UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TURBINAS A VAPOR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TURBINAS A VAPOR"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TURBINAS A VAPOR Prof. FERNANDO BÓÇON, Dr.Eng. Curitiba, setembro de 2015

2 IV - TURBINAS A VAPOR 1. GENERALIDADES 1.1 Introdução 1- de combustão externa: de êmbolo máquina a vapor rotativo turbina a vapor MOTORES TÉRMICOS 2 - de combustão interna: de êmbolo p/ faísca, p/ injeção rotativo turbinas a gás pulso-jato 3- de ar comprimido (britadeiras, parafusadeiras, brocas de dentista) Esquema de uma unidade de geração de potência a vapor. 1.2 Vantagens das turbinas em relação às máquinas a vapor - Movimento rotativo (pouca vibração) - Menor relação peso/potência - Melhor rendimento menor atrito, sem a perda "triangular" - Menor espaço ocupado - Menor custo de manutenção (embora exija manutenção especializada) - Permitem grandes potências 1.3 Evolução das turbinas a vapor Maiores turbinas a vapor 1000 MW (equivale a motores de 136 CV) Maiores turbinas a gás < 10% pot. das maiores TV Maiores motores Diesel < 5% pot. das maiores TV

3 1.4 Aplicações - Centrais termelétricas (convencionais e nucleares para geração de energia elétrica) - Propulsão de navios e submarinos - Acionamento de máquinas em geral como bombas, compressores, geradores elétricos, ventiladores, secadores de papel, etc. 1.5 Partes principais: - carcaça com bocais fixos (também chamados de expansores) - eixo rotor com palhetas ou bocais móveis - mancais - sistema de controle de potência - sistema de segurança contra disparo - sistema de lubrificação

4

5

6

7

8 `

9

10 Corte longitudinal de uma turbina de contrapressão Escher Wyss. Potência: 3 MW; velocidade: rpm; pressão de entrada de vapor: 100 kg/cm2; temperatura de entrada de vapor: 600 C; contrapressão: 11 kg/cm2.

11

12 1.6 Classificação a) Quanto ao funcionamento: - turbinas de ação a expansão do vapor ocorre só nos bocais fixos. Não há expansão do vapor enquanto o mesmo passa pelas palhetas do rotor. - turbinas de reação 0 vapor expande também enquanto passa pelas palhetas do rotor, as quais têm formato de bocais. O aumento da velocidade causa um efeito de reação sobre as palhetas.

13

14 b) Quanto à construção: - Axiais mais comuns, mais usadas

15 - Radiais direção ao fluxo de vapor é normal ao eixo do rotor.

16

17 1.7 Tipos básicos de TV com relação à pressão na entrada, na saída e nas extrações: - Turbina de alta pressão corpo longo, muitos estágios Turbina de baixa pressão corpo curto, poucos estágios Turbina de condensação com condensador na saída Turbina de contra pressão pressão na saída > pressão atmosférica Turbina com extração para vapor de média pressão em estágio intermediário 2. Turbina elementar de ação ( Turbina de Laval ) 2.1 Definição, funcionamento É uma turbina de ação de um único estagio. 1 O vapor ao passar pelo bocal fixo sofre expansão e aumenta velocidade. Ao passar pelo bocal então ocorre a transformação de energia térmica (entalpia) em energia cinética (velocidade). 2 O vapor a alta velocidade incide sobre as palhetas móveis cedendo parte de sua energia para o conjunto rotor/eixo da turbina, por transferência de quantidade de movimento. Vantagens: construção simples, carcaça sujeita só à pressão de escape. Desvantagem: pequenos h para não prejudicar, pequenas potências.

18

19 2.2- Perdas na turbina de Laval: a) Perdas periféricas: Z1 Perdas por atrito, choques e turbulência no escoamento do vapor nos bocais e nas pás Z1 1 2 c i c12 w12 w 22 2 Z2 - Perda por velocidade do vapor na saída c2 Z2 2 2 [kj/kg] [kj/kg]

20 b) Perdas internas: Z3 - Perda por fuga de vapor: devido às folgas e escape nas vedações. Normalmente prevista por experiências ou literatura e dada em porcentagem. Z3 = f ( p, folgas, vedações ) Z4 - Perda Stodola: Efeito "ventilador" do disco do rotor sobre o vapor (o qual é arremessado radialmente devido à velocidade de rotação) e também por atrito do rotor com o vapor. Z4 = f ( n, D, L, B, ). Normalmente previsto por equações empíricas encontradas na literatura de turbinas. Exemplo: u3 NSTOD = x ( 1,8 D2 + D (L+B) )= 6 [CV] u= m/s 10 [kgf/m3] peso específico do vapor x= 1 para disco livre x= 0,25 0,5 para disco em caixa = 0,7 para baixos coeficientes de injeção ( 1 a 4 bocais fixos) = 0,5 para injeção total Z5 - Perda de calor para o ambiente: ocorre através do isolamento térmico e é geralmente muito pequena, pode ser desprezada para turbinas com bom isolamento. Z6 - Perdas mecânicas: atrito nos mancais, nas vedações e energia dissipada por vibrações. Pode também ser incluída a energia consumida pelas bombas de óleo lubrificante e de óleo hidráulico para comando da turbina Rendimentos São calculados em função das perdas. Saltos térmicos: Ideal - hi = h1 - h2i Periférico - hk hi Z 1 Z 2 Interno - hint = hi Z 1 Z 2 Z 3 Z 4 Z 5 6 Efetivo - h ef h i 1 Zi [kj/kg] " " " Rendimento periférico ( k) considera perdas Z1 e Z2 ( perdas periféricas ) k h k h i

