Mestranda do Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Marconi Gomes da Silva Professor Doutor do Departamento de Economia da Universidade

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

Família e pobreza segundo a perspectiva das capacidades 1

Família e pobreza segundo a perspectiva das capacidades 1 Família e pobreza segundo a perspectiva das capacidades 1 Cimar Alejandro Prieto Aparicio 2 Elisabete Dória Bilac 3 RESUMO Este trabalho insere-se nos estudos empíricos sobre demografia da família e apresenta

Leia mais

Assessoria da Área Pedagógica

Assessoria da Área Pedagógica Assessoria da Área Pedagógica Jane Carla Claudino Tosin jtosin@positivo.com.br 0800 725 3536 Ramal 1171 Imagem: http://escolakids.uol.com.br/dia-das-comunicacoes.htm acesso em 04/05/2016 Educação humanizada

Leia mais

Eixo Temático: Temas Transversais

Eixo Temático: Temas Transversais ISSN 2359-1277 A COMPREENSÃO DA DIVISÃO SEXUAL NO TRABALHO: UMA POSIÇÃO DESIGUAL Geovana Boni de Novaes, giiboninovaes@hotmail.com; Keila Pinna Valensuela (Orientadora), keilapinna@hotmail.com; Universidade

Leia mais

Considerações Finais

Considerações Finais 98 Considerações Finais A mulher contemporânea foi construída a partir de rupturas com o silêncio, com a invisibilidade e submissão, que definiram o feminino ao longo dos séculos. Apesar de a maioria dos

Leia mais

Programa 25/4/2013 a 24/6/ /6/2013 a 26/7/ /7/2013 a 30/11/2014

Programa 25/4/2013 a 24/6/ /6/2013 a 26/7/ /7/2013 a 30/11/2014 Programa garantia da autonomia econômica e social A das mulheres é um dos eixos estruturantes e fundamentais das políticas que visam à transformação das condições de vida e das desigualdades sociais,

Leia mais

A CRIANÇA E O FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES

A CRIANÇA E O FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES 1 A CRIANÇA E O FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES Glicia Thais Salmeron de Miranda A Constituição Federal de 1988 estabelece que a família é a base da sociedade, nos termos do artigo 226, sendo essa

Leia mais

DISCIPLINA: SSO 000 FAMÍLIA GRUPOS E REDES CARGA HORÁRIA: 60 h. DIAS: Segunda e Quarta PROFESSORES: Gilsa Helena Barcellos PERÍODO: 2014/2

DISCIPLINA: SSO 000 FAMÍLIA GRUPOS E REDES CARGA HORÁRIA: 60 h. DIAS: Segunda e Quarta PROFESSORES: Gilsa Helena Barcellos PERÍODO: 2014/2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURIDÍCAS E ECONÔMICAS COLEGIADO DE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL Av. Fernando Ferrari s/n - Campus Universitário Goiabeiras 29060-900 Vitória - ES -

Leia mais

Empoderando vidas. Fortalecendo nações.

Empoderando vidas. Fortalecendo nações. Empoderando vidas. Fortalecendo nações. INTRODUÇÃO O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil baseia-se exclusivamente nos Censos Demográficos, realizados de 10 em 10 anos, pelo Instituto Brasileiro de

Leia mais

FAMÍLIA MONOPARENTAL FEMININA: FENÔMENO DA CONTEMPORANEIDADE? FEMALE SINGLE-PARENT FAMILY: PHENOMENON OF CONTEMPORANEITY?

FAMÍLIA MONOPARENTAL FEMININA: FENÔMENO DA CONTEMPORANEIDADE? FEMALE SINGLE-PARENT FAMILY: PHENOMENON OF CONTEMPORANEITY? 1225 FAMÍLIA MONOPARENTAL FEMININA: FENÔMENO DA CONTEMPORANEIDADE? EDITH LICIA FERREIRA FELISBERTO SANTANA Assistente Social da Prefeitura de Nova Iguaçu-RJ. Graduada em Serviço Social pelo Centro Universitário

Leia mais

feminismo espaço e neoliberalismo

feminismo espaço e neoliberalismo artilha InDebate #01 feminismo espaço e neoliberalismo (...) se entendemos o feminismo como toda luta de mulheres que se opõem ao patriarcado, teríamos que construir sua genealogia considerando a história

Leia mais

Nesse sentido, segundo Carvalho (2000 apud Mioto et al., 2007), embora as formas de se construir famílias tenham se alterado, estas não perderam a

Nesse sentido, segundo Carvalho (2000 apud Mioto et al., 2007), embora as formas de se construir famílias tenham se alterado, estas não perderam a 1 Introdução A família que hoje se apresenta reconfigurada reflete as transformações ocorridas ao longo das últimas décadas. Essa evolução nas características da família tem mostrado maior flexibilidade

