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1 Universidade Federal do Rio de Janeiro A FORMAÇÃO DE DEDÉ E MALU : UMA ANÁLISE OTIMALISTA DE DOIS PADRÕES DE HIPOCORIZAÇÃO Bruno Cavalcanti Lima 2008

2 2 A FORMAÇÃO DE DEDÉ E MALU : UMA ANÁLISE OTIMALISTA DE DOIS PADRÕES DE HIPOCORIZAÇÃO Bruno Cavalcanti Lima VOLUME ÚNICO Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro como quesito para a obtenção do Título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Orientador: Prof. Dr. Carlos Alexandre Gonçalves Rio de Janeiro Agosto de 2008

3 3 A formação de Dedé e Malu : uma análise otimalista de dois padrões de hipocorização Bruno Cavalcanti Lima Orientador: Professor Doutor Carlos Alexandre Gonçalves Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Banca Examinadora: Prof. Doutor Carlos Alexandre Gonçalves UFRJ (orientador) Profa. Doutora Marília Facó Soares UFRJ / Museu Nacional Profa. Doutora Mônica Maria Rio Nobre UFRJ Profa. Doutora Carmen Teresa Dorigo UFRRJ, Suplente Prof. Doutor João Antônio de Moraes UFRJ, Suplente Rio de Janeiro Agosto de 2008

4 Lima, Bruno Cavalcanti. A formação de Dedé e Malu : uma análise otimalista de dois padrões de hipocorização / Bruno Cavalcanti Lima. Rio de Janeiro: UFRJ/FL, xi, 67f.: il.; 31 cm. Orientador: Carlos Alexandre Gonçalves Dissertação (mestrado)- UFRJ / FL / Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa), Referências Bibliográficas: f Fonologia. 2. Teoria da Otimalidade. 3. Morfologia Prosódica. 4. Hipocorização. I. Gonçalves, Carlos Alexandre. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. III. A formação de Dedé e Malu : uma análise otimalista de dois padrões de hipocorização. 4

5 5 SINOPSE Análise de dois padrões do fenômeno da hipocorização: o padrão com reduplicação à direita (André > Dedé), mais especificamente da sílaba tônica, e o padrão de antropônimos compostos (Maria Luíza > Malu). Análise dividida em dois momentos: através da Morfologia Prosódica, portanto derivacional, e através da Teoria da Otimalidade, baseada na atuação de restrições e na hierarquização das mesmas.

6 6 RESUMO A formação de Dedé e Malu : uma análise otimalista de dois padrões de hipocorização Bruno Cavalcanti Lima Orientador: Carlos Alexandre Gonçalves Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). Neste trabalho, analiso dois padrões de hipocorização: o de antropônimos compostos, que ocorre, por exemplo, em Malu (hipocorização do nome composto Maria Luíza ), e o que apresenta reduplicação à direita, mais especificamente da sílaba tônica, como ocorre, por exemplo, em Dedé (hipocorização do antropônimo André ). A análise se baseia na Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995), que segue os princípios da Otimalidade Clássica, estabelecidos em Prince & Smolensky (1993), sendo, por isso, igualmente otimalista e paralelista (Gonçalves, 2004). O hipocorístico deve constituir palavra mínima na língua e, por isso, não pode apresentar mais de um pé binário. Sendo assim, as restrições de tamanho são dominantes na hierarquia, seguidas pelas restrições de marcação e de fidelidade, nessa ordem. Como corpus, utilizo dados coletados em testes e dados que compõem o dicionário de hipocorísticos de Monteiro (1999), disponível em Para constatar a presença de padrões mais gerais, foram aplicados testes de aceitabilidade de formas. Para cada forma proposta nos testes, verifiquei qual delas sobressaía em relação às outras. Essa forma destacada seria, portanto, o output ótimo. Assim, um dos objetivos do trabalho é comprovar que as restrições de tamanho, no fenômeno da hipocorização, são as mais altas na hierarquia, superando as de marcação e de fidelidade. Rio de Janeiro Agosto de 2008

7 7 ABSTRACT The coinage of Dedé and Malu : an optimalist analysis of two patterns of hypocorization Bruno Cavalcanti Lima Orientador: Carlos Alexandre Gonçalves Abstract da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). In this work, I analyze two patterns of hypocorization: that of compound anthroponyms, wich occurs, for instance, in Malu (hypocorization of the compound first name Maria Luíza ), and that which presents reduplication on the right, more specifically of the stress syllable, as in Dedé (hypocorization of the anthroponym André ). The analysis is based on Correspondence Theory (McCarthy & Prince, 1995), which follows the Classical Optimality principles, established in Prince & Smolensky (1993), being, this way, equally optimalist and paralelist (Gonçalves, 2004). The hypocoristic should coin the shortest word possible in a given language and, thus, should not have more than one foot with two syllables. Therefore, constraints of size are dominants in the hierarchy followed by markedness constraints and faithfulness, in that order. As a corpus, I use data which have been collected in tests and data which are found in the dictionary of hypocoristics by Monteiro (1999), available at In order to establish positive evidence of more general patterns, tests of acceptability of forms have been run. For each form proposed in the tests, I have checked which one stood out in relation to others. That form would be, therefore, the optimum output. So, one of the aims of this work is to prove that constraints of size, in the phenomenon of hypocorization, are higher in the hierarchy, overtopping those of markedness and faithfulness. Rio de Janeiro Agosto de 2008