21 Rendimento interno ( int) considera todas as perdas internas, exceto as perdas mecânicas. h int int h i Rendimento efetivo ( e) considera todas as perdas. h e e int m h i Rendimento mecânico só considera as perdas mecânicas. h e m h int Exemplos: Pe [kw] e [%] Potência da turbina v a vazão mássica de vapor fornecida à turbina [kg/s], a equação geral para Sendo m o cálculo da potência de uma turbina é: v h P m [kw] a) Potência teórica (ou ideal) a que está disponível no vapor ("potência térmica"). v h i Pi m b) Potência periférica: a que chegou nas palhetas do rotor. v h k Pk m c) Potência interna: a que chegou no eixo: v h int Pint m d) Potência efetiva: enttregue pelo eixo da TV à máquina por ela acionada. v h e Pe m

22 3) Turbinas com estágios de pressão (tipo RATEAU) 3.1- Constituição e operação Quando o hi é elevado resulta ci alto e para a condição de k máximo o "u" também é muito elevado. A solução é dividir o hi em estágios para que "u" desça a valores aceitáveis. As pressões intermediárias são funções das entalpias de entrada de cada estágio.

23 4 - Turbinas com Estágio de Velocidade (tipo CURTIS) 4.1- Constituição, funcionamento Carcaça, bocal(is) de expansão fixo(s) e sequência de palhetas móveis e palhetas inversoras. A pressão cai apenas nos bocais fixos de entrada. A velocidade diminui a cada estágio. As palhetas inversoras apenas mudam a direção do vapor para entrar no próximo estágio, sem alterar as propriedades termodinâmicas (pressão, temperatura, entalpia e velocidade) O número de estágios é geralmente 2, mas pode ser até 4, porém com muita diminuição no rendimento. São usadas para potência de até 2000 CV (1500 kw). Vantagens: - velocidade periférica menor para um mesmo hi, quando comparada a TV com estágios depressão. - carcaça só sob P2 de saída.

24

25 4.2 TV com estágios de pressão x TV com estágio de velocidade: TIPO Estágios de Pressão Estágio de Velocidade VANTAGEM - Perda Z1 baixa k elevado DESVANTAGEM - p entre estágios maior perda por fugas de vapor Z3 - massa específica do vapor alta nos primeiros estágio Z4 - massa específica do vapor Perda Z1 alta k baixo baixa (pressão baixa na carcaça) Z4 - Permite maiores hi - Pouca perda por fugas ( p 0 entre estágios) Para aliar as vantagens dos 2 tipos usam-se TV mistas: a) Estágios de pressão (RATEAU) com 2 ou mais estágios de velocidade (CURTIS) entre os RATEAU; b) Dois estágios de velocidade (CURTIS) no início seguido de estágios de pressão (RATEAU) 5 - Turbinas de Reação (tipo PARSONS) 5.1- Constituição, funcionamento Cada estágio é constituído de bocais fixos ( BF ) seguidos de bocais móveis ( BM ). Ocorre expansão tanto nos BF como nos BM que giram com o rotor.

26

27 5.2- Comparação das turbinas de reação com as de ação Vantagem - rendimento maior (por K maior devido a Z1menor, menores velocidades do vapor nos estágios) para pressão de entrada baixa (<10ata). Desvantagem: maior número de estágios e perda por fugas (Z3 maior, devido à queda de pressão contínua nas partes fixas e móveis de todos os estágio). Turbinas de ação são mais simples e baratas porém têm menor rendimento e, conseqüentemente, maior consumo de vapor. São utilizadas em instalações de menor porte (menor potência). Combinação de TV s de ação e reação são comuns em instalações de médio e grande porte, com a finalidade de aliar as vantagens dos dois tipos. Na combinação utiliza-se TV de ação para os estágios de alta pressão e reação nos estágios de baixa pressão.

