TESTES SOROLÓGICOS ANTI-PGL-1 NO MONITORAMENTO DO TRATAMENTO DA HANSENÍASE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TESTES SOROLÓGICOS ANTI-PGL-1 NO MONITORAMENTO DO TRATAMENTO DA HANSENÍASE"

Transcrição

1 CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG Universidade Federal de Ube Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Gra DIRETORIA DE PES COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIEN 28 UFU 3 TESTES SOROLÓGICOS ANTI-PGL-1 NO MONITORAMENTO DO TRATAMENTO DA HANSENÍASE Mariana Pena Costa 1 Universidade Federal de Uberlândia. Avenida Amazonas s/n, Bloco 6T, sala 5. Cep: mariana.penacosta@gmail.com. Isabela Maria Bernardes Goulart 2 Universidade Federal de Uberlândia. Avenida Pará, Bloco 2H. isagoulart@centershop.com.br. Resumo: Testes laboratoriais são imprescindíveis no monitoramento do tratamento da hanseníase, pois evitam a transmissão contínua do bacilo. O objetivo deste estudo foi avaliar os testes ELISA e ML-Flow para detecção de IgM anti-pgl-1 visando o monitoramento da poliquimioterapia (PQT) de pacientes com hanseníase. Observou-se que ambos correlacionaram-se com forma clínica e baciloscopia. O ELISA apresentou maior positividade geral que o ML-Flow. Após o tratamento os resultados das sorologias e do índice baciloscópico (IB) apresentaram declínio, o qual foi mais significativo no ELISA e IB (p<,5). A negativação foi maior no ELISA. No teste Mitsuda, observou-se que a resposta celular é revigorada na alta, exceto no pólo V. Houve uma relação inversa entre o teste Mitsuda e as sorologias. O ELISA anti-pgl-1 é uma ferramenta eficaz no monitoramento do tratamento da PQT e essencial em Centros de Referência que desenvolvem a assistência da alta complexidade, ensino e pesquisa em hanseníase. Palavras-chave: hanseníase, PGL-1, sorologia. 1. INTRODUÇÃO A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, um parasita intracelular obrigatório, com predileção pela célula de Schwann e pele (ARAÚJO, 23). A infecção pelo M. leprae pode variar de uma doença paucibacilar (PB), na qual poucos bacilos estão presentes, a uma doença multibacilar (MB), na qual uma grande carga bacilar está presente no indivíduo (GOULART et al., 22). A hanseníase é uma doença polimorfa com uma ampla apresentação clínica classificada por Ridley e Jopling (1966). De acordo com o espectro, os pacientes de hanseníase são classificados apresentando dois pólos estáveis, tuberculóide (T) e virchowiano (V), e entre as formas polares encontramse as formas instáveis classificadas como dimorfas, sendo estas, dimorfa-tuberculóide (DT), dimorfa-dimorfa (DD) e dimorfa-virchowiana (DV) (RIDLEY; JOPLING, 1966). Vários estudos demonstram que no pólo V da doença, os pacientes apresentam altos títulos de anticorpos específicos (CHO et al. 21; ANANIAS et al. 22). No entanto, estes mesmos pacientes possuem fracas ou até mesmo uma anergia às respostas mediadas por células aos antígenos deste parasita. Ao contrário disso, os pacientes do pólo T apresentam 1 Acadêmica do Curso Ciências Biológicas. 2 Professora e Orientadora da Faculdade de Medicina. Coordenadora do Centro de Referência Nacional em Hanseníase/Dermatologia Sanitária, Hospital das Clínicas, UFU. 1

2 uma forte imunidade mediada por células, porém baixos níveis de anticorpos específicos contra o M. leprae (MAEDA et al., 23). Dos vários testes laboratoriais realizados para o auxílio no diagnóstico da hanseníase, dois testes imunológicos são feitos: o teste quantitativo ELISA e o semi-quantitativo ML- Flow (teste de fluxo lateral do M.leprae). São realizados para determinar a detecção de anticorpos contra o antígeno específico PGL-I do M. leprae. (CALADO et al., 25). Pesquisas anteriores comprovaram que os anticorpos IgM específicos contra o antígeno PGL-1 são encontrados em cerca de 9 a 1% dos pacientes virchowianos e em cerca de % dos pacientes paucibacilares, sendo que esses níveis de anticorpos presentes nos pacientes podem declinar cerca de 5% até o fim do tratamento (BRITTON e LOCKWOOD, 2; CALADO et al, 25). Observa-se também, correlação entre a forma clínica dos pacientes, os resultados da baciloscopia e os testes de detecção de anticorpos anti-pgl-1, sendo que, a maioria dos paucibacilares é considerada soronegativa e, a maioria dos multibacilares é considerada soropositiva (TOMIMORI-YAMASHITA et al., 1999; CHO et al., 21; BUHRER- SÉKULA et al., 21; CALADO et al., 25; SHURING et al., 26). Além disso, verifica-se alta correlação entre os resultados dos testes ELISA anti-pgl-1 e ML-Flow (BUHRER- SÉKULA et al. 23). Por outro lado, há estudos que demonstram a existência de correlação inversa significativa entre os níveis de anticorpos anti-pgl-1 e o teste Mitsuda (ANANIAS et al., 22; MAEDA et al., 23, GOULART et al., 28). De acordo com WHO (26), a hanseníase é curável e o tratamento recomendado é a poliquimioterapia (PQT). Este esquema terapêutico, estabelece períodos fixos de tratamento muito questionados devido à baciloscopia positiva na alta, a qual poderia estar envolvida na ocorrência de recidivas após terapêutica (OLIVEIRA, 1997). As recidivas são ocorrências de sinais de atividade clínica após a alta. O seguimento de pacientes após a alta revela taxas de recidiva que variam de,77% nos MB a 1,9% nos PB. Estes pacientes podem estar auxiliando na manutenção na endemia hansênica (ALI et al., 25). Como não há uma vacina específica ou exame laboratorial decisivo para o diagnóstico da hanseníase, torna-se essencial que se intensifiquem as buscas por um teste laboratorial padronizado que possa auxiliar no diagnóstico e monitoramento do tratamento da doença e que possa ser adotado pela rede SUS em todos os níveis de complexidade (BRASIL/MS, 28). O presente estudo teve como objetivo aplicar dois testes sorológicos: o quantitativo ELISA e o semi-quantitativo ML-Flow, como ferramentas de detecção de anticorpos IgM anti-pgl-1 em pacientes com hanseníase, virgens de tratamento (diagnóstico) e após o tratamento (alta), verificando a relação dos mesmos com a carga bacilar e a resposta celular ao teste de Mitsuda, visando o monitoramento do tratamento. 2. METODOLOGIA 2.1. Casuística Foram convidados a participar do estudo, pacientes com diagnóstico de hanseníase, todos virgens de tratamento, provenientes do Centro de Referência Nacional em Hanseníase/ Dermatologia Sanitária, do Hospital de Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).Para o monitoramento da resposta imune humoral, foram selecionados 91 pacientes (12 T, 19 DT-PB, 22 DT-MB, 13 DD, 12 DV e 13 V), dos quais, 7,2% (3/91) eram do sexo masculino e 52,8% (8/91) do sexo feminino. As idades observadas variaram de 3 a 88 anos, resultando numa idade média de 9,3 anos. Para o monitoramento da resposta imune celular, foram selecionados 9 pacientes (15 T, 16 DT-PB, 25 DT-MB, 1 DD, 9 DV e 11 V), dos quais, 56,7% (51/9) eram do sexo masculino e 3,3% (39/9) do sexo feminino. As idades observadas variaram de 8 a 91 anos, resultando numa idade média de 53 anos. 2