8 8 AGRADECIMENTOS Antes de tudo, devo agradecer a DEUS, em quem confio e espero. A Ele devo o que tenho e o que me tornei. Concluindo mais uma etapa importante da vida, louvo a DEUS por ter me possibilitado chegar ao fim. De forma especial e carinhosa, agradeço a todos os meus familiares, especialmente à minha esposa, por demonstrar amor e paciência a cada dia, e à minha mãe, por me amar e me ensinar a ser o que hoje sou. Não posso deixar de homenagear duas pessoas de quem tenho imensa saudade: meu pai e minha avó Giselda, essenciais em minha formação. Ao Professor Doutor Carlos Alexandre Gonçalves, pessoa fundamental em minha trajetória acadêmica como orientador e amigo, pelo apoio firme e constante, pelo grande conhecimento transmitido, pela paciência e, acima de tudo, por ter acreditado em mim. Aos amigos da Faculdade de Letras da UFRJ, pelos bons momentos de estudo e amizade. De maneira especial, lembro os amigos que participaram comigo da equipe de Redação do Projeto CLAC/UFRJ (Ana Carolina Morito, Erica Almeida, Hayla Thami, Juliana Segadas, Michelli Ferreira e Suelen Sales). Agradeço também às professoras orientadoras do Projeto: Ana Flávia Gerhardt, Aparecida Lino, Aparecida Pinilla, Filomena Varejão, Mônica Orsini e Violeta Rodrigues. Agradeço aos queridos amigos da Paróquia de São Jerônimo e ao seu antigo pároco, Padre Luiz Artur Falcão, meu amigo e pai espiritual. Aos amigos professores do Colégio São Conrado, Colégio São José, Centro Educacional da Lagoa, Curso Carpe Diem e Curso Tamandaré, pessoas queridas com quem divido boa parte do tempo. Aos meus queridos alunos, que me garantem bons momentos no decorrer de um cansativo dia de trabalho. Enfim, agradeço a todos os que torcem por mim.

9 9 Resplandecente é a Sabedoria, e sua beleza é inalterável: os que a amam descobrem-na facilmente; os que a procuram encontram-na. Ela antecipa-se aos que a desejam. Quem, para possuí-la, levanta-se de madrugada não terá trabalho, porque a encontrará sentada à sua porta. (Sabedoria 6,12-14)

10 10 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO O FENÔMENO DA HIPOCORIZAÇÃO BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS PARA O ESTUDO DA HIPOCORIZAÇÃO MORFOLOGIA PROSÓDICA TEORIA DA OTIMALIDADE Propriedades da OT A arquitetura da OT Teoria da Correspondência BASES METODOLÓGICAS O PROCESSO DE HIPOCORIZAÇÃO COM REDUPLICAÇÃO À DIREITA ANÁLISE VIA MORFOLOGIA PROSÓDICA ANÁLISE VIA TEORIA DA OTIMALIDADE Restrições de tamanho Restrição de acento Restrições de marcação Restrição de alinhamento Restrições de fidelidade Análise dos antropônimos O PROCESSO DE HIPOCORIZAÇÃO DE ANTROPÔNIMOS COMPOSTOS ANÁLISE VIA MORFOLOGIA PROSÓDICA ANÁLISE VIA OTIMALIDADE...67

11 Restrições de tamanho Restrições de marcação Restrições de acento Restrição de alinhamento Análise dos antropônimos CONSIDERAÇÕES FINAIS...77 BIBLIOGRAFIA...80 ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO

12 12 1. INTRODUÇÃO De acordo com Gonçalves (2004b), o português faz uso de processos nãoconcatenativos para expressar carga emocional variada ou para ampliar seu vocabulário, embora seja uma língua de morfologia predominantemente aglutinativa. Esses processos não-concatenativos, denominados processos marginais de formação de palavras, são analisados pelo autor sob a ótica de abordagens não-lineares, como a Morfologia Prosódica (McCarthy, 1986; McCarthy & Prince, 1990) e a Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995), uma extensão da Teoria da Otimalidade aplicada à morfologia (Benua, 1995). Não há dúvida de que o português seja uma língua de morfologia predominantemente aglutinativa. Exemplos como jornal-eiro (sufixação), in-feliz (prefixação), raíz-es (flexão), guarda-roupa (composição) e en-velh-ecer (circunfixação) manifestam-se pela concatenação de radicais ou de afixos, de maneira que se pode verificar a isolabilidade de morfemas. Há processos, entretanto, que revelam que o português também faz uso de categorias morfoprosódicas para formar uma nova palavra. Esses processos, segundo Gonçalves (2004b), são os seguintes: a reduplicação (pula-pula, brinquedo de parque de diversão), o truncamento (delega, para delegado), o cruzamento vocabular (sacolé, junção das bases saco e picolé), a siglagem (PT, para Partido dos Trabalhadores) e a hipocorização (Malu, para Maria Luíza). O objetivo do presente estudo é a análise de dois padrões do processo chamado hipocorização. Esse processo morfológico não-aglutinativo corresponde, de acordo com Gonçalves (2004a), ao encurtamento afetivo de antropônimos, resultando em uma forma

13 13 diminuta que mantém identidade com o prenome original. Gonçalves (2005) postula que existem quatro padrões de hipocorização: 1) o sistema default (Francisco > Chico); 2) o padrão que rastreia a margem esquerda da palavra (Eduardo > Edu); 3) o modelo que reduplica a margem direita da palavra (André > Dedé); 4) o padrão que reduplica os segmentos à esquerda da palavra (Viviane > Vivi). Além desses padrões apontados por Gonçalves (2005), existe, ainda, um quinto padrão, relacionado aos antropônimos compostos (Carlos Eduardo > Cadu). Neste trabalho, deter-me-ei nos padrões 3 e 5, ou seja, o padrão de reduplicação dos segmentos à direita e o padrão de formação de hipocorísticos a partir de nomes compostos. A análise baseia-se na Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995), visto que esta oferece instrumentos mais eficazes para o estudo da chamada Morfologia Não-Concatenativa e segue os princípios da Otimalidade Clássica, estabelecidos em Prince & Smolensky (1993), sendo, dessa maneira, igualmente otimalista e paralelista. Mostro, neste estudo, que o processo da hipocorização com reduplicação à direita, mais especificamente da sílaba tônica, não é um fenômeno variável, apresentando, portanto, um único output ótimo. Sendo assim, o antropônimo Mateus, por exemplo, admite como hipocorístico apenas a forma Teteu, e uma estrutura como Teu seria, por conseguinte, bloqueada. Dessa forma, para dar conta do fenômeno, as restrições de tamanho devem estar no topo da hierarquia, seguidas pelas de acento, de marcação e, por fim, de fidelidade. O processo de hipocorização com reduplicação à direita contrasta com o processo de hipocorização com reduplicação à esquerda, analisado por Silva (em preparação), no que concerne à variabilidade, posto que este admite que mais de um output possa emergir como ótimo, tal como ocorre com o antropônimo Luciana, que pode ser hipocorizado como Lu ou Lulu.

