FALSO RAKU NU EM FORNO ELÉTRICO SEM REDUÇÃO

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João Batista Fontes
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1 FALSO RAKU NU EM FORNO ELÉTRICO SEM REDUÇÃO LEONOR LOPES

2 O raku nu é um processo de redução única, de baixa temperatura, que se reoxida. A fumaça penetra na superfície com cobertura, onde a camada é removida para revelar o padrão.

3 O falso raku nu se assemelha ao raku nu tradicional, porém não se reoxida. O falso raku nu, depois da queima do esmalte, a área padrão permanecerá mate, enquanto as áreas vidradas ficarão brilhantes ou mate tornando-se totalmente vitrificado.

4 O falso raku nu é aplicado em 2 versões: a) a peça biscoitada a 900 C e b) b) a peça que foi aplicada a terra sigilata 900 C.

5 As duas versões são aplicadas da mesma forma. Limitar o espaço que queira aplicar a cobertura, colocando fita adesiva colorida para proteger os locais onde serão esmaltada. Não se deve usar cera ou látex porque deixarão resíduos oleosos.

6 Aplicar uma cobertura que não será queimada: 30g de caulim, 60g de fire clay e 10g de quartzo.

7 A consistência da cobertura, quando misturada com água, deve ser grossa como iogurte.

8 O melhor processo de aplicar a cobertura é colocando a peça num torno manual, para poder girar vagarosamente com a mão e ir colocando camadas bem desiguais com pincel e incorporar o resto com a mão, usando, também, para alguns detalhes, um aplicador de plástico com ponta para criar superfícies irregulares.

9 Após aplicada totalmente a cobertura, deixar a peça em algum lugar sem tapar, para secar por mais ou menos 12 horas em local que não bata sol, nem tenha corrente forte de vento. Nos dias mais frios, usar uma pistola de ar (secador de cabelo) que não é tão potente em áreas específica que normalmente secam mais devagar.nunca usar maçarico pelo fato de a secagem tornar-se muito rápida deslocando a cobertura em alguns lugares.

10 Se a cobertura se soltar, aplicar novamente no mesmo local, porém com bastante cuidado para não soltar a que fica ao lado.

11 Quando a cobertura estiver toda craquelada, pulverizar com a seguinte mistura: 25g de terra sigilata natural sem água 15ml da água que tirou da terra sigilata. 5 ml de álcool 15 g de corante inorgânico preto.

12 No preparo da mistura usar terra sigilata por se relacionar melhor com o processo. Verificar se está bem misturada. Eu uso um aplicador agrícola que tem que bombar para sair com pressão. O certo seria com aerógrafo.

13 Girar a peça no torno para a mistura entrar em todo craquelado e ângulo. Tudo bem devagar. A paciência é muito importante. Esperar secar.

14 Se parte da cobertura cair, continuar a pulverização, apenas evitar áreas onde serão repostas e secadas com o secador. Aplicar acrílico transparente (clear acrylic gloss or semigloss) sobre as fenda para selar e não manchar. Deixar secar, depois continuar o processo. O acrílico volatiliza a 50.

15 A maior parte da cobertura se soltará, mas se houver algumas áreas problemáticas onde a cobertura não se soltar é porque a cobertura foi aplicada muito fina. Tirar com cuidado com uma faquinha (ferramenta). Tome cuidado para não manchar o local onde foi aplicada a mistura.

16 Com toda a cobertura removida, verificar lugares onde há necessidade de usar esponja molhada para eliminar erro. Pode-se usar um pincel fininho com a mistura para retocar alguma ponta. Aplicar novamente o acrílico.

17 Deixar secar. Retirar a fita adesiva que está protegendo a área que vai ser esmaltada. Acontecerão detalhes craquelados tanto em esculturas com em superfícies pouco planas cm curvas suáveis e inúmeros detalhes que não terão ângulos extremos.

18 Esmaltada as partes que foram cobertas com fita adesiva, queimar a 980 Pode-se utilizar lustre metálico. Usei preto CMF, podendo usar um esmalte mate para ficar bem semelhante ao raku nu.

19 SIGILATA NATURAL 1050 ml de água 500 g de argila São Simão 12,5 g de silicato de sódio 20 g de colemanita 3 g de carbonato de bário

20 Obrigada Leonor Lopes

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