Introdução de Tecnologias no Sistema de Produção de Bovino de Corte no Pantanal, Sub-Região da Nhecolândia, MS

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1 Introdução de Tecnologias no Sistema de Produção de Bovino de Corte no Pantanal, Sub-Região da Nhecolândia, MS Urbano Gomes Pinto de Abreu Liciana V.A.S. Chalita André Steffens Moraes Judith Maria Ferreira Loureiro

2 ISSN Introdução de Tecnologias no Sistema de Produção de Bovino de Corte no Pantanal, Sub-Região da Nhecolândia, MS Urbano Gomes Pinto de Abreu Liciana V.A.S. Chalita André Steffens Moraes Judith Maria Ferreira Loureiro Corumbá 2000

3 Embrapa Pantanal. Circular Técnica, 25 Exemplares desta publicação podem ser solicitados à Embrapa Pantanal Rua 21 de Setembro, 1880 Caixa Postal 109 Fax: (067) Telefone: (067) Corumbá, MS Homepage: Comitê de Publicações Emiko Kawakami de Resende - Presidente Vânia da Silva Nunes - Secretária Executiva Balbina Maria Araújo Soriano Cristina Aparecida Gonçalves Rodrigues André Steffens Morais Regina Célia Rachel dos Santos - Secretária 1ª edição: 1ª impressão (2000): 200 exemplares 2ª edição (2002): Formato digital ABREU, U.G.P. de; CHALITA, L.V.A.S.; MORAES, A.S.; LOUREIRO, J.M.F. Introdução de tecnologias no sistema de produção de bovino de corte no Pantanal, sub-região da Nhecolândia, MS. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2000, 37p. (Embrapa Pantanal. Circular Técnica, 25). ISSN Bovino de corte - Produção - Pantanal - Brasil. 2. Pantanal - Bovino - Produção - Brasil. I. Embrapa Pantanal (Corumbá, MS). II. Título. III. Série. CDD Copyright EMBRAPA-2000

4 SUMÁRIO Pág. RESUMO... 5 ABSTRACT... 7 INTRODUÇÃO... 8 OBJETIVO... 9 MATERIAL E MÉTODOS... 9 RESULTADOS E DISCUSSÃO Produção e fitofisionomias vegetais Freqüência de nascimentos Reconcepção Idade à primeira cria Vacas "criando" e vacas "solteiras" Taxas de nascimento, mortalidade e desmama RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 34

5 5 INTRODUÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE BOVINO DE CORTE NO PANTANAL, SUB-REGIÃO DA NHECOLÂNDIA, MS Urbano Gomes P. de Abreu 1 Liciana V. A. S. Chalita 2 André Steffens Moraes 3 Judith Maria F. Loureiro 4 RESUMO: A difusão e adoção de tecnologias no sistema de produção do Pantanal sempre constituíram pontos de estrangulamentos para o aumento da eficiência da atividade pecuária na região. Por meio do acompanhamento técnico do retiro Chatelodo, localizado na sub-região da Nhecolândia, MS, no período de maio/1994 a novembro/1998, foi possível avaliar o efeito da introdução de tecnologias no sistema de produção tradicionalmente realizado na região. O estudo foi desenvolvido durante nove "trabalhos de gado", dois a cada ano (maio/junho e outubro/novembro). As tecnologias implantadas foram: desmama antecipada, everminação estratégica das fêmeas de reposição, identificação e acompanhamento do desempenho das matrizes, monta controlada, utilização de touros do plantel da própria fazenda e redução da proporção touro:vaca. No início do trabalho, por meio de um mapa de vegetação da Nhecolândia na escala 1:50.000, a área do retiro foi recortada e ampliada para a escala de 1:25.000, utilizando um Sistema de Informações Geográficas (SIG), que auxiliou na análise e estudo das interações dos ambientes e na definição da área de cada fitofisionomia nas invernadas de cria. Durante a realização dos "trabalhos de gado", as matrizes foram classificadas em paridas ou solteiras. As fêmeas, que em dois trabalhos consecutivos estivessem na situação de solteiras, eram submetidas à apalpação retal para diagnóstico de gestação. Os bezerros, quando do nascimento e "curação" do umbigo recebiam um picote característico do mês de nascimento. As freqüências das vacas que durante os trabalhos de gado 1 Méd.-Vet., M.Sc., EMBRAPA - Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal, C. P. 109, CEP Corumbá, MS. 2 Eng.-Agr., Ph.D., UNESP - Botucatu, C. P. 502, CEP Botucatu, SP. 3 Oceanólogo, M.Sc., EMBRAPA - Centro de Pesquisa Agrocuária do Pantanal, C.P. 109, CEP Corumbá, MS.

6 6 eram classificadas como paridas (1) e solteiras (0), sendo de natureza binária, foram analisadas por regressão logística linear. O número de bezerros desmamados aumentou de 598 animais no primeiro ano (1994/95), para 631, 671 e 604 animais nos períodos de 1995/96, 1996/97 e 1997/98, respectivamente. Ressalta-se que o período 1997/98 é conseqüência de adaptação do rebanho de cria à implantação da estação de monta. Termos de indexação: criação de bovinos, manejo, tecnologia, Pantanal. 4 Méd.-Vet., B.Sc., EMBRAPA - Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal, C.P. 109, CEP Corumbá, MS.