14 14 Deve-se ressaltar, no entanto, que alguns poucos antropônimos analisados no fenômeno da hipocorização com reduplicação à direita admitem variação. Assim, em nomes como Isabel e Raquel, dois outputs podem emergir como ótimos: o primeiro admite as formas Bebel e Bel, ao passo que o segundo permite que formas como Quequel e Quel sejam aceitas. Com relação ao processo de hipocorização de antropônimos compostos, sabe-se que se trata da junção de duas bases que se encurtam e que se combinam. Assim como no processo anterior, há a emergência de apenas um output ótimo, configurando, assim, mais um caso de invariabilidade. Para dar conta dos dois casos, as restrições de tamanho devem estar no topo da hierarquia, seguidas pelas de acento, de marcação e, por fim, de fidelidade. Como o hipocorístico deve constituir palavra mínima na língua e, por isso, não pode apresentar mais de um pé binário (Gonçalves, 2004a), as restrições de tamanho devem ser as mais bem cotadas da hierarquia, já que estas são responsáveis pelo encurtamento de antropônimos. Como se sabe, para haver encurtamento, alguma perda segmental deve ocorrer, o que prova que as restrições de fidelidade devem estar minimamente ranqueadas e que estruturas totalmente fiéis ao input jamais poderão ser consideradas hipocorísticas. O trabalho está estruturado da seguinte maneira: no capítulo 2, apresento o conceito de hipocorização e alguns exemplos relacionados aos cinco padrões mencionados acima. A seguir, no capítulo 3, apresento as bases teóricas e metodológicas para o estudo da hipocorização, ou seja, procuro descrever os principais dispositivos da Morfologia Prosódica e abordo a Teoria da Otimalidade e seus mecanismos, enfatizando a Teoria da Correspondência, sua versão mais recente; ainda nesse capítulo, detalho a metodologia empregada na execução da pesquisa. Finalmente, nos capítulos 4 e 5, parto para a análise

15 15 dos padrões mencionados. Com relação a esses capítulos, faz-se necessário ressaltar, como foi mencionado acima, que uma análise morfoprosódica, além da otimalista, também foi feita, com o objetivo de descrever e formalizar os padrões de hipocorização abordados na pesquisa. Dessa forma, o capítulo 4 mostra a abordagem morfoprosódica e otimalista do processo de hipocorização com reduplicação à direita, e o capítulo 5 faz o mesmo com o padrão dos antropônimos compostos. Por fim, o capítulo 6 sumariza as principais conclusões do trabalho.

16 16 2. O FENÔMENO DA HIPOCORIZAÇÃO Monteiro (1983, p. 83) define hipocorístico como o processo apelativo usado na linguagem familiar para traduzir carinho ou qualquer palavra criada por afetividade, incluindo-se aí certos diminutivos (filhinho, benzinho, maninha) e palavras oriundas da linguagem infantil (papai, titia, tetéia, dodói etc). Como se percebe, tal conceito é bastante amplo, o que fez com que Monteiro, no mesmo trabalho, delimitasse a definição. Assim, nas palavras do autor, em sentido estrito, o hipocorístico deve designar uma alteração do prenome ou nome próprio individual. Para Monteiro (1983, p. 83), então, a definição de hipocorístico restringe-se ao termo afetivo formado de um prenome ou sobrenome. Neste trabalho, assumo a definição de hipocorístico proposta por Gonçalves (2004a, p. 08). Para o autor, hipocorização é o processo morfológico pelo qual antropônimos são encurtados afetivamente, resultando numa forma diminuta que mantém identidade com o prenome ou com o sobrenome original. Sendo assim, Xande é um hipocorístico por se tratar de uma forma encurtada afetivamente que mantém identidade com o prenome original, no caso, Alexandre. Esse conceito, como se vê, conduz o leitor ao estabelecimento de uma distinção básica entre hipocorístico e apelido. O hipocorístico, nessa ótica, precisa manter identidade com o prenome; o apelido, entretanto, não. Uma forma como baixinho, por exemplo, pode ser considerada apelido de algum indivíduo, porém não pode ser considerada hipocorística, uma vez que não mantém identidade com antropônimo algum. Dessa forma, pode-se afirmar que todo hipocorístico pode ser considerado um apelido, mas nem todo apelido pode ser considerado um hipocorístico. Lançadas as definições de Monteiro (1983) e Gonçalves (2004a), nota-se que, em princípio, são semelhantes, não havendo diferença alguma para apontar. Deve-se ressaltar,

17 17 no entanto, que Gonçalves (2004a), assumindo que o pé básico do português é o troqueu moraico, postula que os hipocorísticos podem ser considerados as menores formas derivadas da língua. Assim, condições de palavra mínima devem ser impostas a esse processo, que bloqueia qualquer formação maior que duas sílabas e que não contenha pelo menos um pé, como se observa nos dados abaixo, em (01): (01) Penélope > *Nélope Rosângela > *Zângela Barnabé > *Bé Salomé > *Mé Como se viu, Monteiro (1983) não faz qualquer referência a condições de minimalidade, o que faz com que sua análise aceite as formas Angelito e Gelito como hipocorísticas de Ângelo, por exemplo. No presente trabalho, formas derivadas através de afixos não serão contempladas, o que faz com que estruturas como Angelito, Luluzinha e Bruninho não sejam aceitas como hipocorísticas, apesar da identidade com o prenome original. Deve-se levar em consideração que tais formas são polissílabas e, por isso, infringem a condição primeira de minimalidade, que bloqueia estruturas maiores que duas sílabas. Além disso, tais formas recebem sufixos afetivos variados (-ico, -inho) e, por isso mesmo, podem ou não sofrer encurtamento. No caso de Gelito, pode-se admitir uma redução a partir de um prenome já derivado sufixalmente ( Angelito ), o que evidencia um processo de minimização não a partir de um prenome morfologicamente simples, mas de uma forma estruturalmente complexa.