3 O projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) que emitiu parecer favorável ao seu desenvolvimento (Parecer n o 99/23) Métodos Teste de Mitsuda Foi aplicada no antebraço direito dos pacientes,1 ml de uma suspensão mortos, produzidos e cedidos pela Dra. Maria Esther Salles, do Instituto Lauro de Souza Lima-Bauru, SP. A leitura é feita na a semana, sendo considerado como resultado, a medida do diâmetro da induração local em milímetros (mm). A reação de Mitsuda é: negativa - nada a observar e/ou sentir, mm; duvidoso - pápula entre a 3 mm; fracamente positivo - pápula com a 7 cm sem ulceração; positivo forte - pápula com 8 a 1 mm sem ulceração; fortemente positivo - nódulo maior que 1 mm ou de qualquer tamanho, com ulceração (JOPLING & MCDOUGALL, 1991) Índice Baciloscópico (IB) O IB foi realizado em esfregaços cutâneos de no mínimo 7 locais: o lóbulo das orelhas, dos cotovelos, joelhos e de 1 lesão ativa (Brasil, 199). A coloração usada para o M. leprae foi de Ziehl-Neelsen. O resultado foi registrado de acordo com a Escala Logarítmica de Ridley (199), sendo que, IB = nenhum bacilo em 1 campos de imersão; IB = 1 1 a 1 bacilos, em média em 1 campos; IB = 2 1 a 1 bacilos, em média em 1 campos; IB = 3 1 a 1 bacilos, em 1 campo médio; IB = 1 a 1 bacilos em 1 campo médio; IB = 5 1 a 1. bacilos, em um campo médio; IB = 6 acima de 1. bacilos, em um campo médio Protocolos para Aplicação dos Testes sorológicos de Fluxo Lateral do Mycobacterium leprae (ML-Flow) e Ensaio Imunoenzimático (ELISA) para Detecção de Anticorpos Anti-PGL-1 As reações do ML-Flow foram realizadas através dos testes produzidos pela KIT Biomedical Research, Amsterdam, Holanda, cedidos pela Organização Não-Governamental Netherlands Leprosy Relief (NLR), utilizando o antígeno NT-P-BSA. Foi realizada a coleta de 5µL de sangue do dedo indicador esquerdo. Coloca-se o sangue na zona teste com o tampão, aguarda-se 5 minutos para o resultado. O resultado é negativo quando há ausência de uma linha na zona de teste e a presença de uma linha controle; o resultado positivo foi indicado pela presença de uma linha, a qual varia de +1 a +, na zona de teste e por uma linha na zona de controle. A leitura do resultado é subjetiva e realizada por 3 profissionais diferentes. O método ELISA indireto utilizou como alvo de anticorpos, o antígeno nativo PGL-1, doado pelo Dr. John S. Spencer do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Patologia do Colégio de Medicina Veterinária e Ciências Biomédicas da Universidade do Estado do Colorado dos Estados Unidos. Este ensaio imunoenzimático foi realizado de acordo com Fujiwara et al. (198) com modificações. 2.3 Análise estatística O teste estatístico t de Student foi aplicado para verificar o nível de significância da diferença entre médias e o teste de Pearson foi realizado para verificar a correlação entre as variáveis estudadas, assumindo o nível de significância de p<,5. 3 RESULTADOS Os pacientes foram classificados de acordo com os critérios de Ridley e Jopling (1966) considerando-se o IB e Mitsuda. Foi observada uma correlação inversa entre ambos. No pólo T verifica-se um pico de resposta celular e ausência de bacilos, em contrapartida, no pólo V verifica-se alta carga bacilar e ausência de resposta celular (Figura 1). 3

4 12 IB Médias IB e Mitsuda T DT-PB DT-MB DD DV V Formas Clinicas Figura 1. Análise da relação entre as médias do índice baciloscópico e do teste intradérmico de Mitsuda de acordo com as formas clínicas da hanseníase Monitoramento da resposta imune humoral de pacientes com hanseníase Analisando-se os resultados, verificou-se que o ELISA apresentou uma positividade geral de 7% no diagnóstico, enquanto que o ML-Flow foi de 62%. A positividade apresentada pelo teste ML-Flow variou de (/12) nos T a 1% (13/13) nos pacientes V. No ELISA, a positividade variou de 25% (3/12) nos T a 1% (13/13) nos V (figura 2). ELISA ML-Flow Positividade(%) ,3 92,3 91,7 81,8 72, ,3 5,2 T DT-PB DT-MB DD DV V Formas Clínicas Figura 2. Análise da positividade (%) dos testes ML-Flow e ELISA por meio da detecção de anticorpos IgM anti-pgl-1 dos pacientes com hanseníase no diagnóstico. Relasionando os testes com a Forma Clínica, foi possível observar que à medida que a doença atinge graus mais severos, observa-se um aumento dos níveis de IgM anti-pgl-1 e da carga bacilar. A relação mais significativa com a forma clínica se deu entre ELISA (R=,98; p<,5), seguido pelo IB e ML-Flow (R=,97; p<,5). A média dos resultados do ML-Flow foi calculada por forma clínica no diagnóstico e na alta de cada paciente. Observou se que a média aumentou em direção ao pólo anérgico da doença (o pólo V) à medida que declina a imunidade celular. No entanto, foi possível observar, também, uma diminuição da média dos resultados na alta em relação às médias do diagnóstico, diminuição esta, que se mostrou significativa (p<,5) apenas nos pólos instáveis dimorfos MB da doença. (figura 3A). A média dos resultados do IE também foi calculada por forma clínica no diagnóstico e na alta. As médias também aumentaram em direção ao pólo anérgico V. No entanto, houve uma queda significativa (p<,5) nos resultados de alta em relação aos de diagnóstico a partir da forma DT-MB e que se seguiu até a forma V (figura 3B).

5 Médias ML-Flow A) ML-Flow Diag. ML-Flow alta B),5 3,5 3 2,5 2 1,5 1,5,5 1,95,5,86 2,85 1,3 3,25 2,17 T DT-PB DT-MB DD DV V Formas Clínicas 3,7 Médias IE ,7,6,5 IE Diag.,3,91 1, 1,35 8,1 3,2 T DT-PB DT-MB DD DV V Formas Clínicas IE alta 1,2 6,3 P>.5 P>.5 P<.5 P<.5 P<.5 P>.5 P>.5 P>.5 P<.5 P<.5 P<.5 P<.5 Figura 3. A) Média da resposta humoral em cruzes do teste ML-Flow de pacientes virgens de tratamento e após o tratamento, de acordo com as formas clínicas. B) Média da resposta humoral em índice ELISA de pacientes virgens de tratamento e após o tratamento, de acordo com as formas clínicas da hanseníase. As probabilidades apresentadas abaixo das formas clínicas representam a significância para as diferenças entre as médias do ensaio sorológico no diagnóstico (azul) e na alta (rosa), conforme o teste t de Student no nível siginificância menor que,5. As probabilidades significativas estão em negrito. Também foram analisadas as médias do índice baciloscópico de raspado dérmico dos pacientes, no diagnóstico e na alta. Dados demonstram que houve um declínio do IB dos pacientes após o tratamento, o qual foi significativo (p<,5) a partir dos DT-MB (Figura ). IB Diag. IB Alta 6 Médias IB ,2, ,9 1,2,9,7 T DT-PB DT-MB DD DV V Formas Clínicas P>.5 P>.5 P<.5 P<.5 P<.5 P<.5 Figura. Médias do índice baciloscópico de esfregaço dérmico de pacientes nas diferentes formas clínicas da hanseníase. Médias do IB no início da tratamento (linha azul) e final do tratamento (linha rosa) da PQT. As probabilidades apresentadas abaixo das formas clínicas representam a significância para as diferenças entre as médias do IB no diagnóstico (azul) e na alta (rosa), conforme o teste t pareado de Student no nível siginificância menor que,5. As probabilidades significativas estão em negrito. Os resultados das sorologias e do IB declinaram após o tratamento. O ELISA detectou declínio de anticorpos anti-pgl-1 em todas as formas clínicas, sendo que a maior diminuição foi encontrada nos pacientes dimorfos, enquanto que nos pólos estáveis T e V, o declínio foi menor. Os PB tiveram uma queda de 31% após o tratamento, já os MB tiveram uma queda de 58,7% (média geral de 5%) dos níveis de anticorpos no fim da PQT. O declínio de anticorpos detectado pelo ML-Flow ocorreu somente nos pacientes MB, tendo picos de queda nos DT-MB e DD. A média de diminuição de anticorpos anti-pgl-1 deste teste após o tratamento nos MB foi de cerca de 37,7%. O IB também apresentou declínio após a PQT com 5

6 picos de queda nos DT-MB e DD, sendo que a média de declínio registrada foi de cerca de 3,7% nos MB Monitoramento da resposta imune celular de pacientes com hanseníase O teste de Mitsuda relacionou-se inversamente à forma clínica dos pacientes, ou seja, à medida que há uma diminuição da resposta imune celular, a doença se agrava, (figura 5A). Foram analisados, também, os resultados da reação de Mitsuda após a alta da PQT, e verificou-se que a resposta imune celular dos pacientes foi levemente revigorada, exceto no pólo estável V, onde há uma grande quantidade de antígenos, como mostra a figura 5B. A) B) Figura 5. A) Análise da relação entre a resposta imune celular medida pelo teste de Mitsuda e a forma clínica dos pacientes com hanseníase no diagnóstico. B)Média (mm) dos resultados do teste Mitsuda de pacientes nas diferentes formas clínicas da hanseníase no diagnóstico e alta da PQT. As sorologias ML-Flow e ELISA também foram analisadas no diagnóstico e na alta, e relacionadas com os resultados do teste Mitsuda. Observou-se que as sorologias relacionamse de maneira inversa, sendo que os valores de anticorpos IgM anti-pgl-1 aumentam em direção ao pólo anérgico da hanseníase, enquanto que o Mitsuda diminui. Tal relação permanece semelhante após a PQT.. DISCUSSÃO O presente estudo apresentou resultados similares aos demais trabalhos publicados utilizando o antígeno PGL-1, em sua forma nativa (ELISA) ou em sua forma sintética (ML- Flow), demonstrando que a positividade é semelhante entre os dois testes, provavelmente pela similaridade dos antígenos (BUHRER-SÉKULA et al., 23), e tem correlação com o espectro da doença e a carga bacilar, sendo que os maiores títulos se encontram nos MB (TOMIMORI-YAMASHITA et al., 1996; BARROS e OLIVEIRA, 2; CHO et al., 21; ANANIAS et al. 22; SHURING et al., 26). Além disso, o ELISA apresentou maior detecção de anticorpos IgM anti-pgl-1 nas formas clínicas PB da doença, contrastante com o ocorrido no ML-Flow (TOMIMORI-YAMASHITA et al., 1999), que apresentou positividade no diagnóstico apenas a partir dos DT-PB. O ML-Flow mostrou ser inviável para utilização de sangue humano com baixos níveis de anticorpos anti-pgl-1. Estudos como os de Tomimori-Yamashita (1999) demonstram que a detecção de anticorpos é menor em testes que utilizam sangue total (ML-Flow comparada a testes que utilizam soro (ELISA). Isto pode ocorrer devido à presença de substâncias no sangue total que são inibitórias da interação antígeno-anticorpo (BÜHRER-SEKULA et al., 1998). Outro questionamento com referência ao uso de teste de fluxo lateral em serviços de saúde de países endêmicos é o problema de umidade atmosférica sobre as membranas, que 6