7 7 INTRODUCTION OF CATTLE RANCING TECHNOLOGIES IN THE PANTANAL WETLANDS - NHECOLÂNDIA SUBREGION ABSTRACT: The diffusion and adoption of technologies by the Pantanal production system has been a bottle neck to increase efficiency of cattle breeding in the region. Through management studies at the Chatelodo Farm, located in the sub-region of the Nhecolândia, from May/94 to November/98, it was possible to evaluate the effect of the introduction of technologies in the production system traditionally carried through in the region. The study was conducted during nine "cattle works" periods, two per year (May/June and October/November). The adapted technologies were: anticipated wean, strategical evermination of replacement females, identification and monitoring of cows performance, breeding season, use of breeding bulls by the farm owner and reduction of the bull:cow ratio. In the beginning of the study, usine a vegetation map of the Nhecolândia in the 1:50,000 scale, the farm area was cut out and extended to the 1:25,000 scale, using the Geographic Information System (SIG). Such action assisted in the analysis and study of the environment interaction and in the definition of the area of each fitofisionomy in the pastures. During the accomplishment of "cattle works" periods, cows were classified in single or pregnant and females classified as single in two consecutive works were, submitted to retal feeling for pregnancy diagnosis. The calves received a picot at birth or during navel treatment, to characterize the birth month. The frequencies of cows classified as pregnant (1) or singles (0), being of binary nature, were analyzed through linear logistic regression. The number of weaned calves increased from 598 animals in the first year (94/95), to 631, 671, and 604 animals in the periods of 95/96, 96/97 and 97/98, respectively. The last period (97/98) already is the result of adaptation of the herd to the breeding season implantation. Keywords: cattle ranching, cattle management, introduction of technologies, Pantanal.

8 8 INTRODUÇÃO A introdução de tecnologias nos sistemas reais de produção do Pantanal, sempre constituíram ponto de estrangulamento para o aumento da eficiência da atividade pecuária na região. Diferentes motivos, tais como: inexistência de serviço de extensão rural, falta de preparo de mão-de-obra, peculiaridades ambientais da região, desenvolvimento de tecnologias em ambientes controlados sem validação em propriedades particulares, entre outros, contribuíram para a pouca adoção de tecnologias por parte dos produtores do Pantanal. A Embrapa Pantanal, visando a otimizar a difusão e adoção de tecnologias dentro do enfoque de sistemas, vem desenvolvendo, desde 1991, projeto de monitoramento de sistemas reais de produção, para introdução de tecnologias (Almeida et al., 1996). A análise de sistema é o estudo de como as partes componentes de um sistema interagem e contribuem para seu funcionamento, permitindo a coleta de informações, melhorando o conhecimento sobre os sistemas de produção animal e criando oportunidade de interação entre instituições de pesquisa, desenvolvimento e extensão e produtores rurais (Assis & Brockington, 1995). Havendo, para isso, a necessidade de o sistema ser definido por um potencial e caracterizado por índices de eficiência e produtividade, nunca pela aparência ou por técnicas empregadas (Faria & Silva, 1995). Segundo Frank (1997), a lenta taxa de adoção de tecnologia por parte do produtor pode ser reflexo das perspectivas limitadas dos pesquisadores. O fazendeiro maneja sistemas agroecológicos observando as interações e a dinâmica entre os elementos do sistema. Assim, os pesquisadores necessitam entender e avaliar os sistemas para aumentar a velocidade de transferência e adoção de tecnologias. O Pantanal é uma planície localizada no Centro-Oeste do Brasil. Essa planície, sujeita à alternância de períodos secos e de enchentes, faz parte da Bacia do Alto Paraguai, constituída por vários rios e corpos d'água temporários e com baixo índice de declividade, o que provoca ocorrência de

9 9 inundações periódicas de diferentes intensidades e com duração e extensão do alagamento muito variável. A pecuária extensiva de corte é a principal atividade econômica desenvolvida na planície pantaneira. O rebanho é estimado em e reses em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, respectivamente, perfazendo um total de animais (Silva et al., 1998). A atividade é desenvolvida de forma extensiva e o manejo do gado de acordo com o regime de enchentes (Pott et al., 1989). As propriedades são de dimensões grandes e apresentam poucas subdivisões com os animais recebendo poucos cuidados e mantidos quase que exclusivamente em pastagens nativas (Cadavid Garcia, 1986). Segundo Pott el al. (1989), existem dois períodos críticos de restrição alimentar: um, do auge ao final da cheia (fevereiro a maio), e outro, do meio ao final da seca (agosto a setembro). A alimentação básica (Pott, 1988) constitui-se quase, exclusivamente, das seguintes forrageiras: capim-mimoso (Axonopus purpusii), Mesosetum lolüforme e grama-de-carandazal (Panicum laxum). OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi avaliar o sistema produtivo e implantar tecnologias, verificando os pontos de estrangulamento, otimizando a introdução de tecnologias já geradas e fornecendo informações básicas para o desenvolvimento de novas tecnologias. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho de acompanhamento foi realizado no retiro Chatelodo (pertencente à fazenda Alegria) na sub-região da Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul.

10 10 As tecnologias implantadas foram: a) desmama antecipada (Almeida, 1985); b)everminação estratégica das fêmeas de reposição (Catto & Furlong, 1981); c) identificação das matrizes e acompanhamento do desempenho produtivo e reprodutivo (Almeida et al., 1996); d)monta controlada (Tullio, 1986); e) utilização de touros oriundos de plantel de seleção da própria fazenda (Rosa et al., 1996); f) avaliação e redução da proporção touro:vaca (Sereno et al., 1998). A sub-região da Nhecolândia compreende quilômetros quadrados (17,8%) de todo Pantanal Mato-Grossense. O rebanho bovino estimado por Cadavid Garcia (1986) foi de reses distribuídas em 187 propriedades, sendo 34,2% com mais de hectares. A fitofisionomia típica da sub-região é a presença de espécies lenhosas, apresentando ao seu redor pastagens naturais vizinhas às baias e salinas. Perifericamente a estas últimas, ocorre a pastagem nativa com destaque para o capim-mimoso (Axonopus purpusii) e o capim-mimosinho (Reimarochloa brasiliensis). Outros corpos d'água verificados na região são as vazantes e corixos. Os solos são essencialmente arenosos (Allens & Valls, 1987). As fazendas na sub-região da Nhecolândia possuem área média de hectares, com estimativa de reses. Percentualmente, as fitofisionomias são divididas em: mata - 9,8%, cerrado - 11,6%, campo cerrado - 6,3%, pastagem nativa - 38,5% e pastagem cultivada - 3,2%, além de 8,2% da área ocupada com corpos d'água (baias e vazantes). O número médio de divisões observadas foi de 7,8 invernadas com área média de hectares (Cadavid Garcia, 1986). A composição média do rebanho foi estimada por Cadavid Garcia (1986) em: 40,6% de vacas com mais de três anos, 3,2% de touros, 8,7% de novilhas de dois a três anos, 7,6% de novilhas de um a dois anos, 18,2% de bezerros em aleitamento, 10,2% de novilhos de um a três anos, 7,8% de bois com mais de três anos e 3,7% de vacas de descarte. A relação touro:vaca foi de 1:13; e o índice aproximado de natalidade foi de 45%, sem