18 18 Deve-se ressaltar, ainda, que a hipocorização, nesta análise, corresponde ao que Benua (1995) chama de truncamento. Como, em português, há diferentes processos nãoconcatenativos de encurtamento, Gonçalves (2002a) estabelece essa diferenciação, reservando o termo hipocorização para a redução de antropônimos (hipocorísticos) e truncamento para a formação de outros nomes encurtados ( japa para japonês e boteco para botequim ). Para alguns autores, a hipocorização é concebida como fenômeno idiossincrático, imprevisível, assistemático e esdrúxulo (Cunha, 1975; Monteiro, 1987; Zanotto, 1989), operando com supressão de uma seqüência fônica do antropônimo. De acordo com Gonçalves (2004, p. 08), entretanto, o processo se mostra altamente regular quando se levam em conta primitivos prosódicos e aspectos da interface Morfologia-Fonologia. É justamente por isso que se fará, nesta pesquisa, uma análise da hipocorização segundo a Morfologia Prosódica. Através da análise morfoprosódica, perceber-se-á que o processo se caracteriza por um mapeamento dos segmentos melódicos do prenome para um molde prosodicamente definido (Mester, 1990). Como já se mencionou na Introdução, existem cinco padrões de hipocorização no português brasileiro, especificamente na variante carioca. O quadro a seguir, em (02), exemplifica os diferentes sistemas de hipocorização:

19 19 (02) Sistema 1 Sistema 2 Sistema 3 Sistema 4 Sistema 5 Francisco > Chíco 1 Eduardo > Edú André > Dedé Carlos > Cacá Carlos Eduardo > Cadú Gertrudes > Túde Rafael > Ráfa Barnabé > Bebé Leandro > Lelê Maria Luíza > Malú Isabel > Bél Patrícia > Páti Mateus > Tetêu Fátima > Fafá Maria Isabel > Mabél Leopoldo > Pôldo Natália > Náti Artur > Tutú Eduardo > Dudú Carlos André > Cadé Miguel > Guél Cristina > Crís Marli > Lilí Viviane > Viví Luiz Carlos > Lúca O sistema 1, analisado por Gonçalves (2005), é o mais produtivo e pode ser considerado padrão geral para a formação de hipocorísticos em português (padrão default). A principal característica das formas reduzidas por meio da hipocorização do sistema 1, como se pode perceber através dos exemplos, é a manutenção do acento lexical das palavras. Os sistemas 2 e 4 caracterizam-se pelo mapeamento dos segmentos localizados à margem esquerda da palavra, sendo que, no padrão 4, ocorre, conjuntamente, o fenômeno da reduplicação. O processo 3 é caracterizado pela reduplicação que ocorre na margem direita da palavra, mais especificamente da sílaba proeminente. O sistema 5, finalmente, consiste na hipocorização de nomes compostos, ou seja, na junção de duas bases que se combinam e se encurtam. Vale ressaltar que cada padrão comporta-se de uma maneira distinta e, portanto, as análises também serão distintas, pelo menos neste ponto da pesquisa. O antropônimo Eduardo, por exemplo, funciona como base para a criação de pelo menos quatro hipocorísticos: Dádo, Edú, Dú e Dudú. O primeiro hipocorístico é selecionado como forma 1 Utilizo o acento agudo sobre as vogais para indicar a localização das sílabas tônicas. Nos casos em que houver timbre fechado, utilizo o acento circunflexo.

20 20 ótima através do padrão default, a segunda forma emerge através de uma análise do sistema 2, e o terceiro e o quarto hipocorísticos são selecionados através do padrão 4, que tende a exibir alternância entre formas simples e formas reduplicadas (Silva, em preparação). Assim, como se vê, para cada sistema de hipocorização existe um ranking de restrições distinto, numa análise otimalista. Como se pôde perceber no presente capítulo, o processo da hipocorização é importante na descrição de alguns pontos da fonologia do português. Um desses pontos relaciona-se à tese de que o pé básico do português é o troqueu moraico, uma vez que, como já se discutiu, condições de palavra mínima são refletidas na formação de hipocorísticos. Considerando as palavras de Gonçalves (2004, p. 12), o troqueu moraico tem papel de destaque em processos de minimização, sendo, por isso, extremamente relevante na morfologia portuguesa. Além disso, Cabré (1994) postula que o argumento principal para que se considere o troqueu moraico como pé básico é sua pertinência em processos de minimização, a exemplo do que ocorre na hipocorização. De acordo com Collischonn (2005), o troqueu moraico considera o peso silábico, ou seja, conta as moras (unidades de tempo de que as sílabas são constituídas): cada duas moras formam um pé, com cabeça à esquerda. Sílabas pesadas têm duas moras, portanto formam sozinhas um pé. Na hierarquia prosódica (Nespor e Vogel, 1986), o pé é o constituinte que se localiza entre a sílaba e a palavra fonológica, como se vê em (03). Segundo Gonçalves (2004a), ocorre palavra mínima todas as vezes em que a palavra fonológica ( ) dominar um e somente um pé ( ). Sendo assim, monossílabos com rima ramificada ( mel, véu e lar ) e dissílabos com sílaba final leve ( mala, neve e tolo ) constituem palavras

21 21 mínimas em português. No caso dos monossílabos com rima ramificada, as duas moras do troqueu localizam-se numa sílaba única e, no caso dos dissílabos com sílaba final leve, as duas moras distribuem-se por duas sílabas leves. (03) palavra fonológica ( >> pé >> sílaba >> mora Hipocorísticos, portanto, requerem condições de palavra mínima e, por isso, bloqueiam qualquer formação maior que duas sílabas e que não contenha pelo menos um pé (Gonçalves, 2004a). Desse modo, a hipocorização, especialmente o sistema default, bem como os demais processos não-concatenativos de formação de palavras, pode trazer à tona importantes aspectos do sistema fonológico do português, servindo como evidência empírica para determinadas proposições teóricas, como a de que o pé básico da língua é o troqueu moraico.

