Entendimento da baixa ocorrência da Simbiose Industrial no Brasil

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1 ISSN Entendimento da baixa ocorrência da Simbiose Industrial no Brasil Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade Iara Tonissi Moroni Cutovoi Resumo: O presente artigo busca contribuir, para o entendimento da baixa ocorrência da Simbiose Industrial no Brasil. Verifica-se a importância das políticas públicas, no Brasil, o desenvolvimento de políticas públicas se confirma com a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) por meio da Lei nº /10. Nota-se que as empresas buscam a simbiose em resposta à pressão regulatória ou para aumentar a eficiência do uso de recursos, a redução de emissões, ou a eliminação do desperdício Ressalta-se a importância da inclusão de fatores sociais, culturais e de negócios nas abordagens de planejamento das sinergias entre empresas. Identifica-se a colaboração ambiental no que tange as responsabilidades e capacidades de cada um no aspecto da gestão ambiental. Metodologicamente, o estudo pode ser considerado exploratório e descritivo em relação aos fins e bibliográfico no que diz respeito aos meios. Por fim são levantadas as possíveis barreiras referentes à relação às práticas de Simbiose Industrial. Palavras-chaves:

2 1. Introdução Nota-se que existe uma tendência crescente por demanda do mercado por produtos inovadores e processos social e ambientalmente corretos, uma vez que busca otimizar os recursos naturais e minimizar os custos de produção e os efeitos dos resíduos finais. A organização inovadora, conforme Barbieri (2007) é a que introduz novidades de qualquer tipo em bases sistemáticas e colhe os resultados esperados. Segundo Orsato (2009), tais processos podem ser definidos como os investimentos cuja finalidade é reduzir ou compensar impactos ambientais e sociais associados às atividades diretas ou indiretas da organização, bem como durante a vida útil de seus produtos e serviços. Neste sentido, da inovação e da busca de nova forma de industrialização, o autor Wo (2012) comenta que é um processo de aprendizagem para responder contínua mas mudando demandas das partes interessadas. De acordo com Portugal et al (2012) Estudo realizado pela Secretaria de Meio Ambiente do Governo de São Paulo (São Paulo, 2010) indicou algumas vantagens potenciais da Economia Verde para o estado que, se aplicada no âmbito nacional, poderia trazer importantes benefícios como: i) possibilidade de crescimento do Valor de Transformação Industrial (VTI) por meio da indústria verde, dado o alto VTI de produtos como painéis solares fotovoltaicos, turbinas para geração de energia eólica, novos materiais e produtos e reestruturação das indústrias convencional; ii) aumento da participação de modais energéticos renováveis conjugados com maior eficiência de utilização. iii) maior eficiência na indústria de construção civil por meio do uso de insumos minerais reciclados. iv) incorporação da questão ambiental nos programas de incentivo à inovação. v) melhoria do acesso da indústria a materiais reciclados. Conforme Portugal et al (2012) enquanto outros países emergentes como China e Índia já demonstraram de maneira clara seus objetivos estratégicos, o Brasil ainda não se posicionou de forma evidente, o que pode levar a indústria local a sofrer perdas competitivas graves. Conforme Lehtoranta et al (2011), verifica-se a importância das políticas públicas por estimularem o aumento na reutilização de resíduos de uma empresa por outras, pois esses estímulos também constituem um incentivo para a formação de agrupamentos, além de para fortalecer os já existentes. De acordo com Chertow (2007) existem várias questões que motivam as empresas a perseguirem a simbiose industrial, direta ou indiretamente, ela é utilizada para tentar cumprir outros objetivos. As motivações mais óbvias são as da visão de negócios, como a partilha de recursos, que pode reduzir custos e ou aumentar as receitas. Entretanto, sua utilização pode melhorar em longo prazo a segurança 2