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 2 Pode-se definir a turbina a vapor (TV) como sendo uma máquina térmica de fluxo motora, que utiliza a energia do

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 13 TURBINAS A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA Usinas Termoelétricas As turbinas a vapor são máquinas que utilizam a elevada energia cinética da massa de vapor expandido

Leia mais

Máquinas Térmicas: Turbinas a Vapor

Máquinas Térmicas: Turbinas a Vapor Máquinas Térmicas: Entre os chamados prime-movers (motores), a turbina a vapor é um dos equipamentos mais versáteis, sendo amplamente utilizado em termelétricas, propulsão marítima e indústrias de processos

Leia mais

TURBINAS A VAPOR 1 1

TURBINAS A VAPOR 1 1 TURBINAS A VAPOR 1 1 Tópicos que serão abordados O que é uma turbina Características Termodinâmicas. Definições básicas. Tipos de turbinas. Características mecânicas. Detalhes Construtivos. 2 2 O que é

Leia mais

INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS

INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS - MÁQUINA HIDRÁULICA MOTRIZ OU TURBINA: máquina hidráulica que fornece energia mecânica para ser transformada em energia elétrica. 1. Definição INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS - MÁQUINA HIDRÁULICA:

Leia mais

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes   Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ INSTALAÇÕES DE RECALQUE Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ MÁQUINA DESIGNAÇÃO GENÉRICA DADA A TODO TRANSFORMADOR DE ENERGIA. ELA ABSORVE

Leia mais

Dispositivos com escoamento em regime permanente

Dispositivos com escoamento em regime permanente Dispositivos com escoamento em regime permanente Bocais e difusores Os bocais e difusores normalmente são utilizados em motores a jato, foguetes, ônibus espaciais e até mesmo em mangueiras de jardim. Um

Leia mais

Máquinas de Fluidos. Prof. Ms Sérgio Neves

Máquinas de Fluidos. Prof. Ms Sérgio Neves Máquinas de Fluidos Prof. Ms Sérgio Neves Histórico Século XIX: desenvolvimento das máquinas de fluido: Utilização de conhecimentos em termodinâmica e em aerodinâmica; Surgimento de novos materiais; Mais

Leia mais

1. INTRODUÇÃO. Figura 1.1 Classificação das máquinas de fluido [adaptado de BRASIL, 2010, p.21] mca metros de coluna d água. 1 1

1. INTRODUÇÃO. Figura 1.1 Classificação das máquinas de fluido [adaptado de BRASIL, 2010, p.21] mca metros de coluna d água. 1 1 1. INTRODUÇÃO Máquina de Fluido (fluid machinery) é o equipamento que promove a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho) em energia de fluido ou

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Compressores Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal de Juiz

Leia mais

Módulo I Ciclo Rankine Ideal

Módulo I Ciclo Rankine Ideal Módulo I Ciclo Rankine Ideal Sistema de Potência a Vapor As usinas de potência a vapor são responsáveis pela produção da maior parte da energia elétrica do mundo. Porém, para o estudo e desenvolvimento

Leia mais

Motores Térmicos. 8º Semestre 4º ano

Motores Térmicos. 8º Semestre 4º ano Motores Térmicos 8º Semestre 4º ano Aula 23 Turbinas a Gás - Tópicos Introdução Ciclo-padrão de Brayton Princípio de Funcionamento Classificação das Turbinas Turbinas Turbofan Câmara de Combustão Turbinas

Leia mais

TURBINAS. Engenharia Elétrica Especializada. Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO

TURBINAS. Engenharia Elétrica Especializada. Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO 1 TURBINAS Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO Turbinas são equipamentos mecânicos que transformam energia de algum fluido (água, vento, gás, etc) que se move através dela, convertendo ou a energia

Leia mais

3 Regime Permanente de Turbinas a Gás

3 Regime Permanente de Turbinas a Gás 3 Regime Permanente de Turbinas a Gás 3.1. Desempenho de Turbinas a Gás em Ponto de Projeto 3.1.1. Introdução O primeiro passo no projeto de uma turbina a gás é o cálculo termodinâmico do ponto de projeto,

Leia mais

PME 3344 Exercícios - Ciclos

PME 3344 Exercícios - Ciclos PME 3344 Exercícios - Ciclos 13) Exercícios sobre ciclos 1 v. 2.0 Exercício 01 Água é utilizada como fluido de trabalho em um ciclo Rankine no qual vapor superaquecido entra na turbina a 8 MPa e 480 C.