7 são extremamente higroscópicas, ou seja, absorvem fortemente a umidade em poucos segundos para entrar em equilíbrio com as condições do ambiente. Como conseqüência, resultados falsos positivos ou negativos podem ser produzidos (MURSHED, 26). Os resultados da análise da presença de anticorpos IgM anti-pgl-1 no diagnóstico e na alta, demonstraram um declínio desses anticorpos nos testes ELISA e ML-Flow após o tratamento. No ML-Flow, o declínio apresentado ocorreu com significância nas formas clínicas dimorfas, no entanto, na forma polar V não se observa declínio significativo, provavelmente devido a pequena amplitude do teste (BÜHRER-SÉKULA et al., 23). No ELISA, o declínio foi significativo nos dimorfos MB e, também nos V, mostrando que o teste quantitativo apresentou maior sensibilidade quanto à diminuição dos títulos de anticorpos. Os resultados encontrados no monitoramento corroboram os dados de estudos anteriores (REPKA et al., 2; CHO et al., 21; ANANIAS et al., 22), que demonstram uma queda gradual dos anticorpos IgM anti-pgl-1 nos pacientes a partir do início da PQT. Os maiores declínios foram detectados pelo ELISA: 31% nos PB e 58,7% nos MB (5% em média); em seguida, pelo ML-Flow com 37,7% de declínio nos MB. Segundo Oskam e colaboradores (23), no momento em que se inicia o tratamento com a PQT, observa-se um declínio dos níveis destes anticorpos, sendo este declínio geralmente de 25 a 5% por ano. A presença de anticorpos da classe IgM durante longo período em doença crônica é decorrente da permanência do antígeno no organismo. Essa persistência do antígeno, na hanseníase, pode ser explicada pela hidrofobicidade do PGL-1 ou pela incapacidade do macrófago em eliminar o antígeno (BARROS e OLIVEIRA, 2). Dados da literatura mostram alta correlação entre o IB do paciente e seus níveis de anti-pgl-1 (TOMIMORI-YAMASHITA et al., 1999; CHO et al., 21; BUHRER-SÉKULA et al., 21; CALADO et al., 25; SHURING et al., 26). Como o IB representa a concentração total dos bacilos e indica se estão íntegros, fragmentados ou em globias, a concentração dos bacilos viáveis sofrerá rápida diminuição, porém o IB continuará representando os bacilos fragmentados e não diminuirá drasticamente, pois dependerá da capacidade do organismo de realizar o clearance destes bacilos, período que pode durar até 11 anos nos pacientes multibacilares (GALLO et al., 2). Sendo assim, como ainda haverá a presença de bacilos inviáveis no corpo do paciente, ainda haverá antígenos PGL-1 circulantes, e por isso, também anticorpos anti-pgl-1. De acordo com Cho et al. (21), os níveis de anticorpos decrescem durante a PQT, mas 5% da redução ocorre após 2 anos de tratamento. A análise do IB dos pacientes selecionados, no diagnóstico e na alta, apresentou declínio significativo nas formas dimorfas MB e no pólo V. A queda do IB se dá devido à inviabilização dos bacilos causada por potentes antibióticos como a Rifampicina e posterior clearance destes bacilos pelo organismo (GALLO et al., 2). Além disso, o declínio da resposta humoral observado no teste ELISA mostrou estar correlacionado com a queda da carga bacilar dos pacientes, resultado coincidente com dados da literatura e que demonstram que tal teste pode ser uma eficaz para monitorar o tratamento da hanseníase por ser capaz de refletir a carga bacilar dos pacientes (TOMIMORI-YAMASHITA et al., 1999; CHO et al., 21; BUHRER-SÉKULA et al., 21; CALADO et al., 25; SHURING et al., 26). O teste de Mitsuda é utilizado como uma importante ferramenta no prognóstico de pacientes com hanseníase. Os resultados das correlações entre as sorologias ELISA e ML- FLOW com o teste Mitsuda corroboram os dados da literatura como os de Ananias (22) que mostram existir significativa correlação inversa entre a presença de anticorpos IgM anti-pgl- 1 e a resposta celular provocada pelo teste Mitsuda. 5. CONCLUSÃO O monitoramento de pacientes é uma estratégia fundamental para o controle da hanseníase. O ML-Flow, apesar da praticidade, é um teste mais grosseiro que reconhece o 7

8 declínio de anticorpos após a alta apenas nos pacientes dimorfos. Por discriminar apenas entre os grupos PB e MB, pode ser uma boa ferramenta para auxiliar na aplicação do tratamento correto em serviços de campo e de atenção básica. O ELISA é mais sensível, capaz de detectar anticorpos nos PB e MB de acordo com as formas clínicas, e o declínio destes anticorpos após a alta, sendo essencial em Centros de Referência que desenvolvem a assistência da alta complexidade, ensino e pesquisa e que prezam pela melhor qualidade de tratamento. Desta maneira, sugere-se que o teste ELISA seja importante para monitorar o tratamento do paciente, evitando que ele venha a apresentar recidiva no futuro. 6. AGRADECIMENTOS: À toda equipe CREDESH pelo enorme esforço e auxílio na realização deste trabalho. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) e à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), pelo apoio a pesquisa, essencial ao desenvolvimento do país. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. ALI, M.K.; THORAT, D.M.; SUBRAMANIAN, M.; PARTHASARATHY, G.; SELVARAJ, U.; PRABHAKAR V. A study on trend of relapse in leprosy and factors influencing relapse. Indian Journal of Leprosy, v.77, n.2, p , abr./jun ANANIAS, M.T.P.; ARAUJO, M.G.; GONTIJO, E.D.; GUEDES, A.C.M. Estudo do anti- PGL-1 em pacientes hansenianos utilizando a técnica de ultramicroelisa. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.77, n., p.25-33, jul./ago ARAUJO,M.G. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.36, n.3, p , mai./jun BARROS, R.P.C.; OLIVEIRA, M.L.W.R. Detecção de anticorpos específicos para o antígeno glicolípide fenólico-1 do M. leprae (anti PGL-1IgM): aplicações e limitações. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.75, n.6, p , nov./dez BRASIL. Ministério da Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia, Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária. Relatório de Avaliação Nacional do Controle da Hanseníase. Brasília, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília, 1ªed., 22. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Hanseníase. Relatório Executivo do PNCH. Brasília, maio 27 a junho BUËHRER-SÉKULA,S.; CUNHA,M.G.S.; FERREIRA, W.A.; KLATSER, P.R. The use of whole blood in a dipstick assay for detection of antibodies to Mycobacterium leprae: a field evaluation. Immunology and Medical Microbiology, v.21, p , mai BUËHRER-SÉKULA,S.; CUNHA,M.G.S.; FOSS,N.T.; OSKAM,L.; FABER,W.R.; KLATSER,P.R. Dipstick assay to identify leprosy patients who have an increased risk of relapse. Tropical Medicine & International Health, v.6, n., p , abr BUËHRER-SÉKULA,S.; SMITS,H.L.; GUSSENHOVEN, G.C.; LEEUWEN,J.V.; AMADOR,S.; FUJIWARA,T.; KLATSER,P.R.; OSKAM,L. Simple and Fast Lateral Flow Test for Classification of Leprosy Patients and Identification of Contacts with High Risk of Developing Leprosy. Journal of Clinical Microbiology, v.1, n.5, p , mai BRITTON, W.J.; LOCKWOOD, D.N.J. Leprosy. The Lancet, v.363, n.916, p , abr CALADO,K.L.S.; VIEIRA,A.G.; DURÃES,S.; SÉKULA,S.B.; OLIVEIRA,M.L.W. Positividade sorológica antipgl-i em contatos domiciliares e peridomiciliares de hanseníase em área urbana. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.8, n.3, p.31-36, CHO,S.;CELLONA,R.V.;VILLAHERMOSA,L.G. FAJARDO,T.; BALAGON,M.V.F.; ABALOS,R.M.; TAN,E.V.; WALSH,G.P.; KIM,J.; BRENNAN,P.J. Detection of Phenolic 8

