DOCUMENTOS PARA ALPINISMO INDUSTRIAL E SUAS FUNÇÕES CONFORME NORMAS E REGULAMENTAÇÕES BRASILEIRAS.
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1 DOCUMENTOS PARA ALPINISMO INDUSTRIAL E SUAS FUNÇÕES CONFORME NORMAS E REGULAMENTAÇÕES BRASILEIRAS. 1 OBJETIVO Estabelecer condições gerais e procedimentos para execução de trabalhos em altura, utilizando o acesso por cordas. 2 CAMPO DE APLICAÇÃO Este procedimento se aplica a todas as obras com atividades onde possam ser executados trabalhos com acesso por cordas (Técnica de Alpinismo Industrial) em equipamentos, tubulações e estruturas em unidades industriais. 3 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Vertical Caving, Meredith e Martinez; Lyon Equipament, UK Guides Lines / IRATA NR 06; NR 09; 4 DEFINIÇÕES 4.1. EPI Equipamento de Proteção Individual Em acesso por cordas ou escalada industrial, os EPIs são fundamentais para garantir a integridade do colaborador. Além dos EPI s básicos, são necessários para a proteção em situações com risco de vida por queda, os harness (cintos de segurança) e demais acessórios destinados a ligar o escalador à estrutura. 4.2 Fitas e Anéis Expressos São instrumentos utilizados para fazer as ancoragens. Vale ressaltar que as fitas são quase descartáveis. Pelo alto custo desses acessórios, sua utilização se dá, na maioria das vezes, em operações de inspeção e montagem de estruturas. 4.3 Mosquetão Material fabricado em usina e com rígidas normas de qualidade e segurança. Este equipamento tem uma capacidade de ruptura com a trava de segurança fechada variado de 22KN a 41KN. Foi projetado para sofrer pressão no sentido de seu maior eixo e com sua trava fechada.
2 4.4 Cordas As mais modernas cordas são fabricadas segundo critérios preciosos e severamente controladas pelo UIAA. As cordas possuem um fator de elasticidade, garantindo assim maior conforto ao seu usuário e sua maior resistência evitando assim impacto ao corpo do colaborador. No alpinismo industrial são classificadas em dinâmicas (de alto estiramento) e estáticas (de baixo estiramento ou elongação). 4.5 Trava Quedas Ideal para trabalhos no sentido vertical e com risco de queda, este dispositivo de segurança é acionado no caso de uma movimentação brusca. 4.6 Capacetes Equipamento fundamental para todos os tipos de trabalhos, protege a parte mais importante do nosso Corpo. São feitos de materiais leves, resistentes e de forma adaptável ao formato da cabeça de cada Indivíduo.
3 4.7 Baudrier (cadeira de segurança) Cadeira de segurança que se pode fazer a amarração na região da cintura ou cintura/ombro/costas/tórax, cujo objetivo é ligar o usuário à(s) corda(s) e/ou carregar materiais fixados em suas presilhas. 4.8 Luva e Óculos Equipamentos destinados à proteção das mãos e olhos com intuito de prevenir eventuais acidentes como cortes, perfurações, etc. 4.9 Colete salva vidas Utilizado somente em situações em que o colaborador possa sofrer risco de queda em ambientes Marítimos.
4 4.10 Acessórios de proteção das cordas Materiais utilizados na proteção das cordas em contato com quinas, objetos cortantes, cantos vivos, ou outros que possam causar danos às fitas e cordoletes Aparelhos de fixação e ancoragem Fitas e cordoletes Servem principalmente para ancoragem, confecção de estribos, segurança de equipamentos no trabalho, estabilidade do trabalhador em estruturas e transportes de materiais Clifhanger Gancho com formato de anzol de pesca que serve para a estabilidade do colaborador em alguma estrutura, evitando assim pêndulos.
5 4.12 Aparelho de ascensão Jumar Equipamento utilizado para funcionar na direção de subida, impedindo a descida involuntária do Usuário Estribos Utilizados em conjunto com o jumar, cuja função é dar apoio aos pés exercendo pressão, facilitando a movimentação vertical do escalador Equipamentos de descidas Descensores Equipamentos de descidas com dispositivo auto-blocante. Permitem a descida rápida do escalador. Devem ser utilizadas cordas de 10mm e 11,5mm.
