Sensoriamento remoto aerotransportado: uma abordagem usando câmaras digitais *

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sensoriamento remoto aerotransportado: uma abordagem usando câmaras digitais *"

Transcrição

1

2 Sensoriamento remoto aerotransportado: uma abordagem usando câmaras digitais * * TOMMASELLI, A. M. G.; HASEGAWA, J. K.; GALO, M.; IMAI, N. N.; RUY, R. da S. Sensoriamento remoto aerotransportado: uma abordagem usando câmaras digitais. In: Fernando Luiz de Paula Santil; Hélio Silveira; Maria Luzia de Souza; e Fernando Ricardo dos Santos. (Org.). Recursos tecnológicos aplicados à Cartografia. Maringá: Sthampa Gráfica e Editora, 2010, v. 1, p

3 SENSORIAMENTO REMOTO AEROTRANSPORTADO: UMA ABORDAGEM USANDO CÂMARAS DIGITAIS ANTONIO M. G. TOMMASELLI 1, JÚLIO K. HASEGAWA 1, MAURICIO GALO 1, NILTON. N. IMAI 1, ROBERTO DA S. RUY 2 1 UNESP Univ Estadual Paulista FCT - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Departamento de Cartografia {tomaseli, hasegawa, galo, imai}@fct.unesp.br 2 Engemap Geoinformação roberto@engemap.com.br RESUMO - A evolução da Fotogrametria digital e do Sensoriamento Remoto está ligada ao desenvolvimento mais recente da tecnologia relacionada aos dispositivos eletrônicos. Com o advento das modernas câmaras digitais, bem como de discos com grande capacidade de armazenamento e rapidez de transferência de dados, é possível adotá-los para substituir as clássicas câmaras fotogramétricas analógicas. No caso das câmaras fotogramétricas baseadas em filme, graças a um sistema óptico e mecânico de elevado grau de qualidade e desempenho é possível realizar tomadas cujos produtos possuem alta qualidade geométrica. Por outro lado, as imagens tomadas por câmaras digitais podem ser processadas e manipuladas num computador de forma antes inimaginável em aparelhos óptico mecânicos como os restituidores analógicos. A transformação do suporte analógico para o digital permitiu a automação de diversas tarefas antes realizadas exclusivamente por um operador. Outras vantagens da aquisição digital são o tempo de resposta e a redução de custos. Os sensores eletrônicos também são fixos em relação às lentes, o que permite o uso de câmaras digitais comuns para o processo fotogramétrico, desde que calibradas previamente. Este trabalho mostra como vem sendo realizado o desenvolvimento de tecnologias alternativas de mapeamento, com câmaras adaptadas à aplicações métricas, bem como exemplos de aplicações reais, baseado no uso de câmaras digitais. ABSTRACT - The Digital Photogrammetry and Remote Sensing evolution is related to the recent development in electronic devices. Modern digital cameras with fast hard disks with large storage capacities are suitable to replace classical film based photogrammetric cameras. Images taken with metric cameras have high geometric quality. On the other hand, it is possible reach the same quality by processing digital images, without the limits of the analog support. Using digital images enables the automation of several tasks. Also, digital image sensors can be rigidly attached to the camera lenses, facilitating the use of ordinary cameras for metric purposes, with previous calibration. This work shows the steps in the development and improvement of photogrammetric and remote sensing alternative systems for mapping purposes, as well as real applications, based on digital cameras. Introdução A história da Cartografia está imbricada à própria história do desenvolvimento da humanidade. No entanto, o desenvolvimento do Sensoriamento Remoto e da Fotogrametria faz parte de uma história muito mais recente. Considerando este contexto, neste trabalho são apresentados alguns aspectos da evolução recente da Fotogrametria e Sensoriamento Remoto baseada em sensores digitais, procurando destacar alguns dos principais sistemas disponíveis, com maior foco em sistemas alternativos baseados em tecnologia adaptada para a finalidade de mapeamento. Alguns exemplos são apresentados e discutidos, de forma que o leitor tenha uma visão do impacto dessa tecnologia, bem como da possibilidade de desenvolvimento de sistemas de menor custo, quando comparado com sistemas fotogramétricos de alto desempenho, mas que permitem também a geração de produtos cartográficos que atendem aos padrões exigidos no país. Finalmente, é apresentada uma discussão sobre as perspectivas para usuários de produtos de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto de alta resolução espacial. O advento das modernas câmaras digitais, bem como de dispositivos de armazenamento com grande capacidade e rapidez permitem que esses dispositivos realizem o papel das clássicas câmaras fotogramétricas analógicas. No entanto, o sucesso dessa substituição depende da adoção de modelos fotogramétricos e métodos rigorosos, os quais realizam o papel antes destinado ao próprio sistema de aerolevantamento, ou seja, manter a alta qualidade geométrica daqueles produtos fotogramétricos adquiridos com sistemas de imageamento fotogramétricos. Além disso, a capacidade de incluir diferentes bandas do espectro eletromagnético, como por exemplo, uma

4 banda espectral na faixa do infravermelho refletido, possibilita o desenvolvimento de aplicações típicas de Sensoriamento Remoto. Assim como no caso das imagens multiespectrais tomadas de plataformas orbitais, o desenvolvimento de aplicações mais refinadas dessas imagens depende não só do georreferenciamento adequado das imagens, como de métodos de tratamento radiométrico que possibilitem o relacionamento quantitativo dessas imagens com características físicas dos alvos imageados. Essa necessidade é ainda maior para análises temporais do meio físico. Atualmente existem duas arquiteturas básicas adotadas em câmaras utilizadas para fins fotogramétricos: os sensores de quadro e os sensores de varredura ou pushbroom. Na primeira categoria têm-se as câmaras compostas por um quadro e um sistema óptico, bem como as câmaras digitais de múltiplas objetivas (multi head cameras). Na segunda categoria estão incluídas as câmaras tri-linear, que possuem um conjunto de elementos sensores lineares do tipo CCD (Charge Coupled Device), dispostos sobre um quadro. Todas essas câmaras possuem a capacidade de obter imagens tanto no espectro visível, como no infra-vermelho próximo. Em função da mudança de orientação à medida que a varredura é efetuada, no caso das câmaras tri-linear, normalmente elas operam com sensores de navegação e orientação, que permitem a determinação da atitude da aeronave, o que facilita o pós-processamento das imagens geradas. Como mencionado, o uso de sensores de navegação e orientação, que se dá por meio de receptores GNSS e sistemas inerciais, além da importância destacada, também implica em redução de custos de levantamentos de campo, conferindo maior agilidade ao processo de produção fotogramétrico. A integração destes subsistemas de navegação, que incorporam tanto o registro da posição quanto a mudança de atitude da aeronave durante a aquisição das imagens, é essencial para a automação de algumas das etapas posteriores do processo fotogramétrico. No entanto, além da calibração geométrica do sensor é essencial a calibração de todo o sistema para o sucesso dos levantamentos realizados com esse tipo de sistema. Apesar de ainda não ser muito comum no Brasil, câmaras profissionais que não foram projetadas para esse propósito (mapeamento), podem ser utilizadas neste tipo de sistema, pois é possível processar as imagens e obter dados cuja geometria seja adequada para o mapeamento sistemático, desde que esses sistemas sejam devidamente calibrados e as imagens tratadas com base em modelos que absorvam as eventuais distorções sofridas. Como exemplo deste sistema pode-se mencionar o sistema desenvolvido pela FCT/Unesp, numa parceria com a empresa Engemap Geoinformação (2007), que permitiu projetar e construir um sistema fotogramétrico baseado em câmaras de uso geral, mais especificamente as câmaras digitais Hasselblad. Neste trabalho são apresentados alguns sistemas de aquisição de imagens digitais disponíveis atualmente e destinados ao uso fotogramétrico, bem como o resultado do desenvolvimento do sistema mencionado, baseado no uso de uma câmara de alta qualidade, mas não desenvolvida originalmente com propósitos fotogramétricos. São apresentados alguns aspectos relativos às necessidades de adaptação, qualidade dos produtos gerados com as imagens tomadas por esse sistema, inovações que tornam esse produto mais interessante para a produção cartográfica e alguns exemplos de aplicação. Sistemas de aquisição de imagens em Fotogrametria Os sistemas destinados à aquisição de imagens aerotransportadas se baseiam no modelo de câmara de orifício (pinhole camera) que nada mais é que uma caixa hermeticamente fechada com um pequeno orifício. O orifício permite a passagem dos raios de luz provenientes do espaço objeto fotografado, projetando a cena invertida no plano oposto ao do orifício, produzindo uma imagem sem aberrações e distorções. Essa característica é de fundamental importância na Fotogrametria. No entanto, uma câmara desta natureza deixa passar pouca luminosidade, tornando-a lenta e imprópria para a maioria dos trabalhos fotogramétricos. Com a finalidade de contornar esse problema, usam-se lentes para aumentar a quantidade de luz que passa pelo orifício. Desta forma, as lentes utilizadas numa câmara fotográfica têm por finalidade captar parte do cone de luz refletido pelo objeto, focalizando-o na superfície plana oposta à lente. As lentes provocam imperfeições na imagem, degradando a nitidez e produzindo aberrações como: aberração esférica, coma, astigmatismo, curvatura de campo e distorção. Essas aberrações são conhecidas da óptica como aberrações de Seidel, sendo que a última delas, denominada distorção, provoca o deslocamento dos pontos no plano imagem. Os deslocamentos nos pontos, provocados pela distorção, podem ser modelados por um procedimento de calibração da câmara. Esse procedimento é usualmente realizado em Visão Computacional e Fotogrametria, principalmente quando as imagens são usadas com finalidades métricas. Independente do modelo considerado neste processo são determinados parâmetros inerentes à câmara (parâmetros de orientação interior ou intrínsecos) que permitem a correção dos erros sistemáticos e o adequado uso das imagens nas demais etapas do processo Fotogramétrico. São diversas as formulações matemáticas que modelam, com maior ou menor aproximação, as condições físicas que ocasionam os erros. Mais detalhes destes aspectos podem ser obtidos em (BROWN, 1966; ANDRADE e OLIVAS, 1981; TOMMASELLI e TOZZI, 1990; GALO, 1993; ANDRADE, 2003). Além das aberrações mencionadas, que são de natureza monocromática, tem-se a aberração cromática, que é decorrente da decomposição dos diversos comprimentos de onda que compõem a luz branca. As câmaras métricas, classicamente usadas em Fotogrametria, também chamadas de câmaras analógicas, possuem como características básicas um sistema de lentes estável, com alta qualidade geométrica, de forma a proporcionar imagens com pequenas aberrações; dispositivos obturadores de alta eficiência para possibilitar as tomadas

