FACULDADE DE LETRAS/ UFRJ LUCIANA DE ALBUQUERQUE DALTIO VIALLI A REDUPLICAÇÃO NO BABY-TALK: UMA ANÁLISE PELA MORFOLOGIA PROSÓDICA

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1 FACULDADE DE LETRAS/ UFRJ LUCIANA DE ALBUQUERQUE DALTIO VIALLI A REDUPLICAÇÃO NO BABY-TALK: UMA ANÁLISE PELA MORFOLOGIA PROSÓDICA Rio de Janeiro 2008

2 A REDUPLICAÇÃO NO BABY-TALK: UMA ANÁLISE PELA MORFOLOGIA PROSÓDICA Luciana de Albuquerque Daltio Vialli VOLUME ÚNICO Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Orientador: Prof. Dr. Carlos Alexandre Gonçalves Rio de Janeiro Agosto de 2008

3 Nº 96 VIALLI, Luciana de Albuquerque Daltio A Reduplicação no Baby-talk: uma Análise pela Morfologia Prosódica Dissertação (Mestrado em Letras Vernáculas- Língua Portuguesa)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Orientador: Carlos Alexandre Victorio Gonçalves 1. Reduplicação. 2 Morfologia Prosódica. 3. Letras Teses I. Gonçalves. Carlos Alexandre Victorio. (Orientador) II Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós- Graduação em Letras Vernáculas. III A Reduplicação no Baby-talk. CDD:

4 A Reduplicação no Baby-talk: Uma Análise pela Morfologia Prosódica Luciana de Albuquerque Daltio Vialli Orientador: Professor Doutor Carlos Alexandre Gonçalves Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Examinada por: Presidente, Prof. Doutor Carlos Alexandre Gonçalves Profa. Doutora Christina Abreu Gomes - UFRJ Profa. Doutora Carmen Teresa Dorigo - UFRRJ Prof. Doutor João Antônio de Moraes UFRJ, Suplente Prof. Doutor Mauro José Rocha do Nascimento CEFET, Suplente Rio de Janeiro Agosto de 2008

5 SINOPSE Estudo sobre o fenômeno da Reduplicação na aquisição da linguagem em português: situações de Baby-talk. Análise morfo-prosódica, baseada nas noções de molde e circunscrição prosódica.

6 AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, ao meu orientador, professor doutor Carlos Alexandre Gonçalves, pelo conhecimento transmitido, por toda paciência e tempo dedicado a mim, pelo incentivo e apoio durante esses anos de convivência e, sobretudo, por acreditar na minha capacidade, mesmo quando até eu duvidava, trazendo-me forças para prosseguir nos momentos difíceis. Agradeço ao meu marido, Alex, pela compreensão nos momentos de minha ausência, pela ajuda nos momentos de dificuldade e pelo apoio incondicional aos meus projetos, por estar comigo em todas as horas em que precisei. Quero agradecer também à professora doutora Maria Lúcia Leitão de Almeida pelas palavras de incentivo nas horas de dificuldade e pela injeção de ânimo dada sempre que necessário. Agradeço a todos os informantes que contribuíram para a formação do corpus recolhido durante o período de pesquisa, pois sem eles nada teria sido possível. Quero agradecer, ainda, ao professor doutor Leo Wetzels e à professora doutora Giovana Bonilha pelas valiosas contribuições dadas ao trabalho durante o III Congresso Internacional de Fonologia.

7 RESUMO VIALLI, Luciana de A. D. A Reduplicação no Baby-talk: uma Análise pela Morfologia Prosódica. Dissertação de Mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, A presente dissertação analisa o fenômeno da Reduplicação no português brasileiro em situações de baby-talk com base na Morfologia Prosódica (McCARTHY & PRINCE, 1990 e 1993), numa abordagem que envolve estratos derivacionais e baseada na Morfologia Não-concatenativa. A Reduplicação é um fenômeno visto como marginal em português, apesar de seu recorrente emprego em diversas línguas naturais. Logo, o primeiro esclarecimento feito neste trabalho diz respeito à própria definição de Reduplicação e, em seguida, à verificação de seu constante uso na linguagem verbal humana. O modelo selecionado para a análise desse fenômeno foi desenvolvido a partir dos avanços da Fonologia Não-Linear e é baseado nos conceitos de molde e circunscrição prosódica, indo além de operações aglutinativas e provando que os moldes envolvidos no processo acessam primitivos prosódicos e devem, portanto, respeitar as condições de boaformação. A Morfologia Prosódica prevê a atuação de filtros sobre um molde para formar uma base. Os principais pontos do processo são indicados durante a análise dos dados, recolhidos entre adultos e crianças em fase de aquisição da linguagem. Dessa forma, são mostradas as condições de boa-formação atuantes na Reduplicação no baby-talk, assim como a importância da sílaba tônica para a atuação da circunscrição prosódica positiva, e toda a trajetória que leva à obtenção das cinco bases formadas durante o processo: 1ª BASE»CV, 2ª BASE»CVV, 3ª BASE»CV.CV, 4ª BASE CV.CVV e 5ª BASE»CVC.CV. Ainda, é demonstrado como o processo de Reduplicação pode fornecer análises adequadas para fatos polêmicos da fonologia do português, como, por exemplo, a geminação de / /, proposta por Wetzels (2000).

8 ABSTRACT VIALLI, Luciana de A. D. A Reduplicação no Baby-talk: uma Análise pela Morfologia Prosódica. Dissertação de Mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, The present paper analyzes the Reduplication of the Brazilian Portuguese in babytalk situations based on Prosodic Morphology, (McCARTHY & PRINCE, 1990 e 1993), in an approach that involves derivational strata and based on Nonconcatenative Morphology. The Reduplication is a marginal phenomenon in Portuguese, despite its recurrent usage in several natural languages. Therefore, the first clarification concerns the definition of Reduplication, and then, the verification of its constant usage in the human verbal language. The model selected for the analysis of this phenomenon was developed from the improvements of the Nonlinear Phonology. It is based on the template concepts and Prosodic Circumscription that goes beyond the agglutinative operations, proving the templates involved in the process access primitive prosodic and must, ergo, respect the Well-formedness Condictions. The Prosodic Morphology presupposes the operation of filters under a template to create a basis. The major points in the process are indicated during the data analysis collected from adults and children in the language acquisition phase. Therefore, the conditions of good formation presented in the baby-talk Reduplication are indicated, as well as the importance of the stressed syllable for the action of the positive prosodic circumscription. The course takes to the obtention of the five bases formed during the process are: 1ª BASE»CV, 2ª BASE»CVV, 3ª BASE 'CV.CV, 4ª BASE CV.CVV e 5ª BASE 'CVC.CV. Moreover, it demonstrates how the process of Reduplication provides adequate analysis for polemic facts of the Portuguese Phonology, for instance, the germination of / /, proposed by Wetzels (2000).