Leia mais

CONTEÚDOS PROGRAMADOS (Aerodinâmica de Turbomáquinas - EEK 511) Pás e escoamentos, trabalho, escalas. 2

CONTEÚDOS PROGRAMADOS (Aerodinâmica de Turbomáquinas - EEK 511) Pás e escoamentos, trabalho, escalas. 2 (Aerodinâmica de Turbomáquinas - EEK 511) N 0 DE AULAS Princípios básicos Considerações gerais de projeto Escoamento através da carcaça e aspectos de escoamentos tridimensionais Escoamento ao redor de

Leia mais

Motores Térmicos. 8º Semestre 4º ano. Prof. Jorge Nhambiu

Motores Térmicos. 8º Semestre 4º ano. Prof. Jorge Nhambiu Motores Térmicos 8º Semestre 4º ano Aula 2 - Tópicos Definição Objectivo e Divisão dos Motores de Combustão Interna; Motor Wankel; Motor de êmbolo; Bases utilizadas para a classificação dos motores; Valores

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos motores a vapor

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos motores a vapor Termodinâmica Ciclos motores a vapor 1 v. 1.1 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil, operando segundo

Leia mais

1 Uma propriedade é uma característica macroscópica de um sistema (massa, volume, energia, pressão, temperatura...) para a qual um valor numérico pode

1 Uma propriedade é uma característica macroscópica de um sistema (massa, volume, energia, pressão, temperatura...) para a qual um valor numérico pode 1 1 1 Uma propriedade é uma característica macroscópica de um sistema (massa, volume, energia, pressão, temperatura...) para a qual um valor numérico pode ser atribuído em um dado tempo sem o conhecimento

Leia mais

Módulo II Ciclo Rankine Real e Efeitos das Pressões da Caldeira e do Condensador no Ciclo Rankine

Módulo II Ciclo Rankine Real e Efeitos das Pressões da Caldeira e do Condensador no Ciclo Rankine Módulo II Ciclo Rankine Real e Efeitos das Pressões da Caldeira e do Condensador no Ciclo Rankine Ciclo Rankine Real Esses ciclos diferem do ideal devido às irreversibilidades presentes em vários componentes.

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR 2 SIST. POTÊNCIA A VAPOR Diferente do ciclo de potência a gás, no ciclo de potência

Leia mais

Bombas Hidráulicas. Nelson R. Amanthea. Jun2008

Bombas Hidráulicas. Nelson R. Amanthea. Jun2008 Bombas Hidráulicas Nelson R. Amanthea Jun2008 Objetivos Introdução Máquinas Hidráulicas Bombas Hidráulicas Recalque Sistemas de Bombeamento Denominação o Deslocamento Direto o Cinéticas Bombas Centrífugas

Leia mais

CICLOS MOTORES A VAPOR. Notas de Aula. Prof. Dr. Silvio de Oliveira Júnior

CICLOS MOTORES A VAPOR. Notas de Aula. Prof. Dr. Silvio de Oliveira Júnior CICLOS MOTORES A VAPOR Notas de Aula Prof. Dr. Silvio de Oliveira Júnior 2001 CICLO RANKINE ESQUEMA DE UMA CENTRAL TERMELÉTRICA A VAPOR REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA TERMELÉTRICA DIAGRAMAS DO CICLO IDEAL

Leia mais

Compressores. Profa. Alessandra Lopes de Oliveira FZEA/USP

Compressores. Profa. Alessandra Lopes de Oliveira FZEA/USP Compressores Profa. Alessandra Lopes de Oliveira FZEA/USP Compressores l Função: aspirar vapor do evaporador (mantendo P e T desejadas) comprimir o vapor a determinada P e T e deslocar o refrigerante no

Leia mais

Máquinas de Fluxo. Aula 7 Máquinas Motoras: Perdas de Energia

Máquinas de Fluxo. Aula 7 Máquinas Motoras: Perdas de Energia Máquinas de Fluxo Aula 7 Máquinas Motoras: Perdas de Energia Professora Esp. Claudia Beatriz Bozz Engenheira Mecânica Engenharia de Segurança do Trabalho Turbinas São equipamentos que tem por finalidade

Leia mais

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

PME 3344 Termodinâmica Aplicada PME 3344 Termodinâmica Aplicada 11) Ciclos motores a vapor 1 v. 2.0 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil,

Leia mais

Teoria Geral das Máquinas de Fluxo

Teoria Geral das Máquinas de Fluxo Teoria Geral das Máquinas de Fluxo Máquinas Termohidráulicas de Fluxo ρ = ρ cte cte Máquinas de Fluido Máquinas Hidráulicas Máquinas Térmicas BFT Turbomáquinas Máq. Deslocamento Positivo Turbomáquinas

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS Prof. Dr. Fernando Ernesto Ucker 2015 SISTEMAS ELEVATÓRIOS Um sistema de recalque

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA

MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA Modelando Sistemas de Potência a Vapor A grande maioria das instalações elétricas de geração consiste em variações das instalações

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia

Leia mais

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos 1 Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos Turbinas Hidráulicas 2 Introdução Apresentam-se as turbinas

Leia mais

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos Máquinas de Fluxo: Resumo Máquinas de fluxo: Motor - energia

Leia mais

Teoria Geral das Máquinas de Fluxo

Teoria Geral das Máquinas de Fluxo Teoria Geral das Máquinas de Fluxo Máquinas Termohidráulicas de Fluxo cte cte Máquinas de Fluido Máquinas Hidráulicas Máquinas Térmicas BFT Turbomáquinas Máq. Deslocamento Positivo Turbomáquinas Máq. Deslocamento

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I Máquinas Térmicas I "Existem três tipos de pessoas: as que sabem e as que não sabem contar...