5 fotográficas em alta velocidade, a fim de diminuir o arrastamento; marcas fiduciais, dentre outras características. Para as aplicações de mapeamento, as câmaras devem ter os seus parâmetros de orientação interior (distância focal, posição do ponto principal) conhecidos, a fim de possibilitar a reconstrução 3D fidedigna dos objetos fotografados. Além disso, o conhecimento destes elementos, juntamente com as marcas fiduciais, permite que o feixe de raios que gerou a imagem possa ser reconstruído. O produto inicial gerado neste processo é o negativo fotográfico, que pode ser reproduzido em forma de fotografias ou diapositivos e depois digitalizado para uso em uma estação fotogramétrica digital ou sistema fotogramétrico digital. A evolução dos dispositivos fotodetectores a base de silício resultou nos modernos sistemas de imageamento tanto aéreo quanto orbital. Os sensores mais comuns são o CCD (Charge Coupled Device) e o CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). Ambos os sensores possuem o mesmo princípio: dependendo da quantidade de fótons incidente num elemento sensor, uma quantidade de cargas é acumulada. Posteriormente esta carga é convertida em um sinal analógico que passa por um conversor A/D (analógico digital), dando origem à imagem digital. Para mais detalhes do procedimento acima descrito, bem como para as diferenças entre CCD e CMOS a referência Litwiller (2001) é recomendada. São várias as vantagens dos sensores digitais, dentre as quais se destacam: a possibilidade de análise e processamento quase imediata dos dados capturados, já que nenhuma revelação fotográfica é necessária; a grande variedade de resoluções espaciais e a possibilidade de automação de algumas fases do processo fotogramétrico de produção dos mapas. Deve-se destacar que a adoção de sistemas sensores digitais introduziu a possibilidade de realizar análise dos atributos espectrais. A informação espectral não só possibilita o desenvolvimento de aplicações para a análise do meio físico, mas amplia o conteúdo informacional que pode ser usado nos processos de automação da Fotogrametria digital. Em termos de sistemas de aquisição voltados para a Fotogrametria, estão disponíveis diversos modelos no mercado, baseados em diferentes geometrias (ver Figuras 1a e 1b). As câmaras baseadas no principio tri-linear possuem diversos sensores lineares (como no push-broom), mas dispostos num único quadro (como as câmaras de quadro). Como exemplo de câmaras que utilizam esse princípio (trilinear) pode-se mencionar as câmaras ADS 80 (Airborne Digital Sensor) da Leica Geosystem (Figura 1c) e a HRSC (High Resolution Stereo Câmera) desenvolvida pelo DLR (German Aerospace Center), mostrada na Figura 1d. Embora o nome inicial deste tipo de sensor seja tri-linear, o número de sensores lineares é normalmente maior que isso. Para a câmara ADS 80, por exemplo, onde dois modelos de sensores estão disponíveis, chamados sensor SH81 e SH822, tem-se 8 e 12 sensores lineares, respectivamente. Nas Figuras 1e e 1f, mostra-se a disposição dos CCDs para essa câmara (para um dos modelos). Pode-se notar que além dos CCDs que adquirem no modo pancromático temse sensores cuja radiação eletromagnética é filtrada para que recebam energia somente das bandas espectrais correspondentes à luz vermelha (R), luz verde (G), luz azul (B) e radiação eletromagnética na faixa do infravermelho próximo (IV). Na porção nadir do sensor pode-se notar a presença de dois CCDs pancromáticos, sendo que um deles é deslocado de ½ pixel em relação ao outro. Há um prisma especial que garante que todos os sensores nadirais recebam luz com a mesma orientação, o que evita pequenos deslocamentos na imagem causados pela paralaxe. Uma outra categoria de câmaras fotogramétricas digitais de alto desempenho engloba as câmaras com múltiplas objetivas. Como exemplos de câmaras com estas características pode-se mencionar a câmara DMC - Digital Metric Camera (da Z/I intergraph), mostrada na Figura 1g. Um exemplo da formação da imagem, formada pela combinação de sub-imagens é apresentada na Figura 1h. Além dessa tem-se um dos modelos da UltraCam (da Vexcel / Microsoft), na Figura 1i, sendo mostrada na Figura 1j a formação da imagem final, obtida pelas quatro objetivas centrais (alinhadas). Além dessas câmaras pode-se mencionar também a câmara DIMAC Digital Modular Aerial Câmera (da DIMAC Systems) e a DSS Digital Sensor System (da Applanix), nesta mesma categoria. Evolução dos protótipos de sistemas de aquisição Sistemas de aerolevantamento fotogramétrico alternativos vêm sendo objeto de pesquisa na Unesp de Presidente Prudente desde a formação da equipe dos primeiros pesquisadores dessa área no Departamento de Cartografia. As abordagens adotadas no princípio desse período baseavam-se na adaptação de câmaras fotográficas de uso convencional para esta tarefa. Desde então, foram desenvolvidos diversos modelos e aplicativos com vistas a obter um produto final de qualidade compatível com as exigências de qualidade geométrica de produtos destinados à cartografia sistemática. Em 1986 um projeto de avaliação do potencial cartográfico de câmaras não-métricas foi financiado pelo MEC- SESU (TOMMASELLI, 1986). Com estes recursos, foram desenvolvidas algumas aplicações (Figura 2a), em particular o monitoramento de plantas emersas infestantes do reservatório de Santo Anastácio (Figura 2b), que abastecia a cidade de Presidente Prudente. Outros trabalhos foram realizados, estudando-se formas de processamento destes dados obtidos com câmaras de pequeno formato (AMORIM, TOMMASELLI e SILVA, 1989). Com a disponibilidade de câmaras digitais, alguns trabalhos preliminares de fotogrametria de curta distância foram desenvolvidos. Nesse sentido, diversas rotinas foram desenvolvidas para realizar o processamento digital das imagens. Algumas dessas rotinas e alguns dos resultados obtidos nesse tipo de aplicação mostraram que uma

6 abordagem de mapeamento baseada em sensores digitais oferece potencial para desenvolver soluções mais ágeis e de menor custo, caso incluíssem modelos matemáticos adequadamente projetados para o tratamento das imagens. (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) Figura 1 (a) Geometria de quadro (frame) e linear (push-broom) (Adaptado de Mikhail et al (2001)); (b) Princípio do sensor tri-linear; (c) Câmara ADS 80 e (d) HRSC. (e) Princípio da varredura usada pelo sensor ADS 80; (f) Sensores lineares considerados numa das versões (sensor head - SH82) (Adaptado de Leica Geosystems (2010)). (g) Sistema óptico da câmara DMC da Z/I intergraph e (h) Combinação das sub imagens geradas a partir dos quatro cones centrais; (i) Sistema óptico da câmara UltraCam; (j)combinação das nove sub imagens obtidas a partir dos 4 cones centrais alinhados (Adaptado de Cramer (2004a, 2006)). Mais recentemente foi realizado o desenvolvimento de uma abordagem baseada em uma câmara digital multiespectral. Duas motivações principais podem ser apresentadas para a escolha dessa câmara de vídeo digital como o

7 núcleo de um sistema de aerolevantamento. A primeira delas relaciona-se com o fato desse dispositivo permitir a gravação dos dados num computador e, assim, viabilizar a tomada de um número elevado de quadros, uma vez que esses dados podem ser armazenados em disco rígido. A câmara multispectral digital DuncanTech MS3100 CIR adotada é mostrada na Figura 2c. Essa câmara foi selecionada em 1999 e adquirida em 2000, quando os dispositivos de armazenamento de dados apropriados para câmaras digitais ainda eram muito limitados. Outra razão que conduziu a escolha desse sistema sensor foi o fato dessa câmara realizar tomadas na banda do infravermelho próximo, o que acrescenta um grande diferencial nas imagens obtidas por aerolevantamento. No contexto do sensoriamento remoto orbital, já era, há muito tempo, reconhecida a necessidade de imageamento no espectro óptico que incluísse a faixa espectral conhecida como infravermelho próximo, mas nos aerolevantamentos não havia, com frequência, a disponibilidade de dados nessa faixa espectral. Para aplicações em análise do meio físico, em agricultura de precisão, dentre outras, a contribuição dessa faixa espectral não é desprezível e constituiu um fator decisivo nessa escolha. Essa câmara digital possui três sensores CCD. Cada sensor tem dimensão de 6,4 mm (h) 4,8 mm (v). Entre as lentes e cada sensor CCD há uma séria de elementos ópticos como prisma, filtros e películas dicróicas (Hi-Tech, 2005), como pode ser visto na Figura 2d. As duas películas dicróicas dividem a energia eletromagnética em faixas de comprimentos de onda específicos (infravermelho próximo - IR, vermelho - R e verde - G), de modo que cada um dos CCDs recebem a energia nestes comprimentos de onda. As primeiras especificações e configurações do sistema baseado nessa câmara foram feitas em Numa primeira etapa foi desenvolvida uma abordagem para a produção de imagens georreferenciadas com base em coordenadas adquiridas de um receptor GPS instalado na plataforma aérea. Nesse sentido, a câmara e o receptor foram sincronizados a fim de obter coordenadas do centro perspectivo da câmara. Para a realização dos testes experimentais foi realizada uma parceria com o Departamento de Engenharia da UFLA Universidade Federal de Lavras - MG, que permitiu a instalação do sistema e dos levantamentos aéreos experimentais com esse protótipo numa aeronave pertencente a essa Universidade. O sistema foi instalado no avião Cessna PA-18, em cooperação com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), proprietária da aeronave, e o aeroclube de Lavras - MG. Na Figura 2e é mostrada a aeronave, cuja manutenção e operação ficam a cargo do Aeroclube de Lavras. Alguns detalhes relacionados com a câmara e lentes são apresentados a seguir: Câmara: Multiespectral DuncanTech; Modelo: MS3100 CIR (Part N o , Serial N o. 152); Sensor: 3 CCDs (1/ mm); Dimensão da imagem: 1392 (h)x1039 (v); Objectiva: Tokina AT-X Pro (N o Série N o ), φ77 mm; Lentes esféricas; Distância focal nominal: 17 mm. Para o georreferenciamento direto das imagens foi necessária a instalação da antena do GPS na parte externa da aeronave. A Figura 2e ilustra a antena do GPS instalada na parte externa do teto da aeronave (HASEGAWA et al, 2004). Essa abordagem possibilitou a geração de diversos produtos, dentre os quais se destacam os mosaicos georreferenciados destinados ao suporte à tomada de decisões na agricultura de precisão. Na Figura 2f é mostrado um mosaico do campus da Universidade Federal de Lavras UFLA, cujas imagens foram concatenadas com ajuste radiométrico na faixa de transição sendo a transformação afim foi utilizada para o relacionamento geométrico entre as imagens (ARRUDA e HASEGAWA, 2003). Na Figura 2g é mostrado um detalhe ampliado deste mesmo mosaico. O georreferenciamento direto do mosaico é realizado considerando que os centros perspectivos das imagens possuem coordenadas conhecidas no sistema de referência geodésico, e que estas coordenadas são equivalentes às coordenadas do ponto principal, localizado próximo ao centro da imagem. Essa técnica foi aplicada com o objetivo de explorar o conceito de cartografia rápida (fast mapping) e caracterizada por um baixo custo de aquisição e manutenção, requisitos necessários em algumas aplicações cartográficas. Um dos produtos desse sistema destinava-se ao monitoramento de cultura de soja, cujo principal objetivo é produzir um indicador espectral relacionado com a produtividade dessa cultura. Na Figura 2g é apresentado um mosaico da área experimental de soja da Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais EPAMIG, da cidade de Uberaba - MG. Esse mosaico foi produzido pela concatenação de imagens retificadas, cujos elementos de orientação exterior foram obtidos pelo processo de fototriangulação por feixes de raios perspectivos, utilizando os pontos de apoio sinalizados na área do experimento. Devido à câmara não ter sido concebida para aplicações métricas, foi necessário a determinação dos parâmetros de orientação interior, utilizando a metodologia de câmaras convergentes para eliminar algumas correlações. O programa de Calibração de Câmara CC (GALO, 1993) foi utilizado para a estimativa dos parâmetros de orientação interior (HASEGAWA et al, 2006).