Leia mais

Educação e Inclusão. Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação Semana VI. Prof. Ms. Joel Sossai Coleti

Educação e Inclusão. Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação Semana VI. Prof. Ms. Joel Sossai Coleti Educação e Inclusão Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação Semana VI Prof. Ms. Joel Sossai Coleti Parte 2: Educação da mulher (...) uma longa história de opressão e subalternidade. (p. 137)

Leia mais

PNAD Contínua: 10% da população concentravam quase metade da massa de rendimentos do país em 2017 Editoria: Estatisticas Sociais

PNAD Contínua: 10% da população concentravam quase metade da massa de rendimentos do país em 2017 Editoria: Estatisticas Sociais 11/04/2018 Última Atualização: 11/04/2018 18:14:45 PNAD Contínua: 10% da população concentravam quase metade da massa de rendimentos do país em 2017 Editoria: Estatisticas Sociais Em 2017, os 10% da população

Leia mais

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA TERMO DE FOMENTO Nº 848255/2017/SNPDDH-CGAP/SNPDDH-GAB/SDH META 1 Diagnóstico atual da população idosa e Reunião

Leia mais

PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO DE

PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO DE FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO G o v e r n o d e M i n a s G e r a i s I N F O R M A T I V O Mercado de Trabalho - Belo Horizonte Ano 1, nº 1, Junho 6 PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO

Leia mais

PSICOLOGIA & FAMÍLIA

PSICOLOGIA & FAMÍLIA PSICOLOGIA & FAMÍLIA SUMÁRIO 1. GRUPO SOCIAL E FAMILIAR... 3 2. AS INTERRELAÇÕES FAMILIARES... 7 2.1. Biológicas... 12 2.2. Psicológicas... 12 2.3. Sociais... 12 3. CONFIGURAÇÃO E ESTRUTURA FAMILIAR...

Leia mais

TÃO PERTO E TÃO LONGE: ARRANJOS FAMILIARES E TRABALHO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010.

TÃO PERTO E TÃO LONGE: ARRANJOS FAMILIARES E TRABALHO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010. TÃO PERTO E TÃO LONGE: ARRANJOS FAMILIARES E TRABALHO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010. AUTORES: Sonoe Sugahara (ENCE/IBGE), Moema De Poli Teixeira (ENCE/IBGE) Zuleica Lopes Cavalcanti de Oliveira

Leia mais

CHEFIA FEMININA EM FAMÍLIAS MONOPARENTAIS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NOVA ESPERANÇA PR.

CHEFIA FEMININA EM FAMÍLIAS MONOPARENTAIS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NOVA ESPERANÇA PR. CHEFIA FEMININA EM FAMÍLIAS MONOPARENTAIS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NOVA ESPERANÇA PR. Franciele Nicolette da Silva, Gislaine Aparecida de Araújo Matoso Domingues, Maria Inez

Leia mais

27/08/2014. Direitos Humanos e Sociedade de Classes. Parte 1 Prof. Me. Maurício Dias

27/08/2014. Direitos Humanos e Sociedade de Classes. Parte 1 Prof. Me. Maurício Dias Direitos Humanos e Sociedade de Classes Parte 1 Prof. Me. Maurício Dias A Constituição Federal de 1988 trata da igualdade de todos perante a lei, da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,

Leia mais

Questão de gênero no Serviço Social é abordada por prof.ª em entrevista ao CRESS-MG

Questão de gênero no Serviço Social é abordada por prof.ª em entrevista ao CRESS-MG Questão de gênero no Serviço Social é abordada por prof.ª em entrevista ao CRESS-MG A presença de mulheres no Serviço Social tem definido o perfil da profissão e, consequemente, trazido para seu interior,

Leia mais

Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016

Fluxos migratórios e estrutura da. população. IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016 Fluxos migratórios e estrutura da população IFMG - Campus Betim Professor Diego Alves de Oliveira Disciplina de Geografia - 3º Ano 2016 O que leva uma pessoa a migrar? Todas as migrações ocorrem livremente?

Leia mais

Políticas de mulheres na perspectiva da cidadania econômica

Políticas de mulheres na perspectiva da cidadania econômica Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Políticas de mulheres na perspectiva da cidadania econômica Maria Salet Ferreira Novellino; João Raposo Belchior

Leia mais

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Nelson Machado INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente Eduardo Pereira Nunes Diretor

Leia mais

Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais

Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais 1 Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais Quais as mudanças e as continuidades ocorridas nestas famílias entre 1991-2011? Qual o impacto das mudanças na conjugalidade e na parentalidade,

Leia mais

Brasília, 16 de maio de 2019.