9 Glycolipid I of Mycobacterium leprae in Sera from Leprosy Patients before and after Start of Multidrug Therapy. Clinical and Diagnostic Laboratory Immunology, v.8, n.1, p , jan FOSS, N.T. Aspectos imunológicos da Hanseníase. Hanseníase, V.75, n.6, p , nov./dez FOSS, N.T. Episódios Reacionais na Hanseníase. Urgências e Emergências Dermatológicas e Toxicológicas, V.36, p.53-59, abr./dez FOSS, N.T.; SOUZA, C.S.; GOULART, I.M.B.; GONÇALVES, H.S.; VIRMOND, M. Hanseníase: Episódios Reacionais. Projeto Diretrizes, Jul FUJIWARA,T.; HUNTER,S.W.; CHO,S.; ASPINALL,G.O.; BRENNAN,P.J. Chemical synthesis and serology of disaccharides and trisaccharides of phenolic glycolipid antigens from the leprosy bacillus and preparation of a disaccharide protein conjugate for serodiagnosis of leprosy. Infection and Imunity, v.3, n.1, p , jan GALLO, M.E.N.; NERY, J.A.C.; ALBUQUERQUE, E.C.A.; SIGNORELLI, M.; FILHO, V.F.S. Hanseníase multibacilar: índices baciloscópicos e viabilidade do M. leprae após 2 doses da PQT/OMS. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.75, n.3, p , mai./jun GOULART,I.M.B.; PENNA,G.O.; CUNHA,G. Imunopatologia da hanseníase: a complexidade dos mecanismos da resposta imune do hospedeiro ao Mycobacterium leprae. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.35, n., p , jul./ago GOULART, I.M.B.; SOUZA, D.O.B.; MARQUES, C.R.; PIMENTA, V.L.; GONÇALVES, M.A.; GOULART, L.R. Risk and Protective Factors for Leprosy Development Determined by Epidemiological Surveillance of Household Contacts. Clinical and Vaccine Immunology, v.15, n.1, p.11-15, jan JOPLING, W.H.; MCDOUGALL, A.C. Manual de hanseníase, Ed. Atheneu, a edição, São Paulo, p LOBATO, J.; COSTA, M.P.; GOULART, L.R.; GONÇALVES, M.A.; SOUZA, D.O.B.; REIS, E.M., GOULART, I.M.B. Teste elisa anti-pgl-1 no monitoramento do tratamento da hanseníase. In: Simpósio Internacional em Imunologia das Doenças Tropicais, 27, Bauru-SP. Anais do Simpósio Internacional em Imunologia das Doenças Tropicais, MAEDA, S.M.; ROTTA, O.; MICHALANY, N.S.; CAMARGO, Z.P.; SUNDERKÖTTER, C.; TOMIMORI-YAMASHITA, J.Comparison between anti-pgl-1 serology and Mitsuda reaction: clinical reading, microscopic findings and immunohistochemical analysis. Leprosy Review, v.7, p , mai MOHANTY, K.K. Leprosy Reactions: Humoral and Cellular Immune Responses to M. leprae, 65kDa, 28kDa, and 18 kda Antigens1. International Journal of Leprosy and Other Mycobacterial Diseases, Jun,2. 2. MURSHED AB-DELQADER M. Lateral Flow test device providing improved test result validity. World Intelectual Propriety Organization, PCT. Nº WO/26/5861, NOORDEEN S.K. The epidemiology of leprosy. In: Hastings RC. Leprosy: Medicine in the tropics. New York: Churchill Livingstone; p OLIVEIRA, M.L.W. A cura da Hanseníase x Magnitude das Recidivas. Anais Brasileiro de Dermatologia, v.72, n.1, p.63-69, jan./fev OSKAM, L.; SLIM, E., BÜHRER-SÉKULA, S. Serology: recent developments, strengths, limitations and prospects: a state of the art overview. Leprosy Review, v.7, n.3, p , set REPKA, J.C.D.; SKARE, T.L.; JUNIOR, G.S.; PAUL, G.M. Anticorpo anticardiolipina em pacientes com mal de Hansen. Revista Brasileira de reumatologia, v.1, n.1, jan./fev

10 28. RIDLEY, D.S.; JOPLING, W.H. Classification of leprosy according to imunity: afive group system. International Journal of Leprosy, v.3, p , RIDLEY, D.S. Skin biopsy in leprosy. Documenta Geigy 3 rd ed. Basle: CIBAGEIGY, 199, 63p. 3. SHURING,R.P.; MOET,F.J.; PAHAN,D.; RICHARDUS,J.H.; OSKAM, L. Association between anti-pgl-i IgM and clinical and demographic parameters in leprosy. Leprosy Review, v.77, p , dez SILVA, D.A..O; SILVIA, N.M.; MINEO, T.W.P.; PAJUABA NETO, A.A.; FERRO, A.V.; MINEO, J.R. Heterologous antibodies to evoluate the kinetics of the humoral imune response in dos experimentally infected with Toxopladma gondii RH strain. Veterinary Parasitology, v.17.; p , TOMIMORI-YAMASHITA,J.; MAEDA, S.M.; JABUR, R.; ROTTA, O. Hanseníase: novos métodos e recursos diagnósticos. Anais Brasileiro de Dermatologia, v.71, n., p.33-39, jul./ago TOMIMORI-YAMASHITA,J.; NGUYEN,T.H.; MAEDA, S.M.; FLAGEUL, B. ROTTA,O.; CRUAUD,P. Anti-phenolic Glycolipid-I (PGL-I) determination using blood collection on filter paper in leprosy patients. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, São Paulo, v.1, n., p , jul./ago WALKER, S.L.; LOCKWOOD, D.N.J. The Clinical and Immunological Features of Leprosy. British Medical Bulletin, p.1-19, nov WHO - World Health Organization. Leprosy: the treatment. Last update: dec.26. Disponível em < 57_ htm > Acesso em: 16 abril 27. ANTI-PGL-1 SEROLOGICAL TESTS IN THE ASSESSMENT OF LEPROSY TREATMENT Mariana Pena Costa 3 Federal University of Uberlândia. Amazonas Avenue n/n, building 6T, room 5. Cep: mariana.penacosta@gmail.com. Isabela Maria Bernardes Goulart Federal University of Uberlândia. Pará Avenue, building 2H. isagoulart@centershop.com.br. Abstract: Laboratory tests are essential in monitoring the leprosy treatment because they can avoid continuous transmission of the bacillus. The purpose of this study was to evaluate the ELISA and ML-Flow tests to detect IgM anti-pgl-1 aiming the assessment of multidrugtherapy (MDT) of leprosy patients. It was observed that both shown positive correlation with clinical form and bacilloscopic index. The ELISA showed a higher general positivity compared to ML-Flow. After the treatment, the serology an bacilloscopy index (BI) results showed a decrease, which was more significant in ELISA and BI (p<,5). The ELISA had more results that became negative after the treatment. In Mitsuda test, it was observed that cellular response is reinvigorated after treatment, except in L pole. There was an inverse relationship between Mitsuda and serology tests. The ELISA anti-pgl-1 is an effective tool in monitoring the MDT treatment and essential in Reference Centers that develop high complexity assistance, teaching and research in leprosy. Keywords: Leprosy, PGL-1, serology. 3 Student of Biological Sciences. Teacher and Advisor of Medicine School. Coordinator of the National Reference Center in Sanitary Leprosy/Dermatology, Clinics Hospital, UFU. 1

UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE

UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE PPG Saúde Coletiva UNISINOS UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE Marlisa Siega Freitas Nêmora Tregnago

Leia mais

Fatores associados à soropositividade do teste ML Flow em pacientes e contatos de pacientes com hanseníase menores de 18 anos

Fatores associados à soropositividade do teste ML Flow em pacientes e contatos de pacientes com hanseníase menores de 18 anos Fatores associados à soropositividade do teste ML Flow em pacientes e contatos de pacientes com hanseníase menores de 18 anos Factors associated with ML Flow test seropositivity in leprosy patients and

Leia mais

APLICAÇÃO DA PCR PARA INVESTIGAÇÃO DA INFECÇÃO PELO MYCOBACTERIUM LEPRAE EM AMOSTRAS DE SANGUE DE PACIENTES E SEUS CONTATOS DOMICILIARES

APLICAÇÃO DA PCR PARA INVESTIGAÇÃO DA INFECÇÃO PELO MYCOBACTERIUM LEPRAE EM AMOSTRAS DE SANGUE DE PACIENTES E SEUS CONTATOS DOMICILIARES APLICAÇÃO DA PCR PARA INVESTIGAÇÃO DA INFECÇÃO PELO MYCOBACTERIUM LEPRAE EM AMOSTRAS DE SANGUE DE PACIENTES E SEUS CONTATOS DOMICILIARES LUCIANO CAETANO DO AMARAL 1, ISABELA MARIA BERNARDES GOULART 2,

Leia mais

Determinação do grau de incapacidade em hansenianos não tratados *

Determinação do grau de incapacidade em hansenianos não tratados * * Trabalho realizado no setor de Hanseníase/FIOCRUZ auxílio Financeiro da CERPHA. * Fisioterapeuta/Terapeuta Ocupacional. * * Médica/Pesquisadora da FIOCRUZ. ***Assistente Social/Sanitarista. ****Técnica

Leia mais

DESCRIÇÃO DE UM CASO EXUBERANTE DE ERITEMA NODOSO HANSÊNICO E ANÁLISE CRÍTICA DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO PARA TRATAMENTO DA HANSENÍASE

DESCRIÇÃO DE UM CASO EXUBERANTE DE ERITEMA NODOSO HANSÊNICO E ANÁLISE CRÍTICA DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO PARA TRATAMENTO DA HANSENÍASE SEÇÃO ANÁTOMO-CLÍNICA Fernanda Rodrigues de Oliveira Mattar 1 Christiane Salgado Sette 2 Antonio Carlos Ceribelli Martelli 3 Jaison Antônio Barreto 4 Cleverson Soares Teixeira 5 Patrick Alexander Wachholz