8 (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) Figura 2 - (a) Estrutura montada no avião do sistema de aquisição de imagens; (b) Imagem panorâmica de parte do reservatório de Santo Anastácio Presidente Prudente SP; (c): Câmara Multispectral DuncanTech MS3100 (Adaptado de Redlake (2003)); (d) Geometria interna e principais componentes do sistema óptico da câmara DuncanTech MS3100 CIR (Adaptado de Hi-Tech (2005)); (e) Aeronave da UFLA na qual o protótipo de sistema de Sensoriamento Remoto foi instalado de modo experimental; (f) Posição da antena GPS no teto da aeronave; (g) Mosaico obtido com imagens infra-vermelhas do Campus da UFLA; e (h) Mosaico com imagens IR adquiridas da área experimental de soja de Uberaba MG.

9 Essa câmara digital, como mencionado, divide um feixe de radiação eletromagnética incidente para sensibilizar os três CCDs, como visto na Figura 2d. Em princípio essa câmara é usada para capturar imagens coloridas com a divisão da energia incidente nas faixas espectrais correspondentes à radiação visível. Com a substituição de filtros e da película dicróica, ela captura radiação no infravermelho próximo. Entretanto, as lentes que compõem a objetiva não tem o mesmo comportamento para radiação no espectro visível e no infravermelho próximo, conduzindo a algum problema de registro entre os dados tomados nos diferentes canais. Os experimentos realizados e os testes estatísticos indicaram a existência de translações não nulas entre as bandas, sendo importante a sua consideração em algumas aplicações de natureza métrica, principalmente aquelas nas quais se pretende fazer a reconstrução da geometria 3D dos objetos, a partir do uso de múltiplas imagens (GALO et al., 2005). Outro produto, também gerado por este sistema, de grande potencial para aplicações em agricultura de precisão são os mosaicos produzidos para monitoramento do desenvolvimento de plantas daninhas em regiões de produção de café. Usualmente a aplicação de herbicidas é planejada e executada de forma homogênea em todo o campo, mas as concentrações dessas plantas ocorrem de forma aleatória no espaço. Sendo assim, o mapeamento prévio dessas plantas daninhas constitui um importante instrumento de planejamento da aplicação, que evita a aplicação desnecessária do produto, contribuindo principalmente para o desenvolvimento sustentado da lavoura. Sartori et al. (2009) mostram o resultado da classificação de classes de densidade de plantas daninhas em áreas de cultura de café, pela aplicação da abordagem baseada em redes neurais artificiais em imagens desse sistema. Em 2006 foi iniciado um projeto com a finalidade de adquirir imagens digitais a serem utilizadas no projeto Parque Aqüícola UHE Ilha Solteira, desenvolvido pela equipe de docentes da Unesp de Ilha Solteira. No âmbito do mapeamento, este trabalho teve como objetivo desenvolver um sistema de processamento de dados com imagens de maior capacidade para aplicações em levantamentos de recursos naturais e mostrar como a integração de geotecnologias pode ser utilizada para adquirir informações geográficas com agilidade. O sistema foi projetado para capturar imagens com câmaras digitais e registrar a posição do Centro Perspectivo da câmara por um receptor GPS, além de usar informações de pontos com mesmas altitudes (margens dos espelhos d água) no processo de fototriangulação, visando diminuir ou eliminar pontos de apoio. A Câmara digital utilizada foi a Sony CyberShot de 10Mpixel (3888 x 2592), com pixel de dimensão de 0,009mm, sendo as imagens adquiridas com elemento amostral no terreno de 1m (GSD 1,0m). O receptor GPS com portadoras L1 e L2 foi montado na aeronave, sendo que as tomadas fotográficas foram sincronizadas pelo computador. O disparo da câmara foi gerenciado pela porta paralela do PC e os instantes de aquisição das posições do GPS foram recebidos pela porta serial. A aeronave e o sistema de aquisição de imagens com georreferenciamento direto são apresentados nas Figuras 4a, 4b e 4c. Foram tomadas cerca de 800 imagens, sendo usadas apenas 70 (setenta) com superposição aproximada de 60%, formando um bloco com 4 (quatro) faixas com superposição lateral aproximada de 30% e uma faixa transversal na extremidade superior do bloco. A Figura 4d apresenta esquematicamente as imagens que formam o bloco utilizado nos experimentos deste projeto. Para os experimentos foram utilizados 9 pontos de duplo apoio, 9 pontos de verificação e 741 pontos de enlace (tie points). Dos 741 pontos de enlace, 58 pontos foram utilizados como injunções com valores de alturas iguais (pontos nas margens do lago). No bloco utilizado nos experimentos, somente as 4 faixas paralelas foram obtidas com posicionamento GPS durante o vôo. Os pontos de apoio foram determinados com o receptor GPS Ashtech Reliance, utilizando o método relativo semi cinemático. O sistema de referência utilizado foi o SIRGAS 2000, adotado, recentemente no Brasil. As observações foram realizadas (e fototrianguladas) no sistema fotogramétrico digital LPS da Leica GeoSystem, disponível no Laboratório de Fotogrametria do Departamento de Cartografia. Um dos produtos cartográficos gerados nesse projeto foi o mosaico de imagens retificadas (Figura 4e), no qual medidas planimétricas podem ser realizadas (HASEGAWA et al, 2007). Uma potencial aplicação das técnicas fotogramétricas digitais pode ser a a determinação dos limites territoriais brasileiros, em áreas de difícil acesso, usando imagens coletadas com câmaras digitais de médio formato instaladas a bordo de aeronaves. Neste sentido foi realizado um acordo de cooperação entre a FCT/Unesp e a Marinha do Brasil para analisar a possibilidade de aplicação das técnicas de Fotogrametria Digital através do emprego dos meios operativos da Marinha do Brasil. Foi estudada uma metodologia que permita a atualização cartográfica, segundo os padrões recomendados pela OHI - Organização Hidrográfica Internacional (2010), possibilitando a determinação das Linhas de Base das ilhas oceânicas brasileiras, e seus respectivos Mares Territoriais e Zonas Contíguas, por meio de uso de imagens adquiridas por câmaras digitais embarcadas em helicópteros. Neste sentido foi realizado um experimento no arquipélago Martim Vaz, distante aproximadamente 580 milhas a leste de Vitória (ES), composto por três pequenas ilhas, de origem vulcânica, situadas 26 milhas a leste da Ilha da Trindade. A maior é a Ilha Martim Vaz, com aproximadamente 175 metros de altitude, seguindo-se a Ilha Sul com 122 metros, e a Ilha Norte, com 75 metros de altitude (ver Figuras 3: f e g). A vegetação das ilhas é constituída de pequenos e raros arbustos. O único acesso à Ilha Martim Vaz é por meio de helicópteros (RAMOS et al, 2008).

10 (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) Figura 3 - (a), (b) e (c): Sistema de aquisição georreferenciado instalado no avião; (d): Fotoíndice da área do experimento UHE Ilha Solteira; (e): Bloco com 70 imagens da área e distribuição dos pontos de apoio e verificação. (f) e (g): Ilhas Martim Vaz (Fonte: RAMOS et al (2008)) Foram utilizadas imagens digitais verticais tomadas com uma câmara digital SONY F-828, acondicionada em um suporte metálico, rigidamente instalado na parte inferior de um helicóptero. As linhas de vôos foram executadas no sentido Sul-Norte nas altitudes de 2500 e 4000 pés, com GSD de 29 cm e 44 cm, respectivamente. Em função das reduzidas dimensões da ilha, 844m no sentido Norte-Sul e 656m no sentido Leste-Oeste, das imagens obtidas nos vôos foram selecionadas 06 imagens obtidas na altitude de 1120 m e 09 imagens na altitude de 750 m. Em função da dificuldade de acesso foi possível definir apenas quatro pontos de apoio na região central da ilha, condição que não é a ideal. Essa deficiência geométrica (poucos pontos de apoio e concentrados) foi resolvida utilizando-se procedimentos alternativos para solução da fototriangulação, como pontos na lâmina d água com a restrição de possuírem a mesma altitude. A fraca geometria dos pontos de controle se deve às dificuldades de deslocamento no topo da ilha, conforme pode ser observado na Figura 4g, o que inviabilizou a materialização de pontos de controle e de verificação de uma forma mais distribuída pela ilha. Deste modo, dadas às restrições apontadas os resultados indicam que é possível gerar produtos na classe A, na escala 1/ A partir destes resultados obtidos pode-se considerar que a metodologia adotada, baseada em técnicas da Fotogrametria Digital, e no uso de imagens adquiridas por câmaras digitais de médio formato, coletadas a partir de helicópteros, atende às especificações internacionais da OHI (OHI, 2008) para a representação cartográfica náutica de linhas de contorno o que toma uma relevante importância estratégica, agregando agilidade para a realização do mapeamento náutico, sobretudo em regiões de difícil acesso.