Brasília, 16 de maio de 2019. Brasília, 16 de maio de 2019. Desenho da Pesquisa: 63 Universidades e 2 CEFETs MG e RJ Período de Coleta de dados: Fevereiro a Junho de 2018 Toda coleta via internet Múltiplas estratégias de divulgação

Leia mais

Os estudos contemporâneos sobre desigualdades raciais no Brasil Raça, desigualdades e política no Brasil contemporâneo. Aula 9 -

Os estudos contemporâneos sobre desigualdades raciais no Brasil Raça, desigualdades e política no Brasil contemporâneo. Aula 9 - Os estudos contemporâneos sobre desigualdades raciais no Brasil Raça, desigualdades e política no Brasil contemporâneo. Aula 9 - Roteiro O modelo de realização socioeconômica de Carlos Hasenbalg e Nelson

Leia mais

VULNERABILIDADE SOCIAL E AS MULHERES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

VULNERABILIDADE SOCIAL E AS MULHERES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL VULNERABILIDADE SOCIAL E AS MULHERES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Priscila Semzezem, UNESPAR Universidade Estadual do Paraná Campus Paranavaí / FAMMA Faculdade Metropolitana de Maringá/ Pr. Brasil.

Leia mais

RELAÇÃO FAMÍLIA E TRABALHO NA PERSPECTIVA DE GÊNERO: A INSERÇÃO DE CHEFES E CÔNJUGES NO MERCADO DE TRABALHO

RELAÇÃO FAMÍLIA E TRABALHO NA PERSPECTIVA DE GÊNERO: A INSERÇÃO DE CHEFES E CÔNJUGES NO MERCADO DE TRABALHO Região Metropolitana de São Paulo Especial 8 de Março Dia Internacional da Mulher RELAÇÃO FAMÍLIA E TRABALHO NA PERSPECTIVA DE GÊNERO: A INSERÇÃO DE CHEFES E CÔNJUGES NO MERCADO DE TRABALHO Diversas têm

Leia mais

Se o trabalho não avança, autonomia feminina não se dá plenamente"

Se o trabalho não avança, autonomia feminina não se dá plenamente Sociedade T E R Ç A - F E I R A, 1 1 D E J U L H O D E 2 0 1 7 Entrevista - Lucia Garcia Se o trabalho não avança, autonomia feminina não se dá plenamente" por Dimalice Nunes publicado 26/06/2017 00h17,

Leia mais

TÍTULO: ANALISAR A REALIDADE VIVENCIADA PELAS FAMÍLIAS CHEFIADAS POR MULHERES REFERENCIADAS NO CRAS SETOR SUL

TÍTULO: ANALISAR A REALIDADE VIVENCIADA PELAS FAMÍLIAS CHEFIADAS POR MULHERES REFERENCIADAS NO CRAS SETOR SUL 16 TÍTULO: ANALISAR A REALIDADE VIVENCIADA PELAS FAMÍLIAS CHEFIADAS POR MULHERES REFERENCIADAS NO CRAS SETOR SUL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO:

Leia mais

25/11/2016 IBGE sala de imprensa notícias PNAD 2015: rendimentos têm queda e desigualdade mantém trajetória de redução

25/11/2016 IBGE sala de imprensa notícias PNAD 2015: rendimentos têm queda e desigualdade mantém trajetória de redução PNAD 2015: rendimentos têm queda e desigualdade mantém trajetória de redução fotos saiba mais De 2014 para 2015, houve, pela primeira vez em 11 anos, queda nos rendimentos reais (corrigidos pela inflação).

Leia mais

A raça/cor dos responsáveis pelos domicílios no Brasil: um estudo exploratório para 2006

A raça/cor dos responsáveis pelos domicílios no Brasil: um estudo exploratório para 2006 A raça/cor dos responsáveis pelos domicílios no Brasil: um estudo exploratório para 2006 Luciene Aparecida Ferreira de Barros Longo Paula de Miranda-Ribeiro Palavras-chave: raça/cor; famílias; domicílios

Leia mais

OS NOVOS TIPOS DE FAMÍLIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PESSOAS SOZINHAS NO BRASIL ENTRE 1987 E 2007

OS NOVOS TIPOS DE FAMÍLIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PESSOAS SOZINHAS NO BRASIL ENTRE 1987 E 2007 OS NOVOS TIPOS DE FAMÍLIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PESSOAS SOZINHAS NO BRASIL ENTRE 1987 E 2007 Angelita Alves de Carvalho 1 José Eustáquio Diniz Alves 2 Rafael Chaves Vasconcelos Barreto 3 RESUMO Esta pesquisa

Leia mais