3 de recursos, aumentando a disponibilidade de recursos críticos, tais como água, energia, ou matériasprimas particulares por meio de contratos. O artigo está dividido em quatro etapas, na primeira introdutória e metodológica, na segunda a revisão bibliográfica, na terceira aborda a discussão e na última etapa as considerações finais. 2. Método de Pesquisa O presente trabalho se caracteriza como estudo teórico descritivo qualitativo por meio de pesquisa bibliográfica. Quanto aos fins, esta pesquisa se classifica como pesquisa descritiva. Na visão de Vergara (2000), a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Gil (1991) menciona que o estudo teórico descritivo visa ir além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, objetiva determinar a natureza dessa relação e proposição. Cita ainda a existência de pesquisas que, embora definidas como descritivas a partir de seus objetivos, acabam servindo para pesquisas. GIL (1991). Sobre a pesquisa bibliográfica, Vergara (2000) menciona que a pesquisa bibliográfica fornece instrumental para qualquer tipo de pesquisa, mas afirma também que pode esgotar-se em si mesma exigindo do pesquisador a possibilidade de emergir novos construtos teóricos Questão de Pesquisa O que explica a baixa ocorrência de Simbiose Industrial no Brasil? 3. Referencial Teórico 3.1. Ecologia Industrial (EI) De acordo com Ayres (1997) a ecologia industrialanalisa o processo industrial como um sistema metabólico, denominado metabolismo industrial. Trata-se do estudo do fluxo industrial, desde a entrada (insumos e energia), passando pela transformação até a saída (produtos e resíduos), por meio de balanços de massa e energia, que podem identificar processos e produtos ineficientes que resultem em resíduos poluentes, bem como soluções para diminuição dos resíduos. 3

4 Segundo Frosch e Gallopoulos (1989) a Ecologia Industrial (EI) é um ecossistema industrial é a transformação do modelo tradicional de atividade industrial, no qual cada fábrica, individualmente, demanda matérias-primas e gera produtos a serem vendidos e resíduos a serem depositados, para um sistema mais integrado, no qual o consumo de energia e materiais é otimizado e os efluentes de um processo servem como matéria-prima de outro. Já conforme Almeida e Gianetti (2006), a Ecologia Industrial (EI) é empregado no setor produtivo que reforça a visão de responsabilidade socioambiental, considerando-se que as empresas são organismos que participam de um ecossistema industrial, inserido na biosfera, da qual demandam recursos e para a qual excretam dejetos, invocando a percepção de que os sistemas industriais são subsistemas da natureza, pois necessitam de recursos (insumos), provocando e despejando resíduos durante e após o processo produtivo. À luz de Agner (2006), a Ecologia Industrial (EI) propõe uma alteração na estrutura dos sistemas industriais, ocasionando a mudanças destes, partindo de sistemas industriais lineares abertos para sistemas fechados integrados, interagindo não apenas como componentes isolados, contudo assemelhando-se aos sistemas encontrados no meio ambiente natural. A Ecologia Industrial (EI) se propõe a ver o sistema industrial como um todo, não se limitando a lidar com assuntos de poluição e meio ambiente, já que considera também todo o leque de problemas envolvidos na administração de empresas, indo das tecnologias, economias de processos, inter-relações entre negócios e financiamento até o conjunto das políticas governamentais. Com isso, ela oferece um marco conceitual e uma ferramenta valiosa para o planejamento do desenvolvimento econômico, sobretudo em nível regional, além de propor meios de otimizaçãodo uso de recursos escassos e para a proteção do meio ambiente. ERKMAN (2005) Gertler (1995) contribui para o melhor entendimento da Ecologia Industrial (EI) adotando a visão de longo prazo ao processo sistêmico de análise das interações entre os sistemas produtivos. Conforme Garner (1995), são identificadas também algumas ferramentas da Ecologia Industrial (EI) como a contabilidade verde, a análise de ciclo de vida e o projeto para o meio-ambiente. Seguem abaixo os principais conceitos de Ecologia Industrial (EI): a) Visão sistêmica das interações entre sistemas industriais e o meio; b) Orientação para o futuro; c) Abordagem multidisciplinar; 4

