A LEGISLAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA STICA:

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1 A LEGISLAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA STICA: Compatibilização do Código Penal e Diplomas Complementares às actuais manifestações do fenómeno. Bragança 25/06/2207 Maria João Taborda

2 DIAP DO PORTO SECÇÃO ESPECIALIZADA - maus tratos da previsão do art. 152º n.º 1 e 2, do Código C Penal; - ofensa à integridade física f qualificada desde que cometida por ascendente, descendente, adoptado ou adoptante da vítima v p. e p. pelo art. 146º,, n.º1 1 e 2, com referência aos art. 143º,, 144º,, 145º e 132º, n.º2, alínea a), todos do Código C Penal; - exposição ou abandono da previsão do art. 138º do Código C Penal - abuso sexual de menores dependentes p. e p. pelo art. 173º do Código Penal

3 1ª Secção DIAP-Porto Porto Inquéritos distribuídos dos por crimes do art. 152º do Código C Penal

4 DIAP DO PORTO OBJECTIVOS: - Tratamento mais próximo e célere dos casos de violência doméstica - Direcção efectiva do inquérito sendo as diligências presididas pelos Magistrados - Interlocutores privilegiados nos contactos com as instituições que trabalham no terreno (P.S.P., Delegação do Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal, Instituições de apoio às s vítimas) v - Conhecimento efectivo da realidade (denunciada) e possibilidade de identificar situações de reiteração da actividade delituosa

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6 VIOLÊNCIA DE GÉNERO Violência que põe em perigo os direitos fundamentais, a liberdade individual e a integridade física f e psicológica das mulheres Violência dirigida à mulher por ser mulher Todo o acto de violência baseado no génerog nero,, do qual resulte ou possa resultar dano ou sofrimento físico f ou psicológico para as mulheres, incluindo as ameaças as de tais actos e coacção ou privação arbitrária ria de liberdade, quer ocorra na vida pública p ou privada Organização das Nações Unidas

7 VIOLÊNCIA DE GENERO V Í T I M A S MULHERES

8 VIOLÊNCIA DE GENERO A G R E S S O R E S HOMENS

9 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A Violência doméstica consiste em qualquer conduta ou omissão que inflija, reiteradamente, sofrimentos físicos, sexuais, psicológicos ou económicos, de modo directo ou indirecto (por meio de ameaças, engano, coacção ou por qualquer outro meio) a qualquer pessoa que habite no mesmo agregado doméstico ou que, não habitando, seja cônjuge ou companheiro ou ex-cônjuge ou excompanheiro, bem como ascendentes ou descendentes Comissão de Peritos para o Acompanhamento da Execução do Plano Nacional contra a Violência Doméstica, in I Relatório Intercalar, Maio de 2000.

10 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Toda a violência física, sexual ou psicológica que ocorre em ambiente familiar e que inclui, embora não se limitando a, maus tratos, abuso sexual de mulheres e crianças, violação entre cônjuges, crimes passionais, mutilação sexual feminina e outras práticas tradicionais nefastas, ameaças, privação arbitrária da liberdade e exploração sexual e económica. Embora maioritariamente exercida sobre mulheres, atinge também, directa ou indirectamente, crianças, idosas e idosos e outras pessoas mais vulneráveis ou com deficiência Resolução que aprova o II Plano Nacional contra a Violência Doméstica Resolução do Conselho de Ministros n.º 88/2003

11 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA V Í T I M A S * MULHERES * CRIANÇAS * HOMENS * IDOSOS * PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIENCIA

12 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A G R E S S O R E S HOMENS MULHERES

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14 A LEI PORTUGUESA Constituição da República Portuguesa Garante a igualdade de direitos e deveres de homens e mulheres (art. 13º) Igualdade no casamento (art. 36º) Direito à integridade física e moral (art. 25º) Direito à protecção jurídica e ao acesso aos tribunais para defesa dos direitos (art. 20º)