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NA CIDADE DE SOBRAL 2010

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NA CIDADE DE SOBRAL 2010 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NA CIDADE DE SOBRAL 2010 CIRLIANE DE ARAÚJO MORAIS 1 PATRÍCIA SILVA DE SOUSA 2 FRANCISCA MARIA ALEUDINELIA MONTE CUNHA 3 INTRODUÇÃO Segundo Hansen e Dintzis (2007),

Leia mais

ANÁLISE IMUNODIAGNÓSTICA DO TESTE ANTI-PGL-I NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE

ANÁLISE IMUNODIAGNÓSTICA DO TESTE ANTI-PGL-I NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE ANÁLISE IMUNODIAGNÓSTICA DO TESTE ANTI-PGL-I NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE HANSENÍASE CLÍNICA E REAÇÃO HANSÊNICA PÓS-CURA Imunodiagnosis analysis of anti-pgl-i test in the differentiation between clinical hansen

Leia mais

Pa l a v r a s-c h a v e Hanseníase, anti-pgl-1, glicolipidiofenólico, ML flow, contatos de hanseníase

Pa l a v r a s-c h a v e Hanseníase, anti-pgl-1, glicolipidiofenólico, ML flow, contatos de hanseníase Prevalência de an t i c o r p o an t i PGL-1 em co n t a t o s domiciliares de pacientes com hanseníase Prevalence of antibodies to PGL-1 in household contacts of Hansen s disease patients Rossilene Conceição

Leia mais

INVESTIGAÇÃO. Uso do teste ML-Flow como auxiliar na classificação e tratamento da hanseníase *

INVESTIGAÇÃO. Uso do teste ML-Flow como auxiliar na classificação e tratamento da hanseníase * INVESTIGAÇÃO 91 Uso do teste ML-Flow como auxiliar na classificação e tratamento da hanseníase * Use of the ML-Flow test as a tool in classifying and treating leprosy Leticia Arsie Contin 1 Cinthia Janine

Leia mais

3. CASUÍSTICA E MÉTODOS

3. CASUÍSTICA E MÉTODOS 3. CASUÍSTICA E MÉTODOS 3.1. Casuística O grupo de estudo foi constituído por 43 indivíduos, dos quais 25 eram pacientes com hanseníase atendidos no Serviço de Dermatologia Dr. Diltor Opromolla, do Instituto

Leia mais

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais Heryka Fernanda Silva Barbosa¹; Marcello Otake Sato² ¹Aluna do curso de Medicina; Campus

Leia mais

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain 67 4.2 Estudo II Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain Enquanto anticorpos anti-t. gondii são

Leia mais

Talita da Silva Martinez. via de infecção e transmissão da hanseníase

Talita da Silva Martinez. via de infecção e transmissão da hanseníase 1 Talita da Silva Martinez Presença de M. leprae na mucosa bucal: identificação de uma potencial via de infecção e transmissão da hanseníase Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências

Leia mais

História. Descobrimento do Micobacterium leprae, por Gerhard H. Amauer Hansen

História. Descobrimento do Micobacterium leprae, por Gerhard H. Amauer Hansen Hanseníase História História Até 1874 Doença hereditária. Descobrimento do Micobacterium leprae, por Gerhard H. Amauer Hansen 1ª descrição na índia, 600 AC. Brasil Chegou com os portugueses e escravos

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL RESUMO AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL PENTAVALENTE E PENTOXIFILINA Introdução: A leishmaniose mucosa (LM) é uma forma grave de apresentação da

Leia mais

HANSENÍASE E POLÍTICAS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO DA DOENÇA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

HANSENÍASE E POLÍTICAS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO DA DOENÇA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA HANSENÍASE E POLÍTICAS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO DA DOENÇA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Alessandra Vidal da Silva 1 Gabriele Balbinot 2 Claudia Ross 3 INTRODUÇÃO: A hanseníase que também é conhecida

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO. Título do Projeto de Pesquisa: Hanseníase multirresistente a poliquimioterapia no estado do Pará

RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO. Título do Projeto de Pesquisa: Hanseníase multirresistente a poliquimioterapia no estado do Pará UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC: CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR,

Leia mais

Epidemiologia. Reservatório Modo de transmissão Contato domiciliar

Epidemiologia. Reservatório Modo de transmissão Contato domiciliar Epidemiologia Detecção alta pós MDT Eliminação < 1 / 10 000 Características especiais do bacilo Duplicação lenta / cresc entre 27 e 30º C Genoma do Mleprae pseudogenes Reservatório Modo de transmissão

Leia mais

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PALMAS - TOCANTINS

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PALMAS - TOCANTINS ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PALMAS - TOCANTINS Nome dos autores: Guilhermes Henrique Cavalcante 1, Sandra Maria Botelho Mariano 2, Marcello Otake Sato 3 e Benta Natania Silva Figueiredo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARIANA VITORINO CANDEIRO NICCHIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARIANA VITORINO CANDEIRO NICCHIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARIANA VITORINO CANDEIRO NICCHIO VIGILÂNCIA DA INFECÇÃO PELO MYCOBACTERIUM LEPRAE POR MEIO DE SISTEMA

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA SÉRGIO ARAÚJO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA SÉRGIO ARAÚJO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA SÉRGIO ARAÚJO EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DA HANSENASE: Sorologia anti PGL-I e PCR em swab nasal de pacientes com hansemase e contatos domiciliares.

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE PQT POR PARTE DOS PACIENTES COM HANSENÍASE ASE ATENDIDOS NO MUNICÍPIO DE COARI AMAZONAS.

AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE PQT POR PARTE DOS PACIENTES COM HANSENÍASE ASE ATENDIDOS NO MUNICÍPIO DE COARI AMAZONAS. AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE PQT POR PARTE DOS PACIENTES COM HANSENÍASE ASE ATENDIDOS NO MUNICÍPIO DE COARI AMAZONAS. FELICIEN GONÇALVES VÁSQUEZ FUAM ROSANA PARENTE - UFAM INTRODUÇÃO Hanseníase:

Leia mais

Palavras-chave: hanseníase, tratamento, índice morfológico. Recebido em 13/04/2006. Última correção em 20/04/2007. Aceito em 23/04/2007

Palavras-chave: hanseníase, tratamento, índice morfológico. Recebido em 13/04/2006. Última correção em 20/04/2007. Aceito em 23/04/2007 artigos de investigação científica Joel Carlos Lastória 1 Maria Stella Mello Ayres Putinatti 2 Suzana Madeira Diório 3 Lazara Moreira Trino 4 Carlos Roberto Padovani 5 Índices baciloscópicos e morfológico

Leia mais

Os resultados das avaliações imunoistoquímicas encontram-se nas tabelas 1, 2, 3, 4, 5,6 e 7.

Os resultados das avaliações imunoistoquímicas encontram-se nas tabelas 1, 2, 3, 4, 5,6 e 7. Resultados 4. RESULTADOS As características clínicas referentes aos pacientes dimorfo reacionais não tratados e dimorfos em tratamento em reação reversa encontram-se nos quadros 1 e 2. Os resultados das

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS ESTADOS REACIONAIS DO PORTADOR DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ

CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS ESTADOS REACIONAIS DO PORTADOR DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ ARTIGO CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS ESTADOS REACIONAIS DO PORTADOR DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ Jucelene Marchi Blatt RESUMO: A presente pesquisa teve por objetivo, compreender e avaliar os estados

Leia mais

INCIDÊNCIA DE CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DA PARAÍBA NO ANO DE 2015

INCIDÊNCIA DE CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DA PARAÍBA NO ANO DE 2015 INCIDÊNCIA DE CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DA PARAÍBA NO ANO DE 2015 Anna Caroline Domingos Lima (1) ; Jefferson Marlon de Medeiros Pereira Maciel (1) ; Marlla Héllen do Nascimento Aráujo (2) ; Anna Clara

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 1 n UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE NÚBIA CÁSSIA CAMARGO USO DE BIOMARCADORES NA VIGILÂNCIA EM HANSENÍASE: ANÁLISE- TÊMPORO-ESPACIAL

Leia mais

Angélica da Conceição Oliveira Coelho Fabri. Análise comparativa da reatividade anti-lid-1, NDO-LID, NDO-HSA e PGL-1 em hanseníase

Angélica da Conceição Oliveira Coelho Fabri. Análise comparativa da reatividade anti-lid-1, NDO-LID, NDO-HSA e PGL-1 em hanseníase 0 Angélica da Conceição Oliveira Coelho Fabri Análise comparativa da reatividade anti-lid-1, NDO-LID, NDO-HSA e PGL-1 em hanseníase Belo Horizonte - MG Escola de Enfermagem da UFMG 2015 1 Angélica da Conceição

Leia mais

Maria de Fátima de Medeiros Brito

Maria de Fátima de Medeiros Brito Maria de Fátima de Medeiros Brito Associação entre reação hansênica após tratamento (Poliquimioterapia Multibacilar - PQT/MB) e a carga bacilar através da detecção de anticorpos IgM (Imunoglobulina M)

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM. Ana Paula Mendes Carvalho

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM. Ana Paula Mendes Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Ana Paula Mendes Carvalho TESTES SOROLÓGICOS ESPECÍFICOS PARA MYCOBACTERIUM LEPRAE: IMPLICAÇÕES PARA A