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO SOBRE A REDUPLICAÇÃO Reduplicação: breve definição como base na noção de molde esqueletal Caráter Marginal da Reduplicação nas línguas naturais e em português A Reduplicação em Português Baby-talk (BT) QUADRO TEÓRICO ADOTADO: A MORFOLOGIA PROSÓDICA Bases da Morfologia Prosódica Morfologia Prosódica: histórico e fundamentos A REDUPLICAÇÃO NO BABY-TALK EM UMA ANÁLISE MORFO-PROSÓDICA Metodologia e Recolha de Dados Dificuldades Enfrentadas Análise de Dados Análise de Casos Excepcionais CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:...89 ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO

10 10 1 INTRODUÇÃO A Reduplicação é um fenômeno do português pouco analisado por possuir status marginal dentre os processos de formação de palavras. Através de consulta na literatura tradicional, pôde-se perceber que tal fenômeno não é tratado adequadamente, sendo muitas vezes confundido com processos distintos, como a Composição. Neste trabalho, um tipo específico de Reduplicação é focalizado: a Reduplicação no baby-talk (mamadeira dedera, boneca neneca, iogurte guguti, xampu pupu, panela nenela, papel pepéu etc). Esse fenômeno ocorre na interação de adultos com crianças pequenas (babytalk) e também é freqüentemente empregado por crianças em fase de aquisição de linguagem. A Reduplicação é um tipo de fenômeno que compõe a lista dos processos nãoconcatenativos (MCCARTHY, 1981), ou seja, fenômenos que demandam, conjuntamente a uma análise morfológica, informações fonológicas durante o processo de formação de um vocábulo. Dessa forma, neste trabalho recorremos a um modelo que dá conta de dispositivos morfológicos e prosódicos para consolidar a análise: a Morfologia Prosódica (MCCARTHY & PRINCE, 1998). Os principais objetivos do presente trabalho são os seguintes: (1) Definir apropriadamente a Reduplicação, revendo definições anteriores; (2) Traçar as regularidades envolvidas no processo; (3) Determinar como se dá a atuação da circunscrição prosódica e que características estão envolvidas no mapeamento de segmentos;

11 11 (4) Determinar quais os filtros, encarregados das condições de boa-formação, são atuantes no processo; (5) Definir o modelo do Reduplicante; (6) Definir os critérios que regulam a cópia. De modo a dar conta dos objetivos acima, o trabalho está organizado da seguinte maneira: no capítulo 2, que foi dividido em 4 partes, o fenômeno da Reduplicação é tratado em seus aspectos mais gerais. Na primeira seção 2.1, são indicados os aspectos da Morfologia Não-concatenativa relevantes ao processo, evidenciando sua ocorrência e características em outras línguas naturais, assim como a formação de moldes esqueletais. Em 2.2, o caráter marginal da Reduplicação é sucintamente apresentado, ao lado das características que o definem como um processo não-concatenativo. Na terceira parte do capítulo 2.3, o fenômeno da Reduplicação em língua portuguesa é finalmente discutido, começando com as definições prescritivas para, em seguida, apresentar nova definição e divisão, tendo em vista os vários tipos de Reduplicação observados em português. Em 2.4, o discurso conhecido como Baby-talk é definido, posto que o alvo da análise é a formação de palavras reduplicadas no âmbito desse tipo de interação lingüística. O modelo teórico adotado para a análise da Reduplicação no baby-talk é abordado no capítulo 3. Em 3.1, as bases da Morfologia Prosódica são explanadas: representações fonológicas independentes, camadas paralelas e níveis de representação diversos. Ainda nessa seção, são definidas as Condições de boa-formação, responsáveis pela atuação dos filtros e os devidos ajustes nas formas, durante a derivação. Em 3.2, o histórico da Morfologia Prosódica é retomado, desde sua base na Fonologia Autossegmental.

12 12 Na primeira seção 4.1 do capítulo 4, é apresentada a metodologia aplicada para o desenvolvimento do trabalho, assim como é detalhado o processo de recolha de dados. A seguir, em 4.2, são apontadas as maiores dificuldades enfrentadas durante a pesquisa e os principais empecilhos encontrados na execução do trabalho. Em 4.2 e 4.3, é feita a análise dos dados recolhidos e são apresentadas as regularidades do processo. Nessas seções, os diferentes casos encontrados são divididos em grupos e analisados a partir de exemplos representativos de cada situação envolvida. Mostramos, neste capítulo, que a Reduplicação pode trazer à tona importantes questões da gramática fonológica da língua, como a idéia de que a nasal palatal é uma consoante geminada em português.

13 13 2 SOBRE A REDUPLICAÇÃO Neste capítulo, descrevemos o fenômeno da Reduplicação, observando os principais significados que se manifestam, nas línguas do mundo, através desse tipo especial de afixação (Gonçalves, 2004). Esse processo foi central para debates sobre morfologia nãoconcatenativa em muitas línguas, assim como para o modelo teórico aqui adotado a Morfologia Prosódica, o que justifica as descrições a seguir apresentadas. Ainda neste capítulo, apresentamos os diversos casos de Reduplicação que aparecem em português, para, por fim, justificar o recorte aqui efetuado. 2.1 Reduplicação: breve definição como base na noção de molde esqueletal A Reduplicação é conhecida como um fenômeno não-concatenativo de formação de palavras, através do qual uma espécie de afixo é produzida por meio da cópia de material fonológico da base. Embora tal operação morfo-fonológica seja bastante comum nas línguas naturais, ela ainda é vista como um processo marginal de formação de palavras em muitas delas, como é o caso do português. O fenômeno por meio do qual se repete todo o vocábulo ou parte dele para produzir uma nova palavra é percebido com muita naturalidade em diversas línguas. Geralmente, a Reduplicação é empregada com o intuito de expressar conceitos como distribuição, pluralidade, repetição, atividade recorrente, continuidade, acréscimo de tamanho e maior intensidade. Dessa forma, a Reduplicação é usada em muitos idiomas e dialetos como mecanismo derivacional ou flexional.