5 d) Estudo do fluxo e transformação da matéria e energia; e) Reorientação do processo industrial; f) Utilização de processos cíclicos reuso e reciclagem; g) Maximização da eficiência industrial; h) Minimização dos impactos ao meio-ambiente; i) Percepção da atividade industrial como um participante harmônico do ambiente ecológico; j) Considera os limites de capacidade de carga do planeta e da região; e k) Promoção de simbioses industriais e de eco-parques industriais. A Ecologia Industrial (EI) pode ser abordada de três formas diferentes, dependendo da abrangência de atuação: a) dentro da empresa, exemplos: prevenção da poluição e design para o ambiente; b) entre empresas, exemplos: simbiose industrial e análise do ciclo de vida do produto; c) regional, exemplo: estudos dos fluxos dos materiais e energia ou metabolismo industrial. Como mostra a figura 1 a seguir. Figura 1: Abrangência da ecologia industrial Fonte: Chertow (2002) 3.2. Avaliação ciclo de vida (ACV) Avaliação do Ciclo de Vida é uma técnica para avaliação dos aspectos ambientais dos impactos potenciais associados a um produto, compreendendo as etapas que vão desde a retirada da natureza das 5

6 matérias-primas elementares que entram no processo produtivo até a disposição do produto final, abordando parâmetros como: produção de energia, fluxograma das atividades, transporte, consumo de energia não renovável, impactos relacionados com o uso ou aproveitamento de subprodutos, reuso do produto e questões relacionadas à disposição, recuperação ou reciclagem de resíduos e embalagens (IBICT 2006). Segundo Chehebe (2002), de acordo com a norma ISO 14040, a Avaliação do Ciclo de Vida de produtos deve incluir em seu desenvolvimento e aplicação, a definição do objetivo e do escopo do estudo, uma análise do inventário, uma avaliação de impacto ambiental e a interpretação dos resultados. As etapas para realização de uma ACV podem ser classificadas, de acordo com ISO (1997) em: definição dos objetivos e limites do estudo, realização do inventário, e avaliação do impacto ambiental do ciclo de vida, conforme a figura 2: Figura 2 Estrutura da ACV Fonte: ABNT (2009a) Definição dos objetivos e limites do estudo: nesta primeira etapa, elabora-se um plano, estabelecendo as razões pelas quais a ACV será efetuada, a delimitação das fronteiras do sistema, definindo o objetivo da avaliação e a metodologia a ser adota para a coleta de dados. Após a definição dos limites do sistema e do objetivo da avaliação, é necessária a escolha de uma unidade funcional para o cálculo das entradas e saídas do sistema. Unidade funcional deve ser entendida como uma referência à qual estão relacionadas às quantidades descritas no 6