11 11 ajuste da taxa de mortalidade de bezerros. No início do trabalho, o retiro possuía hectares distribuídos em quatro principais invernadas de cria (Abreu et al., 1997): Baitaca hectares (28%); Invernada hectares (17%); Invernada 2 e hectares (35%); Invernada hectares (20%). Durante o desenvolvimento do trabalho houve aquisição de uma invernada (Cocho Novo) com área de hectares, aumentando a área de cria do retiro para hectares e possibilitando realizar o entouramento das novilhas em local específico, para facilitar o controle. O manejo de gado nesse retiro era feito por três peões residentes, sendo realizada apenas a fase de cria. A recria de machos e fêmeas era feita no retiro Manduvi (também pertencente à fazenda Alegria). O proprietário comercializava boi magro com idade média de 30 meses. O trabalho de gado e a desmama eram realizados apenas uma vez ao ano. As vacas e touros não eram identificados e, o descarte, feito, basicamente, por causa da idade dos animais. A monta ocorria durante o ano inteiro e a relação touro:vaca era de 1:10. Os animais eram vacinados contra a febre aftosa e raiva e, os bezerros desmamados, contra carbúnculo sintomático (manqueira). O rebanho de cria recebia sal mineral com fórmula baseada nas recomendações de Pott et al. (1987). O projeto foi desenvolvido em quarto anos (maio de 1994 a maio de 1998), sendo realizados nove "trabalhos de gado". O retiro Chatelodo está localizado na parte central da Nhecolândia e possui sete tipos principais de ambiente (Abreu et. al. 1996): água, savana florestada, savana arborizada, savana gramíneo-lenhosa, savana arborizada + savana gramíneo-lenhosa e savana gramíneo-lenhosa + savana arborizada. Por meio de um mapa de vegetação na escala 1:50.000, a área do retiro foi recortada e ampliada para escala de 1:25.000, utilizando o Sistema de Informações Geográficas (SIG). O contorno da propriedade e as invernadas

12 12 foram georreferenciadas em campo com um Global Positioning System (GPS) e inseridos no SIG, o que permitiu observar as áreas ocupadas pelos sete ambientes encontrados por invernada, além de auxiliar na análise e estudo das interações dos ambientes com o manejo dos rebanhos. No primeiro trabalho de gado (TG), em maio de 1994, o número de vacas observado foi 1.075, tendo-se identificado o ano de nascimento dos animais. A relação touro: vaca foi mantida em 1:10, como tradicionalmente é realizada na região. As matrizes e touros foram numerados e os reprodutores também marcados com o número da invernada. A lotação observada em cada invernada foi a seguinte: 1 cabeça/5 hectares na invernada 1; 1 cabeça/4,2 hectares na invernadas 2 e 3; 1 cabeça/5,2 hectares na invernada 4 e 1 cabeça/5,2 hectares na invernada Baitaca. As vacas eram levadas ao curral de trabalho e classificadas conforme descrito por Almeida et al. (1996). Matrizes que passavam dois TGs subseqüentes na situação de solteira eram submetidas à palpação retal, visando ao diagnóstico de gestação; se permanecessem vazias, eram descartadas. O descarte de idade foi realizado a partir dos catorze anos, de acordo com os resultados obtidos por Abreu et al. (1997); fêmeas com defeito de tetas e as identificadas como "má criadeira" também eram descartadas. A partir do segundo TG, foi realizada a desmama antecipada dos bezerros, conforme preconizado por Almeida et al. (1994). Os bezerros eram encaminhados para leilão e, as bezerras, enviadas para invernada de recria, após vermifugação (Catto & Furlong, 1981). Os touros foram submetidos a dois exames andrológicos. O primeiro, realizado em dezembro de 1995, com descarte de 15% dos reprodutores, e outro, em outubro de 1998, sem ocorrência de descarte. A relação touro: vaca foi sendo reduzida a partir do momento que houve manejo dos reprodutores, inclusive descartes por má qualidade do sêmen e/ou idade avançada (Sereno et al., 1998). Houve atenção por parte do capataz, retireiro e peões na observação do comportamento dos animais quando ocorria

13 13 ajuntamento do rebanho próximo aos cocho ("dar rodeio"), visando à "curação" dos bezerros. Observaram, principalmente, a presença e a atividade reprodutiva nos rebanhos de matrizes, procurando identificar touros com menor libido. Os touros de reposição foram oriundos do plantel da raça Nelore do próprio produtor (Rosa et al., 1996). Nos meses de maior parição eram realizados "rodeios" pelo menos uma vez por semana, quando os bezerros tinham os umbigos desinfectados ou tratados se houvessem miíases. A prática de manejo de picotar a orelha do bezerro, conforme o mês de nascimento, foi importante porque possibilitou verificar os meses com maior concentração de nascimentos, visando à implantação da estação de monta específica para a propriedade, conforme preconizado por Tullio (1986). A monta controlada foi iniciada no período de reprodução 1996/97, com início em setembro de 1996 até abril de 1997(oito meses), quando os reprodutores foram então retirados. No ano seguinte, a monta iniciou em outubro de 1997 indo até março de 1998 (seis meses), ou seja, diminuíramse dois meses. Com objetivo de analisar as interações da incidência de chuvas, com as freqüências mensais de concepção e reconcepção nas diferentes invernadas, foram utilizadas as informações climáticas da estação da fazenda Nhumirim (Soriano, 1997). Durante o desenvolvimento dos TGs houve introdução de novilhas (Figura 1), permitindo analisar o efeito da reposição de matrizes sobre as taxas de natalidade e desmama de "fêmea exposta", no rebanho de cria, além de estimar a idade à primeira cria das novilhas.