6 Polia para cabo de aço Tamdem Carle ou Tamdem Speed Ideal para deslocamento em cabos de aço ou cordas apropriadas e outros modelos utilizados para Resgate Grilon Cabo de ancoragem regulável para posicionamento em trabalho suspenso Ancoragem São os locais escolhidos como pontos de fixação do sistema de descida, sendo do supervisor a responsabilidade da sua escolha. Deve ser feito em dois ou mais pontos independente e observada a necessidade de proteção às fitas no caso de cantos vivos. 5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES 5.1 Cuidados preliminares
7 5.1.1 Inspeções de equipamentos Diretiva CEE Relativa à utilização de EPIs, impõe que todos os usados sejam submetidos a testes periódicos pelo menos a cada 12 meses, verificando em tempo qualquer deterioração nos equipamentos e evitando assim uma situação de risco. Esta é uma medida adicional que exige a verificação a cada utilização do equipamento para que permaneça em conformidade. É recomendado pelos fabricantes de EPIs para escalada as seguintes práticas: - inspecionar todo o equipamento também após sua utilização. - inspecionar detalhadamente a cada três meses os componentes de origem têxtil. - inspecionar anualmente, de forma detalhada, os componentes metálicos. O escalador deve retirar de uso e informar imediatamente ao supervisor qualquer anormalidade encontrada. As datas e os resultados das verificações anuais devem ser registrados em uma ficha técnica específica. Neste registro deve ser detalhado o modelo, número de série, ano de fabricação, data da compra, data da primeira utilização, nome do escalador, etc EPIs que necessitam de ficha de inspeção - Cordas - Harneses - Capacetes - Longes - Absorvedores de energia - Amarrações provisórias - Descensores - Bloqueadores - Conectores - Roldanas - Ascensores Além dos equipamentos acima recomenda-se verificar as condições dos capacetes (certificação UIAA e CE ) e macacões (íntegro, limpo, indicação do nome e tipo sanguíneo do usuário) Planejamento das inspeções Objetiva assegurar que as inspeções sejam realizadas nas datas requeridas. Uma tabela resumo com todos os EPIs deve ser mantida contendo os produtos identificados pelo nome, modelo, número de série, as datas da última e da próxima inspeção e quando se deve parar de utilizá-lo Manutenção, preservação e armazenagem dos EPIs A manutenção, preservação, limpeza, lubrificação e armazenagem adequadas dos EPIs são condições fundamentais para seu perfeito funcionamento, e para prolongar a sua vida útil, 5.2 Equipe de trabalho
8 Uma equipe de escaladores deve ser constituída, no mínimo de 2 colaboradores sendo 1 supervisor de escalada e 1 escalador. O escalador que executa o serviço é chamado de escalador principal ou executante. A pessoa responsável pelo sistema de cordas de segurança é o backup. O backup geralmente é o supervisor e pode dar assistência para até 8 pessoas, dependendo do sistema de cordas adotado ou tipo de equipamento de trabalho. O supervisor é também o responsável pelo resgate, caso seja necessário. 5.3 Técnicas de utilização do equipamento Rapel simples Descida direta e retilínea (sem obstáculo) Rapel complexo Descida não retilínea, onde o escalador deve mudar a fixação da corda para aproximação do objeto. Durante as operações, um escalador executa os serviços, outro e o encarregado de acesso ficam em local estratégico que permita observar de maneira constante o executante e os pontos de resgate para, se necessário, efetuarem alguma intervenção. O escalador deve sempre escolher 2 ou mais pontos independentes para realizar a ancoragem, sempre observando os cantos vivos, de maneira a não prejudicar o equipamento. As cordas utilizadas sempre serão no mínimo 2, sendo uma a principal e a outra a de segurança ou backup. Os nós utilizados, bem como a liberação das linhas de trabalho são de responsabilidade do supervisor. 5.4 Métodos de descida Método de descida diagonal (sistema em V) É o método de descida onde o escalador utiliza tração natural das cordas para descida diagonal Método de descida horizontal (tirolesa ou sistema em U) É o método de descida onde o escalador utiliza cordas tradicionais horizontalmente para progressão vertical Método de descida vertical (sistema em I) É o método de descida em linha reta utilizando os sistemas principais e segurança na mesma linha de descida. 5.5 Resgate Situações de resgate Resgate em locais livres O resgate pode ser realizado de duas maneiras, ou seja, com o escalador consciente ou desacordado, sendo o sistema utilizado o de ascensão pela corda de backup Resgate em locais de difícil acesso
9 É o resgate realizado com a montagem de um outro sistema de cordas e a descida/subida de outro escalador Resgate em ambiente confinado Observar se o local é seguro para a descida de um outro escalador. Deve ser preparado um outro sistema independente para sua movimentação e observadas as necessidades de primeiros socorros no local, descida de macas, utilização de comunicação, de ar mandado ou de equipamento de respiração autônoma. Deve ser sempre usado nessa situação, rádio para comunicação Técnica de resgate As técnicas de resgate se diferenciam em função da vítima estar consciente ou não. Na segunda possibilidade torna-se necessária a descida de macas, um sistema independente de movimentação etc. 6 REGISTROS Retenção Identificação Coleta Indexação Acesso Arquivo Armazenagem Ativo Inativo Tabela de Inspeções Obras Cronológica Obras Meio fisico Pasta suspensa 2 anos 5 anos 7 ANEXOS Não aplicável. REVISÃO ITEM HISTÓRICO DA REVISÃO 1 2 Todos todos Verificação da adequação sem alteração Verificação da adequação sem alterações DATA DA REVISÃO 25/05/ /03/2010
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