7 inventário. A unidade funcional representa uma unidade de medida da função que o sistema realiza. A função de um determinado processo está relacionada à produção. Sendo desta maneira, o processo apresenta duas funções: uma que gera o produto e outra que gera o subproduto. A unidade funcional deve necessariamente representar o impacto causado pelo produto avaliado. Pode-se também atribuir fatores de impacto a diferentes funções do sistema, como por exemplo, a massa do produto, o conteúdo energético, a densidade e outras propriedades físicas. CHEBEBE (2002); Realização do inventário: faz-se o levantamento das emissões que acontecem durante o ciclo do produto, e das quantidades de energia e matérias-primas utilizadas. O inventário representa um balanço de massa e energia, no qual todos os fluxos de entrada devem corresponder a um fluxo de saída que é quantificada como produto, resíduo ou emissão. Por meio do inventário, é possível identificar, no ciclo de vida do produto, os pontos de produção de resíduos e sua destinação, as quantidades de material que circulam pelo sistema e que dele saem. CHEBEBE (2002); Avaliação do impacto ambiental do ciclo de vida: na fase de avaliação do impacto ambiental, o objetivo é avaliar a intensidade e a relevância dos impactos ambientais com base na análise do inventário. Ela procura determinar a gravidade dos impactos sobre o meio ambiente através de três etapas: classificação, caracterização e valoração. Na classificação são agrupados os dados obtidos através do inventário em categorias de impacto. Essas categorias, de uma forma geral, são: o esgotamento de recurso, a saúde humana e os impactos ecológicos. CHEBEBE (2002) Simbiose Industrial (SI) A simbiose industrial envolve indústrias tradicionalmente separadas em abordagens de cooperação para a gestão dos fluxos de recursos que melhoram o seu desempenho ambiental global, adotando uma visão da indústria organizada como um modelo de ecossistema. Baseia-se ainda no conceito de relações simbióticas biológicas, os organismos independentes podem encontrar benefícios mútuos através da troca de recursos, sendo estes geralmente resíduos.chertow (2000) A simbiose industrial envolve indústrias tradicionalmente separadas em abordagens de cooperação para a gestão dos fluxos de recursos que melhoram o seu desempenho ambiental global, adotando uma visão da indústria organizada como um modelo de ecossistema. Baseia-se ainda no conceito de relações simbióticas biológicas, os organismos independentes podem encontrar benefícios mútuos através da troca de recursos, sendo estes geralmente resíduos. CHERTOW (2000) 7

8 A simbiose industrial ocorre no nível inter-empresa, pois inclui opções de câmbio entre várias organizações; examina a gestão cooperativa e a troca de fluxos de recursos, particularmente materiais, água e energia através de aglomerados de empresas. CHERTOW (2000) De acordo com Lombardi e Laybourn (2012), a Simbiose Industrial envolve a união de diversas organizações, através de uma rede, visando promover a inovação ecológica e Mudança cultural a longo prazo. A criação e o compartilhamento de conhecimento através da rede geram transações mutuamente rentáveis para o fornecimento de insumos necessários, destinações finais que agreguem valor aos Subprodutos, melhorias empresariais e nos processos. A simbiose industrial, envolve a troca física de materiais, energia, água e derivados, compartilhando subprodutos entre empresas.(chertow, 2000). Segundo Chertow (2000), a expressão "simbiose" baseia-se na noção de relações simbióticas biológicas na natureza, em que pelo menos duas espécies independentes trocam materiais, energia ou informações em uma forma mutuamente benéfica. A simbiose industrial consiste de lugar baseado em trocas entre diferentes entidades. Ao trabalhar em conjunto, as empresas se esforçam para um benefício coletivo maior que a soma dos benefícios individuais que poderiam ser alcançados por agir sozinho. Este tipo de colaboração pode avançar as relações sociais entre os participantes, que podem também se estender para os bairros circundantes. De acordo com Chertow (2007) apresenta dois modelos estilizados de simbiose industrial: Modelo EIP (parques eco-industriais) planejado, no qual há um consciente esforço para identificar empresas de diferentes indústrias e localizá-las juntas para que possam compartilhar recursos. Típico dos EUA, o planejamento desses sistemas tem envolvido a formação de um grupo de diversos atores para orientar o processo e a participação de pelo menos uma agência governamental ou quase-governamental com alguns poderes para incentivar o desenvolvimento, como o planejamento do uso da terra e / ou zoneamento, e conceder financiamento de longo prazo. No segundo tipo, o modelo de simbiose baseado na auto organização, um ecossistema industrial emerge de decisões por atores particulares motivados por recursos para câmbio para cumprir as metas como redução de custos, aumento de renda ou expansão dos negócios. Uma forma prática de se aplicar a simbiose industrial, um Ecoparque Industrial (Eco-Industrial Park EIP) é uma comunidade de empresas fornecedoras de bens e serviços em uma determinada propriedade (DOYLE, 1996), tendo por objetivo melhorar a desempenho econômico das empresas participantes enquanto minimiza os impactos ambientais e colaborando para uma melhor gestão ambiental e de recursos, o que por sua vez implica em princípios de produção limpa, prevenção da poluição e eficiência energética. EHRENFELD (1997) 8