14 14 O tipo de Reduplicação observado neste trabalho (em situações de baby-talk) não apresenta acréscimo ou mudança de significado, se comparados base e produto. Entretanto, existem outros tipos de Reduplicação em língua portuguesa que possuem essa característica, como o processo envolvido com a cópia de bases verbais (quebra-quebra, mata-mata, bate-bate). Com o propósito de ilustrar a naturalidade de emprego do fenômeno em questão, Katamba (1990: 181) seleciona diversos exemplos em línguas naturais. Alguns desses exemplos estão reproduzidos abaixo, com o objetivo de demonstrar que, embora seja considerado um processo marginal em português, a Reduplicação é um fenômeno bastante corrente nas línguas do mundo: (1.1) Plural de Nomes em Papago SINGULAR PLURAL bana coiote baabana tini boca tiitini kuna marido kuukuna Como se pode perceber, o plural de nomes em Papago é produzido através da formação de um prefixo que copia a primeira sílaba do nome no singular e, em seguida, alonga a vogal copiada.

15 15 (1.2) Verbos Envolvendo um participante (a) -pik toque -pipik toque repetidamente (b) guyon zombar guguyon zombar repetidamente (1.3) Verbos Envolvendo mais de um participante (a) wu morrer wuwu morrer numerosamente (b) bu quebrar bubu quebrar várias coisas Nesses dois exemplos, a Reduplicação expressa freqüência ou repetição de um evento ou ação, ou seja, manifesta o aspecto iterativo 1. Em (1.2.a) e (1.2.b), temos exemplos do Tzeltal e do Sudanês, respectivamente. Nesses casos, o processo envolve apenas um participante. Já em (1.3), ambos exemplos do Twi, a mesma ação repetida envolve mais de um participante. A Reduplicação pode expressar intensidade ou atenuação em uma mesma língua, como se observa nos exemplos a seguir, em (2.a) e (2.b), do Thai, também extraídos de Katamba (1990: 182): 1 O aspecto iterativo também pode ser percebido na Reduplicação de bases verbais em língua portuguesa, como detalharemos mais adiante.

16 16 (2) Reduplicação indicando intensidade e atenuação (a) dii ser bom diidii ser extremamente bom (b) kbb velho kbb- kbb idoso Em (2.a), a Reduplicação foi empregada com o intuito de indicar intensidade; já no exemplo (2.b), foi utilizada com o objetivo de atenuar o significado da palavra velho, funcionando, portanto, como um eufemismo. Com esse pequeno corpus, fica comprovado que a Reduplicação realmente envolve cópia de elementos da base e que tal fenômeno é empregado com diversas funções em várias línguas naturais. No entanto, é importante determinar o que exatamente pode ser copiado nesse processo. Em um primeiro momento, poderíamos afirmar que o elemento copiado na Reduplicação sempre envolve um constituinte interpretado como um morfema, uma sílaba ou uma palavra, como acontece na maioria dos casos. A Reduplicação total é um bom exemplo disso, como exposto abaixo, em dados do Maori (cf. Katamba, 1990: 183): (3) Reduplicação total em Maori a) mano mil manomano inumerável reo voz reoreo conversa b) ako aprender akoako consultar em conjunto kimo piscar kimokimo piscar repetidamente patu matar patupatu matar tudo c) mate doente matemate doentio wera quente werawera caloroso

17 17 Nos exemplos acima, a Reduplicação é total e pode expressar informações distintas. Em (3.a), a Reduplicação total com nomes indica aumento; em (3.b), o mesmo fenômeno, agora com verbos, expressa repetição; em (3.c), o significado expresso pela Reduplicação com adjetivos é atenuativo. Esses são casos de Reduplicação considerados clássicos, já que o processo copia constituintes morfológicos. No entanto, há casos em que a cópia efetuada não é de um constituinte tipicamente morfológico. É ainda no próprio Maori que podemos constatar casos desse tipo: (4) Reduplicação Parcial em Maori a) kimo piscar kikimo manter os olhos firmemente fechados b) nui grande nunui grandes c) moe dormir momoe dormir junto Em (4), constata-se a Reduplicação da primeira sílaba CV da palavra. Coincidentemente, em (4.a), a primeira sílaba é exatamente constituída por uma consoante e uma vogal, mas nos dados (4.b) e (4.c) isso não acontece. Nesses dados, nota-se que a cópia acontece, mas a operação leva à separação dos constituintes da sílaba, excluindo as vogais [i] e [e] do material copiado. Observa-se o mesmo fenômeno em outras línguas, como na formação do plural em Quileute: (5) Reduplicação em Quileute qax osso qaqax ossos

18 18 No exemplo (5), a cópia envolve uma seqüência CV inicial. O elemento qa é copiado, deixando para trás o segmento <x>, o que resulta na separação da sílaba qax, da qual não se aproveita a coda. Novamente, temos a cópia de um elemento que não é constituinte morfológico na língua. Esse fenômeno também acontece na Reduplicação em situações de Baby-talk em língua portuguesa, que veremos em detalhes mais adiante; nela, o reduplicante envolvido no processo nem sempre copia a primeira sílaba integralmente. Logo, fica evidenciado que, no processo de Reduplicação, nem sempre se efetua a cópia de um morfema, uma sílaba completa ou uma palavra. Esse fato levanta outra questão: como a Reduplicação pode ser, então, definida? O que explica a seleção de apenas determinados segmentos da base? Utilizando noções da Fonologia Autossegmental, podemos afirmar que a Reduplicação é um processo de afixação de uma espécie de molde. Trata-se de uma camada CV-esqueletal subespecificada que, quando preenchida, será anexada a uma base como um afixo. Nesse caso, as propriedades sintáticas e até mesmo semânticas são especificadas, mas não a parte fonológica, que é deixada incompleta. Para que ela seja preenchida, é necessário o mapeamento de segmentos da base de acordo com as camadas C e V que existirem como padrão a ser alcançado no processo. Logo, uma porção da representação segmental da base é copiada, sendo a ela mesma anexada a camada subespecificada. Os segmentos copiados podem ou não representar constituintes morfológicos da base, como destacamos mais acima. A subespecificação tem como objetivo principal garantir a economia: trata-se de uma representação individual de algo que é geral e aparece em forma de regra. Essas regras gerais para, nesse caso, a cópia de segmentos fônicos de uma base, evitam o provável