11 Câmaras digitais de médio formato vêm sendo muito usadas em todo o mundo como dispositivos alternativos de aquisição de imagens para mapeamento (CRAMER, 2004a; HABIB et al., 2007). Essa possibilidade foi explorada pelo grupo de Fotogrametria da Unesp, em consórcio com a empresa Engemap. No Canadá, esta prática já é realidade, dispondo-se, inclusive, de normas específicas para esta técnica (ILMB, 2007). Para contornar o problema de cobertura limitada destas câmaras, recorre-se a um arranjo multicâmaras (MOSTAFA, 2001; RUY, 2007a; JACOBSEN, 2007; HINZ, 1999), gerando-se a necessidade de calibrar e/ou triangular simultaneamente estas imagens (KRUCK, 2006). A equipe do grupo de Fotogrametria, da Unesp- Presidente Prudente, acumulou experiência tanto no uso de câmaras digitais, quanto na calibração destes sensores, com recursos de projetos financiados (TOMMASELLI, 1997; HASEGAWA, 1998; IMAI, 1997; SANTOS et al, 2000; ALBUQUERQUE et al, 2003). Um grande marco nesta experiência foi a participação no projeto SEIRA, em conjunto com o Instituto de Geomática, da Universidade Politécnica da Cataluña, no qual se desenvolveram as bases para a integração de sensores de orientação direta à plataforma de coleta de imagens. Este projeto foi contemplado com o Prêmio IBEROEKA (FINEP, 2010) de inovação tecnológica de 2003, concedido pelo CYTED, o que mostrou a relevância deste tema no contexto tecnológico e a urgência de se apropriar deste conhecimento. O projeto ARMOD (Automação dos processos de Reconstrução e orientação de MODelos usando imagens digitais), desenvolvido no período de 2005 a 2009 (TOMMASELLI, 2004), procurou consolidar os conceitos desenvolvidos no projeto SEIRA e resolver outros problemas. No início do projeto ARMOD ficou clara a dificuldade de realizar fisicamente um sistema aerotransportado, devido às restrições legais e aos custos envolvidos. Coincidentemente, na mesma época, a empresa Engemap Geoinformação deslocou sua sede de São Paulo para Assis - SP, e declarou seu interesse em desenvolver cooperativamente um projeto similar ao SEIRA. Dada a complexidade da etapa de aquisição de imagens, incluída no projeto ARMOD, verificou-se que seria conveniente gerar um spin-off desta fase do projeto. Desta constatação surgiu o projeto SAAPI (Sistema Aerotransportado de Aquisição e Pósprocessamento de Imagens Digitais), desenvolvido pela empresa Engemap, com financiamento da Fapesp no programa PIPE (Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas) e supervisão científica do grupo de Fotogrametria da Unesp. Esse sistema, inteiramente digital e com recursos de georreferenciamento direto, é atualmente operado comercialmente pela empresa. Coincidentemente, nesse mesmo período, o projeto de Sensoriamento Remoto aerotransportado sofreu uma interrupção devido a alguns problemas nos dispositivos que compunham o sistema. Aliado a isso, estava em desenvolvimento um trabalho de doutorado que tratava da detecção automática de edificações (POLIDORIO, 2007) o qual indicava a conveniência de adicionar um canal no qual fosse registrada a energia eletromagnética na faixa do infravermelho próximo. Explorou-se, então, uma alternativa de baixo custo, que foi transformar uma câmara digital convencional (Sony F828) em câmara infravermelha. Esta câmara foi integrada à plataforma SAAPI e experimentos preliminares mostraram o potencial de uso desta estratégia (SARTORI et al., 2007). Aquisição de imagem multiespectral com câmara convencional Como já mencionado como alternativa ao uso da câmara multiespectral mencionada, composta por 3 CCDs decidiu-se pelo uso de câmaras digitais convencionais. Na abordagem baseada numa única câmara havia a vantagem de realizar tomadas em três bandas espectrais, sendo duas no visível (verde e vermelho) e uma no infravermelho próximo. Entretanto, na abordagem adotada são utilizadas duas ou mais câmaras sincronizadas. Para que uma câmara possa registrar a radiância na faixa do infravermelho próximo foi necessária a remoção de um filtro interno da câmara, o qual absorvia a energia eletromagnética nessa faixa espectral e acrescentado um filtro de absorção da radiação no espectro visível na frente da objetiva dessa câmara modificada, de forma que somente a energia da banda do infravermelho próximo fosse registrada pelo CCD dessa câmara. Por outro lado, foi adicionado um novo problema a ser solucionado: o sincronismo das câmaras deveria ser controlado para permitir o simultâneo disparo do conjunto de câmaras. Além disto, estas câmaras deveriam ser sincronizadas ao tempo GPS, para permitir o georreferenciamento preciso. Técnicas de sincronização e temporização A sincronização diz respeito à coordenação de eventos em uma base de tempo única. É um conceito importante em muitas áreas do conhecimento, como eletrônica, telecomunicações, computação, artes, entre outros. Em sistemas e dispositivos eletrônicos, dos mais simples aos mais avançados, geralmente se torna necessário o uso de bases de tempos controladas e confiáveis, dependendo da aplicação desejada, como é o caso do georreferenciamento direto das imagens, a partir do registro do instante de tempo do disparo, na escala de tempo GPS. Dispositivos eletrônicos para as mais diversas funcionalidades possuem uma base de tempo própria interna, e essas bases, em geral, servem para possibilitar a comunicação entre vários dispositivos separados, ou seja, sincronizá-los. Existem, atualmente, diversos tipos de dispositivos eletrônicos, responsáveis por gerar uma base de tempo precisa, mas quanto maior a precisão desejada, maior é o custo desses dispositivos (REIS, 2009). Pode-se citar vários dispositivos que mantém uma base de tempo precisa, como cristal piezo elétrico, relógios atômicos e o sistema de

12 tempo do GPS. Os relógios atômicos normalmente possuem custos elevados e o inconveniente de ocuparem grande espaço físico, invalidando o uso dessa tecnologia em muitas aplicações. Dessa forma, deve-se recorrer ao uso de alternativas para contornar o custo envolvido na aquisição de temporizadores ou relógios de alta precisão. Na área de Cartografia, uma alternativa bastante interessante é o uso de receptores GPS, que além de possuir um relógio interno com uma boa precisão (nos modelos de dupla freqüência este erro situa-se em torno de 100 ns), ainda têm seu tempo alinhado com o tempo GPS, o que auxilia, por exemplo, na obtenção de informações de posição do momento do disparo da câmara em aplicações de Fotogrametria, além de processos já bem definidos, como auxílio na navegação da aeronave. Um sistema baseado nessa abordagem é descrito em Reis et al. (2007), o qual constituiu um dos primeiros protótipos usados no sistema SAAPI. Como pode-se ver em Reis (2009) foram estudados e implementadas diferentes técnicas para permitir o sincronismo entre o receptor GPS e câmaras digitais. O sincronismo baseou-se no uso do sistema operacional Linux, juntamente com o software NTP, responsável por sincronizar o relógio do computador usando uma referência de tempo externa (pulso do pino PPS de um receptor GPS). A validação foi realizada comparando-se diretamente os instantes registrados pelo sistema comercial SPAN-CPT e a técnica proposta, que utilizou o Linux-NTP. Além disto, os Centros Perspectivos determinados pelas técnicas implementadas foram usados em experimentos com fototriangulação de um bloco de imagens, possibilitando a análise das discrepâncias desta fototriangulação por meio dos pontos de verificação. O resultado do sincronismo apresentou pequenas discrepâncias em relação ao sistema comercial, mostrando que é possível realizar o georreferenciamento direto com um sistema de menor custo, baseado no software Linux. A necessidade da calibração de câmaras As lentes da câmara provocam aberrações, que causam, dentre outros efeitos, deslocamentos das feições projetadas no plano imagem. Estas aberrações podem ser provocadas por diferentes fatores tais como: curvatura das lentes, polimento não uniforme e não alinhamento das lentes que compõem o sistema óptico. Além desses fatores podese também considerar a homogeneidade e pureza do material que compõe a lente, que tem influência no índice de refração. Todos estes fatores afetam a qualidade das imagens geradas. Dependendo da câmara utilizada os efeitos são diferentes e algumas câmaras, como as fotogramétricas de alto desempenho, possuem recursos como estabilização de pressão e de temperatura do CCD, compensação da condensação, compensação do arrastamento, dentre outros, como destacam (ECKARDT et al, 2000). Em função dos problemas inerentes ao sistema óptico, em trabalhos de mapeamento são requeridas câmaras com alta qualidade geométrica e cujos parâmetros de orientação interior sejam especificados em um certificado de calibração, a fim de que as coordenadas medidas sobre as imagens possam ser corrigidas dos erros sistemáticos, e que os produtos gerados atendam às especificações. No entanto, o fato de uma câmara não ser produzida com finalidade métrica, não implica que ela não possa ser usada com esta finalidade. Para utilizar uma câmara que não tenha sido produzida originalmente com o propósito métrico, deve ser garantida a estabilidade dos parâmetros de orientação exterior e realizar a calibração. No Brasil, diferentes grupos de pesquisa trabalham com o assunto há vários anos, mas não existe, no momento, uma normatização e nem órgãos oficiais que realizem esta operação. Na Europa, por exemplo, existem grupos de trabalhos, como o EuroSDR - European Spatial Data Research (EUROSDR, 2004; CRAMER, 2004b; HEIPKE e MOONEY, 2009) onde questões relativas à calibração, tanto em termos geométricos quando radiométricos, são tratadas. Nos EUA o ASPRS Camera Calibration Panel (ASPRS, 2000) também discute este assunto. Um outro exemplo que pode ser citado se refere à província de Colúmbia Britânica no Canadá que estabeleceu alguns critérios para a calibração de câmaras digitais de pequeno e médio formato (ILMB, 2007). Pelos exemplos apresentados, pode-se ver a importância dada ao tema em alguns países. Conceitualmente a calibração de câmaras, em termos geométricos, consiste na determinação de parâmetros que permitem a reconstrução do feixe de raios que gera as imagens. São diversos os modelos que podem ser utilizados, desde modelos que possibilitam estimar parâmetros físicos a modelos lineares baseados em polinômios. São diversos os métodos de calibração e um dos métodos se baseia na aquisição de imagens de um campo de calibração, que é composto por um conjunto de pontos e feições com coordenadas conhecidas. Na Figura 5a 5b mostra-se o campo de calibração da FCT/UNESP. Na sequência serão apresentados o resultado da calibração de uma das câmaras descritas neste trabalho, a câmara multiespectral DuncanTech. Nesta calibração foram estimados os parâmetros e foi criada a superfície de distorção, onde a cada ponto do quadro é associado um valor de distorção. Deste modo, uma vez conhecida a distorção, ela pode ser compensada. As distorções modeladas são de duas naturezas: radial simétrica e descentrada. Esta última é decorrente da dificuldade do fabricante fazer o perfeito alinhamento dos eixos ópticos de cada uma das lentes da objetiva. Pode-se observar nas Figuras 5c e 5d que no centro da imagem os deslocamentos são próximos a zero e a medida que se afasta do centro a distorção radial simétrica aumenta de modo mais significativo. Nos vetores mostrados pode-se ver estas mesmas distorções no plano da imagem. Nas Figuras 5c e 5d são apresentadas os vetores para todo o quadro e nas Figuras 5e e 5f são apresentados um dos quadrantes para mostrar os vetores com mais detalhes e por fim a superfície de distorção (Figura 5g), todos para a mesma câmara, considerando a banda IV, uma vez que esta câmara

13 possui 3 CCDs. Para mais detalhes sobre este tópicos as seguintes referências são sugeridas: Andrade e Olivas (1981), Tommaselli e Tozzi (1990), Galo (1993), Galo et al (2006) e Mitishita e Olivas (2001). (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) Figura 4 - (a) e (b): Campo de Calibração da FCT/UNESP. Visão geral (a) e detalhes de alguns alvos e haste (b); (c) Vetores mostrando a distorção radial simétrica e descentrada, bem com a magnitude destas distorções para a banda IV da câmara multiespectral DuncanTech. (e) e (f): Detalhes mostrando as distorções para um quadrante do quadro e (g) Superfície de distorção, mostrando a magnitude das distorções. Fonte: Galo et al (2005). Correção radiométrica A seleção automática de pontos homólogos, construção de mosaicos e processos de reconhecimento de padrões necessitam de imagens cujas alterações de brilho provocadas por efeitos atmosféricos ou devido à geometria da aquisição sejam minimizados. Note-se que o efeito de vinhete (LANGHI e TOMMASELLI, 2007) pode estar