Leia mais

Fontes sonoras. Acústica Ambiental - EAM-23 - Capítulo 8 - Fontes sonoras

Fontes sonoras. Acústica Ambiental - EAM-23 - Capítulo 8 - Fontes sonoras Comprimento de onda >> dimensão da fonte ondas esféricas Comprimento de onda dimensão da fonte direcional Esfera pulsante fonte omnidirecional 2 L p = L 20log r W o 11 Lwo potência sonora da fonte omnidirecional

Leia mais

2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos. 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido

2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos. 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido 2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido Uma máquina pode ser definida como um transformador de energia. Nas máquinas de fluido ocorre a

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. 10) Ciclos motores a vapor. v. 2.5

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. 10) Ciclos motores a vapor. v. 2.5 Termodinâmica 10) Ciclos motores a vapor 1 v. 2.5 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil, operando segundo

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 4-5 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA Modelando Sistemas de Potência a Vapor A grande maioria das instalações elétricas de geração consiste em

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas de Fluxo: Ventiladores

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas de Fluxo: Ventiladores LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas de Fluxo: Ventiladores 1) Os ventiladores atendem uma vasta faixa de condições de operação, desta forma é possível classificá-los quanto ao seu nível energético de pressão.

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA... 1 1.1 Variáveis e Transformações Termodinâmicas... 1 1.2 Primeiro Princípio da Termodinâmica... 1 1.3 Segundo Princípio da Termodinâmica... 2 1.4 Expressões das Variáveis

Leia mais

Análise Energética para Sistemas Abertos (Volumes de Controles)

Análise Energética para Sistemas Abertos (Volumes de Controles) UTFPR Termodinâmica 1 Análise Energética para Sistemas Abertos (Volumes de Controles) Princípios de Termodinâmica para Engenharia Capítulo 4 Parte III Análise de Volumes de Controle em Regime Permanente

Leia mais

Máquinas Térmicas Turbinas a Gas. Jurandir Itizo Yanagihara

Máquinas Térmicas Turbinas a Gas. Jurandir Itizo Yanagihara Máquinas Térmicas Turbinas a Gas 1 Vantagens da Vantagens Turbinas a gás tendem a ser mais compactas, isto é, tem uma maior razão potência/peso (até 70% em relação a outros motores). Por isso, elas são

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA MOTORES TÉRMICOS AULA 18-19 MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Motores As máquinas térmicas são dispositivos que permitem transformar calor em trabalho. A obtenção de trabalho é ocasionada

Leia mais

Módulo V Balanço de Entropia para Sistemas Fechados. Balanço de Entropia para Volume de Controle.

Módulo V Balanço de Entropia para Sistemas Fechados. Balanço de Entropia para Volume de Controle. Módulo V Balanço de Entropia para Sistemas Fechados. Balanço de Entropia para Volume de Controle. Balanço de Entropia para Sistemas Fechados O balanço de entropia é uma expressão da segunda lei conveniente

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR Prof. Dr. Ramón Silva - 2015 O objetivo dessa aula é relembrar os conceitos termodinâmicos do ciclo Rankine e introduzir aos equipamentos que

Leia mais

Atuadores e Sistemas Hidráulicos

Atuadores e Sistemas Hidráulicos 1 Atuadores e Sistemas Hidráulicos Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Aula 1 Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos Introdução 2 Hidráulica é o ramo da engenharia

Leia mais

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

PME 3344 Termodinâmica Aplicada PME 3344 Termodinâmica Aplicada 10) Ciclos motores a vapor 1 v. 2.0 Por que estudar ciclos? Pergunta: Quanto custa operar uma usina termelétrica de 1000 MW de potência elétrica, queimando combustível fóssil,

Leia mais

Ciclos de Potência a Gás

Ciclos de Potência a Gás Ciclos de Potência a Gás Máquinas Térmicas e Motores Térmicos Dispositivos que operam segundo um dado ciclo de potência Ciclos de Potência: Ciclos termodinâmicos para conversão de calor em trabalho Ciclo

Leia mais

PME 3344 Exercícios - Ciclos

PME 3344 Exercícios - Ciclos PME 3344 Exercícios - Ciclos 13) Exercícios sobre ciclos 1 v. 2.0 Exercício 01 Água é utilizada como fluido de trabalho em um ciclo Rankine no qual vapor superaquecido entra na turbina a 8 MPa e 480 C.

Leia mais

Instruções. Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz parte da avaliação.