Leia mais

17º Imagem da Semana: Fotografia

17º Imagem da Semana: Fotografia 17º Imagem da Semana: Fotografia Enunciado Paciente de 61 anos, sexo masculino, natural e residente em Belo Horizonte, aposentado, apresentou, há cerca de 20 dias, lesões em membro superior esquerdo, com

Leia mais

HANSENÍASE MULTIBACILAR COM BACILOSCOPIA DOS ESFREGAÇOS NEGATIVA: A IMPORTÂNCIA DE SE AVA- LIAR TODOS OS CRITÉRIOS ANTES DE SE DEFINIR A FORMA CLÍNICA

HANSENÍASE MULTIBACILAR COM BACILOSCOPIA DOS ESFREGAÇOS NEGATIVA: A IMPORTÂNCIA DE SE AVA- LIAR TODOS OS CRITÉRIOS ANTES DE SE DEFINIR A FORMA CLÍNICA SEÇÃO ANÁTOMO-CLÍNICA Jaison A. Barreto Carine Veloso de Carvalho Milton Cury Filho José Antônio Garbino Maria Esther Salles Nogueira Cleverson Teixeira Soares HANSENÍASE MULTIBACILAR COM BACILOSCOPIA

Leia mais

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC PROFª. Ma. MÁRCIA SOUZA AMERICANO

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC PROFª. Ma. MÁRCIA SOUZA AMERICANO UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC PROFª. Ma. MÁRCIA SOUZA AMERICANO O QUE É A HANSENÍASE? A Hanseníase é uma doença transmissível causada por uma bactéria. Afeta principalmente a pele e os nervos. Ela progride

Leia mais

III - CASUÍSTICA E MÉTODOS

III - CASUÍSTICA E MÉTODOS III - CASUÍSTICA E MÉTODOS Foram selecionados e estudados 43 pacientes com hanseníase em estado reacional internados no Hospital Lauro de Souza Lima de Bauru, que apresentavam artropatia inflamatória.

Leia mais

Trabalho realizado no Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia - Fortaleza (CE), Brasil.

Trabalho realizado no Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia - Fortaleza (CE), Brasil. S283 Investigação Clínica, Epidemiológica, Laboratorial e Terapêutica PP005 - Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em um centro de referência na região nordeste do

Leia mais

INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO

INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO Gilcilene Maria dos Santos, Simonne Almeida e Silva, Alverne Passos Barbosa

Leia mais

A REAÇÃO DA LEPROMINA NA TUBERCULOSE

A REAÇÃO DA LEPROMINA NA TUBERCULOSE Trabalho do Sanatorio Pedro Bento o Hospital S. Luiz Gonzaga S. Paulo A REAÇÃO DA LEPROMINA NA TUBERCULOSE ABRAHÃO ROTBERG Do Senat. "Padre Bento" (D. P. L S. Paulo) e Centro Internacional de Leprologia

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DIAGNOSTICADOS COM HANSENÍASE EM TERESINA-PI NO ANO DE 2016.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DIAGNOSTICADOS COM HANSENÍASE EM TERESINA-PI NO ANO DE 2016. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DIAGNOSTICADOS COM HANSENÍASE EM TERESINA-PI NO ANO DE 2016. BARROSO, A.M.C 1 ; REZENDE, A.C.S 1; SILVA, A.K.M 1 ; SANTOS, N.S 1 ; ARAÚJO, Y.B.L.R 1 ; PIEROTE, B.L.F². ¹

Leia mais

Avaliação clínica e sorológica de comunicantes de hanseníase

Avaliação clínica e sorológica de comunicantes de hanseníase I UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808 Monografia (MED-B60) Avaliação clínica e sorológica de comunicantes de hanseníase Tâmila Pires da Silva

Leia mais

SOROPOSITIVIDADE ANTI PGL-I EM CONTATOS DOMICILIARES DE CASOS DE HANSENÍASE NA MICRORREGIÃO DE ALMENARA, MINAS GERAIS

SOROPOSITIVIDADE ANTI PGL-I EM CONTATOS DOMICILIARES DE CASOS DE HANSENÍASE NA MICRORREGIÃO DE ALMENARA, MINAS GERAIS Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem Ana Paula Mendes Carvalho SOROPOSITIVIDADE ANTI PGL-I EM CONTATOS DOMICILIARES DE CASOS DE HANSENÍASE NA MICRORREGIÃO DE ALMENARA, MINAS GERAIS

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE RECIDIVA DE HANSENÍASE DIAGNOSTICADOS ENTRE 1994 E 2010 NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE RECIDIVA DE HANSENÍASE DIAGNOSTICADOS ENTRE 1994 E 2010 NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT 0 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS E SAÚDE CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE RECIDIVA

Leia mais

portadores de hanseníase em

portadores de hanseníase em artigos originais Slete Ferreira da Silva 1 Rosane Hart Griep 2 Reação hansênica em pacientes portadores de hanseníase em centros de saúde da Área de Planejamento 3.2. do Município do Rio de Janeiro Leprosy

Leia mais

REAÇÃO REVERSA NODULAR TARDIA SIMULANDO RECIDIVA: A IMPORTÂN- CIA DA HISTÓRIA CLÍNICA E DOS EXA- MES LABORATORIAIS

REAÇÃO REVERSA NODULAR TARDIA SIMULANDO RECIDIVA: A IMPORTÂN- CIA DA HISTÓRIA CLÍNICA E DOS EXA- MES LABORATORIAIS seção anátomo-clínica Jaison Antônio Barreto 1 Fernanda Chagas de Alencar Marinho 2 Letícia Arsie Contin 2 Maria Esther S. Nogueira 3 REAÇÃO REVERSA NODULAR TARDIA SIMULANDO RECIDIVA: A IMPORTÂN- CIA DA

Leia mais

A. Lima 1+ ; l.a. Souza 2 ; M.P.M.veiga 2

A. Lima 1+ ; l.a. Souza 2 ; M.P.M.veiga 2 Scientific Electronic Archives Volume 5 p. 34-38 2014 Incidência e Taxa de Cura de Hanseníase de 2006 a 2010 em Sinop, Mato Grosso. Incidence and Cure Rate of Leprosy from 2006 to 2010 in Sinop, Mato Grosso.

Leia mais

DESCRITORES:Mycobacterium leprae. ELISA. Anticorpos antipgl-1. Portadores de hanseníase. Contatos domiciliares.

DESCRITORES:Mycobacterium leprae. ELISA. Anticorpos antipgl-1. Portadores de hanseníase. Contatos domiciliares. artigo original AVALIAÇÃO DOS ANTICORPOS SÉRICOS TOTAIS ANTIGLICOLIPÍDEO FENÓLICO DE Mycobacterium leprae EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE HANSENÍASE E SEUS CONTATOS DOMICILIARES NO ESTADO DE GOIÁS, BRASIL

Leia mais

Programa Nacional de Hanseníase

Programa Nacional de Hanseníase Programa Nacional de Hanseníase Situação epidemiológica da Hanseníase no Brasil - 2010 Rosa Castália França Ribeiro Soares Coordenadora do Programa Nacional de Hanseníase e Doenças em Eliminação Secretaria

Leia mais

2 MATERIAL E MÉTODOS 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO

2 MATERIAL E MÉTODOS 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO AVALIAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO PERÍODO DE AGOSTO DE 1937 A DEZEMBRO DE 1980, NO SERVIÇO DE DERMATOLOGIA SANÍTARIA DO CENTRO DE SAÚDE DE CAMPOS Luiz Augusto Nunes TEIXEIRA 1 Luiz Fernando

Leia mais

SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA

SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA SITUAÇÃO DA ENDEMIA HANSÊNICA APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO NO ESTADO DA PARAÍBA José Airton Cavalcanti de MORAIS* Alcineide FERRER* RESUMO Estudo epidemiológico

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período: Fevereiro/2015 a Julho/2015 (X) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título

Leia mais

Avaliação da concordância entre exames clínicos e laboratoriais no diagnóstico da hanseníase

Avaliação da concordância entre exames clínicos e laboratoriais no diagnóstico da hanseníase Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 41(Suplemento II):48-55, 2008 Avaliação da concordância entre exames clínicos e laboratoriais no diagnóstico da hanseníase Evaluation of the agreement

Leia mais

Resultados. Grupo SK/aids

Resultados. Grupo SK/aids 40 Resultados Em virtude da quantidade e da complexidade dos dados obtidos, optou-se pela apresentação individual dos resultados na forma de Quadros que se encontram em Anexo; e para facilitar a visualização

Leia mais

Ana Regina Coelho de Andrade

Ana Regina Coelho de Andrade UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS SOROPREVALÊNCIA DO TESTE ML FLOW EM CONTATOS DE HANSENÍASE DE MINAS GERAIS Ana Regina Coelho de Andrade Belo Horizonte 2007 Ana Regina Coelho de Andrade SOROPREVALÊNCIA

Leia mais

Bacharel em Farmácia pela Faculdade São Paulo FSP, 2

Bacharel em Farmácia pela Faculdade São Paulo FSP,   2 29 Rev Enfermagem e Saúde Coletiva, Faculdade São Paulo FSP, 2016 Reações Hansênicas Tipo I Diagnosticados no Período de 2010 a 2014 na Unidade Básica de Saúde da Família Albert Sabin no Município de Rolim

Leia mais

DESCENTRALIZAÇÃO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL Elizabeth Aparecida de Souza 1 Maristela Salete Maraschin 2 Patrícia de Aguiar Dias 3