14 numero de vacas % vacas novas ordem do trabalho de gado 0 total maduras novas FIG. 1. Estrutura etária do rebanho de cria do retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, conforme a ordem do trabalho de gado, As freqüências das vacas que durante os TGs eram classificadas como paridas (1) e solteiras (0) são de natureza binária. O resultado foi analisado por meio do modelo de análise logístico linear, tendo como variável independente a invernada, a ordem do TG e, como covariável contínua, a idade da vaca estimada em cada TG. O objetivo da análise foi estimar a curva de probabilidade de a vaca ser classificada como "criando" em função das variáveis independentes, possibilitando avaliar o efeito das tecnologias sobre a vida produtiva das vacas do Chatelodo, classificadas durante os TGs. Os parâmetros do modelo foram estimados por máxima verossimilhança, utilizando o programa SAS (SAS Institute, 1995), procedimento PROBIT com função de ligação logística, de acordo com as recomendações de Stokes et al. (1995). Utilizando os dados das parições das matrizes durante os quatro anos, foi verificada a distribuição dos nascimentos, além das freqüências de concepção e reconcepção das matrizes, considerando um período de gestação de 291 dias (Oliveira Filho et al., 1975). Essas Informações são básicas para análise de como as modificações introduzidas no sistema de produção estão mudando o comportamento dos índices produtivos tradicionais do Pantanal e

15 15 avaliar a estratégia de implantação e eficácia da introdução de tecnologias. A variável resposta assumiu "1" quando a vaca pariu em determinado mês e "0" caso contrário, sendo usado o procedimento PROBIT para análise dos resultados. As variáveis independentes foram: ano e mês. O ciclo de chuvas foi considerado covariável (efeitos linear, quadrático e cúbico) na análise da freqüência mensal de concepção. O ciclo de chuvas foi considerado como a quantidade de chuvas que incidiu no mês anterior, sendo considerado como intervalo de tempo para ocorrer a rebrota da pastagem nativa no Pantanal. A reconcepção, entendida como o número de matrizes que pariram em determinado mês e que voltaram a parir na estação de nascimento do ano subseqüente, também foi analisada de forma semelhante. RESULTADOS E DISCUSSÃO Produção e fitofisionomias vegetais O retiro Chatelodo, contando com a invernada adquirida recentemente, possui uma área total de 6990,6 hectares, sendo os sete tipos de ambiente existentes na propriedade distribuídos conforme apresentados na Tabela 1. TABELA 1. Distribuição dos tipos de ambientes no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, Discriminação Hectare % Água 512,2 (7) Cerradão 1.495,9 (21) Campo (aquática+arbustiva) 111,3 (2) Cerrado+campo 473,5 (2) Cerrado 167,5 (2) Campo 3.538,6 (51) Campo+cerrado 691,6 (10) Total 6.990,6 (100)

16 16 De forma geral, as proporções são diferentes das citadas por Cadavid Garcia (1986), principalmente em relação às percentagens de ambientes com presença de vegetação arbórea, provavelmente por causa das denominações diferentes da mesma fitofisionomia. Entretanto, a média de pastagem nativa verificada neste trabalho é proporcionalmente maior (51%) que a média estimada por Cadavid Garcia (1986) para o Pantanal da Nhecolândia (38,5%). Na Tabela 2 estão apresentados os diferentes ambientes por invernadas de cria. Verifica-se que as invernadas 2 e 3 possuem 62,5% de sua área com presença de campo, contrastando com a invernada 1 que possui, proporcionalmente, a menor área de campo (40%). As invernadas 1, 4 e Cocho Novo possuem proporções de seus ambientes bastante semelhantes. TABELA 2. Ambientes observados por invernada no retiro Chatelodo, subregião Nhecolândia, MS, Invernadas Ambiente Água Cerradão Campo ha % ha % ha (aquática + arbustiva) % ha Cerrado + Campo Cerrado Campo Campo + Cerrado Total % ha % ha % ha % ha % Invernada 1 Invernada 2/3 100 (11) 168,1 (19) 4,4 (0,5) 59,8 (6,5) 19,8 (2) 347,4 (40) 194,4 (21) 893,9 (100) 44,5 (2,4) 482,9 (25,6) 67,3 (3,6) 70 (3,7) 20,2 (1) 1.179,1 (62,5) 23,3 (1,2) 1.887,3 (100) Invernada 4 53,5 (5,1) 330,8 (31) 14,9 (1,3) 103,4 (10) 10,5 (1) 450,3 (43) 91,4 (8,6) 1.054,6 (100) Cocho Novo 105,5 (10,1) 97,9 (10) 8,8 (1) 139,1 (14) 61,8 (6,2) 403,2 (41) 175,9 (17,7) 992,2 (100) Baitaca 161,4 (10,5) 269,6 (17,4) 15,7 (1) 69,4 (4,5) 29,5 (2) 857,9 (56,2) 126,1 (8,2) 1.529,6 (100) Total 359,4 (7,3) 1.349,3 (21,4) 111,1 (1,6) 441,7 (6,8) 141,8 (2,4) 3.237,9 (50,6) 611,1 (9,9) 6.357,6 (100) Numa análise preliminar, Abreu et al. (1996) observaram correlações altas e positivas entre índices produtivos e a presença de campo e cerradão, e