19 19 surgimento de, para cada cópia, a formação de uma lista com incontável número de possibilidades. Broselow & MacCarthy (1983: 27), propõem os princípios que regem a cópia de elementos fônicos para um afixo subespecificado na Reduplicação, como se observa em (6), a seguir. (6) Princípios de mapeamento na Reduplicação (a) Introdução de um afixo subespecificado (prefixo, sufixo ou infixo); (b) Criação de uma cópia de segmentos fonêmicos separada da raiz ou base; (c) Associação da cópia com a camada CV-esqueletal em relação de um-para-um, com vogais ligadas a camadas V e consoantes, a camadas C. No caso de um prefixo, a associação parte da esquerda para a direita e, no caso de um sufixo, ela parte da direita para a esquerda; (d) Finalmente, o apagamento de material fonêmico supérfluo ou de CV slots na camada esqueletal que ficarem sem associação no fim do processo. Esses princípios de mapeamento regem a formação de prefixos, sufixos e infixos na Reduplicação. Vejamos os exemplos mais clássicos de cada tipo à luz de tais princípios: (7) Reduplicação Prefixal em Agta (Filipinas) (a) takki perna taktakki pernas (b) uffu coxa ufuffu coxas

20 20 A Reduplicação em Agta consiste num mecanismo para a formação do plural. O processo não respeita a estrutura de constituintes morfológicos da base, pois tende a desfazer a geminação existente, ao copiar apenas uma das camadas C, levando a uma consoante travadora de sílaba, como em taktakki e ufuffu. É importante lembrar que uma geminação se dá, nos termos da fonologia autossegmental, quando duas camadas são ocupadas por um mesmo segmento. No caso em questão, as geminadas figuram na posição de onset de uma sílaba e na de coda, de outra. Logo, em nomes com a seqüência CVCCV, a primeira porção CVC é reduplicada, como vemos em (7.a). Já quando a seqüência da base é VCCV, somente VC reduplica, como em (7.b). Nesse caso, levando em conta os princípios de mapeamento expostos acima, sabe-se que CV slots desgarradas na camada esqueletal são automaticamente apagadas; isso explica a Reduplicação sem a primeira consoante em (7.b), já que uffu não tem consoante inicial para ser copiada. Dessa forma, temos a validação de uma camada esqueletal CVC para o processo. Abaixo, temos o esquema de cópia em (7.a) com mais detalhes. (8) Cópia em Agta C V C C V C V C- C V C C V C V C- C V C C V t a k i t a k i t a k i t a k t a k i

21 21 (9) Reduplicação Sufixal em Saho (a) lafa osso lafof ossos (b) illa primavera illol primaveras (c) gaba mão gabob mãos Em Saho, o sufixo reduplicativo de plural é formado por uma camada esqueletal parcialmente subespecificada. Nesse caso, uma vogal /o/ é sempre anexada à raiz da base no lugar do /a/, sufixo formador de singular, seguida da cópia da última consoante pertencente à raiz da base, ou seja, em Saho, o reduplicante tem a forma de uma camada VC esqueletal, em que V corresponde à vogal /o/, como exemplificado em (9). Abaixo, em (10), segue a representação de (9.a) com mais detalhes. (10) Cópia em Saho C V C C V C -V C C V C V C l a f l a f o l a f o f (11) Reduplicação Interna em Samoano 2 (infixação) (a) alofa amar alolofa (b) savali andar savavali (c) maliu morrer maliliu 2 Para a tradução no plural, seria também necessário o afixo identificador de pessoa verbal.

22 22 Acima, temos os raros exemplos de infixação feita por meio de Reduplicação. Nesse tipo de Reduplicação, copia-se parte da base, inserindo-se, em seguida, o material fônico copiado em forma de afixo. No caso do Samoano, o plural dos verbos é formado a partir de material reduplicado, que pode ser um prefixo (verbos dissílabos) ou um infixo (verbos trissílabos). No último caso, o infixo é uma estrutura CV subespecificada na camada esqueletal, inserida antes da segunda sílaba da base, da qual é cópia. Para uma melhor explanação, observem-se as formalizações abaixo: (12) Cópia em Samoano C V C V C V C V -C V- C V C V C V C V C V C V s a v a l i s a v a l i s a v a v a l i Fica claro, portanto, que há várias formas de reduplicar segmentos, graças à subespecificação envolvida no processo. No tipo de fenômeno analisado neste trabalho, a Reduplicação em situações de baby-talk, também acontece uma prefixação a partir de uma estrutura subespecificada, como será demonstrado no capítulo 4.

23 Caráter Marginal da Reduplicação nas línguas naturais e em português O fenômeno da Reduplicação encontra-se na lista dos processos marginais de formação de palavras do português, não apenas por apresentar escassez de análises lingüísticas e dificuldades em sua definição, mas também porque faz parte da Morfologia Não-Concatenativa da língua (GONÇALVES, 2004). Os processos não-concatenativos (MCCARTHY, 1981) não se enquadram totalmente ao padrão aglutinativo, baseado na noção de item, tradicionalmente preferido nos estudos morfológicos de línguas naturais. Tais processos não envolvem apenas informações morfológicas, mas também fonológicas para sua execução, integrando primitivos de ambos os tipos. Logo, operações morfofonológicas como a Reduplicação ampliam a noção de item, levando, nesse caso, a um processo de Afixação Não-Linear (GONÇALVES, 2004). Esse processo da Reduplicação pode ser entendido como misto, já que, a partir da cópia, verificamos seu status nãoconcatenativo e no reduplicante afixado, no baby-talk um prefixo, percebemos mostras de um modelo aglutinativo. O reduplicante envolvido no padrão de Reduplicação neste trabalho contemplado é uma estrutura vazia, subespecificada, que engatilha um processo automático de cópia dos segmentos da base, comportando somente informações prosódicas. Para analisar tal fenômeno, modelos teóricos como a Morfologia Prosódica (MACCARTHY & PRINCE, 1990), com uma abordagem não-linear, são extremamente relevantes. Na literatura referente à Morfologia Prosódica (doravante MP), a Reduplicação tem destaque, havendo diversos trabalhos a esse respeito, embora não em língua portuguesa, o que demonstra a contribuição do estudo aqui desenvolvido.