DESCENTRALIZAÇÃO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL Elizabeth Aparecida de Souza 1 Maristela Salete Maraschin 2 Patrícia de Aguiar Dias 3 DESCENTRALIZAÇÃO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL Elizabeth Aparecida de Souza 1 Maristela Salete Maraschin 2 Patrícia de Aguiar Dias 3 Resumo: A hanseníase é uma doença muito antiga, considerada

Leia mais

RECIDIVA EM HANSENÍASE: INVESTIGAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

RECIDIVA EM HANSENÍASE: INVESTIGAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO RECIDIVA EM HANSENÍASE: INVESTIGAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Ana Beatriz Paschoal Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida ana.bp@puccamp.edu.br Prof. Dr. Aguinaldo

Leia mais

Inquérito Sorológico com ML Flow em Contatos. de Pacientes de Hanseníase no Município de Duque. de Caxias/ RJ

Inquérito Sorológico com ML Flow em Contatos. de Pacientes de Hanseníase no Município de Duque. de Caxias/ RJ Inquérito Sorológico com ML Flow em Contatos de Pacientes de Hanseníase no Município de Duque de Caxias/ RJ Karla Lucena Sampaio Calado Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação

Leia mais

HANSENÍASE. Prof. Natale Souza

HANSENÍASE. Prof. Natale Souza HANSENÍASE Prof. Natale Souza O QUE É UM CASO DE HANSENÍASE? Considera-se caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais, a qual necessita de tratamento com poliquimioterapia

Leia mais

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HANSENÍASE- N 01/2011

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HANSENÍASE- N 01/2011 PREFEITURA DE MOSSORÓ SECRETARIA MUNICIPAL DE CIDADANIA GERÊNCIA EXECUTIVA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÃNCIA À SAÚDE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HANSENÍASE- N 01/2011 Apesar dos

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar.

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar. Declaração de Conflitos de Interesse Nada a declarar. Infecções Respiratórias Bacterianas Pesquisa de antígenos urinários Caio Mendes Consultor Médico em Microbiologia i Clínica Grupo de Consultoria em

Leia mais

Relações Ambiente Microorganismos

Relações Ambiente Microorganismos Faculdade Pitágoras Curso: Enfermagem Mycobacterium Relações Ambiente Microorganismos Mycobacterium Prof a. Adriana Silva 1 MICOBACTÉRIAS Mycobacterium tuberculosis 1. Morfologia e Identificação 1.1.Microorganismos

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE O NOVO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS. Ivair Danziger Araújo

RELAÇÃO ENTRE O NOVO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS. Ivair Danziger Araújo 5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG RELAÇÃO ENTRE O NOVO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL COM O ÍNDICE DE MASSA

Leia mais

LEVANTAMENTO E PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO ESTADO DO TOCANTINS

LEVANTAMENTO E PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO ESTADO DO TOCANTINS LEVANTAMENTO E PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO ESTADO DO TOCANTINS Eduardo Bernardo Chaves Neto; Sandra Maria Botelho Pinheiro ;Fabiana Ribeiro Q. de Oliveira Fagundes Aluno do Curso de Medicina;

Leia mais

DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE ATRAVÉS DO EXAME DE CONTATOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.

DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE ATRAVÉS DO EXAME DE CONTATOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. ARTIGOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE ATRAVÉS DO EXAME DE CONTATOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Rita Sosnoski Camello 1 Detection of a new leprosy patients

Leia mais

JAISON ANTÔNIO BARRETO. Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências

JAISON ANTÔNIO BARRETO. Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências JAISON ANTÔNIO BARRETO Avaliação de pacientes com hanseníase na faixa virchowiana diagnosticados entre 1990 e 2000 e tratados com poliquimioterapia 24 doses e seus comunicantes na fase de pós-eliminação

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS ACHADOS MAMOGRÁFICOS CLASSIFICADOS CONFORME SISTEMA BI RADS¹. Beatriz Silva Souza², Eliangela Saraiva Oliveira Pinto³

AVALIAÇÃO DOS ACHADOS MAMOGRÁFICOS CLASSIFICADOS CONFORME SISTEMA BI RADS¹. Beatriz Silva Souza², Eliangela Saraiva Oliveira Pinto³ Avaliação dos achados mamográficos classificados... 205 AVALIAÇÃO DOS ACHADOS MAMOGRÁFICOS CLASSIFICADOS CONFORME SISTEMA BI RADS¹ Beatriz Silva Souza², Eliangela Saraiva Oliveira Pinto³ Resumo: Objetivou-se

Leia mais

Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico Leprosy: reality of the clinical diagnosis

Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico Leprosy: reality of the clinical diagnosis ARTIGO ORIGINAL LASTÓRIA, J.C. et. al. Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico Leprosy: reality of the clinical diagnosis Joel Carlos Lastória

Leia mais

Risco de desenvolver hanseníase em contatos de pacientes, segundo positividade ao teste anti PGL-I e situação vacinal (BCG)

Risco de desenvolver hanseníase em contatos de pacientes, segundo positividade ao teste anti PGL-I e situação vacinal (BCG) Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Doutorado em Saúde Pública Risco de desenvolver hanseníase em contatos de pacientes, segundo positividade ao teste anti PGL-I

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DAS VARIANTES DO MÉTODO DE COLORAÇÃO DE MICOBACTÉRIAS

ESTUDO COMPARATIVO DAS VARIANTES DO MÉTODO DE COLORAÇÃO DE MICOBACTÉRIAS 37 ESTUDO COMPARATIVO DAS VARIANTES DO MÉTODO DE COLORAÇÃO DE MICOBACTÉRIAS Holmes Campanelli COSTA 1 Luiz Carlos Duarte de SOUZA 2 Jussara Pereira MARTINI 3 Lucilene FERRAZOLI 4 Maria Conceição MARTINS

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE CARVEL SUPRIEN CARACTERIZAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, E RESPOSTA AO TRATAMENTO EM CRIANÇAS

Leia mais

Pa l a v r a s-c h a v e Hanseníase, clínica, epidemiologia, prevenção, controle, incapacidades

Pa l a v r a s-c h a v e Hanseníase, clínica, epidemiologia, prevenção, controle, incapacidades Imp o r t â n c i a da as s i s t ê n c i a multidisciplinar no ac o m p a n h a m e n t o do s portadores de hanseníase e na prevenção de incapacidades The importance of multidisciplinary care in monitoring

Leia mais

Microscopia e Métodos de Coloração Bacteriana 1

Microscopia e Métodos de Coloração Bacteriana 1 Microscopia e Métodos de Coloração Bacteriana 1 MICROSCOPIO DE LUZ: 1000 a 1500 x Até 5000 x Microscopia e Métodos de Coloração Bacteriana 2 MICROSCOPIO DE LUZ : Partes do Microscópio de Luz: Microscopia

Leia mais

INTERCORRÊNCIAS PELAS DROGAS UTILIZADAS NOS ESQUEMAS POLIQUIMIOTERÁPICOS EM HANSENÍASE

INTERCORRÊNCIAS PELAS DROGAS UTILIZADAS NOS ESQUEMAS POLIQUIMIOTERÁPICOS EM HANSENÍASE 46 INTERCORRÊNCIAS PELAS DROGAS UTILIZADAS NOS ESQUEMAS POLIQUIMIOTERÁPICOS EM HANSENÍASE Maria Eugenia Noviski GALLO* José Augusto da Costa NERY** Cláudia de Castro GARCIA*** RESUMO - Os autores apresentam

Leia mais

Estudo retrospectivo de recidiva da hanseníase no Estado do Espírito Santo

Estudo retrospectivo de recidiva da hanseníase no Estado do Espírito Santo ARTIGO/ARTICLE Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 42(4):420-424, jul-ago, 2009 Estudo retrospectivo de recidiva da hanseníase no Estado do Espírito Santo Retrospective study on leprosy

Leia mais

Toxoplasma gondii em Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus 1758) da região Noroeste do Estado de São Paulo

Toxoplasma gondii em Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus 1758) da região Noroeste do Estado de São Paulo Toxoplasma gondii em Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus 758) da região Noroeste do Estado de São Paulo LUIZ PAULO NOGUEIRA AIRES, VINICIUS MATHEUS FERRARI 2, HERBERT SOUSA SOARES, CINARA

Leia mais

Palavras-chave: Glc-B, Mycobacterium tuberculosis, tuberculose latente, ELISA.