17 17 também altas correlações negativas entre índices produtivos e fitofisionomias de transição (taxas de natalidade e desmama) (campo+cerrado e cerrado+campo). Isso pode ser explicado pela necessidade de o rebanho de cria alimentar-se com o que cada invernada oferece de disponibilidade forrageira, seja na forma de gramíneas e/ou de arbustos forrageiros. Também é preciso avaliar a dieta das matrizes em função do tipo de invernada, procurando compatibilizar as fases de maior necessidade alimentar (energética e protéica) das fêmeas com maior disponibilidade nutricional das fitofisionomias característica de cada invernada, além de analisar o hábito alimentar das diferentes categorias de cria, pois as necessidades variam com a idade e estado fisiológica das reses. Freqüência de Nascimentos O período utilizado para análise das freqüências de nascimentos foi do ano pecuário, de maio até abril do ano subseqüente. O número de bezerros nascidos nos períodos de 1994/95, 1995/96, 1996/97 e 1997/98 foram, respectivamente, de 616, 643, 695 e 604 bezerros. A diminuição de bezerros nascidos durante o período 1997/98, provavelmente, é reflexo da implantação do manejo de estação de monta. Na Figura 2, verifica-se que nos anos pecuários de 1994/95, 1995/96 e 1996/97 houve concentração dos nascimentos de julho até novembro quando ocorreram em média 68,07% das parições, permitindo inferir que o principal período de concepção das matrizes foi de setembro a janeiro. Como conseqüência da implantação de estação de monta, realizada em 1996/97, no período de 1997/98, observou-se que a concentração dos nascimentos de julho a novembro corresponderam a 85,9% das parições totais que aconteceram durante o ano. O teste de qui-quadrado das variáveis do modelo em relação à análise da freqüência de nascimentos é mostrada na Tabela 3 e os parâmetros estimados pela regressão logística são apresentados na Tabela 4. O efeito significativo (p < 0,001) da freqüência mensal de parições

18 18 era esperado em função das diferenças climáticas entre meses. Entretanto, o efeito de ano não foi significativo, provavelmente por causa do pouco tempo de implantação das tecnologias para que alterassem as freqüências anuais de parições. O efeito cúbico da covariável contínua incidência de chuvas foi significativo, confirmando ser o ciclo de chuvas um fator importante na freqüência de concepção e nascimento dos bezerros no Pantanal, em função de seu efeito sobre a qualidade e quantidade de pastagens nativas número de parições milímetros de chuva Mai/94 Jul/94 Set/94 Nov/94 Jan/95 Mar/95 Mai/95 Jul/95 Set/95 Nov/95 Jan/96 Mar/96 Mai/96 Jul/96 Set/96 Nov/96 Jan/97 Mar/97 Mai/97 Jul/97 Set/97 Nov/97 Jan/98 meses pariçoes chuvas FIG. 2. Freqüência de nascimentos nos anos de 1994/95, 1995/96, 1996/97 e 1997/98, no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, Os meses de maio, dezembro, janeiro, fevereiro e março não apresentaram diferença significativa em relação a abril (mês com menor número médio de parições), permitindo concluir que na implantação do manejo de estação de monta podem ser inicialmente excluídos os meses de março a julho, inclusive.

19 19 TABELA 3. Teste de Qui-quadrado das variáveis da análise da freqüência mensal de nascimento no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, Causas de variação GL χ² Pª Intercepto 1 45,29 0,0001 Mês 11 82,62 0,0001 Maio 1 2,30 0,13 Junho 1 3,12 0,08 Julho 1 11,33 0,0008 Agosto 1 16,04 0,0001 Setembro 1 9,94 0,0016 Outubro 1 11,03 0,0009 Novembro 1 9,43 0,0021 Dezembro 1 1,22 0,27 Janeiro 1 1,04 0,31 Fevereiro 1 0,18 0,67 Março 1 0,15 0,90 Abril 0 Ano 3 0,45 0, ,05 0, ,004 0, ,37 0, Chuva (linear) 1 8,59 0,003 Chuva (quadrática) 1 8,40 0,.003 Chuva (cúbica) 1 7,80 0,005 ª - nível de significância Legenda: GL=

20 20 TABELA 4. Estimativa dos parâmetros do modelo de regressão logística descritores da freqüência de nascimento no retiro Chatelodo, subregião Nhecolândia, MS, Variável Estimativa Erro padrão Intercepto -4,31 0,64 Mês Ano Maio 0,94 0,62 Junho 1,07 0,61 Julho 2,02 0,60 Agosto 2,35 0,60 Setembro 1,82 0,57 Outubro 2,02 0,61 Novembro 1,97 0,64 Dezembro 0,71 0,64 Janeiro 0,66 0,65 Fevereiro 0,28 0,65 Março 0,08 0,67 Abril 94 0,05 0, ,01 0, ,13 0,21 97 Chuva (linear) 0,03 0,01 Chuva (quadrática) -0,0003 0,00009 Chuva (cúbico) 0, , A Figura 3 apresenta as freqüências observadas no campo e as estimadas pelo modelo de análise da freqüência mensal de nascimentos. Analisando-se a probabilidade da freqüência de nascimentos em relação à covariável contínua incidência de chuvas, foi possível verificar que chuvas de 65,30 milímetros, no mês anterior à concepção, são as responsáveis pelo início da ocorrência de cio nas matrizes em função da rebrota das pastagens nativas.

21 21 25% frequências 20% 15% 10% freq obs freq est 5% 0% jan/94 jun/94 nov/94 abr/95 set/95 fev/96 jul/96 dez/96 mai/97 out/97 mar/98 meses FIG. 3. Freqüências estimadas e observadas do número de nascimentos ocorridos durante os períodos de 1994/95, 1995/96, 1996/97 e 1997/98, no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS. Reconcepção Apesar de ser causa de baixa taxa de natalidade, a reconcepção no Pantanal tem sido pouco estimada. Entretanto, apesar da dificuldade de avaliála, a maioria das tecnologias desenvolvidas para matrizes na região está relacionada com o aumento da probabilidade de a vaca reconceber em menor intervalo entre partos médios. A freqüência de reconcepção é muito dependente da maturidade sexual da matriz avaliada. As novilhas, pela grande distensão uterina durante a primeira prenhez sem que o sistema reprodutor esteja completamente desenvolvido, possuem um período de puerpério maior, causando aumento de intervalo entre o primeiro e segundo partos e diminuição da taxa de reconcepção (Tomar & Arora, 1972). As freqüências de reconcepção estão apresentadas na Figura 4. Ressalvando-se que apenas três períodos foram avaliados e que a estação de monta ainda não está completamente ajustada, observou-se que vacas que

22 22 parem no início da estação de nascimento apresentaram maior freqüência de reconcepção, similar ao verificado por Teixeira et al. (1997), ou seja, matrizes que parem mais cedo têm mais facilidade de repetição de cria no ano seguinte. A implantação da estação de monta deverá ajustar meses com maior número de parições com os de maior taxa de reconcepção no período, fazendo que haja maior probabilidade das vacas reconceberem número de parições percentagem de reconcepção 0 0 maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril meses num paricao perc reconcep FIG. 4. Número de parições e percentagem de reconcepção no período de 1994/95 a 1997/98 no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, O teste de qui-quadrado da freqüência de reconcepção é mostrado na Tabela 5. Observou-se que apenas os meses de fevereiro, março e abril não diferem, e houve efeito significativo do ano de avaliação (p < 0,0001). A razão de probabilidade do mês de maio para março do ano subsequente foi estimado em 36,52, ou seja, as chances de reconcepção no mês de maio são 36,52 vezes maiores que a reconcepção que ocorre no mês de abril do ano subseqüente.