22 22 3. BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS PARA O ESTUDO DA HIPOCORIZAÇÃO O presente capítulo tem por objetivo revelar os pressupostos teóricos e as bases metodológicas que fundamentaram a pesquisa. Sendo assim, o capítulo divide-se em três partes. Na primeira seção, apresento a Morfologia Prosódica, modelo teórico proposto por McCarthy (1986) e posteriormente revisto por McCarthy & Prince (1990 e 1993a). A seguir, na segunda seção do capítulo, discuto a Teoria da Otimalidade, enfatizando a Teoria da Correspondência, que, como já se afirmou na introdução, é uma extensão da Teoria da Otimalidade aplicada à morfologia não-concatenativa (Benua, 1995). Na terceira parte do capítulo, apresento as bases metodológicas utilizadas no trabalho. É importante ressaltar o motivo pelo qual incluí a Morfologia Prosódica na pesquisa, já que o objetivo primeiro do trabalho é a descrição dos fenômenos através da Teoria da Otimalidade. A análise morfoprosódica permite descrever o comportamento dos padrões de hipocorização aqui focalizados e, a partir disso, podem-se extrair generalizações importantes para o trabalho, pois, com base nessas generalizações, chega-se às restrições utilizadas na análise otimalista. Dessa maneira, pode-se afirmar que a análise morfoprosódica é vista, nesta pesquisa, como pano de fundo para a análise via Otimalidade. Além disso, como se mencionou no capítulo introdutório, alguns processos requerem categorias morfoprosódicas para a formação de novas palavras. Como a hipocorização é um desses processos não-concatenativos, justificam-se, assim, análises através da Morfologia Prosódica no presente estudo.

23 MORFOLOGIA PROSÓDICA A partir de Gonçalves (2008), pode-se afirmar que os trabalhos em Morfologia Prosódica dividem-se em duas fases. McCarthy (1979), tratando de fenômenos morfológicos não-concatenativos, postulou uma teoria prosódica que foi continuamente revisada até chegar à teoria denominada pelo autor de Morfologia Prosódica Circunscritiva. A segunda fase do percurso da Morfologia Prosódica, ainda de acordo com Gonçalves (2008), é marcada pela associação desse modelo à Teoria da Otimalidade (McCarthy & Prince, 1993a). Sendo assim, chega-se à Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995), modelo que oferece instrumentos mais eficazes para a análise de fenômenos morfológicos não-aglutinativos. Abordagens mais específicas sobre a Teoria da Otimalidade e a Teoria da Correspondência serão feitas na próxima seção deste capítulo. As origens dos estudos em Morfologia Prosódica relacionam-se à emergência da Fonologia Autossegmental (Goldsmith, 1976), já que a descrição da morfologia nãoconcatenativa começou a ser feita de maneira mais natural a partir do surgimento da Fonologia Autossegmental. Segundo Gonçalves (2008), McCarthy (1979, 1981) aplica os princípios desse modelo ao fenômeno da afixação descontínua encontrado numa grande variedade de línguas semíticas. Nas palavras de Gonçalves (2008, p. 01), a adaptação dos princípios da Fonologia Autossegmental a processos morfológicos como a infixação deu origem à Teoria da Morfologia Não-Concatenativa (McCarthy, 1979, 1981, 1982), que, mais tarde, desembocou na Morfologia Prosódica (McCarthy, 1986). A análise morfoprosódica feita neste estudo será com base no modelo proposto por McCarthy (1986) e revisto por McCarthy & Prince (1990, 1993a). Nessa versão da Morfologia Prosódica, os autores, nas palavras de Gonçalves (2008, p. 03), argumentam

24 24 contra moldes segmentais em favor de moldes prosódicos. Dessa forma, a Morfologia Prosódica é um modelo teórico que tem por objetivo explicar a interação Morfologia- Fonologia e, para chegar a esse fim, leva em consideração o papel mediador da Prosódia. Segundo Gonçalves (2004a), McCarthy & Prince (1990) postulam os seguintes princípios para a teoria: (01) (a) Hipótese Básica da Morfologia Prosódica: Moldes definem-se a partir de unidades da hierarquia prosódica: mora ( ), sílaba ( ), pé ( ) e palavra fonológica ( ). Além disso, constituem afirmação geral a respeito da estrutura possível de determinados processos morfológicos (Gonçalves 2004a, p. 10); (b) Condição de Satisfação ao Molde: O molde deve ser determinado por princípios universais da Prosódia ou por princípios de boa formação de línguas individuais; (c) Circunscrição Prosódica: O domínio sobre o qual determinadas operações morfológicas se aplicam pode ser mapeado por primitivos prosódicos, da mesma forma que, na morfologia concatenativa, afixos se circunscrevem a domínios morfológicos como raiz, tema e radical (Gonçalves 2004a, p. 10). O primeiro princípio estabelece que o molde é definido pelas categorias da hierarquia prosódica. Essas categorias definem-se de modo hierárquico e em termos de dominância. Dessa maneira, como se viu em (03), formalização apresentada no capítulo 2,

25 25 a palavra prosódica domina o pé, o pé domina a sílaba e esta domina a mora. Cada uma dessas unidades prosódicas define-se quando se leva em consideração a unidade de nível mais baixo. No nível mais baixo, está a mora, que serve para determinar o peso silábico. Assim, uma sílaba leve consiste de uma mora, e uma pesada, de duas. A sílaba, por sua vez, é o constituinte intermediado por dois níveis: a mora e o pé. Para McCarthy & Prince (1986), o pé, nas palavras de Gonçalves (2008, p. 04), é governado por uma restrição que requer que ele seja binário numa análise silábica ou numa análise moraica. A restrição de pé binário deriva a palavra mínima. De acordo com o segundo princípio exposto em (01), todos os elementos de um molde devem submeter-se a condições de boa formação prosódica. Ainda segundo esse princípio, não se admite que nenhum molde morfológico contenha material fonológico não mapeado pela circunscrição (terceiro princípio). Além disso, a Morfologia Prosódica permite, no molde, a presença de material fonológico que seja filtrado posteriormente por um conjunto de restrições de boa formação. Retomando (01), na formulação em (c), o domínio sobre o qual determinadas operações morfológicas se aplicam pode ser mapeado por primitivos prosódicos (Gonçalves 2004a, p. 10). Esse mapeamento é realizado pelo processo denominado de circunscrição prosódica, que é o terceiro princípio da Morfologia Prosódica chamada Circunscritiva. A circunscrição prosódica, de acordo com McCarthy & Prince (1990), pode ser tanto positiva quanto negativa. Na circunscrição prosódica positiva, o material rastreado é levado para o molde; já na circunscrição negativa, o material rastreado é descartado. Sendo assim, numa circunscrição negativa, um constituinte prosódico de uma forma é dissociado e a operação morfológica aplica o material remanescente. Já numa circunscrição positiva, o constituinte prosodicamente delimitado serve como a base de uma