14 combinado com o fato de que a grande abertura do campo de visada dos sistemas sensores usados em aerolevantamentos pode provocar o registro de valores de radiância diferentes para um mesmo alvo devido à reflectância bi-direcional. O efeito combinado gera imagens que são mais claras no centro e mais escuras na periferia, podendo ser tratados de diversas formas. Langhi e Tommaselli (2007) apresentam uma alternativa na qual é realizado o ajuste radiométrico simultâneo de um bloco de imagens. A determinação das discrepâncias radiométricas é feita tomando-se como base um conjunto de pontos homólogos determinados nas imagens vizinhas. Ajusta-se, então, uma função polinomial às discrepâncias radiométricas médias, determinadas nos pontos correspondentes. Concluí-se que esta função ajustada permite o ajuste radiométrico sem deixar diferenças perceptíveis entre as imagens vizinhas. Sistema com duas ou mais câmaras Um dos desafios do uso de câmaras digitais convencionais como plataforma de imageamento em sistemas de aerolevantamento com fins tanto fotogramétricos como para aplicações em sensoriamento remoto está na necessidade de integrar dados de, ao menos, duas câmaras. Essa configuração mínima permite realizar tomada de imagens no nas bandas R, G e B (colorido normal) com uma das câmaras utilizando o filtro de Bayer e a outra com o filtro infravermelho (Figura 5d). Como já foi visto, uma câmara adicional pode ser usada para realizar as tomadas de imagens que registrem somente a energia eletromagnética na banda espectral do infravermelho próximo. Outra configuração mais complexa baseia-se em um sistema capaz de realizar a combinação de três câmaras. Duas delas seriam responsáveis pela aquisição de imagem de alta resolução espacial no espectro visível e a terceira câmara a tomada de uma imagem na faixa do infravermelho próximo, com resolução espacial inferior às duas anteriores, de forma a realizar o imageamento da região imageada pela combinação das duas anteriores. Essa última abordagem exige que as câmaras que realizam a aquisição na região do visível sejam oblíquas, o que implica na necessidade de uma posterior retificação das imagens. Este tipo de arquitetura é usado pela câmara DMC, mas com quatro câmaras oblíquas. Como vantagem pode-se mencionar a possibilidade de usar as câmaras de médio formato sem alterar sua mecânica interna. Para trabalhar com este tipo de arquitetura, o grupo de pesquisa desenvolveu uma técnica de calibração específica (TOMMASELLI, 2004; BAZAN et al, 2009; TOMMASELLI et al, 2010) que garante a fusão das imagens sem a percepção das linhas de corte (Figura 5e). Para a produção da imagem multiespectral mostrada na Figura 5f, é necessário retificar cada imagem oblíqua, usando os parâmetros de orientação interior e relativa, determinar as discrepâncias translacionais e radiométricas entre ambas e, finalmente, fundí-las em uma imagem que tem, aproximadamente, o dobro de colunas e o mesmo número de linhas. Para a fusão da imagem infravermelha, coletada por uma terceira câmara, é necessário determinar pontos correspondentes, tendo sido para isto desenvolvido um algoritmo específico (LOPES e TOMMASELLI, 2009), devido à significativa diferença na resposta espectral dos alvos. Após a determinação de um conjunto de pontos, calcula-se uma função polinomial que modela a transformação do pixels da imagem infravermelha para a imagem RGB. Ao final do processo estão disponíveis duas imagens registradas: a RGB e a Infravermelha, com a mesma resolução. Pode-se, então, gerar composições coloridas, como a composição falsa cor mostrada na Figura 5z). Nesta Figura estão presentes imagens de três câmaras distintas: duas imagens oblíquas retificadas e uma imagem infravermelha. As técnicas desenvolvidas tiveram resultados muito bons, não se percebendo linhas de junção, nem diferenças entre as imagens RGB e a infravermelha. Estas imagens podem ser usadas com sucesso para gerar vários produtos, como Modelos Digitais de Terreno, ortofotos, mapas de cobertura do solo, gerados por classificação, entre outros a serem descritos. O sistema SAAPI O Sistema Aerotransportado de Aquisição de Imagens digitais (SAAPI) é formado por uma plataforma de coleta e uma unidade de controle e alimentação, conforme mostra a Figura 5b. A primeira plataforma de coleta foi composta por duas câmaras digitais Hasselblad H1D de 22 Megapixels e uma câmara digital Sony F-828 de 8 Megapixels, com filtro para a coleta de imagens infravermelhas. Na Figura 5a é possível ver uma das primeiras versões do sistema com duas câmaras. Com o aumento da resolução dos sensores, as montagens mais recentes passaram a usar duas câmaras nadirais de 50 Megapixels, uma das quais para a captura da imagem infravermelha (Figura 5b). O suporte de fixação das câmaras possui amortecedores para a atenuação das vibrações e uma base giratória para a correção da deriva em vôo. Na unidade de controle e alimentação, estruturada em um rack de alumínio, são fixados: um sistema para o controle do disparo das câmaras, coleta e sincronismo dos dados GPS e sistema inercial para registro da atitude e controle da navegação em vôo; duas unidades de armazenamento (HD s de 40GB de capacidade) para as câmaras Hasselblad; receptor GPS e; caixa e conectores para o disparo sincronizado das câmaras. Na versão comercial atual, as unidades externas de armazenamento foram eliminadas, sendo a transferência das imagens para o computador realizadas entre as aquisições, utilizando-se discos SSD (Solid State Disk) com capacidade para imagens. Isto facilita o controle de qualidade em tempo real, para a verificação de presença de nuvens ou de eventuais falhas da cobertura.

Câmeras Fotogramétricas. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Câmeras Fotogramétricas. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Câmeras Fotogramétricas Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Câmeras Fotográficas São todos os dispositivos que, através de um sistema ótico, registram a energia refletida

Leia mais

Aerotriangulação Digital

Aerotriangulação Digital Aerotriangulação Digital Aerotriangulação é a densificação de Pontos de Controle utilizados na correlação entre as imagens aéreas e o Sistema de Coordenadas do mapeamento, partindo de poucos pontos de

Leia mais

Compreendendo os efeitos da projeção nas imagens aéreas. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Compreendendo os efeitos da projeção nas imagens aéreas. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Compreendendo os efeitos da projeção nas imagens aéreas Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Geometria das Fotografias Aéreas A fotografia cônica ou é uma projeção central,

Leia mais

Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40

Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40 Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40 O sensor ADS40 (Airborne Digital Sensor) é um Sensor Digital Linear de alta resolução geométrica e radiométrica desenvolvido pela Leica Geosystems. O sensor

Leia mais

FOTOGRAMETRIA. Engenharia de Faixa de Dutos Terrestres. Implantação de Faixa de Dutos

FOTOGRAMETRIA. Engenharia de Faixa de Dutos Terrestres. Implantação de Faixa de Dutos Implantação de Faixa de Dutos FOTOGRAMETRIA Resumo dos conhecimentos necessários para o entendimento do processo de elaboração de Mapas e Ortofotocartas através de fotografias aéreas e dos procedimentos

Leia mais

Trabalho Prático 01 EMENTA PROJETO FOTOGRAMÉTRICO ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO PRÁTICO

Trabalho Prático 01 EMENTA PROJETO FOTOGRAMÉTRICO ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO PRÁTICO Trabalho Prático 01 EMENTA PROJETO FOTOGRAMÉTRICO ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO PRÁTICO 1. Normas para apresentação do trabalho prático Realizar projeto fotogramétrico atendendo todas as etapas

Leia mais

TRIANGULAÇÃO RADIAL. fototriangulação surgiu como solução para diminuir a quantidade de pontos de apoio;

TRIANGULAÇÃO RADIAL. fototriangulação surgiu como solução para diminuir a quantidade de pontos de apoio; Fototriangulação: TRIANGULAÇÃO RADIAL método para estimar coordenadas de pontos objeto, parâmetros de orientação exterior e suas precisões a partir de observações feitas nas fotografias e esparso controle

Leia mais

Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho.

Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho. Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho. Recapitulando... Os sensores podem ser: Imageadores ou Não-imageadores

Leia mais

Sistema aerotransportado leve de aquisição de imagens digitais - SAAPI

Sistema aerotransportado leve de aquisição de imagens digitais - SAAPI Sistema aerotransportado leve de aquisição de imagens digitais - SAAPI Roberto da Silva Ruy Antonio Maria Garcia Tommaselli Thiago Tiedtke dos Reis Mauricio Galo Julio Kyioshi Hasegawa Nilton Nobuhiro

Leia mais

UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FOTOGRAMETRIA II RESTITUIÇÃO ANALÍTICA

UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FOTOGRAMETRIA II RESTITUIÇÃO ANALÍTICA UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FOTOGRAMETRIA II RESTITUIÇÃO ANALÍTICA Alunos: Ana Claudia de Lima Toledo Aziz Alfredo da Costa Pereira

Leia mais

VARREDURA ÓPTICA VERTICAL: UMA FERRAMENTA FOTOGRAMÉTRICA PARA GERAÇÃO DE NUVENS DE PONTOS

VARREDURA ÓPTICA VERTICAL: UMA FERRAMENTA FOTOGRAMÉTRICA PARA GERAÇÃO DE NUVENS DE PONTOS VARREDURA ÓPTICA VERTICAL: UMA FERRAMENTA FOTOGRAMÉTRICA PARA GERAÇÃO DE NUVENS DE PONTOS ANTONIO MARIA GARCIA TOMMASELLI ADILSON BERVEGLIERI UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP DEPARTAMENTO DE CARTOGRAFIA,

Leia mais

Coleta de dados geoespaciais para aplicações de alta precisão Pilares do Mapeamento de Qualidade Sensores aéreos e orbitais

Coleta de dados geoespaciais para aplicações de alta precisão Pilares do Mapeamento de Qualidade Sensores aéreos e orbitais Coleta de dados geoespaciais para aplicações de alta precisão Pilares do Mapeamento de Qualidade Sensores aéreos e orbitais Qualidade de dados de alta resolução Introdução Pilares 1. 2. 3. 4. Resolução

Leia mais

Radiômetros imageadores

Radiômetros imageadores Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Radiômetros imageadores Professora Valéria Peixoto Borges I. SISTEMAS FOTOGRÁFICOS Levantamento aerofotogramétrico.