23 23 TABELA 5. Teste de qui-quadrado das variáveis da análise da freqüência mensal de reconcepção, no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, Causas de variação GL χ² Pª Intercepto 1 35,04 0,0001 Mês ,36 0,0001 Maio 1 32,89 0,0001 Junho 1 37,35 0,0001 Julho 1 25,66 0,0001 Agosto 1 23,77 0,0001 Setembro 1 19,37 0,0001 Outubro 1 17,90 0,0001 Novembro 1 15,36 0,0001 Dezembro 1 9,87 0,27 Janeiro 1 4,72 0,31 Fevereiro 1 0,27 0,67 Março 0 Ano 2 44,44 0, ,32 0, ,44 0, ª - nível de significância LEGENDA: GL O efeito significativo do ano está relacionado com a introdução de novilhas de reposição a partir do quarto trabalho de gado, conforme pode ser verificado na Figura 1, causando diminuição da taxa de reconcepção das matrizes. Avaliando apenas as vacas maduras (fêmeas que tiveram duas crias), estimou-se reconcepção média de 38,53 % no período avaliado entre um determinado ano e o seguinte. A Figura 5 apresenta as freqüências observadas e estimadas pelo modelo de análise de reconcepção do rebanho em relação ao mês de parição.

24 24 No último período, observou-se a ocorrência de mudanças em função do efeito da estação de monta. Entretanto, em todos os períodos houve tendência das matrizes que parem cedo possuírem maior chance de reconceber no ano subseqüente. 0,8 probabilidades de reconcepção 0,7 0,6 0,5 0,4 prob obs 0,3 prob est 0,2 0,1 0 Mar/94 Jun/94 Set/94 Jan/95 Abr/95 Jul/95 Out/95 Fev/96 Mai/96 Ago/96 Dez/96 Mar/97 Jun/97 meses FIG. 5. Probabilidades observadas e estimadas de reconcepção de matrizes em função do mês de parição, no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS. Idade à Primeira Cria A idade à primeira cria (IPC) fornece uma visão de precocidade sexual dos rebanhos com evidentes reflexos na eficiência reprodutiva, sendo conseqüência direta da taxa de crescimento, tratando-se de uma característica de grande importância zootécnica que marca o início do processo produtivo (Abreu, 1991). Euclides Filho (1997), avaliando a pecuária de corte no Brasil Central, ressalta a importância da precocidade sexual visando ao aumento da eficiência no sistema de cria. Cezar e Euclides Filho (1996), por meio de simulação, concluíram que a redução da IPC para dois anos possibilita o incremento de 5% na quantidade de carcaça produzida/hectare. Quanto mais cedo uma

25 25 matriz produzir um bezerro maior será o desfrute e menor o número de categorias improdutivas no rebanho (Euclides Filho & Cezar,1995). No rebanho do retiro Chatelodo, as novilhas eram entouradas a partir de três anos de idade, conforme a disponibilidade visual de pastagens observadas em cada invernada. Com o trabalho realizado, foi possível avaliar em quais invernadas as novilhas apresentavam idade à primeira cria mais precoce e também entourá-las com idade de 24 a 30 meses. A idade média observada em 337 novilhas foi de 47,78 ± 10,26 meses (quatro anos). Esse resultado é semelhante ao observado por Pott et al. (1987). Encontra-se na Tabela 6 as IPCs em função do ano de nascimento das novilhas. Observou-se que entourando as novilhas mais cedo que o tradicional houve diminuição da IPC, mas muito pode ser melhorado com sistemas de manejo de recria de fêmeas e seleção de novilhas de reposição. Em 1996/97, de comum acordo com o proprietário e o capataz, a invernada Cocho Novo ficou determinada para receber as novilhas de reposição. As matrizes saíram da invernada citada após terem desmamado a primeira cria, sendo então distribuídas em invernadas de cria. Tal manejo visa a facilitar a identificação das fêmeas precoces e descarte das tardias, além de possibilitar a suplementação alimentar diferenciada nas épocas de restrição das pastagens nativas, que no Pantanal é peculiar, conforme relata Pott et al. (1989). TABELA 6. Idade à primeira cria das novilhas nascidas nos anos de 1991, 1992, 1993 e 1994, entouradas no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS. Ano de nascimento Nº IPC (meses) ,41 ± 11, ,90 ± 10, ,68 ± 4, ,50 ± 2,36 LEGENDA: IPC=idade à primeira cria.

26 26 Vacas "criando" e vacas "solteiras" A identificação das fêmeas e dos touros permitiu analisar o rebanho de forma eficiente. Durante os nove trabalhos de gado realizados foi possível acompanhar e classificar as vacas conforme a situação fisiológica (criando ou solteira), permitindo o descarte das improdutivas após a realização de diagnóstico de gestação, conforme método descrito por Almeida et al. (1996). Na Tabela 7, são mostradas as percentagens das matrizes maduras (vacas com mais de duas parições no rebanho) e das matrizes jovens (novilhas e vacas de primeiro parto) e do rebanho geral. Observou-se que a IPC muito tardia e a falta de controle com as novilhas causam diminuição nas percentagens de fêmeas criando, diminuindo a eficiência do rebanho cada vez que se aumenta o percentual de novilhas. Esse é um ponto que merece a atenção da pesquisa, tanto quanto o manejo de vacas primíparas. O descarte realizado durante os quatro anos de trabalho foi de 293 fêmeas, perfazendo o total de 27% do total do rebanho inicial (1.075 vacas), ou seja, em média houve um descarte anual de 6,8%, próximo ao estimado por Cadavid Garcia (1986) em propriedades de área semelhante e localizadas na sub-região da Nhecolândia. Nos períodos de 1994/95, 1995/96, 1996/97 e 1997/98, o número total de matrizes descartadas foram: 34, 49, 50 e 160, respectivamente. Com o desenvolvimento do trabalho houve pressão de descarte maior sobre as vacas, visando a selecionar matrizes com melhor desempenho reprodutivo.