Instruções. Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz parte da avaliação. Nome: Curso: RA: Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Campus Indianópolis SUB Termodinâmica Básica Turma: Data: Instruções Leia as questões antes de respondê-las. A interpretação da questão faz

Leia mais

Ciclos de Produção de Frio

Ciclos de Produção de Frio Ciclos de Produção de Frio Prof. José R. Simões Moreira EPUSP/PME/SISEA E-mail: jrsimoes@usp.br www.pme.poli.usp.br/sisea Julho/2003 COGEN Cogeração, auto-produção e produção independente Pressão Princípio

Leia mais

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA Grupo de Turbinas 2010 OBJETIVOS formar e capacitar recursos humanos para atuar em áreas ligadas a turbinas a gás e energia desenvolver pesquisa em áreas

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 TURBINAS A GÁS TURBINAS A GÁS Turbogeradores são sistemas de geração de energia onde o acionador primário é uma

Leia mais

Energética Industrial

Energética Industrial Universidade do Minho Departamento de Engenharia Mecânica Energética Industrial Problemas propostos José Carlos Fernandes Teixeira 1) 1.5 kg de gelo à temperatura de 260 K, funde-se, à pressão de 1 bar,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 10 ROTEIRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 10 ROTEIRO 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 0472 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça AULA 10 ROTEIRO Tópicos da aula:

Leia mais

Componentes dos ciclos termodinâmicos

Componentes dos ciclos termodinâmicos Componentes dos ciclos termodinâmicos Componentes dos ciclos termodinâmicos Quais podem ser os componentes de um ciclo termodinâmico? Turbinas, válvulas, compressores, bombas, trocadores de calor (evaporadores,

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS. M.Sc. Alan Sulato de Andrade.

Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS. M.Sc. Alan Sulato de Andrade. Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Como as bombas, os ventiladores são equipamentos

Leia mais

3. Um gás ideal passa por dois processos em um arranjo pistão-cilindro, conforme segue:

3. Um gás ideal passa por dois processos em um arranjo pistão-cilindro, conforme segue: 1. Um arranjo pistão-cilindro com mola contém 1,5 kg de água, inicialmente a 1 Mpa e título de 30%. Esse dispositivo é então resfriado até o estado de líquido saturado a 100 C. Calcule o trabalho total

Leia mais

Aula 8 Bombas hidráulicas

Aula 8 Bombas hidráulicas Aula 8 Bombas hidráulicas Bombas hidráulicas Conceito: São máquinas que comunicam ao líquido um acréscimo de energia Classificação das bombas Bombas volumétricas ou estáticas pistão diafragma engrenagem

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 3

LISTA DE EXERCÍCIOS 3 LISTA DE EXERCÍCIOS 3 ANÁLISE VOLUME DE CONTROLE 1) Óleo vegetal para cozinha é acondicionado em um tubo cilíndrico equipado com bocal para spray. De acordo com o rótulo, o tubo é capaz de fornecer 560

Leia mais

Capítulo 5: Análise através de volume de controle

Capítulo 5: Análise através de volume de controle Capítulo 5: Análise através de volume de controle Segunda lei da termodinâmica Conversão de energia EM-54 Fenômenos de Transporte Variação de entropia em um sistema Num sistema termodinâmico a equação

Leia mais

TERMODINÂMICA APLICADA

TERMODINÂMICA APLICADA TERMODINÂMICA APLICADA Livro Texto adotado: Fundamentos da Termodinâmica Claus Borgnakke/ Richard E. Sonntag Editora Blucher. Samuel Sander de Carvalho samuel.carvalho@ifsudestemg.edu.br Juiz de Fora -MG

Leia mais

Módulo VI - Processos Isentrópicos Eficiência Isentrópica em Turbinas, Bombas, Bocais e Compressores.

Módulo VI - Processos Isentrópicos Eficiência Isentrópica em Turbinas, Bombas, Bocais e Compressores. Módulo VI - Processos Isentrópicos Eficiência Isentrópica em Turbinas, Bombas, Bocais e Compressores. Processos Isentrópicos O termo isentrópico significa entropia constante. Eficiência de Dispositivos

Leia mais

Capítulo 1. Introdução à Termodinâmica Aplicada

Capítulo 1. Introdução à Termodinâmica Aplicada Capítulo Introdução à Termodinâmica Aplicada Objetivos Na disciplina de Fundamentos da Termodinâmica, você aprendeu inúmeros conceitos físicos importantes. O objetivo da disciplina de Termodinâmica Aplicada

Leia mais

TEORIA UNIDIMENSIONAL DAS MÁQUINAS DE FLUÍDO

TEORIA UNIDIMENSIONAL DAS MÁQUINAS DE FLUÍDO Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: O conhecimento das velocidades do fluxo

Leia mais

Circuito Hidráulico Básico:

Circuito Hidráulico Básico: Circuito Hidráulico ásico: O circuito hidráulico mais simples consiste no comando de avanço e recuo de um cilindro de dupla ação, utilizando uma bomba de vazão constante e uma válvula direcional de acionamento

Leia mais

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA ROGÉRIO LÚCIO LIMA Sinop Outubro de 2016 Principais

Leia mais

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA ª EXPERIÊNCIA - ESTUDO DAS BOMBAS APLICAÇÃO DA ANÁLISE DIMENSIONAL E DA TEORIA DA SEMELHANÇA 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MÁQUINAS DE FLUXO ( BOMBAS, TURBINAS, COMPRESSORES, VENTILADORES) As máquinas que

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 HISTÓRICO: O desenvolvimento da tecnologia de cogeração

Leia mais

Compressores abertos alternativos para instalações de refrigeração

Compressores abertos alternativos para instalações de refrigeração Compressores abertos alternativos para instalações de refrigeração António Santos Engenheiro Mecânico Térmico antoniosantos90@gmail.com RESUMO Os compressores são o coração de uma instalação frigorífica.

Leia mais

2ª Aula Compressores e sistemas de ar comprimido

2ª Aula Compressores e sistemas de ar comprimido 2ª Aula Compressores e sistemas de ar comprimido Compressores recíprocos de duplo efeito São compressores caracterizados por possuir pistões de duplo efeito, isto é, os pistões são capazes de comprimir

Leia mais

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada TMFA Termodinâmica Aplicada 1) Considere a central de potência simples mostrada na figura a seguir. O fluido de trabalho utilizado no ciclo é água e conhece-se os seguintes dados operacionais: Localização

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA MÁQUINAS HIDRÁULICAS E TÉRMICAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA MÁQUINAS HIDRÁULICAS E TÉRMICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA MÁQUINAS HIDRÁULICAS E TÉRMICAS Prof. Dr. Ricardo Alan Verdú Ramos Prof. Dr. João Batista Campos Silva

Leia mais

Introdução. Aula 1. Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Prof. Dr. Rafael Traldi Moura

Introdução. Aula 1. Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Prof. Dr. Rafael Traldi Moura Introdução Aula 1 Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Prof. Dr. Rafael Traldi Moura Introdução Os elementos da automação industrial são: Sensores; Controladores (comando e regulação); Atuadores (acionamento).

Leia mais

1ª Lei da Termodinâmica lei da conservação de energia

1ª Lei da Termodinâmica lei da conservação de energia 1ª Lei da Termodinâmica lei da conservação de energia É de bastante interesse em análises termodinâmicas conhecer o balanço energético dos sistemas, principalmente durante trocas de estado A 1ª Lei da

Leia mais

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 15 TURBINAS A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 15 TURBINAS A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 15 TURBINAS A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA Usinas Termoelétricas As turbinas a vapor são máquinas que utilizam a elevada energia cinética da massa de vapor expandido em trabalho de

Leia mais

Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração

Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração 11-13 (Cengel 7ºed) - Um ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor que utiliza refrigerante R134a como fluido de trabalho mantém um condensador

Leia mais

Eficiência em Processos. Vimos que para um ciclo, no caso um motor térmico, a eficiência é dada por: W resultante Q

Eficiência em Processos. Vimos que para um ciclo, no caso um motor térmico, a eficiência é dada por: W resultante Q Eficiência em Processos Vimos que para um ciclo, no caso um motor térmico, a eficiência é dada por: η térmica W resultante Q H Entretanto, para um processo a definição de eficiência envolve uma comparação

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas Hidráulicas

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas Hidráulicas LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas Hidráulicas 1- Água escoa em uma tubulação de 50 mm de diâmetro a uma vazão de 5 L/s. Determine o número de Reynolds nestas condições, informe se o escoamento é laminar ou

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 1-3 TERMODINÂMICA APLICADA AS MÁQUINAS TÉRMICAS PROF.: KAIO DUTRA Diagrama de Fases Estado líquido Mistura bifásica líquido-vapor Estado de vapor Conservação

Leia mais

7 Estações elevatórias (EE)

7 Estações elevatórias (EE) 7 Estações elevatórias (EE) USO: Captação Adução Tratamento Distribuição TH028 - Saneamento Ambiental I 1 Principais componentes de uma EE Equipamento eletromecânico: Bomba Motor Tubulações: Sucção Barrilete

Leia mais

Página 1

Página 1 1. Analise as afirmativas a seguir sobre fluidos hidráulicos. I - É um meio de transmissão de energia, um lubrificante, um vedador e um veículo de transferência de calor. II - Quando formulado a partir

Leia mais

Atuadores Pneumáticos

Atuadores Pneumáticos www.iesa.com.br 1 Atuadores Pneumáticos Os atuadores pneumáticos são classificados em: Atuadores Pneumáticos Lineares: São atuadores que geram movimentos lineares Atuadores Pneumáticos Rotativos: São atuadores