Leia mais

ULTRACAM EAGLE MARK 3. Um só sistema para infinitas possibilidades

ULTRACAM EAGLE MARK 3. Um só sistema para infinitas possibilidades ULTRACAM EAGLE MARK 3 Um só sistema para infinitas possibilidades ULTRACAM EAGLE MARK 3 26.460 pixéis de largura Uma imagem ultra-grande combinada com um sistema único de lentes permutáveis, fazem da UltraCam

Leia mais

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS DISCIPLINA: LEB450 TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO II PROF. DR. CARLOS ALBERTO VETTORAZZI

Leia mais

A Fotogrametria Digital

A Fotogrametria Digital A Fotogrametria Digital Fotogrametria Digital O que é a fotogrametria Digital? A Fotogrametria Digital é a parte da fotogrametria que trata dos aspectos geométricos do uso de fotografias, com a finalidade

Leia mais

Classificação e Exemplos de Sistemas Sensores. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Classificação e Exemplos de Sistemas Sensores. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Classificação e Exemplos de Sistemas Sensores Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Plataformas e Sistemas Sensores Sistema sensor: são dispositivos capazes de detectar e registrar

Leia mais

Roberto da Silva Ruy 1 Antonio Maria Garcia Tommaselli 1 José Marcato Junior 1 Thiago Tiedtke dos Reis 1

Roberto da Silva Ruy 1 Antonio Maria Garcia Tommaselli 1 José Marcato Junior 1 Thiago Tiedtke dos Reis 1 Fototriangulação com parâmetros adicionais de um bloco de imagens coletadas com uma câmara digital de médio formato e dados de georreferenciamento direto Roberto da Silva Ruy 1 Antonio Maria Garcia Tommaselli

Leia mais

Resoluções das Imagens fotogramétricas e digitais. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Resoluções das Imagens fotogramétricas e digitais. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Resoluções das Imagens fotogramétricas e digitais Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Classificação dos filmes aerofotogramétricos Os filmes podem ser: preto e branco ou coloridos.

Leia mais

EXTRAÇÃO SEMI - AUTOMÁTICA DE FEIÇÕES LINEARES E A CALIBRAÇÃO DOS PARÂMETROS INTRÍNSECOS DE CÂMERAS Projeto de Pesquisa PIBIC/CNPq ( )

EXTRAÇÃO SEMI - AUTOMÁTICA DE FEIÇÕES LINEARES E A CALIBRAÇÃO DOS PARÂMETROS INTRÍNSECOS DE CÂMERAS Projeto de Pesquisa PIBIC/CNPq ( ) USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EP ESCOLA POLITÉCNICA EXTRAÇÃO SEMI - AUTOMÁTICA DE FEIÇÕES LINEARES E A CALIBRAÇÃO DOS PARÂMETROS INTRÍNSECOS DE CÂMERAS Projeto de Pesquisa PIBIC/CNPq (2000-2001) LEONARDO

Leia mais

FOTOGRAMETRIA. Universidade do Minho/ Escola de Engenharia/ Departamento de Engenharia Civil/Topografia/Elisabete Freitas 1

FOTOGRAMETRIA. Universidade do Minho/ Escola de Engenharia/ Departamento de Engenharia Civil/Topografia/Elisabete Freitas 1 FOTOGRAMETRIA Universidade do Minho/ Escola de Engenharia/ Departamento de Engenharia Civil/Topografia/Elisabete Freitas 1 Fotogrametria É a arte, ciência e tecnologia usadas para coligir informação fiável,

Leia mais

RESTITUIDORES DIGITAIS

RESTITUIDORES DIGITAIS RESTITUIDORES DIGITAIS 1 1. Fotogrametria digital Trabalha com imagens digitais, o detector é um sensor de estado sólido, os mais comuns são o CCD e o CMOS. No CCD matricial há milhares de fotocélulas

Leia mais

FOTOGRAMETRIA: FUNDAMENTOS E PROCESSOS. LEB 450 Topografia e Geoprocessamento II Prof. Carlos A. Vettorazzi

FOTOGRAMETRIA: FUNDAMENTOS E PROCESSOS. LEB 450 Topografia e Geoprocessamento II Prof. Carlos A. Vettorazzi FOTOGRAMETRIA: FUNDAMENTOS E PROCESSOS LEB 450 Topografia e Geoprocessamento II Prof. Carlos A. Vettorazzi 1 Introdução Definição: Fotogrametria é a arte, ciência e tecnologia de se obterem informações

Leia mais

9º Encontro Técnico DER-PR

9º Encontro Técnico DER-PR Técnicas de Sensoriamento Remoto aplicadas a rodovias. 9º Encontro Técnico DER-PR Sensoriamento Remoto É definido como, o conjunto de técnicas e equipamentos, utilizados para obter informações sobre um

Leia mais

2015 direitos reservados verdecima.

2015 direitos reservados verdecima. 1. TECNOLOGIA VANT Novos avanços tecnológicos ao nível da miniaturização de equipamentos, permitiram o desenvolvimento de uma nova metodologia, que se insere no campo da observação remota, onde a captura

Leia mais

Topografia Aplicada à Engenharia Civil. Aula 09 Altimetria e Fotogrametria. Laboratório de Cartografia Digital - CTUFES

Topografia Aplicada à Engenharia Civil. Aula 09 Altimetria e Fotogrametria. Laboratório de Cartografia Digital - CTUFES Topografia Geomática Aplicada à Engenharia Civil Aula 09 Altimetria e Fotogrametria Laboratório de Cartografia Digital - CTUFES 2 Altimetria Operação no terreno, que nos fornece os dados necessários à

Leia mais

processos de formação e suas inter-relações com o ambiente. As diversas combinações de fatores (clima, relevo,

processos de formação e suas inter-relações com o ambiente. As diversas combinações de fatores (clima, relevo, INTRODUÇÃO AO LEVANTAMENTO DE SOLOS INTRODUÇÃO AO LEVANTAMENTO DE SOLOS variabilidade espacial dos solos fenômeno natural variabilidade espacial dos solos fenômeno natural resultante da interação resultante

Leia mais

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2. Fotogrametria. Parte 2

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2. Fotogrametria. Parte 2 UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2 Fotogrametria Parte 2 Recife, 2014 Principais Produtos Fotogramétricos 2 Fotografias Aéreas 3 Mosaico

Leia mais

ANÁLISE DE DISTORÇÕES EM FOTOS DA CAMERA GOPRO OBTIDAS COM VANT FOTOGRAMÉTRICO

ANÁLISE DE DISTORÇÕES EM FOTOS DA CAMERA GOPRO OBTIDAS COM VANT FOTOGRAMÉTRICO ANÁLISE DE DISTORÇÕES EM FOTOS DA CAMERA GOPRO OBTIDAS COM VANT FOTOGRAMÉTRICO João Carlos B. REBERTE 1 ; Mosar F. BOTELHO 2 ; Matheus Augusto Pereira 3 ; Francisco de D. FONSECA NETO 4 ; Alessandra L.

Leia mais

José Alberto Quintanilha Mariana Giannotti

José Alberto Quintanilha Mariana Giannotti José Alberto Quintanilha jaquinta@usp.br Mariana Giannotti mariana.giannotti@usp.br Estrutura da Aula Momento Satélite (Apresentação de um novo satélite a cada aula) O que é uma imagem de satélite? O histograma

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS SER-300: INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO Laboratório II: Cartografia em GIS/Registro

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens 1 Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Introdução Espectro Eletromagnético Aquisição e de Imagens Sensoriamento Remoto 2 Introdução Espectro Eletromagnético

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Introdução Espectro Eletromagnético Aquisição e Digitalização de Imagens Efeitos da Digitalização Digitalização Sensoriamento

Leia mais

AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA Fotografia aérea LIDAR GEOMÁTICA - 20ª aula 2012/2013 UTILIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA AÉREA EM CARTOGRAFIA FOTOINTERPRETAÇÃO interpretação da forma e aspecto (cor, textura,

Leia mais

TESTES DE CALIBRAÇÃO COM O MODELO DE CORREÇÃO DAS LENTES DO SOFTWARE FLEXCOLOR - HASSELBLAD

TESTES DE CALIBRAÇÃO COM O MODELO DE CORREÇÃO DAS LENTES DO SOFTWARE FLEXCOLOR - HASSELBLAD TESTES DE CALIBRAÇÃO COM O MODELO DE CORREÇÃO DAS LENTES DO SOFTWARE FLEXCOLOR - HASSELBLAD ROBERTO DA SILVA RUY ANTONIO MARIA GARCIA TOMMASELLI MAURICIO GALO JULIO KIYOSHI HASEGAWA THIAGO TIEDTKE DOS

Leia mais

O que é Fotogrametria?

O que é Fotogrametria? Fotogrametria O que é Fotogrametria? De acordo com ASPRS* (1966), é a arte, ciência e tecnologia de obter informações de confiança a respeito de objetos e fenômenos do meio ambiente através do registro,

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE DADOS DE RPAS NA GERAÇÃO DE BASE DE DADOS GEOESPACIAIS PARA USO EM APLICAÇÕES DE GESTÃO UNIVERSITÁRIA

UTILIZAÇÃO DE DADOS DE RPAS NA GERAÇÃO DE BASE DE DADOS GEOESPACIAIS PARA USO EM APLICAÇÕES DE GESTÃO UNIVERSITÁRIA X COLÓQUIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS GEODÉSICAS 06 a 08 de junho de 2018 Universidade Federal do Paraná UFPR UTILIZAÇÃO DE DADOS DE RPAS NA GERAÇÃO DE BASE DE DADOS GEOESPACIAIS PARA USO EM APLICAÇÕES DE

Leia mais

Qualidade das Imagens de Alta Resolução Geradas por Sensores Aéreos Digitais

Qualidade das Imagens de Alta Resolução Geradas por Sensores Aéreos Digitais Qualidade das Imagens de Alta Resolução Geradas por Sensores Aéreos Digitais Image Quality from High Resolution Airborne Sensors Resumo Irineu da Silva 1 Guillermo Gallo 2 Os sensores digitais aerotransportados

Leia mais

CAPÍTULO 5 RESULTADOS. São apresentados neste Capítulo os resultados obtidos através do programa Classific, para

CAPÍTULO 5 RESULTADOS. São apresentados neste Capítulo os resultados obtidos através do programa Classific, para CAPÍTULO 5 RESULTADOS São apresentados neste Capítulo os resultados obtidos através do programa Classific, para as imagens coletadas no verão II, período iniciado em 18/01 e finalizado em 01/03 de 1999,

Leia mais

REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Daniel C. Zanotta 14/03/2018

REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Daniel C. Zanotta 14/03/2018 REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO Daniel C. Zanotta 14/03/2018 O que é Sensoriamento Remoto? Arte e ciência da obtenção de informações sobre um objeto, através de radiação eletromagnética, sem contato

Leia mais

09/03/2017. O que é Sensoriamento Remoto? Tipos de Sensoriamento Remoto REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Satélites.