27 27 TABELA 7 - Número e percentual (%) de fêmeas classificadas como "parida", "solteira" e "mojando", conforme a ordem do trabalho de gado (TG), no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS. Ordem dos TGs Rebanho geral Vacas maduras Vacas movas Parida Solteira Descarte Parida Solteira Descarte Parida Solteira Descarte 1º TG 592 (55,1%) 481 (44,7%) 2 (0,2%) 585 (56%) 453 (44%) 2 (0.2%) 7 (20%) 28 (80%) Ø 2º TG 660 (68,2%) 276 (28,5%) 32 (3,3%) 653 (70%) 252 (27%) 32 (3%) 7 (22,6%) 24 (77,4%) Ø 3º TG 553 (62,9%) 307 (34,9%) 19 (2,2%) 546 (64%) 284 (33%) 19 (2%) 7 (23,3%) 23 (77%) Ø 4º TG 644 (62,7%) 353 (34,4%) 30 (2,9%) 588 (67%) 258 (29%) 29 (3%) 56 (36,8%) 95 (66,8%) 1 (0,7%) 5º TG 712 (59,0%) 471 (39,1%) 23 (1,9%) 645 (61%) 383 (36%) 23 (2%) 63 (41,7%) 88 (58,.3%) Ø 6º TG 814 (69,2%) 335 (28,5%) 27 (2,3%) 724 (70%) 285 (28%) 20 (2%) 90 (61,2%) 50 (34%) 7 (4,8%) 7º TG 676 (59,2%) 384 (33,7%) 81 (7,1%) 599 (60%) 322 (32%) 79 (8%) 77 (54,6%) 62 (44%) 2 (1,4%) 8º TG 703 (57,8%) 504 (41,4%) 10 (0,8%) 551 (69%) 237 (30%) 10 (1%) 152 (36,3%) 267 (64%) Ø 9º TG 580 (50,4%) 501 (43,6%) 69 (6%) 443 (56%) 283 (35%) 69 (9%) 137 (38,6%) 218 (61,4%) Ø 1º TG - maio º TG - novembro º TG - maio º TG - novembro º TG - maio º TG - novembro º TG - maio º TG - novembro º TG - maio 1998

28 28 Os resultados da análise de regressão logística em relação à classificação das vacas realizada durante os TGs criando (1) ou solteira (0) são mostrados na Tabela 8. Os efeitos de invernada, ordem de realização do TG e a covariável contínua idade da vaca foram significativos (p < 0,0001) no teste de quiquadrado para freqüência de vacas classificadas como "criando". TABELA 8. Teste de qui-quadrado das variáveis da análise da freqüência das vacas a serem classificadas como "criando", no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS, Causas de variação GL χ² Pª Intercepto 1 179,09 0,0001 Invernada 4 30,95 0, ,90 0, ,97 0, ,01 0, ,33 0,0008 Baitaca 0 Ordem do trabalho de gado (TG) 8 116,96 0,0001 1º TG 1 1,95 0,16 2º TG 1 9,75 0,0001 3º TG 1 7,31 0,002 4º TG 1 5,61 0,007 5º TG 1 14,25 0,017 6º TG 1 4,53 0,0002 7º TG 1 1,44 0,033 8º TG 1 4,53 0,23 9º TG 0 Idade da vaca (linear) 1 134,53 0,001 Idade da vaca (quadrática) 1 80,46 0,001 Idade da vaca (cúbico) 1 51,26 0,001 Idade da vaca (quártico) 1 34,93 0,001 ª - nível de significância

29 29 A análise das freqüências das matrizes "criando", durante os TGs realizados, auxilia na avaliação do efeito da implantação das tecnologias. Sendo todas as vacas classificadas e os efeitos das tecnologias cumulativos ao longo do trabalho, a freqüência de matrizes "criando" é um indicador de que as tecnologias estão contribuindo para o aumento dos índices físicos de eficiência e produtividade. Os efeitos de invernada e ordem do TG eram esperados. A invernada Baitaca apresentou maior probabilidade de fêmeas passarem "criando "em relação às outras invernadas, provavelmente por causa da maior disponibilidade de forrageiras nativas. Por influência da introdução de novilhas, o nono TG apresentou menor probabilidade das matrizes passarem na situação de criando. Provavelmente, também houve a influência da implantação da estação de monta no período de 1995/96, refletindo na diminuição das freqüências de fêmeas criando nos TG mais recentes por causa do tempo necessário para ajuste das matrizes ao sistema de monta controlada. Na Figura 6, encontra-se a curva de probabilidade das matrizes serem classificadas como "criando" em função da idade. Observou-se um ponto máximo em torno da idade de 84 meses na qual a matriz possui a maior probabilidade de ser classificada como "criando" um pouco mais precoce que o relato preliminar de Abreu et al. (1997) probabilidade probabilidade idade (meses) FIG. 6. Curva de probabilidade da matriz ser classificada como "criando" em função da idade, no retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS,