9 3.4. Eco-Industrial Park EIP Define-se Eco-Industrial Park EIP como sendo uma comunidade de empresas fornecedoras de bens e serviços em uma determinada propriedade e tem por objetivo melhorar a desempenho econômico das empresas participantes enquanto minimiza os impactos ambientais e colaborando para uma melhor gestão ambiental e de recursos, o que implica em práticas de produção limpa, prevenção da poluição e eficiência energética. CHERTOW(2000) Ressalta-se que as simbioses não precisam ocorrer dentro dos estritos limites de um "parque", apesar do uso popular do termo parque ecoindustrial para descrever as organizações envolvidas em trocas. A United States Environmental Protection Agency EPA conceitua Eco-Industrial Park EIP como sendo uma comunidade de indústrias e negócios de serviços que objetivam aumentar o desempenho ambiental e econômico, por meio da gestão colaborativa do meio-ambiente e dos recursos. A comunidade de negócios, trabalhando em cooperação, procura produzir um benefício coletivo maior do que a soma dos benefícios individuais de cada empresa caso estas aperfeiçoem suas performances isoladamente. Utilizando os princípios da ecologia industrial, a comunidade empresarial trabalha em conjunto para se tornar um ecossistema industrial. O instituto Indigo Development define Eco-Industrial Park EIP como uma comunidade de empresas (indústrias, comércio e serviços) localizadas conjuntamente em uma mesma propriedade, objetivando aumentar o desempenho ambiental, econômico e social, por meio da colaboração integrada na gestão dos recursos e do meio-ambiente. A comunidade empresarial busca um benefício coletivo maior do que a soma dos benefícios individuais que cada empresa alcançaria somente aperfeiçoando o desempenho individual. LOWE (2001) Um Eco-Industrial Park EIP deve ser caracterizado por um conjunto de ações e não somente por: Uma simples rede de troca de subproduto, ƒ Um arranjo produtivo de negócios de reciclagem; Um pólo de empresas de tecnologias ambientais; Um pólo de empresas de produtos verdes; Um parque industrial projetado em torno de um único tema ambiental (energia solar, por exemplo);ƒ Um parque com infra-estrutura ambientalmente correta; Um parque multi-propósito (industrial, comercial e residencial). A figura 3 revela as tecnologias que suportam o EIP: 9

10 Figura 3: Tecnologias que suportam o EIP Fonte: Doyle (1996) O conceito de Eco parque Industrial está baseado na sinergia entre diferentes atividades produtivas que apresentam maior eficiência de recursos aliados a benefícios ambientais e econômicos, e que buscam o interesse mútuo das partes interessadas em geral. Portanto o tema meio ambiente nem sempre será a única referência que definirá se um distrito industrial é ou não um eco-parque. O Parque de Tecnologia Sustentável de Cape Charles, por exemplo, projetou o uso comum de energia solar para o primeiro prédio de escritórios, um sistema de reciclagem para a água, contenção e reuso da água de chuva, no entanto não há um sistema de intercâmbio de subprodutos, o que poderá ser efetivado posteriormente. Um eco-parque não possui uma única forma ou padrão, e dependerá da velocidade de implantação, capital para investimentos disponíveis, perfil dos empreendimentos, além dos aspectos sócios culturais da região está instalado. CHERTOW (2000) De acordo com Orsato (2009) afinal, se ecoparques se mostram tão positivos na teoria, por que não vemos muito mais iniciativas do tipo na prática? Duas razões principais são identificadas, a primeira é foco nos fluxos de materiais e energia - típica da simbiose esperada nos parques industriais - implica em maior dificuldade de organização. Isso pois as trocas de subprodutos demandam sinergia entre atividades e empresas especificas, além de diversos estudos técnicos e construção de infra-estrutura adequada e a segunda é que chama a atenção para a necessidade de alinhamento entre as partes ao longo de todo o desenvolvimento da iniciativa, principalmente na implementação, e não somente no processo de atração das empresas. ORSATO (2013) 10