Palavras-chave: Glc-B, Mycobacterium tuberculosis, tuberculose latente, ELISA. CARACTERIZAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE TRABALHADORES DA ÁREA DA SAÚDE FRENTE AO ANTÍGENO Glc-B DO MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS. GUERREIRO REIS, Michelle Cristina 1 ; RABAHI, Marcelo Fouad; KIPNIS, André;

Leia mais

HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL DURANTE O ANO DE 2012

HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL DURANTE O ANO DE 2012 HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL DURANTE O ANO DE 2012 Ana Elisa P. Chaves (1), Kleane Maria F. Araújo (2) Maria Luísa A. Nunes (3),Thainá Vieira Chaves (4), Lucas Chaves Araújo (5) 1 Docente Saúde Coletiva-UFCG

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem Mestrado em Enfermagem. Angélica da Conceição Oliveira Coelho Fabri

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem Mestrado em Enfermagem. Angélica da Conceição Oliveira Coelho Fabri Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem Mestrado em Enfermagem Angélica da Conceição Oliveira Coelho Fabri PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO PELO MYCOBACTERIUM LEPRAE NA POPULAÇÃO DA MICRORREGIÃO

Leia mais

ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA HANSENÍASE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2011 A 2016

ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA HANSENÍASE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2011 A 2016 ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA HANSENÍASE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2011 A 2016 Larisa de Sá carvalho¹, Lorena Maria Souza Rosas², Herydiane Rodrigues

Leia mais

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016 RANKING EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO PARÁ DE 2013 A 2015 Luana Neves Alves Maíra Catherine Pereira Turiel Marjorey Lima de Souza Naiz Machado Ramos Tayane dos Santos Silva RESUMO Hanseníase é uma doença

Leia mais

Juliana Cunha Sarubi

Juliana Cunha Sarubi UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA Juliana Cunha Sarubi ESTUDO COMPARATIVO DAS TÉCNICAS DE ZIEHL-NEELSEN E AURAMINA O NA BACILOSCOPIA DO RASPADO DÉRMICO DE QUATRO E SEIS SÍTIOS

Leia mais

A PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE NOS ANOS DE 2001 A 2010 NO MUNICÍPIO DE TRINDADE-GO.

A PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE NOS ANOS DE 2001 A 2010 NO MUNICÍPIO DE TRINDADE-GO. Artigo apresentado no III Seminário de Pesquisas e TCC da FUG no semestre 2012-1 A PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE NOS ANOS DE 2001 A 2010 NO MUNICÍPIO DE TRINDADE-GO. Marco Túlio O. De Paiva 1 Marielzi B.Mota

Leia mais

REAÇÃO REVERSA MACULAR DA HANSENÍASE: RELATO DE CASO

REAÇÃO REVERSA MACULAR DA HANSENÍASE: RELATO DE CASO SEÇÃO ANÁTOMO-CLÍNICA Flávia Cury Rezende 1 Beatrice Martinez Zugaib Abdalla 2 Cintia Botelho Silveira 3 Priscilla Guedes Pecoroni de Almeida 4 Fernanda Fagioli Bombonatti 5 Lúcia Ito 6 Carlos d Apparecida

Leia mais

Delma Brito de Sousa. Análise do padrão espacial de casos e contatos de hanseníase em São Luís - MA

Delma Brito de Sousa. Análise do padrão espacial de casos e contatos de hanseníase em São Luís - MA Delma Brito de Sousa Análise do padrão espacial de casos e contatos de hanseníase em São Luís - MA Rio de Janeiro 2018 1 Delma Brito de Sousa Análise do padrão espacial de casos e contatos de hanseníase

Leia mais

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Prefeito Municipal Marcio Lacerda Secretário Municipal de Saúde Marcelo Gouvêa Teixeira Secretário Municipal Adjunto

Leia mais

Eliane Aparecida Silva

Eliane Aparecida Silva Eliane Aparecida Silva QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE ANTICORPOS ANTI-PGL-I, NEOPTERINA E PROTEÍNA C REATIVA EM PACIENTES COM HANSENÍASE DURANTE A POLIQUIMIOTERAPIA Dissertação apresentada ao Programa

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE GURUPI, TOCANTINS, BRASIL, ENTRE 2003 E 2013

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE GURUPI, TOCANTINS, BRASIL, ENTRE 2003 E 2013 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE GURUPI, TOCANTINS, BRASIL, ENTRE 2003 E 2013 SILVA, Marcos Gontijo da 1 CORDEIRO, Winglerson dos Santos 2 COSTA, Amanda Pereira da 3 GONTIJO, Érica Eugênio

Leia mais

Eliminação da Hanseníase

Eliminação da Hanseníase A hanseníase pode ser facilmente curada com PQT. A PQT está disponível gratuitamente em todos os postos, centros de saúde e unidades saúde da família. Leprosy Elimination Group World Health Organisation

Leia mais

CASUÍSTICA E MÉTODOS. Vista frontal do Coreto do Instituto Lauro de Souza Lima - FOTO produzida por José Ricardo Franchim, 2000.

CASUÍSTICA E MÉTODOS. Vista frontal do Coreto do Instituto Lauro de Souza Lima - FOTO produzida por José Ricardo Franchim, 2000. CASUÍSTICA E MÉTODOS Vista frontal do Coreto do Instituto Lauro de Souza Lima - FOTO produzida por José Ricardo Franchim, 2000. 10 3- CASUÍSTICA E MÉTODOS LOCAL O estudo foi realizado no ILSL, na cidade

Leia mais

TÂNIA MARA PIRES MORAES

TÂNIA MARA PIRES MORAES TÂNIA MARA PIRES MORAES AVALIAÇÃO SOROLÓGICA DOS ANTÍGENOS MICOBACTERIANOS ND-O- BSA, LID-1 E NDO-LID EM PACIENTES COM HANSENÍASE, CONTATOS INTRADOMICILIARES E ESTUDANTES DE UM MUNICÍPIO HIPERENDÊMICO

Leia mais

Desenvolvimento e validação de métodos diagnósticos para uso na epidemiologia e controle da esquistossomose no Brasil

Desenvolvimento e validação de métodos diagnósticos para uso na epidemiologia e controle da esquistossomose no Brasil 15ª Reunião do Programa Integrado de Esquistossomose (PIDE) Desenvolvimento e validação de métodos diagnósticos para uso na epidemiologia e controle da esquistossomose no Brasil Paulo Marcos Zech Coelho

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose - 2019 Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2017 1 milhão casos 2017 2016-2020 Situação no Brasil Incidência de TB Populações

Leia mais

ANÁLISE ESPACIAL DA ENDEMIA HANSÊNICA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS BRASIL

ANÁLISE ESPACIAL DA ENDEMIA HANSÊNICA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS BRASIL ANÁLISE ESPACIAL DA ENDEMIA HANSÊNICA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS BRASIL Mariana Slywitch Noronha 1 Avenida Pará, 1720-Bloco 2H- Bairro Umuarama, Uberlândia-MG CEP:38400-902 Núbia Cássia

Leia mais

Zika/Dengue TRIO ECO Teste

Zika/Dengue TRIO ECO Teste Zika/Dengue TRIO ECO Teste Porque precisamos utilizar o TRIO Zika/Dengue Ab/Ag ECO Teste? A homologia da proteína do vírus Zika e Dengue está entre 53-58%, de modo que o teste sorológico Zika pode apresentar

Leia mais

Recentemente o Ministério da Saúde (MS), baseado nas

Recentemente o Ministério da Saúde (MS), baseado nas ARTIGO ORIGINAL Persistência de bacilos viáveis em pacientes de hanseníase multibacilar altamente bacilíferos após doze doses do esquema poliquimioterápico (PQT/OMS) João Carlos Regazzi Avelleira 1 Francisco

Leia mais

Sorologia da hanseníase utilizando PGL-I: revisão sistemática

Sorologia da hanseníase utilizando PGL-I: revisão sistemática Sorologia da hanseníase utilizando PGL-I: revisão sistemática Leprosy serology using PGL-I: a systematic review Rodrigo Scaliante de Moura 1, Karla Lucena Calado 2, Maria Leide W. Oliveira 2 e Samira Bührer-Sékula

Leia mais

MÉTODOS DE COLORAÇÃO BACTERIANA. Os Métodos de Coloração Facilitam a Visualização dos Microrganismos ao Microscópio de Luz

MÉTODOS DE COLORAÇÃO BACTERIANA. Os Métodos de Coloração Facilitam a Visualização dos Microrganismos ao Microscópio de Luz 1 Os Métodos de Coloração Facilitam a Visualização dos Microrganismos ao Microscópio de Luz Preparação a fresco Preparação corada 2 MÉTODOS DE COLORAÇÃO DIFERENCIAIS: Método de Coloração Diferencial Morfologia

Leia mais

Coordenação do Programa de Controle de Hanseníase CCD/COVISA/SMS

Coordenação do Programa de Controle de Hanseníase CCD/COVISA/SMS Coordenação do Programa de Controle de Hanseníase CCD/COVISA/SMS HANSENÍASE HISTÓRIA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA CLÍNICA HISTÓRICO LEPRA (hebráico, significa impureza): na bíblia encontram-se relatos de doenças

Leia mais

UFPA- FAMET- Brasil- Belém-

UFPA- FAMET- Brasil- Belém- ESTUDO DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO PARA O PERIODO DE 1975 A 1994 NA CIDADE DE BELÉM-PA Luciana Danielle Antunes Monteiro 1, Maria Aurora Santos da Mota 2 1 UFPA- FAMET- Brasil- Belém- luciana.ufpa@yahoo.com.br

Leia mais

USO DA ESCALAS MIF E SF-36 NO PROCESSO DE AUDITORIA,CONTROLE E AVALIAÇÃO DO SUS EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE LONDRINA.

USO DA ESCALAS MIF E SF-36 NO PROCESSO DE AUDITORIA,CONTROLE E AVALIAÇÃO DO SUS EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE LONDRINA. USO DA ESCALAS MIF E SF-36 NO PROCESSO DE AUDITORIA,CONTROLE E AVALIAÇÃO DO SUS EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE LONDRINA. Nishida, Márcio Makoto 1 (*); Pereira, Meiry Alonso Rodrigues

Leia mais