24 A Reduplicação em Português A Reduplicação é um fenômeno pouco analisado por possuir status marginal dentre os processos de formação de palavras, como adiantamos acima. Através de uma consulta na literatura de cunho prescritivo (LIMA, 2000; BECHARA, 1998 e CUNHA & CINTRA, 1985), percebemos que tal fenômeno não é tratado adequadamente, sendo muitas vezes confundido com outros processos, como a Composição, por exemplo. Dessa forma, é necessário: (a) apresentar algumas análises normativas sobre o processo em questão e (b) procurar desfazer os equívocos referentes a essa questão para dar curso à análise com um objeto de estudo bem definido. Focalizando o primeiro ponto, demonstrar o tratamento dado à Reduplicação nos compêndios gramaticais, foram consultadas as gramáticas de Lima (2000), Bechara (1998) e Cunha & Cintra (1985). No primeiro compêndio, o fenômeno da Reduplicação não aparece na lista dos processos de formação de palavras; no entanto, o vocábulo correcorre, uma Reduplicação de base verbal, é indicado como resultado do processo de Composição. Na segunda obra, embora seja apresentada a Reduplicação, esta é indicada como o fenômeno responsável pela formação de onomatopéias e, novamente, corre-corre é

25 25 apontado como uma Composição vocabular, assim como na primeira obra anteriormente destacada. No terceiro compêndio consultado, o referido processo não é mencionado, apresentando o vocábulo reduplicado acima apontado como fruto de uma Composição. Entretanto, há uma importante observação que consta nessa gramática: o fato de que uma palavra composta é formada por um Determinante (adjunto, modificador) e um Determinado (núcleo, cabeça lexical). Nesse sentido, é preciso destacar que na palavra corre-corre, apontada como composta em todas as gramáticas prescritivas consultadas, não é possível depreender tal informação, já que se trata, na verdade, de uma cópia fiel de uma base e não, como estabelecido, de uma composição de vocábulos. A partir disso, é possível perceber que há uma confusão referente a essa questão, evidenciando, inclusive, uma escassez de referência ao processo. Tomando por base essas informações e tentando desfazer alguns equívocos, é possível elaborar uma definição para a Reduplicação como processo formador de palavras. Dessa forma, propomos que, para se caracterizar um processo como Reduplicação, é preciso: (i) reconhecer sincronicamente a base copiada e haver relação de significado entre base e produto. Nesse caso, bebelo é uma Reduplicação, porque a base cabelo é reconhecida sincronicamente. O mesmo não acontece, por exemplo, com mamão, em que a isolabilidade do suposto prefixo reduplicativo destruiria as relações de

26 26 significado no interior da palavra, uma vez que a noção de mão não está contida em mamão; (ii) ter o resultado do processo uma forma com função lexical ou expressiva de avaliação (BASÍLIO, 1987), como ocorre, respectivamente, em corre-corre, que denomina um evento, e em Dedé, hipocorístico do antropônimo André, marcado pela expressão de afeto; (iii) que a forma resultante não tenha valor onomatopaico, o que caracterizaria simplesmente a reprodução de um som e não uma cópia feita a partir de uma base, como fonfom e auau. Essas formações são casos de Reduplicação bem motivados onomatopaicamente, ao contrário de bate-bate e pega-pega, entre outros. Tendo definido o que é, de fato, uma Reduplicação, é preciso determinar as possíveis formas que esse processo pode assumir. Dessa maneira, é possível dividi-lo em quatro tipos, como proposto em Gonçalves & Albuquerque (2004), que rastrearam dados a partir de fontes variadas, como, por exemplo, dicionários eletrônicos, como o Aurélio (Ferreira, 2000) e o Houaiss (2001), e diferentes situações de interação oral: (a) Reduplicação em início de palavra, utilizado, sobretudo, em relações de parentesco: papai, mamãe, titio, vovó, vovô;

27 27 (b) Reduplicação no final de palavra, quase sempre vinculada à expressão da intensidade: bololô, chororô; (c) Reduplicação de base verbal: pega-pega, mata-mata, quebraquebra, bate-bate, puxa-puxa, pula-pula, cai-cai; (d) Reduplicação em situações de baby-talk: pepeta, bebelo, quequeta, cocoto, pipito, neneca, dedera, ninico, lilito. Os tipos (a) e (b) são os menos produtivos, não havendo um volume considerável de palavras desse tipo na língua. Os mais produtivos em língua portuguesa são (c) e (d). Em (c), a base a partir da qual atua a cópia é um verbo, levando a uma mudança de classe e especificação de significado. Já em (d), encontram-se formas utilizadas por crianças em fase de aquisição da linguagem e por adultos que tentam reproduzir a fala infantil (o que chamamos de situação de baby-talk). No presente trabalho, é feito um recorte: analisa-se o padrão apresentado em (d), a Reduplicação no baby-talk, segundo um modelo teórico que descreve com mais precisão a Morfologia Não-Concatenativa: a Morfologia Prosódica (MCCARTHY & PRINCE, 1990 e 1993). O fenômeno da Reduplicação é tratado, aqui, por meio de uma perspectiva que alia princípios fonológicos e morfológicos, tratando a interface desses dois componentes da Gramática. Para isso, foi preciso, portanto, traçar as regularidades do processo. Em uma primeira análise, podemos perceber que o input envolvido nesse tipo de Reduplicação é a forma realizada pelo adulto e o reduplicante apresenta-se como um

28 28 prefixo, para o qual a parte mais importante a ser copiada será a sílaba tônica do input. Outro ponto importante para o processo de cópia é o onset da sílaba: reduplicantes sempre apresentam ataque, priorizando sílabas CV (papato). Algumas vezes, podemos encontrar sílabas terminadas em coda (CVC), que podem ser nasais ou vocálicas, como em dindinha e pepéu, respectivamente. Outro aspecto importante para a formação do output é o tamanho da palavra, já que a forma final será, no máximo, um trissílabo. O output final equivale, em significado, à forma adulta e pode ser usado tanto pelas próprias crianças quanto pelos adultos que se comunicam com elas. A apresentação mais detalhada dos diversos padrões silábicos será feita em 4.4. Antes, porém, convém explicitar o que entendemos por baby-talk. 2.4 Baby-talk (BT) Segundo Crystal (1980: 38), o fenômeno denominado de baby-talk (também conhecido como motherese ou caregiver speech) partiu de uma extensão nos estudos da aquisição da linguagem, procurando sempre mostrar características distintivas no discurso entre adultos e crianças. Adultos, ao falar com crianças muito pequenas, ou mesmo mães, situação na qual é mais comum o baby-talk, fazem uso de um tipo de linguagem altamente distintiva. No entanto, o baby-talk não se caracteriza apenas pelo uso de determinada pronúncia, como freqüentemente é descrito o caregiver speech; estruturas frasais simplificadas também são contempladas no baby-talk, como quando um adulto completa uma sentença pronunciada

