A Contribuição dos Resíduos Sólidos nas Mudanças Climáticas e o Acordo de Paris. Osvaldo Soliano Pereira, Ph.D. 15 de junho de 2016
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1 A Contribuição dos Resíduos Sólidos nas Mudanças Climáticas e o Acordo de Paris Osvaldo Soliano Pereira, Ph.D. 15 de junho de 2016
2 Conteúdo Antecedentes Aquecimento Global e CO2 Desenvolvimento Sustentável Emissões brasileiras COP 21 e a questão energética e os resíduos
3 Antecedentes IPCC UNFCCC Protocolo de Kyoto Mecanismo de Desenvolvimento Limpo COP 13: Bali COP 15: Copenhagen => 2 C (450 ppm) IPCC AR5 Intended Nationally Determined Contributions (INDCs) COP 21: Paris
4 Fonte: NOAA 402,1
5 10 anos mais quentes desde º: 2015 Jan 2016 Fev 2016 Mar 2016 Fonte: NASA
6 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6
7 Emissões brasileiras (tco2eq) Fonte: SEEG
8 Metano
9 Resíduos
10 Resíduos por setores e mitigação % MtCO2 US$/tCOs Saneamento 75,18 517,6 9,8 aterros Indústrias 7,00 90,9 11,9 lixões e aterros controlados Pecuária 4,93 38,5 1,1 Suínos Agricultura 12,89
11 PBMC Indústria (Mitigação) Emprego de sucata na produção de alumínio (35,2%) aumento de 10% nível de reciclagem total de alumínio permite reduzir 175 quilos de gás carbônico por tonelada de alumínio em emissões a atmosfera Papel: aumento do uso de aparas de papel usado (45%) cada 10% de aumento na taxa de reciclagem de papel pode representar cerca de 41 quilos de dióxido de carbono por tonelada economizados Uso de cacos na produção de vidro (20%) cada 10% de adição de caco de vidro (cullets) na carga a ser alimentada para a fabricação de vidro, obtém-se 3% de economia dos combustíveis usados Uso de aditivos na produção de cimento aumento de 4% na taxa de uso de aditivos evitaria a emissão de 9,2 quilos de dióxido de carbono por tonelada de clínquer
12 Emissões brasileiras de CO2 Fonte: SEEG
13 Emissões do setor energético Fonte: SEEG
14 Mitigação 2030 IES Brasil
15 Mitigação de Resíduos 2030: IES Brasil Premissas CPG MA 1 MA 2 1 Eficiência da coleta 100% em % em % em Disposição final em aterros sanitários 100% em % em % em Encerramento de lixões e aterros controlados 100% em % em % em 2020 Medidas de Mitigação CPG MA 1 MA 2 1 Sistemas de destruição de metano em aterros sanitários (eficiência de 70%) Cidades pequenas (<100 mil hab) 50% em % em % em 2030 Cidades médias (100 a 500 mil hab) 100% em % em % em 2020 Cidades grandes (> 500 mil hab) 100% em % em % em Sistemas de destruição de metano em lixões e aterros controlados Ampliação do tratamento de esgotos em ETEs com flares (eficiência de 50%) 10% em % em Cidades pequenas (<100 mil hab) 40% em % em % em 2030 Cidades médias (100 à 500 mil hab) 40% em % em % em 2030 Cidades grandes (> 500 mil hab) 60% em % em % em 2030
16 Participação das renováveis
17 Participação das renováveis
18 Emissões da geração de energia elétrica Fonte: SEEG
19 Geração e emissão por fonte: Brasil
20 Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (INDC) Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025 Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em Setores: i) biomassa sustentável (biocombustíveis) ii) no setor florestal e de mudança do uso da terra iii) no setor da energia iv) no setor agrícola v) no setor industrial vi) no setor de transportes.
21 INDC Brasileira aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até 2030, expandindo o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel fortalecer o cumprimento do Código Florestal, em âmbito federal, estadual e municipal desmatamento ilegal zero até 2030 na Amazônia brasileira e compensação das emissões provenientes da supressão legal da vegetação até 2030; restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, para múltiplos usos; ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, por meio de sistemas de georeferenciamento e rastreabilidade aplicáveis ao manejo de florestas nativas, com vistas a desestimular práticas ilegais e insustentáveis.
22 INDC Brasileira no setor de energia elétrica Alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030, incluindo: expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na matriz total de energia para uma participação de 28% a 33% até 2030; expandir o uso doméstico de fontes de energia não fóssil, aumentando a parcela de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23% até 2030, inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar; alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030.
23 Plano Nacional de Adaptação - PNA Parâmetros climáticos que mais tem interferência no setor energético Aumento da temperatura média da atmosfera com reflexos na evapotranspiração dos lagos e dos cursos de água Variações na precipitação Impacto no cálculo do balanço hídrico => vazões dos rios e na produção de biomassa Variação no regime dos ventos com reflexo direto na geração elétrica por aerogeradores. Variação na irradiação com impacto na produção de energia elétrica através da energia solar concentrada Aumento dos usos consuntivos da água Aumento da demanda energética Fenômenos extremos => impacto na T&D
24 PNA: Ações de adaptação Maior envolvimento das instituições do setor energético no tema de adaptação visando a adequação das políticas institucionais a novos parâmetros climáticos; Estudos de impactos no setor energético em regiões específicas, considerando as tendências de alterações climáticas; Estudos dos riscos à infraestrutura do setor de energia face à mudança do clima, com foco ao contingenciamento de situações extremas; Co-benefícios e sinergias entre mitigação e adaptação relacionadas às diferentes alternativas aplicadas ao setor de energia; Interseções quanto às medidas adaptativas entre água, energia, uso da terra e biodiversidade, para gestão de suas interações; Aperfeiçoamento das ferramentas de planejamento, com vistas a adequar seus parâmetros com as alterações dos eventos climáticos verificados com base científica.