15 A LEI PORTUGUESA Lei nº 61/91 de 13 de Agosto (Garante protecção adequada às mulheres vítimas de violência) Artigo 1º Objecto 1 A presente lei tem como objecto o reforço dos mecanismos de protecção legal devida às mulheres vítimas de crimes de violência, designadamente os seguintes: O estabelecimento de um sistema de prevenção e de apoio às mulheres vítimas de crimes de violência; A instituição do gabinete SOS para atendimento telefónico às mulheres vítimas de crimes de violência; A criação junto dos órgãos de polícia criminal de secções de atendimento directo às mulheres vítimas de crimes de violência; Um regime de incentivo à criação e funcionamento de associações de mulheres com fins de defesa e protecção das vítimas de crimes; Um sistema de garantias adequadas à cessação da violência e à reparação dos danos ocorridos. 2 O sistema de protecção previsto no presente diploma aplica-se quando a motivação do crime resulte de atitude discriminatória relativamente à mulher, estando nomeadamente abrangidos os casos de crimes sexuais e de maus tratos a cônjuge, bem como de rapto, sequestro ou ofensas corporais.

16 A LEI PORTUGUESA Lei 61/91 de 13 de Agosto Suspensão provisória do processo Artigo 15º 1 Nos crimes previstos na parte final do nº 2 do artigo 1º, a suspensão provisória do processo prevista na legislação processual penal só poderá ser decidida com a concordância de arguido e ofendida. 2 Nos crimes em que seja arguido pessoa com quem a vítima viva em economia comum, a medida de injunção a opor àquele, durante a suspensão do processo, será a do afastamento da residência nos casos em que se afigure necessária tal medida. Medidas de coacção Artigo 16º 1 Sempre que não seja imposta a medida de prisão preventiva, deverá ser aplicada ao arguido a medida de coacção de afastamento da residência, que pode ser cumulada com a obrigação de prestar caução, no caso de aquele ser pessoa com quem a vítima resida em economia comum, quando houver perigo de continuação da actividade criminosa. 2 Sempre que tal medida de coacção tenha sido imposta, a pena que vier a ser aplicada só poderá ser suspensa com a condição de o arguido não maltratar física ou psiquicamente a mulher.

17 A LEI PORTUGUESA Circular 2/98 da Procuradoria Geral da República (..) tratamento diferenciado adoptado pelo legislador, visando proteger as mulheres vítimas v de crime, não ofende o princípio pio da igualdade consagrado no artigo 13.º da Constituição da República, apresentando-se, se, aliás, como discriminação positiva imposta por aquele princípio pio na sua dimensão social. ( ) promovam a aplicação da medida de coacção de afastamento da residência sempre que se mostrem preenchidos os pressupostos legais.

18 A LEI PORTUGUESA Resolução n.º 55/99 do Conselho de Ministros I PLANO NACIONAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Objectivo: eliminação da VIOLÊNCIA DOMÉSTICA como factor indispensável à constituição de uma sociedade verdadeiramente democrática, assente nos princípios pios da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da justiça, como pilares fundamentais do Estado de Direito.

19 A LEI PORTUGUESA Resolução n.º 55/99 do Conselho de Ministros I PLANO NACIONAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Integrar nos planos curriculares e desenvolver nas práticas pedagógicas, gicas, desde a educação pré-escolar e numa perspectiva de não violência, nos currículos culos escolares e na prática pedagógica gica temas relacionados com os direitos humanos na família, designadamente a igualdade de todas as pessoas que a compõem os direitos dos seus membros mais vulneráveis, veis, os aspectos positivos das relações interpessoais, dos valores da cidadania, do afecto e da sexualidade e o princípio pio da regulação negociada dos conflitos. ( )) no sentido de evitar a transmissão de imagens e estereótipos tipos que impliquem superioridade de um dos sexos, podendo, assim, fomentar a violência doméstica

20 A LEI PORTUGUESA Lei n.º 107/99, de 3 de Agosto: : criação da rede pública p de casas de apoio a mulheres vítimas v de violência Decreto Lei 323/2000 de 19 de Dezembro,, regulamenta a Lei 107/99

21 Lei n.º 107/99, de 3 de Agosto MULHERES VÍTIMAS V DE VIOLÊNCIA : as que sejam vítimas v do crime previsto no n.º2 2 do art. 152º do Código Penal.

22 A LEI PORTUGUESA Lei n. Lei n.º 129/99, de 20 de Agosto 129/99, de 20 de Agosto Regime Aplicável pelo Estado da indemnização das vítimas de violência conjugal

23 A LEI PORTUGUESA Lei n.º 93/99, de 14 de Julho: : Medidas de Protecção de Testemunhas em processo penal Decreto-Lei n.º 190/2003, de 22 de Agosto : regulamente a Lei n.º 93/99

24 A LEI PORTUGUESA Lei nº n 93/99, de 14 de Julho Medidas de Protecção de Testemunhas em processo penal a especial vulnerabilidade pode resultar da sua diminuta ou avançada idade, do seu estado de saúde ou do facto de ter de depor ou prestar declarações contra pessoa da própria família ou de grupo fechado em que esteja inserido numa relação de subordinação ou de dependência - cfr. artigo 26º, nº 2.