29 29 por uma criança, por exemplo: Papá brincá Sim, papai vai brincar; ou como exemplificado por Crystal em inglês, Dadda gone Yes, daddy s gone. Dessa forma, Crystal 3 refere-se ao baby-talk como: Uma extensão nos estudos da AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM, no sentido tradicional do termo, mostrando toda uma gama de características LINGÜÍSTICAS DISTINTIVAS encontradas no discurso adulto endereçado a crianças pequenas. Desse modo a Baby-talk inclui muito mais do que o uso freqüentemente estereotipado de pronúncia e palavras (como doggie, /den/ para then, etc.) e é primariamente caracterizado com referência ao uso de ESTRUTURAS FRASAIS simplificadas e certos tipos de interação lingüística. (CRYSTAL, 1997, p. 38) Logo, a Reduplicação na linguagem infantil é um tipo de baby-talk, posto que se trata de um vocabulário altamente específico utilizado, sobretudo, em um discurso em que um adulto se comunica com uma criança, esta estando em fase de aquisição da linguagem. A partir desse tipo de linguagem, podemos perceber padrões prosodicamente bem organizados, de forma que uma abordagem morfo-fonológica é a mais apropriada para dar conta desse processo. 3 An extension in LANGUAGE ACQUISITION studies of the traditional sense of this term, to refer to the whole range of DISTINCTIVE LINGUISTIC characteristics found in adult speech addressed to young children. Baby-talk thus includes far more than the often stereotyped use of endearing pronunciations and words (such as doggie, /den/ for then, etc.) and is primarily characterized with reference to the use of simplified SENTENCE STRUCTURES, and certain types of linguistic interaction. (CRYSTAL, 1997, p. 38)

30 30 3 QUADRO TEÓRICO ADOTADO: A MORFOLOGIA PROSÓDICA Neste capítulo, serão explicitadas as bases do modelo teórico aqui utilizado para a análise da Reduplicação em situações de baby-talk. Para uma melhor apresentação da Morfologia Prosódica, o capítulo descreve, primeiramente, as bases desse modelo na Fonologia Autossegmental, valendo-se de exemplificações necessárias à compreensão do paradigma em questão. Logo após, detalhamos os fundamentos básicos da Morfologia Prosódica, tecendo considerações gerais sobre noções como moldes, circunscrições e filtros. 3.1 Bases da Morfologia Prosódica A Morfologia Prosódica é um modelo que se desenvolve com base no aparato teórico e no formalismo de outro, conhecido como Fonologia Autossegmental. Este, por sua vez, é um modelo que descende diretamente da Teoria Fonológica Gerativa (CHOMSKY & HALLE, 1968). Segundo Katamba (1990), a Fonologia Autossegmental propõe que as representações fonológicas consistem em partículas independentes, camadas paralelas e níveis de representação (KATAMBA,1990: 154). Porém, muito embora essas camadas sejam autônomas, elas acabam por interagir. Um exemplo pertinente é o acento, que não é uma propriedade fonológica inerente a consoantes ou vogais, mas a elementos com autonomia na palavra. Podemos ilustrar esse caso com alguns exemplos em português. Os

31 31 dados em (13) mostram que o acréscimo de sufixos promove a reaplicação da regra de acento: (13) Autonomia acentual no Português Demo crata Pom poso Adje tivo Democra cia Pomposi dade Adjeti val Katamba (1990: 155) ainda fornece um outro exemplo para comprovar essa autonomia dos elementos prosódicos: o caso do tom em Luganda. Nesse dialeto, vigora uma regra gramatical que, no caso do encontro de duas vogais, leva ao apagamento da primeira delas. No entanto, o tom anteriormente atribuído à vogal deletada não é perdido, como se pode perceber no exemplo em (14), abaixo, que apresenta as seguintes convenções: H marca um tom alto; L marca um tom baixo; HL marca um falling contour tone; LH marca um rising contour tone; e o espaço em branco marca uma sílaba sem tom. (14) Autonomia tonal em Luganda Camada Segmental K u s a E b y o K u s e: b y o triturá-los Camada tonal L H L H L H L H

32 32 Em (14), a vogal final de kusa é deletada; entretanto, o tom pertencente a essa vogal não se perde. Se o tom fosse uma propriedade inerente à vogal, ele se perderia com esse apagamento. A preservação desse tom é, portanto, a prova de sua independência da vogal na qual ele pode recair. Logo, fica clara a denominação desse modelo como Fonologia Autossegmental, pois as representações fonológicas consistem em categorias, como acento, tom, vogais e consoantes, divididas em camadas autônomas. No entanto, tais camadas não são isoladas; ao contrário, interagem em estruturas hierárquicas complexas. Para que a interação das categorias fonológicas aconteça, as camadas às quais pertencem devem estar ligadas de alguma forma por uma espécie de força que as una (KATAMBA, 1990: 156). Tal força de ligação é chamada de camada esqueletal (ou CVcamada). Essa camada é a responsável por manter juntas diferentes camadas fonológicas, como um livro faz com suas páginas. Assim, é dessa forma que acontece a associação entre acento ou tom e vogais, por exemplo. A camada esqueletal pode ser representada por X (Hyman, 1985) ou, como proposto por Clements & Keyser (1983), por C e V para consoantes e vogais, respectivamente. Ambas as representações são ilustradas abaixo, nos exemplos em (15):

33 33 (15) Representação da camada esqueletal (A) Camada Tonal H L L H Camada Esqueletal X X X X X X Camada Segmental a f i A f i (B) Camada Tonal H L L H Camada Esqueletal V C V V C V Camada Segmental a f i A f i No entanto, deve-se lembrar que essa teoria não requer uma associação de um-paraum de elementos em camadas diferentes, cada um pertencendo a uma única camada. Nesse caso, um mesmo elemento prosódico pode ligar-se a várias camadas segmentais, assim como também é possível que vários elementos estejam ligados a apenas uma camada. Nesse sentido, existem tons com nomenclaturas diferentes para cada aplicação; eles são chamados rising ou falling contour tones. Em (16), os exemplos são de Mende:

34 34 (16) Representação de rising e falling contour tones (A) K æ B b=ä=b M b û M b a M a H L H L L H (B) kæ guerra kæmá em guerra bblb calças bblbmà nas calças mbû coruja mbûmà na coruja mba arroz mbamá no arroz Nesses casos, podemos perceber que o morfema ma não é associado a nenhum tom. Isso quer dizer que a teoria permite que uma dada camada não esteja associada a nenhuma outra. O morfema ma acaba por receber, ao final do processo de sufixação do qual faz parte, o último tom do radical por espraiamento. No entanto, segundo Katamba (1990), esses diversos tipos de associações possíveis não acontecem de forma desordenada. Apesar de algumas camadas estarem juntas na produção da fala, como exemplificado acima, isso não acaba com a independência dos elementos proposta anteriormente. Entretanto, tal questão nos leva a outra: existem restrições que governam essas ligações? Certamente, esse tipo de conjunto de restrições existe como parte da Gramática Universal; são os chamados Princípios de Boa Formação

35 35 (fonotáticos) ou WFC (Well-formedness Condictions condições de boa-formação) e estão representados em (17). (17) WFC (fonotático) 4 (a) Uma seqüência de autossegmentos deve estar ligada a uma série de elementos na camada esqueletal que seja capaz de comportá-la; (b) A associação dos segmentos deve ir do início ao fim da palavra, a menos que instruções específicas sejam dadas na Gramática da língua para que se modifiquem. Autossegmentos devem estar ligados a unidades que sejam capazes de suportá-los individualmente. (c) As linhas de associação não devem se cruzar no processo de ligação. É importante ressaltar que, ainda assim, violações a WFC podem surgir, mas, nesses casos, as mesmas engatilham regras de reparação para sanar o problema. Deve-se ressaltar, no entanto, que a melhor estratégia é sempre aquela na qual se utiliza um menor número de regras de reparação possível. Como demonstrado até aqui, originalmente a Fonologia Autossegmental ocupou-se da análise do tom. Entretanto, posteriormente percebeu-se que essa abordagem poderia estender-se a outros fenômenos fonológicos, como a harmonia vocálica e a harmonia nasal. Katamba (1990) afirma que, geralmente, no léxico, toda vogal é associada a um espaço V e toda consoante a um espaço C na camada esqueletal (isso pode ser observado em (3-B)). Em Luganda, existem vogais e consoantes geminadas, que, se comparadas às vogais breves e às consoantes simples, são mais longas e exigem maior força de articulação 4 Esses princípios são baseados em Pulleyblank (1986) e Archangeli (1983).

36 36 para serem produzidas. Consoantes geminadas surgem quando há mais de um espaço C para um segmento consonantal simultaneamente. Da mesma forma, isso acontece com as vogais, o que leva à violação à regra de associação de um-para-um exposta anteriormente: quando há mais de um espaço V para apenas um segmento vocálico, surge a geminação. O surgimento das geminadas pode ser observado em (18). (18) Surgimento das Geminadas em Luganda (A) Consoantes Geminadas C C V C V t a tta t a ta matar vamos (B) Vogais Geminadas C V V C V C V C V s i g a siiga s i g a siga pintar plantar

37 Morfologia Prosódica: histórico e fundamentos Todas as inovações feitas pela Fonologia Autossegmental a respeito da organização das representações fonológicas tornaram-se a matéria-prima do modelo adotado na presente análise: a Morfologia Prosódica. O fenômeno da Reduplicação no baby-talk é aqui analisado com base na Morfologia Prosódica, numa abordagem que envolve estratos derivacionais. Indo além de operações aglutinativas e comprovando que os moldes envolvidos no processo acessam primitivos prosódicos e devem, portanto, respeitar as condições de boa-formação, o modelo em questão prevê a atuação de filtros sobre um molde para formar uma base. Segundo McCarthy & Prince (1998), a Morfologia Prosódica nasce no estudo de línguas com profunda interação de constituintes fonológicos com morfológicos. Nesse sentido, pode-se afirmar que estruturas prosódicas têm papel relevante na construção de moldes e na formação da circunscrição morfológica. Segundo tal premissa, definem-se os princípios da Morfologia Prosódica: (i) Hipótese geral da MP Os moldes identificam a formação possível para determinados processos morfológicos e são expressos por unidades prosódicas, como mora (µ), sílaba (σ), pé (Σ) e palavra prosódica (ω);

38 38 (ii) Satisfação do Molde Processos morfológicos atuam em favor de um molde específico. O molde deve satisfazer obrigatoriamente às condições de boa formação (restrições), determinadas pelos princípios da prosódia universalmente definidos e levando em conta as línguas específicas às quais forem aplicadas. (iii) Circunscrição Prosódica Processos morfológicos atuam sobre um domínio que pode ser identificado por primitivos prosódicos. Dessa forma, operações morfológicas podem ser circunscritas segundo critérios prosódicos e levando em conta também critérios morfológicos da língua em questão. A maioria dos trabalhos produzidos com base na Morfologia Prosódica adota o conceito morfológico de morfema-base, amplamente difundido sob a denominação do modelo item-e-arranjo. Esse modelo teórico é baseado na conhecida hierarquia prosódica, esboçada abaixo, em (19): (19) Hierarquia Prosódica (SELKIRK, 1980) Palavra Prosódica Pé Sílaba PrWd Ft σ Mora µ

39 39 Com isso, sabemos que a menor unidade prosódica é a mora, a partir da qual formamos as sílabas e assim sucessivamente, até chegar à palavra prosódica no topo da hierarquia. É exatamente pela diferença em termos moraicos que podemos estabelecer a distinção entre sílabas leves e pesadas. De acordo com a teoria moraica, as sílabas podem ser leves, sendo abertas e contando apenas uma mora, como em do (consoante + vogal CV), ou pesadas, sendo fechadas ou contendo uma vogal longa, como em dor e paa, respectivamente (CVC ou CVV). A ilustração em (20), abaixo apresentada, exemplifica como se dá essa contagem: (20) Sílabas em Teoria Moraica Peso Silábico LEVES PESADAS σ σ σ µ µ µ µ µ d o d o r p a O peso silábico é fundamental para determinar metricamente o tipo de pé. Dessa forma, os pés são definidos moraica e silabicamente e divididos em três tipos distintos (HEYES, 1991): (a) troqueus silábicos, (b) troqueus moraicos e (c) iambos, como apontado em (21) a seguir.