26 26 operação morfológica (Gonçalves, 2008). Na hipocorização, processo em estudo nesta dissertação, a circunscrição prosódica pode ser definida como positiva. Em linhas gerais, pode-se dizer que o material escaneado do antropônimo pela circunscrição prosódica positiva é levado para o molde, para, a seguir, passar por uma filtragem constituída por restrições de boa formação. Se se admite a existência de um filtro atuando sobre o material fonológico mapeado pela circunscrição prosódica, diferenças entre o conteúdo que se mapeou e o que aparece nas formas de superfície podem ser compreendidas a partir do papel desempenhado pelas condições de boa formação sobre a porção da palavra-matriz (antropônimo) que se projeta para o molde (McCarthy & Prince, 1990). Com a atuação das condições de boa formação, por conseguinte, a identidade inputoutput é ainda mais sacrificada. O esquema abaixo, extraído de Gonçalves (2008, p. 07), ilustra o funcionamento da Morfologia Prosódica: (02) INPUT Circunscrição Prosódica (Condições de minimalidade) Condições de boa formação molde OUTPUT Como se percebe em (02), pode existir um nível de representação intermediário entre a forma de input e a forma de output, o que torna a Morfologia Prosódica um modelo transderivacional. Pode-se afirmar que o molde, gerado pelas condições de minimalidade que atuam no input, é uma forma de output que passa a ser forma de input sobre a qual podem atuar algumas condições de boa formação. A forma de output real emerge, então, quando essas condições são satisfeitas.

27 TEORIA DA OTIMALIDADE A Teoria da Otimalidade (doravante OT) surgiu nos anos 90, tendo como marco inicial os trabalhos de McCarthy & Prince (1993 a,b) e de Prince & Smolensky (1993). A OT é um modelo paralelista que trabalha com a avaliação de formas a partir de uma hierarquização de restrições, que objetiva, por sua vez, checar possíveis candidatos a output. Essas restrições possuem caráter universal, ou seja, são aplicáveis a quaisquer línguas. Além disso, cumpre salientar que a superioridade da abordagem otimalista em relação às outras vertentes teóricas descritas anteriormente é o fato de as restrições serem passíveis de violação, sendo esta fruto da satisfação a outro restritor melhor cotado na hierarquia Propriedades da OT A OT compartilha com os modelos gerativos que a antecederam a idéia de uma gramática universal e a concepção de mapeamento entre formas de input e de output. Devese ressaltar, entretanto, que, quanto à natureza dessa gramática e quanto ao funcionamento desse mapeamento, há diferenças significativas entre a OT e os modelos anteriores. Essas diferenças devem ser abordadas a partir das chamadas propriedades fundamentais da OT, estabelecidas em McCarthy & Prince (1993b), que são: violabilidade, ranqueamento, inclusividade e paralelismo. A opção pelas restrições universais violáveis, em substituição à formulação de princípios universais invioláveis, confere à OT, nas palavras de Schwindt (2005, p. 258), um caráter mais econômico, além do ganho explicativo, na medida em que cresce em

28 28 universalidade. Nas abordagens serialistas, a violabilidade pressupõe agramaticalidade. Na OT, no entanto, a violação pode implicar em um resultado gramatical. As restrições são violáveis, mas o grau de violação é mínimo. A propriedade denominada ranqueamento é fundamental para que se pense no conceito de gramática na OT. Como já se mencionou, existe, para a teoria, uma gramática universal, que é representada pelo conjunto de restrições, e, além da gramática universal, existe a particular, representada pelo ranqueamento dessas restrições nas distintas línguas. Dessa forma, o que distingue uma língua de outra é o fato de uma língua ranquear um conjunto de restrições de uma maneira e a outra, de modo distinto, priorizando certas exigências, em detrimento de outras. A violação de uma restrição pode ser tolerada, se isto servir para não violar outra restrição que ocupa um lugar alto no ranking de prioridades de uma língua. O conceito de inclusividade está diretamente relacionado à geração de candidatos a output. De acordo com Schwindt (2005, p. 260), a geração de candidatos deve ser suficientemente restrita de forma a não produzir expressões ou análises que não respeitem propriedades gerais de boa formação. O princípio que gera candidatos em OT, contudo, é universal e, por isso, qualquer porção de estrutura lingüística pode ser apresentada como um candidato. Na OT, a escolha do candidato ótimo é realizada por uma avaliação que considera, em paralelo, todos os candidatos e todo o ranqueamento de restrições, e é isso que define a propriedade conhecida como paralelismo. Sendo assim, conclui-se que a OT não concebe derivacionismo 2 e opõe-se, portanto, às teorias que a precederam. 2 Pelo menos as propostas aqui resenhadas. Não é o caso, entretanto, da proposta de Kiparsky (1998).

29 A arquitetura da OT Como já foi mencionado, a gramática da OT trabalha com a idéia de mapeamento entre formas de input e formas de output. Por conta disso, a teoria faz uso de um mecanismo gerador de possíveis outputs, a partir de um input. Esse mecanismo é chamado de GEN (gerador de output, do inglês generator). Além do mecanismo GEN, a OT conta com um mecanismo avaliativo chamado EVAL (avaliador de output, do inglês evaluator). A finalidade do mecanismo EVAL é associar um output ideal a um input e eliminar o que não for aceitável. A partir do elemento LEXICON, GEN cria livremente candidatos a output, e EVAL compara esses possíveis outputs com base num conjunto universal de restrições CON (do inglês constraints) organizadas em uma escala de relevância. O elemento LEXICON é o componente responsável pelo fornecimento das especificações do input. É no léxico que encontramos as propriedades contrastivas dos morfemas. O input, por sua vez, não se submete à ação das restrições, ou seja, a forma subjacente não está sujeita a avaliações. Como já se afirmou, o mecanismo GEN gera outputs a partir de um input. Haverá, para um determinado input, um conjunto de realizações que o sistema da língua aceita como possíveis (ou impossíveis). Na prática, alguns não ocorrem e, por isso, serão eliminados. Outros, por serem mais ou menos marcados, representam candidatos com distintos graus de aceitabilidade. Segundo Prince & Smolensky (1993), existem três princípios que se relacionam ao componente GEN: Liberdade de Análise, Contenção e Consistência de Exponência. De acordo com a premissa de Liberdade de Análise, qualquer porção de estrutura lingüística pode formar um candidato. O princípio da Contenção, por sua vez, age como um inibidor