25 II PLANO NACIONAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PORQUE: se conhece muito mal a realidade da violência praticada sobre crianças, pessoas idosas e pessoas deficientes (lacuna que se procurará colmatar, em parte, ao longo do período de vigência deste Plano); ( ) - que a violência sobre as mulheres radica na persistente desigualdade de condições entre as mulheres e os homens, e que muito embora nela sejam também englobadas outras formas de violência sobre as mulheres (assédio, tráfico, etc.), é a violência doméstica que causa o maior número de mortes de mulheres entre os 16 e os 44 anos. E por tudo isto este plano se focaliza principalmente na violência doméstica exercida sobre as mulheres.

26 III PLANO NACIONAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA objecto primordial de intervenção o combate à violência exercida directamente sobre as mulheres, no contexto de relações de intimidade, sejam elas conjugais ou equiparadas, presentes ou passadas. Abrange ainda a violência exercida indirectamente sobre as crianças as que são testemunhas da violência interparental.

27 ENQUADRAMENTO PENAL

28 ENQUADRAMENTO PENAL - art.º 132º,, n.º2, alínea a), do Código C Penal - art.º 146º do Código C Penal - art.º 152º,, n.ºs s 1, 2, 5 e 6 do Código C Penal - art.º 154º,, nº4 n 4 do Código C Penal - art.º 164º do Código C Penal - art.ºs s 173º a 176º do Código C Penal - Art.º 177º,, n.º1, alínea a) do Código C Penal

29 ENQUADRAMENTO PENAL CÓDIGO PENAL ARTIGO 152º (Maus tratos ou sobrecarga de menores, de incapazes ou do cônjuge) 1. Quem, tendo ao seu cuidado, à sua guarda, sob a responsabilidade da sua direcção ou educação, ou a trabalhar ao seu serviço, pessoa menor ou particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença ou gravidez, e: a) Lhe infligir maus tratos físicos f ou psíquicos ou a tratar cruelmente; b) A empregar em actividades perigosas, desumanas ou proibidas; ou c) A sobrecarregar com trabalhos excessivos; é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, se o facto não for punível pelo artigo 144º.

30 ENQUADRAMENTO PENAL A mesma pena, (1 a 5 anos de prisão), é aplicável: - a quem infligir ao cônjuge ou a quem com ele conviver em condições análogas às s dos cônjuges maus tratos físicos ou psíquicos - cfr. nº 2 do mesmo artigo A pena será de prisão de 2 a 8 anos se dos factos resultar ofensa à integridade física grave - cfr. alínea a) do nº 5 do mesmo artigo - ou de 3 a 10 anos se dos factos resultar a morte - cfr. alínea b) do mesmo normativo.

31 ENQUADRAMENTO PENAL A denúncia ncia é obrigatória ria (...): a) Para as entidades policiais, quanto a todos os crimes de que tomarem conhecimento; b) Para os funcionários, na acepção ao artigo 386.º do Código Penal, quanto a crimes de que tomarem conhecimento no exercício das suas funções e por causa delas.

32 NOTICIA DO CRIME -órgão de policia criminal P.S.P./G.N.R -vítima -Vizinhos -- outras entidades MºPº Instauração de Inquérito Independentemente da vontade da vítima

33 Natureza pública do crime de maus tratos Direito ao silêncio da vítima

34 A VÍTIMA V E A SUSPENSÃO PROVISÓRIA RIA DO PROCESSO art. 281ºdo Código de Processo Penal - Se o crime for punível com pena de prisão não superior a cinco anos ou com sanção diferente da prisão, pode o Ministério Público decidir-se, com a concordância do juiz de instrução, pela suspensão do processo, mediante a imposição ao arguido de injunções e regras de conduta, se se verificarem os seguintes pressupostos: a) Concordância do arguido e do assistente; b) Ausência de antecedentes criminais do arguido; c) Não haver lugar a medida de segurança de internamento; d) Carácter diminuto da culpa; e e) Ser de prever que o cumprimento das injunções e regras de conduta responda suficientemente às exigências de prevenção que no caso se façam sentir

35 A VÍTIMA V E A SUSPENSÃO PROVISÓRIA RIA DO PROCESSO art. 281ºdo Código de Processo Penal 2 - São oponíveis ao arguido as seguintes injunções e regras de conduta: Indemnizar o lesado (...) Dar ao lesado satisfação moral adequada (...) Não frequentar certos meios ou lugares...) Não residir em certos lugares ou regiões (...) Qualquer outro comportamento especialmente exigido pelo caso.