40 40 (21) Padrões Acentuais (BISOL, 2005) 5 (a) Troqueu Silábico É um pé dissilábico, com proeminência acentual à esquerda. Insensível ao peso silábico, esse sistema acentual conta sílabas. ( *. ) σ σ (b) Troqueu Moraico Trata-se de um sistema sensível ao peso silábico, em que, a cada duas moras, formase um pé com proeminência acentual à esquerda. Nesse caso, quando ocorre uma sílaba pesada, ou seja, que já possua duas moras, também há a formação de um pé. Portanto, nesse sistema, duas estruturas são possíveis: ( *. ) ( * ) σ( σ( σ# (c) Iambo Este é o sistema acentual mais singular, pois, embora também leve em consideração o peso silábico, como o moraico, tem proeminência acentual à direita. Ele pode ser representado pelas seguintes estruturas: 5 Como a autora está interessada em observar a posição da cabeça, são omitidas da representação as informações acerca do peso das sílabas. Na apresentação a seguir, utilizaremos o símbolo ( para sílabas leves e # para as pesadas.

41 41 (. * ) ( * ) σ( σ# σ# Dessa forma, percebe-se que um pé formado por apenas uma sílaba leve é barrado pela teoria, evitando o surgimento de pés desgarrados. Isso é corroborado pela condição geral de formação de pés, exposta em (22): (22) Pés Binários: Pés são binários sob análise silábica ou moraica. Ora, se de acordo com a hierarquia prosódica toda palavra prosódica deve ser constituída de, no mínimo, um pé e, ainda, segundo a condição destacada em (22), afirmase que pés devem ser bimoraicos ou dissilábicos, isso quer dizer que toda palavra prosódica deve conter, pelo menos, duas moras ou sílabas, sendo estas monomoraicas. Segundo McCarthy & Prince (1998), a Reduplicação é um caso clássico para a Morfologia Prosódica, no qual seus princípios são muito visíveis. Nesse tipo de fenômeno, o material prosodicamente depreendido é uma cópia de segmentos da base, à qual o mesmo será adicionado como uma espécie de afixo. Há exemplos clássicos da Reduplicação analisados à luz do modelo em questão, como o caso do plural reduplicativo do Ilokano, descrito em (23) a seguir. Nessa língua, um prefixo é adicionado à base para formar o plural; entretanto, tal afixo é sempre uma sílaba pesada copiada da própria base.

42 42 (23) Reduplicação para formação de plural em Ilokano kaldín bode Kal-kaldín bodes Púsa gato Pus-púsa gatos kláse aula Klas-kláse aulas Constata-se, com esse caso, que no Ilokano o molde a partir do qual se forma o plural é sempre uma sílaba pesada, ou seja, bimoraica (σ µµ.) e que para tal formação é irrelevante a complexidade do onset envolvido no processo (veja kal vs klas). Por essa razão, esse pode ser considerado um caso clássico da Morfologia Prosódica, já que, segundo essa teoria, os moldes devem sempre ser definidos em termos autênticos da prosódia, exatamente como o Ilkoano faz, ao definir como reduplicante uma sílaba pesada. Outro ponto que torna esse caso ainda mais ilustrativo é o fato de o reduplicante tornar-se um afixo, como na maioria dos casos envolvendo Reduplicação. A Hipótese da Morfologia Prosódica, em conjunto com a Hierarquia Prosódica, considera a existência de um sem número de moldes possíveis para a formação de um reduplicante. A sílaba pesada do Ilokano, anteriormente analisada, é apenas um deles, pois até mesmo nessa língua podemos encontrar outros casos de Reduplicação nas construções morfológicas envolvendo moldes diferentes, como o caso da sílaba leve usada como molde (veja o exemplo em 24). Isso contraria a idéia inicial de que toda Reduplicação envolve simplesmente a cópia da primeira sílaba da base.

43 43 (24) Ilokano si + σµ coberto com jyaket jaqueta si-jya-jyaket usando uma jaqueta pandilin saia si-pa-pandilin usando uma saia Logo, levando em conta a satisfação ao molde, não será permitido, durante o processo, o surgimento de segmentos que não tenham sido anteriormente selecionados pela atuação da circunscrição prosódica. Entretanto, isso não quer dizer que não possa haver material fônico a ser descartado presente no molde. Segmentos que não satisfazem as boas condições de formação (restrições) podem estar presentes no molde; no entanto, os mesmos sofrerão a atuação dos filtros. Para uma melhor compreensão das instâncias envolvidas na Reduplicação, convém deter-se ainda em seus princípios com mais detalhes e exemplos em português. Nesse sentido, as análises feitas por Gonçalves (2004 e 2008) são importantes, posto que tratam de fenômenos marginais em português, como o caso da Reduplicação aqui desenvolvido. Dessa forma, sabe-se que a função selecionar os elementos mais indicados para uma boa formação dos vocábulos, é dos filtros. Essas condições podem ser referentes ao bloqueio de algum segmento no processo ou, até mesmo, à obrigatoriedade de outros. Outro princípio da Morfologia Prosódica já citado a circunscrição revela que critérios prosódicos e morfológicos circunscrevem as operações morfológicas. É por meio

44 44 da circunscrição que é localizada uma seqüência prosódica determinada, sempre menor que a base, através da função de parseamento (F). Segundo McCarthy & Prince (1990), a circunscrição pode ser negativa ou positiva. Circunscrição Negativa Quando ativada, mapeia uma parte da palavra-matriz, apagando-a. É uma circunscrição que envolve subtração dos segmentos mapeados, daí sua denominação como negativa. Logo, o material aproveitado será aquele não circunscrito, como no exemplo a seguir. (25) Circunscrição Negativa no Truncamento (GONÇALVES, 2008) circunscrição B A T E R I S T A (B A T E R) + A BATERA Esse caso de Truncamento em português é um exemplo de circunscrição negativa. O Truncamento é um processo através do qual se encurta uma base com o intuito de expressar carga emocional determinada; nele, o material circunscrito é subtraído. Aqui, a circunscrição é ativada da direita para a esquerda com o objetivo de mapear um troqueu moraico (-rista) e dissociar o onset da rima na segunda sílaba rastreada (r-is). O material fonológico restante, formado após a atuação da circunscrição no Truncamento em

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