11 4. Discussão O presente estudo relata aspectos referente a Simbiose Industrial, pois proporciona um tratamento analítico que permite entender como grupos de empresas cooperam na busca de vantagem competitiva. As pesquisas sobre Simbiose Industrial examinam a gestão cooperativa de recursos entre indústrias, para identificar e compreender os benefícios econômicos, ambientais e sociais relacionados com as práticas de interação e seu significado para as redes de empresas. BAIN et al.(2010) De acordo com Sopha et al. (2009), para a Simbiose Industrial acontecer, as relações precisam estar alinhadas com os domínios Técnico, Econômico, Político, Informacional, e Organizacional. Mais uma vez, torna-se importante salientar a necessidade de ação do Estado na integração das políticas ambientais no âmbito das políticas econômicas, bem como reestruturar o marco legal para uma melhor aplicação desse modelo de ecologia industrial. PORTUGAL et al (2012) Conforme Tanimoto (2004) as principais barreiras para a Simbiose Industrial no Brasil, residem na legislação que tanto pode ajudar quanto dificultar as relações simbióticas das empresas, por exemplo, quando estabelece altos custos de licenciamento ambiental e transportes de co-produtos. Também é possível identificar barreiras na economia e negócios, pois culturas corporativas não vislumbram benefícios econômicos em sinergias e intercâmbios de co-produtos e em melhorias ambientais, principalmente se houver participação de concorrentes, não utilizam ferramentas de contabilidade ambiental, não quantificação de impactos ambientais, falta de financiamento para cobrir custos de consultorias ou pesquisas iniciais das empresas. TANIMOTO (2004) Ainda conforme Tanimoto (2004) atribui-se barreira, referente a percepção pública no que tange o uso de co-produtos como matéria prima, ou seja, o fato do produto ser elaborado ou reprocessado com matérias primas reaproveitadas pode sofrer rejeição pelos consumidores. Por fim, as técnicas gerenciais oferecem barreira devido a falta de incentivos das diretorias para ganhos coletivos, falta de pesquisas e profissionais qualificados e ausência de visão holística do ciclo de vida do produto e da cadeia como um todo. TANIMOTO (2004). A literatura aborda os princípios para tornar os processos industriais cada vez mais sustentáveis, mas há carência de orientações em como aplicar esses princípios. Portanto, percebe-se uma carência de uma metodologia capaz de fornecer orientações detalhadas de acordo com cada processo industrial (SMITH; BALL, 2012). 11

12 Zhang et al. (2008) ressaltam a importância da inclusão de fatores sociais, culturais e de negócios nas abordagens de planejamento e no desenvolvimento de políticas para promover o desenvolvimento de Simbiose Industrial. Conforme Sopha et al (2009) a Simbiose Industrial comumente é caracterizada pela troca física de entre empresas colaboradoras. Entretanto, pode ser considerado um aspecto importante da Simbiose Industrial o estabelecimento de acordos entre as empresas não relacionadas, pois leva a eficiência dos recursos (MATTILA et al., 2010; JENSEN et al., 2011). De acordo com Lehtoranta et al. (2011), verifica-se a importância das políticas públicas por estimularem o aumento na reutilização de resíduos de uma empresa por outras, pois esses estímulos também constituem um incentivo para a formação de agrupamentos, além de para fortalecer os já existentes. O sucesso da Simbiose Industrial depende da cooperação e integração entre indústrias, do mix das indústrias, da disponibilidade de resíduos, da demanda por estes resíduos, da gestão do processo, das relações institucionais e vontade dos atores em cooperar, e, da legislação/regulação em vigor (CHERTOW, 2000; VEIGA; MAGRINI, 2012). Conforme Portugal et al (2012), o Brasil apresenta oportunidades potenciais principalmente em áreas ligadas à: i) utilização de energias renováveis como cogeração de energia a partir da biomassa, exploração de pequenos rios e bacias e a energia eólica, ii) gestão de resíduos industriais por meio da simbiose industrial, iii) aumento da eficiência energética dentre outros. Soma-se também a possibilidade de exploração sustentável da flora Amazônica para a produção de fármacos, oportunidade ainda pouco utilizada pelo Brasil; incentivos fiscais para veículos elétricos e híbridos; plano de infraestrutura que contribua para a redução da emissão de gases de efeito-estufa; incentivo à produção têxtil a partir de matéria-prima reciclada. 5. Conclusão Diversos instrumentos buscam inserir os princípios da Ecologia Industrial nos sistemas industrial como a Prevenção da Poluição, Simbiose Industrial, Parques Industriais Ecológicos, Análise do Fluxo de Materiais e Energia, Avaliação do Ciclo de Vida. Sobretudo para que ocorra uma evolução de um complexo industrial em direção às relações de Ecologia Industriais bem sucedidas, é importante que a política ambiental governamental seja voltada também em incentivar as empresas em desenvolver as práticas de Simbiose Industrial. Portanto, 12