30 30 de Liberdade de Análise, pois exige que o input esteja presente em cada candidato. O princípio de Consistência de Exponência impede que GEN altere especificações fonológicas (segmentos, moras, etc.) de um morfema. CON representa o conjunto de restrições violáveis. As restrições usadas na teoria estão presentes em todas as línguas e o que diferencia uma língua da outra é o grau de atuação e relevância de cada uma. Dessa forma, as restrições são universais, mesmo que apresentem diferentes graus de relevância. O que estabelece a relevância e a atuação das restrições é a hierarquia que cada língua apresenta. Uma restrição pode estar no topo do ranking de uma determinada língua e estar muito mal cotada no ranking de outra. De acordo com Schwindt (2005, p. 266), as restrições, basicamente, são de dois tipos: restrições de marcação e restrições de fidelidade. A família fidelidade trabalha em favor da manutenção da identidade entre input e output; sendo assim, o output ótimo não deve apresentar discrepância em relação à forma subjacente. Fazem parte dessa família, por exemplo, as restrições que proíbem inserções e apagamentos. A família marcação, por sua vez, milita em favor da manutenção de estruturas mais básicas e, com isso, busca evitar que formas marcadas cheguem à superfície. Por exemplo, segundo Schwindt (2005, p. 266), há uma tendência universal que mostra a preferência por sílabas abertas (padrão CV), o que faz com que, por conseguinte, as sílabas sem coda sejam consideradas formas nãomarcadas. O componente central da OT é o mecanismo EVAL, que, como já se mencionou, é o elemento responsável por selecionar, utilizando o conjunto universal de restrições (CON), o output ótimo a partir do grupo de candidatos gerado por GEN. Nas palavras de Costa (2001, p. 134), EVAL cria uma ordem (ou ranking) entre as restrições de acordo com sua relativa harmonia, ou seja, de acordo com o poder que cada uma delas tem de agir,

31 31 permitindo ou não violações e, desta forma, fazendo as devidas seleções entre os candidatos do output Teoria da Correspondência De acordo com Gonçalves (2005, p. 77), as formas de output tendem a ser geradas pelo conflito entre restrições de marcação e de fidelidade. As relações de marcação configuram a estrutura segmental dos candidatos a output, enquanto a fidelidade implica uma relação de correspondência entre o input (I) e o output (O). A questão que se levanta, então, é que a OT Clássica permite que a fidelidade somente se dê em uma relação I-O. Com isso, questões relacionadas à interface Morfologia-Fonologia acabaram se tornando mal comportadas dentro da perspectiva otimalista clássica. Por isso, McCarthy & Prince (1995) desenvolveram a Teoria da Correspondência. Essa teoria estrutura-se da mesma forma que a OT Clássica, afinal é uma vertente desta, mas a grande diferença está na ampliação na noção de fidelidade, já que esta não mais se restringe à relação I-O, mas, ao contrário, expande-se para outros domínios lingüísticos. A Teoria da Correspondência é, por isso, uma versão da OT Clássica que tem o objetivo de generalizar o conceito de identidade, de maneira a difundi-lo para a análise de outros processos. Portanto, a OT Clássica não descreve satisfatoriamente processos morfológicos como a hipocorização, já que estes, além do input e do output, requerem outras entidades representacionais. A noção de correspondência pode ser entendida da seguinte forma: uma camada S1 e uma camada S2 admitem uma relação R, ou seja, uma relação entre camadas; daí a necessidade de expandir as relações de correspondência para outros níveis de análise,

32 32 como, por exemplo, a reduplicação, cuja identidade envolve relação entre uma base e um reduplicante, além, é claro, da relação entre o input e o output. O fornecedor das estruturas correspondentes é, como já se mostrou, o mecanismo GEN, cuja função é gerar formas candidatas a output e, conseqüentemente, estruturas correspondentes. A avaliação dos candidatos gerados por GEN se dá a partir de EVAL. O avaliador considera cada par de candidatos e suas respectivas relações de correspondência e, assim, chega-se ao output ótimo. Cabe apresentar, por fim, algumas comparações entre os modelos serialistas (abordagens gerativas anteriores à OT) e os paralelistas. De acordo com McCarthy & Prince (1995), o principal empecilho das abordagens derivacionais reside no fato de estas não poderem avaliar apropriadamente a noção de identidade. Por outro lado, na Teoria da Correspondência, as restrições de fidelidade atuam em outros domínios que envolvem identidade entre representações lingüísticas (base-reduplicante, base-truncamento, inputoutput), o que nos permite afirmar que esse modelo possibilita uma melhor análise da morfologia não-concatenativa, na qual se encaixa, como já mencionado, o processo da hipocorização, foco deste trabalho. Nas abordagens serialistas, a violabilidade pressupõe agramaticalidade. Na OT, no entanto, a violação pode implicar em um resultado gramatical, visto que a violabilidade, como já se mostrou, é mais uma premissa básica do modelo. As restrições são violáveis, mas o grau de violação é mínimo. Na OT, não há um output previamente definido; há candidatos a output. Outputs, então, podem emergir violando restrições, desde que os outros candidatos violem mais, satisfazendo menos a hierarquia. A hierarquia de relevância também é uma das premissas da OT, ou seja, a violação de uma restrição pode ser tolerada, se isto servir para não violar uma outra restrição que ocupa um lugar alto na hierarquia das

33 33 restrições (ranking). Se a OT opera através de uma hierarquia de relevância, os modelos derivacionais operam através da parametrização e da ordenação de regras. Além disso, como se sabe, análises serialistas requerem estágios intermediários de derivação, sendo, portanto, mais custosas que as análises paralelistas, já que estas atuam através da avaliação de formas, como é o caso da OT. 3.3 BASES METODOLÓGICAS Para validar os dados referentes ao processo estudado, foram aplicados dois testes de aceitabilidade de formas a vinte informantes. Os testes foram constituídos de quatro questões cada um (ver anexos 1 e 2). Na primeira questão, davam-se ao informante dez antropônimos para que ele indicasse o hipocorístico correspondente a cada forma. O informante era instruído a fornecer, para cada nome constante da lista, uma forma mais íntima e mais carinhosa de chamar pessoas que se chamam X. Na questão seguinte, faziase o contrário: dava-se a forma encurtada para que o informante recuperasse o antropônimo correspondente. A seguir, na terceira questão, forneciam-se nomes próprios e algumas opções de formas encurtadas para que o entrevistado marcasse opções que lhe parecessem comuns. A questão final foi considerada a mais difícil pelos informantes, já que deveriam encurtar nomes dissílabos, como, por exemplo, Áurea e Lana. Deve-se salientar que o primeiro teste relacionava-se ao processo de hipocorização com reduplicação à direita, e o segundo, ao processo de hipocorização de antropônimos compostos. A terceira e a quarta questões, entretanto, foram idênticas nos dois testes. Alguns fatores foram observados para a execução dos testes, como o sexo, a idade e a escolaridade dos informantes. Assim, dos vinte testes aplicados, dez foram respondidos