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS

MÁQUINAS TÉRMICAS UNIVERSIDADE DE AVEIRO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA EXERCÍCIOS DAS AULAS PRÁTICAS MÁQUINAS TÉRMICAS 2010-2011 DOCENTES RESPONSÁVEIS DEM Fernando Neto DEM João Oliveira DISCIPLINA Código 40544 Ano

Leia mais

Lista de Exercícios Solução em Sala

Lista de Exercícios Solução em Sala Lista de Exercícios Solução em Sala 1) Um conjunto pistão-cilindro área de seção transversal igual a 0,01 m². A massa do pistão é 101 kg e ele está apoiado nos batentes mostrado na figura. Se a pressão

Leia mais

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas DISCIPLINA: MÁQUINAS TÉRMICAS - 2017/02 PROF.: MARCELO COLAÇO PREPARADO POR GABRIEL ROMERO (GAROMERO@POLI.UFRJ.BR) 4. Motores de combustão interna: Os calores específicos são constantes para todos os exercícios

Leia mais

FACULDADE DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO - FESP LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE - BT1 CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA - CTH

FACULDADE DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO - FESP LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE - BT1 CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA - CTH FACULDADE DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO - FESP LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE - BT1 CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA - CTH APOSTILA DO EXPERIMENTO - BOMBAS HIDRÁULICAS Esta apostila contém o roteiro

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 2 Máquinas Hidráulicas

LISTA DE EXERCÍCIOS 2 Máquinas Hidráulicas LISTA DE EXERCÍCIOS 2 Máquinas Hidráulicas 1. Selecione um modelo de uma bomba injetora para aplicação em um poço com os seguintes parâmetros: (2.0 JKC 16; Hr=3,375mca) a. Nível dinâmico do poço: 20m b.

Leia mais

Capítulo 4. Elementos finais de controle

Capítulo 4. Elementos finais de controle Capítulo 4 Elementos finais de controle Bombas Máquinas geratrizes, cuja finalidade é deslocar líquidos por escoamento. Ela transforma o trabalho mecânico que recebe de um motor em energia hidráulica sob

Leia mais

LOQ Fenômenos de Transporte I

LOQ Fenômenos de Transporte I LOQ 4083 - Fenômenos de Transporte I FT I 09 Primeira Lei da Termodinâmica Prof. Lucrécio Fábio dos Santos Departamento de Engenharia Química LOQ/EEL Atenção: Estas notas destinam-se exclusivamente a servir

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 14 COMPRESSORES PROF.: KAIO DUTRA Compressores Compressores são máquinas operatrizes que transformam trabalho mecânico em energia comunicada a um gás, predominantemente

Leia mais

TERMODINÂMICA APLICADA

TERMODINÂMICA APLICADA TERMODINÂMICA APLICADA Capítulo 4: Primeira Lei da Termodinâmica Processos de controlo de volume Sumário No Capítulo 3 discutimos as interações da energia entre um sistema e os seus arredores e o princípio

Leia mais

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO AS MÁQUINAS HIDRÁULICAS Fazem parte de um grupo

Leia mais

Aula 8 Bombas hidráulicas

Aula 8 Bombas hidráulicas Aula 8 Bombas hidráulicas Bombas hidráulicas Conceito: São máquinas que comunicam ao líquido um acréscimo de energia Classificação das bombas Bombas volumétricas ou estáticas pistão diafragma engrenagem

Leia mais

Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas

Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas BIJ-0207 Bases conceituais da energia Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas Prof. João Moreira CECS - Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Universidade

Leia mais

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais Quanto ao nível energético de pressão: Baixa pressão: até 0,0 kgf/cm (00 mmca) Média pressão: de

Leia mais

Engenharia Operacional

Engenharia Operacional Engenharia Operacional A oportunidade de produzir consumir energia com: Maior Eficiência Energética Menor Impacto Ambiental Menor Risco e Maior Disponibilidade Leonardo Buranello / Flávio Natal EFICIÊNCIA

Leia mais

EM34F Termodinâmica A

EM34F Termodinâmica A EM34F Termodinâmica A Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Análise Integral (Volume de Controle) 2 ou 1ª Lei da Termodinâmica A 1ª Lei da Termodinâmica para um Sistema Fechado é dada por,

Leia mais

Compressores Parte 1. Na refrigeração são utilizados praticamente todos os tipos de compressores: Alternativos. Deslocamento positivo

Compressores Parte 1. Na refrigeração são utilizados praticamente todos os tipos de compressores: Alternativos. Deslocamento positivo Compressores Parte 1 Na refrigeração são utilizados praticamente todos os tipos de compressores: Deslocamento positivo Dinâmicos Alternativos Rotativos Centrífugos Parafuso Scroll Pistão Rolante Palhetas

Leia mais