09/03/2017. O que é Sensoriamento Remoto? Tipos de Sensoriamento Remoto REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Satélites. REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO Daniel C. Zanotta 09/03/2017 O que é Sensoriamento Remoto? Arte e ciência da obtenção de informações sobre um objeto, através de radiação eletromagnética, sem contato

Leia mais

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE MOSAICO GERADO A PARTIR DE FOTOS OBTIDAS COM HEXACÓPTERO FOTOGRAMÉTRICO (VANT)

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE MOSAICO GERADO A PARTIR DE FOTOS OBTIDAS COM HEXACÓPTERO FOTOGRAMÉTRICO (VANT) AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE MOSAICO GERADO A PARTIR DE FOTOS OBTIDAS COM HEXACÓPTERO FOTOGRAMÉTRICO (VANT) João Carlos B. REBERTE 1 ; Mosar F. BOTELHO 2 ; Matheus Augusto Pereira 3 ; Francisco de D. FONSECA

Leia mais

Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá

Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá Engº Florestal, D.Sc. Sensoriamento Remoto/Geoprocessamento, Pesquisador Embrapa Semi-Árido

Leia mais

FOTOGRAMMETRIAMETRIA 21/03/ :57:35 2

FOTOGRAMMETRIAMETRIA 21/03/ :57:35 2 INTRODUÇÃO Mário Luiz Lopes Reiss Prof. Dr. Em Ciência Cartográficas ESPECIALIDADE: FOTOGRAMETRIA E COMPUTAÇÃO DE IMAGENS Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Geociências INTRODUÇÃO Princípios

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina ENF310 Fotogrametria e Fotointerpretação

Programa Analítico de Disciplina ENF310 Fotogrametria e Fotointerpretação 0 Programa Analítico de Disciplina ENF30 Fotogrametria e Fotointerpretação Departamento de Engenharia Florestal - Centro de Ciências Agrárias Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas:

Leia mais

3. TOPOGRAFIA. Definição, Objectivo. Cartas Topográficas. Coordenação do Apoio Horizontal. Medição de Ângulos Medição de Distâncias.

3. TOPOGRAFIA. Definição, Objectivo. Cartas Topográficas. Coordenação do Apoio Horizontal. Medição de Ângulos Medição de Distâncias. 3. TOPOGRAFIA Definição, Objectivo. Cartas Topográficas Coordenação do Apoio Horizontal Medição de Ângulos Medição de Distâncias Altimetria Levantamentos Fotogramétricos Definição/Objectivo. Paula Sanches

Leia mais

CADASTRO AMBIENTAL RURAL USANDO FOTOS DE DRONE FOTOGRAMÉTRICO

CADASTRO AMBIENTAL RURAL USANDO FOTOS DE DRONE FOTOGRAMÉTRICO CADASTRO AMBIENTAL RURAL USANDO FOTOS DE DRONE FOTOGRAMÉTRICO João Edson C. F. da SILVA 1 ; Mosar Faria BOTELHO 2 ; João Carlos B. REBERTE 3 ; Matheus Augusto PEREIRA 4 RESUMO O Cadastro Ambiental Rural

Leia mais

PRODUÇÃO CARTOGRÁFICA UD 4 ATUALIZAÇÃO

PRODUÇÃO CARTOGRÁFICA UD 4 ATUALIZAÇÃO UD 4 ATUALIZAÇÃO Quando se chega à decisão pela elaboração de um documento cartográfico, seja uma carta, um mapa ou um atlas, é porque a obra ainda não existe, ou existe e se encontra esgotada ou desatualizada

Leia mais

Projeto Fotogramétrico. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Projeto Fotogramétrico. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Projeto Fotogramétrico Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Projeto Fotogramétrico No planejamento de um projeto fotogramétrico aéreas, três fases são estreitamente interligadas.

Leia mais

SENSORES REMOTO UMA ABORDAGEM PRÁTICA NO LEVANTAMENTO FLORESTAL

SENSORES REMOTO UMA ABORDAGEM PRÁTICA NO LEVANTAMENTO FLORESTAL SENSORES REMOTO UMA ABORDAGEM PRÁTICA NO LEVANTAMENTO FLORESTAL MADRUGA P.R. de A. 1 As técnicas de geoprocessamento, em especial o Sensoriamento Remoto, tornaram-se corriqueiras no dia a dia dos profissionais

Leia mais

PLANO DE ENSINO ANO 2016

PLANO DE ENSINO ANO 2016 Praça Tiradentes, 416 Centro Tel.:(35) 3464-1200 - CEP 37576-000 Inconfidentes - MG PLANO DE ENSINO ANO 2016 CURSO TÉCNICO EM AGRIMENSURA PROFESSOR DISCIPLINA: Sensoriamento Remoto e Fotogrametria MOSAR

Leia mais

FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA REVISÃO DE CONTEÚDO. Prof. Marckleuber

FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA REVISÃO DE CONTEÚDO. Prof. Marckleuber FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA - 2011 REVISÃO DE CONTEÚDO Prof. Marckleuber -Diferença: Imagem de satélite X fotografia aérea -Satélite X Sensor X Radar

Leia mais

Conceitos e Classificação da Fotogrametria. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Conceitos e Classificação da Fotogrametria. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Conceitos e Classificação da Fotogrametria Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Conceituação Até a década de 60: ciência e arte de obter medidas confiáveis por meio de fotografias

Leia mais

Engenharia de Faixa de Dutos Terrestres

Engenharia de Faixa de Dutos Terrestres 7 Estereoscopia Justaposição dos termos gregos stereo, relativo a dois (duplo), e scopos, relativo a visão (observador), estereoscopia diz respeito a visualização de um mesmo foco por dois mecanismos de

Leia mais

Atualização e geração de produtos cartográficos a partir de imagens obtidas com câmaras analógica e digital

Atualização e geração de produtos cartográficos a partir de imagens obtidas com câmaras analógica e digital Atualização e geração de produtos cartográficos a partir de imagens obtidas com câmaras analógica e digital José Marcato Junior 1 Ana Paula da Silva Marques 1 Caio Domingues Reina 1 Guilherme Mauerberg

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Processamento Digital de Imagens Conceitos Básicos CPGCG/UFPR Prof. Dr. Jorge Centeno Realidade e imagem Uma imagem é a representação pictórica de um aspecto da realidade. Uma imagem não é idêntica à cena

Leia mais

GEOPROCESSAMENTO NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS

GEOPROCESSAMENTO NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS DISCIPLINA LER 210 - GEOPROCESSAMENTO ESALQ / USP - 2013 GEOPROCESSAMENTO NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS PROF. CARLOS A. VETTORAZZI ESALQ/USP 1. Introdução OBJETIVOS 1. APRESENTAR UM PANORAMA GERAL DO CONTEXTO

Leia mais

O resultado é uma série de "fatias" da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma

O resultado é uma série de fatias da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma Sensores e Satélites Para que um sensor possa coletar e registrar a energia refletida ou emitida por um objeto ou superfície, ele tem que estar instalado em uma plataforma estável à distância do objeto

Leia mais

SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS, TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES. Imagens de Satélites Orbitais

SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS, TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES. Imagens de Satélites Orbitais Distribuidor Erdas e RapidEye no Brasil SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS, TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES Imagens de Satélites Orbitais Contato: Santiago & Cintra Consultoria E-mail: contato@sccon.com.br Fone:

Leia mais

Extração Semi-Automática de Feições Lineares e a Calibração dos Parâmetros Intrínsecos de Câmeras

Extração Semi-Automática de Feições Lineares e a Calibração dos Parâmetros Intrínsecos de Câmeras Extração Semi-Automática de Feições Lineares e a Calibração dos Parâmetros Intrínsecos de Câmeras Leonardo Ercolin Filho 1 1 Escola Politécnica Universidade de São Paulo (USP) Caixa Postal São Paulo SP

Leia mais

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista 2016 Informes! 1) Data da prova #1: 09/05/2016 1) Conteúdo? até a aula anterior

Leia mais

Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a.

Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a. Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a. 1) A água reflete muita radiação no infravermelho próximo. (5 pontos) 2) A radiação

Leia mais

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista 2016 Coleta de dados de sensoriamento remoto A quantidade de radiação eletromagnética,

Leia mais

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO. Daniel C. Zanotta

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO. Daniel C. Zanotta INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO Daniel C. Zanotta O que é Sensoriamento Remoto? Arte e ciência da obtenção de informação sobre um objeto sem contato físico direto com o objeto. É a tecnologia científica

Leia mais

3 Trabalhando com imagens digitais

3 Trabalhando com imagens digitais 3 Trabalhando com imagens digitais Neste capítulo, é apresentada a importância da utilização de imagens digitais em aplicações de computação gráfica. Se o objetivo destas aplicações for criar uma cena

Leia mais

FOTOGRAMETRIA E FOTOINTERPRETAÇÃO

FOTOGRAMETRIA E FOTOINTERPRETAÇÃO FOTOGRAMETRIA E FOTOINTERPRETAÇÃO GENERALIDADES Fotogrametria => é o processo de derivação de informação métrica de um objeto através de medições feitas em fotografias desse objeto Foto-interpretação =>

Leia mais

Fotogrametria. Laboratório de Topografia e Cartografia - CTUFES

Fotogrametria. Laboratório de Topografia e Cartografia - CTUFES Fotogrametria FOTOGRAMETRIA Ciência, tecnologia e arte de obter informações seguras acerca de objetos físicos e do meio, através de processos de registro, medições e interpretações de imagens fotográficas

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO TOPOGRÁFICA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES A PARTIR DE VEÍCULOS ÁEREOS NÃO TRIPULADOS

CARACTERIZAÇÃO TOPOGRÁFICA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES A PARTIR DE VEÍCULOS ÁEREOS NÃO TRIPULADOS CARACTERIZAÇÃO TOPOGRÁFICA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES A PARTIR DE VEÍCULOS ÁEREOS NÃO TRIPULADOS Antonio Juliano Fazan Setor de Geotecnologias Aplicadas CGPLAN/DPP Sumário Conceitos e Definições

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA POSICIONAL PLANIMÉTRICA DE IMAGENS CBERS 4 SENSOR PAN, NA REGIÃO DE ALVINÓPOLIS-MG

AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA POSICIONAL PLANIMÉTRICA DE IMAGENS CBERS 4 SENSOR PAN, NA REGIÃO DE ALVINÓPOLIS-MG AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA POSICIONAL PLANIMÉTRICA DE IMAGENS CBERS 4 SENSOR PAN, NA REGIÃO DE ALVINÓPOLIS-MG Lígia da Silva Barbosa 1, Afonso de Paula dos Santos 2 1 Graduanda em Engenharia de Agrimensura

Leia mais

Programa 25/02/2019. Objetivo Geral: Processamento Digital de Imagens I Turma A. Objetivos Específicos:

Programa 25/02/2019. Objetivo Geral: Processamento Digital de Imagens I Turma A. Objetivos Específicos: Curso de Engenharia Cartográfica e Agrimensura Processamento Digital de Imagens I Turma A 2019/1 semestre Objetivo Geral: Conhecer técnicas de processamento de digitais que permitem extrair e identificar

Leia mais

Fotogrametria Básica - Métodos Fotogramétricos Aproximados

Fotogrametria Básica - Métodos Fotogramétricos Aproximados 7.9 FOTOCARTAS E MOSAICOS As fotografias aéreas podem ser usadas como uma opção ao mapa planimétrico em alguns casos particulares, se forem tratadas e transformadas adequadamente. Este tratamento inclui

Leia mais

GEOPROCESSAMENTO. Bases conceituais e teóricas. Prof. Luiz Henrique S. Rotta

GEOPROCESSAMENTO. Bases conceituais e teóricas. Prof. Luiz Henrique S. Rotta 1 GEOPROCESSAMENTO Bases conceituais e teóricas Prof. Luiz Henrique S. Rotta GEOPROCESSAMENTO Disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação

Leia mais

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA PARA GEOPROCESSAMENTO

FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA PARA GEOPROCESSAMENTO FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA PARA GEOPROCESSAMENTO ASPECTOS FUNCIONAIS Julio Cesar Lima d Alge Introdução Modelagem cartográfica álgebra de mapas Integração de dados Integração com Sensoriamento Remoto correção

Leia mais

Porto Alegre, Agosto 2012.