34 34 por homens, e os outros dez, por mulheres. A idade dos entrevistados variava de sete a mais de quarenta e cinco anos. Quanto à escolaridade, esta variava da primeira série do ensino fundamental até o ensino superior completo. Vale ressaltar que uma fase preliminar de recolha dos dados foi feita no Dicionário de Hipocorísticos elaborado por Monteiro (1999), disponível em Concluídos os testes aplicados, criou-se uma tabela de tendências com os seguintes objetivos: propor candidatos com base em critérios objetivos; detectar o output ótimo, isto é, a forma que se destaca em relação às demais; comparar os dados coletados no Dicionário de Hipocorísticos com os padrões apresentados nos testes; e verificar o aparecimento de outros candidatos, o que pode implicar na existência de um output sub-ótimo. Os capítulos 4 e 5, como já mencionado no capítulo introdutório, tratarão das análises morfoprosódica e otimalista dos dois processos de hipocorização estudados nesta pesquisa. Para efeito de uniformidade e melhor compreensão do trabalho, saliento que, na análise via Otimalidade, trabalho sempre com cinco candidatos e posiciono o candidato ótimo sempre na primeira linha do tableau. A expressão tableau é utilizada para designar tabelas ou quadros que contêm, na horizontal, as restrições, hierarquizadas por relações de dominância e, na vertical, os outputs possíveis, a partir de um dado input. Abaixo, em (03), verifica-se o funcionamento de um tableau. (03) /festa/ *COMPLEX NÃO-CODA a. fes.ta * b. fe.sta *!

35 35 O candidato b foi eliminado do ranqueamento porque infringiu a restrição mais bem cotada da hierarquia, *COMPLEX, visto que fe.sta possui um ataque com dois elementos na segunda sílaba e essa restrição não permite ataques complexos. A violação é indicada pelo símbolo * e, nesse caso, representa uma violação fatal, representada pelo símbolo!, já que o candidato b está fora da disputa a partir daquele ponto de análise. O candidato a, embora tenha violado uma restrição, ao permitir uma consoante fechando a primeira sílaba, sai como vencedor, posto que a restrição NÃO-CODA está mais baixa na hierarquia. O candidato vitorioso é indicado pelo símbolo e as células sombreadas informam que ali o mecanismo de avaliação é inoperante, já que aquelas restrições não colaboram mais para a escolha do output ótimo. Além disso, vale mencionar que quatro antropônimos serão analisados em cada capítulo. Na análise do processo de hipocorização com reduplicação à direita (capítulo 4), foram escolhidos os antropônimos André, porque apresenta complexidade no onset; Artur, posto que apresenta uma coda na sílaba proeminente; Mateus, pois possui dois segmentos na posição de coda na sílaba tônica: um vocálico e um consonantal; e Isabel, que, além de apresentar coda na sílaba proeminente, é um candidato que apresenta variação. Para o capítulo 5, que trata do processo de hipocorização de nomes compostos, foram selecionados os antropônimos Maria Luíza, que é um nome bastante regular do ponto de vista estrutural, pois apresenta os dois nomes iniciados por sílabas com onset e não apresenta coda; Carlos Artur, devido à presença de coda nos dois nomes e ao fato de o segundo nome não se iniciar por sílaba com onset; Carlos André, visto que apresenta coda no primeiro nome, não possui onset na primeira sílaba do segundo nome e, além disso,

36 36 apresenta complexidade no onset da segunda sílaba do segundo nome; e Eduardo Carlos, que foi escolhido principalmente pelo motivo de ter como output ótimo uma forma terminada em a (Dúca). Na análise desse antropônimo, mostrarei a pertinência desse fato.

37 37 4. O PROCESSO DE HIPOCORIZAÇÃO COM REDUPLICAÇÃO À DIREITA O objetivo deste capítulo é a análise morfoprosódica e otimalista do processo de hipocorização com reduplicação à direita, mais especificamente da sílaba tônica, como acontece, por exemplo, em Bebél e Tetêu, hipocorísticos de Isabel e Mateus, respectivamente. Como mencionado brevemente na Introdução, o processo em análise não permite, de maneira geral, variação. Isso significa que apenas um output pode emergir como ótimo nessa análise. Dessa forma, o antropônimo Jurandir, por exemplo, permite apenas Didí como forma hipocorística e uma estrutura como Dí seria, por conseguinte, bloqueada. Poucos antropônimos que se inserem nessa análise, no entanto, admitem variação de formas. Esse é o caso de nomes como Raquel e Isabel, que permitem que os hipocorísticos Quequél / Quél e Bebél / Bél venham à superfície como formas ótimas. Silva (em preparação) analisa o processo de hipocorização com reduplicação à esquerda e revela dados contrários ao processo em estudo. Nos casos de hipocorização com reduplicação dos segmentos à esquerda, a variação é regra, não exceção. Sendo assim, o antropônimo Fátima admite as formas Fafá e Fá como hipocorísticas. A seguir, em (01), exibo os dados colhidos nos testes referentes ao fenômeno da hipocorização com reduplicação dos segmentos à direita. Embora já tenha sido tratado no capítulo anterior, mais especificamente na seção que abordou a metodologia, faz-se necessário salientar que as formas apresentadas como ótimas são oriundas da aplicação dos testes. Após a conclusão dos testes, verifiquei a forma que se destacava em relação às demais, e essa forma, portanto, constitui o output ótimo. No caso dos nomes nos quais se verificou variação, percebi que as duas formas citadas como possíveis emergiram como

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