13 verifica-se a importância das políticas públicas por estimularem o aumento na reutilização de resíduos de uma empresa por outras, pois esses estímulos também constituem um incentivo para a formação de agrupamentos, além de para fortalecer os já existentes. 6. Referências ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO Environmental management Life cycle assessment Principles and framework, ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO Gestão ambiental avaliação do ciclo de vida princípios e orientações. Rio de Janeiro: ABNT, 2009b AGNER, T. C. R. V. Eco-eficiência baseada nos princípios da produção mais Lenotória. Dissertação de Mestrado UTFPR, Paraná, 2006 ALMEIDA, C. M. V. B; GIANNETTI, B. F. Ecologia industrial: conceitos, ferramentas e aplicações. São Paulo: Edgard Blucher, 2006 BAIN, A. et al. Industrial symbiosis and waste recovery in an Indian industrial area. Resources, Conservation and Recycling, v. 54, n. 12, p , BARBIERI, José Carlos. Organizações inovadoras sustentáveis: uma reflexão sobre o futuro das organizações. Atlas, CHEBEBE, J.R.B. Análise do ciclo de vida de produtos: ferramenta gerencial da ISSO Rio de Janeiro: Qualitymark, CHERTOW, Marian R. Unconvering industrial symbiosis.journal ofindustrial Ecology, New Haven, 2007, v.1, n.1, p.11-30, CHERTOW, Marian R. Industrial symbiosis:literature and taxonomy. Annual Review of Energy and the Environment, 2000, v.1, n.25, p , 2000.Disponível em: < Acesso em 03 de outubro de CHERTOW, M.R.; LIFSET, R. Industrial symbiosis. In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment). [First published in the Encyclopedia of Earth February 27, 2008; Last revised Date October 22, 2012; Retrieved April 5, DOYLE, Brendan. Eco-Industrial Parks: A Case Study and Analysis of Economic, Environmental, Technical, and Regulatory Issues. Final report.indigo Development, Oakland, CA EKINS, P. Environmental sustainability: From environmental valuation to the sustainability gap. Progress in Physical Geography, v.35, n.5, p , ECKELMAN, M. J.; CHERTOW, M. R. Quantifying life cycle environmental benefits from the reuse of industrial materials in Pennsylvania. Environmental science & technology, v. 43, n. 7, p , ECKELMAN, M. J. et al. Teaching industrial ecology and environmental management in Second Life. Journal of Cleaner Production, v. 19, n. 11, p , FROSCH, Robert. A and Nicholas E. Gallopoulos.Strategies for Manufacturing.Scientific American, v.261.n.3, p GARNER, ANDY; KEOLIAN, Gregory A Industrial ecology: an introduction. 13

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