Porto Alegre, Agosto 2012. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE INFORMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMPUTAÇÃO Pesquisa individual Aberração Cromática no Olho Humano Augusto Luengo Pereira Nunes Aluno de Mestrado

Leia mais

3 Técnicas de medição do escoamento

3 Técnicas de medição do escoamento Técnicas de medição do escoamento 28 3 Técnicas de medição do escoamento O conhecimento do campo de velocidade de fluidos em movimento é fundamental para o entendimento dos mecanismos básicos que governam

Leia mais

Princípios sobre imagens digitais

Princípios sobre imagens digitais Princípios sobre imagens digitais Aula 1 LPV 5731 - ANÁLISE DE IMAGENS DE SEMENTES E PLÂNTULAS Programa de pós-graduação em Fitotecnia Francisco G Gomes-Junior Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Leia mais

Tecnologias de sensoriamento remoto para a identificação e monitoramento das mudanças no uso e ocupação dos solos urbanos

Tecnologias de sensoriamento remoto para a identificação e monitoramento das mudanças no uso e ocupação dos solos urbanos Tecnologias de sensoriamento remoto para a identificação e monitoramento das mudanças no uso e ocupação dos solos urbanos associadas às vias de transportes terrestres. José A. Quintanilha C láudia A. S.

Leia mais

PMR2560 ELEMENTOS DE ROBÓTICA 2016 TRABALHO DE VISÃO COMPUTACIONAL CALIBRAÇÃO DE CÂMERAS E VISÃO ESTÉREO

PMR2560 ELEMENTOS DE ROBÓTICA 2016 TRABALHO DE VISÃO COMPUTACIONAL CALIBRAÇÃO DE CÂMERAS E VISÃO ESTÉREO PMR2560 ELEMENTOS DE ROBÓTICA 2016 TRABALHO DE VISÃO COMPUTACIONAL CALIBRAÇÃO DE CÂMERAS E VISÃO ESTÉREO Esse trabalho consiste de três partes. Na primeira parte do trabalho você vai calibrar duas câmeras

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade de Ciências e Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Ciências Cartográficas ADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade d Ciências e Tecnologia RODRIGO FERREIRA LOPES FORMAÇÃO

Leia mais

Luciano Fucci.

Luciano Fucci. Luciano Fucci www.tecnodrone.com.br AEROLEVANTAMENTOS Visão Geral O que preciso saber para fazer aerolevantamento com Drones? www.tecnodrone.com.br AEROLEVANTAMENTO COM DRONES Um conjunto de operações

Leia mais

GERAÇÃO DE CARTA IMAGEM A PARTIR DE IMAGENS DE SENSORES ORBITAIS DE ALTA RESOLUÇÃO

GERAÇÃO DE CARTA IMAGEM A PARTIR DE IMAGENS DE SENSORES ORBITAIS DE ALTA RESOLUÇÃO GERAÇÃO DE CARTA IMAGEM A PARTIR DE IMAGENS DE SENSORES ORBITAIS DE ALTA RESOLUÇÃO Francisco José Silva Soares Mendes Graduando em Geografia pela Universidade Federal do Ceará- UFC/Fortaleza-CE. mendesfjss@yahoo.com.br.

Leia mais

6 Procedimento Experimental 6.1. Medição com PIV

6 Procedimento Experimental 6.1. Medição com PIV 6 Procedimento Experimental 6.1. Medição com PIV Para se obter imagens de qualidade e resultados confiáveis ao utilizar a técnica de velocimetria por imagem de partículas (PIV), é necessário fazer uma

Leia mais

O resultado é uma série de "fatias" da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma

O resultado é uma série de fatias da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma Sensores e Satélites Para que um sensor possa coletar e registrar a energia refletida ou emitida por um objeto ou superfície, ele tem que estar instalado em uma plataforma estável à distância do objeto

Leia mais

sensefly Camera Collection

sensefly Camera Collection sensefly Camera Collection Um sensor profissional para cada aplicação Imagem: Impressionantes reconstruções digitais 3D em ambientes com foco vertical como áreas urbanas, minas a céu aberto e regiões litorâneas

Leia mais

SIMULAÇÃO DE BANDAS DO SENSOR MSI/SENTINEL-2 EM LAGOS DA AMAZÔNIA E RIO GRANDE DO SUL

SIMULAÇÃO DE BANDAS DO SENSOR MSI/SENTINEL-2 EM LAGOS DA AMAZÔNIA E RIO GRANDE DO SUL SIMULAÇÃO DE BANDAS DO SENSOR MSI/SENTINEL-2 EM LAGOS DA AMAZÔNIA E RIO GRANDE DO SUL 1. INTRODUÇÃO As geotecnologias estão cada vez mais inseridas nos estudos de cunho ambiental, servindo de suporte para

Leia mais

PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO

PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola Politécnica Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo PMI Graduação em Engenharia de Petróleo PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Leia mais

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Sensoriamento remoto 1 Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Sistemas sensores Conteúdo sistema sensor Plataformas Exemplos de sensores comerciais Pergunta: O que é

Leia mais

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO 1.0. Introdução Existem diversas definições referentes à tecnologia de sensoriamento remoto. Algumas são mais apropriadas que outras quando se olha do ponto de vista

Leia mais

INTEGRAÇÃO DE SENSORES PARA MAPEAMENTOS RÁPIDOS NA AGRICULTURA DE PRECISÃO: DESENVOLVIMENTO E CALIBRAÇÃO DO SISTEMA

INTEGRAÇÃO DE SENSORES PARA MAPEAMENTOS RÁPIDOS NA AGRICULTURA DE PRECISÃO: DESENVOLVIMENTO E CALIBRAÇÃO DO SISTEMA p.259-268. INTEGRAÇÃO DE SENSORES PARA MAPEAMENTOS RÁPIDOS NA AGRICULTURA DE PRECISÃO: DESENVOLVIMENTO E CALIBRAÇÃO DO SISTEMA JÚLIO KIYOSHI HASEGAWA NILTON NOBUHIRO IMAI JOÃO FRANCISCO GALERA MÔNICO PAULO

Leia mais

CALIBRAÇÃO DE UM SISTEMA POLI-DIÓPTRICO COM INJUNÇÕES DE ESTABILIDADE DA ORIENTAÇÃO RELATIVA

CALIBRAÇÃO DE UM SISTEMA POLI-DIÓPTRICO COM INJUNÇÕES DE ESTABILIDADE DA ORIENTAÇÃO RELATIVA CALIBRAÇÃO DE UM SISTEMA POLI-DIÓPTRICO COM INJUNÇÕES DE ESTABILIDADE DA ORIENTAÇÃO RELATIVA MARIANA BATISTA CAMPOS ANTONIO MARIA GARCIA TOMMASELLI JOSÉ MARCATO JUNIOR EIJA HONKAVAARA 1 OBJETIVO: DETERMINAR

Leia mais

Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais

Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais 1/45 Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais Teoria Eng. Allan Saddi Arnesen Eng. Frederico Genofre Eng. Marcelo Pedroso Curtarelli 2/45 Conteúdo programático: Capitulo 1: Conceitos

Leia mais

MAPEAMENTO DE CURSO D ÁGUA ATRAVÉS DO RECOBRIMENTO AEROFOTOGRAMÉTRICO VIA AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA

MAPEAMENTO DE CURSO D ÁGUA ATRAVÉS DO RECOBRIMENTO AEROFOTOGRAMÉTRICO VIA AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA MAPEAMENTO DE CURSO D ÁGUA ATRAVÉS DO RECOBRIMENTO AEROFOTOGRAMÉTRICO VIA AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA Conservação e Educação de Recursos Hídricos David Luciano Rosalen 1 Ingrid Fernanda Magro Santana

Leia mais

Range Imaging : utilização câmeras de profundidade para coletas de

Range Imaging : utilização câmeras de profundidade para coletas de Range Imaging : utilização câmeras de profundidade para coletas de dados 3D Jorge A.S. Centeno Universidade Federal do Paraná Departamento de Geomática Curso de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas Curitiba,

Leia mais

História da fotogrametria. Fotogrametria aérea / terrestre. História da fotogrametria. Câmaras métricas Fotogrametria

História da fotogrametria. Fotogrametria aérea / terrestre. História da fotogrametria. Câmaras métricas Fotogrametria É a arte, ciência e tecnologia usada para a recolha de informação métrica e interpretativa dos objetos, por meio da medição e interpretação de imagens recolhidas através de registos na banda espectral

Leia mais

CAPÍTULO V 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1 SÍNTESE DO TRABALHO DESENVOLVIDO

CAPÍTULO V 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1 SÍNTESE DO TRABALHO DESENVOLVIDO 182 CAPÍTULO V 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1 SÍNTESE DO TRABALHO DESENVOLVIDO Neste trabalho foi proposta uma metodologia para a automação da resseção espacial de imagens digitais baseada no uso hipóteses

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Aula 24 2 TERMÔMETROS DE RADIAÇÃO São medidores de temperatura sem contato. Os componentes

Leia mais

CURSO DE MAPEAMENTO DE COM DRONES (RPA)

CURSO DE MAPEAMENTO DE COM DRONES (RPA) CURSO DE MAPEAMENTO DE COM DRONES (RPA) 1. SOBRE O CURSO: Pesquisadores, professores, técnicos de instituições públicas e privadas, é com prazer que viermos através desse e-mail divulgar o curso de Curso

Leia mais

4 Análise de Dados. 4.1.Procedimentos

4 Análise de Dados. 4.1.Procedimentos 4 Análise de Dados 4.1.Procedimentos A idéia inicial para a comparação dos dados foi separá-los em series de 28 ensaios, com a mesma concentração, para depois combinar esses ensaios em uma única série.

Leia mais

Topografia. Definição: Derivada das palavras gregas: Topos (lugar) Graphen (descrever) É a descrição de um lugar. Sheila R. Santos

Topografia. Definição: Derivada das palavras gregas: Topos (lugar) Graphen (descrever) É a descrição de um lugar. Sheila R. Santos Topografia Definição: Derivada das palavras gregas: Topos (lugar) Graphen (descrever) É a descrição de um lugar. 1 Topografia Definição: É o conjunto de princípios, métodos, aparelhos e convenções utilizados

Leia mais