30 30 A idade de 84 meses (sete anos) mostra que o manejo de descarte de fêmeas por idade no Pantanal deve ser diferenciado, pois o preconizado no Brasil Central (dez anos) ocorreria na região descarte de animais na fase mais produtiva da vida útil. Tal fato, provavelmente, é por causa da IPC muito tardia e o primeiro intervalo entre partos muito longo. Na curva de probabilidade (Figura 6) observa-se uma diminuição da probabilidade entre as idades de 120 a 140 meses, talvez por causa do sistema de descarte contínuo, só permanecendo no rebanho vacas que estivessem sendo classificadas como criando. Assim há um pequeno aumento da probabilidade até os 168 meses (catorze anos), quando ocorre o total desgaste fisiológico da matriz. Com o desenvolvimento do trabalho, espera-se também coletar, durante os TGs, o escore de condição corporal das vacas (Nicholson & Butterworth, 1986), que será ferramenta útil para ajuste do manejo de cada rebanho dentro das invernadas (Sampedro, 1995). Taxas de Nascimento, Mortalidade e Desmama Para se estimarem as taxas de nascimento, mortalidade e desmama, foram levadas em conta somente as matrizes maduras, pois as novilhas causariam subestimativa pela falta de precocidade reprodutiva. A evolução das taxas no período 1994/95 a 1997/98 está apresentada na Tabela 9.

31 31 TABELA 9 - Percentagens de nascimentos mortalidade e desmama de matrizes maduras do retiro Chatelodo, sub-região Nhecolândia, MS. Anos Taxas 1994/ / / /98 Nº de vacas de cria Nº e taxa de bezerros nascidos Nº e taxa de mortalidade de bezerros Nº e taxa de bezerros desmamados 616 (60%) 643 (67,5%) 695 (66,7%) 604 (67%) 18 (2,9%) 12 (1,3%) 26 (3,7%) 13 (2,1%) 598 (58%) 631 (66%) 669 (64%) 591 (66%) Verificou-se que desde o primeiro ano (1994/95), as taxas de nascimento e natalidade já apresentavam valores maiores e, a de mortalidade, valores menores em relação ao descrito por Cadavid Garcia (1986). Com o desenvolvimento do trabalho foi possível verificar que as taxas de nascimento e desmama tenderam a estabilizar em torno de 67 %. Entretanto, com ajuste das matrizes à estação de monta e seleção delas, podem-se estabilizar essas taxas no patamar de 70%. Vale ressaltar que as taxas de mortalidade de bezerros em torno de 2% a 3% foram estimadas da diferença entre o número de bezerros que tiveram a orelha "picotada" em determinado mês com os animais que foram, efetivamente, desmamados durante os TGs. Portanto, os bezerros que morreram antes da realização do picote não foram incluídos nas taxas de nascimento e de mortalidade. Fato que auxilia a explicar a taxa de mortalidade muito baixa em relação à descrita para a região (Almeida et al., 1996). RECOMENDAÇÕES Apesar do período de avaliação de apenas quatro anos, 27% das fêmeas durante a execução do trabalho de gado foram descartadas como improdutivas. O manejo de identificação dos animais do rebanho possibilitou a identificação das

32 32 matrizes que realmente produziam. O retiro Chatelodo localiza-se em região privilegiada do Pantanal, onde as enchentes são pouco rigorosas facilitando a implantação de tecnologias. O trabalho deverá continuar procurando avaliar a inter-relação dos indivíduos do rebanho com as variáveis ambientais, com possibilidade de ajustar a demanda energética da vaca de cria do Pantanal com a oferta de energia nas pastagens nativas. Há necessidade de se avaliarem as pastagens nativas em termos de produtividade por área e ano, suas interações com variáveis climáticas e as diferentes categorias do rebanho de cria nas diferentes sub-regiões do Pantanal. O número de vacas maduras no rebanho manteve-se praticamente estável, em torno de matrizes. Entretanto, o número de bezerros desmamados de 598, no primeiro ano (1994/95), aumentou, paulatinamente, para 631, 671 e 591 animais desmamados, em 1995/06, 1996/97 e 1997/98, respectivamente. Vale ressaltar que a redução no número de bezerros observados no último período resultou da implantação da estação de monta no retiro Chatelodo. As tecnologias implantadas levaram à maior eficiência no sistema de cria tradicional da região. Com os ajustes na estação de monta espera-se selecionar mais as matrizes do rebanho, para chegar a 70% de desmama. A utilização de escore da condição corporal será informação de grande importância para melhor planejar o sistema de manejo reprodutivo do rebanho, especialmente no manejo de vacas primíparas. O principal ponto de estrangulamento no processo foi a demora das fêmeas iniciarem a vida útil reprodutiva, especialmente pela falta de tecnologias de recria e seleção de novilhas para a região. Tal linha de pesquisa deve ser desenvolvida com prioridade para aumentar o desfrute e, consequentemente, a eficiência produtiva do rebanho. É preciso ajustar e equilibrar as necessidades nutricionais das vacas com a oferta de pastagens nativas. Esse ajuste poderá ser baseado no escore de condição corporal das matrizes na época de monta, da tal maneira que quando houver máximo requerimento nutricional da fêmea será a época de máxima oferta de nutrientes das pastagens nativas. Em determinada categoria mais sensível à sazonalidade nutricional do Pantanal, será necessário o uso de suplementação alimentar e/ou pastagens cultivadas.

33 33 O processo de implantação de tecnologias é dinâmico onde pesquisador, produtor e peões devem trabalhar em parceria, com o objetivo de aumentar a eficiência produtiva do rebanho de cria do Pantanal, para garantir sustentabilidade dessa atividade, principal fator de conservação da região. a AGRADECIMENTOS Aos técnicos agrícolas embrapianos Marcos Tadeu B. D. Araújo e Hidelberto Valle Petzold, pelo auxílio na lida do campo e do brete. À equipe do retiro Chatelodo: Carlinhos, Zico, Porfírio, Nego, Denis, Ramão e Serginho, companheiros de longas e animadas jornadas de trabalho, do "lampino" do sol ao "zero" do frio, que sempre estiveram abertos às novidades e palpites dos "doutores" embrapianos. Aos doutores Heitor Moreira Herrera e Heitor M. Herrera Júnior, por acreditarem no trabalho e pelo apoio às interferências no sistema de produção tradicional do retiro, sem os quais seria impossível implementar e desenvolver o trabalho de acompanhamento.

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