25 COP 21: Acordo de Paris
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27 COP 21: Acordo de Paris Intended Nationally Determined Contributions (INDC) => NDC Nível agregado da emissões resultantes: 55 Gt em 2030, fora do patamar de 2 C => 2.7 C Necessidade de aprofundar os INDC para 40 Gt ou 1.5 C acima dos níveis préindustriais. Valores bem menor que 2 C => 1,5 C 195 países, 187 indcs Ambições: fim dos subsídios aos fósseis no médio prazo; fim do uso dos fósseis por volta do meado do século; Mercado de carbono e imposto sobre o carbono
28 Acordo de Paris Assinatura: 22 de abril de 2016 a 21 de abril de países + França EUA: há interpretações de que não haveria a necessidade de aprovação pelo Congresso Estabelecimento do Ad Hoc Working Group on the Paris Agreement para preparar as condições para operacionalização do Acordo Diálogo em 2018 para rever os compromissos Há referência a US$ 100 bilhões anuais até 2020 mas sem associá-lo explicitamente aos países em desenvolvimento, para os quais a contribuição seria voluntária
29 Resultados da COP 21
30 Regime Top-Down para Regime Bottom-UP
31 Acordo de Paris Atingir "um pico das emissões de gases-estufa o mais cedo possível" e, "em seguida, iniciar reduções rápidas para alcançar um equilíbrio entre as emissões antrópicas por fontes e remoções por sumidouros de gases de efeito estufa na segunda metade deste século. Criação de um mecanismo de revisão dos compromissos voluntários dos países, de cinco em cinco anos. A primeira revisão obrigatória ocorrerá em 2023 e as seguintes deverão mostrar "uma progressão". Países reconhecem que a adaptação é um desafio global para todos, com dimensões local, subnacionais, nacionais, regionais e internacionais e que a atual necessidade de adaptação é significativa e maiores níveis de mitigação podem reduzir a necessidade de esforços adicionais de adaptação, e, consequentemente, de maiores custos de adaptação
32 Relatório especial sobre os meios para se alcançar a meta de 1,5ºC e os efeitos desse aquecimento em 2018, com os 195 países fazendo uma primeira análise da ação coletiva. Em 2020 os países serão convidados a rever suas contribuições. Os países industrializados "devem estar na linha de frente e estabelecer objetivos de redução das emissões em valores absolutos, enquanto os países em desenvolvimento deverão "continuar a aumentar os esforços à luz de sua situação nacional". Mesmo sistema de verificação aplicado a todas as nações signatárias, com flexibilidade, devido "às diferentes capacidades" dos países. Os países desenvolvidos devem avançar os recursos financeiros para ajudar os países em desenvolvimento a financiar a transição para energias limpas, assim como sua adaptação aos efeitos do aquecimento. Países ou grupos de países são convidados a apoiar voluntariamente".
33 Indenizações a países vulneráveis quando os mecanismos de adaptação não conseguirem deter os danos irreversíveis ligados ao degelo dos glaciares ou à subida das águas Legalmente vinculante sem, todavia, prever nenhuma sanção a países que não cumpram as estipulações. Vigência quando for ratificado por pelo menos 55 nações que somem, no mínimo, 55% de todas as emissões globais.
34
35 Energy Focus Day SE4All e IRENA 2/3 das emissões dos GEE são oriundas da produção e consumo de energia 1,5 C requer uma transição energética global Renováveis 18% em 2010, 23% em 2015, dobrar em 2030.
36 Buildings Day UNEP: Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia Papel das construções na redução de emissão de CO2 e promoção da eficiência energética Meta de 0% de aumento no consumo de energia nas construções por volta de 2040 (Architects 2030, nos EUA) Eliminação das emissões no ambiente construído por volta de 2050 (International Union of Architects IUA) Edifícios Verdes no cinturão tropical (ADEME)
37 Tecnologias de tratamento de resíduos Aterro Sanitário Tratamento Mecânico Biologico triagem, separação, trituração, secagem, digestão anaeróbia, compostagem e aproveitamento energético Incinaração Pirólise
38 Comparação dos impactos ambientais da ACV de três tecnologias: Aterro Incineração MTB incluindo os impactos ambientais evitados da eletricidade produzida por cada uma e integrada ao SIN
39 Critérios do ACV (SIMAPRO Software) Depletion of Abiotic Resources (DRA); Acidification (A); Eutrophication (E); Climate Change (MC); Human Toxicity (TH); Freshwater Ecotoxicity (EAD); Sea Water Ecotoxicity (E -AM); Terrestrial Ecotoxicity (ET); Formation of Photochemical Oxidants (FFO), Stratospheric Ozone Depletion (DOE).
40 Energia elétrica gerada nos diferentes tratamentos / disposição / cenários (AS=Aterro, sanitário; DA= Degradacão Anaeróbica)
41 Emissões relacionadas às categorias de impacto (não-tóxicas). RSU 100%.
42 Pontos relevantes Natureza juridicamente vinculante (Ratificação, aceitação e aprovação) Objetivo global de longo prazo: aumento da temperatura abaixo de 2 C, e esforço para limitar esse aumento a 1.5 C (Art. 2). Pico global de emissões, o mais cedo possível (Art. 4.1). Mecanismos de Mercado (Art. 6): Abordagem de cooperação; Resultados de mitigação transferidos em âmbito internacional (Arts. 6.2 e 6.3). Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (Art ). O primeiro stocktake ocorrerá em 2023 e a cada 5 anos (Art. 14.2). Entrada em vigor (Art. 21): 55 Partes com pelo menos 55% do total de emissões globais (Brasil: 2,5%).
43 Obrigado pela atenção
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