36 A VÍTIMA V E A SUSPENSÃO PROVISÓRIA RIA DO PROCESSO art. 281ºdo Código de Processo Penal (...) 6 Em processos por crime de maus tratos entre cônjuges, entre quem conviva em condições análogas ou seja progenitor de descendente comum em 1.º grau, pode ainda decidir-se, sem prejuízo do n.º 1, pela suspensão provisória do processo a livre requerimento da vítima, tendo em especial consideração a sua situação e desde que ao arguido não haja sido aplicada medida similar por infracção da mesma natureza (Redacção da Lei nº 7/2000, de 27-5)

37 Suspensão provisória do processo Vitima requer S.P.P. Concordância -MºPº -Arguido - Juiz de Instrução INJUNÇÕES Entidades Mediação penal Terapia familiar outras

38 Proposta de lei Alteração Código C Penal Artigo 152.º ( Violência doméstica) 1 - Quem, de modo intenso ou reiterado,, infligir maus tratos físicos f ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais: a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge; b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação; c) A progenitor de descendente comum em 1.º grau; ou d) A pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença, gravidez ou dependência económica, que com ele coabite; é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, se pena mais grave lhe não couber por força a de outra disposição legal.

39 Proposta de lei Alteração Código C Penal Tipificação da VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo privações da liberdade e ofensas sexuais) Cônjuge ou ex-conjuge Uniões de facto heterossexuais e homossexuais (ainda que sem coabitação) Progenitor de descendente comum em 1º 1 grau Pessoa particularmente indefesa em razão da idade, deficiência, doença, gravidez ou dependência económica que com ele coabite (exigindo a coabitação)

40 ( ) Proposta de lei Alteração Código C Penal Art. 152º, 2 - No caso previsto no número n anterior, se o agente praticar o facto contra menor, na presença a de menor, no domicílio comum ou no domicílio da vítimav é punido com pena de prisão de 2 a 5 anos.

41 Proposta de lei Alteração Código C Penal Maus-tratos a menor Exposição de menores à violência inter parental Prática do facto no domicílio comum ou no domicílio da vítima v Agrava a moldura penal no seu limite mínimo

42 Exposição de menores à violência inter parental maus tratos psíquicos

43 Proposta de lei Alteração Código C Penal Penas acessórias: Proibição de contacto com a vítimav Afastamento da residência Afastamento do local de trabalho Fiscalização por meios técnicos t de controlo à distancia Proibição de uso e porte de armas Obrigação de frequência de programas de prevenção da violência doméstica

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45 INSTRUMENTOS LEGISLATIVOS ESPANHA: INOVADORES LEI ORGÂNICA 1/2004, de 28 de Dezembro,, Medidas de Protecção Integral Contra a Violência de GéneroG

46 Notas finais o legislador português oscilou entre a protecção das vítimas v de violência doméstica e a protecção das vítimas v de violência de género, g designadamente das mulheres. Contudo o combate à violência de género g parece estar a assumir o verdadeiro pólo p de intervenção legislativa, jáj que, alem do mais, a realidade sociológica a isso aconselha. Em termos da intervenção do poder judicial, e ao nível n do judiciário, a solução encontrada em Espanha da constituição de Juízos de Violência Contra a Família afigura-se se-nos adequada, sendo a falta de articulação entre as várias v jurisdições em Portugal, designadamente entre a jurisdição penal e a de família um entrave a que seja dada uma resposta eficaz e célere a muitas das situações que nos chegam à mãos todos os dias. De igual modo, parece-nos que em Portugal falta, ainda, uma articulação efectiva entre todas as entidades que trabalham nesta área, e um empenhamento sério, s que permita, de facto, uma actuação eficaz no sentido do combate a este flagelo social e humano que é a violência doméstica.

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